País tem suporte e resistência

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AGRO PECUÁRIO ESTADO DE MINAS S E G U N D A - F E I R A , 3 D E N O V E M B R O D E 2 0 0 8 2 AGRO PECUÁRIO ESTADO DE MINAS S E G U N D A - F E I R A , 3 D E N O V E M B R O D E 2 0 0 8 11 As análi- ses do empre- go e do desem- prego da força de trabalho na eco- nomia brasileira sempre estiveram cercadas de muitas discussões e polê- micas. Nos últimos 20 anos isso deixou de ocorrer com relação aos trabalhadores agrícolas devido à ausência de estudos e pesquisas mais abrangentes sobre seus níveis de ocupação e remuneração, e sobre as condições de vida daí resul- tantes. Para suprir essa la- cuna, o engenheiro agrô- nomo Otávio Valentim Balsadi acaba de lançar o li- vro O mercado de trabalho assalariado na agricultura brasileira, em que trata des- sas questões, abrindo ca- minhos a futuras investi- gações desses importante segmento de economia. O livro é resultado de sua te- se de doutorado, realizada a partir de pesquisas feitas no período 1992-2004, que incluem ainda as diferen- ciações regionais desse tipo de trabalho. Para Balsadi, um dos pontos centrais no mercado de trabalho assa- lariado na agricultura bra- sileira é “a grande discre- pância na qualidade do emprego entre os empre- gados permanentes e os temporários”. Por essa ra- zão, ele acredita que “uma atenção especial deveria ser dada para melhorar as condições de trabalho dos empregados temporários agrícolas, de modo a se re- duzir as desigualdades nas relações trabalhistas”. BIBLIOTECA DO CAMPO ARTIGO RENDA NO CAMPO AGRO OPORTUNIDADES ADUBOS MUDA DE CANA SEMENTES * O livro custa R$ 40 e pode ser obtido diretamente no site da editora Hucitec, no endereço www.hucitec.com.br Trabalho no campo EDITORA HUCITEC/REPRODUÇÃO País tem suporte e resistência MARA LUIZA GONÇALVES FREITAS* Em meio a qualquer crise, todo mun- do opina tentando compreender o que aconteceu, pois o raciocínio conjugado à prática corrobora para a alavancagem ne- cessária para a superação da fase aguda de um tipo de sismo que sempre anuncia o desmoronamento do sistema capitalista. Mais uma vez, infelizmente, o mundo de- para-se com os tremores que colocam em xeque a compreensão sobre tal sistema econômico: a crise americana, epicentro do atual abalo econômico global. A metáfora com o terremoto tem lá seus motivos: na natureza, os abalos sísmicos, mensurados pela Escala Ri- chter, têm um papel importante na movimentação das placas tectônicas, permitindo o surgimento, por exem- plo, de novos relevos na crosta terrestre, como novas cadeias de montanhas. Considerando Wall Street o epicentro do atual sismo econômico que assola o mundo e ao mesmo tempo expõe as mazelas da economia americana, tor- na-se possível perguntar se tal decadên- cia permitirá a emersão de novas lide- ranças econômicas globais, oriundas do bloco dos chamados emergentes. O Brasil teria em meio a tal sismo, a sua grande chance de se firmar como eco- nomia de primeiro quilate? Essa pergunta é inquietante, mas é certo que ao longo de toda a história, nunca o país esteve em condições tão favoráveis para consolidar sua posição em meio a uma crise do tamanho da que está acontecendo. Pode ser até um excesso de otimismo, mas nas crises anteriores o país ainda não dispunha de reservas petrolíferas como as que fo- ram recentemente descobertas, capa- zes de gerar divisas de grande vulto. Ao mesmo tempo, a participação do agro- negócio no mercado internacional não era tão intensa como o é agora, especial- mente em mercados como a China e a Rússia ou ainda a União Européia, que vez ou outra nos sanciona. Sem dúvida, há uma escassez de crédito no mercado interno, reflexo do que ocorre em todo o mercado internacional, o que pode comprometer a curto prazo o desem- penho das empresas nacionais. Será que este não se trata do pri- meiro grande teste da nossa econo- mia em um contexto que pode vir a se tornar favorável para o país? Vejamos o cenário: recessão americana atingin- do o mercado europeu e parte do mercado asiático, assinalando a retra- ção de crédito e conseqüentemente, criando campo para impactos futuros próximos sobre a oferta global de ali- mentos. Rodada de Doha enfraqueci- da, mas em suave processo de reto- mada. Ao mesmo tempo, retração da oferta de petróleo em nível global, combinada com a pressão imposta pela própria natureza, por meio do aquecimento global. Brasil pela pri- meira vez atravessando uma crise sem realização de empréstimos junto ao Fundo Monetário Internacional e com alinhamento político favorável junto aos países do chamado G-77. Como genuína brasileira, acredito que ante tal cenário, temos suporte pa- ra agüentar condições de acirramento do ambiente de mercado. É preciso que o governo, após garantir a estabilidade na fase aguda da crise, com as oscilações malucas da fuga de capital e das cota- ções do dólar, utilize o ambiente para acertar acordos bilaterais com o máxi- mo de nações que puder. Essa praxe de comércio independe do sucesso de acor- dos multilaterais, como o caso da Roda- da de Doha, que depende de um ajuste mais intenso entre interesses nacionais. Questões de investimento de médio e longo prazo à parte, tal crise abre prece- dente importante para o Congresso bra- sileiro finalizar a reforma tributária para favorecer a competitividade de nossas CARLOS NOGUEIRA/A TRIBUNA - 1/12/04 Depois das altas dos preços dos insumos agrícolas nos últi- mos três meses, superando a renda do produtor rural, a sus- tentação da renda agrícola em outubro veio da melhoria dos preços pagos pelos hortifruti- granjeiros e pelos animais para abate. Os índices de preços agrí- colas referentes ao mês passado, divulgados pelo Departamento de Administração e Economia da Universidade Federal de Lavras (DAE/Ufla), revelaram a mudan- ça de tendência no campo. Em outubro, o Índice de Pre- ços Recebidos (IPR) pela venda dos produtos agropecuários teve variação positiva de 0,74%, en- quanto o Índice de Preços Pagos (IPP) pelos insumos agrícolas caiu 1,14%. Esses índices estimam, res- pectivamente, a variação da ren- da agrícola e o comportamento dos custos de produção do setor. Na análise por setor, foram os hortifrutigranjeiros que mais pressionaram os preços no cam- po. A alta média desse grupo foi de 7,03%, destacando-se os aumen- tos da laranja (100%), da couve-flor (20,0%), da mandioca (16,67%) e do tomate (14,04%). O preço pago aos cafeicultores pela saca do produto aumentou 1,24% no mês, bem co- mo o preço do novilho para o aba- te, cuja alta foi de 18,75% e tam- bém da vaca para abate, com au- mento médio de 7,59%. O preço do leite tipo C pago ao pecuarista continua a tendên- cia de queda. No mês passado, fi- cou 2,16% mais barato, a exem- plo dos dois meses anteriores, quando caiu 2,79% em setembro e 3,47% em agosto. Entre os insumos agrícolas que ficaram mais baratos em ou- tubro, destacam-se os inseticidas (-3,13%), os fungicidas (-2,97%), os antibióticos (-4,85%) e os vermí- fugos, cuja queda média foi de 8,51%. A maior alta verificada en- tre os insumos foi a dos fertili- zantes, que ficaram 4,21% mais caros, para o produtor. No ano de 2008, o IPR acumula alta de 15,16% e o IPP,17,96%. Mudança para melhor Agricultor recebe mais pelos produtos, enquanto os custos apresentam retração Com alta de 20% nos preços, couve-flor contribuiu para aumentar os ganhos no campo EULER JUNIOR/EM/D.A PRESS - 27/5/03 empresas, ato que depende exclusiva- mente de vontade política. Ao mesmo tempo, é necessário reverter tal captação tributária em favor do incremento das condições de vida dos cidadãos que aqui residem, otimizando o consumo e ao mesmo tempo o acesso a serviços essen- ciais (saúde, educação, estradas), com ní- vel de qualidade de vida mais alto. Já está passando da hora do Brasil ser tratado com a responsabilidade necessária, por- que ele, assim como nós, está pedindo para crescer de forma estruturada. Basta apostar na eficiência na gestão pública, na transparência, no bem-estar do povo, na ética, para que somente as coisas boas comecem a acontecer. É preciso observar com carinho o ca- so dos Emirados Árabes, um dos gran- des produtores de petróleo mundial, que já está preparando sua economia para um futuro próximo, onde o ouro negro não mais fará parte de sua pauta de exportações. É preciso apreciar o cui- dado da Índia, no quesito formação de pessoas ao longo dos últimos anos, que hoje a converte numa das nações do Bric que mais crescem. O Brasil também pode, porque tem praticamente 1/3 de toda a água doce do planeta, tem mi- lhões de hectares para agriculturar, sem comprometer a Floresta Amazônica, além de ter um povo vibrante e brilhan- te, que faz toda a diferença, sempre. *Professora do Departamento de Engenharia de Pro- dução Agroindustrial da Universidade do Estado de Mato Grosso e do curso de administração da Universi- dade de Cuiabá – Campus Tangará Sul. adm@mara- freitas.adm.br Nunca o país esteve em condições tão favoráveis para consolidar sua posição em meio a uma crise desse tamanho. A participação do agronegócio no mercado internacional, por exemplo, não era tão intensa como agora

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Artigo publicado no jornal O Estado de Minas em 03 de novembro de 2008.

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A G R O P E C U Á R I O

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E S T A D O D E M I N A S ● S E G U N D A - F E I R A , 3 D E N O V E M B R O D E 2 0 0 8

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As análi-ses doempre-go e dodesem-prego daforça detrabalhona eco-nomia brasileira sempreestiveram cercadas demuitas discussões e polê-micas.Nosúltimos20anosissodeixoudeocorrercomrelação aos trabalhadoresagrícolasdevidoàausênciade estudos e pesquisasmais abrangentes sobreseus níveis de ocupação eremuneração, e sobre ascondiçõesdevidadaíresul-tantes. Para suprir essa la-cuna, o engenheiro agrô-nomo Otávio ValentimBalsadiacabadelançaroli-vroOmercadodetrabalhoassalariado na agriculturabrasileira,emquetratades-sas questões, abrindo ca-minhos a futuras investi-gações desses importantesegmento de economia. Olivro é resultado de sua te-se de doutorado, realizadaa partir de pesquisas feitasno período 1992-2004, queincluem ainda as diferen-ciaçõesregionaisdessetipode trabalho. Para Balsadi,umdospontoscentraisnomercado de trabalho assa-lariado na agricultura bra-sileira é “a grande discre-pância na qualidade doemprego entre os empre-gados permanentes e ostemporários”. Por essa ra-zão, ele acredita que “umaatenção especial deveriaser dada para melhorar ascondições de trabalho dosempregados temporáriosagrícolas, de modo a se re-duzir as desigualdades nasrelações trabalhistas”.

BIBLIOTECADO CAMPO

AARRTTIIGGOO RREENNDDAA NNOO CCAAMMPPOO

A G R O O P O R T U N I D A D E S

ADUBOSMUDADE CANA

SEMENTES

* O livro custa R$ 40 e pode ser

obtido diretamente no site da

editora Hucitec, no endereço

www.hucitec.com.br

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País temsuporte eresistência

MARA LUIZA GONÇALVES FREITAS*

Em meio a qualquer crise, todo mun-do opina tentando compreender o queaconteceu, pois o raciocínio conjugado àpráticacorroboraparaaalavancagemne-cessáriaparaasuperaçãodafaseagudadeum tipo de sismo que sempre anuncia odesmoronamento do sistema capitalista.Maisumavez,infelizmente,omundode-para-secomostremoresquecolocamemxeque a compreensão sobre tal sistemaeconômico: a crise americana, epicentrodoatualabaloeconômicoglobal.

A metáfora com o terremoto tem láseus motivos: na natureza, os abalossísmicos, mensurados pela Escala Ri-chter, têm um papel importante namovimentação das placas tectônicas,permitindo o surgimento, por exem-plo, de novos relevos na crosta terrestre,como novas cadeias de montanhas.Considerando Wall Street o epicentrodo atual sismo econômico que assola omundo e ao mesmo tempo expõe asmazelas da economia americana, tor-na-se possível perguntar se tal decadên-cia permitirá a emersão de novas lide-ranças econômicas globais, oriundas dobloco dos chamados emergentes. OBrasil teria em meio a tal sismo, a suagrande chance de se firmar como eco-nomia de primeiro quilate?

Essa pergunta é inquietante, mas écerto que ao longo de toda a história,nunca o país esteve em condições tãofavoráveis para consolidar sua posiçãoem meio a uma crise do tamanho daque está acontecendo. Pode ser até umexcesso de otimismo, mas nas crisesanteriores o país ainda não dispunha dereservas petrolíferas como as que fo-ram recentemente descobertas, capa-zes de gerar divisas de grande vulto. Aomesmo tempo, a participação do agro-negócio no mercado internacional nãoera tão intensa como o é agora, especial-mente em mercados como a China e a

Rússia ou ainda a União Européia, quevez ou outra nos sanciona. Sem dúvida,há uma escassez de crédito no mercadointerno, reflexo do que ocorre em todoo mercado internacional, o que podecomprometer a curto prazo o desem-penho das empresas nacionais.

Será que este não se trata do pri-meiro grande teste da nossa econo-mia em um contexto que pode vir a setornar favorável para o país? Vejamoso cenário: recessão americana atingin-do o mercado europeu e parte domercado asiático, assinalando a retra-ção de crédito e conseqüentemente,criando campo para impactos futurospróximos sobre a oferta global de ali-mentos. Rodada de Doha enfraqueci-da, mas em suave processo de reto-mada. Ao mesmo tempo, retração daoferta de petróleo em nível global,combinada com a pressão impostapela própria natureza, por meio doaquecimento global. Brasil pela pri-meira vez atravessando uma crisesem realização de empréstimos juntoao Fundo Monetário Internacional ecom alinhamento político favoráveljunto aos países do chamado G-77.

Como genuína brasileira, acreditoque ante tal cenário, temos suporte pa-ra agüentar condições de acirramentodo ambiente de mercado. É preciso queo governo, após garantir a estabilidadena fase aguda da crise, com as oscilaçõesmalucas da fuga de capital e das cota-ções do dólar, utilize o ambiente paraacertar acordos bilaterais com o máxi-mo de nações que puder. Essa praxe decomércioindependedosucessodeacor-dos multilaterais, como o caso da Roda-da de Doha, que depende de um ajustemais intenso entre interesses nacionais.

Questões de investimento de médioelongoprazoàparte,talcriseabreprece-dente importante para o Congresso bra-sileiro finalizar a reforma tributária parafavorecer a competitividade de nossas

CARLOS NOGUEIRA/A TRIBUNA - 1/12/04

Depois das altas dos preçosdos insumos agrícolas nos últi-mos três meses, superando arenda do produtor rural, a sus-tentação da renda agrícola emoutubro veio da melhoria dospreços pagos pelos hortifruti-granjeiros e pelos animais paraabate. Os índices de preços agrí-colas referentes ao mês passado,divulgados pelo Departamentode Administração e Economia daUniversidade Federal de Lavras(DAE/Ufla), revelaram a mudan-ça de tendência no campo.

Em outubro, o Índice de Pre-ços Recebidos (IPR) pela vendados produtos agropecuários tevevariação positiva de 0,74%, en-quanto o Índice de Preços Pagos(IPP) pelos insumos agrícolas caiu1,14%. Esses índices estimam, res-pectivamente, a variação da ren-da agrícola e o comportamentodos custos de produção do setor.

Na análise por setor, foram oshortifrutigranjeiros que maispressionaram os preços no cam-po.Aaltamédiadessegrupofoide7,03%, destacando-se os aumen-tosdalaranja(100%),dacouve-flor(20,0%),damandioca(16,67%)edotomate(14,04%).Opreçopagoaoscafeicultorespelasacadoprodutoaumentou1,24%nomês,bemco-moopreçodonovilhoparaoaba-te, cuja alta foi de 18,75% e tam-bém da vaca para abate, com au-mento médio de 7,59%.

O preço do leite tipo C pagoao pecuarista continua a tendên-cia de queda. No mês passado, fi-cou 2,16% mais barato, a exem-plo dos dois meses anteriores,quando caiu 2,79% em setembroe 3,47% em agosto.

Entre os insumos agrícolasque ficaram mais baratos em ou-tubro, destacam-se os inseticidas(-3,13%), os fungicidas (-2,97%), osantibióticos (-4,85%) e os vermí-fugos, cuja queda média foi de8,51%. A maior alta verificada en-tre os insumos foi a dos fertili-zantes, que ficaram 4,21% maiscaros, para o produtor. No ano de2008, o IPR acumula alta de15,16% e o IPP,17,96%.

Mudança para melhorAgricultor recebe mais pelos produtos, enquanto os custos apresentam retração

Com alta de20% nos preços,couve-florcontribuiu paraaumentar osganhos nocampo

EULER JUNIOR/EM/D.A PRESS - 27/5/03

empresas, ato que depende exclusiva-mente de vontade política. Ao mesmotempo,énecessáriorevertertalcaptaçãotributária em favor do incremento dascondições de vida dos cidadãos que aquiresidem, otimizando o consumo e aomesmotempooacessoaserviçosessen-ciais (saúde, educação, estradas), com ní-veldequalidadedevidamaisalto. Jáestápassando da hora do Brasil ser tratadocom a responsabilidade necessária, por-que ele, assim como nós, está pedindopara crescer de forma estruturada. Bastaapostar na eficiência na gestão pública,na transparência, no bem-estar do povo,naética,paraquesomenteascoisasboascomecem a acontecer.

É preciso observar com carinho o ca-so dos Emirados Árabes, um dos gran-des produtores de petróleo mundial,

que já está preparando sua economiapara um futuro próximo, onde o ouronegro não mais fará parte de sua pautade exportações. É preciso apreciar o cui-dado da Índia, no quesito formação depessoas ao longo dos últimos anos, quehoje a converte numa das nações doBric que mais crescem. O Brasil tambémpode, porque tem praticamente 1/3 detoda a água doce do planeta, tem mi-lhões de hectares para agriculturar, semcomprometer a Floresta Amazônica,além de ter um povo vibrante e brilhan-te, que faz toda a diferença, sempre.

*Professora do Departamento de Engenharia de Pro-

dução Agroindustrial da Universidade do Estado de

Mato Grosso e do curso de administração da Universi-

dade de Cuiabá – Campus Tangará Sul. adm@mara-

freitas.adm.br

Nunca o país esteve em condições tãofavoráveis para consolidar sua posição em

meio a uma crise desse tamanho. Aparticipação do agronegócio no mercadointernacional, por exemplo, não era tão

intensa como agora