Palestra o Negro No Brasil

23
O negr@ no Brasil de hoje: Entre o racismo e a desigualdade

description

palestra O negro No brasil

Transcript of Palestra o Negro No Brasil

O negro no Brasil de hoje: Entre o racismo e a desigualdade

O negr@ no Brasil de hoje:Entre o racismo e a desigualdade

A escravido e o sistema colonialA historia da escravido no Brasil comea por volta de 1549 e perdurou at 13 de maio de 1888. Aproximadamente 350 anos. Estima-se que 5 milhes de negros foram trazidos de maneira forada para o Brasil, o que correspondia a 40% do total de negros retirados do continente africano.Em todas as reas do Brasil os negros construram a nossa economia, mas, por outro lado, foram sumariamente excludos da diviso dessa riqueza.A historia do negro no Brasil confunde-se e identifica-se com a formao da prpria nao brasileira e acompanha sua evoluo histrica e racial ( MOURA, 1992, p.7).

A produo de uma economia colonial, e por isto destinada a um mercado externo cada vez maior, era fruto desse trabalho do negro escravizado. E essa economia, que passa pela produo aucareira, pela minerao, produtos tropicais e termina na fase do caf, feita pelo negro. No entanto, esse fato no contribui em nada para que ele consiga um mnimo dessa renda em proveito prprio. Pelo contrario. Toda essa produo enviada para o exterior, e os senhores de escravos ficam com todo o lucro da exportao e comercializao (MOURA, 1992, p.12)As marcas da escravido

- Os negros escravizados viviam como se fossem um animal. No tinha nenhum direito, e pelas ordens do reino podia ser vendido, trocado, castigado, mutilado ou mesmo morto sem que ningum ou nenhuma instituio pudesse intervir em seu favor.

A comida era jogada ao cho. Seminus, os escravos dela se apoderavam num salto de gato, comida misturada com areia, engolindo tudo sem mastigar porque no havia tempo a esperar diante dos mais espertos e mais vorazes

Os negros escravizados trabalhavam em media 14 e 16 horas por dia sob a fiscalizao do feitor. Quando um escravo era considerado preguioso ou insubordinado, ai vinham os castigos. Os dois instrumentos de tortura mais usados eram o tronco e o pelourinho.Ao escravo fugido encontrado em quilombo mandava-se ferrar com um F na testa e em caso de reincidncia cortavam-lhe a orelha.

Havendo casos de negros enterrados vivos, jogados em caldeires de agua ou azeite fervendo, castrados, deformados, alm dos castigos corriqueiros, como os aplicados com a palmatoria, o aoite, o vira-mundo, os anjinhos e muitas outras formas de se coagir o negro rebelde.

Na diviso social do trabalho, 90% dos negros escravizados eram destinados s atividades da agroindstria, atividades nas minas ou fazendas de caf. Os outros eram os chamados escravos domsticos.

A resistncia negra contra a escravidoDurante todo o perodo da escravido se verificou um movimento de resistncia contra o sistema escravista. O principal deles foi a organizao de quilombos que eram territrios livres.O Quilombo dos Palmares ( Sculo XVII)A Revoluo Farroupilha ( 1835-1845).A Revolta dos Alfaiates em Salvador (1798).A revolta dos Mals em 1835 na cidade de Salvador.A revolta da Chibata em 1910Onde houve escravido, houve resistncia. E de vrios tipos. Mesmo sob ameaa de chicote, o escravo negociava espaos de autonomia, fazia corpo mole no trabalho, quebrava ferramentas, incendiava plantaes, agredia senhores e feitores, rebelava-se individual e coletivamente. Houve um tipo de resistncia que poderamos considerar a mais tpica da escravido [...] trata-se das fugas e formao de grupos de escravos fugidos [...] essa fuga aconteceu nas Amricas e tinha nomes diferentes: no Brasil, Quilombos e Mocambos e seus membros: Quilombolas, Calhambolas ou Mocambeiros. (REIS, 1996, p.47).A herana da escravido

A populao brasileira que se autodeclara negra ou parda est aumentando na ltima dcada. Segundo aPesquisa Nacional por Amostra de Domiclios (PNAD) 2014, realizada pelo IBGE e divulgada nesta sexta-feira, 53% dos brasileiros se declararam pardos ou negros no ano passado, diante de 45,5% que se disseram brancos.

H dez anos, em 2004, 51,2% dos brasileiros se diziam brancos diante de 42% pardos e 5,9% negros (totalizando 47,9% de negros e pardos), apontando paraa predominncia da populao brasileira que se autodeclarava branca.

Foi em 2007 que os nmeros viraram, quando 49,2% se disseram brancos, 42,5% pardos e 7,5% negros (totalizando 50% de negros e pardos). Desde ento, o nmero de pessoas que se diz negro ou pardo s faz crescer.

Fonte: El Pas

Apesar do orgulho crescente, os negros se dividem entre a satisfao com a prpria cor e a realidade diferente para cada grupo tnico no Brasil. Essa a parcela da populao que mais sofre com a violncia, salrios menores e crimes racistas no pas.

Segundo o Mapa da Violncia, divulgado na semana passada, o assassinato de mulheres brancascaiu 10% na ltima dcada (entre 2003 e 2013), enquanto o de mulheres negras subiu 54%.

O mesmo acontece com os assassinatos por arma de fogo. Enquanto entre a populao branca houve queda de 23%, a quantidade de vtimasnegras cresceu 14% entre 2003 e 2012.

Tambm so os jogadores de futebol negros os que sofremcom racismo em campo,e so as mulheres negras queganham at 75% menos que os homensbrancos nos mesmos postos de trabalho.

Fonte: El Pas

O Mito da democracia racialPersonalidades Negras

Angela Yvonne DavisMartin Luther KingMaria FilipaJoo Cndido

Milton santosMohamed AliDandaraMalcon XLuiz GamaJose do PatrocnioZumbi dos PalmaresBob MarleyLIVROS SOBRE O NEGRO NO BRASIL

Filmes sobre a escravido e racismo