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PALESTRA Políticas Sociais no Brasil contemporâneo Jorge Abrahão de Castro (Diretor do Diest/Ipea) 12 de janeiro de 2012

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PALESTRA

Políticas Sociais no Brasil contemporâneo

Jorge Abrahão de Castro (Diretor do Diest/Ipea)

12 de janeiro de 2012

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Política Social brasileira

Jorge Abrahão de Castro

Diretor da Diretoria de Estudos e Políticas Sociais (Disoc) do IPEA

Brasília, 12 de janeiro de 2012

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Políticas sociais e econômicas são fundamentais

para se atingir um novo tipo de desenvolvimento

A continuidade e a articulação das políticas sociais ajudouas famílias pobres a terem renda e suprirem outrasnecessidades além da renda.

O mercado de trabalho e as políticas sociais garantiram amelhor distribuição dos frutos do crescimento econômico.

A expansão dos programas de transferência de renda,como o Bolsa Família a previdência rural e o BPC, tevepapel importante no combate à fome e à pobreza.

A política do salário mínimo têm sido um dos maisimportantes fatores de promoção do bem-estar nosúltimos anos.

A estabilidade monetária tem sido fundamental.

A estratégia de crescimento inclusivo com redistribuiçãoajudou o Brasil a atravessar a crise financeirainternacional de 2008.

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Algumas características: Políticas sociais são formas mais ou menos institucionalizadas que as

sociedades vão construindo a partir de seu processo histórico para protegere/ou promover parte ou todos os seus membros.

No Brasil é, em grande medida, efetuada enquanto programas e ações doEstado para atender direitos sociais e cobrir riscos, contingências enecessidades;

Está afetando vários dos elementos que compõem as condiçõesbásicas de vida da população;

inclusive aquelas que dizem respeito à pobreza e à desigualdade. Garantia de direitos sociais com base na cidadania e não no desempenho,

(direitos sociais adquirem o status legal de direito de propriedade e sãoinvioláveis) o que implica na desmercadorização do status dos indivíduos vis-a-vis o mercado.

Começa a regular direta ou indiretamente o volume, as taxas e oscomportamentos do emprego e do salário na economia.

Busca se organizar em caráter de sistemas mediante:

articulação nacional;

com mecanismo de financiamento.

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Fatores importantes dos últimos vinte

anos: Ampliação e extensão dos direitos sociais;

Concepção de seguridade social como forma mais

abrangente de proteção;

Afrouxamento do vínculo contributivo como

princípio estruturante do sistema;

Universalização do acesso e a expansão da

cobertura;

Recuperação e redefinição de patamares mínimos dos

valores dos benefícios sociais;

Maior comprometimento do Estado com o sistema,

projetando um maior grau de provisão estatal pública

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Política

Social

Promoção social(Oportunidades e

Resultados)

Proteção social(seguridade social)

Solidariedade e

seguro social

a indivíduos e grupos

em resposta a direitos,

contingências, riscos e

necessidades sociais

Geração, utilização e

fruição das capacidades

de indivíduos e grupos

sociais

Contigências, riscos e necessidadesTipo da açãoObjetivos

despreparo para o trabalho e exercício da

cidadania

distorções de renda e riqueza material;

distorções de alocação de bens e serviços

coletivos; e

Marginalização de indivíduos e/ou grupos pela

falta de oportunidades no mercado.

incapacidade de ganhar a vida por conta

própria devido a fatores externos, que

independem da vontade individual;

posição vulnerável no ciclo vital do ser

humano (por exemplo crianças e idosos); e

situações de risco e contingências como em

caso de acidentes (invalidez por acidente).

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POLÍTICA

SOCIAL

Promoção social(Oportunidades e

Resultados)

Proteção social(seguridade social)

Saúde

Previdência Social

Geral e

Servidor público

Assistência Social

Saneamento Básico

Habitação e Urbanismo

Educação

Trabalho e Renda

Desenvolvimento

Agrário

Cultura

POLÍTICAS TRANSVERSAISPOLÍTICAS SETORIAIS

Igualdade Racial

Igualdade de Gênero

Crianças e adolescentes

Idosos

Juventude

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POLÍTICA

SOCIAL

Promoção social(Oportunidades e

Resultados)

Proteção social(seguridade social)

Saúde

Previdência Social

Geral e

Servidor público

Assistência Social

Saneamento

Básico

Habitação e

Urbanismo

Educação

Trabalho e Renda

Desenvolvimento

Agrário

Cultura

Riscos, contingências e necessidadesPolíticas Setoriais

Aposentadorias, pensões, auxilio funeral

e outros auxilios

Incapcidades físicas ou mentais para se

ocupar em atividades sociais e

economicas

Acidentes de trabalho e enfernidades

profissionais

Gravidez, nascimento, adoção, cuidados

a crianças e outros membros da familia

Manter, restaurar e melhorar a saude.

Enfermidades físicas ou mentais

Desemprego, saida cedo do mercado de

trabalho por razões de mercado

Habitações precarias, saneamento basico,

dificuldades no transporte

Acesso, permanencia na escola.

Analfabetismo. Acesso a serviços

culturais

Intermediação, treinamento e incentivos a

criação de empregos e renda

Manter, restaurar e melhorar a condição

nutricional

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Política

Social

Promoção social(Oportunidades e

Resultados)

Proteção social(seguridade social)

Saúde

Previdência Social

Regime Geral e

Servidor público

Assistência Social

Saneamento Básico

Habitação e Urbanismo

Educação

Trabalho e Renda

Desenvolvimento

Agrário

Cultura

APARATO DISPONÍVELPOLÍTICAS SETORIAIS

Sistema Único de Saúde

SUS

Sistema Previdenciário

RGPS (Centralizado)

RPPS (descentralizado)

Sistema Único de

Assistência Social

SUAS

Não tem sistema

Sistema Federativo

de Educação(Descentralizado)

Sistema Público

de Empregos (SPE)(frágil e centralizado/descentralizado)

Não tem sistema(estratégia dos Territórios

da cidadania)

Não tem sistema(Sistema em processo de

discussão)

Ministério da Saúde

Secretarias de estados e municípios

63.267 ambulatórios

6.101 internações

7.162 urgências

21.357 diagnose e terapia

Ministério da Previdência Social

2.320 Agências da Previdência

193 Prev cidades

agencias do RPPS

Ministério do Desenvolvimento Social

Secretarias de estados e municípios

5.142 Cras cadastrados

4.244 Cras c/cofinanciamento fed.

3.635 Cras C/cofinanciamento PAIF

Ministério das Cidades

Secretarias de estados e municípios

Companhias de Saneamento estaduais

Companhias de Saneamento municipais

Ministério das Cidades

Agências da Caixa Econômica Federal

Secretarias de estados e municípios

Ministério da Educação

Secretarias de estados e municípios

244 escolas federal

39.833 escolas Estadual

133.844 escolas municipais

Ministério do Trabalho

Secretarias de estados e municípios

1.266 postos do Sine

Rede de qualificação

Agencias de microcrédito

Ministério do Desenvolvimento Agrário

23 agências do incra

Territórios da cidadania

Ministério da Cultura

Secretarias de estados e municípios

252 fundações de cultura

7.048 bibliotecas públicas

GESTÃO/ORGANIZAÇÃO

Não tem sistema

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POLÍTICA

SOCIAL

Promoção social(Oportunidades e

Resultados)

Proteção social(seguridade social) Saúde

Previdência Social

Geral (RGPS) e

Servidor público (RPPS)

Assistência Social

Educação

Trabalho e Renda

Desenvolvimento

Agrário

PROGRAMAS/AÇÕESPOLÍTICAS SETORIAIS

Aposentadorias e Pensões

Trabalho e Renda(Seguro desemprego)

(1) Departamento de Atenção Básica, Ministério da Saúde. Ano: 2009

(2) RIPSA. IDB (2008)

(3) MDS. Ano: 2009

(4) Em 2009, de acordo com o MEC, foram adquiridos 103,5 milhões de livros para o Ensino Fundamental, 11,2 milhões para o Ensino Médio e 2,8 milhões para alfabetização de jovens e adultos

BENEFICIOS/BENEFICIÁRIOS

24 milhões de beneficiários (RGPS)

3,4 milhões de beneficiários (RPPS)

Programa Bolsa-Família

Beneficiários de Prestação

Continuada

12,4 milhões de famílias(51 milhões de pessoas) (3)

1,6 milhão de pessoas com

deficiência;

1,5 milhão de idosos

Agentes Comunitários de Saúde

Equipes de Saúde da Família

Equipes de Saúde Bucal

Consultas Médicas

61% da população coberta(1)

(115,4 milhões de pessoas)

51% da população coberta(1)

(96,1 milhões de pessoas)

48% da população coberta(1)

(91,3 milhões de pessoas)

2,5 consultas per capita/ano(2)

Seguro desemprego 6,5 milhões de beneficiários

Educação Infantil

Educação Básica

(Ensino Fundamental e Médio)

Graduação

Distribuição de livros didáticos

4,2 milhões de alunos

37,6 milhões de alunos

1,2 milhão de alunos

117,5 milhões de livros(4)

Proger

Intermediação SINE

Valorização do Salario Minimo

3 milhões de Operações de crédito

realizada (2007)

981 mil trabalhadores

(re)colocados (2007)

Programa Nacional de

Fortalecimento da Agricultura

Familiar (Pronaf)

Reforma Agrária

1,7 milhão de contratos de

financiamento e 8 mil projetos

de reforma agrária (55 mil famílias

assentadas (20090)

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Política

Social

Promoção social(Oportunidades e

Resultados)

Proteção social(seguridade social)

Saúde

Previdência Social

Regime Geral e

Servidor público

Assistência Social

Saneamento Básico

Educação

Trabalho e Renda

Desenvolvimento

Agrário

POLÍTICAS SETORIAIS INDICADORES SOCIAIS

•64,9% de cobertura da PIA (16 a 64 anos)

•93,3% de cobertura da pop. de 65 anos ou mais

•73% de domicílios com indivíduos de mais de 60 anos que recebem

aposentadoria ou pensão

•21,3 por mil nascidos vivos é a taxa de mortalidade infantil

•72,1 anos é a Esperança de Vida

•20,1% é a Proporção da população vivendo com menos de R$ 120 per

capita (linha de elegibilidade para o Bolsa Família em 2006)

•7,9% é a taxa de desemprego

• 62,9 % é a Taxa de Cobertura Efetiva do seguro-desemprego

•91,3% de abastecimento de água (Urbano)

•81,0% de esgoto Sanitário (Urbano)

•97,6 % de coleta de lixo (Urbano)

•97,6% é a Taxa de freqüência liquida à escola (7 a 14 anos)

•9,9% é Taxa de analfabetismo (15 anos ou mais)

•7,4 anos é Número médio de anos de estudos (15 anos ou mais)

•0,816 é o índice de Gini para propriedade da terra (Concentração

Fundiária)

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Áreas de Atuação Indicadores

Anos 90 Ano 2009

Previdência Social % da PIA (16 a 64 anos) coberta - 64,9 (2008)

% de cobertura da pop. de 65 anos ou mais - 93,3 (2008)

% de benefícios menores que 1 s.m. - 2,0 (2007)

% de benefícios do maiores que 1 s.m. - 42,0 (2007)

% de domicilios com individuos de mais de 60 anos que recebem

aposentadoria ou pensão

72,8 (1995) 73 (2007)

Assistência Social % da população vivendo com menos de R$ 131 per capita (linha superior

de elegibilidade para o Bolsa Família em 2009)

27,3 (1995) 13,7 (2009)

% da população vivendo com menos de R$ 66 per capita (linha inferior

de elegibilidade para o Bolsa Família em 2009)

10,7 (1995) 4,8 (2009)

Saúde Taxa de Mortalidade Infantil (por mil Nascidos Vivos) 47,1 (1990) 19,0 (2008)

Taxa de Mortalidade na Infãncia 53,7 (1990) 22,8 (2008)

Esperança de Vida ao Nascer (anos) 68,5 (1995) 72,1 (2007)

Taxa de Cobertura Efetiva do seguro-desemprego 1 65,9 (1995) 62,9 (2007)

Taxa de Reposição do seguro-desemprego 2 50,9 (1995) 68,3 (2007)

Taxa de aderência da intermediação 39,2 (1995) 47,5 (2007)

Taxa de admissão da intermediação 1,5 (1995) 6,8 (2007)

Taxa de freqüência à escola (0 a 3 anos) 7,5 (1995) 18,2 (2009)

Taxa de freqüência à escola (4 a 6 anos) 53,4 (1995) 81,3 (2009)

Educação Taxa de freqüência à escola (7 a 14 anos) 86,6 (1992) 98,0 (2009)

Taxa de freqüência à escola (15 a 17 anos) 59,7 (1992) 85,2 (2009)

Taxa de freqüência à escola (18 a 24 anos) 22,6 (1992) 30,3 (2009)

Taxa de analfabetismo (15 anos ou mais) 17,2 (1992) 9,7 (2009)

Número médio de anos de estudos (15 anos ou mais) 5,2 (1992) 7,5 (2009)

Desenvolvimento

Agrário

Concentração Fundiária - índice de Gini para propriedade da terra 0,838 (1998) 0,816 (2003)

% Abastecimento de Água (urbano) 82,3 (1992) 91,6 (2008)

% Esgoto Sanitário (urbano) 66,1(1992) 81 (2007)

% Coleta de Lixo (urbano) 79,8 (1992) 97,6 (2007)

% Domicilios urbanos com condições de moradia adequada 50,7 (1992) 65,7 (2008)

Déficit Habitacional total (Habitações) n.d. 5,7 milhões (2008)

Renda domiciliar per capita média em US$ PPC por dia 5,5 (1990) 12,1 (2008)

Desigualdade de renda - Gini 0,601 (1990) 0,538 (2009)

% da população vivendo com menos de US$ PPC 1,25 por dia (situação

de extrema pobreza) - critério ONU/ODM -

25,6 (1990) 4,8 (2008)

População total vivendo com menos de US$ PPC 1,25 por dia (situação

de extrema pobreza) - critério ONU/ODM

36,2 milhões (1990) 8,9 milhões (2008)

% da renda nacional detida pelos 20% mais pobres 2,2 (1990) 3,1 (2008)

Salário mínimo em US$ PPC por dia 4,0 (1990) 8,4 (2008)

Fonte: IPEA (Acompanhamento e análise 17, 2009) e IPEA (ODM - Relatório Nacional de acompanhamento, 2010)

Renda e

Desigualdade

Resultados/valores

Trabalho e Renda

(Proteção)

Trabalho e Renda

(Promoção)

Saneamento e

Habitação

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Gasto público na Política SocialEm % do PIB

Fontes: Para 1980,1985 e 1990: Médici e Maciel (1996); Para 1995: Fernandes et alli (1998); 2005: elaboração própria

13,913,3

19,0 19,2

21,9

0

5

10

15

20

25

% d

o P

IB

1980 1985 1990 1995 2005

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Gasto público na Política Social, por Áreas de

atuação (em % do PIB)

Fontes: Para 1980,1985 e 1990: Médici e Maciel (1996); Para 1995: Fernandes et alli (1998); 2005: elaboração própria

5,9

2,72,3

1,9

0,2 0,0

0,7

0,1

11,3

4,1

3,3

0,81,0

0,60,3 0,4

0,0

2,0

4,0

6,0

8,0

10,0

12,0

Previdência

Social

(RGPS+RPPS)

Educação e

Cultura

Saúde Habitação e

Urbanismo

Assistência

Social

Emprego e

Defesa

Trabalhador

Saneamento Outros

1980 2005

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Gasto público na Política Social, participação %

das esferas de governo

Fontes: Para 1980,1985 e 1990: Médici e Maciel (1996); Para 1995: Fernandes et alli (1998); 2005: elaboração própria

0%

20%

40%

60%

80%

100%

Municipal 10,6 13,4 12,8 16,7 16,3

Estadual 23,6 24,6 26,9 23,7 21,8

Federal 65,8 62,0 60,4 59,6 61,9

1980 1985 1990 1995 2005

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Multiplicador

= 1,37% de

crescimento no PIB

= 1,85% de

crescimento da renda

das familias.

Sistema Tributário Nacional:56% do incremento inicial do GPS volta ao Estado em impostos e contribuições

Incremento de

1,0% de PIB no

GPS

Transferências monetárias

RGPS – 24 milhões de beneficios

(18 milhões = SM)

RPPS – 4,3 milhões (> SM)

BPC – 3,4 milhões de beneficios (=

SM)

PBF – 12,4 milhões de beneficios (<SM)

Consumo - Pessoal

Técnicos/profissionais da área social

(técnicos administrativos, professores, médicos,

assistentes socias, psicologos, engenheiros, etc..)

Consumo intermediário

43,2 milhões de

beneficios transferidos mensalmente

(33,8 milhões = SM)

4,7 milhões de empregos gerados

diretamente

( > ou = SM)

Bens e materiais de consumo necessários

aos serviços sociais

117 milhões de livros/ano; 7,3 bilhões

de merendas/ano; 10,6 milhões de

cestas básicas; remédios; material de

escritorio, de atendimento hospitalar e

outros, etc.

Circuito econômico da Política Social no Brasil

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Efeitos multiplicadores para gastos de 1% de

PIB em cada setor, no PIB - SAM, 2006

1,851,76

1,70

1,44 1,40 1,38

1,23

0,88

0,71

0,0

2,0

Educação

pública

Outro

consumo da

adm pub

Saúde

pública

Bolsa

Família

Exportação

commodities

BPC RGPS RPPS Juros da

dívida

pública

Va

ria

ção

%

PIB

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Participação do Bolsa Família, do Auxílios, do Seguro-desemprego

e do BPC na renda monetária, segundo décimos de renda - 2009.

5 512 2

18 2

1.17 7

7 3 3

2 4 9

3 3 24 3 1

5 6 3

7 7 5

3 .4 4 4

0%

4%

8%

12%

16%

20%

24%

1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º média

décimos de renda monetária

par

tici

paç

ão n

a re

nd

a

bolsas BPC auxílios seguro desemprego renda monetária mensal familiar per capita

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Padrão distributivo do gasto em

educação

9,410,6

7,6

12,5

6,0

8,0

10,0

12,0

14,0

1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º

Perc

en

tual (%

)

2003 2008

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Efeito distribuição de renda

-2,3%

-2,2%

-1,5%

-1,2%

-1,1%

0,1%

0,05%

0,04%

-2,50% -2,00% -1,50% -1,00% -0,50% 0,00% 0,50%

Benefício de Prestação Continuada

Programa Bolsa Família

Saúde

RGPS

Educação

Investimento em Construção Civil

Exportações de Commodities

Juros sobre a Dívida Pública

Variação do Gini em relação a renda inicial

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Efeito crescimento/distribuição

PBF

BPC

Previdência Social

Juros da Dívida

Pública

Saúde Pública

Educação Pública

Exportação

Commodities

Investimento

Construção Civil

-2,4 0 2,4

Variação do Gini "estizado" (%)

Vari

ação

do

PIB

(%

)

2,0%

1,0%

Maior crescimento

Menor desigualdade

Menor crescimento

Maior desigualdade

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Brasil: Carga Tributária (%) por Décimos de Renda,

2002-2003, a partir da POF

32,8

29,1

24,220,7

19,418,3 17,6

16,4 16,414,6

10,7

12,0

8,87,7

6,95,7

4,94,54,12,83,7

22,723,424,123,323,323,223,924,8

27,0

0,0

5,0

10,0

15,0

20,0

25,0

30,0

35,0

Tributação Indireta 29,1 24,2 20,7 19,4 18,3 17,6 16,4 16,4 14,6 10,7

Tributação Direta 3,7 2,8 4,1 4,5 4,9 5,7 6,9 7,7 8,8 12,0

Tributação Total 32,8 27,0 24,8 23,9 23,2 23,3 23,3 24,1 23,4 22,7

1o 2o 3o 4o 5o 6o 7o 8o 9o 10o

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Carga tributária sobre renda total

0%

3%

6%

9%

12%

15%

18%

21%

24%

27%

30%

1⁰ 2⁰ 3⁰ 4⁰ 5⁰ 6⁰ 7⁰ 8⁰ 9⁰ 10⁰ média 1⁰ 2⁰ 3⁰ 4⁰ 5⁰ 6⁰ 7⁰ 8⁰ 9⁰ 10⁰ média

2002/03 2008/09

décimos de renda pós-tributação monetária familiar per capita

indireta - inicial indireta - final direta - inicial

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Efeito das transferências da Política Social sobre a renda

das familias

1978,1988, 1988 e 2008

86,7

8,15,2

86,0

9,54,4

79,3

15,6

5,2

76,5

19,3

4,1

0

20

40

60

80

100

(%)

1978 1988 1998 2008

Ocupação Transferências monetárias  Outras

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Peso de algumas rendas na renda total

1994-2008

0%

1%

2%

3%

4%

5%

6%

1994 1996 1998 2000 2002 2004 2006 2008 2010Ano

Peso d

e C

ada R

enda n

a R

enda T

ota

l

Trab SM

Previ SM

LOAS

PBF

Juros

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Crescimento médio anual da renda domiciliar per capita em US$ PPC

por dia segundo décimos de sua distribuição

5,1

3,8 3,7 3,7 3,8 3,64,2 4,4 4,4

3,53,2 3,42,9 2,8 2,5 2,8

1,9 1,71,3

0,7

13,5

12,3 12,1

11,310,9

10,39,7

8,8

7,9

6,9

0-10% 10-20% 20-30% 30-40% 40-50% 50-60% 60-70% 70-80% 80-90% 90-100%

1993-1998

1998-2003

2003-2008

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Social

Promoção social

(Oportunidades e

Resultados)

Geração, utilização e fruição das

capacidades de indivíduos e grupos

sociais

Aumento da

Inovação e Produtividade

Crescimento Econômico

Proteção social

(seguridade social)

Solidariedade

a indivíduos e grupos em resposta

a direitos, risco, contingências e

necessidades sociais

Política

Social

(23% do PIB)

Econômico

Melhor

Distribuição da renda

PolíticoAmpliação da

participação

política e social

Desenvolvimento(crescimento +

Inclusão)

Salário Mínimo e Desenvolvimento

Política

Econômica

Política do

Salário Mínimo

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Salário

Mínimo

Seguridade Social

Pensões e

aposentadorias

Assistência SocialBeneficiários de Prestação

Continuada

Seguro de desemprego

Idosos

persoas em idade ativa

Persnas com deficiência

Idosos pobres

Empregados formais

Mercado de Trablho

Regulação Direxta

Regulação Indireta

Empregados formais

Funcionários públicos

Empregados domésticos formaisa

Empregados informais

Conta propria

Empregados domésticos informais

BENEFICIÁRIOS

(em 2009)

13,8 milhões de

pessoas diretamente

38,6 milhões de

pessoas (diretos e

indiretos)

20% da população

Gasto

Público

(em 2009)

6% do

PIB

BENEFICIARIOS

(em 2009)

9,5 milhões de

pessoas diretamente

34,2 milhões de

pessoas (diretos e

indiretos)

18% da população

BENEFICIARIOS

TOTAL ( 2009)

23,3 milhões de

pessoas diretamente

72,8 milhões de

pessoas (diretos e

indiretos)

38% da população

Circuito de influência do SM no Brasil

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Porcentagem da população afetada diretamente pelo SM

1995 e 2009

Discriminação Ano Pessoas

(milhões)

Familia

(quantidade)

População

(milhões)

% da

populaçãoMercado de trabajo 1995 7,1 4,4 31,2 21%

2009 9,5 3,6 34,2 18%

Seguridad Social 1995 7,4 3,2 23,7 16%

2009 13,8 2,8 38,6 20%

Total 1995 14,5 54,9 36%

2009 23,3 72,8 39%

Fonte: Pnad/IBGE

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Evolução do Salário Mínimo – 1940 a 2011

y = 7E-06x3 - 0,0095x

2 + 3,3769x + 246,86

0

200

400

600

800

1.000

1940.0

7

1941.1

1

1943.0

3

1944.0

7

1945.1

1

1947.0

3

1948.0

7

1949.1

1

1951.0

3

1952.0

7

1953.1

1

1955.0

3

1956.0

7

1957.1

1

1959.0

3

1960.0

7

1961.1

1

1963.0

3

1964.0

7

1965.1

1

1967.0

3

1968.0

7

1969.1

1

1971.0

3

1972.0

7

1973.1

1

1975.0

3

1976.0

7

1977.1

1

1979.0

3

1980.0

7

1981.1

1

1983.0

3

1984.0

7

1985.1

1

1987.0

3

1988.0

7

1989.1

1

1991.0

3

1992.0

7

1993.1

1

1995.0

3

1996.0

7

1997.1

1

1999.0

3

2000.0

7

2001.1

1

2003.0

3

2004.0

7

2005.1

1

2007.0

3

2008.0

7

2009.1

1

2011.0

3

Fase de queda do Salário Mínimo

(35 anos e queda de 63% em termos reais)

Fase de ascenso do Salário Mínimo

(15 anos e subida de 104% em termos reais)

Forte Crescimento do PIB

Estagnação do PIB

Ditadura Militar Democracia

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Tipo de renda 

1995 2004 2006

Renda domiciliar per capita 100.0% 100.0% 100.0%

Renda do trabalho 82.0% 76.5% 76.0%

Aposentadorias e pensões públicas 13.3% 18.0% 17.9%

Outro rendimentos (capital) 4.6% 4.8% 4.9%

BPC-LOAS 0.0% 0.3% 0.5%Bolsa Família 0.0% 0.5% 0.7%

Fonte: Soares et alii (2006) e Soares et alii (2008)

Peso na Renda Total

Pesos de diversos agregados de renda

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Dimensão da pobreza

extrema no Brasil

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Evolução da pobreza no Brasil

1995-200911,2

11,5

11,5

10,1

10,4

10,5

9,5 10,1

8,9

7,5

6,3

6,2

5,1 5,2

1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

1995-2003: -0.8% p.p.

2003-2009: -6,1% p.p.

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Efeito das Políticas de transferências sobre a pobreza

1978

1978

0,0

0,1

0,2

0,3

0,4

0,5

0,6

0 16 32 48 64 80

idade

pro

po

rção

de p

ob

res

Sem transferências Com transferências

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Efeito das Políticas de transferências sobre a pobreza

2008

2008

0,0

0,1

0,2

0,3

0,4

0,5

0,6

0 16 32 48 64 80

idade

pro

po

rção

de p

ob

res

Sem transferências Com transferências

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Evolução da pobreza no Brasil

15

28

82

51

9

18

81

78

90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90

Milhões de pessoas

VULNERÁVEIS

renda per capita R$ 134 a R$ 465

82,0 - 1,2 = 80,8 milhões em 2009

Renda média:

2004 R$ 267,49

2009 R$ 278,82 (+4%)

NÃO POBRESrenda per capita R$ 465 ou mais

51,3 + 26,6 = 77,9 milhões em 2009

Renda média:

2004 R$ 1.207,99

2009 R$ 1.189,32 (-2%)

POBRES

renda per capita R$ 67 a R$ 134

28,2 - 10,8 = 17,5 milhões em 2009

Renda média:

2004 R$ 101,61

2009 R$ 104,04 (+2%)

EXTREMAMENTE POBRES

renda per capita até R$ 67

15,0 - 6,3 = 8,7 milhões em 2009

Renda média:

2004 R$ 101,61

2009 R$ 104,04 (+2%)

BRASIL

Renda média:

2004 R$ 495,12

2009 R$ 634,65 (+28%)

Desigualdade (Gini):

2004 0.565

2009 0.538 (-6%)

20092004

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Incidência da extrema pobreza (%)

10,9

18,6

3,7 3,5 4,2

6,1

10,5

1,8 1,6 2,3

0

25

N NE SE S CO

Por macrorregião (%)

2004 2009

O avanço foi generalizado, mas as áreas rurais e as regiões Norte e Nordeste

ainda têm índices de extrema pobreza bem acima do Sudeste urbano

Por tipo de área (%)

20,5

12,7

6,0

3,2

0

25

Rural Urbano

2004 2009

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Aspectos demográficos

4,9

4,24,6 4,6

3,5 3,8

2,8 2,7

0

6

2004 2009

# moradores por domicílio

Extremamente pobres Pobres Vulneráveis Não Pobres

73 7466

72

5159

2736

0

80

2004 2009

pretos, pardos e indígenas (%)

Extremamente pobres Pobres Vulneráveis Não Pobres

23

15

1113

2 20 0

0

30

2004 2009

famílias com 4 ou mais crianças (%)

Extremamente pobres Pobres Vulneráveis Não Pobres

1625

15 14

4335

6873

0

80

2004 2009

famílias sem crianças (%)

Extremamente pobres Pobres Vulneráveis Não Pobres

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Idade e a pobreza extrema (%)

Importância

do PBF

Extrema pobreza está correlacionada com idade: incidência ainda é alta

entre crianças e apenas residual entre idosos

48,445,0

18,0 16,9

32,9

37,3

0,7 0,8

0

55

2004 2009

0 a 14 anos 15 a 24 anos 25 a 64 anos 65 anos ou mais

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Composição da renda em 2009

Trabalho 52.4%

PBF e BPC

39.1%

Previd1.7%

Outras 6.8%

Extremamente pobres

Trabalho 72.4%

PBF e BPC

13.9%

Previd8.7%

Outras 5.1%

Pobres

Trabalho 77.7%

PBF e BPC3.6%

Previd15.7%

Outras 3.0%

Vulneráveis

Trabalho 76.1%

PBF e BPC0.4%

Previd19.7%

Outras 3.8%

Não pobres

R$ 38 per

capita

R$ 104 per

capita

R$ 279 per

capita

R$ 1189 per

capita

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Programa Bolsa Família

Programa Bolsa Família também avançou muito, mas ainda existem muitas

famílias elegíveis que não recebem e os valores transferidos são baixos

41

66

44

62

20

34

5 4

0

70

2004 2009

Famílias beneficiadas pelo PBF (%)

Extremamente pobres Pobres Vulneráveis Não Pobres

62

110

61

104

45

91

35

78

0

120

2004 2009

Valor por família beneficiária (R$ 2009)

Extremamente pobres Pobres Vulneráveis Não Pobres

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Educação (15-60 anos)

3,7 4,3 4,3

4,9 5,9 6,3

9,8 9,7

0

12

2004 2009

Anos de estudo (15-60 anos)

Extremamente pobres Pobres Vulneráveis Não Pobres

51

4344

3832

27

812

0

60

2004 2009

Analfabetismo funcional (16-60 anos; %)

Extremamente pobres Pobres Vulneráveis Não Pobres

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Mercado de trabalho (%)

Fonte

Extremamente

PobresPobres Vulneráveis Não Pobres

2004 2009 2004 2009 2004 2009 2004 2009

Empregadores 0,1 0,3 0,4 0,5 1,4 1,2 8,1 6,0

Produtores agrícolas 28,9 34,0 21,8 22,6 14,7 11,4 3,6 5,1

Empreendedores 10,9 5,8 9,9 10,8 13,7 14,2 15,5 15,0

Empregados formais 1,6 0,2 9,8 6,6 22,4 22,4 38,1 41,1

Empregados informais 19,3 16,0 24,4 27,0 20,2 23,2 10,6 11,5

Desocupados 12,4 14,4 8,9 8,6 6,2 6,6 4,5 4,0

Inativos 26,8 29,2 25,0 23,8 21,3 21,1 19,5 17,2

PIA 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0

PIA como % da Pop. 41,6 45,3 48,3 48,5 57,1 58,3 65,7 63,8

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Famílias típicas 2009 (%)

Famílias Sem conexão Conexão precária Conexão agrícola Outras Total

Extremamente pobres 29 32 36 3 100

Pobres 10 45 21 23 100

Vulneráveis 7 29 9 56 100

Não pobres 6 15 3 75 100

Definidas em função da conexão com o mercado de trabalho

• Sem conexão: PIA familiar integralmente composta por desocupados e inativos

• Conexão precária: maior parte da PIA familiar ocupada é composta por contas próprias e/ou empregados informais

• Conexão agrícola: pelo menos metade da PIA familiar ocupada é composta por produtores agrícolas

• Outras: categoria residual que abrange todas as demais situações

Altos percentuais de famílias sem conexão com o mercado de trabalho e

com conexão agrícola entre os extremamente pobres

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Distribuição relativa (em %) da população total e

dos estratos de renda segundo tipos de família.

Brasil, 2009

Total

8,9

58,4

7,9

24,8

Sem Conexão Conexão Precária

Conexão agrícola Outras

Extr. pobre

35,5

3,1

32,5

29,0

Pobre

21,4

22,910,3

45,4

Vulnerável

8,7

55,6

29,1

6,6

Não pobre

3,3

75,5

6,5

14,7

Fonte: IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios em microdados.

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Desigualdade no Brasil

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Renda domiciliar per capita (R$ setembro/2009)

521

637

0

100

200

300

400

500

600

700

199519961997199819992000200120022003200420052006200720082009

1995-2003: -1% a.a.

2003-2009: +4.8% a.a

Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, 1995-2009.

Exclusive área rural da Região Norte (exceto Tocantins).

Crescimento real da renda 1995-2009: +22.4%

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Desigualdade(Índice de Gini)

0,5990,594

0,539

0,450

0,475

0,500

0,525

0,550

0,575

0,600

0,625

0,650

199519961997199819992000200120022003200420052006200720082009

Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, 1995-2009.

Exclusive área rural da Região Norte (exceto Tocantins).

1995-2001: -1%

2001-2009: -9%

Desigualdade começa a cair lentamente nos anos 1990 , mas ritmo acelera a partir de 2001 - antes da retomada do crescimento.

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Crescimento da renda, 1995-2009 (%)

65,0

56,2

46,7

31,1

11,6

0

75

20% maispobres

20-40 40-60 60-80 20% mais ricos

Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, 1995 e 2009.

Exclusive área rural da Região Norte (exceto Tocantins).

Renda aumentou para todos, mas crescimento entre os mais pobres foi muito maior

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Mas...

O Brasil ainda é extraordinariamente desigual

50% mais pobres 5% mais ricos

Percentual da renda total (%) 15.7 30.0

Renda média (R$ set/2009) 200 3822

Razão 19.1

Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, 1995-2009.

Exclusive área rural da Região Norte (exceto Tocantins).

É fundamental manter a trajetória recente: no ritmo atual, demoraríamos ainda pelo menos duas décadas para chegar a níveis “desenvolvidos” de desigualdade

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Comparação internacional (i)

PaísesCrescimento do PIB, 2002-2009

(% por ano)

Variação do Índice de Gini

nos anos 2000 (%)

Argentina 3.7 -15

Brasil 3.7 -9

Chile 4.2 -6

Colômbia 4.4 -1

México 2.8 -6

Peru 5.6 -13

Venezuela 4.4 -1

Sources: GDP Growth: United Nations. World Economic Situation and Prospects 2011. Inequality: Socio-Economic Database for Latin America and

the Caribbean (CEDLAS and The World Bank). Note that in order to ensure comparability CEDLAS makes a wide range of adjustments to the original

data sets. The years used to estimate the Gini coefficient are as follows: Argentina, 2003-2009; Brazil, 2001-2009; Chile, 2000-2009; Colombia, 2001-

2004; Mexico, 2000-2008; Peru, 2003-2009; Venezuela, 2000-2006.

Comparações internacionais são sempre imprecisas, mas está claro que os anos 2000 foram excepcionalmente bons para os grandes países latino-americanos como um todo

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Comparação internacional (ii)

-13-11-11

-7-6

-4-3-2

0112233

55

78

1010

1214

1625

-20 30

Suíça ('92-'04)

Espanha ('95-'04)

Hungria ('94-'05)

Irlanda ('95-'04)

Grécia ('95-'04)

Áustria ('94-'04)

Eslovênia ('97-'04)

França ('94-'05)

Itália ('95-'04)

Polônia ('95-'04)

Austrália ('95-'03)

Reino Unido ('94-'04)

Holanda ('94-'04)

Alemanha ('94-'04)

República Tcheca ('96-'04)

Dinamarca ('95-'04)

EUA ('94-'04)

Suécia ('95-'05)

Noruega ('95-'04)

Taiwan ('95-'05)

Israel ('97-'05)

Canadá '94-'04

Luxemburgo ('94-'04)

Finlândia ('95-'04)

Bélgica ('92-'00)

Variação do Índice de Gini (%)

Fonte: Luxembourg Income Study.

Luxembourg Income Study

(LIS): dados não

comparáveis com os

anteriores. Só têm dados

para 2006 no Brasil.

Dentre 25 países de alta

renda, 17 tiveram

crescimento ou estagnação

da desigualdade entre

meados dos anos 1990 e

dos 2000.

Ainda assim...

• Gini médio dos 25 países

nos anos 2000: 0.293

• Gini do Brasil, 2006:

0.486 (+66%)

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Por que a desigualdade caiu?

Muitos motivos podem ser enumerados:

crescimento econômico, mudanças

demográficas, maior integração do mercado de

trabalho...

... mas é muito importante destacar o papel de

algumas políticas sociais: educação, salário

mínimo, previdência, assistência.

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Despesas selecionadas em 2006

Despesas Percentual do PIB (%)

Educação 3.8

Previdência Social 11.1

Regime Geral 6.8

Regimes Próprios 4.3

Assistência Social 0.8

Benefício de Prestação Continuada (BPC) 0.4

Programa Bolsa Família (PBF) 0.4

Total 15.7

Carga Tributária Bruta 34.1

Fontes: Mostafa, J; Souza, PHGF; Vaz, FM. Efeitos econômicos do gasto social. In: Castro, JA; Ferreira, H; Campos,

AG; Ribeiro, JAC (Org). Perspectivas da Política Social no Brasil. Brasília: Ipea, 2010. Ribeiro, MB. Uma análise da

carga tributária bruta e das transferências de assistência e previdência no Brasil no período 1995-2009: evolução,

composição e suas relações com a regressividade e a distribuição de renda. In: Castro, JA; Santos, CHM; Ribeiro,

JAC. Tributação e eqüidade no Brasil: um registro da reflexão do Ipea no biênio 2008-2009.Brasília: Ipea, 2010.

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Educação

Historicamente considerada um dos principais determinantes da desigualdade no Brasil.

Reformas e expansão desde a Constituição ajudaram a começar a corrigir algumas distorções históricas (ie: finalmente houve universalização do ensino fundamental; diminuição do viés pró ensino superior).

1995 2009 Variação

Analfabetismo (15-24 anos) (%) 7.1 1.9 -5.2 pp

Freqüência escolar (6-17 anos) (%) 83.3 94.5 +11.2 pp

Média de anos de estudo da PEA 5.8 8.3 +42%

Índice de Gini dos anos de estudo da PEA 0.413 0.288 -30%

Melhorias significativas nos últimos 15 anos:

Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, 1995-2009.

Exclusive área rural da Região Norte (exceto Tocantins).

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Salário Mínimo(R$ setembro/2011)

231

550

0

100

200

300

400

500

600

700

198

5,0

1

198

7,0

1

198

9,0

1

199

1,0

1

199

3,0

1

199

5,0

1

199

7,0

1

199

9,0

1

200

1,0

1

200

3,0

1

200

5,0

1

200

7,0

1

200

9,0

1

201

1,0

1

Jan/1995 a Jun/2011: +138%, ou 5.4% a.a.

Fonte: Ipeadata.

Deflator: INPC.

Hoje, para quase todas as famílias, ter um membro que recebe o SM garante por si só que a família estará acima da linha de pobreza extrema. Mas quão viável é a continuidade dessa política?

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Previdência Social

Desde a Constituição de 1988:

Expansão importante (ie: Previdência Rural);

Indexação do piso ao salário mínimo.

• Na PNAD 2009:– Quase 60% de todos os aposentados e

pensionistas (RGPS e RPPS) recebem 1SM.

– Em números absolutos, são 13,1 milhões de pessoas, contra 9 milhões de trabalhadores ativos que recebem 1 SM (~10% da população ocupada)

– 86% dos idosos recebem aposentadorias ou pensões

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Assistência Social

Programa Bolsa Família

BPC

0

10

20

30

40

50

60

70

80

1 100

Do

mic

ílio

sb

enef

iciá

rio

s(%

)

Centésimos da renda domiciliar per capita (líquida do PBF/BPC)

Domicílios que recebem Bolsa Família e BPC por centésimos (%) - 2009

Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, 2009

Valor médio domiciliar per capitaBolsa Família: ~ R$ 23.5

BPC: ~ R$ 136.4

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Decomposição da queda da desigualdade, 2001-

2009

Fontes de renda Contribuição (%)

TrabalhoSalário mínimo 17.9

Outros 45.5

PrevidênciaSalário mínimo 10.5

Outros 1.0

Programa Bolsa Família e afins 12.7

BPC 5.7

Outras 6.7

Queda da desigualdade 100%

Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, 2001 & 2009

São menos de

1% da renda,

mas foram

responsáveis

por 18.4% da

queda do Gini

28.4% da

queda do Gini

46.8% da

queda do Gini

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Desigualdade no mercado de trabalho

Outro ponto de vista:

Renda do trabalho responsável por 63% da queda

da desigualdade → mercado de trabalho ficou

menos desigual.

Por que? O que explica desigualdade no

mercado de trabalho?

Decomposição do índice GE(0):

dentre várias variáveis (setor/indústria, UF, gênero,

cor/raça), a mais importante é a EDUCAÇÃO → diferenças

entre níveis educacionais explicam cerca de 1/3 da

desigualdade.

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Perspectivas:

Abrangência:

ampliação dos direitos sociais mas o sistema tem limites por ser, em grande parte, ancorado nos seguros sociais (contribuinte)

ampliação de benefícios em bens e serviços, mas com problemas na qualidade;

Ampliação das transferências de renda, mas de forma não homogênea;

Ampliação de beneficiários, mas ainda não cobrindo parte das população.

Gestão/organização:

descentralização de responsabilidades com pouca sinergia;

não estruturação como sistema em algumas áreas (cultura);

ampliação da privatização em algumas áreas da política social (Previdência; Saúde, Educação);

gestão administrativa de políticas, programas e ações de forma burocrática e sem cultura de metas e avaliação; e

transversalidade em processo de ampliação;

Participação social:

em processo de ampliação, mas ainda interferindo pouco nos processos de implementação e avaliação.

Financiamento e gasto:

Estrutura de financiamento altamente regressiva no que diz respeito a renda e pouco atuante no que diz respeito aos estoques de riqueza.

Gasto social pouco progressivo