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Maria entoa o seu canto de louvor a Deus no momento em que se encon- tram a antiga e a nova promessa. Em Maria e Isabel contemplamos a infinita misericórdia de Deus que se serve de duas mulheres, aparentemente frágeis, diante do sistema histórico da época, para dar uma resposta de fé e esperan- ça ao povo sofrido e oprimido de Israel. É a promessa de que Deus Acolhe Israel, seu servidor” (Lc 1, 54) e a esse povo permanece “fiel ao seu amor” (Lc 1,54). Maria,jovem prometida em casamento,é chamada por Deus para ser a Mãe da Misericórdia,traz ao mundo Jesus o Filho Unigênito de Deus, aquele que traz a paz e o amor, que liberta e nos salva de todo mal. Em Jesus experimentamos a divina Misericórdia selada em sua entrega na cruz,o altar da salvação e o resgate de todos nós para uma vida nova. Porque “a Sua miseri- córdia se estende de geração em geração sobre os que O temem(Lc 1,50). O Magnificat pronunciado por Maria nos introduz numa relação de louvor e gratidão a Deus, expressando a nossa infinita gratidão pelas maravi- lhas que Deus faz constantemente em nossa vida. É o cântico de gratidão por- que brota do coração humilde e simples da serva de Deus, daquela que procura de Deus é dinâmica, vai ao encontro daqueles que estão nas “periferias da humanidade”, à margem da sociedade. O Papa Francisco nos adverte:“ir onde ninguém quer estar, nas “periferias existenciais”, onde há sofrimento, soli- dão e degrado humano”, e lá proclamar o amor e misericórdia de Deus que a todos se estende. Foi o sair de si, o descentralizar e o ir ao encontro do outro que gerou o Cântico do Magnificat. Ele nasce da solidariedade de Maria para com Isabel, sua prima,uma mulher idosa estéril, que encon- tra a Graça divina e na velhice experimenta a promessa de Deus concebendo um filho. Maria vai ajudá-la, torna-se a serva que leva a misericórdia dentro de seu seio e em sua ação de se colocar a serviço de Isabel, tornando para ela um alívio nas tarefas domésticas durante sua gestação. A ação da misericórdia de Deus se manifesta a partir do nosso en- contro solidário e espontâneo, do amor que dispensamos às neces- sidades do nosso irmão sofredor. Peçamos, portanto, a Maria, Mãe da Divina Misericórdia, que nos ensine a sairmos de nossas periferias interiores para adentrarmos as periferias humanas ao nosso redor. Irmã Luciana Flávia - CDP PALAVRA FRATERNA C aros irmãos (ãs), desde o dia 15 de setembro de 2015, estamos celebrando o Ano Jubilar Pa- roquial que se concluirá em setembro deste ano. Elevemos nossa gratidão a Deus pelos 290 anos de criação da nossa Paróquia. Esta comemoração se insere num contexto eclesial mais amplo: o Ano Santo da Misericórdia instituído e promulgado pelo Papa Francisco. Dentre muitas iniciativas para a vivência deste Ano Santo, o Papa nos recomenda a peregrinação, “enquanto ícone do caminho que cada pessoa realiza na sua existência” (MV 14). A experiência da misericórdia é um caminho que se estende por toda a vida. Não nascemos misericordiosos, mas pela graça e ação do Espírito San- to nos tornamos como tal, pois somos filhos (as) de Deus, criados à sua ima- gem e semelhança. Somos chamados a ser misericordiosos como o Pai. A peregrinação é também um lugar privilegiado de encontro com Jesus Cristo e os irmãos(ãs). Ele se põe a caminho conosco e nos introduz no coração misericordioso de Deus: “nin- guém vem ao Pai a não ser por mim” (Jo 14,6). Vamos fazer esta experiência no dia 19 de junho! Nossa paróquia se prepara para realizar sua peregrinação ao Santuário da Piedade em Caeté. A vida é uma peregrinação e o ser humano um peregrino que percorre a estrada até à meta desejada. O Papa nos recorda ainda que “a peregrinação há de servir de estímulo à conversão: ao atravessar a Porta Santa, deixar- -nos-emos abraçar pela misericórdia de Deus e comprometer-nos-emos a ser misericordiosos com os outros como o Pai o é conosco” (MV 14). Jesus, mestre e guia, nos indica as etapas da peregrinação: “Não julgueis e não sereis julgados; não condeneis e não sereis condenados; perdoai e sereis perdoados. Dai e ser-vos-á dado: uma boa medida, cheia, recalcada, trans- bordante será lançada no vosso regaço. A medida que usardes com os outros será usada convosco” (Lc 6,37-38). Eis aqui a estrada da misericórdia que Jesus nos indica: “não julgar, não condenar, perdoar e dar”. Tenhamos a coragem de fazer esta peregrinação tão exigente, mas libertadora e bela! “Sejamos generosos para com todos, sabendo que também Deus derrama a sua benevolência sobre nós com gran- de magnanimidade (MV 14)”. Abraço fraterno a todos de minha querida paróquia, Pe. Geovane Luís da Silva Pároco PARÓQUIA NOSSA SENHORA DA PIEDADE Ano 11 - nº 134 Junho de 2016 Barbacena - MG JORNAL MAGNIFICAT, O CANTO DA MISERICÓRDIA A Igreja celebra no mês de junho a Solenidade do Sagrado Coração de Jesus, onde enaltece o grande amor de Jesus que se entrega por nós e nos dá seu Coração, fonte inesgotável de amor e de caridade. Quis Jesus na sua bondade infinita que seu Coração fosse conhecido, ve- nerado e amado pelo mundo inteiro, manifestando-se a Santa Margarida Maria Alacoque por meio de diversas aparições e revelando a ela as doze promessas de sua graça para com todos os que venerarem seu divino co- ração. Também Santa Gertrudes pro- pagou esta devoção, compondo uma oração expressando o seu amor:”Eu vos saúdo, ó Sagrado Coração de Jesus, fonte viva e vivificante de vida eterna, tesouro infinito da Divindade, fornalha ardente do amor de Deus”. Santa Catarina de Siena elevou a um grau extraordinário o amor que TEU CORAÇÃO É MEU CENÁCULO a justiça dos pobres e marginalizados. A minh’alma engrandece o Senhor, exulta meu espírito em Deus, meu Sal- vador!” (Lc 1,46.47) porque o Deus da misericórdia “manifesta o poder de seu braço,dispersa os soberbos;derruba os poderosos de seus tronos eleva os humildes;sacia de bens os famintos, despede os ricos sem nada” (Lc 1, 51- 53). É a promessa de que Deus está com os pobres e do lado dos oprimidos. Ele visita e permanece com seu povo para prover suas necessidades e ali- viar suas dificuldades. A misericórdia dedicou ao Sagrado Coração de Jesus, oferecendo seu coração todo inteiro ao divino esposo, tendo obtido em troca o próprio Coração de Jesus. A Beata Maria do Divino Coração, da Congregação das Irmãs do Bom Pastor foi também uma das maiores propagadoras da devoção ao Sagrado Coração. Assim também nós devemos nos abandonar no Coração de Jesus e nos inebriar da sua graça e de sua unção como uma criança que se sente prote- gida nos braços de seu pai e repletos deste amor, oferecer a nossos irmãos e irmãs o mesmo amor com o qual Jesus nos ama. Que a devoção ao Sagrado Coração de Jesus seja para nós expressão de caridade, de amor a Deus e aos irmãos, inspirados nas promessas do próprio Jesus. Kleber Camargo

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Maria entoa o seu canto de louvor a Deus no momento em que se encon-tram a antiga e a nova promessa. Em Maria e Isabel contemplamos a infinita misericórdia de Deus que se serve de duas mulheres, aparentemente frágeis, diante do sistema histórico da época, para dar uma resposta de fé e esperan-ça ao povo sofrido e oprimido de Israel. É a promessa de que Deus “Acolhe Israel, seu servidor” (Lc 1, 54) e a esse povo permanece “fiel ao seu amor” (Lc 1,54).

Maria,jovem prometida em casamento,é chamada por Deus para ser a Mãe da Misericórdia,traz ao mundo Jesus o Filho Unigênito de Deus, aquele que traz a paz e o amor, que liberta e nos salva de todo mal. Em Jesus experimentamos a divina Misericórdia selada em sua entrega na cruz,o altar da salvação e o resgate de todos nós para uma vida nova. Porque “a Sua miseri-córdia se estende de geração em geração sobre os que O temem” (Lc 1,50).

O Magnificat pronunciado por Maria nos introduz numa relação de louvor e gratidão a Deus, expressando a nossa infinita gratidão pelas maravi-lhas que Deus faz constantemente em nossa vida. É o cântico de gratidão por-que brota do coração humilde e simples da serva de Deus, daquela que procura

de Deus é dinâmica, vai ao encontro daqueles que estão nas “periferias da humanidade”, à margem da sociedade. O Papa Francisco nos adverte:“ir onde ninguém quer estar, nas “periferias existenciais”, onde há sofrimento, soli-dão e degrado humano”, e lá proclamar o amor e misericórdia de Deus que a

todos se estende.Foi o sair de si, o descentralizar

e o ir ao encontro do outro que gerou o Cântico do Magnificat. Ele nasce da solidariedade de Maria para com Isabel, sua prima,uma mulher idosa estéril, que encon-tra a Graça divina e na velhice experimenta a promessa de Deus concebendo um filho. Maria vai ajudá-la, torna-se a serva que leva a misericórdia dentro de seu seio e em sua ação de se colocar a serviço de Isabel, tornando para ela um alívio nas tarefas domésticas durante sua gestação.

A ação da misericórdia de Deus se manifesta a partir do nosso en-contro solidário e espontâneo, do amor que dispensamos às neces-sidades do nosso irmão sofredor.

Peçamos, portanto, a Maria, Mãe da Divina Misericórdia, que nos ensine a sairmos de nossas periferias interiores para adentrarmos as periferias humanas ao nosso redor.

Irmã Luciana Flávia - CDP

palavra fraterna

Caros irmãos (ãs), desde o dia 15 de setembro de 2015, estamos celebrando o Ano Jubilar Pa-

roquial que se concluirá em setembro deste ano. Elevemos nossa gratidão a Deus pelos 290 anos de criação da nossa Paróquia. Esta comemoração se insere num contexto eclesial mais amplo: o Ano Santo da Misericórdia instituído e promulgado pelo Papa Francisco.

Dentre muitas iniciativas para a vivência deste Ano Santo, o Papa nos recomenda a peregrinação, “enquanto ícone do caminho que cada pessoa realiza na sua existência” (MV 14).

A experiência da misericórdia é um caminho que se estende por toda a vida. Não nascemos misericordiosos, mas pela graça e ação do Espírito San-to nos tornamos como tal, pois somos filhos (as) de Deus, criados à sua ima-gem e semelhança. Somos chamados a ser misericordiosos como o Pai.

A peregrinação é também um lugar privilegiado de encontro com Jesus Cristo e os irmãos(ãs). Ele se põe a caminho conosco e nos introduz no coração misericordioso de Deus: “nin-guém vem ao Pai a não ser por mim” (Jo 14,6). Vamos fazer esta experiência no dia 19 de junho! Nossa paróquia se prepara para realizar sua peregrinação ao Santuário da Piedade em Caeté.

A vida é uma peregrinação e o ser humano um peregrino que percorre a estrada até à meta desejada. O Papa nos recorda ainda que “a peregrinação há de servir de estímulo à conversão: ao atravessar a Porta Santa, deixar--nos-emos abraçar pela misericórdia de Deus e comprometer-nos-emos a ser misericordiosos com os outros como o Pai o é conosco” (MV 14).

Jesus, mestre e guia, nos indica as etapas da peregrinação: “Não julgueis e não sereis julgados; não condeneis e não sereis condenados; perdoai e sereis perdoados. Dai e ser-vos-á dado: uma boa medida, cheia, recalcada, trans-bordante será lançada no vosso regaço. A medida que usardes com os outros será usada convosco” (Lc 6,37-38).

Eis aqui a estrada da misericórdia que Jesus nos indica: “não julgar, não condenar, perdoar e dar”. Tenhamos a coragem de fazer esta peregrinação tão exigente, mas libertadora e bela! “Sejamos generosos para com todos, sabendo que também Deus derrama a sua benevolência sobre nós com gran-de magnanimidade (MV 14)”.

Abraço fraterno a todos de minha querida paróquia,

Pe. Geovane Luís da SilvaPároco

Paróquia Nossa seNhora

da Piedade

Ano 11 - nº 134 Junho de 2016

barbacena - mg

Jor

nal

magnificat, o canto da misericórdia

A Igreja celebra no mês de junho a Solenidade do Sagrado Coração de Jesus, onde enaltece o grande amor de Jesus que se entrega por nós e nos dá seu Coração, fonte inesgotável de amor e de caridade.

Quis Jesus na sua bondade infinita que seu Coração fosse conhecido, ve-nerado e amado pelo mundo inteiro, manifestando-se a Santa Margarida Maria Alacoque por meio de diversas aparições e revelando a ela as doze promessas de sua graça para com todos os que venerarem seu divino co-ração. Também Santa Gertrudes pro-pagou esta devoção, compondo uma oração expressando o seu amor:”Eu vos saúdo, ó Sagrado Coração de Jesus, fonte viva e vivificante de vida eterna, tesouro infinito da Divindade, fornalha ardente do amor de Deus”. Santa Catarina de Siena elevou a um grau extraordinário o amor que

teu coração é meu cenáculo

a justiça dos pobres e marginalizados. “A minh’alma engrandece o Senhor, exulta meu espírito em Deus, meu Sal-vador!” (Lc 1,46.47) porque o Deus da misericórdia “manifesta o poder de seu braço,dispersa os soberbos;derruba os poderosos de seus tronos eleva os humildes;sacia de bens os famintos,

despede os ricos sem nada” (Lc 1, 51- 53). É a promessa de que Deus está com os pobres e do lado dos oprimidos. Ele visita e permanece com seu povo para prover suas necessidades e ali-viar suas dificuldades. A misericórdia

dedicou ao Sagrado Coração de Jesus, oferecendo seu coração todo inteiro ao divino esposo, tendo obtido em troca o próprio Coração de Jesus. A Beata Maria do Divino Coração, da Congregação das Irmãs do Bom Pastor foi também uma das maiores propagadoras da devoção ao Sagrado Coração.

Assim também nós devemos nos abandonar no Coração de Jesus e nos inebriar da sua graça e de sua unção como uma criança que se sente prote-gida nos braços de seu pai e repletos deste amor, oferecer a nossos irmãos e irmãs o mesmo amor com o qual Jesus nos ama. Que a devoção ao Sagrado Coração de Jesus seja para nós expressão de caridade, de amor a Deus e aos irmãos, inspirados nas promessas do próprio Jesus.

Kleber Camargo

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JORNAL VOz dA PAdROeiRA • JUNHO / 20162

A política é forma sublime de praticar a caridade, quando coloca-da ao serviço da justiça e do bem comum. Em crises de desvelados sistemas corruptos, façamos dele uma purificação política buscando nesta luta construir um Brasil justo, solidário, democrático e respeitoso da vida e da ecologia. Baseados em valores do Evangelho queremos construir uma nação justa e pacífica.

Na raiz do mal estão a corrupção, as desigualdades, injustiças sociais e a impunidade. As políticas sociais nascem da sociedade organizada e dos organismos não governamen-tais nacionais e internacionais, dos programas educacionais e de uma efetiva solidariedade. Só na defe-sa dos direitos humanos podemos transformar a vida dando amparo ao necessitado.

A Igreja deve ser comunidade verdadeiramente humana consti-tuída de irmãos iguais em direitos e diferentes no modo de ser e no serviço que realizam para o bem de todos. Que o cristão não cruze os braços, mas ponha seus dons a serviço de uma maior conscienti-zação. Por amor ao semelhante já houve evolução e provas várias da força do trabalho na grandeza da fé nutrida e cultivada. Assim floresce o Reino de Deus na Justiça e no amor, criando projetos revolucionários e edificantes. Compete ainda aos cristãos observar o desempenho de titulares no seu exercício para o bom direcionamento dos recursos.

Que a luz da verdade, a graça e a sabedoria divinas brilhem em mentes e corações dotados de fé e vontade para transformar o mundo em um lugar de convívio saudável e fraterno. De Jesus Cristo nos veio a salvação, Ele plantou a semente do bem para ser multiplicada e difundida. A própria Constituição Federal, carta magna, garante dig-nidade e inviolabilidade do direito à vida. Portanto na fé e no trabalho devemos formar uma sociedade cada vez melhor.

Heloísa Márcia H. Barbosa

Conta-se que havia uma flores-ta encantada onde vivia uma fada disfarçada de menina.

A menina, com todos os talentos que recebera, gostava de passear entre as ár-vores, descobrir no-vos caminhos, sen-tir a brisa que sopra e move as folhas, acompanhando o mi-lagre da natureza, que tira da terra a seiva que sobe o tronco.

Batia de porta em porta, mas ninguém a recebia, exceto um casal de velhinhos muito pobres,

Mística provém do grego “mis-tikós”, que significa conhecimento direto e experimental de Deus e em seus mistérios. Segundo Le-onardo Boff a mística significa a “capacidade de se comover diante do mistério de todas as coisas. Não é pensar as coisas, mas sen-tir as coisas tão profundamente que percebemos o mistério fas-cinante que as habita”. Na nos-sa vida tudo o que nos rodeia é mistério: cada pessoa na sua singularidade, as coisas, nosso coração e todo o universo. E a função da mística é fazer a pessoa captar o outro lado das coisas e “dar-se conta de que o visível é parte do invisível”.

Portanto, a mística não é só pensar e falar Deus e sim, sentir, perceber Deus em tudo e em to-dos, é permanecer em comunhão constante com Deus.

Místico refere-se a tudo que tem relação com os santos mis-térios. O místico tem um conhe-cimento muito profundo e íntimo com Deus e seus mistérios. Ele vive de modo particular a expe-riência de Deus em sua vida. É

muito perceptivo quanto à presen-ça de Deus em sua vida e procura sempre mais estar em comunhão profunda com esta realidade que o envolve. O místico é todo aquele que se deixa inundar, ser movido pela ação de Deus. E essa ação de Deus torna-se uma experiência

simplesmenina, a velhinha carinhosamen-te perfumou a mesa com folhinhas

de hortelã. Desde então, a

hortelã passou a sim-bolizar hospitalida-de, servindo atra-vés dos séculos para aproximar as pesso-as e para perfumar os relacionamentos.

Vo c ê q u a n d o acolhe alguém que perfume costuma espalhar?

AutorDesconhecido

E SPECIAL

B Em VIVEr

que mandou a menina entrar para descansar e comer alguma coisa.

Antes de servir comida e bebida à

F OrmAÇÃOmÍstica e mÍsticoseis a BÚssola

infusa, na qual a alma se sente pas-siva, sob a ação do Espírito Santo. Resumindo: Místico é alguém que se sente atraído, seduzido por Deus, de tal modo que a pes-soa não consegue viver sem Ele. Em nossa Igreja tivemos grandes

místicos e místicas que se destacaram por suas experiências, que são notáveis em seus escritos, outros tiveram revelações, visões divinas. São co-nhecidos como “San-tos Místicos”: Santo Agostinho, São João da Cruz, Santa Te-resinha, Catarina de Sena, Tereza D’Avila e tantos outros.

Quando rezamos, falamos com Deus. Quando meditamos,

Deus fala conosco. Viver esta dimensão no cotidiano é cultivar a mística. Todo ser humano é mís-tico e espiritual, que saibamos cul-tivar estas virtudes em nossa vida, para então vivermos em profunda união com Deus.

Irmã Lucenir - CDP

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JORNAL VOZ DA PADROEIRA • JUNHO / 2016 3

Um homem de fé andava pelo de-serto anunciando um acontecimento que era acreditado por uns, zombado por outros e, ainda, motivo de curio-sidade para alguns. Mas o homem não se intimidava. Pregava, caminhava e anunciava.

João Batista, último profeta do antigo Testamento, nos ensina a ser profetas e anunciadores da verdade, do amor de Jesus. Consciente do seu papel tinha como marca a humildade. “É necessário que Ele cresça e eu diminua” (Jo 3,30). Não se achava dig-no de amarrar as sandál ias de Jesus. Essa atitude de João Batista é a que todo cr is tão deve ter não anunciando-se a si mesmo, mas a Jesus. João Batista não ob r iga -va n inguém a nada, mas apontava o ca-minho: “Eis o cordeiro de Deus” (Jo 1,35-37) e pedia a mudança dos corações e das ações. Esta é a nossa missão de batizados: preparar os corações para o seguimento a Jesus, “caminho, verdade e vida”.

O grande profeta com seu dinamis-mo, sua entrega e perseverança, foi perseguido, pois, quando anunciava o que não era do agrado de Deus, desagradava a muitos. Hoje também encontramos difi culdades, mas somos

chamados a perseverar a não desistir nunca de e mostrar tudo aquilo que não condiz com a vida do cristão. João Batista convocava o povo ao arrepen-dimento, à confi ssão dos pecados, ao retorno a Deus. Exemplo que deve-mos seguir como discípulos e missio-nários de Jesus. O mundo necessita de profetas mesmo que muitas vezes não sejam bem vindos. Persistência, sabedoria, discernimento, eucaristia e escuta da palavra são suportes para

que o desânimo não domine nos-sa vida. Profe-tas verdadeiros são aqueles que saem de sua zona de conforto e se-guem em frente mesmo quando os desafios são grandes. Não importa onde, quanto tempo e o que vai encon-trar, assim como fazia João Batis-ta. Se calarem a voz dos profetas o mundo poderá ter um cataclis-

ma espiritual. Todos somos respon-sáveis para que isto nunca aconteça, pois fomos escolhidos. Afi nal, somos somente imitadores de Cristo ou profetas do seu anuncio? Estamos só olhando ou já descemos da mon-tanha? “Antes que eu te formasse eu te estabeleci profeta das nações” (Jr 1,1).

Dinair Augusta

C OmuNIdAdE VIVA A ÇÃO EVANgELIZAdOrA

PEREGRINAÇÃO AO SANTUÁRIO DA PIEDADE

Nossa paróquia realizará uma peregrinação ao Santuário da Piedade em Caeté, no dia 19 de junho. Este momento se insere na comemoração dos 290 anos da criação de nossa paróquia onde se encontra o Santuário mais antigo de Minas dedicado à Senhora da Piedade.

PENTECOSTESNossas comunidades fi zeram um caminho de oração pela Unidade

do Cristãos e celebrou com fé e alegria o Dom do Espírito Santo. Duas celebrações marcaram a caminhada de nossa paróquia: às 9h,na Igreja de Santa Ifi gênia se reuniram as comunidades do Setor II. Às 19h, no Santuário se reuniram as comunidades do Setor I. Durante a celebração foram crismados 9 adultos.

CATEQUESE DE ADULTOSNo dia 22, solenidade da Ss. Trindade, durante a celebração eucarís-

tica das 19h, foram apresentados os oito candidatos ao Catecumenato em nossa paróquia.

ENCONTRO DE ADOLESCENTES COM CRISTONossa paróquia acolhe mais sessenta e sete jovens na família EAC.

O encontro aconteceu nos dias 28 e 29 de maio e culminou com uma bela celebração eucarística no Santuário.

PRIMEIRA COMUNHÃO EUCARÍSTICAA Comunidade de Nossa Senhora Aparecida celebrou a primeira

comunhão eucarística de 26 crianças, no dia 29. Parabéns e gratidão aos nossos catequistas.

somos todos profetas

Fundador: Pe. José Alvim BarrosoResponsável: Pe. Geovane Luís da SilvaRedação: Pe. Isauro Biazutti, Rosa Cimino, Irmã Lucenir Fernandes, Kleber Camargo, Heloisa Barbosa, Fátima Tostes, Dinair Augusta, Áurea Flisch, Elimar Johann.

R. Vigário Brito, 26 - Centro CEP 36200-004 (32) 3331-6530/0270 [email protected]

Diagramação e impressãoEditora Dom Viçoso 31 3557-1233Tiragem: 1.600 exemplares

Pastoral do Dízimo

Jorn

al

MineiraCantina

R. Comendador João Fernandes, 51 • Centro Tel.: (32) 3333-7944 / (32) 3331-7656

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JORNAL VOz dA PAdROeiRA • JUNHO / 20164

sÍmBolos litÚrgicos

A palavra “símbolo” vem do grego e significa “signo”, “conven-ção”, “sinal”. É algo perceptível pelos sentidos, mas que se refere a uma outra realidade. Exemplos de símbolos/sinais/convenções: fuma-ça indica fogo; marcas de passos na areia dizem que alguém passou ali; febre é sintoma de doença; o vermelho do semáforo no trânsito é aviso para parar etc.

Existem sinais ou gestos na es-fera da religião. Assim, quando um católico entra numa igreja, ele faz o sinal da cruz, afirmando com isso

sua fé na Santíssima Trindade e de que o templo é um lugar sagrado. A genuflexão diante do Santíssi-mo Sacramento é um sinal de fé e adoração à presença de Jesus na Eucaristia.

Nas igrejas católicas sempre se tem uma cruz com a imagem de Cristo. A cruz é um sinal marcante de Cristo e do cristão. Em todos os templos católicos temos imagens de santos e, sobretudo, de Maria, a Mãe de Jesus. Em muitas igrejas existem vitrais com figuras de san-tos e de Maria. Em sua origem, os

São Pedro, pescador galileu de Cafarnaum e apóstolo de Jesus, foi o primeiro Papa da Igreja. Desde que aceitou o convite de Jesus para ser seu discípulo, exerceu a liderança no grupo dos Doze, sendo por isso chamado de “príncipe dos apóstolos”. Com Paulo apóstolo, teve papel fundamental na implantação e consolidação do cristia-nismo na cidade de Roma, centro evan-gelizador do mundo, até os nossos dias. São Pedro foi o primeiro a confessar a fé em Cristo, reconhecendo nele o Filho de Deus vivo e verdadeiro, o Salvador do mundo. Foi testemunha da ressur-reição, porta-voz dos discípulos em Pentecostes, quando nasce a Igreja, e o primeiro a levar o Evangelho a todos.

São Paulo apóstolo é conhecido por suas cartas, proclamadas nas cele-brações eucarísticas durante a Liturgia da Palavra. Através de suas cartas, sabemos muita coisa a respeito de sua vida e das verdades fundamentais de nossa fé. Sua conversão ocorreu de modo inesperado a caminho de Damasco, quando liderava uma per-seguição contra os cristãos daquela cidade. Jesus ressuscitado apareceu-lhe transformando-o de perseguidor dos cristãos, em ardoroso apóstolo. A partir deste momento, Paulo consagrou a sua vida ao serviço de Cristo, anunciando o Evangelho de Jesus Cristo e o mistério de sua paixão, morte e ressurreição. É, sem dúvida, uma das principais colunas do cristianismo. São Pedro e São Paulo, rogai por nós! Sejamos, pois, humildes trabalhadores do redil do Senhor, que nos coloquemos nas “periferias” para, se preciso for, morrermos até mártires seguindo o exemplo das colunas da Igreja.

Fátima Tostes

vitrais tinham a função de mostrar o conteúdo da fé a pessoas que não sabiam ler e escrever. Elas não sa-biam ler, mas entendiam a fala das janelas das igrejas.

Até os genuflexórios nos bancos das igrejas falam às pessoas. O gesto de ajoelhar afirma que Deus é o Se-nhor, a quem devemos nos submeter.

A própria comunidade e o local onde ela se reúne têm valor simbó-lico enquanto ali se proclama que é Deus que preside a assembleia.

Os símbolos litúrgicos precisam falar por si mesmos, sem depender de explicação. Os ritos fundamentais da liturgia católica são símbolos constituídos de gestos e palavras. Eles transportam os fiéis das coisas visíveis às invisíveis, do mundo material e sensível para a comunhão com Deus invisível.

Importa que os símbolos litúrgi-cos sejam autênticos e verdadeiros. O pão eucarístico tem que ser re-conhecível como pão e o gesto de recebê-lo deve expressar o “tomai e comei”. A comunhão no cálice deveria expressar verdadeiramente o “tomai e bebei”, e não apenas a imersão da hóstia no cálice. Aliás, o ato de comungar do presidente da celebração expressa perfeitamente o significado do rito. Quanto à as-sembleia, deve-se levar em consi-deração questões de ordem prática, tais como o grande número de fiéis comungantes. O que se pretendeu com as indicações deste artigo foi o de gerar a reflexão ou mesmo o questionamento a respeito da lin-guagem empregada pela Igreja em suas celebrações.

Elimar Johann

Gente Miúda

Gente

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L IturgIA E VIdA I grEJA-mÃE

Mês de junho celebramos muitos santos que nos ensinaram aser discípulos de Jesus. Vocês já ouviram falar na catequese do Ba-tismo de Jesus? Vamos ler Mateus 3, 13-17 e descobrir como foi o batismo de Jesus.Vamos descobrir os sete erros na gravura abaixo.

TABACARIA MGPAPELARIA

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exemplosde amor“Veio um vento impetuoso e forte, mas o Senhor não estava no vento. Veio um fogo, mas o Senhor não

estava no fogo. E depois do fogo, ouviu-se o murmúrio de uma leve brisa” (1Rs, 19, 11-12).