PALEONTOLOGIA DAS BACIAS DO PARNAÍBA, GRAJAÚ E … · MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA SECRETARIA...
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MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIASECRETARIA DE MINAS E METALURGIA
PALEONTOLOGIA DAS BACIAS DOPARNAÍBA, GRAJAÚ E SÃO LUÍS
Maria Eugenia de Carvalho Marchesini Santos
Marise Sardenberg Salgado de Carvalho
Rio de Janeiro 2009
Departamento de Apoio TécnicoSabino Orlando C. Loguércio
Divisão de Editoração GeralValter Alvarenga Barradas
EQUIPE DE PRODUÇÃO
Editoração
Pedro da SilvaAgmar Alves LopesJosé Luiz Coelho
Andréia Amado ContinentinoLaura Maria Rigoni Dias
Hélio Tomassini de Oliveira FilhoSérgio Artur Giaquino
Santos, Maria Eugênia de Carvalho MarchesiniPaleontologia das bacias do Parnaíba, Grajaú e São Luís /
Maria Eugênia de Carvalho Marchesini Santos [e] MariseSardenberg Salgado de Carvalho. – Rio de Janeiro : CPRMServiço Geológico do Brasil – DGM/DIPALE - 2009.
215 p.
Programa Geologia do Brasil – PGB.
1. Paleontologia – Brasil – Nordeste. 2. Bacias sedimentares.3. Estratigrafia. 4. Paleoecologia. 5. Paleogeografia. I. Carvalho,
Marise Sardenberg Salgado de. II. Título.
DD 560.9813
APRESENTAÇÃO
Este trabalho narra a história geológica e paleontológica de parte do território brasileiro compreendidopelos estados do Maranhão, Piauí e parte do Tocantins, Pará e Ceará. É nessa região que estão situadasas bacias sedimentares do Parnaíba, São Luís e Grajaú, cujos sedimentos ocupam uma área de cerca de600 mil km
2com uma espessura máxima de 3400 metros de sedimentos.
A CPRM-Serviço Geológico do Brasil, desde 1973, tem realizado nessas bacias projetos de mapeamentogeológico, metalogenético, hidrogeológico e de prospecção mineral, sobretudo para carvão e fosfato, con-tribuindo de forma determinante com um incontável número de dados geológicos e paleontológicos, cuja in-terpretação permitiu uma ampla correlação dessas áreas sedimentares a nível local, regional e continental.
O estudo dos sedimentos de afloramentos e de subsuperfície ao longo da coluna estratigráfica, forne-ceu os melhores exemplos das sucessões de faunas e floras, dentro de um panorama evolutivo e de diver-sidade da vida. Além dos registros geológicos, biológicos e dos eventos extremos, como as inovações eextinções, foram também identificados os paleoambientes e as mudanças climáticas ocorridas na região.A história mais recente é representada pelas pinturas rupestres registradas nos paredões e cavernas dasrochas paleozóicas da bacia do Parnaíba.
O conjunto desses conhecimentos está aqui expresso numa série de ilustrações que reconstituem asantigas e diferentes paisagens que existiram nos estados do Maranhão e do Piauí, permitindo dessa formaum melhor entendimento dos sítios geológicos e das paisagens que integram a geografia e a história geo-lógica da região.
Diversos parques nacionais e reservas naturais aí localizados são constituídos pelas unidades geológicasexaminadas no trabalho. Explicações simples para essa geologia local podem ser acrescentadas aos roteirosutilizados na indústria do turismo, atividade capaz de gerar emprego e renda para as populações locais.
A ilustração e divulgação desses dados geológicos, das inovações e extinções biológicas, das mudançaspaleoambientais e da deriva dos continentes, podem subsidiar o sistema educacional do Brasil, da Américado Sul, África e outros continentes, que outrora estiveram unidos na Pangea e no supercontinente Gondwana.
Com a divulgação deste trabalho, a CPRM através do Programa Geologia do Brasil está cumprido comsua missão de geração e divulgação do conhecimento das geociências no país e contribuindo com Ano
Internacional do Planeta Terra (AIPT), programa da Organização das Nações Unidas que está sendo reali-zada entre os anos de 2007 e 2009.
Agamenon Sérgio Dantas Manoel BarrettoDiretor-Presidente Dretor de Geologia
AGRADECIMENTOS
O Projeto Paleontologia da Bacia do Parnaíba foi desenvolvido pela Divisão de Paleontologia no Departa-
mento de Geologia (DEGEO), da Diretoria de Geologia e Recursos Minerais da Companhia de Pesquisa de Re-
cursos Minerais (CPRM), sob coordenação das autoras. Parte dos resultados foi apresentada pela primeira au-
tora como tese de doutorado no Instituto de Geociências da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), em
1998. A redação final foi examinada e criticada pelo Prof. Emérito Dr. Cândido Simões Ferreira e pelos Drs. Dia-
na Mussa, Norma M. Costa Cruz, Victor Klein, Ismar de Souza Carvalho e Narendra K. Srivastava.
Agradecemos o apoio recebido na CPRM, no decorrer da execução do Projeto, dos geólogos Carlos Oiti
Berbert e Sabino Orlando C. Loguércio, do engenheiro de minas Idelmar Cunha Barbosa, e da paleontóloga
Norma Maria da Costa Cruz, chefe da Divisão de Paleontologia (DIPALE).
Nos trabalhos de campo, agradecemos o apoio da Residência de Fortaleza (REFO), com os geólogos José
Alcyr Pereira Ribeiro e José Felicíssimo Melo, e da Superintendência de Salvador, com o geólogo José Augusto
Pedreira, com quem fizemos a identificação dos principais afloramentos da Bacia do Parnaíba.
No Setor de Paleontologia do Departamento Nacional da Produção Mineral, foram realizados os trabalhos de
laboratório. Agradecemos ao geólogo Diógenes de Almeida Campos e às paleontólogas Rita de Cássia Tardin
Cassab (MCT/DNPM) e Vera Maria Medina da Fonseca (MN/UFRJ) pelo acesso ao material da Coleção de Fós-
seis e aos dados do Projeto Localidades Fossilíferas. Rita de Cássia Tardin Cassab foi de inestimável ajuda na
leitura crítica, correções e finalização de edição.
Pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, agradecemos à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do
Rio de Janeiro (FAPERJ), que financiou trabalho de campo do Projeto Paleontologia e Estratigrafia do Cretáceo
da Bacia do Parnaíba, em 1990, cujos resultados estão incorporados ao presente trabalho.
Agradecemos pela cooperação e troca de informações sobre a Bacia do Parnaíba, aos paleontólogos Ro-
berto Iannuzzi da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e Eva Caldas, da Universidade Federal do Ceará.
Pela cessão de documentação fotográfica aos geólogos Samir Nahass e José Augusto Pedreira, da CPRM, e
Ismar Souza de Carvalho, da UFRJ. Agradecemos ainda a Milena Salgado de Carvalho, que fotografou o mate-
rial fóssil apresentado neste trabalho e aos companheiros do DEGEO Martin Elias Dias e Henrique Alves de
Lima, que confeccionaram figuras e tabelas. Os desenhos e reconstituições paleobiológicas foram elaborados
pelo desenhista Mario Roberto Santos.
Pela editoração do trabalho aos geólogos Fernando P. de Carvalho e Valter Alvarenga Barradas, pela diagra-
mação a Pedro da Silva e Agmar Alves Lopes, pela arte-final a Andréia A. Continentino e Laura Maria Rigoni Dias e
revisão ortográfica e técnica a Sergio A. Giaquinto e Hélio T. de Oliveira Filho.
Este trabalho é uma homenagem à memória de saudosos companheiros
que compartilhavam o mesmo interesse pela Bacia do Parnaíba: os geólogos
Atahualpa Valença Padilha, da CPRM e Rodi Ávila Medeiros da Petrobras,
que muito nos incentivaram e o paleontólogo Murilo Rodolfo Lima da USP, pelas
pesquisas pioneiras em palinologia.
RESUMO
A Bacia sedimentar do Parnaíba, situada emárea epicontinental, tem registros de antigas faunase floras, indicativas da alternância de influênciascontinentais e marinhas, durante a história fanero-zóica. Estas faunas e floras possibilitam as análisesestratigráficas referenciadas às variações globaisdo nível do mar.
A História Geológica compreende as interaçõesentre os fenômenos geológicos e biológicos, pelareconstituição de antigos ecossistemas. Estes sãocorrelacionados com as sucessivas posições docontinente em movimento, variações climáticas eas histórias biogeográficas dos hemisférios norte esul.
As faunas marinhas do Siluriano, Devoniano eCarbonífero são aparentadas com faunas de pro-víncias biogeográficas da margem oeste da Améri-ca do Sul, e registram as conexões com o protocea-no Pacífico. As floras do Carbonífero Inferior e florase faunas terrestres do Permiano são portadoras degêneros endêmicos, o que caracteriza incidênciade processos macroevolutivos. Estes processosiniciados em paleolatitudes temperadas, no Carbo-
nífero Inferior, foram acentuados no Permiano compaleolatitudes tropicais. Os fatores climáticos pro-piciaram estímulos a biodiversidade.
No Cretáceo, as correlações das faunas são coma Margem Leste Brasileira e a costa ocidental daÁfrica. Os eventos biológicos são relacionados como desenvolvimento do oceano Atlântico Sul e evolu-ção da Margem Continental. No Aptiano/Albiano, asbacias do Parnaíba, Araripe e Sergipe/Alagoasapresentam como evento biológico em escala regi-onal, uma ictiofauna, onde estão registrados novosgêneros, documentando alto índice de processosmacroevolutivos e coevolução. No Albiano a sedi-mentação da Bacia do Parnaíba é encerrada.
Em superfície, a sedimentação final do Cretáceopertence às bacias de Grajaú e São Luís. Os fósseis,de idade cenomaniana são representantes de inver-tebrados marinhos, peixes, répteis, plantas e pega-das de dinossauros.
Algumas ocorrências do Cenozóico foram anali-sadas. São as faunas e floras de Terciário, mamífe-ros do Pleistoceno e o homem primitivo e suas pin-turas rupestres.
–xii–
ABSTRACT
The Parnaíba sedimentary basin, situated in anepicontinental area, has records of Phanerozoicfauna and flora. Its historical reconstitution is basedon paleobiological studies of the interactions amonggeological and biological events. The ecosystemsare correlated with the geological processes, conti-nental drift, paleoclimates, and biogeographical his-tories between Northern and Southern hemispheres.
The Silurian, Devonian and Carboniferous marinefaunas are related to biogeographical provinces ofthe West Margin of South America. The Carbonifer-ous and Permian floras are correlated with theNorthern hemisphere. During the Paleozoic, thePermian is characterized by a high incidence of en-demic genus involving a macroevolutive process.
In the Cretaceous, the fauna shows correlationswith the East Brazilian and West African Margins.
The biological events are connected with the open-ing of the South Atlantic and the evolution of theContinental Margin. A regional bioevent is recordedin Parnaíba, Araripe and Sergipe/Alagoas basinsduring the Aptian/Albian stage. The ichthyofaunashows a high level of macroevolutive processesand coevolution. The Parnaíba basin sedimentationended in the Albian.
Cenomanian fossils occurrences are situated inthe São Luis Basin, a rift basin developed in the Bra-zilian Equatorial Margin. The fossils are representedby marine invertebrates, fishes, reptiles, plants, anddinosaurian footprints.
Some Cenozoic occurrences were studied as theTertiary floras and faunas and the Pleistocene mam-mals. The rupestral pictures of the primitive manwere registered in Serra da Capivara National Park.
–xiii–
SUMÁRIO
Resumo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . xii
Abstract . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . xiii
Capítulo 1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
Capítulo 2 Histórico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
Capítulo 3 Geologia Regional . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 103.1 Limites Geológicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 103.2 Litoestratigrafia, Espessura e Extensão dos Sedimentos. . . . . . . . . . . . . . . . . 133.3 Evolução de Conceitos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 133.4 Tectônica e Estratigrafia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 133.5 Paleozóico. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 153.6 Distensão e Magmatismo Associados à Abertura do Atlântico . . . . . . . . . . . . 153.7 Subsidência Relacionada ao Rifte Atlântico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
Capítulo 4 Antigos Ecossistemas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
4.1 Reconstituição de Antigos Ecossistemas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 194.2 Coleta de Dados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 204.3 Métodos Estratigráficos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
4.3.1 Seqüências Deposicionais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 204.3.2 Sistemas Deposicionais e Análise de Fácies . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
4.4 Paleobiologia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 204.4.1 Eventos na História da Vida . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 224.4.2 Processos Evolutivos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 224.4.3 Paleoecologia e Tafonomia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 224.4.4 Classificação Sistemática e Distribuição Estratigráfica dos Peixes
nas Bacias do Parnaíba, Grajaú, São Luís e Nova Iorque. . . . . . . . . . . . . 284.4.5 Infra-Estrutura da Paleobiologia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
–v–
Capítulo 5 Sítios Naturais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 345.1 Parque Nacional de Ubajara . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 345.2 Parque Nacional de Sete Cidades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 365.3 Floresta Petrificada em Teresina. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 365.4 Parque Nacional da Serra da Capivara . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 365.5 Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses e Delta do Rio
Parnaíba . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
Capítulo 6 Siluriano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 406.1 Histórico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 406.2 Área de Ocorrência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 406.3 Geocronologia e Idade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 416.4 Sedimentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 416.5 Fósseis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 426.6 Deriva/Clima/Bioeventos/Antigos Ecossistemas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
Capítulo 7 Devoniano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 487.1 Histórico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 487.2 Área de Ocorrência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 487.3 Geocronologia e Idade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 497.4 Sedimentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49
7.4.1 Eoeifeliano - Formação Itaim . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 497.4.2 Neoeifeliano - Formação Pimenteira . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49
7.4.3 Eogivetiano - Formação Pimenteira. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 507.4.4 Eogivetiano - Formação Cabeças . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 527.4.5 Neofrasniano/Eofameniano - Formações
Pimenteira e Cabeças . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 527.4.6 Neofameniano - Formação Longá . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52
7.5 Fósseis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 527.5.1 Microfósseis. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 527.5.2 Macrofósseis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56
7.5.2.1 Eoeifeliano - Formação Itaim . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 567.5.2.2 Neoeifeliano - Formação Pimenteira . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 567.5.2.3 Eogivetiano - Formação Pimenteira . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 567.5.2.4 Eogivetiano - Formação Cabeças . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 567.5.2.5 Neofrasniano/Eofameniano -
Formações Pimenteira e Cabeças . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 587.5.2.6 Neofameniano - Formação Longá . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58
7.6 Paleogeografia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 587.7 Eventos Biológicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 607.8 Tafonomia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 607.9 Paleoecologia/Comunidades Bentônicas/Antigos Ecossistemas . . . . . . . . . . . . 617.10 Paleobiogeografia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 637.11 Paleoclima . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 647.12 Deriva . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 64
–vi–
Capítulo 8 Mississipiano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 668.1 Histórico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 668.2 Área de Ocorrência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 678.3 Geocronologia e Idade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 678.4 Sedimentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 678.5 Fósseis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 70
8.5.1 Microfósseis. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 708.5.2 Flora . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 708.5.3 Fauna . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 70
8.6 Paleogeografia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 708.7 Eventos Biológicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 728.8 Tafonomia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 728.9 Paleoecologia/Antigos Ecossistemas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 74
Comunidade Bentônica de Plataforma Marinha Rasa . . . . . . . . . . . . . . . . . . 74Comunidade Florística em Ambiente Terrestre Litorâneo. . . . . . . . . . . . . . . . . 74
8.10 Paleobiogeografia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 748.11 Paleoclima . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 748.12 Deriva . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 75
Capítulo 9 Pensilvaniano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 779.1 Histórico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 779.2 Área de Ocorrência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 789.3 Geocronologia e Idade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 78
9.4 Sedimentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 789.5 Fósseis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 80
9.5.1 Microfósseis. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 809.5.2 Faunas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 809.5.3 Flora . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 80
9.6 Paleogeografia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 809.7 Eventos Biológicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 839.8 Tafonomia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 839.9 Paleoecologia/Comunidades Bentônicas/Antigos Ecossistemas . . . . . . . . . . . . 839.10 Paleobiogeografia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 849.11 Paleoclima . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 849.12 Deriva . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 84
Capítulo 10 Permiano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8610.1 Formação Pedra de Fogo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 86
10.1.1 Histórico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8610.1.2 Área de Ocorrência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8610.1.3 Geocronologia e Idade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8710.1.4 Sedimentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8710.1.5 Fósseis. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 90
10.1.5.1 Estromatólitos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 90
–vii–
10.1.5.2 Flora . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9010.1.5.3 Fauna . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 90
10.2 Formação Motuca . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9410.3 Paleogeografia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9410.4 Eventos Biológicos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9410.5 Tafonomia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9510.6 Paleoecologia/Comunidades Bentônicas/Antigos Ecossistemas . . . . . . . . . . . . 9510.7 Paleobiogeografia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9510.8 Paleoclima . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9510.9 Deriva . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 95
Capítulo 11 Triássico e Jurássico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9711.1 Formação Sambaíba. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9711.2 Formação Mosquito . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 97
Capítulo 12 Cretáceo (Barremiano). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9812.1 Formação Pastos Bons . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 99
12.1.1 Histórico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9912.1.2 Área de Ocorrência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9912.1.3 Geocronologia e Idade. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9912.1.4 Sedimentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9912.1.5 Fósseis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 100
12.1.5.1 Microfósseis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10012.1.5.2 Fauna . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 100
12.2 Formação Corda . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10212.2.1 Histórico. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10212.2.2 Área de Ocorrência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10212.2.3 Geocronologia e Idade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10212.2.4 Sedimentação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10212.2.5 Fósseis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 105
12.3 Paleogeografia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10512.4 Eventos Biológicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10512.5 Tafonomia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10512.6 Paleoecologia/Antigos Ecossistemas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10612.7 Paleobiogeografia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10612.8 Paleoclima . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10612.9 Deriva. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 106
Capítulo 13 Cretáceo (Aptiano/Albiano). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10813.1 Histórico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10813.2 Área de Ocorrência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10913.3 Geocronologia e Idade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10913.4 Sedimentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10913.5 Fósseis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 109
13.5.1 Microfósseis. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 109
–viii–
13.5.2 Flora . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11113.5.3 Fauna . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 111
13.6 Paleogeografia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11113.7 Eventos Biológicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11513.8 Tafonomia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11513.9 Paleoecologia/Antigos Ecossistemas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11513.10 Paleobiogeografia. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11613.11 Paleoclima. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11613.12 Deriva . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 116
Capítulo 14 Cretáceo (Albiano) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 118
14.1 Histórico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11814.2 Área de Ocorrência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11914.3 Geocronologia e Idade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11914.4 Sedimentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11914.5 Fósseis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 119
14.5.1 Microfósseis. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11914.5.2 Fauna . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 119
14.6 Paleogeografia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12314.7 Eventos Biológicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12314.8 Tafonomia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12414.9 Paleoecologia/Antigos Ecossistemas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12414.10 Paleobiogeografia. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12414.11 Paleoclima. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12414.12 Deriva . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 124
Capítulo 15 Cretáceo (Cenomaniano). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12615.1 Histórico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12615.2 Área de Ocorrência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12615.3 Geocronologia e Idade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12815.4 Sedimentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12815.5 Fósseis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 128
15.5.1 Microfósseis. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12815.5.2 Fauna . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12815.5.3 Flora . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 132
15.6 Paleogeografia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13215.7 Eventos Biológicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13215.8 Tafonomia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13315.9 Paleoecologia/Antigos Ecossistemas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13315.10 Paleobiogeografia. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13315.11 Paleoclima. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13315.12 Deriva . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 133
Capítulo 16 Cenozóico. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 137
16.1 Plioceno . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 137
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16.2 Mamíferos do Pleistoceno . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13716.3 Ocupação Humana. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 138
Capítulo 17 Conclusões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 146
Capítulo 18 Localidades Fossilíferas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14918.1 Listagem das Localidades Fossilíferas (Siluriano-Devoniano-
Carbonífero-Permiano-Cretáceo) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 151
Referências Bibliográficas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 194
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