Padrões de herança

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Padrões de herança Na herança dominante basta um alelo do gene (chamado dominante) para a manifestação da característica. Na herança recessiva, a característica só se manifesta quando o alelo (considerado recessivo em relação a outro) se encontra em homozigose (em dose dupla). No cruzamento de dois indivíduos heterozigóticos, a proporção fenotípica encontrada na descendência é de 3:1. Na dominância completa, o fenótipo dos indivíduos heterozigóticos é intermediário, em ternos quantitativos, entre os fenótipos dos dois homozigóticos. No cruzamento de dois indivíduos heterozigóticos, a proporção fenotípica encontrada é de 1:2:1 (homozigótico dominante, heterozigótico e homozigótico recessivo, respectivamente). Na codominância, os dois alelos diferentes de um gene se expressam fenotipicamente no indivíduo heterozigótico. Nesse caso, o indivíduo apresenta as características presentes nos indivíduos homozigóticos para um alelo e para outro. No cruzamento de dois indivíduos heterozigóticos, a proporção fenotípica obtida é 1:2:1 (homozigótico dominante, heterozigótico e homozigótico recessivo, respectivamente). A proporção é a mesma que a encontrada na dominância incompleta, sendo possível diferenciá-las apenas pelo fenótipo do heterozigótico. Alelos letais são aqueles que causam a morte de seus portadores. Em certos casos, basta um alelo letal no genótipo para causar a morte do portador; em outros, a letalidade ocorre somente quando o alelo se encontra em condição homozigótica. No cruzamento de dois indivíduos heterozigóticos, quanto a um alelo letal recessivo, a proporção fenotípica obtida desse cruzamento é 2:1. Alelos múltiplos ocorrem quando um gene apresenta mais de duas formas alélicas na população. No entanto, cada indivíduo diploide possui, no máximo, duas dessas versões. A proporção fenotípica obtida do cruzamento de dois indivíduos heterozigóticos depende das relações de dominância entre os alelos envolvidos. Algumas características podem ser determinadas por dois ou mais genes. Nesses casos fala-se em interação gênica. Diferentes genes podem participar da determinação de uma única característica. Por exemplo, um gene determina a produção de pigmento amarelo e outro, de cor azul. Nesse exemplo de interação gênica, o fenótipo resultante pode ser verde se os dois pigmentos forem formados, amarelo ou azul se apenas um pigmento for formado, ou branco se nenhum pigmento for produzido. A proporção fenotípica obtida no cruzamento de dois indivíduos duplo-heterozigotos é de 9:3:3:1. Epistasia é um caso específico de interação gênica, em que alelos de um gene impedem a expressão dos alelos de outro par, que pode ou não estar no mesmo cromossomo. Na herança quantitativa (ou poligênica), os alelos de diferentes genes contribuem quantitativamente na formação de uma única característica. Nesse caso, as características resultam do efeito cumulativo de muitos genes, cada um contribuindo com uma parcela no fenótipo. A altura, o peso e a cor da pele em seres humanos são exemplos de herança quantitativa e apresentam forte influência do ambiente na determinação do fenótipo.

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Padrões de herança

Na herança dominante basta um alelo do gene (chamado dominante) para a manifestação da característica. Na herança recessiva, a característica só se manifesta quando o alelo (considerado recessivo em relação a outro) se encontra em homozigose (em dose dupla). No cruzamento de dois indivíduos heterozigóticos, a proporção fenotípica encontrada na descendência é de 3:1.

Na dominância completa, o fenótipo dos indivíduos heterozigóticos é intermediário, em ternos quantitativos, entre os fenótipos dos dois homozigóticos. No cruzamento de dois indivíduos heterozigóticos, a proporção fenotípica encontrada é de 1:2:1 (homozigótico dominante, heterozigótico e homozigótico recessivo, respectivamente).

Na codominância, os dois alelos diferentes de um gene se expressam fenotipicamente no indivíduo heterozigótico. Nesse caso, o indivíduo apresenta as características presentes nos indivíduos homozigóticos para um alelo e para outro. No cruzamento de dois indivíduos heterozigóticos, a proporção fenotípica obtida é 1:2:1 (homozigótico dominante, heterozigótico e homozigótico recessivo, respectivamente). A proporção é a mesma que a encontrada na dominância incompleta, sendo possível diferenciá-las apenas pelo fenótipo do heterozigótico.

Alelos letais são aqueles que causam a morte de seus portadores. Em certos casos, basta um alelo letal no genótipo para causar a morte do portador; em outros, a letalidade ocorre somente quando o alelo se encontra em condição homozigótica. No cruzamento de dois indivíduos heterozigóticos, quanto a um alelo letal recessivo, a proporção fenotípica obtida desse cruzamento é 2:1.

Alelos múltiplos ocorrem quando um gene apresenta mais de duas formas alélicas na população. No entanto, cada indivíduo diploide possui, no máximo, duas dessas versões. A proporção fenotípica obtida do cruzamento de dois indivíduos heterozigóticos depende das relações de dominância entre os alelos envolvidos.

Algumas características podem ser determinadas por dois ou mais genes. Nesses casos fala-se em interação gênica.

Diferentes genes podem participar da determinação de uma única característica. Por exemplo, um gene determina a produção de pigmento amarelo e outro, de cor azul. Nesse exemplo de interação gênica, o fenótipo resultante pode ser verde se os dois pigmentos forem formados, amarelo ou azul se apenas um pigmento for formado, ou branco se nenhum pigmento for produzido. A proporção fenotípica obtida no cruzamento de dois indivíduos duplo-heterozigotos é de 9:3:3:1.

Epistasia é um caso específico de interação gênica, em que alelos de um gene impedem a expressão dos alelos de outro par, que pode ou não estar no mesmo cromossomo.Na herança quantitativa (ou poligênica), os alelos de diferentes genes contribuem quantitativamente na formação de uma única característica. Nesse caso, as características resultam do efeito cumulativo de muitos genes, cada um contribuindo com uma parcela no fenótipo. A altura, o peso e a cor da pele em seres humanos são exemplos de herança quantitativa e apresentam forte influência do ambiente na determinação do fenótipo.