Revista informativa da Paróquia Nossa Senhora do Rosário de Fátima e Santo Antônio de Lisboa Novembro 2015Ano 6 - Nº 65

Paróquia Nossa Senhora do Rosário de Fátimae Santo Antônio de Lisboa

INFORMATIVO PAROQUIAL

Padre Tiago LucianoA história do mais novo sacerdote desta Paróquia que chegou

tímido e hoje conquista nossos corações

E X P E D I E N T ENOVEMBRO-2015

Paróquia Nossa Senhora do Rosário de Fátima e

Santo Antônio de Lisboa

Rua Bacairis, 390 – TaquaraCEP 22730-120

Telefones: 2423-5414 / 2423-4071

www.rosariodefatima.org.brinstagram: @rosariodefatimaFanPage: Paroquia Nossa Senhora do Ro-sario de Fatima e Santo Antonio de Lisboa

Pároco: Pe. Júlio CesarVigário: Pe. Tiago LucianoDiácono: Marcos Freitas

ConfissõesTerça, quarta, quinta e Sextadas 15h às 18h

Aconselhamento espiritualMarcar direto com os padres

Expediente da Secretaria Paroquialde segunda a sexta das 08h às 11h e das 14h às 17h e sábado das 08h às 12h

Horário das MissasMissas Semanais:de segunda a sexta às 19h

Missas DominicaisSábado: 16h (Missa das Crianças) e 18hDomingo: 6:30 - 8:30 - 10:30 - 19h

Hora da GraçaDia 13 às 15h eprimeira terça-feira do mês às 20h

ProduçãoPastoral da Comunicação

Contato e anúnciosinformparoquial@yahoo.com.br

Esta edição do nosso Informativo foi preparada com imenso carinho para o Padre Tiago Luciano, que aqui chegou mansamente, em nossa comunida-de paroquial, e foi tomando conta dos nossos corações...

Com aparência calma, sempre muito paciente e solícito com quem o procura, o nosso então diácono Tiago, seminarista atento à comunidade e aos assuntos da Paróquia, tem nos mostrado o grande homem de Deus que é. Que deseja servi-Lo e adorá-Lo, ajudando na obra que Jesus começou ao passar por nós na Terra.

Um sacerdote não se faz do dia para a noite... e nem todos que entram no seminário conseguem manter-se fiéis e firmes em sua formação e em seu pro-pósito.

Um verdadeiro vocacionado, Deus sustenta e orienta onde deve servir.Ao pesquisarmos sobre a sua vida e o despertar da vocação sacerdotal, des-

cobrimos uma pessoa muito especial que Deus chamou para ser seu fiel servo. Um jovem atento, que começou o seu trabalho de evangelização com os seus

próprios familiares. Que bênção! E ainda dizem que santo de casa não faz mila-gre...

Ele, como o mais novo sacerdote da Paróquia, demonstra ter grande disposi-ção para ajudar o Pároco, Padre Júlio Cesar, em nossa comunidade, que cresce cada vez mais e demanda de sacerdotes dedicados com o rebanho.

Esta edição foi pensada e preparada com muito carinho, para registrar e ser um marco em sua vida sacerdotal, dando-nos a oportunidade de conhecê-lo me-lhor.

E, diante das dificuldades, que o Padre Tiago se lembre sempre, como São João Paulo II: “ O amor explicou tudo!”

Nós, da Pastoral da comunicação, desejamos que Jesus o fortaleça, dê a ele a direção em todos os momentos de sua missão, o ilumine e ampare no caminho escolhido!

Felicidades, Padre Tiago!

Pastoral da Comunicação

E D I T O R I A L

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A alegria de ver sua ordenação ao sacerdócio

Conheci o Padre Tiago Luciano no seminário ao ser apresentado pelo Padre Thiago Bartoli. Mesmo sendo

de turmas distintas, nos aproximamos e conversá0vamos durante as atividades em comum, o que me fez conhecê-lo melhor. Por isso, quando o seminário me procurou perguntando se poderia mandá-lo para a nossa Paróquia, de prontidão aceitei, por conhecer sua integridade.

A sua chegada foi muito boa e em um momento que eu precisava. Ter um amigo por perto é sempre bom. E foi uma ajuda mútua, porque acredito que Deus cons-truiu entre nós uma forte amizade. Tenho grande apreço por ele e a convivência diá-ria nos fez dois grandes amigos. Um padre antigo que conheci há muito tempo dizia assim: “você só é amigo de alguém quando esse amigo come um quilo de sal contigo”, ou seja, quando alguém passa por dificul-

dades ao seu lado. E nós já passamos por muitas alegrias e dificuldades.

Vejo o Tiago hoje muito mais seguro no Ministério. Chegou aqui e logo depois se ordenou diácono. Foi tudo muito prema-turo. Aqui em nossa Paróquia ele se des-cobriu diácono, além das premissas do Mi-nistério, os batizados, os casamentos, as bênçãos... Tenho certeza que, de um modo geral, a Paróquia contribuiu para que ele se tornasse um homem mais preparado.

Foi bom perceber a sua expectativa para se tornar padre porque me fez lem-brar a minha ordenação. Vê-lo agora che-gar ao sacerdócio é uma alegria. Há dois anos era eu o diácono e agora é a minha vez de fazer o papel do padre para auxiliá--lo e estar perto.

Tiago é comprometido com a paróquia e com os estudos. No seu trabalho, ele se entrega e se coloca. E nas trocas de conver-sas que temos no dia a dia, sempre apre-sento a ele uma dica em uma determinada situação e ouço também seus conselhos.

Hoje me vejo fazendo o que um padre tem que fazer, assim como outros padres fizeram com outros diáconos, que é aco-lher, estar perto. Aprendi muito com o pa-dre Renato e vamos marcando as pessoas como as pessoas nos marcam. Percebo coisas minhas no Tiago e vejo coisas dele em mim. É uma troca. Os dois ensinam um ao outro e nos tornamos melhores.

Acredito que o Tiago está pronto para ser Padre e fui sincero ao Bispo quando apresentei um testemunho favorável. É claro que ninguém aprende a ser padre na teoria. Aprendemos caminhando.

Ele será um padre como ele foi como di-

ácono. A ordenação não irá mudá-lo como pessoa, nem o seu caráter nem personali-dade. Ele continuará sendo um homem in-teressado, íntegro, disposto e ficará nesta Paróquia até o Arcebispo Dom Orani per-mitir e nosso Senhor quiser.

Digo sempre a ele: é muito bom ser pa-dre. As dificuldades, as lutas, as batalhas, as incompreensões, nada disso se compa-ra à alegria de poder consagrar nosso Se-nhor na Eucaristia. E é isso que importa. As injúrias, as calúnias, os elogios, os presen-tes, os beijos, os abraços, tudo isso é mui-to bom, mas a Eucaristia é o momento no qual nos encontramos. Passaria por tudo de novo para receber a bênção de celebrar a vida apenas uma vez.

Desejo que o Tiago seja muito feliz e que possa contar sempre comigo. Ele sabe que tem em mim não só o Pároco ou pa-dre apenas, mas o amigo padre ou o pa-dre amigo. Os amigos contam uns com os outros sempre na alegria e na tristeza, na saúde e na doença. Ele pode contar comi-go a todo o momento.

Padre Julio Cesar

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Trilhando os caminhos de DeusMonique Bittencourt

Quando Deus escolhe alguém para ser Padre e ajudá-Lo a construir o Reino do Senhor, Ele sonda o cora-

ção deste homem e encontra preciosidade e capacidade para essa missão. Ele identi-fica uma vocação especial para o amor. E Deus nunca se engana. O homem escolhi-do por Ele é uma pessoa comum, tirada do povo para guiar esse povo.

E o jovem Tiago Luciano, de 28 anos, foi um dos eleitos para ser um homem de fé e assumir esse ministério de Evangelização.

Morador do bairro de Bangu, na Zona Oeste do Rio, Tiago sempre foi motivo de orgulho e admiração para toda a família.

“O Tiago é um ótimo filho. Era um me-nino calminho, que sempre gostou de es-tar perto das pessoas, dos amigos e da família”, conta Dona Maria Cecília da Silva Luciano, mãe de Tiago.

De família humilde, o pai era ferroviário e a mãe dona de casa. Com eles, Tiago aprendeu o valor da simplicidade.

“Eu me recordo que um belo dia eu es-tava fazendo uma obra aqui em casa, aí

ele virou pra mim e falou: – Pai, eu tam-bém quero te ajudar. E eu falei assim: – A melhor forma que você pode fazer pra me ajudar é estudando. Você não vai pegar em um tijolo, você vai pegar em um livro. E ele disse: – Mas é o correto pai? Eu dei-xar você trabalhar e eu ficar pegando no livro? Ele já dizia umas coisas que me sur-preendiam muito”, conta o pai, Rogério de Oliveira.

Além de querer ajudar os pais, mesmo criança, Tiago costumava tomar para si a responsabilidade de cuidar da irmã Grei-se, mais nova do que ele 4 anos. Dava con-selhos, se preocupava com a saúde dela e fazia questão de ser o seu melhor amigo.

“Ele tomava conta de mim. Se a gen-te fosse a uma festa de criança, ele fica-va preocupado comigo. Sempre foi mui-to meu amigo, muito confidente um do outro”, conta Greise Luciano de Oliveira, irmã de Tiago.

Greise também se lembra com carinho do jeitinho estabanado, bem característi-co em Tiago:

“Ele caía feito uma banana. Sempre caía muito e se machucava. Teve até um episódio em que ele estava se arrumando para ir ao colégio, ele escorregou no corre-dor, aí caiu com as pernas abertas. Ele es-tava com o prato de comida na mão, mas o prato ele não deixou cair. Sempre foi muito estabanado”, diz a irmã.

Em um determinado período da vida, Tiago precisou enfrentar a separação dos pais e sua dedicação à família aumentou.

“Tiago se tornou um homem muito cedo. Isso sempre fez com que eu tivesse muito orgulho dele. Até porque ele é um iluminado, filho de Deus. Deus nunca este-ve longe dele”, diz o pai.

Toda a família já sabia que Tiago era es-pecial e que Deus tinha um plano diferente pra vida dele...

Ouvindo o chamado de Deus

Durante a infância, Tiago acompanhava a família, que frequentava a Igreja Univer-sal do Reino de Deus. Mas ele sentia que o seu caminho para chegar até Deus era ou-tro. Foi então que, aos 14 anos, ele decidiu ir sozinho até a paróquia Nossa Senhora da Lapa, a mais próxima de casa, para se ins-crever na turma da catequese.

“Ele mesmo pegou a bicicletinha dele e foi lá na paróquia pra fazer inscrição. A partir daí, ele chamou toda a família para a igreja católica. Minha tia começou a par-ticipar do círculo bíblico, minha mãe foi fa-

Ser padre é ser “pai” de uma comunidade inteira. Como tal, ele é o homem da Palavra de Deus, da Eucaristia, do perdão e da bênção, exemplo de humildade, penitência e tolerância, o pregador e conversor da fé cristã.

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zer crisma, eu também fui fazer primeira comunhão. E assim a família toda voltou para igreja”.

E esse foi o primeiro passo deste ho-mem que hoje é Sacerdote. Que hoje tem a missão de guiar não só a família, mas todo o povo de Deus, para a conversão e santidade.

Tiago recebeu a primeira comunhão, fez crisma, se tornou catequista e resol-veu fazer o teste vocacional. A vontade de Deus ia se manifestando aos poucos na vida daquele jovem.

Ao mesmo tempo em que fazia o teste vocacional, Tiago também se dedicava à faculdade. Na época, ele estava cursando Licenciatura em História. Antes de renovar a matrícula para um novo ano de estudo, Deus manifestou a vontade Dele. E Tiago, em muita oração, sentiu que o seu destino não era ser professor de História. Ele iria ensinar as pessoas, não apenas uma dis-ciplina, mas os caminhos de salvação e de encontro com Cristo.

No começo, dona Cecília ficou com o coração apertado, mas sabia que não es-tava perdendo um filho, porque tudo pra Deus a gente ganha.

“É muito gratificante. Eu agradeço a Deus por Ele ter me escolhido para ser mãe de um padre. Eu me sinto muito feliz”, diz Dona Cecília.

E assim se cumpriu a vontade do Se-nhor na vida dele. Tiago deixou de sonhar os próprios sonhos, para sonhar os sonhos de Deus. Abandonou as coisas do mundo para viver como Jesus na comunidade. Ele ingressou no seminário, com o apoio de todos. Estudou e venceu todos os desafios.

“Eu sabia que ele ia conseguir esse ob-jetivo. Tudo o que Tiago toca parece que cresce. Ele conquista as pessoas com a hu-mildade, com a simplicidade, com aquele olhar, com aquele carinho e com aquele gesto. Eu acredito que ele ainda irá muito longe”, diz o pai.

Como diácono, ele prestou um excelen-te serviço na Paróquia Nossa Senhora do

Rosário de Fátima e Santo Antônio de Lis-boa, na Taquara. E por aqui, também sa-bemos que ele vai conquistar muito mais gente nessa vocação.

Para a família, o orgulho continua, e a alegria só aumenta.

“O nosso coração está transbordan-do de alegria. Foi uma caminhada muito longa. Foi muito estudo, muita dedicação e estamos muito felizes por ele. A família inteira está em festa”, diz Greise.

Muito emocionada, Dona Cecília trans-borda amor ao falar sobre o filho. Com o coração de mãe repleto de gratidão e ad-miração, ela o vê trilhando os caminhos de Deus e o abençoa nesta jornada de fé:

“Eu desejo que ele seja muito feliz. Deus o acolheu de verdade, para ser o filho Dele, levar a palavra Dele. E o que eu posso fa-lar? Eu fico tão emocionada. Eu quero dizer que o amo muito e que ele seja muito feliz. Quero dizer que nós estamos juntos”, diz a mãe do nosso querido padre Tiago Lucia-no.

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Quero ser fiel ao chamado que Deus me confiou

Depois de muitos anos de estudo, dedicação e fé, o grande momento de Tiago Luciano chegou. A partir de agora, como Sacerdote, ele passa a ter dons especiais e suas mãos ungidas. Nesta entrevista, concedida pouco antes da ordenação, ele relembra toda a sua história. E conta os desafios que precisou enfrentar para se tornar Padre.

1 ) O senhor irá se tornar padre. Como está se sentindo? Qual sua expectativa?- A expectativa é grande! Foi uma preparação intensa no seminário. Oito anos de espera de um sonho de Deus na mi-nha vida. Então, é com o coração transbordando de alegria que espero esse momento para justamente poder partilhar com meus familiares, os amigos, os paroquianos e todas as pessoas que sonharam comigo durante todos esses anos para que essa realização pudesse acontecer na minha vida.

2) Como foi sua entrada para o seminário?

- Até os 16 anos, eu não pensava em ser padre. Isso foi um amadurecimento contínuo da minha caminhada de fé por-que eu já era catequista da perseverança e fui coordena-dor do grupo jovem, juntamente com uma amiga que hoje é freira. Pude perceber que Deus tinha um chamado para mim, mas não conseguia identificar. Na época, o padre da minha paróquia, padre Jaime, incentivava muito essa ques-

tão da vocação. Então, com o tempo, o chamado de Deus foi despertando na minha vida. Até então era um estudante de história e nem tinha pensado nessa possibilidade. No meio da faculdade, eu já estava certo de que era um vocacionado e de que havia a possibilidade de ir para um seminário e me tornar padre.

3) Quando veio à sua cabeça que seria padre?- O que passou comigo foi um verdadeiro ponto de inter-rogação e um medo. O medo porque pensei: “Com tantos jovens na paróquia, por que eu? Então, pedia muito a Deus que me mostrasse e desse uma certeza e uma palavra. Um dia, estava fazendo uma leitura orante, pedindo a Deus uma palavra. Ele me deu a palavra de Jeremias 20, 7 “Seduziste--me Senhor e eu me deixei seduzir”.” Foi muito forte porque, de fato, pude perceber que Deus tinha um grande propósito para minha vida e, de uma maneira muito especial, fez com que eu me apaixonasse profundamente por Ele.

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Quero ser fiel ao chamado que Deus me confiouMonica Cardoso

4) A sua família apoiou sua escolha?- No início, quando comecei o encontro vocacional, meus pais não sabiam. Quando minha mãe pensou em mudar do bairro, tive que falar da minha entrada no vocacional no seminário. Ela achava que era uma fuga de problemas familiares, mas disse a ela que estava já rezando e sendo acompanhado há um tempo. Ela foi aceitando e me incen-tivando. Já com o meu pai, escondi até que o seminário me desse a resposta. Quando a recebi, o padre Valnei infor-mou sobre a minha entrada no seminário em uma missa de bodas de prata de um casal de vizinhos. Logo depois, foram dar parabéns ao meu pai. Foi quando ele veio me perguntar se era verdade e eu confirmei. Para minha sur-presa, ele recebeu bem a minha ida para o seminário e me incentivou muito.

5) Teve grandes provações? Pensou em desistir?- Foram dois períodos muito difíceis para mim no seminá-rio. Um em 2011, quando um grande amigo faleceu e pen-sei em desistir. Quando entramos no seminário, achamos que todos irão ordenar conosco. E não é assim. Me senti frustrado e triste. Mas teve uma mão de Deus nesse mo-mento, porque foi testemunho para nós. E em 2013, perto da ordenação diaconal, tive provações quanto ao Minis-tério. Mas Deus agiu poderosamente em todos esses dois momentos.

6) Qual a característica que pretende levar ao longo da sua vocação?- O homem que eu sou. A minha família me formou, mas o padre que vou ser, o seminário que me fez. Respeitar o jei-to e a individualidade de cada um. Também tenho carinho pelas amizades que passaram por mim. O que o povo ne-cessita hoje levarei para o meu Ministério. Toda vocação é fruto da oração do povo de Deus. Se eu vou ser padre é porque pessoas oraram pela minha vocação.

7) Salomão, no antigo testamento, pede a graça da sabedo-

ria. Que graça o Padre Tiago pediria a Deus?- A graça da fidelidade. Porque eu sempre pedi a Deus for-ça para ser fiel ao chamado que Ele me confiou. Essa fide-lidade a Deus que eu quero levar para o meu sacerdócio.

8) Tem alguma mensagem ou algo para dizer às pessoas que te apoiaram todo esse tempo?- Gratidão é a palavra que sucinta no meu coração. Para as pessoas que compartilharam comigo alegrias e triste-zas, todas que passaram pela minha vida. Que Deus possa cumulá-las de graças e de bênçãos. Gesto de gratidão será levar Jesus Sacramentado a todos, através das minhas mãos que serão consagradas.

9) Como o Tiago vê o padre Tiago daqui a 10 anos?

- Vejo um padre que ama a vocação dele, que ama aquilo que ele exerce. Que tem grande zelo pela casa de Deus. Que sempre procura pessoas para Cristo.

Um padre sempre pronto para ajudar08

Eliane Mendonça

Ele chegou em boa hora”. É o que dizem os irmãos que frequen-tam a Paróquia Nossa Senhora

do Rosário de Fátima e Santo Antônio de Lisboa. Há 12 meses, chegava o ain-da seminarista Tiago Luciano, quando as atividades da Igreja eram revezadas pelo Pároco Júlio Cesar e o Vigário José Francisco. E já foi abraçando logo o tra-balho em algumas Pastorais, principal-mente a Crisma, Liturgia e Batismo. Um mês depois foi ordenado Diácono.

Mesmo sem conhecer quase nin-guém na comunidade, ele iniciou uma participação ativa e se envolveu com-pletamente em várias atividades. A pri-meira impressão é a de ser uma pessoa tímida, mas os irmãos garantem que é muito alegre e brincalhão. “Ele é mui-to prestativo e está sempre pronto para ajudar. Arregaça as mangas e põe a mão na massa. Nunca diz não. É um bom amigo e está sempre atento a tudo relacionado à Igreja do Senhor. É inteli-gente e muito fiel à Liturgia”, conta Vi-viane Soares, coordenadora da Pastoral do Batismo.

Outra característica de Tiago que cha-mou a atenção foram suas pregações. Em várias missas, elas foram profundas,

focadas na Liturgia, tocante às questões da vida, trazendo sempre exemplos que mostram a realidade do dia a dia. Ele fez muitos fiéis da Paróquia refletirem sobre sua conduta dentro da Igreja e como devem caminhar acolhendo o ir-mão. Uma verdadeira demonstração de carinho e amor ao Sagrado.

No envolvimento que ele teve com as atividades da Paróquia, talvez o que mais tenha se destacado foi o seu tra-

balho com a Iniciação Cristã. Em 2015, foram crismados 300 jovens e adultos, um dos maiores grupos já formados na Paróquia. “A participação dele foi fun-damental para resolvermos todas as questões, principalmente o seu equilí-

brio espiritual. Ele estava sempre muito disponível e nunca demonstrava can-saço”, diz Hélia Silva, coordenadora da Pastoral da Iniciação Cristã.

Experiência em algumas Paróquias

Antes de chegar à nossa Paróquia, Pa-dre Tiago Luciano ficou dois anos como seminarista na Paróquia São Geraldo, em Olaria, e depois passou alguns me-ses na Paróquia Nossa Senhora de Fáti-ma, no Alto da Boa Vista, para ajudar o padre que foi estudar em Roma. Logo depois, foi para a Igreja Divino Espírito Santo e São João Batista, no Maracanã, junto com o padre Cláudio, que o aju-dou a ter uma nova visão da Igreja, de como ser padre.

“Ele era voltado a todos da comuni-dade e nunca fazia distinção entre as pessoas. Todos que chegavam, ele era aberto a receber, o que me fez ver a di-mensão de ser padre”, conta Padre Tia-go. Em 2012, ele foi para a Paróquia São Pedro Apóstolo, em Pedra de Guarati-ba, uma Igreja pequena, mas com um território grande. “Foi possível conhecer a realidade do local, que tinha uma fé imensa. Como não havia padres para celebrar as missas, os diáconos faziam as celebrações, mas tinha vida pasto-ral”, completa ele.

Em 2013, ele foi para a Igreja São Ju-das Tadeu e Nossa Senhora das Dores, em Anchieta, e pôde conviver com Pa-dre Gustavo, que hoje é vigário da Pa-róquia Nossa Senhora da Apresentação. “Ele é meu padrinho de ordenação dia-conal. Foi um período muito difícil por conta do seminário. Passei por muitas tribulações e minha vocação ficou meio abalada. Foram exigências do Ministé-rio para minha vida e eu só encontrava

“Eu sou o bom pastor: conheço minhas ovelhas, e elas me conhecem, assim como o Pai me conhece e eu conheço o Pai. Eu dou a vida pelas ovelhas.” Jo 10, 14-16

“Ele faz muitos fiéis re-fletirem sobre sua con-duta dentro da Igreja e como devem caminhar

acolhendo o irmão. Uma verdadeira de-

monstração de carinho e amor ao Sagrado”

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forças quando estava na Paróquia. Ao participar das atividades, sentia um re-vigorar da minha vocação. Foi quando tive a certeza de que Deus me chamava a isso. A ser padre”, diz Tiago.

Depois desse período, Padre Tia-go foi encaminhado à Paróquia Nossa Senhora do Rosário de Fátima e Santo Antônio de Lisboa como seminarista, às vésperas da ordenação diaconal. Se-gundo ele, foi uma alegria e uma de-monstração do carinho de Deus com sua vocação. “Já conhecia o padre Júlio do tempo de seminário, mas não espe-rava vir para cá, em nenhum momen-to pensei para onde iria, na verdade”, afirma.

“Tenho muito carinho por esta co-munidade, pois pude viver todas as primícias do meu diaconato: primeiro batismo, primeiro casamento, primeira Adoração ao Santíssimo Sacramento como diácono. O carinho de cada pa-

roquiano, o acolhimento. E todos so-nharam o sonho do sacerdócio junto comigo. Cada encontro, cada palavra, foi realmente um incentivo para a mi-nha vocação. Pude perceber que tenho grandes amigos e que os levarei por toda a minha vida. É um grande marco na minha história”, ressalta o padre.

Amigos por toda a parte

Amigos e boas recordações foi o que Padre Tiago deixou por onde passou. A amizade com Hélia Silva, da Pastoral Iniciação Cristã, começou quando ele era seminarista na Paróquia São Geral-do. “Ele foi ao meu casamento e ficou próximo da minha família. Gostamos demais dele”, diz ela. Kátia Trindade, da mesma Paróquia, também está radian-te com a ordenação. “Estou muito feliz porque ele é um garoto muito especial e tenho certeza de que será um grande

padre. Que seja feliz e rebanhe muitas ovelhas para que o nosso rebanho cres-ça ainda mais”.

Padre Tiago também conquistou o casal Raquel e Renato Trindade. “Nosso coração está em festa. Aquele semina-rista que chegou de um jeito tímido, aos poucos foi conquistando cada um de nós. Foi padrinho do nosso casamento e se tornou um grande amigo. Que São Geraldo possa sempre interceder pela sua vocação. Sabemos das dificuldades, mas seguimos confiantes em Deus para que Ele te capacite a cada dia como seu servo para seguir nessa missão. Esta-remos sempre de portas abertas para quando você precisar”, comentam eles, emocionados.

“Vinde a mim os pequeninos...”Marcos Bittencourt

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VAMOS PINTAR?!CAÇA - PALAVRAS

Surge um novo Sacerdote

Tiago sempre foi uma criança muito especial.Era um menino de coração muito bom, mas muito atrapalhado.

Mas Tiago recebeu um chamado de Deus e, um dia, sem ninguém saber, Tiago resolveu fazer sua própria matrícula na catequese da Igreja.

Sua família veio do Espírito Santo para o Rio de Janeiro e, quando chegaram aqui, não frequentavam a Igreja Católica.

E começoua jornada do nosso jovem sacerdote. Parabéns, Tiago! Deus é contigo!

Ordenação: o Sim de Tiago LucianoEliane Mendonça

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O dia 7 de novembro de 2015 sempre será inesquecível para Tiago Lucia-no de Oliveira, afinal é a data de

sua ordenação como padre. Assim como ele, outros cinco jovens também foram ordenados pela imposição das mãos do Cardeal Dom Orani João Tempesta, na ce-rimônia que começou às 8h30, na Catedral do Rio de Janeiro. Além de sua família e amigos, a Paróquia Nossa Senhora do Ro-sário de Fátima e Santo Antônio de Lisboa preparou uma grande festa para celebrar esta importante etapa em sua vida. Quatro ônibus com cerca de 200 pessoas saíram da Taquara em direção à Catedral.

Inspirados no versículo 6 do capítulo 17 do Evangelho de São João “Manifes-tei o teu nome aos homens”, Tiago Lucia-no e mais cinco jovens candidatos (Bruno

Vianna Citelli, Gabriel de Moraes Coelho, Renato Teixeira de Britto, Rogério Pereira da Silva e Jefry Roger Rivas Arancibia) res-ponderam “sim” ao chamado de Deus para anunciar Seu amor entre as nações.

A ordenação presbiteral presidida por Dom Orani foi constituída de seis partes. Ini-ciou com a eleição do candidato (quando o Cardeal interroga se o candidato é digno des-te ministério), seguida da homilia (o Cardeal fala ao povo de Deus sobre este momento forte na vida da comunidade, bem como so-bre o sacramento da Ordem Sacerdotal).

Depois, acontece o propósito do eleito (quando o eleito, em pé, responde as inter-rogações feitas pelo Cardeal), a ladainha (o Cardeal convida o povo a rogar a Deus Pai que derrame a sua graça sobre este seu servo), a imposição das mãos (o Cardeal

impõe as mãos sobre sua cabeça e reza ou canta a oração da ordenação, na qual são citadas as principais tarefas do sacerdote) e, por último, a unção das mãos e entre-ga da patena e do cálice (apresenta alguns símbolos ricos em significado e que indi-cam o Ministério Sacerdotal da Ordem).

O momento de grande emoção foi quan-do, de joelhos, os ordenados têm as palmas das mãos ungidas com o óleo do Santo Cris-ma. Logo após, o Cardeal amarra as mãos dos ordenados para que sejam desamarra-das por quem receberá a primeira bênção sacerdotal. Ao término da celebração, o Cardeal estendeu suas mãos sobre os orde-nados e sobre o povo e fez a bênção.

“A nossa missão agora é levar esse amor de Cristo que transforma a vida das pesso-as”, disse Tiago Luciano.

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A primeira Missa na ParóquiaEliane Mendonça

Padre, seja acolhido por esta paró-quia!”. Foi com essas palavras que Padre Júlio Cesar iniciou a segunda

missa de padre Tiago Luciano, a primeira na Paróquia Nossa Senhora do Rosário de Fátima e Santo Antônio de Lisboa. E ele retribuiu: “Já me sinto acolhido. Meu co-ração está em festa, agora sei que todas as bandeirinhas na Catedral lotada eram vocês. É uma alegria estar presidindo nes-ta casa a Eucaristia. Que coloquemos no altar do Senhor tudo o que temos e o que somos”, disse ele.

Com a participação dos Padres Clau-dio e Lídio, dos diáconos Marcos e Bruno Borba, e dos seminaristas Luan e Victor, a primeira missa de Padre Tiago em nossa paróquia lotou a igreja. Antes de iniciar a celebração, Padre Júlio leu as palavras que o Cardeal Dom João Orani Tempesta havia consagrado, um dia antes, Tiago Luciano de Oliveira como o mais novo sacerdote do Rio de Janeiro.

A homilia de padre Claudio, que con-viveu com Tiago ainda como seminarista em sua paróquia, foi emocionante. Ele res-saltou que encontrou na própria Palavra a inspiração para o que dizer ao Padre Tiago. “Podemos tirar três lições do Evangelho de hoje: não podemos julgar ninguém pela aparência; o valor das pequenas coisas e dos pequenos gestos; e partilhar com os ir-mãos os nossos bens”.

Ao padre Tiago, ele disse: “A vida de padre deve ser de sacrifício constante para servir ao povo santo de Deus. Não impor-ta o que se dá, mas como se dá a entrega ao Senhor. Então, padre Tiago, você será sempre convidado a santificar esse povo de Deus. E todos deverão assumir o com-

promisso de ajudá-lo a ser um padre san-to. Por isso, todos precisam rezar muito por todos nós”, disse ele.

Após a emoção da consagração da Eu-caristia, ao final da missa, Padre Tiago as-sistiu a um vídeo que apresentou fotos de sua trajetória e depoimentos de amigos, padres e de sua família.

Padre Tiago também recebeu alguns presentes da comunidade: as meninas Ana Clara e Carolina, vestidas como suas santas de devoção, Santa Terezinha e Santa Clara, leram uma mensagem para ele; também ganhou flores e casulas de padre (com as quatro cores) e uma mala de missa (com os artigos necessários para fazer celebração). Ele também recebeu uma homenagem dos jovens da Crisma, cada um segurando uma placa com uma letra, que formou a pala-vra: Seja bem-vindo, Padre Tiago!

Para agradecer, Padre Tiago lembrou seus pais e toda a sua família, especialmen-te sua avó materna, que sonhara com o seu sacerdócio. Agradeceu ao Padre Clau-dio, que, segundo ele, se tornou um pai. “Todas as vezes que cheguei com o coração triste e abatido, ele sempre me enchia de alegria porque é impossível ficar triste ao lado dele”, disse. E agradeceu de modo es-pecial ao Padre Júlio. “Ele me acolheu des-de o primeiro dia em que cheguei aqui e se tornou o meu amigo. Vivemos muitos mo-mentos alegres e tristes. Pedi muito a Deus para que esse dia chegasse logo porque eu preciso ajudar esse homem, amando nos-sa Casa. Fui acolhido de braços abertos por todos vocês, que sonharam junto comigo. O que tenho a oferecer como forma de gra-tidão é Jesus, que é o maior bem da minha vida. Muito obrigada por tudo e por me fa-

zerem sentir tão amado. Vocês marcaram a minha vida e a minha história de sacer-dote. Para onde eu for, levarei a essência da comunidade da Taquara”, afirmou ele emocionado, sob aplausos calorosos.

Após o abraço em Padre Júlio, todos fo-ram convidados para participar da festa no pátio da igreja.