Palavra de Deus, fonte da catequese

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ENCONTRO REGIONAL DA ANIMAÇÃO BÍBLICO-

CATEQUÉTICA

REGIONAL SUL 3REGIONAL SUL 3

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O que a Bíblia diz sobre a O que a Bíblia diz sobre a Palavra de Deus Palavra de Deus e a e a Sagrada Escritura Sagrada Escritura cf. 2cf. 2ºº Tm 3,14-17; Tm 3,14-17;

Hb.4,12-13; Tg.1,22-25Hb.4,12-13; Tg.1,22-25

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“As Sagradas Escrituras- As Sagradas Escrituras- a Bíbliaa Bíblia, , enquanto contém a enquanto contém a Palavra Palavra

de Deusde Deus, viva e eficaz, , viva e eficaz, nutrem a vocaçãonutrem a vocação, formação e , formação e

missão de missão de todo discípulo todo discípulo missionário de Jesus Cristomissionário de Jesus Cristo” ”

(CNBB. Palavra de Deus, fonte da catequese, introdução, p. (CNBB. Palavra de Deus, fonte da catequese, introdução, p. 3)3)

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Leitura do texto Bíblico de Atos 8, 26-40Leitura do texto Bíblico de Atos 8, 26-40

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O tema é fruto do O tema é fruto do DNCDNC

- ALIMENTAR A IDENTIDADE CRISTÃ.

-FORMAR COMUNIDADE DE FÉ;

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A Igreja no Brasil tem se preocupado e muito quanto à formação Bíblica de seus Catequistas e Agentes de Pastoral em geral.

Vejamos algumas de suas publicações na tentativa de

ajudar a compreender melhor a Bíblia.

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1. Bíblia: Palavra de Deus 1. Bíblia: Palavra de Deus e fonte da catequese.e fonte da catequese.

A Bíblia é como A Bíblia é como uma Carta de uma Carta de amor de Deus amor de Deus para seu povo. para seu povo. Como palavra Como palavra de Deus ela é o de Deus ela é o coração da coração da catequese e catequese e alma de toda alma de toda Pastoral.Pastoral.

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1. Bíblia: Palavra de Deus 1. Bíblia: Palavra de Deus e fonte da catequese.e fonte da catequese.

A Palavra de Deus é o coração da catequesecoração da catequese. Por

isso, a fonte na qual a catequese busca a sua

mensagem é a Palavra de Deus. O conteúdo central a

catequese, há que ser buscado nas Sagradas

Escrituras e na tradição viva da Igreja.

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1. Bíblia: Palavra de Deus 1. Bíblia: Palavra de Deus e fonte da catequese.e fonte da catequese.

Nos alerta São João Paulo II, na Exortação Apostólica, Catechesi Tradendae “A

catequese há de esgotar sempre o seu conteúdo na fonte viva da Palavra de

Deus, transmitida na Tradição e na Escritura”

(CT, 27).

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1. Bíblia: Palavra de Deus 1. Bíblia: Palavra de Deus e fonte da catequese.e fonte da catequese.

E como coração e fonte da

catequese, a Bíblia Bíblia necessita de necessita de alguém que alguém que

entenda e orienta entenda e orienta os ouvintes-os ouvintes-

leitoresleitores para a compreensão e

vivência da palavra de Deus.

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1. Bíblia Palavra de Deus 1. Bíblia Palavra de Deus e fonte da catequese.e fonte da catequese.

A expressão palavra de Deus é muito familiar na linguagem dos cristãos.

Esta palavra procede a Bíblia, vai além do escrito, é experiência proclamada, vivida, celebrada e testemunhada.

O Concílio Vaticano II assim se expressou: As Sagradas Escrituras

contêm a palavra de Deus, e, pelo fato de serem inspirados, são

verdadeiramente a palavra de Deus (DV 24).

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1. Bíblia: Palavra de Deus 1. Bíblia: Palavra de Deus e fonte da catequese.e fonte da catequese.

Filipe ao perguntar ao Eunuco “tu

compreendes o que estás lendo?,

provoca um diálogo diálogo do leitor com a do leitor com a

palavrapalavra. A pergunta além de ser

provocante constitui-se num germe do

anúncio do querigma a partir das

Escrituras.

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1. Bíblia: Palavra de Deus 1. Bíblia: Palavra de Deus e fonte da catequese.e fonte da catequese.

Quando o catequizando Eunuco responde: Como poderia, se

ninguém me orienta?” ele se abre abre para a dinâmica da palavra para a dinâmica da palavra que

deseja tocar o coração do ouvinte para produzir o seu devido

efeito. A palavra de Deus lida, meditada e celebrada provoca me

nós o efeito transformador.

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1. Bíblia: Palavra de Deus 1. Bíblia: Palavra de Deus e fonte da catequese.e fonte da catequese.

Assim como diz o profeta Isaías: “ E como a chuva e a neve que caem do céu para lá não voltam sem antes molhar a terra e fazê-la germinar e brotar, a fim de produzir semente para quem planta e alimento para quem come, assim também acontece como a minha palavra: ela sai da minha boca e para mim não volta sem produzir seu resultado, sem fazer aquilo que planejei, sem cumprir com sucesso a sua missão” (Is 55, 10-11).

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1. Bíblia: Palavra de Deus 1. Bíblia: Palavra de Deus e fonte da catequese.e fonte da catequese.

O Eunuco não desejava ter apenas

uma simples explicação e sim de

alguém que o conduzisse no

caminho da palavra. Ele queria aprender

a interpretar, ou seja, compreender o

texto no seu contexto.

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1. Bíblia: Palavra de Deus 1. Bíblia: Palavra de Deus e fonte da catequese.e fonte da catequese.

Aqui está segredo para nós catequistas. Aprender

interpretar para depois explicar o texto. A resposta do catequista Filipe é válida para os nossos dias.

Pois o catequista como o comunicador da Palavra de

Deus tem a missão de guiar e conduzir os catequizandos no

caminho da palavra.

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1. Bíblia: Palavra de Deus 1. Bíblia: Palavra de Deus e fonte da catequese.e fonte da catequese.

O Diretório Nacional de Catequese ao afirmar que “a fonte na qual a

catequese busca a sua mensagem é a Palavra de Deus” chama atenção dos catequistas e de toda ação evangelizadora da Igreja sobre a

importância da palavra como força vital para o processo

iniciático da fé (cf. DNC 106).

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1. Bíblia: Palavra de Deus 1. Bíblia: Palavra de Deus e fonte da catequese.e fonte da catequese.

Reconhecer e conceber a

Sagrada Escritura como

livro da catequese por excelência é tarefa que os

novos tempos se impõem.

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1. Bíblia: Palavra de Deus 1. Bíblia: Palavra de Deus e fonte da catequese.e fonte da catequese.

Recentemente recordou-nos a VERBUM DOMINI que “a catequese deve estar

impregnada e embebida de pensamento, espírito e atitudes bíblicas e

evangélicas, mediante um contato um contato assíduo com os próprios textos assíduo com os próprios textos

sagrados sagrados e que a atividade Catequética implica sempre abeira-se das Escrituras na fé e na Tradição da Igreja, de modo que aquelas palavras sejam sentidas vivas,

como Cristo está vivo hoje ...” (VD 74).

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1. Bíblia: Palavra de Deus 1. Bíblia: Palavra de Deus e fonte da catequese.e fonte da catequese.

Na catequese aprendemos que Deus nos fala pela Escritura e pela Tradição. Por isso, a catequese tem a missão primeira de acentuar a importância do valor da Tradição no processo de transmissão do conteúdo. Neste sentido o Diretório nos adverte: “Ao tesouro da Tradição pertence também o testemunho dos que ouviram e vivenciaram essa Palavra transmitida de geração em geração (cf. Mc 12,9; Rm 15,4; 2Tm 3,16-17).

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1. Bíblia: Palavra de Deus 1. Bíblia: Palavra de Deus e fonte da catequese.e fonte da catequese.

A Palavra de Deus, assim amplamente entendida, está presente e ressoa na Tradição dos santos padres, no tesouro da liturgia, no Magistério dos pastores, no testemunho dos mártires testemunho dos mártires e na vida dos santos, no trabalho dos missionários, na religiosidade do povo, na caridade viva dos cristãos... (cf. DGC 95).

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1. Bíblia: Palavra de Deus 1. Bíblia: Palavra de Deus e fonte da catequese.e fonte da catequese.

É essa Palavra que ilumina nossa existência e continua sendo caminho da Revelação de Deus para nós hoje. Por isso, a fonte da evangelização e catequese é a Palavra de Deus.

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1. Bíblia: Palavra de Deus 1. Bíblia: Palavra de Deus e fonte da catequese.e fonte da catequese.

A Igreja transmite e esclarece os fatos e palavras da Revelação e, à sua luz, interpreta os sinais dos tempos e a nossa vida nos quais se realiza o desígnio salvífico de Deus (cf. DGC 39), para que "o mundo ouvindo creia, crendo espere e esperando ame" (DV 1 citando santo Agostinho) [cf. DNC, 25).

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1. Bíblia: Palavra de Deus 1. Bíblia: Palavra de Deus e fonte da catequese.e fonte da catequese.

A Igreja transmite e esclarece os fatos e palavras da Revelação e, à sua luz, interpreta os sinais dos tempos e a nossa vida nos quais se realiza o desígnio salvífico de Deus (cf. DGC 39), para que "o mundo ouvindo creia, crendo espere e esperando ame" (DV 1 citando santo Agostinho) [cf. DNC, 25).

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1. Bíblia: Palavra de Deus 1. Bíblia: Palavra de Deus e fonte da catequese.e fonte da catequese.

Foi o Concílio Vaticano II, em sua Constituição Dogmática Dei Verbum, quem deu um dos mais preciosos ensinamentos sobre a relação entre Escritura e Tradição.

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1. Bíblia: Palavra de Deus 1. Bíblia: Palavra de Deus e fonte da catequese.e fonte da catequese.

Assim nos diz: “a Sagrada Tradição e a Sagrada Escritura, constituem um só Sagrado Depósito da Palavra de Deus confiado à Igreja” (DV 10). Ambos, para nós, se configuram como princípio normativo de fé.

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1. Bíblia: Palavra de Deus 1. Bíblia: Palavra de Deus e fonte da catequese.e fonte da catequese.

Na mesma direção, o Documento insiste na articulação que existe entre a Escritura e Tradição: “A Sagrada Escritura é a Palavra de Deus enquanto é redigida sob a moção do Espírito Santo; a Sagrada Tradição, por sua vez, transmite integralmente aos sucessores dos Apóstolos a Palavra de Deus confiada por Cristo Senhor e pelo Espírito Santo aos Apóstolos para que, sob a luz do Espírito de verdade, eles por sua pregação fielmente a conservem, exponham e difundam” (DV 10).

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1. Bíblia: Palavra de Deus 1. Bíblia: Palavra de Deus e fonte da catequese.e fonte da catequese.

No mesmo número ainda, a DEI VERBUM adverte sobre a transmissão desta fonte: “O ofício de interpretar autenticamente a Palavra de Deus escrita ou transmitida foi confiado ao Magistério vivo da Igreja, cuja autoridade se exerce em nome de Jesus Cristo (DV 10) e insiste ainda que “tal Magistério evidentemente não está acima da Palavra de Deus, mas a seu serviço, não ensinando senão o que foi transmitido” (DV 10).

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1. PARA REFLEXÃO.1. PARA REFLEXÃO.

1. Você já pensou na Bíblia com uma carta de amor que Deus deixou para nós?

2. Em nossa catequese a Bíblia, Palavra de Deus, é acentuada como fonte primordial da Catequese? Em que sentido?

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2. Pedagogia da Palavra

“Então convidou Filipe

a subir e sentar-se junto

dele” (At 8, 31)

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2. Pedagogia da Palavra

Ler a Bíblia é buscar captar

e acolher o Espírito que se esconde por

trás das palavras.

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2. Pedagogia da Palavra

A Palavra de Deus é sempre um convite a ler e entender os

acontecimentos no contexto em que o leitor está inserido no

diálogo com o contexto do texto, deixando-se interpelar pela deixando-se interpelar pela

PalavraPalavra, assimilando-a e buscando descobrir a mensagem que o texto

quer dizer.

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2. Pedagogia da Palavra

Faz parte da catequese o processo

da leitura/explicação da palavra numa

dimensão pedagógica e

mistagógica, para um grupo específico

de fieis.

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2. Pedagogia da Palavra

Esse processo de transmitir e anunciar um determinado texto bíblico

exige por parte do catequista

uma dupla fidelidade: ao

Texto Bíblico e aos ouvintes.

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2. Pedagogia da Palavra

O Eunuco convidou Filipe a subir e

sentar para explicar a

passagem que ele estava lendo. Em Atos dos Apóstolos

subir e sentar aponta para o

querigma que é o primeiro anúncio.

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2. Pedagogia da Palavra

Esse processo deve ser acompanhado por uma explicação à luz dos acontecimentos da história da salvação.

Na ação do encontro interativo a partir do espaço da carruagem no caminho de

Jerusalém a Gaza (At 8, 26) se dá uma catequese bíblico-vivencial, a partir de Isaías,

mas que chega até Jesus Cristo.

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2. Pedagogia da Palavra

O texto que o Eunuco estava lendo era o Cântico do Servo Sofredor (cf. Is 52, 13; 53, 12) presente na profecia de Isaías. Esse mesmo texto era lido pelas comunidades cristãs para compreender o contexto da paixão, morte e ressurreição de Jesus. Ou seja, as comunidades liam e entendiam as Escrituras a partir do mistério pascal..

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2. Pedagogia da Palavra

Esse é o processo catequético que Filipe ensina ao Eunuco. É preciso ler o Antigo Testamento para compreender quem é Jesus e sua proposta de vida e salvação. É neste sentido que a Tradição da Igreja na pessoa de São Jerônimo diz que “ignorar as Escrituras é ignorar o próprio Cristo”.

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2. Pedagogia da Palavra

Filipe, nos ensina então, a partir desta narrativa (Atos 8, 26-40), que se faz necessário estabelecer uma ligação entre o Antigo e Novo Testamento. Ambos formam um tecido único da Palavra que nos insere nos mistérios da história da salvação.

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2. Pedagogia da Palavra

No caminho de Jerusalém a Gaza a Palavra de Deus, por meio de Filipe foi anunciada. São muitas as coisas que conversamos pelos caminhos da catequese. As conversas se mesclam de conquistas, esperanças, medos, angústias e desejos.

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2. Pedagogia da Palavra

Na catequese a palavra se faz caminho, deixam marcas profundas do itinerário da fé e provoca o encontro com Jesus. O caminho faz parte do plano catequético da obra de Lucas.

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2. Pedagogia da Palavra

A Escritura procura acentuar o caminho como lugar do encontro, da experiência da fé, das alegrias, do encanto, da amizade, da comunidade, da descoberta da missão. Para Jesus, cada discípulo é chamado a fazer a experiência do caminho: “ vem e segue-me!”

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2. Pedagogia da Palavra

Se olharmos desde o Gênesis ao Apocalipse percebemos o caminho em que se deu o ato revelador de Deus, como o Deus da vida, o Deus caminheiro, o Deus libertador, o Deus salvador, o Deus da ternura e da misericórdia.

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2. Pedagogia da Palavra

Neste sentido, afirma o Diretório Nacional de Catequese que, “o conjunto das obras maravilhosas realizadas por Deus ao longo da história da salvação, como as palavras dos profetas, sobretudo de Jesus e de seus apóstolos, transmitido por tradição, é considerado Palavra de Deus no mais alto grau e forma a coleção dos livros sagrados, as Sagradas Escrituras” (DNC, 23).

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2. Pedagogia da Palavra

A Palavra de Deus chegou até nós numa dinâmica pedagógica e dialógica. O próprio Deus assim o quis tornar-se conhecido.

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2. Pedagogia da Palavra

O Eunuco pede a Filipe que “expliques de quem o profeta está dizendo”. O pedir para

explicar as Escrituras deu a Filipe a oportunidade de falar sobre Jesus e da própria dinâmica

da Palavra.

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2. Pedagogia da Palavra

Esta palavra antes de ser escrita num livro, foi vivida pelo povo. Depois, por um longo tempo, foi narrada em encontros e celebrações. Surge assim a Tradição Oral, onde os fatos eram narrados de geração em geração (Sl 78). Só depois, bem mais tarde, foram colocadas por escrito- Tradição Escrita.

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2. Pedagogia da Palavra

As Escrituras são conjuntos das maravilhas de Deus para com seu povo eleito. Estas maravilhas foram escritas como uma carta amiga para ler, entender, guardar no coração e testemunhar com a vida o sentido a mensagem escrita. A Bíblia Palavra de Deus, é ato e acontecimento.

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2. Pedagogia da Palavra

A Igreja considera como Palavra de Deus, escrita sob inspiração divina e humana, tanto o Antigo Testamento, como o Novo Testamento. Embora nós sejamos seguidores de Jesus Cristo e vivemos a Nova Aliança no seu sangue, os livros do Antigo Testamento, são integralmente acolhidos na pregação evangélica da Igreja.

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2. Pedagogia da Palavra

Os livros do Antigo Testamento adquirem e manifestam a sua significação completa no Novo Testamento, e esse os iluminam e explicam (cf. DV 16).

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2. Pedagogia da Palavra

A palavra Testamento deve ser compreendida como Aliança que Deus Pai, em sua bondade e amor, quis estabelecer por primeiro com o povo de Israel, por intermédio de MoisésMoisés, o escolhido por Deus para conduzir seu povo no caminho da conduzir seu povo no caminho da PalavraPalavra.

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2. Pedagogia da Palavra

O Novo Testamento tem como objetivo central a Palavra de Deus que se manifesta na Pessoa de Jesus Cristo. Ele é o Filho de Deus que se fez Ele é o Filho de Deus que se fez carne e veio morar entre nós carne e veio morar entre nós (Jo 1, 14). Verdadeiramente Homem, é para nós caminho de vida com seus atos, ensinamentos, paixão e glorificação que se encontram nos Evangelhos e que são o coração de toda a Bíblia (cf. CIC 124-125).

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2. Pedagogia da Palavra

O Diretório Nacional de Catequese acentua que: “o o texto sagrado nasceu em texto sagrado nasceu em experiência comunitáriaexperiência comunitária: foi o processo que o próprio Deus escolheu para se comunicar.

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2. Pedagogia da Palavra

É função do texto bíblico alicerçar e vivificar a comunidade dos que creem, fazendo crescer a unidade da Igreja, que não é uniformidade, mas deriva de um espírito básico de comunhão… A Bíblia nasceu na e para a comunidade de fé. Ela será vista em suas perspectivas mais importante só quando relacionada com a comunidade” (cf. DNC 177-185).

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2. Pedagogia da Palavra

A Bíblia não foi escrita de uma só vez. Levou muito tempo até atingir a atual lista de livros. Hoje, a Bíblia é na verdade uma pequena uma pequena biblioteca formada por 73 livros que buscam preservar a memória da caminhada histórica do povo de Deus.

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2. Pedagogia da Palavra

A Bíblia também não foi escrita num único lugar numa mesma língua. A maior parte dos livros que formam o Antigo Testamento foi escrita em hebraico na Palestina. Mas temos livros escritos na Babilônia, onde o povo viveu o exílio no século VI antes de Cristo.

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2. Pedagogia da Palavra

O Novo Testamento foi todo escrito em grego em diferentes lugares: Palestina, Ásia Menor, Síria, Grécia, Itália.

O Novo Testamento foi todo escrito em grego em diferentes lugares:

Palestina, Ásia Menor, Síria, Grécia, Itália.

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2. Pedagogia da Palavra

Page 64: Palavra de Deus, fonte da catequese

1. Lemos a Bíblia na catequese como Livro que fundamenta e alimenta a nossa fé?

2. A formação bíblica dos catequistas é prioridade em nossa Diocese, Prelazia, Paróquia, comunidade?

Para refletir

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3. Os Livros como casa da Palavra

Então Filipe começou a falar e, partindo dessa passagem da

Escritura, anunciou-lhe Jesus” (At 8, 35)

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3. Os Livros como casa da Palavra

Deus não se esgota em nenhuma pessoa, livro ou acontecimento. Pela sua revelação, “Deus invisível (Cl 1, 15; 1 Tm 1, 17), no seu imenso amor, fala aos homens como amigos (cf. Ex 33, 11; Jo 15, 14-15) e conversa com eles para os convidar e admitir à comunhão com Ele (DV 1).

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3. Os Livros como casa da Palavra

Esta conversa-revelação de Deus acontece ao longo da caminhada histórica do povo de Israel. Uma caminhada de quase dois mil anos. Por isso, além da grande divisão que compõe catequeticamente, a Sagrada Escritura conforme o esquema acima observamos também, as pequenas unidades, ou coletâneas que formam o conjunto da Bíblia.

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3. Os Livros como casa da Palavra

A Bíblia é uma coleção de narrativas e forma de prosa e poesia as quais testemunham e revelam a presença amorosa de Deus na vida de pessoas, especialmente do povo de Israel nas diferentes etapas de sua fases de sua história.

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3. Os Livros como casa da Palavra

3.1 - O Pentateuco

O primeiro conjunto destes livros é chamado de Pentateuco (do grego “cinco rolos” ou “livros”) designa os primeiros cinco livros da Bíblia: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio. Com uma leitura atenta deste bloco, percebemos toda uma catequese profunda ao apresentar o modo como as pessoas foram associando em sua vida e acontecimentos a ação de Deus que com sua Palavra foi dando ordem às coisas criadas.

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3. Os Livros como casa da Palavra

3.1 - O Pentateuco

O Pentateuco é considerado uma obra complexa, extensa e de grande valor religioso e cultural. Manifesta uma série de particularidades estilísticas, literárias e temáticas, que se deve levar em consideração no processo da sua formação. Este conjunto de livros, o Pentateuco, não é manual de história do antigo Israel, nem cartilha da organização do povo, mas instrução da vontade de Deus a respeito do povo que ele elegeu firmando aliança com ele: é fruto da Aliança. .

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3. Os Livros como casa da Palavra

3.1 - O Pentateuco

Na verdade, o Pentateuco nos prepara para ler e entender toda literatura bíblica, tanto no Novo Testamento como no Antigo Testamento. Ele é a porta de entrada para compreender a pedagogia reveladora de Deus. Temos que compreender o Pentateuco ou até mesmo toda a Bíblia como um grande Querigma, ou seja, como uma grande proclamação de fé do povo de Deus ao longo de sua história.

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3. Os Livros como casa da Palavra

3.1 - O Pentateuco

Isso significa que temos que acolher e entender essa literatura não apenas como uma história antiga, que já passou e que não nos diz nada. Pelo contrário! O Pentateuco deve ser lido como as expressões vivas das tradições de fé de Israel.

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3. Os Livros como casa da Palavra

3.1 - O Pentateuco

A mensagem das tradições fala ao coração de cada nova geração e com isso o Antigo Testamento pode ser visto como um registro vivo de Israel e a sua fé. E essa fé teve um papel fundamental na composição da literatura do Pentateuco.

Page 74: Palavra de Deus, fonte da catequese

3. Os Livros como casa da Palavra

3.1 - O PentateucoSe olharmos com atenção os textos chamados de credos históricos que preservaram a proclamação de fé de Israel (cf. Dt 26:5b-9; Dt 6:20-24, e Js 24:2b-13), percebemos que a fé era proclamada nos cultos como recitações solenes. Nestes textos encontramos os elementos básicos da fé de Israel: a chamada dos antepassados de Israel, a promessa da terra de Canaã, o Êxodo, a peregrinação no deserto, e a entrada na terra prometida.

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3. Os Livros como casa da Palavra

3.1 - O Pentateuco

Apesar da diversidade de fontes e tradições, o redator final conseguiu dar uma profunda unidade ao Pentateuco, marcada pelos grandes temas da promessa, da eleição, do amor, da fidelidade e da esperança.

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3. Os Livros como casa da Palavra

3.1 - O PentateucoOs principais temas e as seções correspondentes do Pentateuco podem ser analisados segundo o esquema seguinte: Desde a criação do mundo até a genealogia de Abraão (Gn 1-11); a história dos Patriarcas (Gn 12-50); a saída do Egito (Êx 1-15); desde o Egito até o Sinai (Êx 16-18); a revelação do SENHOR no Sinai (Êx 19-Nm 10); do Sinai até Moabe (Nm 10-36) e por fim o livro de Deuteronômio (Dt 1-34). Sua intenção querigmática é a de manter o leitor de cada geração, atento aos sinais de Deus na história revelada.

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3. Os Livros como casa da Palavra

3.2 - Os Livros HistóricosA realização da Aliança proposta no Pentateuco, encontram-se os livros chamados de históricos. São livros que narram a caminhda histórica do povo através de sucessivas etapas, desde a chegada na terra prometida (por volta de 1200 antes de Cristo) até o início da dominação romana (por volta de 63 antes de Cristo). São eles: Josué, Juízes, Rute, 1 e 2 Samuel, 1 e 2 Reis , 1 e 2 Crônicas, Esdras, Neemias, Tobias, Judite, Ester, 1 e 2 Macabeus.

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3. Os Livros como casa da Palavra

3.2 - Os Livros Históricos

É importante perceber que os termos história e históricos tem um grande sentido para nossa vida de fé. É na história que Deus age e se comunica com o ser humano. Saber ler a história é entender o processo d ervelação de Deus.

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3. Os Livros como casa da Palavra

3.2 - Os Livros Históricos

A intenção catequética querigmática desses livros é conduzir o leitor aos fatos e acontecimentos das sucessivas etapas históricas, na busca de compreender que a “história é mestra da vida” e tem sempre uma mensagem eficaz. Saber ler a história é entender o processo da revelação de Deus.

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3. Os Livros como casa da Palavra

3.2 - Os Livros Históricos

A intenção catequética querigmática desses livros é conduzir o leitor aos fatos e acontecimentos das sucessivas etapas históricas, na busca de compreender que a “história é mestra da vida” e tem sempre uma mensagem eficaz. Saber ler a história é entender o processo da revelação de Deus.

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3. Os Livros como casa da Palavra

3.3 - Os Livros Poéticos e Sapienciais

O terceiro conjunto de livros que compõe a Bíblia é intitulado de Livros Sapiencias ou Literatura Sapiencial. Os livros que dão corpo a este conjunto são: Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes, Cântico dos Cânticos, Sabedoria e Eclesiático.

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3. Os Livros como casa da Palavra

3.3 - Os Livros Poéticos e Sapienciais

De maneira poética e orante o conjunto destes livros procura acentuar a forma dialogal com que Israel se dirige a seu Deus. São formados também de diversos gêneros literários e abordam diversidades de temáticas catequéticas de acordo com a situação em que o povo se encontrava.

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3. Os Livros como casa da Palavra

3.3 - Os Livros Poéticos e Sapienciais

Encontramos diversos gêneros no conjunto destes livros. A sabedoria de cunho mais popular encontramos nos livros de Provérbios e no Eclesiástico. Apresenta-se em forma de coleção de frases curtas, sentenças ritmadas que ajudam a compreender e a encontrar uma saída nas diversas situações enfrentadas pelas pessoas.

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3. Os Livros como casa da Palavra

3.3 - Os Livros Poéticos e Sapienciais

O Cântico dos Cânticos trata da experiência fundamental da vida: o amor humano, símbolo do amor de Deus para com seu povo.

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3. Os Livros como casa da Palavra

3.3 - Os Livros Poéticos e Sapienciais

Já os livros de Jó, Eclesiastes e Sabedoria são estudos sobre problemas mais profundos e globais, como o sentido da vida, a morte, a justiça, a vida social, o mal, a natureza da sabedoria entre os outros.

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3. Os Livros como casa da Palavra

3.3 - Os Livros Poéticos e Sapienciais

No período do pós-exílio, enquanto nos círculos dos sábios se desenvolvia a literatura sapiencial, o povo elaborava um novo estilo literário apresentando uma mensagem de resistência. São as chamadas Novelas populares.

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3. Os Livros como casa da Palavra

3.3 - Os Livros Poéticos e Sapienciais

São texto provindos das celebrações ou encenações feitas nas aldeias da Judeia. Pertencem a este estilo literário os livros de Rute, Tobias, Jonas, Ester e Judite.

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3. Os Livros como casa da Palavra

3.3 - Os Livros Poéticos e Sapienciais

Estes escritos relatam experiências e problemas das aldeias dos camponeses no interior da Judéia: pão, terra, descendência, religiosidade, perseguições, migrações, relacionamentos, guerras e vinganças.

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3. Os Livros como casa da Palavra

3.3 - Os Livros Poéticos e Sapienciais

Nestas novelas encontramos escondida uma nova proposta que surge a partir das mais antigas tradições do povo, guardando a memória da Aliança, do êxodo, da páscoa e de tudo aquilo que pertencia ao projeto original relacionado ao Pentateuco.

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3. Os Livros como casa da Palavra

3.3 - Os Livros Poéticos e Sapienciais

O leitor fascina-se diante da leitura atenta destes escritos que ajudam a perceber o tempo desde o 4º Século aC até a época de Jesus. Eles revelam que a experiência comum do povo é também lugar da manifestação de Deus e da revelação do seu projeto: Deus fala através da experiência caseira do povo.

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3. Os Livros como casa da Palavra

3.4 - Os Livros Proféticos

O quarto conjunto catequético presente na Bíblia é formado pelos livros chamados Proféticos ou Literatura Profética. Estes livros preservam a mensagem de gente, homens e mulheres, que tiveram a coragem de denunciar os erros do povo na vivência da Aliança.

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3. Os Livros como casa da Palavra

3.4 - Os Livros Proféticos

O profeta é o escolhido de Deus para falar e confirmar o próprio Deus. Eles, os profetas, habitualmente introduzem as suas mensagens e profecias mediante fórmulas expressivas como: “Assim diz o SENHOR”, “Palavra do SENHOR que veio a...”.; e, frequentemente, apresentam-se a si mesmos como enviados de Deus e investidos de autoridade para proclamar a sua Palavra.

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3. Os Livros como casa da Palavra

3.4 - Os Livros Proféticos

Essa certeza pessoal de terem sido divinamente escolhidos para comunicar determinadas mensagens é um sinal característico da consciência profética. Assim, Isaías, que responde ao chamado do SENHOR: “Eis-me aqui, envia-me a mim” (Is 6,8);

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3. Os Livros como casa da Palavra

3.4 - Os LivrosProféticos

Ou Jeremias, que escuta a voz do SENHOR: “Eis que ponho na tua boca as minhas palavras” (Jr 1,9); ou Ezequiel, que ouve a ordem de Deus: “Vai, entra na casa de Israel e dize-lhe as minhas palavras” (Ez 3.4); ou Amós, que se sente separado das suas tarefas pastoris e transforma-se em porta-voz de Deus: “Vai e profetiza ao meu povo de Israel” (Am 7,15).

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3. Os Livros como casa da Palavra

3.4 - Os Livros Proféticos A mensagem catequética do profeta varia de acordo com seus ouvintes e com o contexto histórico em que ele vive. Cada profeta tem o seu estilo próprio, e pronuncia anúncios e denúncias diante de situações bem determinadas. É sempre um conteúdo de esperança e vida. De memória aos feitos de Deus na história. Todo querigma da profecia é para manter o povo na fidelidade à fé professada ao Deus da Aliança.

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3. Os Livros como casa da Palavra

3.5 - O Novo Testamento

Os Evangelhos e demais escritos do Novo Testamento, nasceram desta experiência, da necessidade de registrar os fatos vivenciados. A finalidade destes escritos é eminentemente catequética.

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3. Os Livros como casa da Palavra

3.5 - O Novo Testamento

Nos evangelhos encontramos os ditos sobre quem foi Jesus de Nazaré, o Cristo de nossa fé, e como seu deu o processo catequético na formação dos seus primeiros seguidores. Em Atos dos Apóstolos e nos outros escritos do Novo Testamento, encontramos o querigma como fio condutor do processo catequético das comunidades nascentes.

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3. Os Livros como casa da Palavra

3.5 - O Novo Testamento

Os escritos em sua totalidade procuram mostrar que a missão cristã se espalha na medida em que há assimilação da catequese anunciada, vivida e testemunhada. A missão está ligada com o ensinamento catequético deixado por Jesus Cristo, antes de subir ao céu: "Sereis minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judéia e Samaria, e até os confins da terra" (At. 1,8).

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3. Os Livros como casa da Palavra

3.5 - O Novo Testamento

O Novo Testamento, conforme o quadro acima como a biblioteca, é formado então com 27 livros. Estes livros são compostos de temas e estilos diferentes: Evangelhos, Atos dos Apóstolos, Cartas e Apocalipse. Os evangelhos são quatro formas querigmáticas de apresentar Jesus, o Filho de Deus, Palavra encarnada, no ambiente de comunidades diferenciadas.

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3. Os Livros como casa da Palavra

3.5 - O Novo Testamento Os evangelhos (Mateus, Marcos, Lucas e João) não são uma biografia, ou história, e sim um anúncio para conduzir o leitor à fé em Jesus, isto é, ao compromisso de continuar sua obra, pela palavra e ação. Os quatro evangelistas: Marcos, Mateus, Lucas e João procuram acentuar esta dimensão profunda de Jesus e sua proposta de Reino aos interlocutores de comunidades diferentes.

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3. Os Livros como casa da Palavra

3.5 - O Novo Testamento Atos dos Apóstolos é um escrito considerado a segunda parte do Evangelho de são Lucas. Mostra como o querigma, o grande anúncio de Jesus e a formação das comunidades cristãs se expandiram, chegando a Roma, centro do mundo naquela época. Aí vemos o sentido da missão cristã: levar a boa nova do Evangelho a todos os homens, para que todos possam tomar conhecimento de Jesus e pertencer ao povo de Deus.

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3. Os Livros como casa da Palavra

3.5 - O Novo Testamento

No contato com estes escritos se percebe a importância da obra evangelizadora e catequética de Paulo. Segundo as Escrituras, Novo Testamento, Paulo nos deixou uma herança muito significativa: quatorze cartas, que formam o que se chama “corpus paulinum”. Muito se tem escrito sobre a forma e o conteúdo das cartas de Paulo.

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3. Os Livros como casa da Palavra

3.5 - O Novo Testamento São textos dirigidos a comunidades concretas (comunidades cristãs que fundou - à exceção de Romanos e de Colossenses) e/ou a pessoas individuais (como é o caso da Carta a Filemon, a Timóteo e a Tito); e tratam de problemas específicos ligados à vida dessas mesmas comunidades. Estas cartas servem para o apóstolo continuar a sua atividade catequética, evangelizadora. Paulo era, antes de mais, um autêntico discípulo missionário de Jesus Cristo: “Ai de mim se não evangelizar” (1 Cor. 9, 16).

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3. Os Livros como casa da Palavra

3.5 - O Novo Testamento A sua composição e difusão poderá ter passado por um processo lento em que as diferentes comunidades partilhavam entre si as Cartas recebidas, usando-as até nas suas reuniões de oração comunitária. Os estudiosos indicam o ano 96, provavelmente 30 anos depois da morte de Paulo, como o ano em que temos a primeira notícia da existência de uma coleção das Cartas de Paulo -Corpus Paulino.

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3. Os Livros como casa da Palavra

3.5 - O Novo Testamento

Temos também outro conjunto de escrito chamado de Cartas Católicas ou Pastorais. Recebem este nome porque são dirigidas a todos as Igrejas Cristãs, não a uma só pessoa ou comunidade. São escritos considerados universais, por isso, Católicas, que é o mesmo que Universal.

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3. Os Livros como casa da Palavra

3.5 - O Novo Testamento

São escritos considerados universais, por isso, Católicas, que é o mesmo que Universal. São elas: Carta de Tiago (Tg), 1a carta de Pedro (1Pd), 2 carta de Pedro (2Pd), 1 carta de João (1Jo), 2 carta de João (2Jo), 3 carta de João (3Jo), carta de Judas (Jd). Sua intenção querigmática é assegurar o leitor, que é um convertido a Jesus Cristo, a permanecer firme na fé e na caminhada.

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3. Os Livros como casa da Palavra

3.5 - O Novo Testamento

E por último temos então o livro do Apocalipse (Ap). Apocalipse, quer dizer Revelação. Catequéticamente significa: tirar o véu, desvelar, descobrir, manifestar e, portanto, revelar. É um escrito de resistência que quer animar a esperança do povo em momentos críticos de perseguição do Império Romano. Por isso usa um gênero literário especial, em forma de código, para que as comunidades entendessem a mensagem e seus perseguidores não.

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3. Os Livros como casa da Palavra

3.5 - O Novo Testamento

É uma catequese de esperança para as comunidades, baseada na fé em Jesus Cristo ressuscitado, o único Senhor e o Vencedor de todas as forças do mal. Não se trata de adivinhação do futuro, mas de uma profecia que revela o sentido das Igrejas na história. O centro da mensagem do Livro é o convite à adesão a Jesus Cristo: Ele morreu, está vivo, e age na história (Ap 1,1-3).

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3. Os Livros como casa da Palavra

3.5 - O Novo Testamento

Sua intenção querigmática é levar os cristãos, espalhados nestas Igrejas do Apocalipse, a aderir a Jesus Cristo. Ele é o centro da mensagem para cada comunidade. Sua presença não é uma ideia, uma doutrina e, sim, um acontecimento: A Vida que passa pela Morte e Ressuscita. Ele vem às Igrejas para chamar à conversão. Por ter grande amor por cada uma delas, corrige e educa (Ap 3,19). Repreende em sua catequese as obras que não constroem o Reino de Deus (Ap 2,22) e o abandono do primeiro amor (Ap 2, 4).

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Para reflexãoPara reflexão

1. Como a Bíblia, palavra de Deus nos ajuda a entender os fatos da vida?

2. De que forma a catequese poderia explicar as Escrituras de modo que o catequizando crie gosto pela leitura?

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Palavra que encanta e nos insere na comunidade de

Eles prosseguiram o caminho e chegaram a um lugar onde havia

água. Então o Eunuco disse a Filipe: “Aqui temos água. Que impede que seu seja batizado?” (Atos 8, 36-38)

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Palavra que encanta e nos insere na comunidade de

O processo iniciático da fé desde o início do cristianismo se dá pela

transmissão da Palavra e pela imersão na vida da comunidade. A mística da

espiritualidade e pertença é alimentada pela Palavra de Deus,

que ao encontrar espaço em nós cumpre a sua missão.

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Palavra que encanta e nos insere na comunidade de

O encontro de Felipe com o Eunuco se desenvolve num “caminhar construtivo” que o conduz da teoria à prática, e da explicação à ação e pertença.

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Palavra que encanta e nos insere na comunidade de

O ato de batizar sucede ao anúncio do querigma pascal. O batismo é o que confere o sentido de pertença a Jesus Cristo. Dentro do processo de compreensão, assimilação foi possível para o Eunuco mergulhar e afirmar sua pertença ao Grupo dos primeiros cristãos. Fazer parte deste Povo de Deus significa escutar, ler, conhecer e viver a Palavra testemunhando com obras e ações concretas.

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Palavra que encanta e nos insere na comunidade de

A caminhada exigiu de Filipe e o Eunuco uma pedagogia dinâmica e dialógica que lhes permitiram o caminho da descoberta da fé. Portanto, explicar as Escrituras, Palavra de Deus, é lembrar a prática, a missão e os ensinamentos de Jesus.

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Palavra que encanta e nos insere na comunidade de

Isto provocou uma mudança de mentalidade e de atitude nos discípulos e os fez retornar à comunidade, assumir a missão e manter viva a esperança. “Uma comunidade que assume a iniciação cristã renova sua vida comunitária e desperta seu caráter missionário” (DA 291).

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Palavra que encanta e nos insere na comunidade de

O itinerário fito por Felipe e o Eunuco é como um modelo de processo iniciático da fé em seu núcleo essencial; de fato, trata-se de um encontro vital com a Palavra. Assim diz Aparecida: “a iniciação cristã dá a possibilidade de uma aprendizagem gradual no conhecimento, no amor e no seguimento de Cristo. Ela forja a identidade cristã com as convicções fundamentais e acompanha a busca do sentido da vida” (DA 291).

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Palavra que encanta e nos insere na comunidade de

A Palavra é alimento na liturgia, no trabalho missionário, no diálogo ecumênico, no discernimento pastoral e na dimensão social. A prática da Leitura Orante da Bíblia conduz ao encontro com Jesus Mestre, ao conhecimento do mistério de Jesus Messias, à comunhão com Jesus Filho de Deus e ao testemunho de Jesus, Senhor do universo (cf. DA 249).

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Palavra que encanta e nos insere na comunidade de

Os animadores das comunidades e os catequistas são aqueles que por primeiro tem uma iniciação às Escrituras e uma intimidade orante com a Palavra, para ajudar às pessoas, os catequizandos, as comunidades, os círculos bíblicos, a despertarem o gosto pela leitura bíblica e a sua aplicação na vida diária. sua aplicação na vida diária.

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Para reflexãoPara reflexão

1. Quando lemos e entendemos a Bíblia, Palavra de Deus e da vida ficamos felizes? O que mais nos encanta na leitura bíblica?2. Você já a experiência de rezar de forma orante com a Bíblia? Explique.3. Em nossa Catequese se valoriza a mensagem? Explique.

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5 Métodos para anunciar a Palavra 5 Métodos para anunciar a Palavra de Deusde Deus

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5 Métodos para anunciar a Palavra 5 Métodos para anunciar a Palavra de Deusde Deus

Método e critérios são apenas indicativos que auxiliam e conduzem à meta desejada. A palavra método vem do grego hodos que significa caminho para chegar a um fim.

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5 Métodos para anunciar a Palavra 5 Métodos para anunciar a Palavra de Deusde Deus

Em se tratando do anúncio da Palavra de Deus, mais do que ter um método é necessário cultivar atitudes e gosto pela Palavra. Ter a convicção profunda de que a Bíblia é a Palavra de Deus e alimento da fé cristã.

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5 Métodos para anunciar a Palavra 5 Métodos para anunciar a Palavra de Deusde Deus

O Concílio Vaticano II nos diz que a fé cristã é alimentada nas duas mesas: a da Palavra e da Eucaristia: “a Igreja venerou sempre as Divinas Escrituras, como também o próprio Corpo do Senhor; sobretudo na sagrada Liturgia, nunca deixando de tomar e distribuir aos fiéis, da mesa da Palavra de Deus como do Corpo de Cristo, o Pão da Vida (DV 21).

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5 Métodos para anunciar a Palavra 5 Métodos para anunciar a Palavra de Deusde Deus

O Diretório Nacional de Catequese é muito claro ao explicitar os objetivos e os critérios do uso da Bíblia na Catequese. No que se refere ao objetivo, assim diz: O uso da Bíblia pela catequese consiste em: Alimentar a identidade cristã e formar comunidade de fé e.

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5 Métodos para anunciar a Palavra 5 Métodos para anunciar a Palavra de Deusde Deus

O Diretório reconhece a prática de nossas comunidades na reflexão e oração com a Palavra de Deus e a missão da comunidade como resposta à Palavra lida e vivida. Mas não basta só o encontro em torno da Palavra, este encontro deve levar à descoberta da identidade cristã.

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5. Métodos para anunciar a 5. Métodos para anunciar a Palavra de DeusPalavra de Deus

Por isso, que o Diretório também afirma esta necessidade de ir à Palavra como desejo de crescer e alimentar a fé cristã. É preciso ir ao texto acreditando ser ele o eixo da vida, como diz o próprio Cristo: “Examinais as Escrituras, pensando ter nelas a vida eterna, e são elas que dão testemunho de mim” ( Jo 5, 39).

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5. Métodos para anunciar a Palavra 5. Métodos para anunciar a Palavra de Deusde Deus

Quanto aos critérios, o Diretório também nos alerta que “os textos bíblicos tem um valor próprio e especial e por isso foram conservados ao longo de tanto tempo, a Tradição os considerou inspirados”. Por isso, “é necessário descobrir estes valores presentes nos textos e deixar que eles iluminem nossa vida" (DNC 109).

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5 . Métodos para anunciar a 5 . Métodos para anunciar a Palavra de DeusPalavra de Deus

Todo texto da Bíblia, requer uma atenção ao contexto em que nasceu: A geografia, a dimensão cultural e os personagens que aparecem no texto, evitando assim interpretações que o texto não diz.

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5. Métodos para anunciar a 5. Métodos para anunciar a Palavra de DeusPalavra de Deus

Mas para esta dimensão o Diretório também nos exorta: “às vezes é tão grande a ânsia de se servir do texto para expor as próprias ideias, que não se presta atenção ao que ele tem a dizer.

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5. Métodos para anunciar a Palavra 5. Métodos para anunciar a Palavra de Deusde Deus

Tudo isso, requer empenho para que pequenas dificuldades com o texto não distraiam da mensagem fundamental que a Bíblia traz: o mistério da vida, da história, do Deus sempre imprevisível (DNC 109).

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5. Métodos para anunciar a 5. Métodos para anunciar a Palavra de DeusPalavra de Deus

Na verdade, esse critério é de fundamental importância para a leitura da Bíblia, que nos ajuda a superar os riscos de uma leitura fundamentalista da Bíblia. Nossa Igreja tem nos alertado para este tipo de leitura , pois ela não contribui no despertar de uma visão encarnada na realidade.

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5. Métodos para anunciar a Palavra 5. Métodos para anunciar a Palavra de Deusde Deus

O Diretório Nacional de Catequese fala em diversos métodos e dentre eles destaca o Método da Leitura Orante da Bíblia, como um das formas mais ricas de se apropriar do texto bíblico. Ele é mais que um método, é uma forma dialogal e orante com a Palavra.

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Sejamos comunicadores Sejamos comunicadores da Palavra:da Palavra:

ENCANTAMENTO ENCANTAMENTO ENTUSIASMOENTUSIASMO

TESTEMUNHOTESTEMUNHO

VIVÊNCIAVIVÊNCIAEXPERIÊNCIAEXPERIÊNCIAPAIXÃOPAIXÃO

AMORAMOR