Painéis de madeira como vedação vertical em construções

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Estudo: painéis de madeira como vedação vertical em construções

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  • Painis de madeira como vedao vertical em construes*Wood panels for vertical closure in buildings

    Maxiliano Perdigo dos Santos**Maria Teresa Paulino Aguilar***

    Resumo

    Este trabalho aborda os aspectos ambientais envolvidos no uso da madeira de reflorestamento sob o olhar da construo civil. Apresenta a realidade da construo civil brasileira e de outros pases frente a esse material e experincias em sistemas de vedao vertical para edificaes utilizando painis pr-moldados de madeira. A anlise da bibliografia disponvel indica que, embora o uso da madeira de reflorestamento na construo civil seja recente no Brasil, as solues construtivas apresentadas mostraram-se viveis e compatveis com a realidade brasileira.

    Palavras-chave: Construo; Painis de madeira; Meio ambiente; Sustentabilidade.

    Abstract

    This paper addresses environmental aspects related to the application of reforestation wood in the building construction perspective. The experience of Brazil and other countries in using this material is presented, in particular the use of pre-molded wood panels for wall closure. An analysis of the available literature indicates that, despite the incipient experience of using that material in Brazil, the constructive solutions already developed have demonstrated its feasibility and compatibility with Brazilian reality. Key words: Construction; Wood panels; The environment; Sustainability.

    * Artigo referente monografia apresentada ao curso de Especializao em Construo Civil nfase: Tecnologia e Produtividade das Construes. Escola de Engenharia da Universidade Federal de Minas Gerais.** Arquiteto e urbanista pela PUC Minas, especialista em Construo Civil pela Escola de Enge-nharia da UFMG, mestrando em Construo Civil pela Escola de Engenharia da UFMG.*** Engenheira metalrgica, doutora pela Escola de Engenharia da Universidade Federal de Minas Gerais, professora do Departamento de Engenharia de Materiais e Construo da Universidade Federal de Minas Gerais.

    Cadernos de Arquitetura e Urbanismo, Belo Horizonte, v.14 - n.15 - dezembro 2007

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  • Painis de madeira como vedao vertical em construes - Maxiliano Santos e Maria Teresa Aguilar

    A madeira de reflorestamento tem se revelado um material promissor

    para a construo civil, tanto por sua relevncia no contexto ambiental,

    quanto por sua qualidade. So inmeros os exemplos de aplicaes bem-

    sucedidas da madeira de reflorestamento na produo de edificaes em pases

    industrializados. Esse interesse faz da madeira um material que promove

    desenvolvimento tecnolgico no setor da construo civil e amplia suas possibilidades no uso em edificaes.

    O Brasil tem a maior rea mundial de reflorestamento, mas cujo

    destino contempla somente a produo de celulose e carvo vegetal. Pesquisas

    relativas ao uso da madeira de reflorestamento como material de construo

    civil no Brasil so incipientes. Esse fato estimula a investigao sobre o tema e

    contribui para a formao de uma cultura relacionada busca de solues para

    os problemas ambientais e de novas alternativas para o setor da construo civil

    .A madeira de reflorestamento como alternativa sustentvel na

    construo civil

    A madeira um material natural e renovvel com inmeros aspectos positivos em diversas aplicaes na construo civil. Juntamente com o barro e

    a pedra, representa um dos mais populares materiais de construo h milhares

    de anos (STUNGO, 2001), tendo sido identificada em civilizaes que datam

    de 5.000 a.C. (RAMPAZZO; SPONCHIADO, 2000).

    Em razo da utilizao de novos materiais e da escassez de madeiras de lei, como brana e jacarand, dentre outras, arquitetos e construtores voltaram

    seus olhos para o concreto, ao e materiais sintticos, fazendo a madeira perder

    campo para esses materiais industrializados. Com o crescimento da conscientizao ambiental e, principalmente,

    aps a instituio da Norma ISO 14.000, as atividades madeireiras extrativistas

    passaram a ser mais controladas e, com isso, a madeira proveniente de manejo

    sustentvel ganhou certa notoriedade (RAMPAZZO; SPONCHIADO, 2000).

    A madeira de reflorestamento veio para ocupar a lacuna deixada pelas madeiras

    de lei e tem sido aplicada em diversos segmentos, como o da construo civil

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  • e movelaria. Segundo Stungo (2001), atualmente as conseqncias ecolgicas

    dos nossos atos tm promovido na arquitetura mundial a viso de que devemos

    utilizar a matria-prima disponvel com cuidado e economia. Em pases industrializados, esse conceito induziu a indstria madeireira a redescobrir o

    edifcio construdo em madeira, promovendo um material de qualidade para as

    empresas construtoras. Sob essa tica, a madeira de reflorestamento apresentada como uma

    alternativa utilizao de madeiras raras e materiais que consomem muita

    energia e poluem o meio ambiente em seu processo de produo. O emprego de plantaes de rvores sob manejo permite uma rpida aquisio de matria-

    prima para produo industrial, tendo como impacto inicial a preservao de

    reas com espcies nativas que vm sendo destrudas pela atividade madeireira,

    como a Amaznia e outras florestas. No que diz respeito a outros materiais, os

    maiores benefcios da madeira de reflorestamento seriam a reduo da emisso

    de poluentes na atmosfera e a economia de energia (TAB. 1), otimizando

    recursos que seriam protelados em favor de geraes futuras ou investidos na

    criao de outros produtos.

    Tabela 1Consumo energtico na fabricao de diversos materiais

    Material KWh/kg KWh/m3 Kg/carvo

    Madeira serrada 0,7 350 0,8

    Madeira laminada-colada 2,4 1200 --

    Cimento 1,4 1750 260

    Concreto 0,3 700 25

    Tijolo 0,8 1360 140

    Ao 5,9 46000 1000

    Plstico/PVC 18 24700 1800

    Alumnio 52 141500 4200

    Fonte: Laroca, 2002.

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    O Instituto de Pesquisas Tecnolgicas, IPT, analisou e classificou vrias

    espcies de madeira para uso na construo civil, catalogando-as em grupos

    de utilizao, de acordo com a exigncia a que sero submetidas em uma

    edificao (FERREIRA, 2003). As espcies de reflorestamento foram citadas

    em alguns dos grupos (Quadro 1), com destaque para o gnero Eucalyptus, classificado para o uso em estruturas. Deve-se, porm, observar as espcies

    de eucalipto adequadas, pois, segundo Oliveira (2001), existem cerca de 720

    espcies do gnero.

    Quadro 1Espcies de madeira de reflorestamento para construo civil

    Grupo Nome popular Nome cientfico

    Construo civil pesada interna Eucalipto Eucalyptus tereticornis, E. citriodora e E. saligna

    Construo civil leve externa e leve interna estrutural

    Eucalipto Eucalyptus grandis e E. saligna

    Construo civil leve interna decorativa Grevlea Grevillea robusta

    Construo civil leve interna de utilidade geral Cuningmia Cunninghamia lanceolata

    Cupressus Cupressus lusitanica

    Eucalipto Eucalyptus grandis e E. saligna

    Pinus Pinus spp.

    Construes de madeira no Brasil A utilizao da madeira na construo civil no Brasil foi expressiva

    principalmente no oeste de So Paulo e norte do Paran, com a colonizao

    inglesa, e em todo o sul, com a colonizao italiana, alem e polonesa

    (LAROCA, 2002).

    As edificaes construdas pelos imigrantes utilizavam um sistema de

    tbuas no sentido vertical fixadas sobre uma estrutura com mata-juntas para

    eliminar as frestas entre as tbuas. medida que materiais mais modernos, como

    tijolo e cimento, tornaram-se mais acessveis, a madeira foi sendo substituda

    pela alvenaria de tijolos. Atualmente, apenas no sul do Brasil, nos Estados do

  • 246

    Rio Grande do Sul e Santa Catarina, a madeira empregada comumente em

    construes vernaculares, o que refora a tradio desses Estados nesse tipo

    de sistema construtivo, fruto da colonizao alem e italiana (KRONKA; DEL

    CARLO, 2001).

    Apesar de ter uma grande rea plantada em seu territrio e de ser o maior produtor mundial de madeira de reflorestamento (TAB. 2), esse

    material pouqussimo usado no setor de construo civil no Brasil. Devido

    ao rpido crescimento do eucalipto quando exposto ao clima brasileiro, ao

    longo de vrios anos a maior parte da produo nacional tem sido destinada ao mercado de celulose e produo de carvo vegetal. Aps pesquisas mais

    recentes, desenvolvidas em instituies como o IPT, sobre o uso do eucalipto

    em construes, comeou-se a olhar para essa madeira como uma alternativa

    para o mercado brasileiro de construo (KRONKA; DEL CARLO, 2001;

    OLIVEIRA, 2001).

    Tabela 2Produo de madeira de reflorestamento

    Pas Espcie m3/hectare

    anoCiclo de vida da floresta em anos

    Brasil Pinus Taeda 25 20 25

    Brasil Eucaliptus Grandis 40 7 15

    Brasil Pinus Tropical 35 20

    Chile/ Nova Zelndia Pinus Radiata 25 20 25

    Estados Unidos Pinus Taeda 12 25

    frica do Sul Pinus Patula 19 25

    Sucia Picea Abies 5 60

    Fonte: Kronka e Del Carlo, 2001. Traduo nossa.

    No Brasil, a utilizao da madeira de reflorestamento na construo

    civil enfrenta preconceitos maiores que outros tipos de madeira. Aproveitada

    em grande parte apenas para formas de concreto e escoras, tem-se a noo de

    que esse tipo de madeira frgil, no sendo considerada nobre. Somada a

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    isso, a tradio cultural ibrica valoriza o uso da alvenaria, em detrimento da

    madeira. Essa subutilizao mascara o seu potencial e a torna desconhecida entre os profissionais do setor quanto s suas propriedades fsico-mecnicas

    e aos processos para o seu cultivo e beneficiamento, fazendo com que seja

    utilizada inadequadamente. Outro fator que, segundo Kronka e Del Carlo

    (2001), agrava a situao do Brasil em relao ao uso da madeira o fato de os

    cdigos de obra de grandes cidades como So Paulo no contemplarem o seu uso como material de construo.

    Construes de madeira em outros pases Em vrios pases do hemisfrio norte, as florestas so usadas de forma

    sustentada e mltipla. O ambiente florestal aproveitado tanto para produo

    de madeira, quanto para o desenvolvimento do meio ambiente atravs

    do incremento da fauna e flora, produo de gua potvel, turismo, lazer e

    educao ambiental. Na maioria desses pases, ricos em recursos florestais,

    plantados e manejados, grande parte das habitaes produzida em madeira

    e seus derivados (SHIMBO; INO, 1998). Em pases como Estados Unidos,

    Canad e Sucia, mais de 90% das habitaes so construdas em madeira;

    no Japo, 58% e na Alemanha, 25% (SQUENCES BOIS apud NAVARRO, 1999).

    Segundo Stungo (2001), o sistema construtivo em madeira mais comum

    atualmente no mundo o de estrutura leve. Embora tenha sua origem nos pases escandinavos, a alta produo do sistema estrutural leve bem popular

    na Amrica do Norte, o que garante uma grande produo de habitaes.

    A indstria de materiais de construo dos pases industrializados investe em pesquisas de inovao tecnolgica para colocar no mercado novos

    produtos e sistemas construtivos em madeira e promove feiras abertas ao pblico consumidor, a fim de divulgar os sistemas construtivos em madeira

    disponveis. Nesses pases, a busca pelo aprimoramento tecnolgico na rea da

    construo em madeira impulsionada pelo apelo ambiental em favor da reduo do consumo de energia na produo e na manuteno dos edifcios. Isso

  • 248

    ocorre porque, nesses locais, o consumo de energia para aquecimento interno

    das edificaes elevado. A construo de casas, no conceito de construo

    verde, fora cada vez mais os projetistas a darem solues que atendam a

    esses propsitos. Nesse sentido, a madeira aplicada na construo civil tem

    respondido s necessidades ambientais dos pases do hemisfrio norte e se coloca no mercado como um material que veio para ficar (STUNGO, 2001).

    Sistemas construtivos em painis de madeiraSegundo Hoor et al., citados por Navarro (1999), o sistema de

    construo de painis comeou a ser desenvolvido em 1931, na Alemanha, por

    Walter Gropius. Era baseado em uma trama retangular, onde os painis-parede

    eram compostos por uma estrutura de madeira revestida internamente por uma chapa de alumnio e chapa de cimento amianto e, externamente, por chapa de

    cobre nervurado.De acordo com Ferreira (2003), os painis de madeira surgiram da

    necessidade de se amenizar as variaes dimensionais da madeira macia,

    diminuir seu peso e custo, mantendo as propriedades isolantes trmicas e

    acsticas. Alm disso, os painis tm sua aplicao otimizada pelo aumento da

    sua superfcie til. O desenvolvimento tecnolgico no setor de painis base de madeira tem proporcionado o aparecimento de novos produtos que vm

    atender a demandas cada vez mais especficas.

    O painel de madeira pode apresentar uma soluo funcional, construtiva

    e econmica, competindo com sistemas de vedao tradicionais. Os painis

    podem ser utilizados tanto para vedao externa como para divisria no interior das edificaes. A madeira pode se adaptar facilmente a determinadas

    exigncias e possibilidades. Tambm possui menor peso, facilitando o transporte

    e a trabalhabilidade da obra (SUENAGA; BITTENCOURT; TERNI, 2002).

    Os painis podem ser de compensado ou pranchas de madeira macia,

    aplicados diretamente sobre a estrutura e fixados com pregos ou parafusos. A

    aparncia final da parede depende do tratamento das juntas e das fibras ou do

    desenho dos painis (CHING; ADAMS, 2001).

    Nos Estados Unidos, a maioria das construes em madeira utiliza

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    painis compostos por ossatura de madeira, uma chapa de gesso acartonado na

    face interna, um material de enchimento para isolamento termo-acstico, uma

    chapa intermediria de compensado ou de fibra e um acabamento externo em

    tbuas de madeira, lambris ou alvenaria (NAVARRO, 1999).

    Os painis em madeira de reflorestamento mais usados para o fechamento

    vertical de edificaes, desenvolvidos ou em desenvolvimento por instituies

    de pesquisa no Brasil, sero mostrados a seguir, juntamente com exemplos de

    edificaes construdas com esse sistema.

    Painis OSB

    Os painis de partculas orientadas, OSB (Oriented Strand Board), foram desenvolvidos para suprir uma demanda no atendida por painis compensados comuns: a resistncia mecnica para fins estruturais. Sua estrutura

    composta por trs a cinco camadas de partculas ou feixes de fibras, unidas

    com resina fenlica, orientadas em ngulo de 90 graus umas com as outras e

    prensadas para sua consolidao. Esse arranjo confere ao painel resistncia

    mecnica e umidade. Por ser produzido com madeira proveniente de toras

    de menor qualidade, o OSB tem custo mais baixo que outros tipos de painis

    compensados estruturais e o fato de usar matria-prima menos nobre no diminui sua qualidade, pois o que determina seu desempenho a tecnologia de

    produo (FERREIRA, 2003).

    Na construo civil, os painis OSB so usados na produo de paredes,

    divisrias estruturais, pisos, vigas e forro (FIG. 1).

    FIGURA 1 - Aplicao do painel OSB na construo civil. Fort Collins, CO EUA Foto: Maxiliano Perdigo dos Santos.

  • 250

    Na Amrica do Norte, 51% das aplicaes do OSB correspondem

    construo de habitaes, sendo seu uso aprovado por normas estabelecidas

    no Japo, Estados Unidos e Europa. Outro motivo que impulsiona o uso dos

    painis OSB na Amrica do Norte a questo ambiental. No Green Building

    Guidelines (ALAMEDA COUNTY, 2003), guia para construes verdes, o

    painel OSB recomendado pelo fato de, na sua composio, no ser necessrio

    o uso de troncos de madeira de grande dimetro. Alm disso, mais forte que

    as chapas de madeira tradicionais e mais barato.No mercado brasileiro, o OSB ainda um painel pouco conhecido,

    faltando maior divulgao de suas caractersticas e possibilidades de utilizao,

    principalmente na construo civil. Apesar de tmida, sua aplicao j ocorre em

    pisos e divisrias, coberturas e obras temporrias, como tapumes e alojamentos

    (FERREIRA, 2003)

    Sistemas de vedao por painel sanduche

    Os sistemas de vedao por painel sanduche apresentados a seguir foram desenvolvidos no projeto de pesquisa: Habitao social: concepo

    arquitetnica e produo de componentes de madeira de reflorestamento e em

    terra crua, realizado pelo Grupo de Pesquisa em Habitao (Ghab) da Escola

    de Engenharia de So Carlos (EESC-USP). O trabalho envolveu o projeto de

    trs sistemas de vedao em painel pr-moldado: painel colcho de ar, painel

    terra-palha monoltico, terra-palha bloco. Alm dos painis, foram construdas

    pelo projeto duas unidades habitacionais experimentais (FIG. 2).

    FIGURA 2 - Unidades experimentais que utilizam painis de madeira. Campus da Universidade de SoCarlos, SP. Foto: Cristiana Cota Salomo.

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    As tipologias desenvolvidas pela EESC-USP e GHab so compostas por

    painis com dimenses externas de 100x240cm, constitudas por: revestimento

    interno em lambris; ossatura em pinus com ligaes feitas em chapas com

    dentes estampados; chapa de aglomerado, terra-palha em bloco ou terra-palha

    monoltico; sarrafos para fixao das tbuas; tbuas para revestimento externo;

    mata-juntas para o acabamento nas frestas das tbuas; e tela, utilizada apenas

    para ligao entre os elementos de terra-palha e a ossatura, conforme FIG. 3

    (NAVARRO, 1999).

    FIGURA 3 - Composio da parede do sistema de vedao painel terra-palha bloco. 1. revestimento interno; 2. ossaturas; 3. blocos de terra-palha; 4. sarrafos; 5. tbuas de peas de madeira de pinus tratadas; 6. mata-juntas; 7. tela.Fonte: Navarro e Ino, 1998b.

    O custo por m2 para produo das trs alternativas de painis de vedao foi estimado mediante o uso da metodologia baseada na quantificao dos

    materiais e mo-de-obra envolvidos para cada atividade realizada nas etapas produtivas. A comparao dos custos dos painis desenvolvidos com o custo da parede de alvenaria, levantado pelas TCPO (tabelas de composies de preos

    para oramentos), pode ser vista na TAB. 3 (NAVARRO; INO, 1998b).

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  • 252

    Tabela 3Resumo dos custos de material e mo-de-obra

    envolvidos na produo dos sistemas de vedao

    Resumo do custo total

    Tipologia Sistema de vedao painel colcho de ar

    Sistema de vedao painel terra-palha monoltico

    Sistema de vedao painel terra-palha bloco

    Alvenaria

    Material 25,56 81,30% 15,36 48,93% 17,03 47,94% 9,00 25,04%

    Mo-de-obra 5,88 18,70% 16,03 51,07% 18,49 52,06 % 26,94 74,96%

    Custo total/m2 de parede

    R$31,44 R$31,39 R$35,52 R$35,94

    Fonte: Navarro e Ino, 1998b.

    Painel sanduche em eucalipto

    O painel foi desenvolvido conceitualmente (FIG. 4) como parte do

    trabalho final de graduao do Curso de Arquitetura e Urbanismo (SANTOS,

    2004) da Pontifcia Universidade Catlica de Minas Gerais. Trata-se de um

    projeto para a estao de pesquisadores do Parque Natural do Caraa, MG,

    que faz parte do programa socioambiental do Caraa. O projeto do painel foi

    baseado no sistema de vedao painel colcho de ar, mostrado por Navarro e

    Ino (1998a). As diferenas entre o painel proposto e o painel de referncia so

    as seguintes:O material utilizado em todos os componentes do painel o eucalipto a) (abundante na regio);

    As dimenses externas do painel so de 100x300cm (melhor b)

    aproveitamento das peas estruturais em funo da modulao da estrutura);

    A chapa de aglomerado foi substituda por uma manta impermevel c) ou lona preta, visando a reduzir o custo e o peso do painel.

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    FIGURA 4 Composio dos painis sanduche e vista do sistema construtivo em madeira de eucalipto serrada

    Fonte: Santos, 2004

    Painel sanduche utilizando bracatinga e estrutura de eucalipto

    Projeto desenvolvido atravs de parceria entre Stinghen, Mascar e

    Mattos e a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuria/Centro

    Nacional de Pesquisas de Florestas), a fim de esboar diretrizes para a construo

    de um modelo de habitao que atenda ao pequeno e mdio produtor rural

    com o uso de uma serraria porttil, em sistema de autoconstruo ou mutiro

    (STINGHEN; MASCARO; MATTOS, 2002).

    O sistema de vedao adotado utiliza painis leves, construdos com

    a bracatinga (Mimosa scarabella Benth), que so encaixados em estrutura de eucalipto. O painel projetado tem dimenso de 75x226cm. Essa medida foi

    utilizada por ser adequada bracatinga, cujo desdobro resulta em peas de

    seo reduzida. Foram desenvolvidos trs tipos de painis: painel cego externo

    e interno, painel brise-soleil, painel janela de guilhotina e ventarola. O painel cego composto por ossatura, sistema de tbuas e mata-juntas para revestimento

    interno e tbuas pregadas na horizontal, tambm para revestimento interno.

    No painel brise-soleil, a estrutura preenchida por ripas na horizontal e o

    253

  • 254

    fechamento interno pode ser feito com vidro deslizante em esquadria da mesma

    madeira. O painel janela de guilhotina possui diferenciao na distribuio da

    estrutura, para que possa ser incorporada a janela (FIG. 5).

    FIGURA 5 - Painel janela de guilhotina e ventarolaFonte: Stinghen, Mascar e Mattos, 2002.

    Painis de madeira colada lateralmente

    Carvalho e Andrade (2003) apresentam a confeco de painis de

    madeira para serem utilizados como vedao vertical em edificaes ou na

    fabricao de mveis. Utilizou-se uma espcie hbrida de Eucalyptus grandis e Eucalyptus urophylla, implantada por clonagem, obtida em uma rea de plantio comercial de uma indstria de papel e celulose. Foram utilizadas rvores com

    dimetro de base a partir de 20 cm e dimetro a 4 quatro metros a partir de 12

    cm, com idade de sete anos. Essa idade considerada precoce para se obter

    madeira serrada, pois normalmente utilizam-se rvores com idade superior a

    15 anos. A partir do desdobro, foram confeccionadas tbuas, com 27 mm de

    espessura, quatro metros de comprimento e largura varivel, que passaram por

    um perodo de secagem de 120 dias, aps o qual foram selecionados os clear blocks, peas com pequenas dimenses e livres de defeitos, utilizadas para montagem dos painis, usando-se normalmente adesivos base de uria-formol

    e resina fenlica. Segundo os autores, na confeco dos painis pelo processo

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    de colagem lateral de clear blocks, a perda muito prxima de zero, pois as dimenses reduzidas desse material proporcionam o melhor aproveitamento

    do tronco. Outros pontos positivos so a idade da rvore, que, por ser jovem,

    minimiza defeitos como o empenamento, comumente apresentados em tbuas

    de eucalipto, o corte da rvore em um tempo reduzido, o que viabiliza uma

    maior produo e o fato de a matria-prima ser proveniente de uma plantao destinada a outro tipo de material, o que permite a diversificao dos produtos

    finais. Segundo os pesquisadores, os resultados obtidos na pesquisa, em escala

    piloto, indicam um bom potencial para a produo desses painis em escala

    industrial.

    Painis de cimento-madeira

    Segundo Albuquerque et al. (2003), em todo o mundo o cimento comumente usado na construo civil desde 1845 e h muito vem sendo objeto

    de estudo, inclusive pela indstria madeireira. Estudos voltados para o setor

    de painis de madeira reconstituda apresentam resultados que confirmam a

    capacidade de solidificao do cimento em conjunto com a madeira.

    Os painis de cimento-madeira foram desenvolvidos na Alemanha,

    em 1914, e produzidos em larga escala pela indstria europia e japonesa,

    desde o incio da dcada de 1960. A produo brasileira de painel cimento-

    madeira feita por empresas pequenas e em escala reduzida, alm de serem

    painis de baixa qualidade. Estudos mais avanados esto sendo realizados em

    universidades do pas e podero dar subsdios a uma produo em larga escala de produtos de melhor qualidade (ALBUQUERQUE et al., 2003).

    As caractersticas apresentadas por esse produto permitem uma aplicao diversificada (paredes, isolante trmico e acstico, portas corta-fogo etc.),

    colocando-o em posio superior aos outros tipos de painel (ALBUQUERQUE

    et al., 2003). Sua boa aceitao se deve, entre outros fatores, s propriedades apresentadas, tais como: resistncia ao ataque de fungos e cupins, bom isolante

    trmico e acstico, virtualmente incombustvel e de fcil trabalhabilidade

    (REVISTA DA MADEIRA, 2003).

  • 256

    Painis de madeira e plstico

    A fabricao de painis a partir da associao de resinas termoplsticas madeira um campo de pesquisa ainda em desenvolvimento. O trabalho

    de Oliveira e Vital (200-), ainda sem aplicao na construo civil, merece

    ateno por enfocar a madeira de reflorestamento associada a um tipo de

    resduo muito comum nas grandes cidades, a garrafa PET e o copo de plstico.

    Como a construo civil um grande consumidor de matria-prima, novos

    compostos a partir de resduos tornam-se materiais em potencial para o uso em edificaes. O estudo utilizou resduos de Eucalyptus Grandis (na forma de partculas), provenientes de indstria de processamento de madeira, como

    material para fabricao de painis, alm de resinas termoplsticas PET

    (polietileno tereftalado) e PS (poliestireno), advindos de depsitos de materiais

    reciclveis e de coleta semi-seletiva em bares e lanchonetes. Foram fabricadas

    chapas com dimenses de 35,4mm x 35,4mm, submetidas a testes para se

    conhecer suas propriedades quanto densidade, mdulo de elasticidade,

    resistncia ao arrancamento de parafusos, inchamento em espessura, dentre

    outros. Segundo os pesquisadores, os resultados dos testes de caracterizao

    fsica e mecnica, realizados em laboratrio, indicam que a produo desse

    compsito uma alternativa tecnicamente vivel para destinao de resduos de plstico ps-consumo. Nesse sentido, a reciclagem desses resduos para

    produo do compsito madeira-plstico converge com a tendncia mundial de busca por novas matrias-primas e tecnologias para produo de novos produtos (OLIVEIRA; VITAL, 200-).

    Processo industrializado de construo utilizando painis pr-moldados

    de madeira de reflorestamento

    Os exemplos de construo industrializada apresentados a seguir provm do acervo do arquiteto, construtor e professor Hansjerg Hilti (Institut

    fr Architektur und Raumplanung Hochschule Liechtenstein) e sua equipe,

    sendo as edificaes localizadas no Principado de Liechtenstein. Todos os

    componentes de madeira utilizados nas construes, incluindo estrutura, piso

    e parede, so fabricados com pinus tratado.

    Cadernos de Arquitetura e Urbanismo, Belo Horizonte, v.14 - n.15 - dezembro 2007

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    A construo de edificaes atravs de um processo industrializado

    dividida basicamente em trs etapas: fabricao dos componentes em uma planta industrial (FIG. 6), transporte dos componentes para a obra e montagem

    do edifcio. Esse processo viabiliza a construo em pases com inverno rigoroso, pois todos os componentes so construdos em local fechado durante

    o inverno, para depois serem montados no vero.1

    FIGURA 6 - Planta industrial para fabricao de componentes estruturais e painis pr-moldados de madeira de reflorestamento. Principado de Liechtenstein.

    Fonte: Hilti, 2004a.

    No processo de construo industrializado, o detalhamento dos

    projetos de suma importncia, pois a montagem em canteiro depende da

    compatibilidade de todos os componentes. Durante a montagem, os painis

    saem diretamente do caminho para sua posio na edificao (FIG. 7 e 8). Isso

    exige um planejamento logstico que se inicia na fase de projeto, passa pela

    linha de montagem dos componentes na fbrica e finaliza no carregamento

    das peas conforme a seqncia em que sero montadas em canteiro.2

    A FIG. 7 mostra um sistema de painis dobrveis feito da associao

    de piso e parede que vem pr-montado da fbrica. Ao ser iado pela grua, o

    conjunto assume sua forma e montado pea a pea.

    1 Informao obtida na palestra Construes de madeira na Europa Central, proferida pelo arquiteto Hansjerg Hilti na 3 Semana de Arquitetura da Faculdade de Arquitetura do Centro Universitrio Rio Preto, So Jos do Rio Preto, 2004a.2 Informao obtida na oficina Construindo/ projetando com madeira, ministrada pelo arquiteto Hansjerg Hilti na 3 Semana de Arquitetura da Faculdade de Arquitetura do Centro Universitrio Rio Preto, So Jos do Rio Preto, 2004b.

  • 258

    FIGURA 7 - Associao de piso com vedao vertical por sistema dobrvel, que utiliza painis pr-moldados de madeira. Principado de Liechtenstein.

    Fonte: Hilti, 2004b.

    Na FIG. 8, o processo de montagem iniciado pela fixao dos pilares

    na fundao, seguida do encaixe dos painis-piso e, posteriormente, dos painis

    de vedao vertical.

    FIGURA 8 Processo de montagem das estruturas e dos painis pr-moldados. Principado de Liechtenstein.

    Fonte: Hilti, 2004b.

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    Consideraes finais

    A utilizao da madeira de reflorestamento na construo civil

    assume um importante papel no desenvolvimento sustentvel mundial. Hoje,

    preocupaes relacionadas ao consumo de energia no renovvel e ao controle

    da poluio colocam na pauta de desenvolvimento das naes a busca por

    materiais alternativos que possibilitem o equilbrio entre a crescente produo

    industrial e os resduos gerados no planeta. O amplo uso da madeira de reflorestamento na construo em pases

    industrializados, sobretudo em edificaes residenciais, deve-se primeiramente

    a uma questo cultural. fruto de um desenvolvimento tecnolgico contnuo,

    que agrega qualidade ao material e cria novas solues construtivas, tornando

    o processo de construo cada vez mais rpido e fazendo da madeira um material competitivo no mercado de construo. Nos pases industrializados,

    as preocupaes ambientais reforaram ainda mais a necessidade de utilizao

    da madeira de reflorestamento, que passa a ser um material ecologicamente

    correto e isso a torna mais atrativa do que outros materiais.

    A baixa utilizao da madeira de reflorestamento no Brasil pode ser

    entendida pela facilidade de obteno de madeiras nativas, exploradas ao

    longo de dcadas a baixo custo. Na construo civil, o no uso dessa madeira

    em componentes das edificaes explica-se, at certo ponto, por questes

    culturais. Essa estagnao deve-se tambm ao fato de que no pas existem

    indstrias de cimento e ao muito bem consolidadas, que, ao longo de dcadas,

    exploraram jazidas sem levar em conta a degradao do meio ambiente. O

    pouco rigor dos agentes pblicos nas questes ambientais faz com que essas

    empresas no busquem solues tecnolgicas que levem em considerao o

    meio ambiente. Esse tipo de atitude enfraquece outros meios de produo, tais

    como o manejo florestal, que, em mdia, leva 20 anos (no caso do eucalipto)

    para obter a matria-prima para o uso. A falta de incentivo e, principalmente,

    de uma poltica ambiental que proporcione competitividade a empresas com

    potencial de produo ambientalmente sustentada, desestimula investimentos

    do setor privado, que tende a optar por atividades com retorno mais rpido.

  • 260

    O baixo conhecimento das potencialidades da madeira de reflorestamento

    pela grande maioria dos empresrios e dirigentes pblicos corrobora o fato de,

    no Brasil, o eucalipto, utilizado de forma indevida, carregar o injusto estigma

    de ser uma madeira de baixa qualidade. Para garantir o sucesso de um produto,

    no caso a madeira de reflorestamento, necessrio que as suas qualidades

    sejam promovidas e que novas solues estejam disponveis para o uso.

    Alm disso, desejvel que a legislao referente construo acompanhe o

    desenvolvimento tecnolgico. Os painis pr-moldados feitos com madeira de reflorestamento

    aliam o desempenho ambiental da madeira com a rapidez da produo em canteiro e a otimizao da fabricao de componentes construtivos a despeito de intempries, pois podem ser produzidos em ambientes fechados. Como

    elemento construtivo, o painel sanduche apresenta grande flexibilidade em

    relao associao de novos componentes ou materiais, naturais ou sintticos,

    tendo como resultado o melhoramento trmico, acstico, alm da reduo de

    peso e dimenso. A abertura para composies privilegia a expanso do uso

    de painis pr-moldados em um pas com dimenses continentais como o

    Brasil, pois, como foi mostrado em algumas solues, o sistema adapta-se aos

    materiais disponveis nas regies onde utilizado.

    A partir do momento em que se domina uma tcnica construtiva,

    em madeira ou em outros materiais, solues mais arrojadas podem ser

    desenvolvidas e produzidas industrialmente. Esses avanos nas solues

    construtivas, no processo de projeto e fabricao, encurtam o perodo de obra.

    Assim, cria-se um processo de linha de montagem no qual as peas chegam

    medida que sero usadas.

    Pode-se dizer que a limitao no est no material, mas na maneira como

    utilizado. Pois, no cenrio mundial, onde a tnica em debate a preocupao

    com o meio ambiente, a arquitetura deve assumir um novo papel e submeter-

    se a uma postura de vida e no pretender ser um fim em si (GADAMER,

    1999, p. 253).

    Cadernos de Arquitetura e Urbanismo, Belo Horizonte, v.14 - n.15 - dezembro 2007

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    Endereo para correspondnciaMaxiliano Perdigo dos SantosRua Agenor Goulart Filho, 171/304 - Bairro Ouro Preto31310-360 - Belo Horizonte - MGe-mail: [email protected]

    Maria Teresa Paulino AguilarDepartamento de Engenharia de Materiais e Construo Civil da Escola de Engenharia da UFMGRua Esprito Santo, 35 - Centro30160-030 - Belo Horizonte - MGe-mail: [email protected]

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