Palestra cordel

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Literatura de Cordel Literatura de Cordel Site na internet: http://literaturadecordel.vila.bol.com.br E-mail: [email protected]

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Literatura de CordelLiteratura de Cordel

Site na internet: http://literaturadecordel.vila.bol.com.brE-mail: [email protected]

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O que é cordel?Literatura de CordelÉ poesia popular,É história contada em versosEm estrofes a rimar,Escrita em papel comum,Feita pra ler ou cantar.

A capa é em xilogravura,Trabalho de artesão,Que esculpe em madeiraUm desenho com ponçãoPreparando a matrizPra fazer reprodução.

Mas pode ser um desenho,Uma foto, uma pintura,Cujo título, bem à mostra,Resume a escritura.É uma bela tradição,Que exprime nossa cultura.

Mas trata de outros temas:Da luta do bem contra o mal,Da crença do nosso povo,Do hilário, coisa e talE você acha nas bancasPor apenas um real.

O cordel é uma expressãoDa autêntica poesiaDo povo da minha terraQue luta pra que um dia,Acabem a fome e miséria,Haja paz e harmonia.

7 sílabas poéticas,Cada verso deve terPra ficar certo, bonitoE a métrica obedecer,Pra evitar o pé quebradoE a tradição manter.

Os folhetos de cordelNas feiras eram vendidosPendurados num cordãoFalando do acontecido,De amor, luta e mistério,De fé e do desassistido.

A minha literaturaDe cordel é reflexãoSobre a questão socialE orienta o cidadãoA valorizar a culturaE também a educação.

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Histórico -Histórico - Origem Origem

Há notícias da existência do cordel em Portugal, Espanha, França muito antes do descobrimento do Brasil.Aqui chegou com os colonizadores.No Brasil, começou a ser editado por volta de 1893/1895 com o poeta de Pombal-PB, Leandro Gomes de Barros.

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Leandro Gomes de Barros

A cabeça, um tanto grande e bem redondaO nariz, afilado, um pouco grosso;As orelhas não são muito pequenas,Beiço fino e não tem quase pescoço.

Tem a fala um pouco fina, voz sem som,Cor branca e altura regular;Pouca barba, bigode fino e louro,Cambaleia um tanto quanto ao andar.

Olhos grandes, bem azuis, têm cor do mar;Corpo mole, mas não é tipo esquisitoTem pessoas que o acham muito feio.Mas a mamãe, quando o viu, achou bonito!

Nascimento: 19 de novembro de 1865Local: sítio Melancia, Pombal-PB

Falecimento: 04 de março de 1918Local: Recife-PE

O Patriarca do Cordel

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Elementos Elementos FundamentaisFundamentais

1- Estrofes: sextilha (6 versos), setilha (7 versos), décima (10 versos), quadra (4 versos).

2- Versos: setissílabo ou heptassílabo (7 sílabas), decassílabo (10 sílabas).

Rimas: pobre e rica (fácil e difícil)A rima é uma palavra com som final semelhante a outra palavra.

2- Métrica: quantidade de sílabas em cada verso. Os versos mais utilizados no cordel são os de 7 e 10 sílabas. Usa-se a elisão e a 7a sílaba tônica para metrificar um verso.

3- Oração: A história escrita no folheto.

4- Declamação/Leitura: Ritmo moderado e constante. Clareza na exposição das palavras.

5- Cantoria de Cordel: utilização de melodias tradicionais de violeiros repentistas, aboios ou algumas músicas de forró tradicional (como mulher rendeira, por exemplo).

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Características

- Literatura popular em versos (poesia popular)

- Formatação (Folha A4, sulfite ou jornal dividida em cruz)

- Capa (1- Ilustração: xilogravura, foto, desenho, pintura, etc. 2- Título do folheto. 3- Nome do autor. 4- Local de impressão ou da produção. 5- Data em que foi escrito)

- Contracapa (publicidade, endereço do autor)

- Interior do folheto (versos setissilábicos ou decassilábicos em estrofes de sextilha, setilha, décima, quadra.)

- Páginas (alguns múltiplos de 4: 8, 12, 16, 24, 32, 48, 64...)

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Temas mais abordadosTemas mais abordados

Hilário(Comédias)Romance

Texto ReportagemHistórias Verídicas

Histórias de TrancosoReligiosidade

Situação SocialCordel EducativoCordel Engajado

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Introdução ao cordelIntrodução ao cordel

A palavra cordel significa barbante ou corda fina. Na narrativa popular, ganhou esse nome pela tradição de pendurar os folhetos em cordões para vendê-los.O primeiro cordel brasileiro foi publicado na Paraíba por Leonardo Gomes de Barros, em 1893.

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Só se conhece a vitória

se todo mundo ajudar

Aí chegará o dia

Dessa doença acabar

Autor: Fernando Lianza Dias

Adaptação: Jair Nascimento

[email protected]