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Director: Alexandre Luís Mendonça Martins – Chefe de Redacção: Paulo Emanuel – Edição e Propriedade de «Obra do Ardina» – R. Dr. Oliveira Ramos, Nº 7 – 1900-210LISBOA – Telef.: 21 816 51 50 • Fax: 21 815 40 46 email: [email protected] – Redacção e Administração: «Casa do Ardina» registado sob o nº 108305 – RuaDr. Oliveira Ramos, 7 – 1900-210 LISBOA Apartado 9025 – 1901 LISBOA Codex – Composição, Paginação: Miguel Delgado Impressão: Tipografia Rápida deSetúbal, Lda. – Tiragem: 6.000 exemp. e média distrib. aproximada – Depósito Legal N.º 253/82 – Assinatura anual: 6 euros Contribuinte: 500 205 442
“Ano novo,vida nova”.Esteprovérbio popular, de todosbem conhecido,expressa maisas nossas expectativas do quea certeza ou a evidência dasua realidade. O papa bentoXVI começa a mensagem parao dia Mundial da Paz deste anoafirmando que: “Cada anonovo traz consigo a esperan-ça de um mundo melhor”.
De facto, a vida nova e omundo melhor não chegouautomaticamente, com a mu-dança de ano, no calendário,mas tal mudança é sempreum desejo a esforçar-nos na-quilo que depende de cadaum de nós, para que acon-teça vida nova e o mundofique melhor…
Precisamos de acreditar naEsperança, e fazermos tudoo que esteja ao nosso alcan-ce, para que ela aconteça.Temos muitas razões paraqueixumes, criticas, greves,manifestações. Mas… nadaadiantamos,nada resolvemos,apenas pelo barulho e pelamaledicência.
É preciso acção na espe-rança, como é preciso acre-ditarmos uns nos outros,confiando em nós, ajudandoquem precisa e exigindo,quequem tem o poder de fazermelhor, o faça sem demorae sem demagogia.
AM
8 JANEIROFEVEREIROMARÇO2013 ÚLTIMA
Em qualquer lugar, seja qual for a distância,amigos de BOA VONTADE podem exercera sua ação por amor a uma BOA CAUSA.
Há 35 anos, a uma distância longínquaexercia eu as minhas funções profissionaiscomo encarregada de direção de uma esco-la do ensino secundário. Num certo dia, es-tava sozinha no meu gabinete de trabalho.
Eis senão, quando me supreendeu um ca-valheiro desconhecido.
Apresentou-se delicadamente: Sou Fer-nando Carvalho.E no decorrer de uma con-versa amena manifestou os seus anseios, di-zendo que não dispunha do material didáti-co necessário para a realização das tarefaspedagógicas programadas com os jovensque tinha a seu cargo, num campo de férias.
A minha disponibilidade oficial permitiu-meser-lhe útil, pondo a uma disposição tempo-rária o dito material.Então o meu inesperadovisitante manifestou alegria e gratidão. Jamaiso vi, além da entrega do referido material.
Mas volvidos que foram tantos anos (cerca de35) como já disse, casualmente encontrámo--nos na organização de um trabalho comum.
Curioso é que eu não me recordo mini-mamente deste sucedido de há tanto tempoatrás. Porém, surpresa minha, o cavalheirosupracitado ao ver-me manifestou-me umaelevada estima, tendo bem presente o epi-sódio descrito que muito o havia sensibiliza-do e ajudado.
Assim é a vida… que no seu percurso nosdá oportunidades que devemos agarrar,poiselas no geral não caem em “saco roto”. Epoderão oferecer “frutos saborosos”,
Ombro Amigo
Pois:“cá se fazem cá se pagam”… Como é meu hábito, num certo dia, ca-
minhava com pressa na avenida de Roma,com a minha distracção habitual não repareinos desníveis da calçada.E… o meu pé deslizou…
Então prestes a cair, um jovem desconhe-cido e sorridente, que caminhava em senti-do contrário, serviu-me de amparo amigo.
Não caí… felizmente. Desta vez fui euque manifestei gratidão.
Muitos exemplos destes e outros (muitos)poderão suceder casualmente com a inter-venção da acção de amigos.
Ombros Amigos Precisam-se…
Como sabemos já não existem “meninosardinas” a venderem jornais nas ruas de Lisboa.
Mas, infelizmente, jovens ex ardinas nãoconseguem um trabalho para a sua autono-mia.É verdade que alguns já conseguiram em-prego, depois de saírem da obra do Ardina.
Mas os contratos expiraram…E, agora sobrevivem devido a inúmeras
dificuldades.Ainda há pouco tempo, um dosjovens que já constituíram família teve queabandonar a casa que arrendara, com a mu-
lher também desempregada, e os dois filhosde 1 e 5 anos de idade.
Outro jovem apareceu-nos porque já semtrabalho restava-lhe dormir na rua.
Imaginam,concerteza,as situações tão de-licadas e de grande gravidade, que precisamde solução humana!? São já muitos os exem-plos complicados que nos contactam.Atre-vo-me aqui a narrar estes factos difíceis ereais, que chegam até nós.
Precisam-se, pois, de muitos ombros ami-gos e solidários.
Se desejarem poderão contactar o Sr. Di-rector do Jornal “O Ardina”, Dr.AlexandreMartins que encaminhará as vossas ajudaspor mais pequenas que sejam. A melhorajuda será arranjar-lhes trabalho. Eles temformação escolar e profissional. São já 17 jo-vens angustiados sozinhos ou com a famíliaque nos procuram e solicitam soluções.
Hoje despeço-me com muitas desculpas echeia de esperança em vós amigos.
SER VOLUNTÁRIO/A É NÃO DESISTIR…É USAR - A VERDADE E O DEVER…
Episódio Histórico
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M.ª dos Anjos Santareno
…”Precisam-se, pois, de muitos ombros amigos e solidários”…
Ano novo, vida nova.Esperança precisa-se…
…”confiando em nós, ajudando quem precisa e exigindo, que quem tem o poder de fazer melhor,”…
“Ano novo, vida nova”Diz o povo, e tem razãoMas a vida é só novaQuando é novo o coração.
Novo no bem, na virtudeNão na idade, é evidente.Só é novo o coraçãoQuando é bom pra toda a gente.
Coração que não perdoaNão ama o seu irmãoEstá velho e ressequido,Não é bom coração.
Desejas que seja bomO novo ano? Pois bem:Vem dai, dá-lhe uma ajuda,Procura sê-lo também
Que em cada dia nasce,Em cada honra que passa,Renasça o teu coraçãoEm sementeira de graça.
Graça de fé e de esperançaQue tudo alenta e refaz,Graça de amor e perdãoQue gera alegria e paz.
Semeia à volta de tiA paz, o bem, o amor…E verás que o novo anoSerá um pouco melhor!
ANO NOVOVIDA NOVAPadre António Marques Crispim