Palestra a doença na ótica espírita

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A DOENÇA, SOB A ÓPTICA ESPÍRITA

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A DOENÇA, SOB A

ÓPTICA ESPÍRITA

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Vamos relembrar rapidamente alguns conceitos:

Saúde – estado de total bem-estar: físico, mental e social;

Doença – estado resultante do desequilíbrio do Espírito e que se vai refletir no corpo espiritual e no corpo físico;

Cura – estado que aparece quando o Espírito se reequilibra e que, tal como o anterior, também se reflete nos dois corpos: espiritual e físico.

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Somos Espíritos

corpo etéreo (o perispírito)

corpo físico

Ambiente

Nosso progresso é resultante das inúmeras encarnações

experiências (boas e más) pelas quais vamos passando tanto

em termos de relações sociais como de conhecimentos

adquiridos – até que atingimos a perfeição relativa.

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Logo, é através do perispírito que o Espírito

se manifesta no corpo físico, tal como todas

as impressões recebidas do meio ambiente

e das pessoas que o rodeiam, chegam ao

Espírito via perispírito. (Fig. 1)

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As experiências, os obstáculos, os desafios, e os sofrimentos físicos e/ou morais

desconforto

às vezes, fazem com que mudemos de atitude

Mas a mudança que escolhermos vai estar condicionada pelo nosso grau de compreensão do que é a vida e também pelo nosso livre arbítrio, um parceiro de peso nesta decisão.

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A ilustração (Fig. 2) tenta ajudar a perceber como se dá

este processo.

Se cada vez que tivermos conflitos e desafios na vida,

escolhermos o lado direito da Fig. 2, avançaremos

rapidamente nos nossos equilíbrio e progresso espiritual;

ou, por outras palavras, quando agimos

equilibradamente, com fé, serenidade e justiça.

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Infelizmente, a maior parte da humanidade ainda

opta pelo lado esquerdo da citada Fig. 2 e ao fazê-lo,

vai agir desequilibradamente, com ódio, injustiça e

desespero. A consequência destes sentimentos

negativos é o desequilíbrio do psiquismo espiritual, o

qual vai atingir o perispírito e este, por sua vez, vai

passá-lo para o corpo físico, sob a forma de doença.

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A única coisa positiva em todo este

processo, é sabermos que temos sempre

a oportunidade de voltarmos à posição

inicial, isto é, a que a própria doença sirva

de desconforto e nos leve a mudarmos

de atitude, até conseguirmos seguir a

linha do equilíbrio.

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Nestes termos, a doença é vista por nós,

espíritas, como um instrumento

pedagógico de que ainda precisamos para

nos empurrar para o progresso. É um

remédio amargo, mas também é um

instrumento de retificação.

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Para a Doutrina Espírita há três gêneros de doenças:

Doenças Cármicas – são as congênitas e as

hereditárias, resultantes dos desequilíbrios que

tivemos em vidas passadas;

Doenças Adquiridas – são as provocadas por

desequilíbrios tidos nesta vida atual;

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Predisposições (físicas ou espirituais) Para as

Doenças

vários desequilíbrios: das vidas passadas

de tendências genéticas que, ante uma fragilidade

na presente existência, se manifestam sob a forma

de doença (a predisposição é cármica, mas a

doença é adquirida).

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O Espírito André Luíz explica que: “Os fatores que

programam as condições do renascimento no corpo físico,

são o resultado dos atos e pensamentos das existências

anteriores”. Por aqui constatamos que no que se refere às

doenças cármicas e às predisposições para as mesmas,

somos herdeiros de nós próprios.

Deixamos a herança cármica numa encarnação para nós

mesmos, na próxima.

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Há dois comportamentos que marcam negativamente o

perispírito e que provocam as doenças cármicas:

um deles, é a consciência culpada, tanto pelo mal que

fizemos – a nós e/ou aos outros –, como pelo bem que

deixámos de fazer (quando está nas nossas mãos realizar

o bem e por egoísmo ou comodismo, optamos por não o

fazer);

o outro, é o desejo de continuar doente. Há pessoas que

querem ficar ou continuar doentes, como uma maneira

de substituírem a carência afetiva que sentem.

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Esta atitude vai marcar fortemente o perispírito, fazendo

com que essa marca passe para outras vidas, onde o atual

desprezo pela saúde, será resgatado pelo desejo de a

poder recuperar.

Podemos pensar: “– Mas não há nada que se possa fazer

para suavizar as doenças cármicas?”

E a resposta é sim!

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Vejamos quais são então os meios de que dispomos para isso:

a) aceitar a doença com uma resignação ativa, ou seja, fazendo um

esforço constante para superar ou amenizar as limitações desta, quer

sejam físicas ou psíquicas;

b) nunca nos revoltarmos;

c) trabalhar a favor do próximo – o Mestre Jesus assegurou-nos há mais

de dois mil anos que “o amor cobre a multidão de pecados” e assim,

compreendemos que fazer o bem incondicionalmente é uma excelente

maneira de suavizarmos as nossas dívidas do passado e de amenizarmos

as marcas no nosso perispírito.

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Quanto às doenças adquiridas, estas são o resultado

do nosso mau comportamento atual. Com efeito, as

atitudes irresponsáveis, precipitadas, egoístas ou de

ódio, os vícios – drogas, tabaco, álcool –, a violência,

a agressividade, e a maledicência, provocam

emoções tão perturbadoras que vão ter como

desfecho a apresentação de doenças no corpo físico.

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Por exemplo, as frustrações e os medos causam

as hoje tão habituais embora tão temidas,

depressões; e a falta de vigilância dos nossos

pensamentos e atitudes, favorecem as obsessões,

que podem estar presentes em todos os tipos de

doenças, potencializando-as.

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A CURA DAS DOENÇAS

A cura está formada por três pontos básicos:

1) Ação terapêutica da Fé

Querermos curar-nos e tornarmos este desejo cada dia mais

forte, é fundamental para qualquer cura. Mas para isso,

precisamos de acreditar em nós próprios e em Deus, e

mudarmos a nossa atitude perante a doença, isto é, temos

que vê-la como um obstáculo que temos que ultrapassar.

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E para nos ajudar a consegui-lo, devemos usar o recurso da

prece sincera e fervorosa, tal como nos aconselha

O Evangelho Segundo o Espiritismo, no ponto 11 do cap.

XXVII. É que, por meio da prece, entramos em sintonia

com o Mundo Maior, equilibrando o nosso ser e

favorecendo a acção curativa dos Benfeitores espirituais.

“A tua fé curou-te. Vai e não peques mais!” – disse Jesus.

Se aplicássemos esta recomendação do Mestre a toda a

nossa vida, não voltaríamos a adoecer.

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A medicina atual já considera que o pensamento positivo no

fortalecimento imunológico do corpo físico, favorecendo a

reacão orgânica pela qual se obtém a cura. Miramez

comenta no seu livro Saúde, psicografado pelo médium João

Nunes Maia, que “não existe verdadeira cura sem oração.

Eis porque em todos os métodos de cura, a devemos usar

para alcançarmos o beijo de luz de Deus, que se transforma

no nosso peito em magnetismo animal, para curar os

nossos semelhantes e a nós mesmos”.

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2) Auto-conhecimento

Adenáuer Novaes, no Psicologia do Evangelho diz-nos que

“querer ficar curado é não atribuir aos outros a

responsabilidade pelo processo da cura... O meu salvador

sou eu”. Se nós imprimimos a nossa doença de dentro para

fora, é lógico que devemos curá-la da mesma maneira – de

dentro para fora. Só conhecendo as nossas tendências boas

e más, seremos capazes de nos curar.

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Mas para isso precisamos de fazer uma ação terapêutica em

3 passo

identificar as causas do sofrimento;

tentarmos compreender a razão desse sofrimento e

assumirmos a atitude correta;

libertarmo-nos dos sentimentos negativos que temos

dentro de nós, como a mágoa, o rancor ou o ódio –

libertação esta que só é possível mediante o perdão.

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Hoje em dia, a ciência médica já chegou à conclusão de

que é o estado psicológico da pessoa, isto é, o seu Espírito,

que influencia o estado de saúde ou de doença; já se sabe

que, por exemplo, o perdoar-se alguém, não só é

necessário devido às concepções morais ou religiosas, mas

também é um imperativo, como meio de se curarem

várias doenças crônicas.

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Atualmente, em praticamente todo o mundo, os

psicólogos passaram a fazer parte das equipas

médicas de Oncologia, para fazerem terapia de

recuperação da auto-estima aos pacientes, pois

descobriu-se que este é um componente que tem

muito peso na cura do cancro.

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3) Resignação Dinâmica, isto é, aceitação da vontade de Deus.

aceitarmos a doença, mas termos a coragem de a enfrentar e de

extirparmos ou suavizarmos a sua causa;

procurarmos o tratamento para a mesma. Devemos fazer todos

os tratamentos que estiverem ao nosso alcance, através da

medicina, da psicologia e também das terapias espirituais

(passes, palestras e desobsessão).

No entanto, devemos fazer aqui uma ressalva importantíssima:

Tudo aquilo que expusemos só dará resultado se a doença nos

tiver motivado para fazermos a nossa reforma íntima do bem!

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Se voltarmos a olhar mais uma vez para o

esquema apresentado na Fig. 2, verificaremos que

a reforma íntima vai provocar uma mudança de

atitude que, por sua vez, e devido ao nosso novo

comportamento equilibrado, vai fazer com que

consigamos a cura e, ao mesmo tempo, que

avancemos no nosso progresso espiritual…

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E com estas duas frases tão esclarecedoras

terminamos, desejando-lhes muita Paz e Saúde!

… Adenáuer Novaes esclarece que “curar-se, é alcançar

uns níveis maiores na capacidade de nos amarmos a nós

próprios, ao próximo, e à vida”;

e Roberto Brólio afirma que “a profilaxia das doenças da

alma decorre do conhecimento que cada qual deve ter das

leis da vida, que são totalmente voltadas para o bem”.

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Bibliografia:

ESE - cap. V, ponto 3- Justiça das Aflições; cap. XVII, ponto 11 – Cuidar do Corpo e

do Espírito e Pedi e obtereis (Prece)

SAÚDE – Miramez/João Nunes Maia

DOENÇAS DA ALMA – Dr. Roberto Brólio

RENOVANDO ATITUDES – Hammed/Francisco do Espírito Santo Neto

MISSIONÁRIOS DA LUZ – André Luíz/Francisco Cândido Xavier

ACÇÃO E REACÇÃO – André Luíz/Francisco C. Xavier

PSICOLOGIA DO EVANGELHO – Dr. Adenáuer Novaes