Palestra Marketing e Sustentabilidade - Prof dawison calheiros - 2015

50
MARKETING E CONSUMO RESPONSÁVEL, SUSTENTABILIDADE E SEUS IMPACTOS.

Transcript of Palestra Marketing e Sustentabilidade - Prof dawison calheiros - 2015

MARKETING E CONSUMO RESPONSÁVEL, SUSTENTABILIDADE E SEUS IMPACTOS.

COMO FAZER O CASAMENTO ENTRE

MARKETING E SUSTENTABILIDADE

DAR CERTO ?

Quantas inúmeras vezes

você ouviu ou leu o

comentário de que uma

determinada empresa não

tem preocupação nenhuma

com a sustentabilidade, que

tudo é só marketing?

O aumento quantitativo desse tipo de crítica traz à tona a

constatação de que o consumidor está cada vez mais

engajado, participativo e consciente para avaliar se as

iniciativas de marketing das empresas estão em sintonia

com suas ações concretas em busca da sustentabilidade.

Reflexo desse aumento da preocupação do público com a

sustentabilidade foi o estabelecimento, pelo CONAR

(Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária),

de novas normas que visam coibir a banalização da

publicidade que contenha apelos sobre o tema. O órgão

recomenda que a menção à sustentabilidade obedeça

estritamente a critérios de veracidade, exatidão, pertinência

e relevância..

É esse novo consumidor que Kotler se refere em seu livro Marketing 3.0 - As forças que estão definindo o novo marketing centrado no ser humano.

Levando-se em conta a maior participação dos consumidores nas mídias sociais e o consequente aumento de poder e agilidade desse tipo de comunicação, as empresas que se expõe inadequadamente correm o risco de criar verdadeiras crises institucionais.

Vale, aqui, o velho conselho de fazer a lição de casa primeiro, melhorando o desempenho da empresa em sustentabilidade antes de realizar qualquer comunicação.

FÁBRICA VERDE - CONCEITO

11 tendências sustentáveis

Como as empresas estão comunicando a sustentabilidade no mundo? E, principalmente, o que e de que modo vão comunicar o tema nos próximos anos?

1) Consumidores exigentes, mais comunicação

Esse é um movimento que tende a se expandir em todo o mundo em resposta ao crescente interesse dos consumidores e às demandas por mais transparência. Estudo sobre marcas verdes, revelou que 60% dos consumidores querem comprar produtos de empresas sustentáveis.

2) Inovação puxa comunicação de produtos

A valorização da sustentabilidade como vantagem competitiva tem levado cada vez mais empresas a comunicar não só aspectos convencionais como reciclagem e pegada de carbono, mas também iniciativas amplas relacionadas a produtos verdes.

3) A velha história da lição de casa primeiro…

A ideia parece óbvia, mas a história recente mostra que, contrariando o bom senso, muitas companhias quebraram a cara por botar o discurso a léguas da prática. Você, certamente conhece pelo menos uma empresa brasileira que cometeu esse equívoco. Arrisque fazer a sua listinha.

4) Mensagem valoriza o desempenho do produto, o bolso do consumidor e a contribuição para o planeta. Tudo ao mesmo tempo.

As primeiras ações de comunicação, adotavam um tom mais institucional. Agora, elas estão tratando a produção dos produtos e ainda contam com a “vantajosa” interação do consumidor.

5) Simples é melhor...

Observa-se uma tendência pela simplificação da mensagem da sustentabilidade. Um exemplo dessa tendência é a Marks&Spencer, maior rede de lojas de departamento do Reino Unido. A rede britânica implantou uma campanha chamada Plano A, na qual transforma 100 compromissos em cinco pilares (Mudanças Climáticas, Resíduos, Matéria-Prima Reciclável, Parcerias Justas e Saúde), devidamente identificados por ícones. “Cinco anos. Cinco compromissos. 100 coisas para mudar. Porque temos apenas um mundo. E o tempo está acabando”.

6) Verificação externa funciona como avalista

Cada vez mais empresas estão recorrendo à verificação externa e independente para validar suas estratégias verdes e metas de sustentabilidade corporativas. Na França, Alemanha e China, por exemplo, os consumidores se orientam quase que exclusivamente pelos selos de certificação.

7) Natural em alta

Tudo o que é “natural” segue em alta. Cada vez mais empresas se socorrem no procedimento de comunicar, nos rótulos, o “quão natural” é o produto.

8 ) Redes sociais, aí vamos nós!

Cada vez mais empresas vêm utilizando as ferramentas de mídia social para dialogar com públicos de interesse e ampliar o alcance de sua comunicação da sustentabilidade. Os vídeos on-line estão em alta entre os norte-americanos.

9) Preferindo o todo, em vez das partes

Cresce o número de empresas que estão trocando ações pontuais por um posicionamento mais amplo de sustentabilidade. A partir de três critérios: emissões de carbono, utilização de produtos químicos e consumo de recursos (a porcentagem, em peso, de materiais reciclados, orgânicos e renováveis), As empresas qualificam de 1 a 10 a “sustentabilidade” do produto. As informações são registradas em uma etiqueta e disponibilizadas aos consumidores no ponto de venda.

10) O que focam as mensagens

Consumo de energia no ciclo de vida e uso do produto, matérias-primas com padrões éticos e ambientais; produtos químicos com segurança, materiais naturais, orgânicos e produtos químicos excluídos; gestão e uso da água; ações relacionadas a causas locais e globais, tais como o comércio justo, que proporcionem algum tipo de economia ao cliente e resultados financeiros para organizações.

11) Marcas sustentáveis mobilizam consumidores, empregados e parceiros

Parece crescer a consciência de que a sustentabilidade é um componente ético fundamental na construção de marcas. E, ainda, que marcas sustentáveis geram uma aura de simpatia e interesse. Criam audiências, favorecem proximidade e despertam confiança.

Finalmente a “Internet das Coisas” está se tornando realidade, e que forma melhor de acompanhar essa tendência tecnológica do que apresentando aplicativos que realmente atendem aos consumidores como verdadeiros “empregados tecnológicos”?

São consumidores que deixam de comprar passivamente um produto para se tornarem verdadeiros investidores, se não acionistas, das marcas das quais são clientes. Entretanto, esse público cada vez mais sagaz nos negócios geralmente busca um retorno financeiro e também emocional, portanto, apenas as marcas abertas, amigáveis, honestas, confiáveis, transparentes e de alguma forma humanas conseguirão atrair CUSTOWNERS interessados

Para consumidores com realmente pouco tempo, nada se compara à simplicidade e praticidade de fazer pedidos ou pagar com um simples toque, clicando ou apertando um botão.

Para muitos, o empreendedorismo é um novo símbolo de status - com o empreendedorismo tecnológico ocupando o topo da pirâmide. Especialmente os jovens estão cada vez mais atrás de oportunidades empreendedoras, uma vez que são "empoderados" (e de fato se tornam mais eficientes) pelas tecnologias online que possibilitam criar e expandir uma empresa com pouco investimento.

Os governos do mundo “desenvolvido” estão (ficando) sem dinheiro, enquanto em muitas nações e cidades “emergentes” os governos não conseguem dar conta da demanda pelos seus serviços. Isso tudo cria grandes oportunidades para as marcas que oferecem mais do que a simples venda de produtos e serviços.

Pela internet não faltam informações úteis e bons conselhos. Na verdade, há poucas áreas onde os consumidores ficam realmente no escuro sobre o que deveriam estar fazendo. Obviamente, seguir os conselhos é uma coisa completamente diferente. É por isso que os consumidores receberão bem os produtos, aplicativos ou serviços que monitorem, lembrem, cutuquem e forcem-os a se comportar e agir "melhor".

Em um mundo completamente dependente da conexão, com dispositivos cada vez mais poderosos e empolgantes, baterias com vida mais longa e opções para carregamento são os verdadeiros cálices sagrados para qualquer viciado no estilo de vida online.

Os benefícios de acessar e contribuir para a riqueza de informações parecem não ter fim. Além de simplesmente tornar a vida mais eficiente e agradável, já existe uma série de produtos, serviços e (especialmente) aplicativos que ajudam a manter as pessoas seguras exatamente quando elas mais precisam

Se os CUSTOWNERS são consumidores que têm participação em um empreendimento, os SELLSUMERS são os consumidores que lucram com a venda dos seus insights às empresas, comercializando suas ideias criativas com outros consumidores, com mais clientes ganhando dinheiro, estamos vivendo o crescimento rápido daqueles que chamamos de TASKSUMERS: os consumidores que lucram com a realização de pequenas tarefas para outras pessoas ou empresas.

A busca pelo consumo sustentável continua, mas com muitos consumidores cada vez mais descrentes das ecoiniciativas ou em busca de ecohistórias realmente convincentes, os ecoprodutores precisarão dar um passo a frente e adotar o SUPER-ECO, onde todos os aspectos do produto ou serviço são, indiscutível e completamente, sustentáveis

O desejo dos consumidores de exibirem suas vidas em redes sociais é realmente incessante, e “Curtir” as coisas é parte integral disso. No ano passado, vimos as primeiras iniciativas de conectar o mundo físico ao online.

Se o individualismo é a nova religião, a singularidade é sua Deusa. Os consumidores se destacam ao fazer, visitar, possuir, usar, comer, dirigir e desfrutar de produtos e serviços aos quais (a maioria dos) outros não têm acesso. Ainda assim, com a prosperidade e o acesso em massa, isso está se tornando um alvo cada vez mais difícil de se atingir com ainda mais produtos, serviços e experiências que levam a escassez ao extremo.

t