Palestra DéBora

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TRANSFUSÃO DE SANGUE Enfermeira Débora Andrade Fevereiro, 2009

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TRANSFUSÃO DE SANGUE

Enfermeira Débora Andrade

Fevereiro, 2009

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...sangue... é uma das substâncias mais evocativas do mundo. Para muita gente, representa a essência da vida, para outros um sacramento religioso ou apenas uma dádiva dos deuses...

Dr. Wells, 2008

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OBJECTIVOS:

Definir Transfusão Sanguínea; História; Tipos de Sangue:

Sistema Rh; Sistema ABO; Compatibilidade;

Doação de Sangue; Complicações.

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O QUE É UMA TRANSFUSÃO DE SANGUE?

Transferência de sangue, ou de um dos seus componentes, de um doador saudável para um paciente.

Porque é necessário uma transfusão de sangue?

Causas agudas: acidentes, cirurgias...Causas crónicas: anemias crónicas,

quimioterapia, outras doenças...

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HISTÓRIA DAS TRANSFUSÕES DE SANGUE

1665: realizada por Lower, entre animais; 1667: realizada por Jean-Batiste que infundiu

sangue de carneiro num homem de 34 anos; 1788: Pontick e Landois concluem que as

transfusões podem salvar vidas; 1818: Blundell realiza a 1ª transfusão com

sangue humano; 1869: desenvolvem-se técnicas e

equipamentos; 1901:Landsteiner descreve tipos de células

vermelhas (A, B, AB, O), descobrindo a compatibilidade;

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HISTÓRIA DAS TRANSFUSÕES DE SANGUE

1907: 1ª transfusão de sangue com provas de compatibilidade;

1936: surge o primeiro banco de sangue em Barcelona;

Após a 2ª Guerra Mundial aumenta o conhecimento e o uso da técnica devido aos progressos científicos e o crescimento das necessidades.

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SANGUE:

Tecido vivo; Circula pelas veias e artérias; Responsável pelo transporte de oxigénio e

nutrientes; Responsável pela saída de dióxido de

carbono; Constituído por:

Hemácias; Leucócitos; Plasma; Plaquetas.

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TIPOS DE SANGUE

Sistema Rh: Classificação através da presença ou ausência de

uma proteína da superfície da hemácia; Rh - - ausência da proteína na superfície; Rh + - presença da proteína na superfície.

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TIPOS DE SANGUE

Sistema ABO: Classificado como A, B, AB, ou O, tendo em conta

a presença de 2 antígenes na superfície (A, B); Presença de antígene A na hemácia – Tipo A; Presença de antígene B na hemácia – Tipo B; Presença de antígene A e B na hemácia – Tipo

AB; Ausência de antígene A ou B – Tipo O.

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Tipo A Tipo B

Tipo ABTipo O

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Exemplo:

Tipo A Positivo

Tipo A Negativo

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COMPATIBILIDADE SANGUÍNEA

Pessoa portadora do tipo de sangue O negativo é considerada dadora universal mas só recebe dele mesmo;

Pessoa portadora do tipo de sangue AB positivo é tida como receptora universal, mas doa apenas para pessoas com o seu tipo de sangue.

Pessoas com Rh positivo podem receber hemácias do tipo Rh negativo;

O contrário é impossível!

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COMPATIBILIDADE SANGUÍNEA

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ALTERNATIVAS AO SANGUE

Designados susbtitutos de sangue; Objectivo:

Preencher o volume do sangue e transportar os gases e nutrientes no sistema circulatório;

Utilizados como expansores de volume e terapias de oxigénio;

Vantagem: Tratamentos e cirurgias sem sangue.

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COMPLICAÇÕES

Falha humana; Falta de controle de qualidade; Hemólise; Contaminação; Doenças e infecções transmissíveis:

Hepatite B e C; SIDA; Hemocromatose; Sifílis.

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HEPATITE B E C

Vírus que contamina o fígado; Sintomas: dores abdominais, febre, icterícia e

urina escura; Período de incubação varia entre 50 e 180

dias para a hepatite B e, no caso da hepatite C de 70 a 90 dias;

O portador da doença pode não desenvolver a doença.

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SIDA

Transmite-se pelo vírus HIV; Ataca as células de defesa do organismo; Susceptibilidade a doenças infecciosas que

podem levar à morte; Sintomas: emagrecimento, queda de cabelo,

diarreias frequentes, infecções respiratórias frequentes;

Pode levar 3 a 10 anos a manifestar-se.

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HEMOCROMATOSE

Quantidade excessiva de ferro no organismo; O ferro em excesso deposita-se no fígado,

pâncreas, coração, provocando a falência destes órgãos;

Difícil absorção do ferro; Transmite-se através de um gene.

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SIFÍLIS

Doença infecciosa (bactéria Treponema Paladium);

Tempo de incubação: 2 a 3 semanas; 1ª fase da doença: feridas nos genitais,

indolores e desaparecem sem tratamento; 2ª fase da doença: manchas avermelhadas

pelo corpo; 3ª fase da doença: problemas no cérebro,

coração e ossos; Pode causar a morte!

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Doação de Sangue

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PORQUÊ DOAR SANGUE?

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PORQUÊ DOAR SANGUE?

Casal que perdeu as pernas num acidente em Azambuja precisa de sangue !

Ana Rita Gregório, de 29 anos, e Nuno Gonçalo Cartaxeiros dos Santos, de 31 anos, residentes no Cartaxo, foram atingidos por um automóvel cerca das 03h20 de domingo, quando socorriam um casal que estaria encarcerado numa viatura à beira da estrada. Acabaram por ser atingidos por um carro conduzido por uma mulher com consequências dramáticas: Ana Rita ficou sem as duas pernas quase ao nível da cintura e Nuno Gonçalo tem uma perna amputada abaixo do joelho.

Quem quiser ajudar o casal desafortunado e familiares com dádivas de sangue e outros meios pode ligar para José Gregório (936145516), pai de Ana Rita, para o Hospital de S. José (218 841 000), dando o nome completo dos dois jovens. Circula também uma mensagem de apoio ao casal para doação de sangue através do número 917 853 721.

28/ Nov./2008 (Jornal O Mirante)

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PORQUÊ DOAR SANGUE?

Jacqueline Lopes  O Banco de Sangue da Santa

Casa precisa com urgência de doação. Está em falta o sangue de tipagem O positivo. Doacir Antunes é um dos pacientes que precisam da doação.

Para doar, a pessoa precisa ter entre 18 e 65 anos, acima de 50 quilos. O Hemosul também é um ponto de doação e fica na Avenida Fernando Corrêa da Costa, 1304, em Campo Grande.

Domingo,14 de Dezembro 2008

A chuva que deixou mortos e assolou Santa Catarina provocou um aumento de mais de 50% na demanda por transfusões de sangue... no início da semana foram feitas aproximadamente 50 transfusões, nesta quarta foram mais de cem procedimentos... "Outra preocupação está nas conseqüências da enchente, que costuma acarretar doenças como a leptospirose, cujo tratamento utiliza muitas bolsas de sangue“...

(Coordenadora Patrícia 27/11/2008)

“Sangue O positivo faz falta”

“Flagelados do SC precisam de sangue”

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QUEM PODE DOAR SANGUE?

Ter documento de identificação; Ser um indivíduo saudável; Ter entre 18 e 65 anos; Pesar ≥ 50 Kg; Evitar estar em jejum; Estar excluído de grupos de risco; Ser um indivíduo sem comportamentos de

risco (não consumir drogas, sexo seguro...).

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QUEM NÃO PODE DOAR?

Indivíduos que tiveram hepatite após os 10 anos;

Mulheres grávidas ou que estejam no período de amamentação;

Pessoas expostas a doenças infecciosas; Indivíduos consumidores de drogas; Pessoas que tiveram relações sexuais sem

preservativo; Situações provisórias:

Febre, gripe, anemia, medicamentos, transfusão recente, vacinação, tatuagem...).

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O QUE ACONTECE DEPOIS DA DOAÇÃO?

Dador recebe um lanche; Dador recebe ensinos relativamente ao seu

bem-estar; São efectuados testes ao sangue para

determinar o grupo de sangue e averiguar se há presença de doença;

Caso se verifique, o dador é chamado a entrevista sendo informado. E, caso seja do seu acordo, encaminhado para os serviços de saúde.

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O QUE ACONTECE AO SANGUE DEPOIS DE COLHIDO?

O sangue é separado nos seus componentes básicos (plaquetas, plasma, hemácias);

Uma colheita de sangue corresponde a ± 450 ml e pode salvar 3 vidas!

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JOSÉ PAULA, O MAIOR DADOR DE SANGUE DOS HOSPITAIS UNIVERSITÁRIOS DE COIMBRA, FALOU AO 'CM' SOBRE O SEU RECORDE.

Correio da Manhã – Detém o recorde de dádivas de sangue, 84, dos Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC). É dador há mais de vinte anos. Porquê?

José Paula – Porque uma gota de sangue pode salvar uma vida e eu sinto-me bem ao fazê-lo. Dar sangue rejuvenesce e acho que até faz bem à saúde. Já é um hábito: dou sangue de três em três meses.

Mas aconteceu alguma coisa que o fez começar a dar sangue?

Quando tinha nove anos, hoje tenho 50, vi duas pessoas minhas amigas morrerem num acidente e lembro-me de ouvir o médico que foi ao local confirmar a morte dizer que se eles tivessem recebido sangue sobreviveriam. Fiquei com aquela ideia e hoje penso muito nos acidentados que precisam de transfusões.

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JOSÉ PAULA, O MAIOR DADOR DE SANGUE DOS HOSPITAIS UNIVERSITÁRIOS DE COIMBRA, FALOU AO 'CM' SOBRE O SEU RECORDE. É em salvar vidas que pensa quando dá sangue?

É. Já devo ter salvo algumas, mas nunca fiz questão de o dizer. Quero é que o meu sangue corra nas veias de quem precisa. Mas gostava de conhecer alguém que tivesse sido salvo por causa do meu sangue.

Tem alguns cuidados especiais por ser dador?

Faço a minha vida normal. Sou um bom garfo, gosto de beber, fumo uns cigarros... É preciso é ter vontade e boas intenções.

Pensa ser dador até quando?

Enquanto tiver saúde. Gostava de chegar pelo menos às cem colheitas.

Incentiva outras pessoas a dar sangue?

Sim, mas não é fácil. Já convenci a minha mulher, mas o assunto ainda é tabu para muitas pessoas que têm medo das agulhas, dos contágios... Não há que ter medo.

Hoje recebe uma medalha de ouro dos HUC por ter mais de sessenta dádivas. Como se sente?

É um dia de alegria e de orgulho. Não o fiz à espera de nenhuma retribuição, mas sinto-me satisfeito com o reconhecimento.

Cátia Vicente

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Doe Sangue ... Doe Vida!

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Fim