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Esta é uma das mais importantes solenidades do Senhor, pois represen- ta um convite à celebração do Senho- rio de Cristo Jesus, Rei do Universo, como nosso Salvador. Estabelecida pelo Papa Pio XI em 11 de março de 1925, tal solenidade visa ressaltar que Jesus Cristo é o centro da história universal. O Alfa e o Ômega, o Prin- cípio e o Fim. O seu Reino é amplo, de tal forma que toca e vive em todos os povos, todas as nações; eterno e universal. Com a celebração de Cristo Rei encerra-se mais um ano litúrgico em que meditamos o mistério de sua vida, pregação, anúncio do Reino, morte e ressurreição. Jesus Cristo diante de Pilatos, antes da sua morte, declara-se rei da verdade. Disse-lhe: “Sim, é como di- zes, sou Rei. Eu nasci e vim ao mundo para dar testemunho da verdade. Todo aquele que está com a verdade ouve a minha voz”. Acrescentou ainda: “O meu Reino não é deste mundo. Se o meu Reino fosse deste mundo, os meus guardas lutariam para que eu não fosse entregue às autoridades dos judeus, mas o meu Reino não é daqui” (Jo 18,36-37). O Evangelista João fala doze ve- zes sobre o reinado de Cristo. É um reino que não nasce deste mundo, mas vem de Deus, para a insatisfação do povo que esperava um grande rei meramente político. Pilatos, preo- cupado apenas em fazer perguntas a Cristo, perdeu a oportunidade de aprender e entender a verdade sobre Jesus Cristo encarnado. Jesus declara-se Rei, mas rei dos pobres, pequenos, excluídos, doen- tes, injustiçados, marginalizados e tantos outros. Um rei que anuncia a paz, a justiça e o direito. Um rei que acolhe e perdoa a todos, sem julgar ou condenar ninguém. Um rei misericordioso que está de braços abertos para todos os seus filhos. Um rei que veio para servir e não ser servido, “Cristo, Rei e Senhor do Universo, se fez servidor e para dar sua vida em resgate de muitos” (CIC 786). Jesus Cristo, Rei do Universo, de- seja ardentemente reinar em nossos corações e nos convida a fazermos parte do seu reino. Viver o reino de Deus vale mais que todos os tesouros da terra: “O reino dos céus é seme- lhante a um tesouro escondido no campo, que um homem, ao descobri- -lo, esconde; então, movido de gozo, vai, vende tudo quanto tem, e compra aquele campo” (Mt 13,44-52). Tarefa nossa, uma vez cristãos batizados, fazermos crescer e divulgar o reino de Deus, e para que isso aconteça é preciso primeiramente deixar Ele reinar em nosso coração e em nossa vida. Buscar alimentar-se de sua Pa- lavra, participar da mesa Eucarística, vivenciar os sacramentos e solida- rizar-se com todos os irmãos, é um valor fundamental ao cristianismo. Com essas atitudes e práticas iremos conhecer mais nosso Rei e Senhor. Ele deixou para nós característi- cas de seu Reino nos Evangelhos: “O Reino de Deus é semelhante ao grão PALAVRA FRATERNA C aros irmãos (ãs), esta- mos prestes a encerrar o Ano Santo da Miseri- córdia, promulgado pelo Papa Francisco. No próximo dia 13 de novembro, após a celebra- ção eucarística, na qual serão crismados os jovens de nossa paróquia, vamos fechar a Porta Santa aberta em nosso Santuá- rio em dezembro de 2015. Fecham-se as Portas nos Santuários e Basílicas do mun- do inteiro, mas abrem-se as portas no coração de cada cristão, chamado ser testemu- nha da misericórdia do Pai no mundo. Este gesto tão simples é um convite para que abramos as portas do nosso coração e prossigamos ao longo da vida nossa peregrinação na Estrada da Misericórdia aberta por Je- sus Cristo. Com os olhos voltados para Jesus Cristo, Senhor e Rei do Universo, queremos agradecer os dons recebidos ao longo deste tempo santo e redescobrir nossa missão no mundo e na Igreja. Muito nos foi dado, por isso muito mais será exigido de todos nós. Somos chamados, pois, a exercer com alegria a missão que nos foi confiada desde o batismo. Creio que este é o melhor modo de agradecer ao Pai a misericórdia que ele derramou em nossa vida. Todos nós, leigos (as) ba- tizados e ministros ordenados (diácono, presbítero e bispo), participamos da missão profé- tica, real e sacerdotal de Jesus Cristo. Somos chamados a ser portadores de sua palavra pro- fética atualizando-a no serviço e na oferta de nossa vida aos irmãos. Abraço forte a todos, Pe. Geovane Luís da Silva Pároco PARÓQUIA NOSSA SENHORA DA PIEDADE Ano 11 - nº 139 Novembro de 2016 Barbacena - MG JORNAL JESUS CRISTO, REI DO UNIVERSO de mostarda que um homem tomou e semeou no seu campo; qual a menor de todas as sementes, mas, depois de ter crescido é a maior das hortaliças, e faz-se árvore, de sorte que vêm as aves do céu e se aninham nos seus ramos” (Mt 13, 31-32). “O reino dos céus é semelhante ao fermento que uma mulher tomou e escondeu em três medidas de farinha, até ficar tudo levedado” (Mt 13, 33). “O Reino dos céus é semelhante a um rei que mandou realizar um banquete nupcial para seu filho”(Mt 22,2). Antes de sua morte Jesus pôde manifestar seu reinado de amor (Jo 12, 27-28). Junto à cruz, o ladrão arrependido reconheceu o reinado de Cristo (Lc 23,42). “Jesus Cristo é aquele que o Pai ungiu com o Espírito Santo e que constituiu Sa- cerdote, Profeta e Rei” (CIC 783). Glorifiquemos a Deus Pai pelo dom de Jesus Cristo seu Filho. Que sejamos anunciadores autên- ticos de seu Reino e que chegue aos corações de todos os homens e mulheres de boa vontade, o Reino da verdade e da vida, da justiça, da paz de do amor. “Deus eterno e todo-poderoso, dispusestes restaurar todas as coi- sas no vosso amado Filho, Rei do universo, fazei com que todas as criaturas, libertas da escravidão do pecado, e servindo à vossa Majes- tade, vos glorifiquem eternamente” (Missal Romano). Irª. Lucenir Fernandes – CDP

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1JORNAL VOz dA PAdROeiRA • NOVeMBRO / 2016

Esta é uma das mais importantes solenidades do Senhor, pois represen-ta um convite à celebração do Senho-rio de Cristo Jesus, Rei do Universo, como nosso Salvador. Estabelecida pelo Papa Pio XI em 11 de março de 1925, tal solenidade visa ressaltar que Jesus Cristo é o centro da história universal. O Alfa e o Ômega, o Prin-cípio e o Fim. O seu Reino é amplo, de tal forma que toca e vive em todos os povos, todas as nações; eterno e universal. Com a celebração de Cristo Rei encerra-se mais um ano litúrgico em que meditamos o mistério de sua vida, pregação, anúncio do Reino, morte e ressurreição.

Jesus Cristo diante de Pilatos, antes da sua morte, declara-se rei da verdade. Disse-lhe: “Sim, é como di-zes, sou Rei. Eu nasci e vim ao mundo para dar testemunho da verdade. Todo aquele que está com a verdade ouve a minha voz”. Acrescentou ainda: “O meu Reino não é deste mundo. Se o meu Reino fosse deste mundo, os meus guardas lutariam para que eu não fosse entregue às autoridades dos judeus, mas o meu Reino não é daqui” (Jo 18,36-37).

O Evangelista João fala doze ve-zes sobre o reinado de Cristo. É um reino que não nasce deste mundo, mas vem de Deus, para a insatisfação do povo que esperava um grande rei meramente político. Pilatos, preo-cupado apenas em fazer perguntas a Cristo, perdeu a oportunidade de aprender e entender a verdade sobre Jesus Cristo encarnado.

Jesus declara-se Rei, mas rei dos pobres, pequenos, excluídos, doen-tes, injustiçados, marginalizados e tantos outros. Um rei que anuncia a paz, a justiça e o direito. Um rei que acolhe e perdoa a todos, sem julgar ou condenar ninguém. Um rei misericordioso que está de braços abertos para todos os seus filhos. Um rei que veio para servir e não ser servido, “Cristo, Rei e Senhor do Universo, se fez servidor e para dar sua vida em resgate de muitos” (CIC 786).

Jesus Cristo, Rei do Universo, de-seja ardentemente reinar em nossos corações e nos convida a fazermos parte do seu reino. Viver o reino de Deus vale mais que todos os tesouros da terra: “O reino dos céus é seme-lhante a um tesouro escondido no campo, que um homem, ao descobri--lo, esconde; então, movido de gozo, vai, vende tudo quanto tem, e compra aquele campo” (Mt 13,44-52). Tarefa nossa, uma vez cristãos batizados, fazermos crescer e divulgar o reino de Deus, e para que isso aconteça é preciso primeiramente deixar Ele reinar em nosso coração e em nossa vida. Buscar alimentar-se de sua Pa-lavra, participar da mesa Eucarística, vivenciar os sacramentos e solida-rizar-se com todos os irmãos, é um valor fundamental ao cristianismo. Com essas atitudes e práticas iremos conhecer mais nosso Rei e Senhor.

Ele deixou para nós característi-cas de seu Reino nos Evangelhos: “O Reino de Deus é semelhante ao grão

palavra fraterna

Caros irmãos (ãs), esta-mos prestes a encerrar o Ano Santo da Miseri-

córdia, promulgado pelo Papa Francisco. No próximo dia 13 de novembro, após a celebra-ção eucarística, na qual serão crismados os jovens de nossa paróquia, vamos fechar a Porta Santa aberta em nosso Santuá-rio em dezembro de 2015.

Fecham-se as Portas nos Santuários e Basílicas do mun-do inteiro, mas abrem-se as portas no coração de cada cristão, chamado ser testemu-nha da misericórdia do Pai no mundo. Este gesto tão simples é um convite para que abramos as portas do nosso coração e prossigamos ao longo da vida nossa peregrinação na Estrada da Misericórdia aberta por Je-sus Cristo.

Com os olhos voltados para Jesus Cristo, Senhor e Rei do Universo, queremos agradecer os dons recebidos ao longo deste tempo santo e redescobrir nossa missão no mundo e na Igreja. Muito nos foi dado, por isso muito mais será exigido de todos nós. Somos chamados, pois, a exercer com alegria a missão que nos foi confiada desde o batismo. Creio que este é o melhor modo de agradecer ao Pai a misericórdia que ele derramou em nossa vida.

Todos nós, leigos (as) ba-tizados e ministros ordenados (diácono, presbítero e bispo), participamos da missão profé-tica, real e sacerdotal de Jesus Cristo. Somos chamados a ser portadores de sua palavra pro-fética atualizando-a no serviço e na oferta de nossa vida aos irmãos.

Abraço forte a todos,

Pe. Geovane Luís da SilvaPároco

Paróquia Nossa seNhora

da Piedade

Ano 11 - nº 139 Novembro de 2016barbacena - mg

Jor

nal

jesus cristo, rei do universo

de mostarda que um homem tomou e semeou no seu campo; qual a menor de todas as sementes, mas, depois de ter crescido é a maior das hortaliças, e faz-se árvore, de sorte que vêm as aves do céu e se aninham nos seus ramos” (Mt 13, 31-32). “O reino dos céus é semelhante ao fermento que uma mulher tomou e escondeu em três medidas de farinha, até ficar tudo levedado” (Mt 13, 33).

“O Reino dos céus é semelhante a um rei que mandou realizar um banquete nupcial para seu filho”(Mt 22,2). Antes de sua morte Jesus pôde manifestar seu reinado de amor (Jo 12, 27-28). Junto à cruz, o ladrão arrependido reconheceu o reinado de Cristo (Lc 23,42). “Jesus Cristo é aquele que o Pai ungiu com o Espírito Santo e que constituiu Sa-cerdote, Profeta e Rei” (CIC 783).

Glorifiquemos a Deus Pai pelo dom de Jesus Cristo seu Filho. Que sejamos anunciadores autên-ticos de seu Reino e que chegue aos corações de todos os homens e mulheres de boa vontade, o Reino da verdade e da vida, da justiça, da paz de do amor.

“Deus eterno e todo-poderoso, dispusestes restaurar todas as coi-sas no vosso amado Filho, Rei do universo, fazei com que todas as criaturas, libertas da escravidão do pecado, e servindo à vossa Majes-tade, vos glorifiquem eternamente” (Missal Romano).

Irª. Lucenir Fernandes – CDP

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JORNAL VOZ DA PADROEIRA • NOVEMBRO / 20162

O calendário aponta o dia 28 de novembro como Dia Mundial de Ação de Graças, uma data estipulada oficialmente, assim como outras tantas destinadas às celebrações diversas. Na verdade, ação de graças faz parte de cada dia da nossa vida. Cristo está sem-pre à nossa espera para o nosso poema de gratidão. E muitas vezes andamos esquecidos de entrarmos em sintonia com o Pai para lhe dizer o quão somos agradecidos por tudo o que temos e que somos. É comum nos voltarmos para lamúrias e queixas incessantes porque presos estamos às carên-cias da nossa frágil humanidade. Enquanto isso ignoramos as infi -nitas bênçãos derramadas sobre nós. Somos pequenos demais para compreendermos tamanha grandiosidade!

Senhor, ensine-nos o caminho que nos leve ao seu encontro! Concede-nos a humildade ne-cessária para dobrarmos os nos-sos joelhos em reverência à sua Divindade! Desperte em nossos corações o desejo de elevarmos à sua Presença as nossas orações em sinal de nossa gratidão! Mostre--nos o caminho que nos leve ao encontro dos nossos irmãos e que, numa união fraterna, lhe rendamos graças por sua bondade, seu po-der e seu amor! Toque em nossas almas para que possamos sentir a sua misericórdia e a beleza de sermos acolhidos como olhos do seu amor! Que o Espírito Santo nos ilumine e nos faça perseveran-tes na fé e que a cada amanhecer possamos sempre lhe dizer: muito obrigada Senhor!

Áurea Flisch

O Ano Santo da Mi-sericórdia foi convoca-do pelo Papa Francisco com o objetivo de sus-citar na Igreja o desejo renovado e urgente de seguir o exemplo de Je-sus, que pede para não julgar e não condenar, mas perdoar e dar amor e perdão sem medida (cf Lc 6,37-38).

A proposta era que os cristãos praticassem obras de misericórdia corporais e espirituais, que refletissem sobre essas práticas e des-pertassem da indife-rença diante da pobre-za (lembrando que os pobres são escolhidos de Deus).

Portas escolhidas dentre muitas foram belamente decoradas e

“Deus tanto amou o mundo que lhe deu seu fi lho unigênito para que todo o que nele crer, não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3,16).

Termina o Tempo Comum. Nessa caminhada muitos momentos foram marcados por grandes e piedosas celebrações, muitos frutos colhidos ao longo da estrada. Mas, o olhar não perdeu o foco do horizonte. Entretanto, para se chegar a ele é preciso de mais algum tempo de prepa-ração, de se revestir com os melhores sentimentos. Varrer com cuidado a casa, enfeitar portas e janelas com as fl ores do perdão e da misericórdia que foram semeadas na ca-minhada e fecundadas pela alegria da conversão. Com o tempo do advento inicia--se um novo ano litúrgico e, como liturgia quer dizer serviço - começamos um novo ano de serviço a Deus e aos irmãos. Neste tempo de espera e continuada vigilância, a exemplo de Maria, nos preparamos para receber e acolher Jesus. São

quatro semanas de esperança e ale-gria. Tempo forte em que devemos estar atentos a dois aspectos: a vinda escatológica de Jesus, ou seja, sua vinda defi nitiva e gloriosa e a prepa-ração para o Natal, celebrando sua primeira vinda. É uma pena que o mundo tão apressado e imediatista

se esquece do real signifi cado do advento. É tempo de espera, muito rico, em que nos mergulhamos no mistério da encarnação. Advento é uma verdadeira gestação dos cristãos cheia de expectativa. O

viver de misericÓrdiA

e SPeCiaL

B eM ViVer

abertas solenemente; muito se falou, não só do Ano Santo como também da importân-cia e valor do ato de atravessar a “Porta da Misericórdia”; muitas obras foram realizadas.

Pois bem, concluído o Ano Santo, visitados os templos escolhidos e atravessadas as por-tas “santas”, fi ca-nos uma pergunta intri-gante: E agora? Cabe a cada um refletir e responder a si mes-mo. Eu, porém, faço a mim mesma a seguinte questão, e proponho que você também pen-se nela: Como fazer o Ano Santo continuar frutifi cando?

Rosa Cimino

F OrMaÇÃOele vAi cheGAr!

AÇÃo de GrAÇAsadvento, no presente, também é um convite a refl etir sobre o tempo em que vivemos e nos colocar diante de temas que são as feridas da huma-nidade. Com discernimento, alegria e confi ança o advento nos chama a olhar no horizonte e enxergar a luz que vem vindo cheia de sinais e que

devemos estar atentos para que o brilho das luzes que o mundo oferece não ofusque nossos olhos, não nos deixan-do olhar para o nosso irmão esquecido, marginalizado e nos impedindo de enxergar a verdadeira luz do mundo, Jesus, o Emanuel - Deus Conosco. O advento nos desperta para uma vivência de conversão, penitência, mudança sincera para bem comemorar a vinda do Me-nino que vem trazendo a paz

e renovando o amor. Portanto, o Se-nhor mesmo vos dará um sinal. Eis que uma Virgem conceberá e dará a luz um fi lho, e será o seu nome Emanuel (Is 7,14).

Dinair Augusta

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3JORNAL VOZ DA PADROEIRA • NOVEMBRO / 2016

Todos nós adultos cristãos, sabemos que tudo o que temos e somos é dom de Deus. Portanto, a melhor maneira de demonstrar a nossa gratidão é através do Dí-zimo.

Os primeiros cristãos também tinham o hábito de dividir o que possuíam. Suas comunidades fo-ram construídas com o sacrifício de cada um. Hoje, o dízimo é uma doação regular e proporcional aos nossos rendimentos. É, antes de tudo, uma grande graça, pois é uma forma concreta de manifestar-mos a nossa fé em Deus e o amor ao próximo, uma vez que, por meio dele, a Igreja se mantem em atividades, sustenta seus trabalhos

COMuNidade ViVa a ÇÃO eVaNgeLiZadOra

dÍZimo: resPostA de FÉ e GrAtidÃo

Fundador: Pe. José Alvim BarrosoResponsável: Pe. Geovane Luís da SilvaRedação: Pe. Isauro Biazutti, Rosa Cimino, Irmã Lucenir Fernandes, Kleber Camargo, Heloisa Barbosa, Fátima Tostes, Dinair Augusta, Áurea Flisch, Elimar Johann.

R. Vigário Brito, 26 - Centro CEP 36200-004 (32) 3331-6530/0270 [email protected]

Diagramação e impressãoEditora Dom Viçoso 31 3557-1233Tiragem: 1.600 exemplares

Pastoral do Dízimo

Jorn

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de evangelização e realiza muitas obras de caridade e assistência aos menos favorecidos.

Precisamos, com o nosso tes-temunho, mostrar aos nossos jo-vens e crianças, a importância da partilha e da participação na vida da comunidade, afi nal, somos a Família do Senhor!

O mês de novembro é dedicado ao Dízimo. Vamos, então, promo-ver uma motivação e conscienti-zação para os jovens e crianças de nossa paróquia. Para isso, conta-mos com a colaboração dos pais e catequistas. Quando a comunidade se une, faz a diferença!

Então, mãos à obra!Catarina Fernandes

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JORNAL VOz dA PAdROeiRA • NOVeMBRO / 20164

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O Ano Mariano nos convida ao encontro com Maria, aquela que ge-rou em seu ventre o nosso Salvador, único modelo e centro da nossa fé. Se Jesus Cristo é o único modelo a seguir, então qual é o lugar que Maria ocupa em nossa caminhada de fé? Poderia também ela ser modelo de vida para nós? Claro que sim, pois ela está mais próxima de Cristo e é dele a mais per-feita discípula, e ao mesmo tempo ela está bem próxima a cada um de nós. Daí a necessidade deste encontro com Maria, que não deseja ocupar o lugar do seu Filho, mas quer que todos nós o amemos e sejamos seus discípulos.

Deus age no mundo e o seu amor toca a nossa vida. Sua ação na história produz a bela sinfonia do amor. Este Amor escolheu a vida da jovem Maria. No concerto divino da criação e da gra-ça, Ela ocupa um lugar insubstituível, pois é a mulher escolhida para cooperar na salvação da humanidade. Sabemos que entre Deus e os homens existe um único Mediador, o homem Cristo Jesus (1 Tm 2,5). É Cristo quem nos salva, mas não podemos desconsiderar a missão que foi reservada à jovem de Nazaré: ser a Mãe do Salvador. O seu ‘sim’ provocou no mundo a revolução do amor. “Eis aqui a Serva do Senhor! Faça-se em mim segundo a tua Pala-vra” (Lc 1, 38).

A ação de Deus no mundo continua, pois Ele não cessa de nos dirigir a sua palavra. Isto nos faz compreender mais que Maria não é a única cooperadora da salvação: cada cristão é chamado a desempenhar em Cristo uma missão salvífica. A resposta e os gestos de Maria indicam o caminho que pode-mos percorrer na obra da salvação. Ela se tornou para nós a imagem viva da dedicação completa de si aos outros.

Minh’alma engrandece o Senhor (Lc 1,47): assim cantou Maria no momento em que se sentiu envolvida pelo amor de Deus. Quando nos sen-timos abraçados pela sua misericórdia começamos a pensar mais nos outros do que em nós mesmos. Maria, mesmo estando grávida, não pensou em seu bem estar quando soube que sua prima necessitava de sua presença, mas se dispôs a caminhar para oferecer o seu serviço humilde e ser presença solidá-ria ao lado de Isabel, que concebera de modo extraordinário.

Maria nos convida a peregrinar sempre na direção do próximo, pois só assim encontraremos a Deus. De tal forma que, se perguntarmos a

No artigo anterior, abordamos o espaço sagrado em sua configuração geral, destacando um dos seus com-ponentes, a Mesa da Palavra, também conhecida pelo nome de Ambão. No presente trabalho nos reportaremos especificamente à mesa da Eucaristia, o altar.

O altar é símbolo de Cristo e de sua ação salvadora, que se perpetua na liturgia. Como Cristo, o altar é o ponto central do culto eucarístico. Ele deve ser centralizado de tal forma que seja visível de qualquer lugar da igreja; ele deve dominar o espaço e atrair sobre si os olhares de todos os participantes da assembleia. Para tanto, o altar necessi-ta de uma certa altura na superfície em que se localiza. Nas edificações após o Concílio Vaticano II, tem-se procu-rado evidenciar essa centralidade. Em nossa paróquia temos vários exemplos de templos construídos segundo essa perspectiva. Infelizmente, nas constru-ções anteriores ao Concílio Vaticano II, é praticamente inviável qualquer abertura na direção dessa concepção teológica.

Pela sua dignidade e valor simbó-lico, o altar não pode ser um móvel qualquer ou uma peça sem expressão, mas precisa ser nobre, belo, digno, artisticamente elegante. Nada deve-se sobrepor ao altar. Ele pode ser realçado com a toalha, as velas, a cruz proces-sional, as flores. Todos esses elementos devem reforçar a sua nobreza e simpli-cidade, sem escondê-lo ou dificultar a ação litúrgica.

esPAÇo sAGrAdo: o AltAr

O altar pode situar-se em nível superior ao da assembleia, porém que os degraus não criem uma barreira ou a impressão de palco. Cuide-se que esteja próximo do povo, de forma que facilite a comunicação de quem preside com os demais participantes da celebração.

O espaço em seu entorno próximo esteja livre de degraus, permitindo, por exemplo, que, ao ser incensado, possa ser percorrido com facilidade.

Na confecção do altar, use-se mate-riais naturais (pedra, madeira maciça etc.) e formas simples (quadrado, redondo, ovalado). Esses materiais nunca descambem para exageros e extravagâncias.

Concluindo, o altar dentro da igreja, merece a mais alta dignidade, honra e distinção, pois nele se realiza o mistério Pascal de Cristo, do qual é o símbolo por excelência.

Elimar Johan

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Deus: Oh Deus, onde estás? Ele nos responderá com outra pergunta: Onde está teu irmão? No encontro solidário com quem está sofrendo é que se dá a experiência do amor de Deus por nós. A atitude de Maria toca a nossa consciência, mas gostaria de dizer es-pecialmente aos jovens: não se deixem levar pela tentação de viver uma vida egoísta e individualista. Não percam a oportunidade de conviver realmente, pois a virtualidade nos aprisiona! Se-jam promotores da cultura do encontro solidário e fraterno.

Maria canta de alegria do serviço feito por amor. O serviço sem amor é escravidão, e o amor que não se traduz no serviço é alienação. Não há como existir serviço verdadeiro sem amor! O exemplo de Maria insere o jovem, e a todos nós, em processo contínuo de conversão à solidariedade e ao serviço simples e generoso.

A relação filial com Maria é fonte de equilíbrio afetivo para todos. Com efeito, ela não foi mãe possessiva e ciumenta voltada só para o seu Filho, porém, sim, foi uma Mulher cuja fun-ção materna se ampliou assumindo no Calvário dimensões universais. Aos pés da cruz ela recebeu a missão de ser Mãe dos filhos que nasceram na hora da morte do seu Filho. “Jesus deixava--nos a sua Mãe como nossa Mãe. E só depois de fazer isto é que Jesus pôde sentir que tudo se consumara. Ao pé da cruz, Cristo conduz-nos a Maria; porque não quer que caminhemos sem uma mãe (EG 285).” Ela foi entregue como Mãe àquele discípulo que Jesus amava, seu amigo João evangelista. A tradição nos ensina que este era o discípulo mais jovem do grupo. Não podemos ver aqui uma indicação espiritual e consoladora para a nossa juventude? Os jovens são chamados a fazer a experiência do encontro com Cristo através da intercessão materna de Maria.

Imitemos Maria buscando um estilo de vida orientado para Cristo. Dela aprendemos a coragem de dizer ‘sim’ ao Pai para abrirmo-nos à sua ação em nossa vida; com ela fazemos o apren-dizado da dedicação e do amor ao pró-ximo. Acolhamos a Mãe do Senhor em nossa vida. Ela é um sinal de abertura para o dom de Deus, oferecido a todo discípulo de Jesus, a fim de fortalecer e tornar sempre mais maduro e sincero o seu amor por Ele, o único mediador e Senhor.

Pe. Geovane

mAriA, senhorA e modelo dA juventude