PALAVRA DO ARCEBISPO CATEQUSESE DO PAPA VIDA … consagrada, fi éis leigos e leigas, ... gional...

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faz bonito em preparação ao 11º Mutirão Brasileiro de Comunicação 2019 IGREJA DE GOIÂNIA Capa: Ana Paula Mota Papa escreve carta pedindo desculpas ao povo de Deus Artigo lembra os 140 anos do Apóstolo do Cerrado Dom Washington Cruz envia carta de apoio ao Papa Francisco pág. 2 pág. 6 pág. 7 PALAVRA DO ARCEBISPO CATEQUSESE DO PAPA VIDA CRISTÃ semanal Edição 225ª - 9 de setembro de 2018 www.arquidiocesedegoiania.org.br Siga-nos págs. 4 e 5 EDICAO 225 - DIAGRAMACAO.indd 1 04/09/2018 19:20:35

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faz bonito em preparação ao 11º MutirãoBrasileiro de Comunicação 2019

IGREJA DE GOIÂNIACa

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Papa escreve cartapedindo desculpas ao

povo de Deus

Artigo lembra os140 anos do Apóstolo

do Cerrado

Dom Washington Cruzenvia carta de apoio

ao Papa Franciscopág. 2 pág. 6 pág. 7

PALAVRA DO ARCEBISPO CATEQUSESE DO PAPA VIDA CRISTÃ

semanalEdição 225ª - 9 de setembro de 2018 www.arquidiocesedegoiania.org.br Siga-nos

págs. 4 e 5

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Setembro de 2018 Arquid iocese de Go iânia

PALAVRA DO ARCEBISPO2

Arcebispo de Goiânia: Dom Washington CruzBispos Auxiliares: Dom Levi Bonatto e Dom Moacir Silva Arantes

Coordenadora de Comunicação: Eliane Borges (GO 00575 JP)Consultor Teológico: Pe. Warlen MaxwellJornalista Responsável: Fúlvio Costa (MTB 8674/DF)Redação: Fúlvio CostaRevisão: Camila Di Assis e Jane GrecoDiagramação: Ana Paula Mota e Carlos HenriqueColaboração: Marcos Paulo Mota(Estudante de Jornalismo/PUC Goiás)

Estagiários: Rodolpho Rezende e Kelly Campos(Estudantes de Jornalismo/PUC Goiás)Fotogra� as: Rudger RemígioTiragem: 25.000 exemplaresImpressão: Grá� ca Moura

Contatos: [email protected] Fone: (62) 3229-2683/2673

Querido Santo Padre Francisco,

A Arquidiocese de Goiânia, todo o Povo de Deus: pas-tores, membros da vida consagrada, fi éis leigos e

leigas, desejamos manifestar nossa plena comunhão e total fi delidade ao Vosso Ministério Petrino. Reconhece-mos que o Ministério de Pedro é um Ministério de Comunhão. Estamos dispostos a dar nossas vidas para

viver com o Sucessor do Apóstolo Pedro e, entre nós, nesta Igreja particular, uma autêntica espiritualidade de comunhão.

Acreditamos e sentimos que Vossa Santidade é, hoje, a base, a pedra fi rme e inamovível, sobre a qual se assenta a solidez, a autenticidade e a perenidade da Igreja. Solidari-zamo-nos com Vossa Santidade neste momento em que é alvo de tantos ataques imerecidos e injustos, e pedimos ao Senhor e à Sua Mãe Santíssima que Vos cubram de bênçãos sobre bênçãos.

Agradecemos a Vossa recente “Carta ao Povo de Deus”, em que além de exprimir o Vosso amor por toda a huma-nidade, aponta com singular clareza o clamor que sobe aos Céus de quem sofreu e sofre, e orienta como empenhar-se para que tais males não se perpetuem. Na infl ação das pa-lavras e na confusão semântica que obscurece o esplendor do projeto de Deus, Vossa participação no Encontro Mundial das Famílias de Dublin nos fez redescobrir também a nature-za e a beleza do amor humano. Obrigado, Santo Padre!

O canto pascal do Aleluia mostra que a voz humana não sabe apenas gritar, gemer, chorar, mas também cantar a vida e a sua beleza. Afi rma que Jesus Cristo vive, que vale a pena viver e gritar a bondade e a beleza da vida humana, pro-tegê-la, defendê-la e promovê-la em todas as circunstâncias, como vem fazendo Vossa Santidade.

Suplicando Vossa Bênção Apostólica, para todos nós, em Cristo Crucifi cado e Ressuscitado, desejamos-Vos, Santo Pa-dre, que tudo seja “para a maior glória de Deus”! Continua-mos a rezar por Vossa pessoa e por Vosso pontifi cado.

EditorialHá menos de um ano para a reali-

zação do 11º Mutirão Brasileiro de Co-municação (Muticom), a Arquidiocese de Goiânia promoveu seu 1º Muticom, que reuniu 280 participantes, em sua maioria agentes da Pastoral da Comu-nicação das paróquias desta Igreja. Foi um momento importante de aprendi-zado, troca de experiências, confra-ternização e, mais do que tudo isso, de unidade da Igreja em torno do que ela tem de mais precioso: o cuidado e

o zelo pelo anúncio do Evangelho. Esta edição do Encontro Semanal traz também as coberturas do Muticom de Uruaçu e do VII Encontro Regio-nal de Liturgia, promovido pelo Re-gional Centro-Oeste da CNBB, e um interessante artigo do prof. Francis-co Leal sobre a vida do venerável padre Pelágio Sauter, justamente neste dia (9), em que celebramos 140 anos de seu nascimento.

Boa leitura!

DOM WASHINGTON CRUZ, CPArcebispo Metropolitano de Goiânia

ARQUIDIOCESE DEGOIÂNIA MANIFESTAAPOIO AO PAPA

“Vossa participação no EncontroMundial das Famílias de Dublin nosfez redescobrir também a belezado amor humano”

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Mesa redonda

O VII Encontro de Liturgia do Regional Centro-Oeste da CNBB, que aconteceu nos dias 24 a 26 de agosto,

no Centro Pastoral Dom Fernando (CPDF), em Goiânia, teve como fonte de inspiração o Ano Nacional do Lai-cato, vivido pela Igreja no Brasil, em 2018. Os temas desenvolvidos duran-te o encontro, portanto, foram todos voltados ao laicato.

O bispo auxiliar de Brasília e re-ferencial para a dimensão litúrgi-ca no Regional Centro-Oeste, Dom Marcony Vinícius, tratou do tema “A missão do cristão leigo”. Em sua exposição, ele explicou que o agir se-gue o ser, isto é, conforme o Concí-lio Vaticano II, o leigo deve atuar em todos os ambientes, seja em casa, no namoro, na universidade. “Às vezes, fechamos a ótica da evangelização em cursos ou meios sacramentais, que também fazem parte. Por meio dos sacramentos, nós podemos evangeli-zar, sobretudo com o testemunho de vida”, explicou o bispo.

Setembro de 2018Arquid iocese de Go iânia

ARQUIDIOCESE EM MOVIMENTO 3

O coordenador da dimensão litúr-gica no regional, padre Wolney Alves, proferiu sua palestra sobre “A iden-tidade do cristão leigo”. Ele explicou quem é o cristão leigo, como surgiu, por que passou a ser chamado assim e como viviam nos primeiros séculos. “Mostramos que na época atual, o cristão leigo, iluminado pelas consti-tuições do Concílio Vaticano II, pelos documentos pontifícios e da CNBB, precisa assumir verdadeiramente o seu rosto na Igreja. Este rosto foi es-clarecido pelo Concílio Vaticano II como sacerdócio comum, porém com a mesma dignidade do sacerdócio mi-nisterial”, explicou o coordenador.

No dia 26, padre Fábio Carlos, da dimensão litúrgica da Diocese de Anápolis, fechou o ciclo de palestras com o tema “A fonte da vida do cris-tão leigo”. A Liturgia das Horas foi a base da apresentação dele. Também chamada de Ofício Divino é a oração pública e comunitária da Igreja Cató-lica, que é rezada pelos ministros or-denados e consagrados, mas também está aberta aos leigos. “Os cristãos leigos são convidados a rezar a Litur-gia das Horas, pois ela é a expressão

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Com o objetivo de pensar uma co-municação em rede entre paróquias e diocese e preparar os agentes da Pas-toral da Comunicação (Pascom) para o 11º Mutirão Brasileiro de Comuni-cação, que acontecerá em Goiânia, em julho do próximo ano, aconteceu, no dia 2 de setembro, em Uruaçu, o Mutirão Diocesano de Comunicação (Muticom).

“O agir cristão nas plataformas digitais passa necessariamente pelo testemunho”, pontuou, em sua fala, o coordenador da Pascom no Regional Centro-Oeste da CNBB, irmão Diego Joaquim, na palestra de abertura do evento. Segundo ele, criar um perfi l em rede e dar outro testemunho no dia a dia, é negar a própria fé e os princípios do Evangelho. “Precisamos ser autên-ticos, estar em sintonia com a nossa fé e ser católico tanto na vida cotidiana, como no mundo virtual”, afi rmou.

O evento contou ainda com duas ofi cinas: “O poder e a efi cácia da es-crita na comunicação”, conduzida pelo jornalista e assessor de comuni-

Diocese de Uruaçu propõe articulação em rede de comunicação

cação da Diocese, Fúlvio Costa, que apresentou a importância da lingua-gem verbal como base para todos os veículos de comunicação, desde os mais tradicionais até os digitais. O designer gráfi co e social media, Dani-lo Inácio, trouxe sua experiência para ser compartilhada com os agentes da Pascom. Em sua apresentação, ele fa-

lou da importância de publicar com planejamento, pensando e desenvol-vendo os materiais produzidos com uma estética limpa e criativa. Ele afi r-mou também que é fundamental ad-quirir conhecimento necessário para avançar nos ganhos de visibilidade de páginas em redes sociais, como Facebook e Instagram.

No momento da mesa redonda, Dom Messias dos Reis Silveira apre-sentou o processo histórico da comu-nicação na diocese. Padre Elias Silva, coordenador do Setor de Comunica-ção Diocesano, também comentou que o evento foi mais um passo na ar-ticulação da comunicação entre pa-róquias e diocese. “Neste ano, temos como objetivo principal a articulação com as demais paróquias, forman-do assim uma grande rede para que façamos juntos não só uma comuni-cação paroquial, mas de toda a dio-cese”. Karlla Farias, coordenadora da Pascom na Paróquia Nossa Senhora das Graças, em Minaçu, também par-ticipou da Mesa redonda. Ela comen-tou que o evento foi importante para apresentar uma base de informações sobre o Muticom Nacional e para formar os agentes da pastoral nas paróquias. Ela ressaltou ainda que, nas comunidades, o maior desa� o é implantar novos grupos de Pascom.

FÚLVIO COSTA

Encontro Regional de Liturgiadestaca a ação do leigo no mundo

da unidade e da comunhão da nos-sa Igreja”, afi rmou o palestrante. Ele também disse que a oração é uma relação com Deus e quem a alimenta não coloca na liturgia o que não é do Senhor. Outro ponto também explica-do pelo padre Fábio foi sobre Maria na liturgia. Com relação ao culto li-túrgico a Maria, ele ressaltou que esse sempre se refere a Cristo, origem de toda verdade, santidade e devoção.

Durante o evento, ainda houve

momentos de oração, confraterniza-ção e celebrações eucarísticas que fo-ram presididas por Dom Marcony e pelo arcebispo de Goiânia, Dom Wa-shington Cruz, na manhã do dia 25. “Sem dúvida é um dos mais impor-tantes encontros da nossa Igreja no Regional Centro-Oeste, pois a liturgia é o máximo da vida eclesial, grande ação de graças da Igreja, a liturgia eucarística e a liturgia sacramental”, comentou o arcebispo.

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Cerimônia de abertura

A Pastoral da Comunicação na Igreja do BrasilPlanejamento técnico e consciência pastoral

Símbolo do MutirãoBrasileiro deComunicação

A missão do comunicador católico frente aos desafi os das novas tecnologias

CONFERÊNCIAS

Comunicação

MUTICOM GOIÂNIAreúne 280 participantes para estudar a Comunicação na Igreja

Palestras, mesa redonda, plenária, workshops, Santa Missa. O dia 1º de setembro fi cará marcado para sempre na memória dos agentes da Pastoral da Comunicação (Pascom) e de todos que partici-

param do Mutirão de Comunicação da Arquidiocese de Goiânia, em preparação ao 11º Mutirão Brasileiro de Co-

municação 2019, que acontecerá no mesmo local, Centro Pastoral Dom Fernando (CPDF), nos dias 18 a 21 de julho.

A seguir, apresentamos os principais momentos do evento, promovido pelo Vicariato para a Comunicação (Vi-

com), que teve como tema “Criatividade, efi cácia e missão do leigo na comunicação da Igreja”, e reuniu 280 participantes,

em sua maioria membros da Pascom das paróquias da Arqui-diocese de Goiânia.

O arcebispo de Goiânia, Dom Washington Cruz, abriu o evento às 8h, dando boas-vindas aos presentes. Ele comentou um dos documentos mais importantes sobre comunicação na Igreja, que é o decreto Inter Miri� ca – sobre os meios de comunicação social, o segundo de 16 documentos publicados pelo Concílio Vaticano II. O arcebispo relacionou o evento realizado em Goiânia com o documento publicado em 1966. “Há mais de 50 anos, a Igreja já via de longe tudo aquilo que nós estamos realizando aqui, hoje. É preciso que nós, a Igreja, aprendamos a falar com o mundo. Nós, como Pascom, como comunicação eclesial, queremos comunicar ao povo a vida, a Palavra, os milagres, os gestos e a Doutrina de Nosso Senhor Jesus Cristo”, declarou.

A essência da conferência proferida pelo irmão Diego Joaquim, jornalista e coordena-dor da Pastoral da Comunicação (Pascom), no Regional Centro-Oeste da CNBB (Goiás e Distrito Federal), foi que “a ótica da comunicação perpassa toda a ação evangelizadora da Igreja”. Isso quer dizer que a vocação da pastoral vai além de produzir conteúdo para os meios de comunicação (jornais, boletins, sites, redes sociais). “A Pascom é um eixo trans-versal de todas as pastorais da Igreja. Não é um � m em si mesma, não comunica para

si, mas articula na colaboração das relações comunitárias, promove o diá-logo e comunhão e capacita os agentes das pastorais na área da

comunicação”, a� rmou. Ainda segundo o religioso, é papel da pastoral favorecer o diálogo da Igreja com os meios e desen-

volver formação nas paróquias. Os seus eixos são: formação, articulação, produção e espiritualidade. “Sendo assim, não podemos nos ater somente à produção, pois a Pascom é muito mais ampla”.

Planejar a comunicação na Igreja, conforme Patrícia Luz, secretária nacional da Pastoral da Comunicação, é ter cons-ciência da necessidade de viabilizar os � uxos de informa-ção e otimizar as relações entre a organização e seus vários públicos. A conferencista também explicou que, ao produzir, a Pascom precisa envolver o público, fazer junto e observar a visibilidade daquele trabalho. “Plane-jar a comunicação com consciência pastoral pressupõe saber quem está ao redor para poder desenvolver uma comunicação interna e externa”. Luz também disse que a pastoral tem o papel de aproximar e melhorar as relações, pensar o posicionamento da instituição diante dos seus pú-blicos e promover a integração. O planejamento de comunica-ção requer ainda alguns passos, conforme a conferencista: “analisar a realidade, tomar decisão, criar estratégias, desenvolver o plano. No mínimo precisamos de seis meses para preparar o planejamento estratégico”, explicou.

O símbolo do Mutirão Brasilei-ro de Comunicação foi entre-gue pelo bispo auxiliar Dom Levi Bonatto ao Ir. Diego Jo-aquim, para levá-lo ao Muti-com de Uruaçu, realizado no dia seguinte.

“Usar as novas tecnologias para evangelizar é muito importante, mas, mais do que isso, é preciso ir além e fazer uma comunicação re� etindo a prática”, destacou em sua conferência, o mestre em Comunicação, prof. Paulo Giraldi. Ter meios de comunicação não resolve a evangelização. A técnica não é o � m da evangelização e o nosso desa� o como Pastoral da Comunicação não é apenas aprender a técnica, mas testemunhar com a própria vida a pessoa de Jesus Cristo. “O testemunho viven-ciado é que garante a evangelização”. Em seguida, ele fez alguns questionamentos aos participantes do evento: Grupos no whatsapp são para fofoca ou evangelização? O que é evangelizar por meio das tecnologias? Como as tecnologias podem nos fazer pessoas melho-res? “A técnica é necessária para melhorar a humanidade. Se não for para isso, vira apenas vício perigoso”, a� rmou. Ao citar o papa emérito Bento XVI, Giraldi disse que comunicar e evangelizar pelos meios digitais não é só inserir conteúdo religioso, mas testemunhar, com coerência, a pró-pria vida e nossa experiência de encontro com Jesus Cristo.

FÚLVIO COSTA

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CAPA4

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O workshop de Media Training foi ministrado por Talita Salgado, assessora de comunicação da Arquidiocese e

por Camila Di Assis, mestre em Comunicação, especia-lista em Comunicação Estratégica com foco em Media Training. A explanação foi dividida em cases, dicas de postura e relacionamento com a imprensa, além de partilha e análise de situações expostas pelos par-ticipantes do workshop. Também foram destacadas questões como vestuário, linguagem, postura cor-poral e comportamento em redes sociais. Os parti-

cipantes trouxeram experiências diversas e as pales-trantes destacaram que o bom senso é o caminho para

atender a realidade e a característica de cada comunidade.

Os 28 anos de experiência de Weslley Cruz, repór-ter fotográ� co da PUC Goiás, foram compartilhados na o� cina de fotogra� a do Muticom Goiânia. Em sua exposição, ele abordou temas relevantes como: O que buscar por meio da fotogra� a; composição da fotogra� a; melhores técnicas na hora de fotografar; detalhes da foto; postura do fotógrafo; entre outros assuntos. Conhecer o local onde serão produzidas fotogra� as é um passo importante para se conseguir um resulta-do satisfatório. Para ele, é importante se envolver no ambiente e conhecer o local onde serão tiradas fotos. Outro aspecto fundamental é a sensibilidade. “É preciso olhar para a fotogra� a com sensibilidade, disposto a buscar fotos que transmitam emoção”. Ao fotógrafo de paróquias, ele salientou que é importante também conhecer a história, espaço físico, as pastorais e mo-vimentos, as atividades realizadas e, principalmente as pessoas que ali estão. “O workshop atualizou meus conhecimentos em fotogra� a e abriu um novo olhar para a comunicação evangelizadora”, a� rmou a participante Tainá Silva Santos.

MUTICOM GOIÂNIAreúne 280 participantes para estudar a Comunicação na Igreja

A maior parte do período da tarde foi reservada para os workshops. Darlan dos Santos, da Agência Arcanjo, orientou o

workshop sobre design grá� co e inovação, na qual ele apre-sentou o papel do designer e sua relação com a Igreja. Expli-cou técnicas que podem auxiliar na divulgação de conteúdo das paróquias e comunidades, como por exemplo, na esco-lha de fontes, cores e imagens para materiais impressos e para a internet. Darlan também explicou que é fundamental criar uma marca que tenha ligação com aquilo que repre-

senta: “A identidade visual é responsável por caracterizar as imagens dos eventos, seja folder, uniforme, pasta e envelope e

outros trabalhos criados pelo designer”.

Neste workshop, Paulo Giraldi voltou a fa-lar de criatividade. Ele disse que é necessário

a Pascom contribuir para que as mesmas mensagens sejam transmitidas de forma diferente. “O criativo pega outro ca-minho”, defendeu ele. “Nossos conteúdos estão impactan-do? Quem é o nosso público? Se não sabemos responder a essas perguntas não conseguimos produzir, medir, colher resultados. Envolver a comunidade por meio das redes

sociais digitais, disse ele, requer envolvê-la. Que tal fazer enquetes, lançar desa� os, publicar conteúdo com hashtags?

Tudo isso potencializa nossa comunicação”, explicou.

Thiago Benetti, diretor executivo da produtora audiovisual Stone Entertainment, de Goiânia, abordou técnicas como as fa-ses de produção de vídeos. A pré-produção, na visão dele, é a mais importante: “Se você tem conteúdo, tem tudo para produzir um vídeo interessante”. Benetti explicou que cada etapa é fundamental para avançar para a próxima e ressal-tou que a ética é indispensável nesse tipo de trabalho.

Design gráfi co e inovação

Conteúdo para redes sociais

Media Training

Direção e produção de vídeos

Fotografi aWORKSHOPS

Ao � m dos workshops, a mesa redonda reuniu os conferencistas, que comentaram o conteúdo apre-sentado e "A importância de uma comunicação e� -caz e criativa para motivação de leigos e leigas na Igreja”. Ao apresentar o tema, o reitor da PUC Goiás, prof. Wolmir Amado, elogiou o Muticom Goiânia e disse que hoje estamos em novos tempos em que as tecnologias dão novas possibilidades de comu-nicação. O reitor também comentou o Ano Nacional do Laicato. Para ele, a liderança leiga é aquela que co-munica com e� cácia, uma vez que a Igreja é comunhão e participação.

O bispo auxiliar de Goiânia e referencial para a comunicação na Arquidiocese, Dom Levi Bonatto, presidiu a Santa Missa de envio dos agentes da Pascom às suas comunidades de origem. “Este Muticom é um divisor de águas para a Pastoral da Comunicação em nossa Arquidiocese. Procuramos trazer os melhores conferencistas e fazer uma preparação digna para esse grande evento que sediaremos em 2019”, a� rmou. Ele também disse que a principal missão dessa pastoral é se orientar pelos seus quatro eixos: formação, articulação, produção e espiritualidade. Ressaltou que o eixo espiritualidade é o mais importante, porque integra os demais. “O comunicador comunica uma pessoa, uma mensagem sobrenatural. Ninguém dá o que não tem, por isso, um dos deveres dos agentes é cuidar da vida interior”. Ao � m da celebração, Dom Levi expressou, em nome de Dom Washington Cruz, a alegria da Arquidiocese em realizar o 1º Muticom Arquidiocesano e pediu as bênçãos de Deus, por intercessão de Nossa Senhora Aparecida, Padroeira da Pascom.

MESA REDONDA

SANTA MISSA DE ENVIO

PLENÁRIAProf. Paulo Giraldi e Patrícia Luz conduziram a plenária do Muticom Goiânia. Ele a� r-

mou que se relacionar é sentir o que o outro é. Já Patrícia lembrou que não é a tecno-logia que nos afasta, mas nosso próprio comportamento. Em suas falas, os dois concor-daram que é preciso ter muito cuidado em não direcionar a atuação da Pascom apenas na dinâmica da produção de conteúdo. “Isso acontece muito, até mesmo em nossos encontros de formação. Focamos muito em produzir. Os eixos articulação e espiritu-alidade � cam de lado”, pontuou Patrícia. Paulo, por sua vez, deu algumas orientações sobre o uso das novas tecnologias: “Nas redes, precisamos ser quem de fato somos. O cristão não deve criar personagens, se envaidecer na ambiência digital, pois nesse es-paço há uma linha tênue para mascarar, manipular. Para evangelizar, precisamos levar uma mensagem simples, efetiva e leve e ter cuidado para não sufocar em vez de evan-gelizar”. Paulo ainda elogiou a temática escolhida para o Muticom Goiânia. “Parabenizo a Arquidiocese de Goiânia por escolher o tema criatividade. Sem dúvida, só evangeliza-mos se pegamos o caminho da inovação, o diferente, aquilo que atrai”.

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quando, na Via-Sacra escrita para a Sex-ta-feira Santa de 2005, uniu-se ao grito de dor de tantas vítimas, afi rmando com força: “Quanta sujeira há na Igre-ja, e precisamente entre aqueles que, no sacerdócio, deveriam pertencer comple-tamente a Ele! Quanta soberba, quanta autossufi ciência! ... A traição dos discí-pulos, a recepção indigna do seu Corpo e do seu Sangue é certamente o maior sofrimento do Redentor, o que Lhe tres-passa o coração. Nada mais podemos fazer que dirigir-Lhe, do mais fundo da alma, este grito: Kyrie, eleison – Senhor, salvai-nos (cf. Mt 8,25) ” (Nona Estação).

2. Todos os outros membros sofrem com ele

A dimensão e a gravidade dos acon-tecimentos obrigam a assumir esse fato de maneira global e comunitária. Em-bora seja importante e necessário em qualquer caminho de conversão tomar conhecimento do que aconteceu, isso, em si, não basta. Hoje, como Povo de Deus, somos desafi ados a assumir a dor de nossos irmãos feridos na sua carne e no seu espírito. Se no passado a omissão pôde tornar-se uma forma de resposta, hoje queremos que seja a solidarieda-de, entendida no seu sentido mais pro-fundo e desafi ador, a tornar-se o nosso modo de fazer a história do presente e do futuro, num âmbito onde os confl i-tos, tensões e, especialmente, as vítimas de todo o tipo de abuso possam encon-trar uma mão estendida que as proteja e resgate da sua dor (cf. Exort. Ap. Evan-gelii gaudium, 228). Essa solidariedade exige que, por nossa vez, denunciemos tudo o que possa comprometer a inte-gridade de qualquer pessoa.

Reconheço o esforço e o trabalho que são feitos em diferentes partes do mun-do para garantir e gerar as mediações necessárias que proporcionem seguran-ça e protejam a integridade de crianças e de adultos em situação de vulnerabi-lidade, bem como a implementação da “tolerância zero” e de modos de prestar contas por parte de todos aqueles que realizem ou acobertem esses crimes. Tardamos em aplicar essas medidas e sanções tão necessárias, mas confi o que elas ajudarão a garantir uma maior cul-tura do cuidado no presente e no futuro.

Convido todo o Povo Santo fi el de Deus ao exercício penitencial da oração e do jejum, seguindo o mandato do Se-nhor (cf. Mt 17,21), que desperte a nossa consciência, a nossa solidariedade e o compromisso com uma cultura do cui-dado e o “nunca mais” a qualquer tipo e forma de abuso.

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6 CATEQUESE DO PAPA

Pe. Pelágio,o venerável apóstolo do Cerrado – 140 anos

Carta ao povode Deus

É impossível imaginar uma conver-são do agir eclesial sem a participação ativa de todos os membros do Povo de Deus. Além disso, toda vez que tenta-mos suplantar, silenciar, ignorar, redu-zir em pequenas elites o povo de Deus, construímos comunidades, planos, ênfases teológicas, espiritualidades e estruturas sem raízes, sem memória, sem rostos, sem corpos, enfi m, sem vi-das (cf. Carta do Santo Padre Francisco ao Povo de Deus que peregrina no Chile, 31 de maio de 2018). Isso se manifes-ta claramente num modo anômalo de entender a autoridade na Igreja – tão comum em muitas comunidades onde ocorreram as condutas de abuso sexu-al, de poder e de consciência – como é o clericalismo, aquela “atitude que não só anula a personalidade dos cristãos, mas tende também a diminuir e a su-bestimar a graça batismal que o Es-pírito Santo pôs no coração do nosso p ovo” (Carta do Papa Francisco ao Carde-al Marc Ouellet, Presidente da Pontifícia Comissão para a América Latina, 19 de março de 2018). O clericalismo, favo-recido tanto pelos próprios sacerdotes como pelos leigos, gera uma ruptura no corpo eclesial que benefi cia e aju-da a perpetuar muitos dos males que denunciamos hoje. Dizer não ao abuso, é dizer energicamente não a qualquer forma de clericalismo.

É sempre bom lembrar que o Se-nhor, “na história da salvação, salvou um povo. Não há identidade plena, sem pertença a um povo. Por isso, ninguém se salva sozinho, como indivíduo isola-do, mas Deus atrai-nos tendo em conta a complexa rede de relações interpesso-ais que se estabelecem na comunidade humana: Deus quis entrar numa dinâ-mica popular, na dinâmica dum povo” (Exort. Ap. Gaudete et exultate, 6). Por-tanto, a única maneira de respondermos a esse mal que prejudicou tantas vidas é vivê-lo como uma tarefa que nos envol-ve e corresponde a todos como Povo de Deus. Essa consciência de nos sentirmos parte de um povo e de uma história co-mum nos permitirá reconhecer nossos

pecados e erros do passado com uma abertura penitencial capaz de se deixar renovar a partir de dentro. Tudo o que for feito para erradicar a cultura do abu-so em nossas comunidades, sem a par-ticipação ativa de todos os membros da Igreja, não será capaz de gerar as dinâ-micas necessárias para uma transforma-ção saudável e realista.

É imperativo que nós, como Igreja, possamos reconhecer e condenar, com dor e vergonha, as atrocidades cometi-das por pessoas consagradas, clérigos, e inclusive por todos aqueles que tinham a missão de assistir e cuidar dos mais vulneráveis. Peçamos perdão pelos pe-cados, nossos e dos outros. A consciên-cia do pecado nos ajuda a reconhecer os erros, delitos e feridas geradas no passa-do e permite nos abrir e nos comprome-ter mais com o presente num caminho de conversão renovada.

Da mesma forma, a penitência e a oração nos ajudarão a sensibilizar os nossos olhos e os nossos corações para o sofrimento alheio e a superar o afã de domínio e controle que muitas vezes se torna a raiz desses males. Que o jejum e a oração despertem os nossos ouvi-dos para a dor silenciada em crianças, jovens e pessoas com necessidades es-peciais. Jejum que nos dá fome e sede de justiça e nos encoraja a caminhar na verdade, dando apoio a todas as medi-das judiciais que sejam necessárias. Um jejum que nos sacuda e nos leve ao com-promisso com a verdade e na caridade com todos os homens de boa vontade e com a sociedade em geral, para lutar contra qualquer tipo de abuso de poder, sexual e de consciência.

Que o Espírito Santo nos dê a graça da conversão e da unção interior para poder expressar, diante desses crimes de abuso, a nossa compunção e a nossa decisão de lutar com coragem.

Um membro sofre? Todos os ou-tros membros sofrem com ele (1Cor 12,26). Essas palavras de São Paulo ressoam com força

no meu coração ao constatar mais uma vez o sofrimento vivido por muitos me-nores por causa de abusos sexuais, de poder e de consciência cometidos por um número notável de clérigos e pesso-as consagradas. Um crime que gera pro-fundas feridas de dor e impotência, em primeiro lugar nas vítimas, mas também em suas famílias e na inteira comunida-de, tanto entre os crentes como entre os não-crentes. Olhando para o passado, nunca será sufi ciente o que se faça para pedir perdão e procurar reparar o dano causado. Olhando para o futuro, nunca será pouco tudo o que for feito para ge-rar uma cultura capaz de evitar que es-sas situações não só não aconteçam, mas que não encontrem espaços para serem ocultadas e perpetuadas. A dor das víti-mas e das suas famílias é também a nos-sa dor, por isso é preciso reafi rmar mais uma vez o nosso compromisso em ga-rantir a proteção de menores e de adul-tos em situações de vulnerabilidade.

1. Um membro sofre?

Nestes últimos dias, um relatório foi divulgado detalhando aquilo que viven-ciaram pelo menos 1.000 sobreviventes, vítimas de abuso sexual, de poder e de consciência, nas mãos de sacerdotes por aproximadamente 70 anos. Embora seja possível dizer que a maioria dos casos corresponde ao passado, contudo, ao longo do tempo, conhecemos a dor de muitas das vítimas e constamos que as fe-ridas nunca desaparecem e nos obrigam a condenar veementemente essas atroci-dades, bem como unir esforços para er-radicar essa cultura da morte; as feridas “nunca prescrevem”. A dor dessas víti-mas é um gemido que clama ao céu, que alcança a alma e que, por muito tempo, foi ignorado, emudecido ou silenciado. Mas seu grito foi mais forte do que todas as medidas que tentaram silenciá-lo ou, inclusive, que procuraram resolvê-lo com decisões que aumentaram a gravidade caindo na cumplicidade. Clamor que o Senhor ouviu, demonstrando, mais uma vez, de que lado Ele quer estar.

Com vergonha e arrependimento, como comunidade eclesial, assumimos que não soubemos estar onde devería-mos estar, que não agimos a tempo para reconhecer a dimensão e a gravidade do dano que estava sendo causado em tan-tas vidas. Nós negligenciamos e aban-donamos os pequenos. Faço minhas as palavras do então Cardeal Ratz inger

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Resumo da Carta – 20 de agosto de 2018Leia a íntegra: www.arquidiocesedegoiania.org.br

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Pe. Pelágio nasceu em Hau-sen, no dia 9 de setembro de 1878, junto ao Rio Tann, na Alemanha. Recebeu o nome

do avô. Era fi lho de Matias Sauter e Maria Neher. Foi batizado em 13 de setembro de 1878, na sua terra natal. Foi o décimo fi lho de uma família de 15 irmãos, sobrevivendo apenas 13 fi lhos. Em 2 de julho de 1886, per-deu sua mãe. Um ano depois, rece-beu a Crisma, na cidade de Zobin-gen. Com 14 anos, iniciou a carreira de aprendiz de serralheiro. Entrou para o Seminário Redentorista em Bacham, no dia 2 de agosto de 1895, com 17 anos. Recebeu o hábito como fi lho de Santo Afonso Maria de Ligó-rio, em 1901. Seu irmão Gaspar tam-bém ingressou no Seminário. Em 9 de agosto de 1902, o jovem Pelágio emitiu os votos religiosos. Estudou fi losofi a e teologia entre os anos de 1902 a 1907. Foi ordenado padre no dia 16 de junho de 1907, em Deggen-dorf, por Dom Antônio Henle, e sete dias depois celebrou sua primeira missa solene, em Nordhausen.

Com o espírito de vocação mis-sionária, deixou seu país e chegou ao Brasil em 8 de junho de 1909, residindo na Penha, na cidade de São Paulo. Nesse período, também atendeu a cidade de Araraquara. Em

1910, veio para Goiás, residindo na então cidade de Campinas (hoje bair-ro de Goiânia) e atendendo também Trindade. Em 1912, perdeu o pai. Em 1917, voltou para São Paulo, re-sidindo na cidade de Aparecida. Em 1920, voltou novamente para Goiás. Em 1946, com uma rápida passagem de nove meses (março a novembro), em Aparecida, retornou a Trindade. Em 1957, veio para Goiânia.

Pe. Pelágio fazia do Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo sua própria vida e uma bússola que o guiava em toda sua caminhada de ação pastoral transformadora num mundo com tantas desigualdades sociais e econômicas. A pobreza, a caridade e o desprendimento para

levar a Palavra de Deus carregaria por toda sua vida missionária. Foi portador de muitas histórias conta-das pelo povo. Algumas o exaltam como santo, outros o apontam como a voz profética de Deus neste chão do Cerrado, fruto de sua rica perso-nalidade e presença no seio do povo, principalmente os mais pobres.

Mas, como nos diz padre Clóvis de Jesus Bovo, C.Ss.R, amigo de

congregação em sua obra Vida do Pe. Pelágio Apóstolo de Goiás (2001, p. 74): “toda luz tem sombra. Os santos são como a luz que ilumi-na o mundo, mas não consegue anular a própria sombra. Tiveram, pois, falhas e limitações. Pe. Pelá-gio tinha um temperamento muito

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7VIDA CRISTÃ

FRANCISCO LEAL

Professor

nervoso. Várias vezes deixava-se levar pelos ímpetos e impulsos da natureza, mas o tirocínio espiritu-al de muitos anos domesticou-o e amaciou seu gênio forte. As arestas do temperamento germânico eram suavizadas pela prontidão em re-conhecer seus ímpetos”.

Pe. Pelágio, o venerável apósto-lo e profeta do Cerrado, morreu em Goiânia, no dia 23 de novembro de 1961. Em 52 anos de Brasil, 47 foram vividos neste chão do Centro-Oeste. Em 1997, foi pedido à Congregação das Causas dos Santos que se insta-lasse o processo de sua beatifi cação e canonização. As causas têm que per-correr três etapas: primeira, o pro-cesso diocesano que consiste na co-leta de depoimentos sobre as virtu-des, a vida e a fama de santidade do candidato à beatifi cação; segunda, processo do milagre que consiste na coleta de depoimentos de médicos e testemunhas que acompanharam a doença do paciente, tendo em vista a beatifi cação; terceira, processo de mais um milagre para a canoniza-ção. No caso de Pe. Pelágio, as duas primeiras etapas já foram vencidas e continua tramitando em Roma. E por fi m, no dia 7 de novembro de 2014, o papa Francisco proclamou--o “venerável”. O título representa uma das etapas mais trabalhosas e exigentes da causa de canonização, alargando os caminhos para conti-nuar os estudos sobre sua santida-de. Ou seja, estamos muito próximo de ser presenteados com o primeiro santo que fi ncou seus pés neste Cer-rado goiano, aos pés de Nosso Divi-no Pai Eterno.

Pe. Pelágio,o venerável apóstolo do Cerrado – 140 anos

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Pro� ssão de fé e anúncio da Paixão ‘‘E vós, quem dizeis que eu sou?’’ (Mc 8,29)

Muitas vezes o que nós somos não coincide com o que os outros pensam de nós. Daí, surgem os preconceitos, jul-

gamentos e mal entendimentos. Jesus quer saber o que os discípulos escutaram sobre Ele e depois quer saber o que eles mesmos acham. Como se Jesus dissesse: “Olha, vocês me falaram o que aqueles homens e mulheres que me viram somen-te algumas vezes, que talvez nunca nem conversaram comigo, pensam de mim; agora eu quero saber de vocês que vivem comigo, que fazem refeição comigo, que viajam comigo, que me conhecem melhor do que os outros”.

Essa é a diferença. Quem não convive com Jesus não conseguirá dar uma respos-ta satisfatória sobre quem é Ele. Alguns até se aproximam, mas não conseguem.

PE. DILMO FRANCO DE CAMPOSReitor do Seminário São João Maria Vianney

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Siga os passos para a leitura orante:

8 LEITURA ORANTE

Não basta ouvir o que o meu pároco ou o meu bispo fala sobre Jesus. É muito im-portante e ajuda bastante, mas não o su-fi ciente para falar como Pedro; para dar testemunho verdadeiro sobre Ele. E con-viver com Jesus é reservar na agenda, faça chuva ou faça sol, um tempo diário para falar com Ele, para estar com Ele. Esse é o princípio para se tornar amigo de Jesus. E o amigo conhece o amigo, porque passam tempo juntos, porque partilham a vida. E quem não conhece Jesus, nunca poderá responder também sobre si próprio, pois “Cristo... revela o homem a si mesmo e descobre-lhe a sua vocação sublime” (GS, 22). É muito bom ouvir sobre Jesus, me-lhor ainda é falar com Ele.

Texto para oração Mc 8,27-35 (página 1771 – Bíblia de Jerusalém. Edições Paulinas)

1. Leitura Orante: Escolha um lugar tranquilo e escolha a melhor posição para rezar. Respire profundamente e faça o sinal da cruz com muita devoção; invoque o auxílio do Espírito Santo;

2. Meditação: Leia o texto uma ou duas vezes de manei-ra que as palavras de Jesus fi quem impressas na sua mente;

3. Oração: Em seguida, feche os olhos e contemple com a imaginação, recriando essa cena do evangelho, ven-do a maneira como Jesus faz a pergunta e como os discípulos respondem, até ouvir a profi ssão de Pedro. Mas, inesperadamente você vê Jesus se voltar para você e perguntar: “E para você, quem sou eu?”

4. Contemplação: Por último, escreva no seu diário espi-ritual ou caderno o que mais tocou você nessa medita-ção e faça também uma súplica a Deus, pedindo a gra-ça de ser amigo dele. Finalize, rezando essa oração: “Senhor, que eu te conheça, para que te conhecendo, eu te ame e amando, eu te siga”.

24º Domingo do Tempo Comum – Ano B. Liturgia da Pa-lavra: Is 50,5-9a; Sl 114 (115),1-2.3-4.5-6.8-9 (R/.9); Tg 2,14-18; Mc 8,27-35 (Duas reações de Pedro).

ESPAÇO CULTURAL

Sugestão de leituraO Guia de Implantação da Pastoral da Comunicação foi lançado no mês de julho. É uma ferramenta, um subsídio para o trabalho da comunicação cristã. O guia pretende ser um auxílio prático e teó- rico para o trabalho e implantação da Pastoral da Comunicação (Pascom) nas paróquias e comunidades. Segundo os autores, o guia não pretende exaurir o assunto, muito menos ser de� nitivo, mas quer ser um trabalho aberto, em contínua construção, para ser emendado e aprimorado à medida que for usado no dia a dia pelos agentes da Pascom.

Livro: Guia de Implantação da Pastoral da ComunicaçãoOrganizadores: Comissão Episcopal Pastoral para a ComunicaçãoOnde encontrar: www.edicoescnbb.com.brTelefone: 0800 940 3019 / (61) 2193-3019

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