Paciente com insuficiência respiratória na urgência · o fluxo coronariano.7,8 Técnicas de...

18
Paciente com insu Sessões Clínicas em Rede nº 0 1. Introdução 2. Fisiopatologia 3. Manifestações clínicas 4. Diagnóstico 5. Classificação da gravida 6. Tratamento 7. Prevenção 8. Bibliografia Introdução Os acidentes causados por e sendo mais frequentes em M saúde pública. A maioria dos casos tem cu 0,28% 1 , com variações para chegar nestas regiões, até 1 Os escorpiões são artrópode são reconhecidas, cerca de apenas cerca de vinte e cinc Abaixo, observam-se dados colocando os escorpiões co por animais peçonhentos em responsáveis por mais de tr que estão em segundo lugar uficiência respiratória na urg 07 | 19/11/2012 ade e critérios para indicação de antiveneno escorpião ocorrem em quase todos os Estados Minas Gerais e São Paulo, onde configuram u urso benigno, situando-se a letalidade média n a cima nas regiões onde predomina o T. serru 10 vezes mais em crianças. es pertencentes à classe Arachnida e ordem S vinte famílias, 165 gêneros e 1500 espécies, s co têm toxina com importância médica. 2 s da Secretaria de Estado da Saúde de Minas G omo responsáveis pelo maior número de acide m Minas Gerais, de janeiro de 2007 a abril de rês vezes o número dos acidentes provocados r. 3 1 gência s do Brasil, um problema de nacional em ulatus, podendo Scorpiones. Hoje sendo que Gerais, entes causado e 2012. Eles são por serpentes,

Transcript of Paciente com insuficiência respiratória na urgência · o fluxo coronariano.7,8 Técnicas de...

Paciente com insuficiência respiratória na urgência

Sessões Clínicas em Rede nº 07 |

1. Introdução 2. Fisiopatologia 3. Manifestações clínicas 4. Diagnóstico 5. Classificação da gravidade e 6. Tratamento 7. Prevenção 8. Bibliografia

Introdução

Os acidentes causados por escorpião ocorrem em quase todos os Estados do Brasil,

sendo mais frequentes em Minas Gerais e São Paulo

saúde pública.

A maioria dos casos tem curso benigno, situando

0,28%1, com variações para cima nas regiões onde predomina o

chegar nestas regiões, até 10 vezes

Os escorpiões são artrópodes pertencentes à classe

são reconhecidas, cerca de vinte famílias, 165 gêneros e 1500 espécies, sendo que

apenas cerca de vinte e cinco

Abaixo, observam-se dados da Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais,

colocando os escorpiões como responsáveis pelo maior número de acidentes causado

por animais peçonhentos em Minas Gerais

responsáveis por mais de três vezes o número dos acidentes provocados por serpentes

que estão em segundo lugar

Paciente com insuficiência respiratória na urgência

línicas em Rede nº 07 | 19/11/2012

Classificação da gravidade e critérios para indicação de antiveneno

Os acidentes causados por escorpião ocorrem em quase todos os Estados do Brasil,

sendo mais frequentes em Minas Gerais e São Paulo, onde configuram um problema de

A maioria dos casos tem curso benigno, situando-se a letalidade média nacional em

, com variações para cima nas regiões onde predomina o T. serrulatus

chegar nestas regiões, até 10 vezes mais em crianças.

Os escorpiões são artrópodes pertencentes à classe Arachnida e ordem Scorpiones

são reconhecidas, cerca de vinte famílias, 165 gêneros e 1500 espécies, sendo que

apenas cerca de vinte e cinco têm toxina com importância médica.2

se dados da Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais,

colocando os escorpiões como responsáveis pelo maior número de acidentes causado

por animais peçonhentos em Minas Gerais, de janeiro de 2007 a abril de 2012. Eles são

por mais de três vezes o número dos acidentes provocados por serpentes

que estão em segundo lugar.3

1

Paciente com insuficiência respiratória na urgência

Os acidentes causados por escorpião ocorrem em quase todos os Estados do Brasil,

onde configuram um problema de

se a letalidade média nacional em

T. serrulatus, podendo

Scorpiones. Hoje

são reconhecidas, cerca de vinte famílias, 165 gêneros e 1500 espécies, sendo que

se dados da Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais,

colocando os escorpiões como responsáveis pelo maior número de acidentes causado

2007 a abril de 2012. Eles são

por mais de três vezes o número dos acidentes provocados por serpentes,

Gráfico 1 - Acidente por animais peçonhentos

De janeiro de 2007 a abril de 2012 foram notificados 239 óbitos causados por acidentes

provocados por animais peçonhentos, sendo que destes, 63,6% estão relacionados ao

escorpionismo.3

Gráfico 2 – Óbitos, por tipo de acidente por animal peçonhento

Fonte: Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais Diretoria de Vigilância Ambiental

Fonte: Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais Diretoria de Vigilância Ambiental

Acidente por animais peçonhentos

2007 a abril de 2012 foram notificados 239 óbitos causados por acidentes

provocados por animais peçonhentos, sendo que destes, 63,6% estão relacionados ao

por tipo de acidente por animal peçonhento.

Fonte: Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais Diretoria de Vigilância Ambiental

Fonte: Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais Diretoria de Vigilância Ambiental

2

2007 a abril de 2012 foram notificados 239 óbitos causados por acidentes

provocados por animais peçonhentos, sendo que destes, 63,6% estão relacionados ao

Algumas espécies, especialmente o

necessitando do macho para a reprodução, o que facilita ainda mais sua proliferação

O aumento do número de acidentes nos últimos anos pode estar influenciado pela

diminuição da subnotificação (melhoria das informações e campanhas educativas

realizadas pelos órgãos de saúde), urbanização das zonas rurais e alterações climáticas

devido a fenômenos da natureza ultimamente observados.

Os escorpiões possuem hábitos noturnos e são encontrados dentro de casas, ga

água pluvial, esgotos e porões. A maior parte das picadas ocorre nas extremidades dos

membros, mas podem ocorrer em qualque

esta.

Os principais escorpiões envolvidos nestes acidentes, no Brasil, são do gênero

Os gêneros mais relacionados a acidentes graves são os

Stigmurus. Em Minas Gerais

amarelo, que possui a toxina mais potente entre os escorpiões encontrados no Brasil

Fisiopatologia

O veneno do escorpião é uma mistura complexa de proteínas associadas a aminoácidos

e sais, sem atividade coagulante ou hemolítica

A toxina age nos canais de sódio, causando a despolarização das membranas das células

de todo o organismo. Ocorre liberaçã

acetilcolina, que são responsáveis pelas principais manifestações clínicas do

escorpionismo.5 A seguir é mostrada uma tabela com os efeitos mais frequentemente

observados nos acidentes escorpiônicos.

Algumas espécies, especialmente o T. serrulatus, são partenogenéticos, não

necessitando do macho para a reprodução, o que facilita ainda mais sua proliferação

O aumento do número de acidentes nos últimos anos pode estar influenciado pela

diminuição da subnotificação (melhoria das informações e campanhas educativas

realizadas pelos órgãos de saúde), urbanização das zonas rurais e alterações climáticas

enômenos da natureza ultimamente observados.

Os escorpiões possuem hábitos noturnos e são encontrados dentro de casas, ga

porões. A maior parte das picadas ocorre nas extremidades dos

membros, mas podem ocorrer em qualquer parte do corpo ao serem comprimidos sobre

Os principais escorpiões envolvidos nestes acidentes, no Brasil, são do gênero

Os gêneros mais relacionados a acidentes graves são os T. serrulatus, T. Bahiensis e T.

Gerais predomina o T. Serrulatus, conhecido por escorpião

que possui a toxina mais potente entre os escorpiões encontrados no Brasil

O veneno do escorpião é uma mistura complexa de proteínas associadas a aminoácidos

e sais, sem atividade coagulante ou hemolítica.5

A toxina age nos canais de sódio, causando a despolarização das membranas das células

de todo o organismo. Ocorre liberação maciça de adrenalina, noradrenalina e

que são responsáveis pelas principais manifestações clínicas do

A seguir é mostrada uma tabela com os efeitos mais frequentemente

observados nos acidentes escorpiônicos.

3

, são partenogenéticos, não

necessitando do macho para a reprodução, o que facilita ainda mais sua proliferação.4

O aumento do número de acidentes nos últimos anos pode estar influenciado pela

diminuição da subnotificação (melhoria das informações e campanhas educativas

realizadas pelos órgãos de saúde), urbanização das zonas rurais e alterações climáticas

Os escorpiões possuem hábitos noturnos e são encontrados dentro de casas, galerias de

porões. A maior parte das picadas ocorre nas extremidades dos

r parte do corpo ao serem comprimidos sobre

Os principais escorpiões envolvidos nestes acidentes, no Brasil, são do gênero Tityus.

T. serrulatus, T. Bahiensis e T.

, conhecido por escorpião

que possui a toxina mais potente entre os escorpiões encontrados no Brasil.2

O veneno do escorpião é uma mistura complexa de proteínas associadas a aminoácidos

A toxina age nos canais de sódio, causando a despolarização das membranas das células

o maciça de adrenalina, noradrenalina e

que são responsáveis pelas principais manifestações clínicas do

A seguir é mostrada uma tabela com os efeitos mais frequentemente

Quadro 1 - Efeitos provocados pela toxina escorpiônica.Efeitos simpáticos

Midríase, sudorese, taquicardia, vasoconstrição, broncodilatação, palidez cutânea, piloereção,

agitação psicomotora, hiperglicemia e hipocalemia.

Efeitos parassimpáticos

Miose, sialorreia, broncorreia, bradicardia, vasodilatação, broncoconstrição, tremores,

hiperamilasemia e aumento de secreção de adrenalina.

Acredita-se que nos casos moderados ou graves ocorra

capilar em todo o organismo, sendo possivelmente uma das causa

observada nesses casos, potencializada pelos vômitos e sudorese que são outras

manifestações frequentemente observadas

No coração produz efeito cronotrópico positivo, alterando a contratilidade miocárdica e

o fluxo coronariano.7,8

Técnicas de monitoração (como o cateter de Swan

(como cintilografia, ecocardiograma e troponina) e achados de nec

demonstraram, ao longo dos anos, o acometimento cardíaco nos casos mais graves de

escorpionismo. Foram descritas elevação da pressão de capilar pulmonar, necrose

miocárdica, focal e segmentar, alteração da perfusão e da função miocárdica e elevação

de troponina. Muitas das alterações f

coronárias pela descarga adrenérgica

O tamanho e a espécie do escorpião, a quantidade de veneno inoculada, o local da

picada, a sensibilidade individual

gravidade do quadro clínico.

Fonte: Adptado de Cupo P, Azevedo

Efeitos provocados pela toxina escorpiônica.

Midríase, sudorese, taquicardia, vasoconstrição, broncodilatação, palidez cutânea, piloereção,

agitação psicomotora, hiperglicemia e hipocalemia.

sialorreia, broncorreia, bradicardia, vasodilatação, broncoconstrição, tremores,

hiperamilasemia e aumento de secreção de adrenalina.

se que nos casos moderados ou graves ocorra alteração de permeabilidade

capilar em todo o organismo, sendo possivelmente uma das causas da hipovolemia

otencializada pelos vômitos e sudorese que são outras

manifestações frequentemente observadas.6

No coração produz efeito cronotrópico positivo, alterando a contratilidade miocárdica e

Técnicas de monitoração (como o cateter de Swan-Ganz), exames complementares

(como cintilografia, ecocardiograma e troponina) e achados de necrópsia,

demonstraram, ao longo dos anos, o acometimento cardíaco nos casos mais graves de

escorpionismo. Foram descritas elevação da pressão de capilar pulmonar, necrose

miocárdica, focal e segmentar, alteração da perfusão e da função miocárdica e elevação

de troponina. Muitas das alterações foram atribuídas principalmente à espasmos das

coronárias pela descarga adrenérgica.4

O tamanho e a espécie do escorpião, a quantidade de veneno inoculada, o local da

picada, a sensibilidade individual e existência de doenças cardíacas influenciam na

gravidade do quadro clínico.

: Adptado de Cupo P, Azevedo-Marques MM, Hering SE, 2003

4

Midríase, sudorese, taquicardia, vasoconstrição, broncodilatação, palidez cutânea, piloereção,

sialorreia, broncorreia, bradicardia, vasodilatação, broncoconstrição, tremores,

alteração de permeabilidade

da hipovolemia

otencializada pelos vômitos e sudorese que são outras

No coração produz efeito cronotrópico positivo, alterando a contratilidade miocárdica e

Ganz), exames complementares

rópsia,

demonstraram, ao longo dos anos, o acometimento cardíaco nos casos mais graves de

escorpionismo. Foram descritas elevação da pressão de capilar pulmonar, necrose

miocárdica, focal e segmentar, alteração da perfusão e da função miocárdica e elevação

espasmos das

O tamanho e a espécie do escorpião, a quantidade de veneno inoculada, o local da

existência de doenças cardíacas influenciam na

Manifestações clínicas

O quadro clínico provocado pelo acidente escorpiônico é variado e depende de uma

série de especificidades já discutidas anteriormente. Na maioria das

manifestações ocorrem nos primeiros minutos após a picada. Uma das manifestações

mais comuns e precoces é a dor

sensibilidade de cada paciente. Geralmente a dor irradia até a raiz do me

acometido. Caracteriza-se como ardor, queimação e em ferroadas. A dor pode durar até

24 horas após o acidente e,

Pode ocorrer hiperemia em torno da picada. Não se espera fenômeno inflamatóri

intenso no local da picada. O que se observa é edema discreto, piloereção, sudorese e

hipotermia (secundária a vasoconstrição local) no local ou no trajeto de vasos que

drenam a região. Alguns pacientes referem aparecimento de hiperestesia alternando com

parestesia.9 Na maioria dos casos

Na fase aguda do acidente não se observa

necrose no local atingido pelo aguilhão do escorpião, exceto se houver alguma manobra

como espremedura, perfuração com estilete ou garroteamento

contraindicados, mas que ainda são feitos por alguns pacien

Apesar da maioria dos casos ser

evoluem como casos moderados ou graves. Deste percentual predominam as crianças

menores de sete anos. No entanto

especialmente, em idosos e/ou cardiopatas que podem, mais raramente, apresentar

complicações graves. A mortalidade observada em Minas Gerais no período de 2001 a

2005 foi de 0,7%.10 Neste estudo foram identificados como fatores relacionados à maior

chance de evoluir para óbito

como grave, a menor idade e estar hipotenso e ou com insuficiência respiratória

momento da admissão.10

anifestações clínicas

O quadro clínico provocado pelo acidente escorpiônico é variado e depende de uma

já discutidas anteriormente. Na maioria das vezes as primeiras

manifestações ocorrem nos primeiros minutos após a picada. Uma das manifestações

mais comuns e precoces é a dor, que pode ser mais ou menos intensa de acordo com a

sensibilidade de cada paciente. Geralmente a dor irradia até a raiz do me

se como ardor, queimação e em ferroadas. A dor pode durar até

eventualmente, exigir analgesia durante todo este período.

Pode ocorrer hiperemia em torno da picada. Não se espera fenômeno inflamatóri

intenso no local da picada. O que se observa é edema discreto, piloereção, sudorese e

hipotermia (secundária a vasoconstrição local) no local ou no trajeto de vasos que

drenam a região. Alguns pacientes referem aparecimento de hiperestesia alternando com

Na maioria dos casos, o quadro clínico se resume a esse quadro álgico.

Na fase aguda do acidente não se observam bolhas, equimoses, sangramentos ou

necrose no local atingido pelo aguilhão do escorpião, exceto se houver alguma manobra

como espremedura, perfuração com estilete ou garroteamento – procedimentos

contraindicados, mas que ainda são feitos por alguns pacientes.

Apesar da maioria dos casos ser classificada como leve, cerca de 3% dos pacientes

moderados ou graves. Deste percentual predominam as crianças

menores de sete anos. No entanto, não se devem subestimar os acidentes em adultos e

idosos e/ou cardiopatas que podem, mais raramente, apresentar

complicações graves. A mortalidade observada em Minas Gerais no período de 2001 a

Neste estudo foram identificados como fatores relacionados à maior

de evoluir para óbito a demora para o primeiro atendimento, ser classificado

como grave, a menor idade e estar hipotenso e ou com insuficiência respiratória

5

O quadro clínico provocado pelo acidente escorpiônico é variado e depende de uma

vezes as primeiras

manifestações ocorrem nos primeiros minutos após a picada. Uma das manifestações

que pode ser mais ou menos intensa de acordo com a

sensibilidade de cada paciente. Geralmente a dor irradia até a raiz do membro

se como ardor, queimação e em ferroadas. A dor pode durar até

exigir analgesia durante todo este período.

Pode ocorrer hiperemia em torno da picada. Não se espera fenômeno inflamatório

intenso no local da picada. O que se observa é edema discreto, piloereção, sudorese e

hipotermia (secundária a vasoconstrição local) no local ou no trajeto de vasos que

drenam a região. Alguns pacientes referem aparecimento de hiperestesia alternando com

o quadro clínico se resume a esse quadro álgico.

bolhas, equimoses, sangramentos ou

necrose no local atingido pelo aguilhão do escorpião, exceto se houver alguma manobra

procedimentos

dos pacientes

moderados ou graves. Deste percentual predominam as crianças

subestimar os acidentes em adultos e,

idosos e/ou cardiopatas que podem, mais raramente, apresentar

complicações graves. A mortalidade observada em Minas Gerais no período de 2001 a

Neste estudo foram identificados como fatores relacionados à maior

demora para o primeiro atendimento, ser classificado

como grave, a menor idade e estar hipotenso e ou com insuficiência respiratória no

Gráfico 3 – Óbitos causados por picada de escorpião

A tabela acima mostra concentração dos óbitos na faixa etária de 1 a 9 anos (52%), mas

em todas as faixas foram registrados óbitos neste período

Nos casos moderados observam

sistêmicos, tais como: náuseas, vômitos, dor abdominal, sialorreia, ansiedade,

sonolência, taquicardia, hipertensão arterial e taquipneia. A detecção precoce destas

alterações torna o tratamento mais eficaz com neutralização do veneno circulante.

Nos casos graves, os sinais e sintomas acima se agravam. Surgem sudorese profusa,

agitação psicomotora, hipotermia, convulsões, arritmias cardíacas (bradicardia,

taquicardia, extrassistolia e b

insuficiência cardíaca congestiva, choque, coma e óbito

são tão exuberantes que as alterações locais não são destacadas pelos pacientes

edema agudo de pulmão, as arritmi

desfechos fatais.

Fonte: Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais Diretoria de Vigilância Ambiental

Óbitos causados por picada de escorpião

A tabela acima mostra concentração dos óbitos na faixa etária de 1 a 9 anos (52%), mas

em todas as faixas foram registrados óbitos neste período.3

moderados observam-se, além das manifestações locais, sinais e sintomas

tais como: náuseas, vômitos, dor abdominal, sialorreia, ansiedade,

sonolência, taquicardia, hipertensão arterial e taquipneia. A detecção precoce destas

tratamento mais eficaz com neutralização do veneno circulante.

Nos casos graves, os sinais e sintomas acima se agravam. Surgem sudorese profusa,

agitação psicomotora, hipotermia, convulsões, arritmias cardíacas (bradicardia,

taquicardia, extrassistolia e bloqueio atrioventricular), edema agudo de pulmão,

insuficiência cardíaca congestiva, choque, coma e óbito.4,10 As manifestações sistêmicas

são tão exuberantes que as alterações locais não são destacadas pelos pacientes

edema agudo de pulmão, as arritmias cardíacas e o choque estão relacionados aos

Fonte: Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais Diretoria de Vigilância Ambiental

6

A tabela acima mostra concentração dos óbitos na faixa etária de 1 a 9 anos (52%), mas

se, além das manifestações locais, sinais e sintomas

tais como: náuseas, vômitos, dor abdominal, sialorreia, ansiedade,

sonolência, taquicardia, hipertensão arterial e taquipneia. A detecção precoce destas

tratamento mais eficaz com neutralização do veneno circulante.

Nos casos graves, os sinais e sintomas acima se agravam. Surgem sudorese profusa,

agitação psicomotora, hipotermia, convulsões, arritmias cardíacas (bradicardia,

loqueio atrioventricular), edema agudo de pulmão,

As manifestações sistêmicas

são tão exuberantes que as alterações locais não são destacadas pelos pacientes.5 O

as cardíacas e o choque estão relacionados aos

Quadro 2 - As manifestações sistêmicas estão descritas no quadro abaixo, distribuídas

por sistemas.

Manifestações gastrintestinais

Sialorreia, náuseas, vômitos e dor abdominal.Manifestações respiratórias

Rinorreia, tosse, espirros, broncoespasmo, crepitações pulmonares e taquipneia.

Manifestações cardiovasculares

Inicialmente taquicardia, bradicardiaalternando com hipotensão, arritmias cardíacas e choque.

Manifestações neurológicas

Tremores, contrações musculares, agitação psicomotora, cefaleia, convulsões e hemiplegias relacionadas a acidente vascular

O edema pulmonar é acompanhado, em alguns pacientes, de alterações no miocárdio,

sugerindo a participação de mecanismo cardiogênico. Vários mecanismos

fisiopatológicos têm sido propostos para justificar este quadro. Porém, trabalh

recentes demonstraram casos de edema pulmonar agudo sem evidência de lesão

miocárdica ou comprometimento da função

aumento de permeabilidade alvéolo

alterações histológicas compatíveis com mecanismo não cardiogênico

Alguns autores consideram um componente cardiogênico como causa predominante

A falência do ventrículo esquerdo seria a principal causa. O veneno levaria a uma

miocardite tóxica, associada a áreas de

secundária à descarga maciça de catecolaminas. A hipertensão arterial sistêmica,

quando presente, agravaria o quadro pelo aumento da pós

esquerdo.8

Outros consideram que ocorra alteração da permeabilidade capilar, semelhante ao que

ocorre na síndrome de angústia respiratória aguda (SARA). Acredita

alteração ocorra em todo o organismo, levando a um extravasamento de líquido

generalizado. Isto explicaria o fato de muitos pacientes, que chegam em poucos minutos

à sala de emergência, apresentarem

As manifestações sistêmicas estão descritas no quadro abaixo, distribuídas

Manifestações gastrintestinais

Sialorreia, náuseas, vômitos e dor abdominal. Manifestações respiratórias

Rinorreia, tosse, espirros, broncoespasmo, crepitações pulmonares e

Manifestações cardiovasculares

cialmente taquicardia, bradicardia (sinal de mau prognóstico), hipertensão alternando com hipotensão, arritmias cardíacas e choque.

Manifestações neurológicas

Tremores, contrações musculares, agitação psicomotora, cefaleia, convulsões e hemiplegias relacionadas a acidente vascular isquêmico (mais raros).

O edema pulmonar é acompanhado, em alguns pacientes, de alterações no miocárdio,

sugerindo a participação de mecanismo cardiogênico. Vários mecanismos

fisiopatológicos têm sido propostos para justificar este quadro. Porém, trabalh

recentes demonstraram casos de edema pulmonar agudo sem evidência de lesão

miocárdica ou comprometimento da função sistólica esquerda. Constataram

aumento de permeabilidade alvéolo-capilar e edema unilateral e/ou periférico, com

ógicas compatíveis com mecanismo não cardiogênico.6

Alguns autores consideram um componente cardiogênico como causa predominante

A falência do ventrículo esquerdo seria a principal causa. O veneno levaria a uma

miocardite tóxica, associada a áreas de necrose e a aumento da demanda de oxigênio

secundária à descarga maciça de catecolaminas. A hipertensão arterial sistêmica,

quando presente, agravaria o quadro pelo aumento da pós-carga do ventrículo

Outros consideram que ocorra alteração da permeabilidade capilar, semelhante ao que

ocorre na síndrome de angústia respiratória aguda (SARA). Acredita-se que esta

alteração ocorra em todo o organismo, levando a um extravasamento de líquido

to explicaria o fato de muitos pacientes, que chegam em poucos minutos

à sala de emergência, apresentarem-se em edema agudo de pulmão e, ao mesmo tempo,

7

As manifestações sistêmicas estão descritas no quadro abaixo, distribuídas

Rinorreia, tosse, espirros, broncoespasmo, crepitações pulmonares e

(sinal de mau prognóstico), hipertensão

Tremores, contrações musculares, agitação psicomotora, cefaleia, convulsões isquêmico (mais raros).

O edema pulmonar é acompanhado, em alguns pacientes, de alterações no miocárdio,

sugerindo a participação de mecanismo cardiogênico. Vários mecanismos

fisiopatológicos têm sido propostos para justificar este quadro. Porém, trabalhos

recentes demonstraram casos de edema pulmonar agudo sem evidência de lesão

sistólica esquerda. Constataram ainda,

capilar e edema unilateral e/ou periférico, com

Alguns autores consideram um componente cardiogênico como causa predominante.7,11

A falência do ventrículo esquerdo seria a principal causa. O veneno levaria a uma

necrose e a aumento da demanda de oxigênio

secundária à descarga maciça de catecolaminas. A hipertensão arterial sistêmica,

carga do ventrículo

Outros consideram que ocorra alteração da permeabilidade capilar, semelhante ao que

se que esta

alteração ocorra em todo o organismo, levando a um extravasamento de líquido

to explicaria o fato de muitos pacientes, que chegam em poucos minutos

em edema agudo de pulmão e, ao mesmo tempo,

hipovolêmicos. Nestes, as perdas por vômito ou sudorese não justificariam tal

gravidade.

Acidente vascular cerebral e insuficiência renal aguda são complicações pouco

frequentes.12,13

Diagnóstico

O diagnóstico é feito com base na história clínica. Como o acidente produz dor de in

imediato, parte considerável

picada e identificam o animal. No entanto

feita, o que dificultará o diagnóstico.

Os exames laboratoriais disponíveis nos serviços de urgência são inespecíficos e devem

ser solicitados para casos moderad

Alguns exames são fundamentais para o diagnóstico e principalmente para o

acompanhamento dos casos moderados e graves:

• O eletrocardiograma (ECG)

sintomáticos. Pode mostrar taquicardia ou bradic

ventriculares, distúrbios da repolarização ventricular como inversão da onda T

em várias derivações, presença de ondas U proeminentes, alterações

semelhantes às observadas no infarto agudo do miocárdio (presença de ondas Q

e supra ou infradesnivelamento do segmento ST), marca passo mutável,

prolongamento de QT corrigido e bloqueio

• A radiografia de tórax pode evidenciar aumento da área cardíaca

edema pulmonar agudo, uni ou bilateral. A maioria dos casos moderados a

graves já podem apresentar inicialmente sinais de congestão pulmonar. É

extremamente importante

infecciosos que podem se instalar nos

• O ecocardiograma pode ser

poderão ser observadas: hipocinesia transitória do septo interventricular e da

hipovolêmicos. Nestes, as perdas por vômito ou sudorese não justificariam tal

ular cerebral e insuficiência renal aguda são complicações pouco

O diagnóstico é feito com base na história clínica. Como o acidente produz dor de in

considerável dos pacientes identifica o momento em que

o animal. No entanto, em crianças, a identificação pode não ser

feita, o que dificultará o diagnóstico.

Os exames laboratoriais disponíveis nos serviços de urgência são inespecíficos e devem

ser solicitados para casos moderados ou graves.

Alguns exames são fundamentais para o diagnóstico e principalmente para o

acompanhamento dos casos moderados e graves:

O eletrocardiograma (ECG) que deve ser solicitado à admissão de pacientes

sintomáticos. Pode mostrar taquicardia ou bradicardia sinusal, extra

ventriculares, distúrbios da repolarização ventricular como inversão da onda T

em várias derivações, presença de ondas U proeminentes, alterações

semelhantes às observadas no infarto agudo do miocárdio (presença de ondas Q

upra ou infradesnivelamento do segmento ST), marca passo mutável,

prolongamento de QT corrigido e bloqueios de condução diversos.

A radiografia de tórax pode evidenciar aumento da área cardíaca

edema pulmonar agudo, uni ou bilateral. A maioria dos casos moderados a

graves já podem apresentar inicialmente sinais de congestão pulmonar. É

extremamente importante, também, o acompanhamento dos processos

infecciosos que podem se instalar nos pacientes graves.

O ecocardiograma pode ser útil para acompanhamento das formas graves onde

poderão ser observadas: hipocinesia transitória do septo interventricular e da

8

hipovolêmicos. Nestes, as perdas por vômito ou sudorese não justificariam tal

ular cerebral e insuficiência renal aguda são complicações pouco

O diagnóstico é feito com base na história clínica. Como o acidente produz dor de início

dos pacientes identifica o momento em que ocorreu a

a identificação pode não ser

Os exames laboratoriais disponíveis nos serviços de urgência são inespecíficos e devem

Alguns exames são fundamentais para o diagnóstico e principalmente para o

à admissão de pacientes

ardia sinusal, extra-sístoles

ventriculares, distúrbios da repolarização ventricular como inversão da onda T

em várias derivações, presença de ondas U proeminentes, alterações

semelhantes às observadas no infarto agudo do miocárdio (presença de ondas Q

upra ou infradesnivelamento do segmento ST), marca passo mutável,

de condução diversos.

A radiografia de tórax pode evidenciar aumento da área cardíaca, sinais de

edema pulmonar agudo, uni ou bilateral. A maioria dos casos moderados a

graves já podem apresentar inicialmente sinais de congestão pulmonar. É

o acompanhamento dos processos

para acompanhamento das formas graves onde

poderão ser observadas: hipocinesia transitória do septo interventricular e da

parede posterior do ventrículo esquerdo, diminuição da fração de ejeção,

regurgitação da válvula mitral e câmaras cardíacas dilatadas.

• Os exames do laboratório de análises clínicas ajudarão no diagnóstico,

classificação da gravidade e acompanhanmento dos casos graves. Os exames

que podem trazer mais informações são: glicemia, amilase, h

creatinofosfoquinase, ionograma, urina rotina, uréia, creatinina, troponina e

gasometria arterial.

� glicemia: geralmente apresenta

e graves nas primeiras horas após a picada.

� amilasemia: elevada em metade dos cas

de 80% dos casos graves.

� hemograma: leucocitose com neutrofília, presentes nas formas

graves e em cerca de 50% das moderadas.

� Potássio e sódio: usualmente há hipopotassemia e hiponatremia,

que normalizam geralmente em dois dias.

� troponina: marcador sensível e específico de lesão cardíaca. É um

instrumento importante para indicar necessidade de monitorização e/ou

tratamento de isquemia miocárdica. Sua elevação pode ser mais tardia

(cerca de 4 horas após a lesão do miocárdio) e seu v

encontrado 24 a 36 horas após a picada

seriadamente (no mínimo, duas vezes) para descartar acometimento

cardíaco.

� uréia e creatinina: utilizados para monitorizar a função renal,

úteis também no controle hidroel

ionograma e gasometria.

• A tomografia cerebral computadorizada é importante para diagnóstico dos

pacientes com suspeita de acidente vascular cerebral.

O emprego de técnicas de imunodiagnóstico (ELISA) para detecção de

escorpião pode identificar e quantificar o veneno no sangue da vítima, no entanto, ainda

não está disponível para utilização rotineira.

parede posterior do ventrículo esquerdo, diminuição da fração de ejeção,

ão da válvula mitral e câmaras cardíacas dilatadas.

Os exames do laboratório de análises clínicas ajudarão no diagnóstico,

classificação da gravidade e acompanhanmento dos casos graves. Os exames

que podem trazer mais informações são: glicemia, amilase, hemograma,

creatinofosfoquinase, ionograma, urina rotina, uréia, creatinina, troponina e

gasometria arterial.

glicemia: geralmente apresenta-se elevada nas formas moderadas

e graves nas primeiras horas após a picada.

amilasemia: elevada em metade dos casos moderados e em cerca

de 80% dos casos graves.

hemograma: leucocitose com neutrofília, presentes nas formas

graves e em cerca de 50% das moderadas.

Potássio e sódio: usualmente há hipopotassemia e hiponatremia,

que normalizam geralmente em dois dias.

roponina: marcador sensível e específico de lesão cardíaca. É um

instrumento importante para indicar necessidade de monitorização e/ou

tratamento de isquemia miocárdica. Sua elevação pode ser mais tardia

(cerca de 4 horas após a lesão do miocárdio) e seu valor máximo

encontrado 24 a 36 horas após a picada.14 Portanto, deve-

seriadamente (no mínimo, duas vezes) para descartar acometimento

uréia e creatinina: utilizados para monitorizar a função renal,

úteis também no controle hidroeletrolítico e ácido-básico junto com o

ionograma e gasometria.

A tomografia cerebral computadorizada é importante para diagnóstico dos

pacientes com suspeita de acidente vascular cerebral.

O emprego de técnicas de imunodiagnóstico (ELISA) para detecção de veneno do

escorpião pode identificar e quantificar o veneno no sangue da vítima, no entanto, ainda

não está disponível para utilização rotineira.

9

parede posterior do ventrículo esquerdo, diminuição da fração de ejeção,

Os exames do laboratório de análises clínicas ajudarão no diagnóstico,

classificação da gravidade e acompanhanmento dos casos graves. Os exames

emograma,

creatinofosfoquinase, ionograma, urina rotina, uréia, creatinina, troponina e

se elevada nas formas moderadas

os moderados e em cerca

hemograma: leucocitose com neutrofília, presentes nas formas

Potássio e sódio: usualmente há hipopotassemia e hiponatremia,

roponina: marcador sensível e específico de lesão cardíaca. É um

instrumento importante para indicar necessidade de monitorização e/ou

tratamento de isquemia miocárdica. Sua elevação pode ser mais tardia

alor máximo

-se dosá-la

seriadamente (no mínimo, duas vezes) para descartar acometimento

uréia e creatinina: utilizados para monitorizar a função renal, são

básico junto com o

A tomografia cerebral computadorizada é importante para diagnóstico dos

veneno do

escorpião pode identificar e quantificar o veneno no sangue da vítima, no entanto, ainda

Classificação de gravidade e critérios para indicação de

antiveneno

Os acidentes são classificados quanto à g

Esta classificação é dinâmica, ou seja, um paciente classificado, à admissão, como um

quadro leve pode se transformar em caso moderado ou grave

manifestações.

Tabela 1 - Classificação dos acidentes escorpiônicos quanto à gravidade, manifestações

clínicas e tratamento específico

Classificação

Leve

Moderado

Grave

Fonte: Adaptado de Manual de diagnóstico e tratamento de

peçonhentos, 2001.16

lassificação de gravidade e critérios para indicação de

Os acidentes são classificados quanto à gravidade baseado nas manifestações clínicas.

Esta classificação é dinâmica, ou seja, um paciente classificado, à admissão, como um

quadro leve pode se transformar em caso moderado ou grave, caso evolua com outras

Classificação dos acidentes escorpiônicos quanto à gravidade, manifestações

clínicas e tratamento específico

Manifestações clínicas Soro antiescorpiônico

Dor e parestesia locais Não indicado

Dor local associada a uma

ou mais manifestações,

como náuseas, vômitos,

sialorreia, sudorese

discretos, agitação,

taquipneia e taquicardia.

2 a 3 ampolas por via

intravenosa (IV)

Manifestações citadas na

forma moderada associadas

a uma ou mais das

seguintes manifestações:

vômitos profusos e

incoercíveis, sudorese

profusa, sialorreia intensa,

prostração, convulsão,

coma, bradicardia, edema

agudo de pulmão e choque.

4 a 6 ampolas (IV).

Adaptado de Manual de diagnóstico e tratamento de acidentes por animais

10

lassificação de gravidade e critérios para indicação de

ravidade baseado nas manifestações clínicas.

Esta classificação é dinâmica, ou seja, um paciente classificado, à admissão, como um

caso evolua com outras

Classificação dos acidentes escorpiônicos quanto à gravidade, manifestações

Soro antiescorpiônico

Não indicado

2 a 3 ampolas por via

intravenosa (IV)

4 a 6 ampolas (IV).

acidentes por animais

O soro antiescorpiônico é heterólogo (origem equina), sendo assim poderá induzir a

reações anafiláticas, que são raras quando administrado em pacientes com quadro

moderado ou grave. Este pequeno percentual de reaç

pela própria fisiopatologia do envenenamento que leva a liberação maciça de

catecolaminas que, de certa forma

tipo I.16

Tratamento

A pedra angular do tratamento do acidente escorpiônico é a administração de soro

específico. No entanto só será administrado nos casos classificados como moderado ou

grave. Todas as vítimas de picada por escorpião devem permanecer pelo menos seis

horas em observação hospitalar em caso de adultos e 12 horas para crianças menores de

sete anos. Casos graves devem ser tratados em unidade de terapia intensiva.

Tratamento sintomático

A dor pode ser muito intensa e a escolha do analgésico deve levar em conta a

intensidade, história de alergia medicamentosa e manifestações associadas. A maioria

dos pacientes pode ser tratada com dipirona ou paracetamol, mas

recorre-se ao uso de opioides. O bloqueio local com lidocaína sem vasoconstritor

também é uma alternativa para casos com dor muito intensa. Utiliza

sem vasoconstritor. A dose é de é 2 a 5 ml em adultos e 1 a 2 ml em crianças e pode ser

repetida até três vezes, respeitando um intervalo de uma hora entre as infiltrações.

Os distúrbios hidroeletrolíticos devem ser controlados de acordo com as alterações. Em

caso de vômitos freqüentes

Bases do tratamento da vítima de picada por escorpião:

� suporte avançado de vida para pacientes gr� administração do soro antiescorpiônico visando a neutralização do veneno

inoculado, o mais rápid� alívio da dor.

O soro antiescorpiônico é heterólogo (origem equina), sendo assim poderá induzir a

reações anafiláticas, que são raras quando administrado em pacientes com quadro

moderado ou grave. Este pequeno percentual de reações adversas pode ser explicado

pela própria fisiopatologia do envenenamento que leva a liberação maciça de

de certa forma, protege o paciente de reações de hipersensibilidadde

A pedra angular do tratamento do acidente escorpiônico é a administração de soro

específico. No entanto só será administrado nos casos classificados como moderado ou

grave. Todas as vítimas de picada por escorpião devem permanecer pelo menos seis

m observação hospitalar em caso de adultos e 12 horas para crianças menores de

sete anos. Casos graves devem ser tratados em unidade de terapia intensiva.

Tratamento sintomático

A dor pode ser muito intensa e a escolha do analgésico deve levar em conta a

intensidade, história de alergia medicamentosa e manifestações associadas. A maioria

dos pacientes pode ser tratada com dipirona ou paracetamol, mas, eventualmente

se ao uso de opioides. O bloqueio local com lidocaína sem vasoconstritor

também é uma alternativa para casos com dor muito intensa. Utiliza-se lidocaína a 2%

sem vasoconstritor. A dose é de é 2 a 5 ml em adultos e 1 a 2 ml em crianças e pode ser

epetida até três vezes, respeitando um intervalo de uma hora entre as infiltrações.

Os distúrbios hidroeletrolíticos devem ser controlados de acordo com as alterações. Em

freqüentes, recomenda-se o uso de metoclopramida.

Bases do tratamento da vítima de picada por escorpião:

suporte avançado de vida para pacientes graves. administração do soro antiescorpiônico visando a neutralização do veneno inoculado, o mais rápido possível.

11

O soro antiescorpiônico é heterólogo (origem equina), sendo assim poderá induzir a

reações anafiláticas, que são raras quando administrado em pacientes com quadro

ões adversas pode ser explicado

pela própria fisiopatologia do envenenamento que leva a liberação maciça de

protege o paciente de reações de hipersensibilidadde

A pedra angular do tratamento do acidente escorpiônico é a administração de soro

específico. No entanto só será administrado nos casos classificados como moderado ou

grave. Todas as vítimas de picada por escorpião devem permanecer pelo menos seis

m observação hospitalar em caso de adultos e 12 horas para crianças menores de

sete anos. Casos graves devem ser tratados em unidade de terapia intensiva.

A dor pode ser muito intensa e a escolha do analgésico deve levar em conta a

intensidade, história de alergia medicamentosa e manifestações associadas. A maioria

eventualmente,

se ao uso de opioides. O bloqueio local com lidocaína sem vasoconstritor

se lidocaína a 2%

sem vasoconstritor. A dose é de é 2 a 5 ml em adultos e 1 a 2 ml em crianças e pode ser

epetida até três vezes, respeitando um intervalo de uma hora entre as infiltrações.

Os distúrbios hidroeletrolíticos devem ser controlados de acordo com as alterações. Em

administração do soro antiescorpiônico visando a neutralização do veneno

Tratamento específico

O soro antiescorpiônico está indicado para casos moderados ou graves e deve ser

administrado o mais precocemente possível

mínimo, 7,5 DMM (dose Mínima Mortal) de veneno de

ampolas que deve ser administrado por via intravenosa é definido de acordo com a

classificação da gravidade e quadro do acidente

Alguns autores4,18,19, considerando o risco

ampolas de soro antiescorpiônico para acidentes envolvendo criança

anos, comprovadamente picada por escorpião da espécie

duas horas de evolução, mesmo que

da administração de antiveneno deve ser sustentada pelas manifestações clínicas como

já apresentado anteriormente.

Nos casos moderados aplicam

por via intravenosa em 20 minutos. A dose de soro não tem relação com idade, peso ou

superficie corporal e sim com a gravidade do caso. Quando ocorre reação de

hipersensibilidade ao soro, que é raro, suspende

drogas usuais (antihistamínic

soro específico deve recomeçar logo após o controle da reação. A administração deste

antiveneno é segura, sendo pequena a frequência e a gravidade das reações de

hipersensibilidade graves.

Não existem estudos clínicos controlados que atestem a eficácia de medicações para

prevenir reações de hipersensibilidade

indicação de corticoides e/ou antihistamínicos profiláticos.

Tratamento do paciente grave

Os pacientes que já apresentam arritmias cardíacas, convulsões e ou edema agudo de

pulmão devem receber o antiveneno o mais rá

vida é decisivo para a boa evolução do paciente

ecífico

O soro antiescorpiônico está indicado para casos moderados ou graves e deve ser

administrado o mais precocemente possível.17 Cada ampola de 5 ml neutraliza, no

mínimo, 7,5 DMM (dose Mínima Mortal) de veneno de Tytius serrulatus

ampolas que deve ser administrado por via intravenosa é definido de acordo com a

classificação da gravidade e quadro do acidente.13,15

considerando o risco-benefício, indicam administração de duas

ampolas de soro antiescorpiônico para acidentes envolvendo criança menor de três

, comprovadamente picada por escorpião da espécie T. serrulatus, com menos

, mesmo que oligossintomática. Após este período, a decisão

da administração de antiveneno deve ser sustentada pelas manifestações clínicas como

já apresentado anteriormente.

Nos casos moderados aplicam-se de duas a três ampolas e nos graves de

0 minutos. A dose de soro não tem relação com idade, peso ou

superficie corporal e sim com a gravidade do caso. Quando ocorre reação de

hipersensibilidade ao soro, que é raro, suspende-se a infusão e trata-se a anafilaxia com

drogas usuais (antihistamínicos, adrenalina, p.ex.) e suporte clínico. A administração do

soro específico deve recomeçar logo após o controle da reação. A administração deste

antiveneno é segura, sendo pequena a frequência e a gravidade das reações de

existem estudos clínicos controlados que atestem a eficácia de medicações para

prevenir reações de hipersensibilidade. Para essas reações, que são raras,

ou antihistamínicos profiláticos.

Tratamento do paciente grave

pacientes que já apresentam arritmias cardíacas, convulsões e ou edema agudo de

m receber o antiveneno o mais rápido possível, mas o suporte avançado de

vida é decisivo para a boa evolução do paciente.20

12

O soro antiescorpiônico está indicado para casos moderados ou graves e deve ser

Cada ampola de 5 ml neutraliza, no

Tytius serrulatus. O número de

ampolas que deve ser administrado por via intravenosa é definido de acordo com a

indicam administração de duas

menor de três

com menos

. Após este período, a decisão

da administração de antiveneno deve ser sustentada pelas manifestações clínicas como

de quatro a seis,

0 minutos. A dose de soro não tem relação com idade, peso ou

superficie corporal e sim com a gravidade do caso. Quando ocorre reação de

se a anafilaxia com

os, adrenalina, p.ex.) e suporte clínico. A administração do

soro específico deve recomeçar logo após o controle da reação. A administração deste

antiveneno é segura, sendo pequena a frequência e a gravidade das reações de

existem estudos clínicos controlados que atestem a eficácia de medicações para

. Para essas reações, que são raras, não há

pacientes que já apresentam arritmias cardíacas, convulsões e ou edema agudo de

possível, mas o suporte avançado de

A oferta de oxigênio suplementar deve acontecer para todo paciente com valores de

oximetria de pulso menores

pulmonar mecânica (VM), instituídas precocemente, são de grande valor. A pressão

positiva, principalmente com níveis mais elevados de pressão expiratória positiva final,

minimiza o extravasamento de líquido pulmonar, contribuindo para melhores trocas

gasosas.4

A entubação em sequência rápida é preconizada. Drogas de ação rápida são utilizadas

para facilitar o procedimento, cuidando

hemodinâmico.4

As vítimas de acidente escorpiônico

sudorese, vômitos e aumento de permeabilidade vascular. Na maioria dos casos a

reposição volêmica é necessária, mas deve ser criteriosa. O limite entre a hipovolemia e

a sobrecarga de volume, com piora da função

reposição com cristalóides

500 ml em adultos. Daí para frente a necessidade de volumes adicionais

tateada de acordo com quadro clínico e resposta à infus

Algumas vezes, a piora súbita da função pulmonar associada à hipotensão é a primeira

manifestação de sobrecarga volêmica observada

central (PVC), apesar de suas limitações, auxilia na avaliação da reposição volêmica.

Nos casos muito graves, pode

pulmonar (cateter de Swan-

A função de bomba cardíaca pode ser melhorada com medicamentos de infusão

contínua, como por exemplo, a dobutamina.

O diurético de alça pode ser usado nos pacientes que apresentem sinais de hipervolemia

(edema agudo de pulmão, com hipoxemia grave). O uso indiscriminad

de diuréticos agrava a hipovolemia e compromete ainda mais a perfusão tecidual

A oferta de oxigênio suplementar deve acontecer para todo paciente com valores de

es que 94%. A entubação endotraqueal e a ventilação

pulmonar mecânica (VM), instituídas precocemente, são de grande valor. A pressão

almente com níveis mais elevados de pressão expiratória positiva final,

minimiza o extravasamento de líquido pulmonar, contribuindo para melhores trocas

em sequência rápida é preconizada. Drogas de ação rápida são utilizadas

ilitar o procedimento, cuidando-se para que seus efeitos não agravem o quadro

As vítimas de acidente escorpiônico podem apresentar-se hipovolêmicas devido à

sudorese, vômitos e aumento de permeabilidade vascular. Na maioria dos casos a

reposição volêmica é necessária, mas deve ser criteriosa. O limite entre a hipovolemia e

a sobrecarga de volume, com piora da função pulmonar, é tênue.4 Recomenda

no volume de 5 a 10ml/kg de peso para crianças e de 200 a

500 ml em adultos. Daí para frente a necessidade de volumes adicionais

de acordo com quadro clínico e resposta à infusão de expansores de volume.

Algumas vezes, a piora súbita da função pulmonar associada à hipotensão é a primeira

manifestação de sobrecarga volêmica observada.4 A monitoração da pressão venosa

central (PVC), apesar de suas limitações, auxilia na avaliação da reposição volêmica.

Nos casos muito graves, pode-se considerar a monitoração por meio de cateter na artéria

-Ganz).

mba cardíaca pode ser melhorada com medicamentos de infusão

contínua, como por exemplo, a dobutamina.

O diurético de alça pode ser usado nos pacientes que apresentem sinais de hipervolemia

(edema agudo de pulmão, com hipoxemia grave). O uso indiscriminado e “automático”

de diuréticos agrava a hipovolemia e compromete ainda mais a perfusão tecidual

13

A oferta de oxigênio suplementar deve acontecer para todo paciente com valores de

ntubação endotraqueal e a ventilação

pulmonar mecânica (VM), instituídas precocemente, são de grande valor. A pressão

almente com níveis mais elevados de pressão expiratória positiva final,

minimiza o extravasamento de líquido pulmonar, contribuindo para melhores trocas

em sequência rápida é preconizada. Drogas de ação rápida são utilizadas

se para que seus efeitos não agravem o quadro

se hipovolêmicas devido à

sudorese, vômitos e aumento de permeabilidade vascular. Na maioria dos casos a

reposição volêmica é necessária, mas deve ser criteriosa. O limite entre a hipovolemia e

Recomenda-se

no volume de 5 a 10ml/kg de peso para crianças e de 200 a

500 ml em adultos. Daí para frente a necessidade de volumes adicionais vai sendo

ão de expansores de volume.

Algumas vezes, a piora súbita da função pulmonar associada à hipotensão é a primeira

A monitoração da pressão venosa

central (PVC), apesar de suas limitações, auxilia na avaliação da reposição volêmica.

se considerar a monitoração por meio de cateter na artéria

mba cardíaca pode ser melhorada com medicamentos de infusão

O diurético de alça pode ser usado nos pacientes que apresentem sinais de hipervolemia

o e “automático”

de diuréticos agrava a hipovolemia e compromete ainda mais a perfusão tecidual.4

Vasodilatadores devem ser considerados na presença de hipertensão arterial ou

comprometimento da função cardíaca, mesmo nos casos moderados.

Os pacientes que evoluam com choque não responsivo à administração de volume se

beneficiarão de aminas vasoativas: dopamina ou noradrenalina

A monitorização eletrocardiográfica contínua deve ser instituída à admissão. Variadas

arritmias cardíacas podem surgir

repercussões que produzem.

Prognóstico

O prognóstico é bom para a

ocorrer nos casos moderados ou graves (mais frequentes em crianças menores de 9

anos)3,21 nas primeiras 24 horas do acidente. A precocidade da administração do

antiveneno é determinante na boa evolução, especialmente em crianças. Guerra

demonstrou que o atraso de cada hora na aplicação do soro antiescorpiônico representou

aumento de 9% na razão de chance de morte das crianças picadas em Minas Gerais

entre 2001 a 2005.

Prevenção do acidente escorpiônico

1- Manter limpos domícilos e peridomicílios;

2- Combater baratas e insetos (alimentos dos escorpiões);

3- Cuidado ao calçar sapatos,

4- Vedar frestas e buracos em paredes, assoalhos e soleiras de portas. Colocar telas

em ralos de pias e esgotos;

5- Não colocar as mãos em buracos, sob pedras e troncos;

6- Afastar camas e berços das paredes, evitando que as roupas

paredes.

Vasodilatadores devem ser considerados na presença de hipertensão arterial ou

comprometimento da função cardíaca, mesmo nos casos moderados.

que evoluam com choque não responsivo à administração de volume se

beneficiarão de aminas vasoativas: dopamina ou noradrenalina.21

A monitorização eletrocardiográfica contínua deve ser instituída à admissão. Variadas

rritmias cardíacas podem surgir subitamente e devem ser tratadas de acordo com as

m.

a maioria absoluta dos casos. As complicações podem

ocorrer nos casos moderados ou graves (mais frequentes em crianças menores de 9

nas primeiras 24 horas do acidente. A precocidade da administração do

antiveneno é determinante na boa evolução, especialmente em crianças. Guerra

demonstrou que o atraso de cada hora na aplicação do soro antiescorpiônico representou

e 9% na razão de chance de morte das crianças picadas em Minas Gerais

revenção do acidente escorpiônico

Manter limpos domícilos e peridomicílios;

Combater baratas e insetos (alimentos dos escorpiões);

Cuidado ao calçar sapatos, sempre sacudi-los antes de usar;

Vedar frestas e buracos em paredes, assoalhos e soleiras de portas. Colocar telas

em ralos de pias e esgotos;

Não colocar as mãos em buracos, sob pedras e troncos;

Afastar camas e berços das paredes, evitando que as roupas encostem no chão e

14

Vasodilatadores devem ser considerados na presença de hipertensão arterial ou

que evoluam com choque não responsivo à administração de volume se

A monitorização eletrocardiográfica contínua deve ser instituída à admissão. Variadas

subitamente e devem ser tratadas de acordo com as

maioria absoluta dos casos. As complicações podem

ocorrer nos casos moderados ou graves (mais frequentes em crianças menores de 9

nas primeiras 24 horas do acidente. A precocidade da administração do

antiveneno é determinante na boa evolução, especialmente em crianças. Guerra et al10

demonstrou que o atraso de cada hora na aplicação do soro antiescorpiônico representou

e 9% na razão de chance de morte das crianças picadas em Minas Gerais,

Vedar frestas e buracos em paredes, assoalhos e soleiras de portas. Colocar telas

encostem no chão e

Referências

1. Sinitox – Sistema Nacional de Informações Toxico Farmacológicas

registrados de intoxicação e/ou envenenamento, 2009. [Acesso em 02 jul.

2012]. Disponível

em:http://www.fiocruz.br/sinitox_novo/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?sid=349.

2. Campolina D, Rocha MOC. Georeferenciamento e estudo clínico

epidemiológico dos acidentes escorpiônicos atendidos em Belo Horizonte no

Serviço de toxicologia de Minas Gerais. 2006

Tropical) - Faculdade de Medicina, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo

Horizonte, 2006.

3. Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (Diretoria de Vigilância

Ambiental). Acidentes por animais peçonhentos em Minas Ger

videoconferência, 2012.

4. Dias MB, Campolina D, Guerra SD, Andrade Filho, A. Escorpionismo. In:

Andrade Filho A, Campolina D, Dias MB. Toxicologia na prática clínica. Belo

Horizonte: Folium Comunicação. 2001. p.153

5. Cupo P, Azevedo-Marques MM, Hering SE. Escorpionismo. In: Cardoso JLC,

França FOS, Fan HW, Málaque CMS, Haddad Jr V. Animais peçonhentos do

Brasil: biologia, clínica e terapêutica dos acidentes. São Paulo: Sarvier, 2003

p.198-208.

6. Amaral CF, Barbosa AJ

induced pulmonary oedema: evidence of increased alveolocapillary membrane

permeability. Toxicon 1994; 32:999

7. Bahloul M, Ben Hamida C, Chtourou K, Ksibi H, Dammak H, Kallel H, et al.

Evidence of myocardial ischaemia in severe scorpion envenomation.

perfusion scintigraphy study. Intensive Care Med. 2004; 30:461

Sistema Nacional de Informações Toxico Farmacológicas

registrados de intoxicação e/ou envenenamento, 2009. [Acesso em 02 jul.

em:http://www.fiocruz.br/sinitox_novo/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?sid=349.

Campolina D, Rocha MOC. Georeferenciamento e estudo clínico

epidemiológico dos acidentes escorpiônicos atendidos em Belo Horizonte no

Serviço de toxicologia de Minas Gerais. 2006. Teses (Mestrado em Medicina

Faculdade de Medicina, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo

Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (Diretoria de Vigilância

Ambiental). Acidentes por animais peçonhentos em Minas Gerais,

videoconferência, 2012.

Dias MB, Campolina D, Guerra SD, Andrade Filho, A. Escorpionismo. In:

Andrade Filho A, Campolina D, Dias MB. Toxicologia na prática clínica. Belo

Horizonte: Folium Comunicação. 2001. p.153-166.

Marques MM, Hering SE. Escorpionismo. In: Cardoso JLC,

França FOS, Fan HW, Málaque CMS, Haddad Jr V. Animais peçonhentos do

Brasil: biologia, clínica e terapêutica dos acidentes. São Paulo: Sarvier, 2003

Amaral CF, Barbosa AJ, Leite VH, Tafuri WL, de Rezende NA.

induced pulmonary oedema: evidence of increased alveolocapillary membrane

Toxicon 1994; 32:999-1003.

Bahloul M, Ben Hamida C, Chtourou K, Ksibi H, Dammak H, Kallel H, et al.

ocardial ischaemia in severe scorpion envenomation.

perfusion scintigraphy study. Intensive Care Med. 2004; 30:461

15

Sistema Nacional de Informações Toxico Farmacológicas - Casos

registrados de intoxicação e/ou envenenamento, 2009. [Acesso em 02 jul.

em:http://www.fiocruz.br/sinitox_novo/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?sid=349.

Campolina D, Rocha MOC. Georeferenciamento e estudo clínico-

epidemiológico dos acidentes escorpiônicos atendidos em Belo Horizonte no

do em Medicina

Faculdade de Medicina, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo

Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (Diretoria de Vigilância

ais,

Dias MB, Campolina D, Guerra SD, Andrade Filho, A. Escorpionismo. In:

Andrade Filho A, Campolina D, Dias MB. Toxicologia na prática clínica. Belo

Marques MM, Hering SE. Escorpionismo. In: Cardoso JLC,

França FOS, Fan HW, Málaque CMS, Haddad Jr V. Animais peçonhentos do

Brasil: biologia, clínica e terapêutica dos acidentes. São Paulo: Sarvier, 2003

, Leite VH, Tafuri WL, de Rezende NA. Scorpion sting-

induced pulmonary oedema: evidence of increased alveolocapillary membrane

Bahloul M, Ben Hamida C, Chtourou K, Ksibi H, Dammak H, Kallel H, et al.

ocardial ischaemia in severe scorpion envenomation. Myocardio

perfusion scintigraphy study. Intensive Care Med. 2004; 30:461-467.

8. Cupo P, Figueiredo AB, Filho AP, Pintya AO, Júnior GAT, Caligaris F, et al.

Acute left ventricular dysfunction of severe

myocardial perfusion disturbance.

9. Freire-Maia L, Campos JA.

poisoning. Proceeding of the 9th World Congress on Animal, Plant and

Microbial Toxins. Oklahoma, 1988.

10. Guerra CM, Carvalho LF, Colosimo EA, Freire HB.

related to fatal outcomes of scorpion envenomation in c

in the state of Minas Gerais, Brazil, from 2001 to 2005.

84(6):509-515.

11. Amaral CF, Rezende NA. Both cardiogenic and non

involved in the pathogenesis of pulmonary oedema

Toxicon 1997; 35:997

12. Andrade Filho A, Lima, HFCA. Acidentes provocados por animais

peçonhentos. In: Couto RC, Botoni FA, Serufo JC, et al. Emergências médicas

e terapia intensiva. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005. p.78

13. Boyer LV, Theodororou AA, Berg RA, Mallie J, Cháves

Ubbelihde W, et al.

from scorpion stings.

14. Cupo P, Hering SE. Cardiac troponin

envenoming by Tityus serrulatus.

15. Amaral CF, Dias MB, Campolina D, Proietti FA, de Rezende NA.

with adrenergic manifestations of envenomation after Tityus serrulatus scorpion

sting are protected from early anaphylactic antivenom reactions.

32:211-5.

Cupo P, Figueiredo AB, Filho AP, Pintya AO, Júnior GAT, Caligaris F, et al.

Acute left ventricular dysfunction of severe scorpion envenomation is related to

myocardial perfusion disturbance. International Journal of Cardiology, 2006.

Maia L, Campos JA. Pathophysiology and treatment of scorpion

poisoning. Proceeding of the 9th World Congress on Animal, Plant and

Oklahoma, 1988.

Guerra CM, Carvalho LF, Colosimo EA, Freire HB. Analysis of variables

related to fatal outcomes of scorpion envenomation in children and adolescents

in the state of Minas Gerais, Brazil, from 2001 to 2005. J Pediatr. 2008;

Amaral CF, Rezende NA. Both cardiogenic and non-cardiogenic factors are

involved in the pathogenesis of pulmonary oedema after scorpion envenoming.

Toxicon 1997; 35:997-8.

Andrade Filho A, Lima, HFCA. Acidentes provocados por animais

peçonhentos. In: Couto RC, Botoni FA, Serufo JC, et al. Emergências médicas

e terapia intensiva. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005. p.78

Boyer LV, Theodororou AA, Berg RA, Mallie J, Cháves-Méndez A, García

Ubbelihde W, et al. Antivenom for critically ill children with neurotoxicity

from scorpion stings. N Engl J Med 2009; 360:2090-8.

Cupo P, Hering SE. Cardiac troponin I release after severe scorpion

envenoming by Tityus serrulatus. Toxicon. 2002; 40(6):823-30.

Amaral CF, Dias MB, Campolina D, Proietti FA, de Rezende NA.

with adrenergic manifestations of envenomation after Tityus serrulatus scorpion

protected from early anaphylactic antivenom reactions.

16

Cupo P, Figueiredo AB, Filho AP, Pintya AO, Júnior GAT, Caligaris F, et al.

scorpion envenomation is related to

International Journal of Cardiology, 2006.

and treatment of scorpion

poisoning. Proceeding of the 9th World Congress on Animal, Plant and

Analysis of variables

hildren and adolescents

J Pediatr. 2008;

cardiogenic factors are

after scorpion envenoming.

Andrade Filho A, Lima, HFCA. Acidentes provocados por animais

peçonhentos. In: Couto RC, Botoni FA, Serufo JC, et al. Emergências médicas

e terapia intensiva. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005. p.787-808.

Méndez A, García-

Antivenom for critically ill children with neurotoxicity

I release after severe scorpion

30.

Amaral CF, Dias MB, Campolina D, Proietti FA, de Rezende NA. Children

with adrenergic manifestations of envenomation after Tityus serrulatus scorpion

protected from early anaphylactic antivenom reactions. Toxicon 1994;

16. Ismail M. The treatment of the scorpion envenoming syndrome: the Saudi

experience with serotherapy.

17. Ministério da Saúde/FNS. Manual de diagnóstico

animais peçonhentos. Brasília, 2001.

18. Andrade Filho A, Valente JR. Acidentes provocados por animais peçonhentos

In: Nunes TA, Melo MCB, Souza C. Urgência e Emergência Pré

Belo Horizonte: Folium Editorial, 303

19. Andrade Filho A, Guerra SD. Animais peçonhentos. In: Guerra SD, Hermeto

MV, Moura AD, Ferreira FL. Manual de emergências. Belo Horizonte: Folium

Editorial, 2010. p.251

20. Gueron M, Sofer S. The role of the intensivist

cardiovascular manifestations of scorpion envenomation.

32:1027-1029.

21. Bellomo R, Cole L, Ronco C. Hemody

Kidney Int 1998; 66:S71

Leitura complementar

1. Boyer LV, Theodorou

Investigators, Chávez

neurotoxicity from scorpion stings.

2. Elitsur Y, Urbach J, Hershkovich J, Moses S

involvement caused a yellow scorpion sting on the face: two case repo

Irs Med Sci 1984; 20:160

3. Freire Maia L, Campos JA, Amaral CFS.

scorpion envenoming.

Ismail M. The treatment of the scorpion envenoming syndrome: the Saudi

experience with serotherapy. Toxicon 1994; 32: 1019-1026.

Ministério da Saúde/FNS. Manual de diagnóstico e tratamento de acidentes por

animais peçonhentos. Brasília, 2001.

Andrade Filho A, Valente JR. Acidentes provocados por animais peçonhentos

In: Nunes TA, Melo MCB, Souza C. Urgência e Emergência Pré

Belo Horizonte: Folium Editorial, 303-311, 2010.

Andrade Filho A, Guerra SD. Animais peçonhentos. In: Guerra SD, Hermeto

MV, Moura AD, Ferreira FL. Manual de emergências. Belo Horizonte: Folium

Editorial, 2010. p.251-268.

Gueron M, Sofer S. The role of the intensivist in the treatment of the

cardiovascular manifestations of scorpion envenomation. Toxicon 1994;

Bellomo R, Cole L, Ronco C. Hemody-namic support and the role of dopamine.

Kidney Int 1998; 66:S71-S74.

Boyer LV, Theodorou AA, Berg RA, Mallie J; Arizona Envenomation

Investigators, Chávez-Méndez A. Antivenom for critically ill children with

neurotoxicity from scorpion stings. N Engl J Med. 2009; 360(20):2090

Elitsur Y, Urbach J, Hershkovich J, Moses S. Localized cerebral

involvement caused a yellow scorpion sting on the face: two case repo

Irs Med Sci 1984; 20:160-2.

Freire Maia L, Campos JA, Amaral CFS. Approaches to the treatment of

scorpion envenoming. Toxicon 1994 ;32: 1009-14, 1994.

17

Ismail M. The treatment of the scorpion envenoming syndrome: the Saudi

e tratamento de acidentes por

Andrade Filho A, Valente JR. Acidentes provocados por animais peçonhentos

In: Nunes TA, Melo MCB, Souza C. Urgência e Emergência Pré-Hospitalar.

Andrade Filho A, Guerra SD. Animais peçonhentos. In: Guerra SD, Hermeto

MV, Moura AD, Ferreira FL. Manual de emergências. Belo Horizonte: Folium

in the treatment of the

Toxicon 1994;

namic support and the role of dopamine.

AA, Berg RA, Mallie J; Arizona Envenomation

ritically ill children with

N Engl J Med. 2009; 360(20):2090-8.

. Localized cerebral

involvement caused a yellow scorpion sting on the face: two case reports.

Approaches to the treatment of

4. Ismail M, Fatani AJ, Dabees

scorpion envenomation: a review of common therapies and an effect of

kallikrein-kinin inhibitors.

5. Lourenço WR, Eickstedt VRD.

Cardoso JLC, França

Animais peçonhentos do Brasil: biologia, clínica e terapêutica dos

acidentes. São Paulo: Sarvier,

Ismail M, Fatani AJ, Dabees TT. Experi-mental treatment protocols for

scorpion envenomation: a review of common therapies and an effect of

kinin inhibitors. Toxicon 1992; 30:1257-1279.

Lourenço WR, Eickstedt VRD. Escorpiões de importância médica.

Cardoso JLC, França FOS, Fan HW, Málaque CMS, Haddad Jr V.

eçonhentos do Brasil: biologia, clínica e terapêutica dos

acidentes. São Paulo: Sarvier, 2003. p.182-197.

18

mental treatment protocols for

scorpion envenomation: a review of common therapies and an effect of

Escorpiões de importância médica. In:

que CMS, Haddad Jr V.

eçonhentos do Brasil: biologia, clínica e terapêutica dos