Panorama Audiovisual 05

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Especial > Produção e transmissão 3DTV de ponta a ponta 772236 033602 9 05 ISSN 2236-0336 Ano 01 - Edição 05 - JULHO/2011

Transcript of Panorama Audiovisual 05

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Especial > Produção e transmissão

3DTV de ponta a ponta

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Editorial

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A palavra televisão designa as emissoras e os negócios relacionados, além dos re-ceptores em si. Nunca houve muita dúvida sobre os limites de cada um, mesmo quan-do começaram as primeiras iniciativas pela ocupação da tela com algo que não era exa-tamente broadcast, como aconteceu na che-gada do VHS e dos videogames.Com a expansão dos computadores pessoais e da internet, a televisão como negócio pas-sou a ter o seu espaço disputado por uma segunda tela. Esse processo tem cerca de 15 anos e abriu uma brecha para a união de duas telas: por que não usar a tela da TV para aces-sar documentos ou a internet? Uma péssima ideia para quem faz a televisão, uma ótima oportunidade para quem fatura com as cone-xões ou os conteúdos que circulam pela rede.A começar pela Microsoft, dezenas de em-presas tentaram criar mecanismos para via-bilizar a “internet na TV”, especialmente atra-vés de hardwares adicionais que faziam a mediação entre informações de origens tão distintas. A maioria destas empresas ficou na vontade ou levou prejuízo. Os aparelhos de televisão ainda não estavam prontos para isso. A resolução não era adequada, não ha-via processamento interno para suportar as informações e a interface era uma tragédia.Para os telespectadores, essa possibilida-de só era viável se não fosse complexa para instalar e operar, não representasse um custo adicional e não tirasse (pelo me-nos não agora!) o espaço da velha e boa programação tradicional.Os anos passaram, ninguém desistiu da ideia e hoje temos aparelhos de diver-sos fabricantes mundiais prontos para se conectar à web. São TVs conectadas, Smart TVs ou Broadband TVs, que se be-neficiaram da miniaturização eletrônica e da evolução das telas.Naturalmente, toda a tecnologia não faria sentido se não houvesse uma tremenda pressão de telespectadores que “precisam” estar sempre conectados e de empresas que perceberam um novo e precioso negócio.

A lista de envolvidos neste novo negócio é extensa, a começar pelas operadoras de in-ternet, pois para uma TV conectada acessar vídeos de alta qualidade é preciso muita ban-da. Depois, temos os sites que hospedam filmes, séries e outros conteúdos que fazem sentido em uma tela grande.Mas há um terceiro e surpreendente parti-cipante: o fabricante de televisores. Nesse mercado, Panasonic, Sony, Philips, Samsung e LG saltaram de meras fabricantes para “me-diadoras remuneradas” de conteúdo. Pode-mos dizer que essa oportunidade caiu do céu, afinal, fabricar TV hoje não tem a mesma ren-tabilidade de 20 anos atrás e todas procuram uma saída honrosa.Podemos brincar ao dizer que a solução es-tava logo após um conector RJ-45 - aquele usado pelos computadores para se conectar a web. As novas TVs trazem essa porta de comunicação e, principalmente, filtros de software que selecionam o que podemos assistir. Através de acordos comerciais, os fabricantes decidem a quais conteúdos te-remos acesso. Em alguns casos trata-se de material exclusivo; em outros, de uma ver-são de algo já publicado na web.Dois casos exemplificam as oportunidades abertas pelas TVs conectadas. Um deles é o acordo entre a Sony e a Orquestra Filarmôni-ca de Berlin. Através dos televisores Bravia, é possível receber o streaming de altíssima qualidade de dezenas de apresentações completas. Na tela, o resultado é excepcio-nal, mas para ter acesso é preciso comprar um ticket pela web e parte da renda vai para a Sony. Há também um acordo com o SBT e os proprietários destes aparelhos podem as-sistir aos programas mais recentes da emis-sora, a qualquer momento.A ligação da televisão com o mundo IP al-terou alguns limites, mas estas iniciativas demonstram que há espaço para produções feitas para TV, para Web e até para quem ja-mais pensou em chegar a tantos lares.

Fernando Gaio

TV+IP = Novos negócios Presidência & CEO

Victor Hugo Piirojae. [email protected]

Gerência GeralMarcela Petty

e. [email protected]

FinanceiroRodrigo Oliveira

e. [email protected]

Atendimento GeralNatalia Piedade

e. [email protected]

ArteChristian Visval

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Débora Beckere. [email protected]

Wesley Costae. [email protected]

Diretor de RedaçãoFernando Gaio (MTb: 32.960)

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EditorEduardo Boni

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Editor InternacionalAntonio Castillo

e. [email protected]

ColaboradoresBruna Costa . Daniel Littwin . Leonel da Luz

Publicidade – Gerente de ContasAlexandre Oliveira

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Publicidade – Gerente de Contas InternacionalRoberta Petty

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Panorama Audiovisual Onlines. www.panoramaaudiovisual.com.br

Tiragem: 16.000 exemplaresImpressão - HR Gráfica

Alameda Amazonas, 686, G1Alphaville Industrial - 06454-070 - Barueri – SP

Brasilt. + 55 (11) 4197 - 7500s. www.vpgroup.com.br

Edição: Ano 1 • N° 5 • Julho de 2011

c o m u n i c a ç ã o i n t e g r a d a

LED OLED

Saiba mais: www.sonypro.com.br

BVM-E/PVM Series

Sony é uma marca comercial registrada da Sony Corporation. Todos os pesos e as medidas não-métricas são aproximados. As imagens visualizadas neste anúncio são simuladas. Fotos, gráficos e ilustrações podem não corresponder a uma representação fiel da realidade.

A g a r a n t i a o f i c i a l So n y B r a s i l s ó é g a r a n t i da pe l o s r e vendedo res au t o r i z ados .

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• Muito mais fidelidade na reprodução de cores (uma ampla gama de cores mais pura, incluindo o modo D-Cine de acordo com o padrão DCI-P3).

• Alta faixa dinâmica de operação (High Dinamic Range).

• Alto nível de contraste, mantendo uma excelente defi nição para ambientes escuros ou iluminados.

Sony é um Patrocinador Ofi cial da FIFA

Novos monitores com tecnologia OLED da Sony.A alta fi delidade em níveis de preto e contraste como você nunca viu.

• Resposta de alta velocidade, sem efeito de rastro de movimento, em imagens de alta velocidade (Motion Blur).

• Uniformidade de cores e contraste em todos os pontos da tela.

• Suporte a interfaces 3G.

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LED OLED

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40 40 Casablanca OnlineA aposta nas soluções nacionais para unidades móveis de transmissão digital via satélite.

46 SET SulA cobertura completa do evento que levou o melhor da tecnologia para televisão e produção audiovisual ao Rio Grande do Sul.

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68 Conteúdo para várias plataformasAs soluções para multiplicar a rentabilidade dos conteúdos produzidos em emissoras e produtoras.

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100100 ObserverA solução da Volicon monitora e registra tudo o que se passa na rede de uma emissora para garantir a integridade das produções exibidas.

0808 Mobile2AirA urgência da notícia pode exigir o envio de reportagens através do smartphone. A Building4Media tem uma solução para jornalistas e correspondentes.

2222 PlayMakerO sistema de recuperação de imagens e slow motion é a nova aposta da Orad para o mercado de esportes.

3030 LEDsO diretor de fotografia Tuca Moraes fala sobre as suas experiências com as luminárias LED nos sets de gravação em seriados e novelas.

8080 3DTVOs desafios impostos pelos conteúdos 3D dentro e fora das emissoras. Dois artigos apresentam os itens que não podem ser esquecidos e as possibilidades para uma transmissão de alta qualidade.

SUMÁRIO

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por Fernando Gaio

Em qualquer emissora, os chefes de redação sempre dese-jam ter mais repórteres na rua, independente de quantas equipes e equipamentos estejam à sua disposição. Em-bora eles nunca estejam satisfeitos, as últimas gerações

de celulares trouxeram alguma ajuda. Com câmeras e velocida-des de conexão aceitáveis, estes aparelhos despontaram como ferramentas essenciais para telejornais e programas esportivos. Enviados especiais, correspondentes ou jornalistas que precisam colocar uma imagem no ar imediatamente podem se beneficiar da capacidade de conexão destes aparelhos a um preço muito baixo - ir-risório quando comparado aos custos do satélite, ainda mais quando

sabemos que a maioria das matérias têm curtíssima duração. A nova extensão da suíte de produção Fork entrou justamente neste nicho, abrindo novas portas de entrada para a redação. Basta um iPhone 3G ou Blackberry e o aplicativo Mobile2Air para colocar o jornalista e a redação em contato direto. Com esse con-junto de hardware e software é possível gravar e enviar vídeos de forma segura para qualquer produtora ou emissora equipada com a suite de produção Building4Media Fork, reduzindo muito o intervalo entre a captação e exibição. Os usuários também podem inserir metadados de conteúdo e localização e selecionar resoluções de vídeo de até HD 720p. A

O aplicativo Mobile2Air da Building4Media garante o envio de mídia compatível com as exigências das emissoras para a área de jornalismo e esportes. Com ele, os jornalistas podem enviar reportagens com poucos recursos e a um custo muito baixo.

Sem satélite, mas com um

Logo que chegam à emissora, os conteúdos de vídeo são convertidos para um codec padrão, mantendo-se os metadados originais, para que continuem organizados e pesquisáveis

News > Mobile2Air

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®™

Você tem um público querendo seu conteúdo, mas somente se você puder acessá-los. O sistema automatizado de streaming ao vivo e multi-distribuição sob demanda MediaFUSE da Grass Valley™ torna fácil reutilizar e gerenciar todo o seu conteúdo multimídia para a distribuição em TV, Web, dispositivos móveis e Tablet / IPAD. E como o MediaFUSE foi projetado para substituir soluções caras, codifi cação e transcodifi cação inefi cientes, automatizando todas as funções técnicas, TODOS na sua operação podem participar na produção de conteúdo com metadados ricos. Quer seja notícias, entretenimento, esportes, ou conteúdo educativo, o MediaFUSE torna mais fácil e rápido atingir seu público com o conteúdo que eles precisam, quando precisam, onde quer que estejam. Juntos, nós temos todo mundo assistindo. Saiba mais em www.grassvalley.com/mediafuse.

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®™

Você tem um público querendo seu conteúdo, mas somente se você puder acessá-los. O sistema automatizado de streaming ao vivo e multi-distribuição sob demanda MediaFUSE da Grass Valley™ torna fácil reutilizar e gerenciar todo o seu conteúdo multimídia para a distribuição em TV, Web, dispositivos móveis e Tablet / IPAD. E como o MediaFUSE foi projetado para substituir soluções caras, codifi cação e transcodifi cação inefi cientes, automatizando todas as funções técnicas, TODOS na sua operação podem participar na produção de conteúdo com metadados ricos. Quer seja notícias, entretenimento, esportes, ou conteúdo educativo, o MediaFUSE torna mais fácil e rápido atingir seu público com o conteúdo que eles precisam, quando precisam, onde quer que estejam. Juntos, nós temos todo mundo assistindo. Saiba mais em www.grassvalley.com/mediafuse.

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solução ainda inclui um aplicativo para o iPad usado no gerenciamento das mídias ou mesmo para um bate-papo entre jor-nalistas e produtores. “Quando nós ad-quirimos a Building4Media, a estratégia Primestream era estender a plataforma Fork e o Mobile2Air é a primeira de mui-tas novidades”, comenta Claudio Lisman, CEO da Primestream sobre o lançamento.

Mobile2Air integrado ao ForkUm jornalista em viagem ou um corres-pondente podem enviar as suas contribui-ções para um telejornal usando o smar-tphone e o aplicativo Mobile2Air. Para isso é preciso se conectar a um servidor central com login e senha, através de uma rede 3G ou Wi-Fi. Depois, é só ajustar a câmera do dispositivo para a melhor qualidade e gra-var a participação. Quando a gravação ter-minar, podem ser adicionados metadados como título e localização e ativado o proces-so de upload. “O M2A dá mais velocidade ao mercado. Com ele é possível enviar uma entrevista ou notícia sem uma conexão de satélite ou microondas, basta uma rede local ou de telefonia”, explicou Sergio Castillo, diretor global de vendas da Building-4Media à Panorama Audiovisual. Materiais gravados anteriormente e armazenados também po-dem ser transmitidos e o repórter também pode conversar com o administrador do sistema enquanto é feito o upload. Logo que chegam à emissora, os conteúdos de vídeo são conver-tidos pela aplicação Edit2Playout para o codec padrão utilizado, mantendo-se os metadados originais, para que continuem orga-nizados e pesquisáveis. Com o módulo Live Assist estes arquivos podem ser enviados para a área de exibição ou para edição no software Apple Final Cut Pro. Para garantir a segurança das transmissões, só celulares regis-trados no sistema podem se conectar e a aplicação “Command

and Control” do Fork monitora os repórteres remotos e arquivos que estão sendo enviados. A identificação dos aparelhos é feita com o “Unique Device Iden-tifier” do iPhone, que está vinculado ao seu hardware, e a comu-nicação usa a proteção SSL. Se o celular for roubado ou perdido, o administrador pode desativar a identificação e transferir o lo-gin para outro aparelho. s. www.b4m.coms. www.ad-digital.net

Um jornalista em viagem ou um correspondente podem enviar as suas contribuições para um telejornal usando o smartphone e o aplicativo Mobile2Air. Para isso é preciso se conectar a um servidor central com login e senha, através de uma rede 3G ou Wi-Fi

News > Mobile2Air

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Ao combinar a transmissão automatizada “iTX IT-based” com a Infra-estrutura e os sistemas inteligentes de monitoração, a Miranda trouxe um novo nível de integração aos fluxos de trabalho no seu playout multi-formato, simplificando assim todos os processos de reprodução da sua emissora. Desde a captura até a monitoração, nossa solução de integração permite trabalhar com mais canais e uma maior qualidade de serviços diminuindo a quantidade de operação individual. É uma abordagem mais inteligente, mais

simples e muito mais segura.

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Ao combinar a transmissão automatizada “iTX IT-based” com a Infra-estrutura e os sistemas inteligentes de monitoração, a Miranda trouxe um novo nível de integração aos fluxos de trabalho no seu playout multi-formato, simplificando assim todos os processos de reprodução da sua emissora. Desde a captura até a monitoração, nossa solução de integração permite trabalhar com mais canais e uma maior qualidade de serviços diminuindo a quantidade de operação individual. É uma abordagem mais inteligente, mais

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A fabricante australiana tem uma linha que vai dos modelos com diafragma largo (valvulados e de es-tado sólido) e estreito (apenas em estado sólido) aos modelos broadcast/AV, passando pela linha

M-Series, de headsets e lapela. Entre os microfones que começam a ser vendidos pela Pinna-cle Broadcast, a linha para broadcast e cinema tem versões de condensadores para câmera, boom e shotgun (NTG-1, NTG-2 e NTG-3), que operam com bateria interna e/ou phantom power.Já os modelos Videomic (mono e estéreo, na foto acima) são condensadores específicos para montagem em câmeras, com fixação em sapata. Eles também contam com conectores e filtros apropriados para gravações em externas.

A distribuidora iniciou a distribuição dos microfones de qualidade broadcast, mas que também estão muito presentes em documentários e nas produções corporativas.

No mês de maio, a Mectrônica ativou, na torre da TV Cultura, o sistema irradiante digital definitivo do Canal 61, da Câmara dos Deputados de Brasília. Nos segmentos do canal são transportadas as programações da TV Câmara, TV Senado e TV Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo).

Dentro do estúdio, o microfone condensador Precision 1” Broadcast é uma das melhores opções. O modelo já foi pre-miado pela National Association of Broadcasters (NAB) do Estados Unidos por garantir toda a qualidade necessária em aplicações ao vivo. Finalmente e seguindo a tendência já adotada nos microfo-nes M-Audio e a CAD, a RØDE tem um modelo com conexão USB para ser ligado diretamente no computador (Windows e Mac), sem interfaces adicionais ou conversores. O modelo Podcaster trabalha com resolução de 18-bit, amostragem de 8 a 48kHz e é indicado para aplicações semiprofissionais.s.www.rodemic.coms.www.pinnaclebroadcast.com.br

O Sistema Digital de Banda Larga, composto por 18 painéis de 120º, foi previamente testado e faseado no campo de provas da Mectrônica, em Caucaia do Alto, para atender as exigên-

cias da equipe técnica da Câmara dos Deputados. Um destes pedidos é que a variação de circularidade fosse inferior a 3dB. Outro ponto importante nestes testes é que, por tratar-se de um equipamento de banda larga, o sistema sofre mais com as interferências de co-localiza-ção, devido a proximidade física das antenas, a adjacên-cia dos canais e a intensidade das potências irradiadas.Com uma equipe composta de seis profissionais, em uma semana a Mectrônica, que também fabricou a an-tena, concluiu seus serviços com sucesso, sob a super-visão Junior Avella, diretor da empresa, e do engenhei-ro chefe Cássio Farias. Com potência de 15kW RMS, a nova antena cobre toda Grande São Paulo, respeitando

as limitações topográficas. Segundo Avella, “Trata-se de um sistema complexo e de alta potência instalado no local onde também estão abrigadas, grandes emissoras em canais adjacentes”.Hoje, a Mectrônica é a única fabricante de painéis 120º para sistemas irradiantes de banda larga no Brasil. O grande diferencial destes sistemas é que com apenas três painéis consegue-se um sistema omnidirecional, resultando numa melhor circularidade de irradiação, quando comparados aos painéis de 90°.Em 2007 a Mectrônica instalou o seu primeiro sistema irradiante digital de painéis de 120° na Torre da Fun-dação Cásper Libero, em São Paulo, por ocasião do lançamento oficial do ISDB-Tb. Lá estão combinados os canais digital (17) e analógico (48) da TV Gazeta, e o canal digital (47) da Rede NGT.s.www.mectronica.com.br

Pinnacle Broadcast inicia distribuição da

Canal digital da Câmara dos Deputados

News > Mercado

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Em evento para revendedores e a imprensa, a Sony apresen-tou, no dia 8 de junho, seus dois novos lançamentos: as câ-meras NEX-FS100 e NX-70N.O evento fez parte da estratégia da empresa para lançamen-

to dos equipamentos na América Latina e, por isso, contou com a presença especial de Sage Nishimura, gerente sênior da Sony no Japão, e do estrategista de marketing, Takahiro Kagawa, além de Angiecarla Eyzaguirre, gerente de produto em Miami, que viajaram pela América do Sul para promover o lançamento dos produtos.Carlos Paschoal, gerente geral de Comunicação, Marketing e Inova-ção, disse que a empresa está remodelando sua estratégia no mer-cado brasileiro. “Queremos estar mais próximos dos consumidores finais e de parceiros B2B. A Sony sempre foi reconhecida pelo mer-cado brasileiro e, agora, nós queremos que esse reconhecimento chegue a outros públicos, como a classe C. Com isso, a marca vai ter uma linguagem mais próxima desse consumidor final e, claro, também as empresas B2B. Ver esse tipo de inovação é positivo, pois mostra que a Sony está na direção correta e alinhada com uma es-tratégia global”, explicou Carlos Paschoal, gerente geral de Comuni-cação, Marketing e Inovação.O engenheiro de pré-vendas Erik Soares subiu ao palco para expli-car com mais detalhes sobre os dois lançamentos da Sony.Ele começou a palestra falando sobre a linha NXCAM, que está no mercado há mais de dois anos, apresentando uma variedade de câ-

Reportagem > Sony Brasil

meras e ressaltou a importância dos lançamentos. “Esses dois no-vos equipamentos vêm complementar essa linha com opções de alta qualidade, já que têm o sensor de 35 mm, mas são destinados a produções com orçamentos mais reduzidos”, disse.De acordo com Soares, o modelo NEX-FS100 oferece imagens com melhor controle de profundidade em termos de plano de foco. “Esse modelo contempla uma ampla variedade de lentes de câmeras fo-tográficas. Outra vantagem é a facilidade de montagem e operação para todo tipo de situação, atendendo desde o pequeno produtor até quem deseja produzir comerciais e musicais com orçamento mais reduzido”, explicou. “É uma opção para os produtores que já trabalham com câmeras fotográficas e que, agora, passam a ter uma opção de câmera de vídeo de alta qualidade com preço redu-zido”, afirmou.Conforme lembrou o engenheiro, esse equipamento usa padrão de lentes intercambiáveis E-mount, que tem um flange back (dis-tância entre o corpo da lente e o sensor) de tamanho compacto. O uso desse tipo de lente abre o leque de opções para trabalhar com vários modelos disponíveis no mercado. “Com ela é possível usar o 3D Route, com o qual se obtém uma reprodução mais fiel das cores e calorimetria durante o processo de produção como um

Com o lançamento das câmeras NEX-FS100 e NX-70N, a Sony amplia sua participação no mercado brasileiro e mira público que procura por qualidade e menores custos.

Para todos os públicos

O evento fez parte da estratégia da empresa para lançamento dos equipamentos na América Latina e, para isso, contou com a presença especial dos executivos da empresa. Da esq. para dir: Sage Nishimura, gerente sênior da Sony no Japão, Angiecarla Eyzaguirre, gerente de produto em Miami, e o estrategista de marketing Takahiro Kagawa

por Eduardo Boni

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O engenheiro de pré-vendas da Sony Erik Soares foi o responsável por apresentar aos públicos as principais características e vantagens das novas câmeras NEX-FS 100 e NX-70N.

todo. Essas melhorias, levando sempre em conta o baixo custo, vi-sam o mercado que, cada vez mais, está usando câmeras fotográ-ficas SLR com finalidades cinematográficas. Com ela é possível fazer foco suave e há também um estabilizador de imagens. Além disso, existe um adaptador que é o LA-EA 1, que permite o uso de lentes de padrão A, facilitando o trabalho de quem usa esse tipo de equipamento”, explicou.

Resposta às SLRO engenheiro ressaltou que o lançamento da câmera NEX-FS100 visa um mercado específico: os produtores que utilizam as câme-ras fotográficas para produções cinematográficas. De acordo com Soares, as câmeras fotográficas DSLR atualmente usadas em cine-matografia não conseguem utilizar todos os pixels do sensor em resolução cheia. “Isso gera perda de resolução. Nas câmeras de 21 megapixel, a queda é de um terço, gerando uma série de problemas como perda de sensibilidade e de resolução da imagem. Além disso, Um problema comum é o ruído nas imagens em movimento e ou-tros problemas decorrentes da compressão não adequada”. O engenheiro lembra que a maioria das câmeras fotográficas usa-das para cinema apresenta limitações, como número de pixels ele-vado e a falta de um processador para manipular vídeo em alta ve-locidade. Além disso, os modelos usam codecs que não são os mais adequados para produções de vídeo. “Os pixels elevados acabam gerando a uma gravação abaixo da resolução do sensor, que gera interpolação de linhas na captura e ruídos”, comentou. A ideia da Sony, segundo lembrou Soares, é ter uma câmera com uma série de benefícios para trabalhar em 35 mm, como o sensor de

Reportagem > Sony Brasil

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grande porte e processamento de sinal específico para vídeo, com compressão específica para trabalhar com vídeo em alta qualidade, com MPEG 4, grande sensibilidade, e bom range dinâmico para ter fidelidade nas cores e na reprodução fiel da imagem”, explicou. Outra vantagem é a interface HDMI com saída de timecode, o que permite obter um sinal de alta qualidade. “Hoje é muito comum os produtores usarem gravadores de alta qualidade. Com isso, é possí-vel fazer uma gravação em paralelo, ou seja, além de ter a gravação em alta qualidade no cartão de memória é possível ter um gravador com qualidade para pós-produção. Ela trabalha com Memory Stick, SD Card como o padrão de memória de 128 GB”.Além disso, essa linha traz um GPS incorporado, que permite gra-var informações de localização no próprio arquivo de vídeo. Dessa forma, o profissional tem a disposição um dispositivo que permite saber onde o conteúdo foi gravado e pode inclusive visualizar essa informação com o Google Earth.Do ponto de vista operacional, a câmera oferece uma série de op-ções, conforme lembra o engenheiro. “O estograma facilita a opera-ção. Outro recurso é o controle do excesso do nível de vídeo, con-trole para trabalhar o contraste, além da possibilidade de revisar o ultimo conteúdo com um toque de botão”, lembrou.No que se refere à captura de imagem, o sensor Super 35mm possui uma área maior do que os outros concorrentes de mercado. “Isso gera maior sensibilidade, melhor relação de contraste, reprodução de cores e um ângulo maior de cobertura de imagens”.

A prova de intempéries Chuva e poeira não são mais barreira para o uso de câmeras. Pelo menos se esta câmera for a HXR-NX70, da Sony, que também foi apresentada ao público durante o evento.Pertencente à linha NXCAM, a HXR – NX 70, uma camcorder com tamanho reduzido e capacidade de gravação de 96 Gb (quando gravando em formato NXCAM) cujo principal atrativo é ser a prova d água e poeira, o que a torna muito indicada para esportes radi-cais. “Apesar do tamanho reduzido, todas as vantagens da linha NX Cam estão incorporadas `a NX-70, como a alta qualidade das ima-gens, lentes com padrão G com alcance de 10X em modo grande

As câmeras usam o padrão de lentes intercambiáveis E-mount, que tem um flange back (distância entre o corpo da lente e o sensor) de tamanho compacto. “O uso desse tipo de lente abre o leque de opções para trabalhar com vários modelos disponíveis no mercado”, lembrou Soares.

angular. A memória de 96G que permite a gravação de mais de 6 horas de imagens de alta qualidade trabalhando em vários quadros de frame rate”, enumerou.Por ser a ser a prova d´água, a NX-70 é ideal para a cobertura de esportes radicais e de filmagens que precisam ser feitas na chuva. “Essa câmera trabalha com o nível de proteção IPX 4. Ela trabalha com um sensor de 1.288, recursos de estabilização da imagem, con-trole de foco, zoom e íris através de um anel operado pelo profissio-nal, tanto no modo automático como no manual”. Como lembrou Soares, a principal característica dessa câmera é a presença de um sensor Exmor R com iluminação traseira, o que fa-cilita a operação do equipamento em situações de pouca luz. “Com esse recurso, é possível obter imagens mais limpas e sem ruído por conta do sensor que funciona como um backlight. O sensor 16:9 eli-mina problemas como perda de ângulo na produção. Além disso, há o recurso stand shot – um sistema ótico para eliminar trepidações assim como o sistema digital anti rolling, que evita qualquer movi-mentação que possa gerar rolamento de imagem”, comentou.A praticidade também é o grande diferencial do produto, já que é possível gravar em um cartão de memória Memory Stick, SD CARD ou na memória interna. “Há uma interface USB que permite descar-regar o conteúdo direto para um hard disk sem a necessidade de um computador, possibilitando o backup do conteúdo, com uma cópia de segurança ou de trabalho – facilitando as operações do dia a dia”.

O “coração” do modelo NEX-FS 100 é o sensor 35mm. Entre as vantagens desse sensor de grande porte estão o processamento

de sinal especifico para vídeo, com a compressão correta para trabalhar com vídeo em alta qualidade e de grande sensibilidade.

O range dinâmico do sensor gera fidelidade nas cores e a reprodução fiel da imagem.

Reportagem > Sony Brasil

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O melhor resultado da história

O ano de 2010 ficará marcado na história da Sony Brasil como o de maior crescimento da companhia desde a sua instalação no País, em 1972. A empresa apresen-tou um crescimento de 65% em seu faturamento em

relação a 2009. Com os importantes lançamentos da linha de televisores 3D e da linha completa e oficial de PlayStation em 2010, a Sony Brasil consolidou-se como uma das principais sub-sidiárias da marca no mundo. Na categoria de câmeras digitais, por exemplo, o Brasil já é o 3º maior mercado da marca, ficando atrás apenas de Estados Unidos e China. “Este foi um período de muito crescimento para a Sony no Brasil e acreditamos que 2011 será ainda melhor. Nossa estratégia de crescimento está voltada para a ampliação do portfólio das cate-gorias, oferecendo produtos com a qualidade reconhecida mun-dialmente para uma parcela ainda mais ampla de consumidores no País”, explica Ryuji Tsutsui, presidente da Sony Brasil. “Este reposicionamento nos possibilitará atender à crescente demanda das classes C e D no Brasil, que cada vez mais pro-cura produtos com tecnologia de última geração, mas também com ótima relação custo-benefício. Com a ajuda dos principais vare-jistas brasileiros, que detém um excelente conhecimento desse pú-blico, tenho certeza de que conti-nuaremos com essa bem-sucedida estratégia”, aponta o diretor de ven-das Ricardo Junqueira.

O fornecimento de conteúdos e serviços de maneira integrada é um dos grandes focos de atuação da empresa para este ano fiscal. A conquista de novos públicos consumidores, como os integrantes da classe C, e o aumento na presença em todas as regiões do Brasil são importantes pontos de trabalho neste pe-ríodo. Mais do que proporcionar novos produtos, a Sony tem como meta atender a desejos de consumo, incorporar novos hábitos e proporcionar experiências diferenciadas. O futuro da marca está totalmente integrado ao que é esperado pelo seu usuário final.Uma recente pesquisa realizada em cerca de 1.200 residências brasileiras revelou os hábitos desses consumidores. “Com os insumos desta e de outras pesquisas feitas exclusivamente para o mercado nacional pudemos reposicionar diversos lan-çamentos, adequando-os às necessidades apontadas. Esta mu-dança em nossa estratégia rendeu tantos resultados positivos que a Sony Brasil já é considerada modelo de crescimento para outros países emergentes da corporação”, completa Carlos Pas-choal, gerente geral de Comunicação, Marketing e Inovação.

Hoje a Sony conta com mais de 2.000 funcionários no Brasil distribuídos em dois escritórios - São Paulo e Rio de Janeiro - e nas fábricas na Zona Franca de Manaus, dividindo-se em duas áreas: Consumidor e Profissio-nal. A primeira, voltada para o con-sumidor final, fabrica e comercializa toda a linha de áudio e vídeo. Já a área Profissional está dividida entre os departamentos de B2B e de Bro-adcast. A empresa é patrocinadora oficial da FIFA até 2014, e seu contra-to de US$ 305 milhões prevê a parti-cipação em mais de 40 eventos neste período, inclusive a Copa do Mundo FIFA de 2014.

Com um crescimento de 65% em 2010 a Sony Brasil consolidou-se como uma das principais subsidiárias da marca no mundo

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por Eduardo Boni

A presença do LED como forma de iluminação está cada vez mais difundida no mercado e vem ganhando força em vários segmentos diferentes, como cinema, espetáculos, projetos de iluminação e no setor de serviços públicos.

A empresa E-Led, de São Bernardo do Campo, atua na fabricação de iluminação há sete anos e vem conquistando mercado em vá-rios setores graças a um fator essencial presente nos produtos que fabrica: a qualidade. “Nós começamos fazendo iluminação auto-motiva para o painel dos carros. Depois disso, a pedido de um ami-go, sócio em uma produtora de vídeo, partimos para a criação de uma luminária para câmeras e descobrimos um enorme mercado de trabalho”, conta o técnico da empresa, Alfredo Dobes.A E-led está presente em algumas afiliadas da Record, da Globo, da Gazeta e da Rede TV e graças a qualidade de seus produtos vem conseguindo cada vez mais penetração no mercado, atendendo di-retamente e a lojistas e distribuidores. “O profissional que trabalha diretamente com a câmera sabe com um “bom casamento” entre a iluminação e a produzida pela luminárias são importantes no momen-to de uma filmagem ou fotografia. Temperaturas de cores diferentes não permitem ajustar adequadamente o recurso White Balance”. O empresário lembra que a qualidade é um fator que tem contribu-ído muito para o crescimento da empresa. “O meu foco sempre foi utilizar bons componentes, bem como trabalhar com os melhores LEDs do mundo. Com isso, obtenho o melhor desempenho de ilumi-nação e a qualidade dos equipamentos é reconhecida pelos clientes, que acabam por indicar a E-Led quando precisam de luminárias”.A aposta deu resultado: hoje, as luminárias da marca E-Led es-tão presentes em diversas emissoras do país, como algumas afi-liadas da Record, da TV Globo, da Gazeta e da Rede TV. Todo o desenvolvimento do projeto é feito na sede da empresa, em São Bernardo do Campo e as máquinas CNC produzem as placas de circuito. “Com os novos mercados que temos conquistado, a tendên-cia é ampliarmos a fábrica, porque teremos novidades que exigem cuidados especiais”.

Temperatura de cor: a essência da boa iluminaçãoApesar de ser uma marca nova no mercado, a E-Led vem se po-sicionando muito bem graças ao seu cuidado em desenvolver produtos diferenciados, que apresentam o conceito de correção eletrônica de temperatura de cor para a qual é pioneira. Como ex-plica Dobes, esse é um fator primordial quando se fala em ilumi-nação, sobretudo nos dias de hoje, quando as câmeras são High Definition. “Equipamentos que apresentam LEDs com temperatu-ra de cor diferentes vão gerar distorções, quando forem utilizados em conjunto, pois não há como usar o White Balance de maneira adequada. Por isso, o controle de temperatura de cor é importante para o profissional que vai filmar ou fotografar”, explicou.Um dos produtos de maior sucesso na empresa é a luminária HD 400W cc, que apresenta exatamente este recurso. Como lembra Dobes, esse produto existe há um ano, mas o protótipo do equi-pamento foi testado por quase dois anos antes do lançamento. “Cada produto que a E-Led coloca no mercado passa por um longo período de testes. Durante esse tempo, nós disponibiliza-mos as luminárias para profissionais que as utilizam no dia-a--dia. Eles apontavam os pontos que poderiam ser aperfeiçoados. Por isso, cada um deles é o seu principal vendedor”, destacou.Entre os modelos de luminárias estão HD200W, HD200 nar-row, HD360W, HD400WCC (com correção eletrônica) e HD 1000W cc (com correção eletrônica). “No modelo HD 400 W com correção eletrônica de branco temos 18 LEDs, em que nove leds são de 2700K e os outros nove leds são 6 mil K . Como podemos comandar separadamente os dois conjuntos, você consegue obter qualquer temperatura de cor entre esses dois extremos. Há ainda outro modelo que pode ser conec-tado a uma mesa DMX ou computador com interface DMX e controlar a partir de um console convencional de iluminação”.

Em busca de novos mercadosCom essa excelência nos produtos, o mercado da empresa vem crescendo exponencialmente. Entre os novos segmentos em que

a E-Led pretende atuar estão a iluminação náutica, sinalização urbana e iluminação pública. “Estamos negociando com uma empresa americana para produzirmos no Brasil luminárias que funcionam com tecnologia solar”.O mercado da E-Led abrange o Brasil todo. De acordo com Dobes, a empresa participará de dois grandes eventos em agosto, a PhotoImage e a Broadcast Cable. “Além de contatar as redes de TV e profissionais de fotografia, vamos procurar lojistas para oferecer os nossos produtos”, finalizou.

Com equipamentos de grande qualidade, a E-Led está presente em diversas emissoras de TV no país – e vem apostando na qualidade dos produtos para ampliar seu mercado de atuação.

levada a sério

O destaque é o modelo HD 400 W com correção eletrônica de cor e comando de leds em blocos independentes. No detalhe, a luminária com tecnologia solar

Elisa e Alfredo Dobes, da E-Led: a qualidade dos produtos ampliou os mercados de atuação da empresa.

News > E-LED

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A israelense Orad está associada aos gráficos com atualiza-ção em tempo real, cenários virtuais, geração de caracte-res, identificação de canais, jornalismo e esportes. Neste último item, a empresa já havia conquistado pontos impor-

tantes com a criação de elementos 3D inseridos no campo de jogo e com o 3DReplay, um sistema que converte as jogadas mais impor-tantes em um modelo gráfico tridimensional e permite observá-las sob múltiplos ângulos, trazendo a visão do juiz ou a distância percor-rida pela bola. Ao lado do 3DReplay também estão o Trackvision, para análise esportiva em tempo real, e o MVP, que é usado pela TV Globo, Canal + (França), ESPN e Televisa.

Mas a Orad não se satisfez. Faltava algo para colocá-la definitivamen-te em campo. Para tanto, nada melhor que um sistema de repetição para transmissões ao vivo, um item que não falta aos eventos espor-tivos, dá um sabor especial ao espetáculo e é muito valorizado pelas emissoras e produtoras. A experiência com servidores de vídeo e controladores era um bom argumento para acreditar nesse negócio e a empresa foi em frente. Na última NAB apresentou o PlayMaker, um servidor de vídeo para transmissões em SD, HD e estéreo 3-D, com capacidade administrar quase mil clipes e criar quase cem listas de exibição. Cada servidor tem até oito canais configuráveis para ingest e playout em velocida-

Meia-armador - aquele jogador que faz a ligação entre a defesa e o ataque - é a melhor tradução para o PlayMaker, Pois é justamente trabalhando entre as imagens que chegam do campo e a exibição que está a nova solução da Orad para o segmento de recuperação e replay de imagens nos esportes. O PlayMaker chegou para concorrer em um mercado bem demarcado e com concorrentes de peso.

a competição

O PlayMaker armazena até 4000 clipes e 100 listas de exibição em SD, HD e S3D e pode gerar mil ciclos de repetição (cues)

por Fernando Gaio

News > Orad PlayMaker

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de normal, câmera lenta (2X) ou super câmera lenta (3X), sendo que as imagens são gravadas em formato motion-JPEG2000. O painel controlador foi projetado para garantir um ambiente fami-liar e intuitivo aos operadores, sendo muito parecido com os concor-rentes do mercado. Aliás, nesse segmento, “familiar e intuitivo” não podem ser meros recursos de marketing, pois quem vive o dia a dia das unidades móveis não se arrisca a exibir um clipe errado, fora do ponto ou na velocidade errada. Como todos sabem, um replay mal feito faz o telespectador mudar de canal e é aí que a Orad se posicio-na para garantir uma operação eficiente e confiável.

Controle seguro Como já foi dito, podem ser ligadas até seis entradas e duas saídas de sinais em cada chassi. Há também diversas opções para confi-gurar os servidores e controladores. Tudo depende da resolução, da taxa de frames e do tipo de fluxo definido. Normalmente, para cada operador é usado um canal de preview e outro de PGM, mas isso também pode variar. Nos replays, o PlayMaker pode reproduzir imagens em super slow motion e fazer a fusão delas com outras imagens em velocidade pa-drão usando a mesma saída de sinal. O mesmo vale para mesclas entre SD, HD e dual link. Na sua tela LCD de 5.7” sensível ao toque estão as ferramentas para gerenciamento dos arquivos armazenados, indexação e busca, com botões cuja aparência é alterada de acordo com a função que es-tão executando, o que amplia o volume de operações possíveis a partir de uma interface simples. Quando um clipe é carregado, por exemplo, os botões mudam o seu estado para habilitar as funções de

Um chassi do servidor PlayMaker tem oito canais I/O, que podem receber seis entradas HD e dar saída para os canais de preview e programa. Numa mesma sequência podem ser combinados canais para exibição de câmeras com super slow motion e convencionais

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apagar, renomear e copiar. Já na função de pesquisa, a seleção dos clipes pode ser feita por colunas, usando o teclado virtual. Além da tela LCD e dos botões que mudam de cor quando tocados ou na alternância de funções, também estão presentes no Play-Maker o botão “Jog” e a barra em “T”, dois itens inseparáveis e mui-to resistentes, que numa transmissão ao vivo são extensões das mãos dos operadores. Uma vez que a função “in” é acionada, todas as fontes de vídeo pas-sam a ter o mesmo “cue”, ou ponto de início, e podem ser reproduzi-das a partir dele. Mas, se for o caso, cada fonte pode ter o seu ponto de entrada e saída. Nos dois casos, há precisão ao nível do frame na reprodução e fusão das imagens, porque todas as fontes são grava-das em sincronia.Uma vez que os pontos e clipes dos principais lances são determi-nados durante o jogo, preparar a seleção dos melhores momentos torna-se uma tarefa muito fácil e é possível estar com ela pronta para ir ao ar logo que a partida termina.

Gerenciamento de clipesOs clipes podem ser salvos facilmente, apenas pressionando a tecla “Enter” ou através da designação de um número para cada clipe no teclado inteligente. Para facilitar as coisas, esse teclado já indica quais são os números disponíveis, o que acelera o processo e evita enga-nos na operação. Também para acelerar o fluxo de trabalho, existem 12 botões dis-poníveis para definir o tipo de evento relacionado ao clipe - gols, bolas perdidas, bolas recuperadas, escanteios etc. Os eventos podem ser atribuídos aos botões em categorias pré-definidas, de acordo com modalidades esportivas, ou personalizados de acordo com a necessidade do produtor. Essa ferramenta facilita a classifi-cação das jogadas ao longo da partida para o momento em que o replay é solicitado pelo diretor.

Operação em redeCom o crescente número de câmeras utilizadas e o ritmo exigido nas produções, o compartilhamento de clipes entre os servidores se tor-nou um fator importante numa transmissão bem sucedida. Por isso a Orad incluiu o módulo PlayNet no PlayMaker, para conectá-lo à redes Gigabit Ethernet. Com um clique, o operador do PlayMaker pode “entrar” em qual-

A opção PlayNet coloca o PlayMaker numa rede Gigabit para compartilhar arquivos entre servidores, a partir de um ciique. Dessa forma, a visualização, cópia, edição e exibição dos clips torna-se mais fácil.

Cada servidor tem oito discos de 1 TeraByte com tecnologia SATA, para 60 horas de gravações em HD a 100 Mbit/s ou 120 de SD a 50 Mbit/s. Duas unidades do PlayMaker já foram compradas pela produtora Casablanca

quer servidor da rede e navegar nas listas de exibição ou pastas com clipes, podendo selecioná-las para visualização, cópia, ou re-produção imediata. O módulo Inbox é outra função disponível em rede e que melhora a comunicação entre os operadores de uma unidade móvel. Com ele os operadores podem enviar links para determinados clipes, de forma muito semelhante à usada com os e-mails. Quem recebe o link tem acesso direto ao clipe e pode, por exemplo, importá-lo para criar uma sequência de melhores momentos.

Opções de usoEmbora o mais comum seja ver este tipo de solução em unidades móveis, nada impede que o PlayMaker seja usado em estúdios. As-sim como acontece nas externas, ele pode receber imagens de vá-rias fontes, editá-las e colocá-las numa lista de exibição. Na prática, é isso o que viabiliza os programas jornalísticos que recebem imagens quando o programa já está no ar e precisam exibi-las inúmeras vezes. Outra opção disponível e muito útil é a configuração para 3-D estere-oscópico, onde as oito entradas são convertidas em quatro pares es-téreo (dual link), mantendo praticamente o mesmo fluxo de trabalho. Neste caso, cada dupla de canais é enviada para o switcher – onde também ocupa dois canais – e segue para os encoders que criam as imagens estereoscópicas.

E o áudio vem junto Com a função de áudio embedded, o áudio pode ser integrado ao flu-xo de produção através dos oito canais estéreo disponíveis em cada canal de vídeo. Durante a reprodução, na fusão ou corte das ima-gens, o áudio acompanha o vídeo, seja em PGM ou PVW, e mantém todas as suas características, sem compressão e com a codificação Dolby E preservada. As fontes analógicas ou AES digital também são aceitas, mas é ne-cessário usar uma interface adicional para entrada e saída de sinal. A interface AC-8 dispõe de oito entradas e saídas analógicas em esté-reo balanceado, que podem ser designadas para os canais de grava-ção usando o roteador interno. Para AES digital as mesmas funções estão disponíveis através da interface AES-8.

Configurações variadasO PlayMaker é composto por um chassi que ocupa três unidades de

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rack e tem, na sua configuração mais simples, dois canais, uma para entrada e outro para saída. Depois vem a versão de quatro canais, para duas entradas e duas saídas, três entradas e uma saída ou uma entrada de super slow e uma saída. Na versão de oito canais, pode-mos ter seis entradas e duas saídas, uma entrada super slow mais três SD/HD e duas saídas ou duas entradas super slow e duas saídas. Estas possibilidades serão expandidas logo que o software de atua-lização seja lançado. Quando são usadas apenas câmeras de super câmera lenta há mais variáveis. Caso a velocidade de reprodução seja o dobro da velocidade normal, cada câmera usa dois canais. As câmeras que têm as suas imagens reproduzidas num tempo três vezes maior usam três canais. Como as entradas e saídas de sinais estão no mesmo chassi, as con-figurações com até seis câmeras HD eliminam a necessidade de um novo módulo, mesmo que mais de uma controladora esteja acopla-da. Outros servidores e controladoras podem ser integrados de acor-do com a necessidade.

Dentro da máquinaCada servidor tem oito discos de 1 TeraByte com tecnologia SATA, para 60 horas de gravações em alta definição a 100 Mbit/s ou 120 de SD a 50 Mbit/s. A configuração SD pode ser ajustada entre 10 e 60 Mbit/s, enquanto a HD pode variar de 30 a 180 Mbit/s. Para proteger os dados, estes discos estão configurados em RAID 6, o que garante a continuidade da operação mesmo que dois de-les parem de funcionar. Nessa circunstância, a Orad garante que não há redução no desempenho ou na qualidade das imagens e para substituir os discos defeituosos, basta remover o painel fron-tal do chassi. Não é preciso desconectar o servidor do rack. A empresa também optou por usar fontes de energia duplica-das (2 X 600W) e substituíveis, mesmo com o equipamento em funcionamento, além de usar o sistema operacional Linux em uma plataforma Intel de 2,33 GHz no servidor e Atom N270 na controladora. s. www.orad.tv

Após a NAB 2011, foi confirmada a parceria para a Brasvi-deo, ao lado da Video Company, distribuir o PlayMaker no Brasil. Segundo a Orad, essa decisão ajudará a atender o mercado nacional com maior eficiência, enquanto para a

Brasvideo, os novos produtos não causam conflito com as linhas da VizRT que a empresa já distribui, além de ajudá-la a entrar definiti-vamente no mercado de unidades móveis para esportes e grandes eventos. Tudo isso faz ainda mais sentido quando se considera a pro-ximidade da Copa do Mundo e das Olimpíadas de 2016.A Panorama Audiovisual conversou com Luis Pinievsky, vice-presi-dente de vendas da empresa, sobre as estratégias da empresa para o Brasil, começando pela estrutura de distribuição. “Hoje a Orad tra-balha com a Video Company, a Brasvideo e a Videodata, porque o mercado do Brasil é monstruoso. É como a Europa toda junta, onde nós temos vários relesellers”, conta Luís. Nem toda a linha da Orad está disponível nas três integradoras pelo fato de haverem alguns conflitos com outras marcas em determinadas linhas de produtos, o que não chega a ser um impeditivo para novos negócios. Hoje os melhores mercados para a Orad no país são os de gráficos e cenários virtuais. “Temos mais de 90% de mercado de cenários vir-tuais, principalmente na faixa de alto nível, instalado em empresas como a TV Globo (São Paulo, Rio, Recife, Brasília e Projac), TV Record (São Paulo e Rio), TV Gazeta (São Paulo), TV Anhanguera, RBS (RS), TV Cultura, Rede TV e a Universidade Metodista – para formação de novos profissionais”. No segmento de gráficos, especificamente de branding, a empresa também tem soluções instaladas no SBT com grande sucesso, mas Luis ressalva: “Esse mercado é pequeno, pois ainda existe muita operação manual”.Outro aspecto destacado pelo executivo é a importância da capacita-ção profissional, não apenas para operar os sistemas da Orad, mas também para criar. O desenvolvimento de cenários virtuais pode ser tão complexo, que chega a exigir conhecimentos em arquitetura e fo-tografia para produzir resultados convincentes. Quando a importân-cia da criação é subavaliada, o resultado na tela pode ser desastroso.

parceria

Desafio No ano 2000, a Orad comprou a empresa francesa Numeric Video para se estruturar e vencer o paradigma da EVS – que hoje domina nas unidades móveis em todos os continentes, mas a iniciativa não deu certo. O lançamento do PlayMaker é uma nova investida e agora a empresa precisa convencer empresários e operadores de que pode atender todas as necessidades de replay e recuperação de imagens ao vivo. “Selecionamos o que era mais eficaz (hardware e software) e um bom operador de EVS pode operar o nosso sistema em 15 mi-nutos. É um tempo de aprendizagem muito rápido e um método de trabalho fácil de compreender”, finaliza.s. www.brasvideo.com.br

Luis Pinievsky (esq.) com Martin Bonato e Wagner Mancz, da Brasvideo, que também fará a distribuição do PlayMaker no Brasil

News > Orad PlayMaker

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A Avid apresentou na NAB um conjunto de soluções inte-gradas para emissoras, empresas especializadas em co-berturas esportivas e canais comandados por equipes e federações. O Avid InGame pretende facilitar os proces-

sos de ingest, indexação, pesquisa, edição e criação de gráficos no ambiente esportivo, que exige muita rapidez, mas sem comprome-ter a qualidade do produto. Um dos aspectos destacados pela empresa, é facilidade com que o Avid InGame agiliza as ações promocionais para divulgação de times e competições, mantendo um fluxo contínuo de informações para os fãs, antes, durante e depois dos eventos. Essa proposta também é muito apropriada para ginásios, está-dios e centros poliesportivos com estruturas de sinalização digi-tal e painéis promocionais – algo que certamente fará parte das instalações em construção para a Copa do Mundo e as Olimpí-

Avid em A nova solução InGame multiplica a capacidade de promoções em instalações esportivas e nos canais comandados por times e federações. O conjunto de aplicações reunido pela Avid também atende emissoras e produtoras nas suas necessidades de arquivamento, edição, armazenamento e produção de gráficos.

adas de 2016. Nestes ambientes, a solução da Avid pode estar ligada a um sistema de produção interno e independente das emissoras responsáveis pela transmissão, onda a missão é man-ter o público animado e informado. Nestas ocasiões, as ações de marketing dos patrocinadores também são fortemente empregadas, além de promoções internas, feitas por lojas e restaurantes do complexo esportivo. Nos Estados Unidos, onde estas aplicações estão bastante maduras, os administradores dos estádios usam as promoções feitas em painéis de LED, cubos e televisores para ampliar a lucratividade do estabelecimento, sem depender exclusivamente das bilheterias.

Base de produçãoO Avid InGame é composto de quatro estações de edição com o sof-tware Media Composer, duas estações com o PostDeko (sistema ba-

News > Esportes

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seado em desktop para produção de gráficos em tempo real), 32TB de armazenamento compartilhado em rede no servidor ISIS 5000, ge-renciamento de produção com o Interplay Production e integração do Interplay Archive com o sistema de armazenamento SGL FlashNet e com a biblioteca de fitas de dados Spectra Logic Library T50e, com 10 slots e 1 drive para armazenamento e pesquisa de conteúdos. Para garantir a qualidade dos arquivos que serão exibidos em telas de múltiplas resoluções, o sistema é 100% compatível com a codificação Avid DNxHD 100, através das estações Media Composer. Para empresas que já trabalham com soluções de outros fabricantes, o InGame tem interoperabilidade com os servidores da EVS, os editores Apple Final Cut Pro e outros sistemas semelhantes.

Mais apoio para o jornalismoRecentemente a empresa também anunciou a atualização do NewsVi-sion, uma solução de jornalismo para pequenas e médias emissoras e produtoras armazenarem produções baseadas em arquivo. A segun-da versão do sistema melhora a velocidade de transferência dos arqui-vos e tem uma curva de aprendizado muito simples.

O Avid InGame reúne quatro estações Media Composer, duas estações PostDeko e 32TB de armazenamento no ISIS 5000

O NewsVision é uma solução de jornalismo para pequenas e médias emissoras e produtoras armazenarem arquivos de mídia

O NewsVision 2.0 reúne quatro servidores de ingest e playout AirSpe-ed Multi Stream, um servidor ISIS 5000-16, e cinco clientes dos edito-res Media Composer e NewsCutter, combinados e com possibilidade de expansão. Com ele, os jornalistas podem começar a editar logo que os arquivos começam a ser carregados e não é preciso terminar o pro-cesso de ingest para iniciar a edição. Usando a aplicação AirSpeed Multi Stream Remote Console é possível criar listas de exibição com mais de 1000 clipes, apagar, inserir e reor-dena-los; criar listas de loop; acompanhar o status de exibição, além de salvar ou abrir listas existentes. Para os idiomas inglês, espanhol e chinês, a capacidade de pesqui-sa fonética PhraseFind/Nexidia, que roda no Media Composer e no NewsCutter, também agiliza a pesquisa por um ponto específico nos clipes, facilitando muito o trabalho dos editores. s. www.avid.coms. www.cisgroup.tv

News > Esportes

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Nós estamos diante de uma mudança de tecnologia na iluminação para produções de vídeo seja cinema ou TV. Após cem anos de lâmpadas de filamento de tungstênio, vemos agora o LED com características diferentes, tanto

na economia quanto na qualidade de luz. Mais uma vez, temos que descobrir qual a melhor solução, a melhor marca e quais são os modelos mais adequados para cada tipo trabalho. Podemos dizer que a pergunta certa é: “Como decidir o que comprar?” Esse é o principal e angustiante problema que os profissionais responsáveis pela iluminação de produções de TV e cinema enfrentam. Na entre-vista a seguir, a revista Panorama Audiovisual ajuda a entender essa questão conversando com um dos mais conceituados diretores de fotografia da atualidade, sócio fundador da Associação Brasileira de Cinematografia. Tuca Moraes tem realizado grandes trabalhos como podemos ver na minissérie “Tapas e Beijos”, no longa “Tempos de Paz” de Daniel Filho, no seriado da TV Globo “Força Tarefa”, entre ou-tras produções de grande sucesso.

Panorama Audiovisual: Qual é a importância das luminárias de LED nas suas gravações?Tuca Moraes, ABC: Acho uma excelente maneira de iluminar com qualidade. Eu uso com frequência. Fiz recentemente um set na praia

Entrevista > Tuca Moraes

usando luminárias de LED que me deram um resultado excelente. Quando temos que fazer uma gravação externa em lugares onde o acesso `a fonte de energia é complicado, o LED é realmente a me-lhor opção devido a sua portabilidade e economia de energia, tendo em vista que estas luminárias podem ser ligadas em baterias simi-lares as usadas na câmeras de TV e cinema. Conseguimos obter um ganho na montagem brutal com o uso do LED.

Panorama: Qual é a sua opinião sobre a origem destas luminárias?Tuca: É uma discussão que temos frequentemente nesse meio. De uma maneira geral, cada fornecedor que surge contribui para que nós possamos realizar um trabalho cada vez melhor. Os profissionais que desenvolvem equipamentos para o nosso setor são mestres na arte de criar soluções. Quando vamos às feiras dos Estados Unidos e Europa, por exemplo, vemos que a tecnologia usada é quase que ar-tesanal. As pessoas envolvidas nos desenvolvimentos dos produtos são, em sua grande maioria, apaixonados pelo nosso metier. Fazem o que fazem por amor. Para falar a verdade, nunca vi ninguém nesse setor ficar realmente rico vendendo equipamentos de iluminação. Veja como exemplo as câmeras de cinema. Cada uma delas pare-ce um filho, com número e etc. Eu me lembro que alguns colegas meus, como Zé Tadeu e outros, grandes mestres da fotgrafia, tinham

O diretor de fotografia Tuca Moraes, que trabalhou em produções como a minissérie “Tapas e Beijos”, o longa-metragem “Tempos de Paz” e o seriado “Força Tarefa” é fã de primeira hora das luminárias LED. Segundo ele, elas trazem mais eficiência e economia ao set, além de ampliarem as possibilidades criativas.

Uma nova forma de iluminar

No seriado “Força Tarefa”, Tuca Moraes criou um cenário de ação através da iluminação e “com o LED isso foi muito mais fácil”

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uma câmera BL, que era levada para Alemanha de tempos em tem-pos, onde eram desmontadas, montadas e atualizadas com todo ca-rinho, como se fossem um filho. Eu fico muito feliz quando alguém traz uma coisa nova e, principalmente, quando esse alguém está perto de nós podendo acompanhar nossas necessidades do dia a dia. Um exemplo são os refletores LED da Energia. Como brasileiro, fico feliz ao saber que nós desenvolvemos equipamentos de mesma qualidade ou até melhores que os fabricados nos Estados Unidos ou Japão. Como profissionais de fotografia, isso nos interessa, pois temos os benefícios da interatividade entre o profissional de vídeo e o fabricante, e a grande vantagem é que, havendo algum problema, temos rápido acesso a manutenção ou troca.

Panorama: Quais são as principais características do LED? Tuca: A característica desses refletores é realmente a agilidade com uma performance muito boa. Além do beneficio cosmético, sem emissão de raios UV, não há também emissão de calor. O pessoal mais antigo sabe como era gravar com aqueles refletores. Você ilu-minava os atores e eles começavam a suar, tamanha a intensidade da luz e do calor em cima deles. Isso resultava em um grande proble-ma, porque tínhamos que limpar a pele e remaquiar os atores, geran-do uma perda de tempo e dinheiro. Todo ator se preocupa com sua imagem que deve ser tratada com carinho por nossa parte. Sendo assim, para a produtividade de uma gravação isso faz uma diferença enorme. Se você for somar, todos esses fatores, que muitas vezes não são pensados, fazem da luminária de LED a melhor escolha. Além disso, nós podemos citar a questão ecológica, tendo em vista que ela gasta menos energia e tem uma durabilidade muito maior comparado com as lâmpadas convencionais. Coisas que nós tenta-mos ensinar aos nossos filhos, como pensar “verde”, de uma forma menos destrutiva. Eu praticamente só vejo as virtudes do LED. Eu acho que na condição da emissão da luz, na maneira de gerar luz, o LED é um caminho sem volta.

Panorama: Alguns fotógrafos argumentam que existe uma dife-rença entre a luz do LED e a luz de tungstênio, além da temperatura de cor. Eles alegam que não basta filtrar e que há também um com-portamento diferente em sua utilização. Como você encara isso?

“Há luminárias a LED com várias temperaturas de cor ajustáveis sem gelatina. Elas vão de 3.200ºK a 5.600ºK sem problema, mas tem uma temperatura que eu gosto muito, em torno de 4.500ºK”, conta o diretor de fotografia Tuca Moraes

Tuca: Faz-me lembrar de quando eu entrei em contato com estes refletores pela primeira vez, há uns cinco anos atrás. Senti uma ten-dência a puxar para o verde, que é um fato que você administra sem problema, seja com gelatina ou na pós-produção. Para mim, particularmente, nunca foi um problema. Há, na realidade, situações em que eu gosto desse tom de verde. Diversos seriados e filmes dos anos 90 e dois mil deram uma esverdeada na imagem. Eu mesmo fiz vários trabalhos onde o verde fazia parte da minha palheta como linguagem e quando esse verde me incomodou por alguma razão, eu consegui facilmente corrigir com gelatina ou na pós-produção. Mas, não vejo muito problema nisso, pois há no mercado luminá-rias a LED com várias temperaturas de cor ajustáveis sem gelatina. Elas vão de 3.200 a 5.600 sem problema. Tem uma temperatura que eu gosto muito, em torno de 4.500, que é um segredinho que eu tenho e dá certa estranheza em determinadas situações. Mas, por exemplo, se usado LED Fresnel como HMI, o resultado é muito inte-ressante. Na realidade o LED causa menos transtorno do que o HMI. Eu, particularmente, não gosto do azul do HMI que ultrapassa os 5.600 e acabo tendo que quebrar essa cor com CTB, gelatinas para esquentar a luz, até chegar a um branco para fugir daquele azulado. Se não faço isso na capitação, o faço na pós-produção, pois acho aquele azul meio cafona. Já o verde do LED eu acho mais moderno.

Panorama: Muitos diretores ressaltam que o LED é em geral mais fraco. Mesmo que seja verdade, até que ponto as câmeras atuais precisam de tanta luz?Tuca: O LED pode ser mais fraco em termos de geração luz, mas hoje em dia se trabalha com câmeras muito mais sensíveis. Muitas eu diria que são sensíveis demais. Em algumas situações nós temos problemas de excesso de sensibilidade e também de extrema defi-nição. No caso do HD você precisa ter uma atenção maior porque há informação de mais. Qualquer pessoa com mais de 14 anos já tem um buraquinho na pele. Em suma, não vejo necessidade de tanta luz hoje em dia. É claro que se aparecer um LED equivalente a um refletor 5.000 ou 10.000 será sensacional. Mas, hoje em dia, com a forma que eu trabalho em geral, uso muito os painéis de LED para fazer um fill light, uma luz macia na face dos atores, trabalhando as relações de sombra. Muitas vezes eu filtro o refletor usando um 30/10, porque eu não quero calor e refletores próximos dos atores atrapalhando com uma luz fortíssima nos olhos. Na minha opinião, o fotógrafo não precisa de tanta carga de luz, ele precisa de qualidade de luz para desenhar um ambiente. Não precisa mais encher de luz

“O LED pode ser mais fraco em termos de

geração luz, mas hoje em dia se trabalha com

câmeras muito mais sensíveis.”

Entrevista > Tuca Moraes

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Entrevista > Tuca Moraes

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o set de gravação para poder capturar uma imagem para televisão ou cinema, onde eu faço alguns trabalhos com película e também consigo excelentes resultados.

Panorama: Como tem sido a sua experiência com as luminá-rias da Energia?Tuca: Posso dizer que recentemente nós temos usado refletores deles com um desempenho muito bom. Como já mencionei antes, eu acho muito bom ser de uma empresa aqui no Rio de Janeiro. Se esse equipamento tivesse sido importado dos Estados Unidos ou Europa, ele precisaria ser enviado para o país de origem se precisasse de manutenção. Quando trabalhamos com uma empresa nacional, nós temos a possibilidade de interagir, fazer com que o fabricante veja de perto como eu uso o equipamento e quais são as minhas necessida-des, dando sugestões para aprimorar o produto. Isso só acontece quando trabalhamos com empresas nacionais e vejo isso como algo muito promissor. O refletor LED Fresnel tem uma série de virtudes e, se eu não o tenho `a mão, tenho muito mais trabalho para chegar na performance que eu consigo simplesmente ligan-do o LED Fresnel em determinadas situações. Houve uma época em que eu usava muito aqueles refletores de luz fria justamente buscando essa suavidade da luz. Mas esses refletores de luz fria são complicados de trabalhar. Eles têm problemas de contato, são muito frágeis para usar no dia a dia de gravação, seja em publici-dade, televisão ou cinema. Em todos eles você tem que ter algo resistente. Os longas de antigamente levavam dois a três meses de filmagens, mas hoje é diferente. Eu fotografei o filme “Tempos de Paz”, de Daniel Filho, que não teve nem 10 dias de externas, usando muito LED em todas as cenas e ficou excelente. O Daniel ficou muito feliz com o resultado das imagens e a fotografia do filme foi bem elogiada pela crítica.

Panorama: Existem preferências do tipo: dentro do estúdio é me-lhor usar 3.200ºK e fora 5.600ºK. Como você vê isso? Tuca: Eu particularmente misturo muito temperatura de cor porque eu acho que o mundo é assim dentro e fora do estúdio. Tentamos criar uma realidade mesmo que seja fantasiosa. Por exemplo, quan-do usamos a cor azul para representar a noite que não é azul. De uma forma ou de outra, mesmo quando se faz algo mais alegórico,

sempre há alguma relação com a realidade, mesmo que ela seja fan-tasiosa ou um realismo mágico. Quanto aos custos, não há a menor dúvida que o LED é mais barato. Não só pelo custo elétrico ou du-rabilidade, comparado com outras lâmpadas comuns, mas também na economia de tempo. Sendo assim, quando você entra em cam-po tudo tem que acontecer muito rápido e produtivamente. O LED certamente contribui muito para fazer tudo isso acontecer. Ou seja, eu não estou derretendo meu elenco usando uma lâmpada quente, tendo que, de tempos em tempos, refazer a maquiagem. Não estou incomodando os atores com a luz forte de mais fazendo com que eles frisem os olhos. Eu ganho tempo se não tenho que puxar cabo por usar um refletor e simplesmente pego uma bateria para ligar ele. Muitas vezes não preciso pedir para o eletricista desligar o equi-pamento, simplesmente vou ali, pego e levo para onde eu quero. Enfim, é uma luminária muito mais ágil, que certamente implica nos custos da produção. No “Força Tarefa”, por exemplo, nós caímos no verde para criar um cenário de ação e com o LED isso foi muito mais fácil. Em “Tapas e Beijos”, onde utilizamos LED nas filmagens constantemente, eu vejo que as atrizes se sentem bem com essa iluminação e com o cuidado que nós damos.

Panorama: Qual o percentual de luminárias de LED nos seus sets?Tuca: Pelo menos cinquenta por cento. Eu uso muito o painel de LED para fazer o fill light e LED Fresnel para fazer o contra ou key light, um tipo de contorno que eu gosto e ajuda a afinar o rosto do ator. Também uso para o contra absoluto, pois o LED Fresnel é um refletor mais pontual, similar ao 575 HMI. Já os sunguns de LED, por exemplo, são muito bons para fazer o que se fazia nos anos cin-quenta, o eyes light, aquela luzinha nos olhos. Nesse caso o sungun de LED tem uma performance muito melhor que o Camil, que só funciona se a luminária tiver muito próxima dos atores. Em outras palavras, eu não saio de casa sem meu “Kit LED”.

“Os longas de antigamente levavam dois a três meses de filmagens, mas hoje é diferente, eu fotografei o filme “Tempos de Paz”, do Daniel Filho, que não teve nem 10 dias de externas e ficou excelente usando muito LED em todas as cenas”, comenta Tuca Moraes

Pelo menos cinquenta por cento das luminárias nos seus sets de Tuca são LED. “Uso muito o painel de LED para fazer o fill light e LED Fresnel para fazer o contra ou key light, um tipo de contorno que eu gosto e ajuda a afinar o rosto do ator”

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Playbox comemora 10 mil sistemas

O CEO da empresa búlgara, Vassil Lefterov, comemorou a mar-ca agradecendo aos sócios, distribuidores e integradores que a Playbox tem pelo mundo, enquanto Don Ash, diretor de vendas, lembrou que desde 1999 a empresa se tornou uma

companhia global, com 15 centros de vendas e suporte em 10 países. “Nosso êxito se deve a dois fatores: muitas pessoas trabalhando com um mesmo objetivo e a confiança de nossos clientes. Eles nos ajudaram a encontrar a solução perfeita, reduzindo os custos de suas operações”.

A distribuidora iniciou a distribuição dos microfones de qualidade broadcast, mas que também estão muito presentes em documentários e nas produções corporativas.

Krasimir Dachev, CTO da companhia, lembra que há pouco mais de dez anos, a exibição baseada em arquivos era um sonho. “Ago-ra temos milhares de clientes demonstrando a estabilidade da tec-nologia do nosso servidor, assim como as plataformas de exibição que podem se conectar diretamente `a infraestrutura de TI”.

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News > Transmissão

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Nas produções 3D, o espaço que o gravador ocupa conta muito. É preciso garantir a mobilidade, pesar pouco e ser compatível com os sistemas de edição. O nano3D faz isso e muito mais.

O novo nano3D, da Convergent Design, dá sequência ao sucesso conquistado pelo nanoFlash entre os profis-sionais de cinema, publicidade e TV. A versão combi-na dois gravadores/reprodutores nanoFlash sincroni-

zados para produções em estereoscopia 3-D com qualidade HD. Por ser muito pequeno e consumir apenas 12W, o modelo é muito apropriado para gravações em rigs 3-D. E, quando não for o caso de uma gravação em 3-D, os dois nanoFlash podem ser usados para gravação simultânea de arquivos on-line e off--line, em alta e baixa resolução, ou para gravação HD com ba-ckup, com dois arquivos másteres idênticos. O nano3D usa o codec Sony MPEG2 4:2:2 com resolução com-pleta e pode ser ajustado para até 280 Mbps. Os arquivos são gravados em cartão Compact Flash em Quicktime ou MXF, para ser compatíveis com a maioria dos sistemas de edição, incluin-do Avid, Final Cut Pro, Edius, Vegas e Premiere.

Gravação para valer com o

Para a função de gravação, o nano3D usa duas entradas HD‐SDI e uma entrada de time code LTC, para gravar em 1080i60/50, 1080p30/25/24 e 720p60/50/30/25/24. Na opção de gravação a 280 Mbps em I‐Frame é possível chegar à melhor qualidade do equipamento. Também estão disponíveis oito canais de áudio embutidos por stream HD‐SDI, que são gra-vados em 24‐bit 48KHz sem compressão, para produção de programas em 5.1 ou 7.1. Já na função de reprodução, o nano3D entrega dois fluxos de sincronizados HD‐SDI, mas o que realmente faz a diferença é a função interna, que gerar os formatos lado a lado, linha por linha ou top/bottom. O vídeo gerado sai por um único cabo HD‐SDI para ser exibido em monitores 3-D profissionais (usando um conversor para HDMI é possível ver as imagens em um mo-nitor doméstico). s.www.convergent‐design.com

News > S3D

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por Fouad Matuck

Para apoiar a cobertura da Copa América, realizada duran-te o mês de julho na Argentina, a TV Globo solicitou duas unidades de externa à Casablanca Online. A emissora que-ria dois pequenos caminhões, versáteis e integrados, com

quatro câmeras, corte de imagem e subida de sinal para satélite. “Eles queriam condições técnicas para apresentar um jornalismo mais sofisticado e levar matérias ao ar com mais câmeras”, ex-plica Alex Pimentel, diretor da empresa. Por ter estrutura própria para fabricar unidades móveis - através da divisão Ibrasat, a Casa-blanca tem atendido este e outros pedidos com muita agilidade. Mais de uma dezena de negócios importantes foram realizados, como por exemplo, a transmissão da Copa das Confederações. “É um jogo rápido. No final do mês de maio, por exemplo, as duas unidades para a Copa América foram entregues à TV Globo”, assinalou Alex. “Os argentinos também vieram buscar no Brasil uma empresa que fizesse a emissão do sinal multidestino com confiabilidade, que fosse em banda C e também transmitisse em alta definição. Nós teremos quatro carros na Argentina só para subir o sinal multidestino e teremos outros carros para atender as televisões brasileiras e estrangeiras”, detalhou.Em alguns casos, a própria emissora desenvolve o projeto e o desafio é entregar a unidade “customizada” a um preço compe-titivo a tempo da realização do evento.

Pesquisa e desenvolvimentoO pioneirismo da Casablanca no setor foi relembrado por Alex, que também supervisiona a fabricação de antenas em fibra de carbono na Ibrasat. As peças são fundamentais em uma unidade móvel e no passado eram importadas pela Casablanca por pre-ços muito altos. “Nós decidimos desenvolver a nossa tecnologia e esse aprimoramento interno permitiu que se criasse outra em-presa”. O executivo destaca que esse desenvolvimento vem da experiência em campo do grupo, que é aperfeiçoada para criar

Reportagem > Unidades Móveis

novos processos e soluções. Teoricamente, quem realiza transmissões não precisa fabricar o carro. Esse foi um questionamento recorrente dentro da Casa-blanca, segundo Alex, mas a falta de empresas especializadas criou a necessidade. “Era frustrante levar um carro para montar, pedir determinadas especificações e, ao receber, ver que o que foi entregue, não era bem o solicitado. A outra opção era im-portar a um custo muito alto”. A opção de importar também não agradava porque o treinamento para usar os carros feitos nos EUA ou Europa é em inglês. “Aqui o nosso funcionário não fala inglês”, lembrou Alex.O executivo não quis estimar o valor de uma unidade móvel impor-tada, mas explica porque o negócio é rentável. “Ficaria mais caro se eu fizesse uma ou duas antenas, mas eu posso fazer cem, porque domino a tecnologia. Além do uso interno, o nosso próximo passo é comercializar essa tecnologia de fabricação”, enfatizou Alex. Mesmo sem ter atingido a etapa de comercialização, a fabricação das antenas já é viável, uma vez que a Casablanca Online conse-gue financiar seus custos operacionais e de P&D, apenas com o atendimento da demanda interna da produtora Casablanca. Os custos de desenvolvimento foram pulverizados com a fabrica-ção das antenas. “Hoje nós temos 25 unidades móveis. Se você contar US$ 200 por antena, nós temos US$ 5 milhões só em an-tenas”, explicou o diretor da Casablanca Online. Ele lembrou que

Há mais de 10 anos a Casablanca Online desenvolve as suas próprias unidades móveis de transmissão via satélite (DSNGs), para não depender de terceiros e reduzir os custos. Hoje a empresa fabrica até mesmo itens complexos como as antenas para banda C e Ku, além de estudar a comercialização de sua tecnologia em outros mercados.

Solução nacional para DSNGs

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a empresa faz a manutenção das unidades e conserto de equipamentos, o que também ajuda a viabilizar o negócio. O engenheiro Wilson Santos, da Ibrasat (empresa do grupo Casablanca) diz que o número ideal para desenvolver esse negócio é fabricar 200 ante-nas. “No entanto, o fato de nossa operação estar casada com a manuten-ção e fabricação de unidades móveis torna o negócio possível”, comenta.Aliás, a questão da manutenção é muito importante, porque os carros da Casablanca andam pelas precárias estradas do país – trechos de até três mil quilômetros em uma única viagem, retornando com a suspensão quebrada, sem molas e em péssimo estado. A Casablanca Online atende a empresas como a TV Globo, Globosat, TV Re-cord, SBT e outras que fazem eventos ao vivo. A empresa também desen-volve aplicações para o cinema, em fase de testes, e deve entrar na área de Telecom para fazer transmissão de dados via IP. “Estamos avaliando qual será nosso posicionamento nesse mercado, que também usa satélite e pre-cisa de mobilidade e confiabilidade para transmitir dados”, disse Alex. Wilson Santos lembra que a empresa também desenvolve soluções para 3-D. “Os rigs, equipamentos utilizados para alinhar as câmeras nesse tipo de filmagem, foram fabricados em apenas oito dias para a prova de Fórmula Indy, realizada no Brasil em 2010 e exibida em 3D pela TV Bandeirantes. Esse mesmo rig esteve na última Broadcasting & Cable no estande da Sony”. Além da criação de estrutura praticamente completa e personalizada de unidades móveis e o desenvolvimento de equipamentos para gravação de alta performance, como os rigs, para alinhamento de câmeras, fun-damentais em imagens 3D, a Casablanca Online dispõe também de um projeto de capacitação técnica que já disponibiliza mais de 50 salas de cinema digital em todo o Brasil e fechará o ano de 2011 com 100 salas prontas para recepção digital ao vivo, em HD e 3D.

O desafio da reflexão perfeitaAntes de fabricar as suas próprias antenas, a Casablanca usava e adap-tava as antenas em alumínio da Brasilsat, feitas para uso fixo, em ins-talações, prédio e no chão. “O Wilson veio trabalhar com a gente, tinha experiência com fibra de vidro, enquanto eu tinha feito muitas visitas à NAB e NBC. Um dia, perguntei se fibra de carbono e fibra de vidro eram a mesma coisa. Ele disse que eram parecidas e perguntou o que eu que-ria. Eu precisava de uma antena pequena de downlink para demonstrar

a recepção em transmissões via IP, por satélite. O Wilson disse que dava para fazer e fizemos um teste com a ajuda de dois engenheiros de radiofrequência”.Com várias trocas de experiência surgiu uma peça “matriz”, que serviu de molde, pri-meiro para uma antena de recepção. Depois para uma de transmissão. “O primeiro protótipo da antena de transmissão possuía 1,80 metro”, contou Alex.

Wilson Santos lembra que a montagem da antena aconteceu por uma necessidade mecânica. “Nós não tínhamos como usar uma antena padrão da Brasilsat na nossa unidade móvel, que tem teto alto e uma proteção, mas era o encaixe perfeito da antena de 1,80 metro e nós não quería-mos que a antena ficasse a mostra por causa da deformação”, conta. “Depois de 12 testes chegamos ao nosso projeto pró-prio. A parte refletora é feita em grafite, não em fibra de carbono. O importante da antena é sua capacidade, seu RMS, sua deformação quadrada em uma área

Por ter estrutura própria para fabricar unidades móveis, a Casablanca - através da divisão Ibrasat – tem mais de uma dezena de negócios importantes realizados, como a transmissão da Copa das Confederações

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preestabelecida e essa deformação não pode ser muito grande, deve ter em torno de 2 ou 3 décimos”.

Pontos críticosA Casablanca Online tem antenas operando em unidades móveis desde 2006, todas com durabilidade mínima de quatro anos. An-tes da fabricação própria, a reposição era feita de 6 em 6 meses.“A antena é composta pelo refletor, alimentador e suporte. O suporte e o alimentador não são trocados, apenas o refletor. Conforme a movimentação e o transporte, o refletor sofre da-nos que geram deformidade e perda de suas propriedades de reflexão”, explicou Alex, lembrando que, com isso, a onda vai se deformando e perdendo ganho. “Isso é péssimo para a trans-missão, pois ao transmitir com uma antena deformada você pode atingir outros satélites.

Em teoria, quem realiza transmissões não precisa fabricar o carro. Essa foi uma questão recorrente dentro da Casablanca, mas a falta de empresas especializadas criou a necessidade

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Também era pre iso fazer uma série de adap-tações logo que se comprava a antena. “Tí-nhamos que comprar uma antena inteira nova, tirar o refletor dela e encaixá-lo na UM. Quando comprávamos da Brasilsat, a parte mecânica não funcionava. Isso nos obriga-va a fazer uma série de adaptações, o que era um problema. Além do custo da antena nova, havia um custo de mão-de-obra de adaptação do equipamento”, justificou Alex. O diretor da Casablanca Online ainda re-lembrou a relação do desenvolvimento da antena com os amplificadores: “Quando co-meçamos a fabricar a antena de 1,80m, que cabe na Mercedes-Benz Sprinter, em 2007, no contexto do surgimento da TV digital, não havia encoders de MPEG-4, eram todos para MPEG-2. Para transmitir um sinal de alta definição em MPEG-2, seria necessário um full transponder de 27 a 36 MHz. Essa é uma grande largura de banda e quanto mais banda, maior é o amplificador ou a antena”. Comprar amplificadores mais potentes tor-naria o negócio inviável, então a solução

foi desenvolver uma antena de 2,4 metros para ter um ganho de 3dBs. “Chegamos ao desenho adequado, fizemos os testes de campo e conseguimos adaptar um carro relativamente pequeno com uma antena grande. Isso nos garantiu um diferencial de mercado. Conseguimos disponibilizar carros rápidos, relativamente pequenos, com muita agilidade, que podem parar e entrar em qualquer lugar, com uma ante-na grande, sem a necessidade de amplificadores tão grandes e com capacidade de transmitir sinais HDTV com confiabilidade”.

A evolução Segundo Wilson, a antena de 2,4 metros, de boa qualidade e feita fora do Brasil, pesa mais que o dobro da antena de mesmo tamanho fabricada aqui. São 290 quilos contra 135 quilos. Com esse peso excessivo, os estrangeiros não conseguem colocar a antena de sua fabricação em um furgão leve. A questão da leveza dos equipamentos garante, além de mobilidade para a unidade móvel, estabilidade de transmissão, algo funda-mental para a segurança de envio de dados.

Além da antena propriamente dita, a Casablanca Online também fabrica o sistema de nivelação a ar, o calibrador automático, os componentes para o acabamento interno, a forração termoacústica, o gabinete de silenciamento do gerador e a plataforma do carro.

Quando começou a demanda por transmissões em HDTV, só havia encoders MPEG-2, exigindo maior largura de banda. A solução foi desenvolver uma antena de 2,4 metros para ter um ganho de 3dBs

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Essas vantagens do design dos componentes da unidade móvel também tornam as ope-rações de manutenção menos recorrentes. Segundo Wilson, em 2010, eles entregaram quatro unidades novas à Casablanca e, em paralelo, foram abertas 423 novas ordens de serviço, que vão desde o reparo em um parafuso à reforma completa de uma unidade. O principal diferencial da empresa, segundo Wilson, foi conseguir reduzir esse número de ocorrências a partir do sistema de produção própria, fabricando e integrando todos os equipamentos necessários para a montagem. Além da antena propriamente dita, a Casablanca Online também fabrica o sistema de nivelação a ar, o calibrador automático, os componentes para o acabamento interno, a forração termoacústica, o gabinete de silenciamento do gerador e a plataforma do carro.

Jogo tecnológicoOs Estados Unidos e a Europa geralmente operam na banda Ku (10.95 a 14.5 GHz) de satélite, que requerem antenas menores, oscilando entre 1 e 1,5 metro. Já na banda C (4 a 8 GHz), usada no Brasil, a antena precisa ter no mínimo 1,80 metro, sendo o ideal 2,40 metros ou ainda maior, mais há restrições físicas para isso. Nesse sentindo, já há o desenvolvimento de uma antena de 3,6 metros para um caminhão relativamente pequeno, que tem apresentado bons resultados em casos específicos. O Brasil é um dos poucos países do mundo que optou pelo uso da banda C por con-ta da confiabilidade na transmissão (a banda Ku é muito sujeita a intempéries). Se aqui a banda C e os satélites são usados para quase tudo, nos países desenvolvidos as unidades móveis são mais usadas nos noticiários, enquanto os eventos – mais sensíveis a queda de sinal - são transmitidos por fibra óptica. Para a transmissão de uma partida de futebol em território nacional, o carro de transmis-são deve chegar um dia antes ao local para iniciar os ajustes e testes. Essa característica gera conflitos quando profissionais de uma emissora de TV estrangeira querem alugar uma unidade no Brasil, pois estão acostumadas a procedimentos bem mais rápidos. Essa diferença de opção também se deu porque em um passado recente não havia banda Ku no Brasil em alta potência. Isso mudou nos últimos cinco anos. No entan-to, o know how de se trabalhar com a banda C ainda é predominante nos negócios de transmissão broadcasting.Segundo Wilson, os poucos modelos de 2,40 metros fabricados na Europa não são adaptáveis a carros pequenos ou são feitos com materiais frágeis, que comprome-tem a durabilidade do equipamento. No Brasil, estas antenas são adaptadas a furgões, reduzindo o custo dos amplificadores e de energia em 30%, segundo Alex.

A Casablanca Online atende a empresas como a TV Globo, Globosat, TV Record, SBT e outras que fazem eventos ao vivo. A empresa também desenvolve aplicações para o cinema, em fase de teste, e deve entrar na área de Telecom para fazer transmissão de dados via IP

Com várias trocas de experiência surgiu uma peça “matriz”, que serviu de molde, primeiro para uma

antena de recepção e depois para transmissão

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Pesquisa e desenvolvimento

A produtora Casablanca é uma das maiores referências em pós-produ-ção, efeitos visuais, publicidade, televisão e cinema de alto nível no Brasil. As suas atividades se estendem por diversas áreas, inclusive a transmissão de eventos ao vivo, feita pela Casablanca Online. Essa

empresa-irmã se dedica há mais de 10 anos à transmissão via satélite, utilizando unidades próprias para transmissão digital via satélite (DSNG), nas bandas C e KU, em SD e HD.A empresa já realizou milhares de eventos nacionais e internacionais – são mais de 1400 jogos por ano no Brasil e América do Sul, sendo pioneira na implantação e integração das tecnologias HD e 3D. Para não depender dos longos prazos e altos preços exigidos quando se encomen-da uma unidade de transmissão, a Casablanca Online conta com a Ibrasat, uma divisão industrial para pesquisa e desenvolvimento. Cabe a ela projetar e construir as unidades e antenas que são utilizadas internamente ou comercializadas. Além das unidades DSNG, a Casablanca dispõe de um teleporto para descida e subida de sinais, fly-aways (pequenas malas nas quais se transportam antenas portáteis), estações fixas e soluções para videoconferência.

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Reportagem > Encontro SET SUL

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por Eduardo Boni

Conhecido como um grande pólo de difusão de informa-ções para o público broadcast, os encontros regionais promovidos pela SET (Sociedade de Engenharia de Tele-visão) têm como objetivo debater alguns dos principais

temas ligados ao setor.Entre os dias 14 e 15 de junho aconteceu o encontro SET Sul, no auditório da Senge (Sindicato dos Engenheiros do Rio Grande do Sul), em Porto Alegre. O evento reuniu cerca de 100 partici-pantes durante os dois dias e também teve transmissão online, no qual centenas de internautas tiveram acesso aos debates na homepage da SET.O engenheiro José Roberto Elias, da Transtel, abriu o evento co-locando em pauta o debate em torno da interiorização do sinal digital. Para ilustrar sua palestra, falou sobre Sistemas Radiantes Aplicados à Interiorização da TV Digital. O executivo mencionou importantes fatores a serem considera-dos quando se deseja digitalizar de forma eficiente (baixo custo com desempenho aceitável) tendo como premissas definidas o orçamento e a distribuição de conteúdo até o local da Esta-ção (transmissora ou retransmissora), bem como alertou para os cuidados em  manter e/ou melhorar o desempenho dos sis-temas analógicos existentes, que muitas vezes necessitam de retrabalho. “Muitas cidades crescem em áreas que podem não estar mais cobertas pelo sinal analógico que foi implantado há décadas. Uma ótima solução de sistema radiante depende, não

somente, da experiência do fornecedor, mas principalmente do conhecimento dos componentes da estação. Portanto, jamais  deve-se analisar os equipamentos e acessórios de uma estação de forma isolada. Transmissores devem estar casados com an-tena e linha de transmissão e todos operando em conformidade com a Outorga e respeitando as limitações impostas aos canais consignados”, explicou.Além disso, Elias revisitou alguns conceitos básicos e fez uma análise sobre a influência comparativa das transmissões em po-larização elíptica e horizontal/vertical, com resultados práticos obtidos de sistemas já implantados.Por último, foram mencionadas informações importantes sobre ca-racterização em Campo de Testes bem como aplicações de combi-nadores de impedância constante, ilustrados com estudos de caso.No que se refere à interiorização do sinal de TV Digital, Elias obser-vou que esse cenário vem demandando sites com transmissores de mais baixa potência, atendendo a cidades com índices demo-gráficos cada vez menores. “Apesar disso, esses locais exigem sis-temas de alta performance e confiabilidade, pois a antena trans-missora é o último elo entre a emissora e a audiência. Em termos de economia, as antenas de Banda Larga (da ordem de 20 canais) e Slots (18MHz) que transmitam tanto canais analógicos quanto digitais, se mostram soluções economicamente interessantes e vêm sendo demandadas pelo mercado nacional nessa nova fase de implantação”, finalizou

Porto Alegre sedia encontro da SET SulCom mais de 100 participantes e transmissão simultânea pela internet, o encontro SET Sul mobilizou a atenção dos engenheiros de televisão ao debater temas recorrentes como interiorização da TV Digital, distribuição de conteúdo, arquivamento digital e TVs conectadas entre outros temas.

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Reportagem > Encontro SET SUL

O uso dos Gap FillersO tema Gap Fillers também ganhou destaque no palco da Sen-ge. A engenheira Vanessa Lima, da SET, abordou o tema falando sobre o uso de gap fillers como uma das soluções com melhor custo/benefício do mercado.Vanessa começou sua palestra lembrando que a instalação de um gap filler exige alguns cuidados adicionais comparado com a instalação de um transmissor digital, porque é preciso garan-tir que o sistema opere garantindo qualidade. “O usuário que é atendido por um gap filler não pode estar numa situação inferior aquele atendido pelo transmissor principal”, destacou.Para ilustrar sua palestra, Vanessa mostrou duas situações: uma delas, com o canal adjacente sendo um canal analógico e no ou-tro sendo digital.Conforme lembrou a engenheira, a diferença que existe entre o nível recebido pelo gap filler e o nível nos canais adjacentes é a chamada margem de ganho. “Todo gap filler tem um valor máximo de níveis adjacentes que suporta. Se essa margem for excedida, o equipamento pode não funcionar. Esse efeito pode ser corrigido com um filtro de canal de modo a garantir que ele caia na margem de ganho”, afirmou.Ela lembrou que mesmo com essa filtragem, não é possível ate-nuar a intermodulação que caiu dentro do canal. “Dependendo do nível dessa interferência, o gap filler pode não operar mes-mo em conjunto com um transmissor. Isso ocorre se o nível de interferência (in-bend noise) estiver maior do que o sinal a ser repetido. Nesse caso, ele só repetirá o ruído”, explicou.

Ela lembrou que outro ponto é preciso respeitar a faixa de sensi-bilidade do gap filler, que normalmente fica entre -20 e -60 Dbm, independente da ausência do in-bend noise. ”Se o sinal estiver muito abaixo desse nível, não será possível operar. O mesmo pode ocorrer num cenário de um canal adjacente digital”. Na questão da interiorização do sinal, Vanessa lembrou que uma das iniciativas tem sido usar o que já existe e atribuir novas funções

Fernando Ferreira, organizador do evento SET Sul, ao lado de Olímpio Franco, da SET: busca incessante por assuntos inovadores e de interesse dos profissionais de broadcast

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Reportagem > Encontro SET SUL

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do mux aos transmissores. “Agora, muitas das funções que eram exclusivas do multiplexer passaram a ser feitas dentro do próprio transmissor com o intuito de simplificar a distribuição. O mesmo vale para a distribuição via satélite. O que existe é o que chamamos de modux – não é apenas um modulador. Ele tem parte das funções do multiplexer embutido. Assim conseguimos usa a infraestrutura de satélite, os rádios de telecom e links de micro-ondas já existentes para facilitar a distribuição”, finalizou.Outro tema presente no evento foi a distribuição de conteúdo digital. Fabrizio Reis, da Screen Service do Brasil, falou sobre o

tema, lembrando também do legado do conteúdo analógico.Ainda na parte da manhã, João Paulo Quérette, da Imagenharia, abordou a edição não linear, com foco especial sobre o software Final Cut Pro X, que vem revolucionando esse segmento e rele-gando as antigas fitas a segundo plano.Dárcio Pascale, da AD Digital foi o próximo a falar e centrou sua palestra no Tapeless Workflow. Ele mostrou experiências desse segmento no país e lembrou a grande variedade de particulari-dades que cada uma delas possui, já que cada emissora tem um tipo de projeto diferente, com muitas particularidades.

O evento foi transmitido pela internet e os internautas participaram enviando suas perguntas aos palestrantes.

João Paulo Quérette, da iMagenharia falou sobre Edição Não-Linear 2.0, com a solução Final Cut Pro X, da Apple.

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Na parte da tarde, Rodrigo Meirelles, da TV Globo, apresentou o seminário sobre Áudio 5.1 em Televisão. Ele abordou o som 5.1 e as diferentes experiências desse sistema numa sala de cinema e nas residências, com o objetivo de promover a imer-são do telespectador no som da TV. “No cinema você está num ambiente controlado com caixas acústicas projetadas para isso. O surround no cinema traz o envolvimento. Já nas residências, mesmo as mais preparadas, a experiência é outra, já que inúme-ras interrupções podem acontecer e tirar o foco do objetivo de imersão no som”, comparou.

Meirelles também falou também sobre novidades como o 11.1, que a DTS lançou durante a NAB. “É uma tecnologia nova que mostra a tendência de se fazer o som em 3D, com a dimensão da elevação. Mas, hoje, o que temos, de fato, é o som 7.1 para cinema”, ressaltou.Ele destacou também os impactos, na produção e pós-produção, do som 5.1 levando em conta os investimentos e as mudanças nos processos. “É preciso se preocupar com detalhes do processo, com ambientes diferenciados e as edições de diálogo também precisam de cuidado especial. Além disso, é preciso ter duas mixagens, no estéreo e no 5.1. É preciso ter essa preocupação”, explicou.

Vanessa Lima, da Linear, falou sobre o uso de Gap Fillers e alguns problemas que podem surgir com o uso dessa solução.

Em primeiro plano, o engenheiro Euzébio Tresse, e José Elias, da Transtel, que falou sobre Interiorização do sinal digital

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O engenheiro Carlos Fini, da TV Globo, falou sobre TVs Co-nectadas e seus impactos sobre a TV Digital e nesse sentido ele ressaltou que há diferenças entre o que os produtores de TV querem entregar e o que o consumidor efetivamente

recebe. “Isso vale áudio 5.1. para vídeo, iluminação e, inclusive para TV conectada, que é o assunto principal de várias feiras de tecnolo-gia, mesmo que ela surja com outros nomes como Broadband TV, Smart TV e outras. Os nomes variam de acordo com os fabricantes, mas, no fundo, estamos falando do mesmo assunto”, afirmou.Fini ressaltou alguns assuntos importantes, como o crescimento in-questionável da TV conectada, tanto no mercado norte-americano como no brasileiro. Segundo ele, cerca de 21% dos aparelhos de TV em todo o mundo apresentam conexão pela internet e até 2014 esse número deve subir para 50%. “Depois de preço e qualidade, o questionamento do consumidor recai sobre conectividade. E isso vale para o mercado norte americano e também para o brasileiro. Esse é o terceiro fator que leva alguém a adquirir uma TV”, disse.No entanto, como mostrou o engenheiro, não basta apenas ofe-recer conexão. É preciso dar também programação de qualidade. “O grande problema da TV Conectada não é a conexão em si, mas um conteúdo de qualidade. Por isso, atualmente, cada fabricante de aparelhos de TV está se associando com provedores de conteúdo para oferecer uma programação que atraia o consumidor e, por ta-bela, aumente a audiência. É uma mudança no mercado, já que isso era uma tarefa anteriormente atribuída aos broadcasters”.A conexão da TV não acontece isoladamente e, segundo Fini, ela é resultado de uma conexão que está cada vez mais presente na casa das pessoas. “Os grandes lançamentos na CES deste ano eram des-tinados a casas conectadas. Era possível sair do seu carro e entrar em casa ouvindo a mesma música ou sair de casa e continuar ven-do o mesmo programa num tablet. Por isso, é possível dizer que o mundo está se conectando”, afirmou.Para ilustrar esse ponto de vista, Fini falou sobre alguns cenários, desde a antiga emissora de TV, que usava o conector F para entre-gar conteúdo, até a TV Digital, em que se ganhou portabilidade e alta definição. “Será que tudo isso é suficiente para o mundo de hoje? A discussão sobre TV Digital durou doze anos e, em 2007, tivemos alta definição, conectividade e até mesmo interatividade, um recurso que pouquíssimas pessoas tiveram acesso satisfatório até hoje”, lembrou.

A interatividade fica para amanhãAo ilustrar a questão da interatividade, ele diz acreditar nesse re-curso, mas alertou para um fator: a sua adequação ao mundo atual. “Na NAB havia lá um painel que falava sobre interatividade e era ilustrado por uma foto do final da década de 1970. Dá para concluir que não evoluímos muito no que diz respeito a interatividade na TV grande. Por isso vem a pergunta: Será que um cenário com uma casa conectada tem esse tipo de interatividade que estão nos ofe-recendo?”, questionou. Ao falar sobre esse assunto, Fini lembrou a importância do conector RJ, que agora está junto com o antigo conector F como entrada de sinal. “Agora temos duas estradas de sinal: de um lado o conector F, com serviços providos pelas emissoras e, de outro, o conector RJ, que conecta o usuário ao mundo. Atualmente, a casa está rodeada

de outros dispositivos que tem a mesma função da TV, que é man-dar vídeo. A tecnologia evoluiu e hoje, através do WiFi, é possível conectar um dispositivo ao outro”.A mudança na distribuição de conteúdo também foi apontada pelo engenheiro. Segundo ele, os provedores que se conectam através da conexão RJ precisam de conteúdo e buscam as emissoras para adquiri-lo. “O diferencial está ligado à distribuição desse conteúdo, já que hoje em dia existem diversos outras formas de distribui-los e não apenas a TV, como acontecia antigamente. O cenário de hoje nos mostra um mundo cercado de dispositivos móveis, seja dentro de casa, seja fora dela. Há muitas iniciativas se compararmos Bro-adcasting com TV Conectada; A previsão em 2015 é que vamos ter 550 milhões de TV conectadas e 3 bilhões de dispositivos. É muita coisa e esse número não pode ser ignorado”.Conforme lembrou o engenheiro, iniciativas ligadas a TV Conectada e Broadband TV andam mais rápido porque não precisam se preo-cupar com normas. “Iniciativas padronizadas como o Canvas, por exemplo, tiveram dificuldade para se estabilizar porque demandam tempo. Em três meses, muda a plataforma e você nem terminou a padronização”.Outro ponto lembrado por Fini foi o dilema em relação a distribuição dos conteúdos, já que são diferentes meios de chegar na mesma tela. Segundo ele, quem comanda quando o conteúdo vai ao ar é a emis-sora e isso favorece a interatividade na programação, já que se sabe quando acaba e termina o programa. “O que se discute quando se fala em conexões de interatividade e conteúdo é quem comanda o workflow de entrega. Pelo lado da internet, nem sempre tem acesso a essa informação e direito ao conteúdo. Quem tem direito de trans-missão são as emissoras e por isso podem oferecer informações complementares sobre o conteúdo. No entanto, deve haver a preo-cupação especial em oferecer algo atrativo para quem está assistin-do, porque é ele quem motiva a pessoa a assistir televisão.”, lembrou. “Nesse sentido, a TV Conectada é uma ótima oportunidade. Ela tem de respeitar o modelo de negocio e os direitos”, destacou.Para finalizar, o engenheiro destacou alguns aspectos como audi-ência, TV unidirecional e o espectro. “Para mim, a grande ameaça da radiodifusão não é a TV conectada, é o espectro. Ele está sen-do consumido muito rapidamente hoje por outros serviços que não são ligados a TV. Entre as vantagens da internet está o perfil completo do consumidor, no entanto, ganhar dinheiro com ela é complicado. Acho que faz sentido a combinação das duas redes, uma para atender a massa e outra para cuidar do público custo-mizado”, finalizou.

Carlos Fini, da Rede Globo/SP, fez uma das palestras mais concorridas do evento: ele falou sobre TV Conectada

uma tendência global

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Arquivo Digital

Guilherme Silva, da CIS Group, apresentou dados do site Facebook nos primeiros minutos de 2011: 2, 7 milhões de uploads de fotografias, 10,6 milhões de comentários e 4,8 milhões de mensagens nos primeiros vinte minutos de 2011.

A última palestra do dia ficou a cargo de Guilherme Silva, da CIS Group, que falou sobre o DAM (Digital Asset Manage-ment) e sobre as estruturas que serão necessárias para o armazenamento e gerenciamento do acervo digital.

Guilherme lembrou que o crescimento do acervo de mídia digital em ambientes de produção e distribuição exige a implementa-ção de estruturas e de pessoas que sejam capazes de gerenciar com eficiência os processos de criação, armazenamento, arqui-vamento, restauração e reutilização, publicação e distribuição do conteúdo digital. “A utilização de parâmetros criteriosos e o conhecimento dos fluxos de trabalho de cada caso são funda-mentais para o sucesso de um projeto de arquivamento e geren-ciamento desse conteúdo”, afirmou.O empresário lembrou que a função do DAM vai muito além da conversão de arquivos, ressaltando aspectos inerentes a produ-ção como o processo desde criação, manipulação, arquivo, res-tauração e acesso e reutilização de conteúdo e de mídia. “O ar-quivo digital é uma pequena parte do DAM e em tese essa seria uma solução end to end com vários fluxos de trabalho diferentes como jornalismo e produção. Há um crescimento exponencial de conteúdo e do acervo digital, já que atualmente as pessoas usam o celular para criar essas imagens”, enfatizou.

Com o crescimento exponencial na geração de conteúdo, o pales-trante comentou sobre os problemas que surgem quando se fala em gerenciamento de conteúdo. “Recentemente eu li uma pesquisa que falava sobre o gerenciamento de conteúdo dentro de empresas de médio porte. Cada empresa consome quase três horas por dia para gerenciar o conteúdo que possui e a transferência de arquivos de uma estação de trabalho para outra consome outras quatro horas por dia. Isso, sem falar na busca por um arquivo, que chega a ser pesquisado cerca de 2500 vezes por ano”, contextualizou. Reportagem > Encontro SET SUL

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Fluxos de trabalho: mudanças a todo instanteSegundo ele, o processo não linear está demorando a aconte-cer por um único motivo: o workflow de fita sempre funcionou. “E por mais que se queira, nunca será criado um sistema de trabalho mais confiável do que a fita. Nos anos 90 começamos a ir para as estações de trabalho, que nós continuamos a cha-mar ilha, fosse ela linear ou não linear”, recordou.Ele lembrou também, que na virada do século 21 o mercado conheceu o conceito de servidor SAM e toda a terminologia referente ao tema. “Nesse caso há uma questão de fabricantes, em que muitas vezes o marketing pesa mais do que a tecnolo-gia envolvida. Isso criou a uma série de novidades e trouxe ao mercado o conceito de plataforma e infraestrutura. O fato é que a cada dez anos, mais ou menos, as tecnologias se renovam e passam a nos confundir um pouco”, resumiu.O diretor da CIS lembrou a evolução da indústria e a forma como os conteúdos são distribuídos. “Atualmente temos distri-buição de mídia em qualquer lugar do mundo. Tudo que acon-tece é filmado por um cinegrafista amador. Para as empresas de broadcasting isso é um desafio que está ligado a custos operacionais e concorrência, já que ela passou a ser acirrada e obrigou a inovação por parte das indústrias”, destacou.De acordo com ele, essa nova forma de trabalhar e distribuir o conteúdo estão mudando os conceitos da indústria e nesse cenário são os consumidores quem pressionam o mercado por novas formas de tecnologia. Isso pôde ser visto na arquitetura de sistemas, nos fluxos de trabalho e também nas novas tec-nologias que chegam aos equipamentos. “Antigamente a arqui-tetura era proprietária e hoje, por força do mercado, ela deve ser aberta. O mesmo ocorreu com os fluxos de trabalho, que na atualidade devem ser pensados em termos de distribuição multiplataforma. Sem falar nas tecnologias, como o HD, que não surgiu de cima para baixo. Quando surgiram, as XDCam não tinham High Definition, um recurso que os outros modelos da Sony já possuíam. Isso acabou por criar uma pressão no merca-do para que os novos modelos tivessem essa tecnologia”, disse.Em tempos de mudanças tão velozes, nada mais emblemático do que a internet para exemplificar como o fluxo de informações trafega hoje em dia. Nesse sentido, Guilherme apresentou os nú-meros do site Facebook nos primeiros minutos de 2011. “Nos pri-meiros vinte minutos do ano de 2011 foram feitos 2, 7 milhões de uploads de fotografias, 10,6 milhões de comentários e 4,8 milhões de mensagens. Quando multiplicamos isso por um ano todo, ve-mos a necessidade de ter uma estrutura robusta o bastante para suportar todo esse fluxo de informações”, alertou.Para ele, há uma grande questão para os broadcasters hoje: responder a esse fluxo de trabalho e se manter no mercado enquanto empresa. “Otimizamos as operações e a velocidade ganhou prioridade sobre a qualidade no jornalismo. O fluxo de trabalho passou a ser determinado pelo conteúdo. Devemos focar em soluções”, finalizou.

Facebook: 2,7 milhões de uploads de fotografias, 10,6 milhões de comentários e 4,8 milhões de mensagens nos primeiros vinte minutos de 2011

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TV Digital no Brasil

tecnologias para a produção

O engenheiro Olímpio Franco, da SET, foi o primeiro palestran-te no dia seguinte. Durante sua apresentação, ele falou so-bre o momento da TV Digital no Brasil e na América Latina, ressaltando que ainda há muito trabalho para ser feito. Ele

frisou a importância da interiorização do sinal digital, mas que isso só será possível com o apoio do governo. “Nossa preocupação principal é dar continuidade da política do governo em relação a TV Digital, já que nosso objetivo é fazer o sinal digital chegar às pequenas e médias cidades. A rede analógica que temos hoje levou 40 anos para ser mon-tada e não será fácil substituí -la se não houver políticas de incentivo e financiamentos para financiar ao governo”, ressaltou. Longe de fugir dos assuntos mais delicados, Franco lembrou que a interatividade proposta pelo sistema Ginga está longe do ideal. “O Ginga deveria estar mais desenvolvido e em operação, mas não está. As discussões em torno das normas e o suíte de teste foi um ponto que travou a discussão e agora a opção recaiu sobrea simpli-cidade”, lembrou.Ele disse que o projeto está em fase de aceitação de contrato entre o Fórum e os fabricantes, e que a solução adotada será a Totvs. “Pode haver outros grupos que queiram doar e isso pode ser uma opção de uso. Esperamos que aqueles fabricantes que não estão em linha, se preparem. Isso evitaria problemas futuros para aqueles que não tem o dispositivo instalado. Em relação a isso, quanto mais o tempo passar, pior fica, pois o legado aumenta”.

A importância do conteúdoOlímpio lembrou também a responsabilidade das redes em produzir conteúdo de qualidade. “Isso é vital para que não se caia na armadi-

lha de que não se faz porque não tem e não tem porque não faz. Ape-sar de não ser uma coisa fácil de acontecer, todos nós gostaríamos de ver isso resolvido de alguma maneira, sobretudo se o governo criar condições para que os fabricantes e as emissoras assumam o compromisso”, enfatizou.No entanto, ele se revelou pessimista em relação a esse futuro, prin-cipalmente por parte dos novos governantes. “Eles estão preocupa-dos com outras coisas e ainda não tomaram consciência de como está esse setor. Para piorar, as pessoas que estavam à frente nesses assuntos no governo anterior, já não estão mais”.No que se refere a interiorização, o engenheiro disse que essa pode ser um novo caminho para a TV Digital, desde que haja interesse do governo e das emissoras em investir para atingir os locais mais distantes do país. “Esse é o nosso maior desafio, porque depende-mos de recursos e ainda não há dinheiro novo vindo da TV Digital. Ainda estamos em fase de transição tecnológica e esses recursos podem chegar se voltamos nossas atenções para novidades como o One Seg diferenciado, programações e comercializações distintas. A partir daí podemos alavancar algo juntamente com a interatividade. Desafios não faltam, mas todos os players devem estar envolvidos para fazer a coisa acontecer”, pontuou.Para finalizar, ele alertou sobre o uso do Espectro de UHF, um assunto que vem pressionando as transmissões de TV Aberta, principalmente em relação ao plano de canalização que já está feito e a sua implanta-ção. “Esse tipo de coisa que o governo deve levar em conta. Embora o uso do espectro seja um fenômeno mundial, ele é danoso para o nosso segmento e merece toda a atenção. É preciso ter equilíbrio para não matar serviços existentes, como a radiodifusão”, concluiu.

Erick Soares, da Sony, falou sobre produção. Ele deu um panorama geral das tecnologias disponíveis no mercado de produção, incluindo desde a captação e monitoração e armazenamento até o arquivamento.

O engenheiro abordou no início de sua palestra a solução de tecnologia de 35mm, para captação de alta qualidade com baixo custo e, como exemplo, mostrou a nova linha PMW-F3 e NEX--FS100 e seus benefícios para produção.Além disso, ressaltou, de uma forma simples e prática, os benefícios que as novas tecnologias disponíveis hoje no mercado podem ofere-cer tanto no mercado Hi-end quanto em termos de opções para me-lhorar a qualidade – todas elas com um custo benefício muito atraente.Em termos das novas tecnologias, mostrou aquelas com as quais a Sony vem se destacando no mercado de broadcast, como o OLED, armazenamento em memória e disco ótico. Por fim, des-tacou as câmeras 35mm da empresa e os ótimos resultados que as produções realizadas com esses equipamentos (incluindo op-ções de 3D) vêm obtendo no mercado mundial com novas op-

ções de câmeras para produção de baixo custo, como Handycam HXR-NX3D1 , e o modelo de ombro PMW-300TDEm seguida, abordou as soluções de monitoração de alta quali-dade da Sony, com ênfase na tecnologia de monitores OLED e o lançamento da linha BVM-E.

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64GB e discos ótico de 128GB (quad layer) e 100GB (tri-layer).Para finalizar, explicou sobre as soluções de armazenamento para arquivo digital, com tecnologia em disco ótico, ele falou sobre para armazenamento em prateleira e vídeo em baixa re-solução, com aplicativos em sistema integrado como o XDCAM Archive, para gerenciar o conteúdo e arquivo.

Arquitetura robusta e multi telaA arquitetura orientada a serviços foi o tema desenvolvido por Ra-phael Castillo, vice-presidente Sênior da Grass Valley para Caribe e América Latina. O executivo lembrou que este é um estilo de ar-quitetura de software nos quais as funcionalidades implementadas pelas aplicações devem ser disponibilizadas na forma de serviços.De acordo com Raphael, com as exigências do mercado de bro-adcast por um fluxo de trabalho cada vez mais abrangente e que cubra diversos tipos de telas além da TV, como celulares, tablets e internet, é preciso ter dentro de cada uma das estações siste-mas que permitam que todas essas linguagens conversem entre si usando um Software Oriented Architect.“É uma única aplicação que utiliza módulos em que se pode fa-zer todo o gerenciamento, utilizando essa ferramenta de acordo com a sua necessidade, seja ela supervisão de conteúdos, grava-ção, captação de mídias que vem de fora, como XDCAM, P2,ou satélite. Também é possível fazer a edição final para TV, Internet ou torna-la compatível com outro tipo de editor se for preciso agregar mais funcionalidade”, exemplificou.Apesar de não ter citado produtos durante sua palestra, o exe-

No que diz respeito a tecnologia e gravação tapeless, Soares fa-lou sobre as opções de armazenamento em memória de estado sólido (SxS) e disco ótico (XDCAM), mostrando ao vivo como funcionam alguns dos novos lançamentos de memória SxS

De acordo com Raphael Castillo, da Grass Valley, apenas uma ferramenta como o SOA (Software Oriented Architect) pode atender as exigências do mercado de broadcast, que a cada dia exige que diferentes linguagens como TV, celulares, tablets e internet conversem entre si.

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Composer, Final Cut ou Edius e colocar efeitos e retornar para uma emissão final. Todo o sistema é muito intuitivo”, detalhou.As palestras prosseguiram no período da tarde, com Marco Túlio, da Globo Rádios e Cristiano Barbieri, da Harris, que falou sobre a convergência das tecnologias que facilitam a interiorização dos sinais TVD. “Procurei ressaltar alguns pontos e mostrar a conver-gência de diversas plataformas através de novas tecnologias que tem como objetivo tornar o sistema de transporte, o sincronismo e a transmissão mais compactos, eficientes e menos onerosos para as organizações”, resumiu.Em seguida Bruno Amo, da Rohde & Schwarz falou sobre as téc-nicas existentes para um cálculo de eficiência dos transmissores digitais e os benefícios que isso traz, sobretudo em termos de economia de energia. Em sua palestra, Amo fez demonstrações teóricas e práticas do impacto dessa eficiência em situações reais, usando toda a expe-riência e know how da empresa alemã na fabricação de transmis-sores. “Eu comentei sobre o impacto da eficiência de um trans-missor no consumo de energia e consequentemente na poluição (CO2) do meio ambiente. Em média os transmissores da Rohde Schwarz são 20% mais eficientes que qualquer outro”, destacou. O executivo aproveitou o evento para apresentar a nova solução de teste e medição da Rohde Schwarz, chamada Broadcast Drive Test. “Essa solução utiliza um de nossos equipamentos de medidas “ETL” juntamente com um GPS e consegue relacionar os resultados às informações de posição. Por fim o aplicativo automaticamente exporta essas informações para o Google Earth”, explicou Amo.

A partir da esqueda, Bruno Amo e Henrique Lattarulo, da Rohde & Schwarz: um dos novos transmissores da empresa tem tamanho reduzido e menor consumo de energia.

cutivo da Grass Valley citou a solução Stratus, que, entre outras vantagens, incorpora integração com Final Cut, Avid ou Edius. “Isso significa que se você utiliza o Stratus para catalogar um Storyboard, você pode abri-lo diretamente numa estação Media

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O último palestrante do evento foi Werner Michels, diretor de tecnologia do Terra Brasil. Durante a sua palestra, ele falou sobre as principais dife-renças entra as produções da TV tradicional e a TV para

internet e, segundo Michels, os dois veículos acabam se comple-mentando. “São duas coisas bem diferentes. No conteúdo online, via de regra, temos uma estrutura um para um. É uma situação completamente diferente da TV tradicional, em que se tem um transmissor enviando a programação para milhares de pessoas. Ao compararmos a qualidade de conteúdo produzido com o que é consumido, a opção pelo conteúdo online complementa a situação da TV tradicional”, afirmou. As semelhanças com a TV convencional também aparecem quando se fala em conteúdo ao vivo. “Nesses casos, o programa tem horários pré-determinados para exibição. Ainda assim, o fato de ter um para um permite à internet armazená-lo para que o usuário possa assistir outras vezes, algo que não existe na TV convencional”, comparou.

A programação Em relação à programação da internet, o executivo disse que existe uma adaptação da forma de produção e de consumo com base em requisitos que permitem fornecer um conteúdo especifico e dife-renciado para cada tipo de público. Segundo Werner, apesar de coexistirem e trabalharem o mesmo conteúdo audiovisual, a internet vem assustando a TV tradicional por causa da velocidade e formato de programação. “Você começa a ameaçar o modelo existente e é natural que pessoas que estão em outros meios se assustem. Nossa diferença é que nós dispo-nibilizamos um conteúdo online em qualquer tela, algo que a TV convencional não pode fazer”, explicou.Apesar de fazer um trabalho muito similar à TV tradicional, sobretu-do em termos de produção de conteúdo, o fato de ser uma tecnolo-gia um para um dá à internet algumas armas, como poder colocar no ar qualquer conteúdo. “Por causa da mobilidade da internet, é possível colocar no ar, em horário nobre, uma programação que muitas vezes não interessa para a grande massa que assiste a TV convencional”, ressaltou.Ele lembrou alguns artifícios que ajudam as empresas online no mercado, uma vez que a demanda por informações e entreteni-mento online já está estabelecida. “Muitas pessoas gostam e sen-tem necessidade e expor as compartilhar as suas ideias, as suas produções e pensamentos. Nesse sentido, pode-se dizer que as re-des sociais são um novo conceito para as rodas de chimarrão aqui do Sul, só que sem o face to face”, exemplificou.Pensando nisso, o Terra Brasil usa o recurso de enviar mensagens SMS para os internautas cadastrados, avisando que em alguns mi-nutos estarão no ar notícias do interesse dele. “Isso cativa o públi-co, que se sente prestigiado. Além disso, mesmo depois desse con-teúdo ser exibido ao vivo, ele fica armazenado e as pessoas podem vê-lo quantas vezes quiserem. O armazenamento varia conforme o número de acessos e se tem algum tipo de licenciamento”.Apesar de todo o dinamismo que envolve uma TV feita na internet, Werner apontou um problema que está justamente ligado ao fato de não haver uma grade de programação. “Se a pessoa não está costumada a ficar conectada o tempo todo e está habituada com

Werner Michels, do Terra Brasil: “As pessoas querem satisfação imediata e se isso significa levar a esse internauta uma partida de futebol com o seu comentarista favorito, do outro lado do mundo, nós vamos trabalhar para disponibilizar isso”.

dos formatos

um jornal com hora marcada, se subirmos uma notícia antes, é pos-sível que ela não tenha público e se perca”, reforçou.

A forma de produçãoAo falar sobre os equipamentos de produção que a TV Terra utiliza, Werner comentou que, salvo algumas diferenças, eles são os mes-mos. “Por estarmos a menos tempo no mercado, eu acredito que nós tivemos a vantagem de poder experimentar mais e errar mais. A mobilidade na internet é uma vantagem, já que eu não preciso sair com um caminhão e uma equipe para fazer cobertura. Se pre-cisar, eu contrato quem faça”, explicou.Ele ressaltou que está é uma infraestrutura muito mais leve do que a TV, do ponto de vista de recursos humanos e que as coisas sejam em real time. “Isso é possível porque não temos grade de progra-mação, porque quando acontece o fato, abrimos o estúdio e subi-mos o canal com a notícia”, afirmou.Apesar disso, há um grande aparato tecnológico à disposição da empresa, já que o grupo também faz televisão. “A tecnologia que nós utilizamos está adaptada às nossas necessidades e objetivos, mas no que diz respeito a produção de TV, nós usamos os mesmos fabricantes das emissoras tradicionais, como Harris, Avid, Grass Valley entre outros”.

Internet versus TV tradicional Durante a sua palestra, Werner lembrou que ao falar para engenhei-ros de TV procura sempre desmistificar uma suposta guerra entre a TV convencional e a Internet. “É importante que os dois lados sai-bam que coexistem e se complementam. E temos muito mais a ganhar trabalhando”, reforçou.Com esse novo paradigma, tanto a indústria da TV tradicional como os grupos online tem um desafio em comum: satisfazer a um es-pectador que tem cada vez mais novas ofertas e oportunidades de acessar um conteúdo e de se entreter. “As pessoas querem satisfa-ção imediata e se isso significa levar a esse internauta uma partida de futebol com o seu comentarista favorito, do outro lado do mun-do, nós vamos trabalhar para disponibilizar isso”, disse. De acordo com Verner, a disputa entre os dois veículos não deve ser predatória e, em todos os casos, deve prevalecer o aprendizado. “O conteúdo que a TV produz também é muito bom e muito daquilo que eu uso tem sua origem nas empresas tradicionais de radiodifusão. Por esse motivo, um evento deste tipo representa um grande aprendizado para mim”, explicou.

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versatilidade para gravação em ambientes mais extremos

Os novos cartões de memória SxS-1 foram desenvolvidos para satisfazer a necessidade de armazenamento de baixo custo para a gravação de vídeos em alta de�nição (HD). Os cartões SxS-1 mantém as mesmas capaci-dades de gravação das versões anteriores de SxS Pro, assim como as características de alto desempenho e con�abilidade para seu uso pro�ssional. A única diferença consiste na menor quantidade de ciclos Leitura/Escrita suportada pelos cartões SxS-1, as quais podem ser facilmente monitoradas com o novo sistema “Media Life Indicator” das novas câmeras Sony XDCAM-EX.

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Reportagem > Encontro SET SULNovo SxS -1 Maior Capacidade Maior Velocidade

Novos Cartões SxS-1

Vantagens dos novos Cartões SxS-1

• Nova taxa de transferência de até 1.2Gbps• Alta capacidade de gravação de até 200 min(Modo HQ) em um cartão de 64 GB• Suporte a vários modos de gravação, incluindo HQ, SP, DVCAM, IMX e HD 422 50Mbps• Fácil Integração com sistemas não lineares

versatilidade para gravação em ambientes mais extremos

Os novos cartões de memória SxS-1 foram desenvolvidos para satisfazer a necessidade de armazenamento de baixo custo para a gravação de vídeos em alta de�nição (HD). Os cartões SxS-1 mantém as mesmas capaci-dades de gravação das versões anteriores de SxS Pro, assim como as características de alto desempenho e con�abilidade para seu uso pro�ssional. A única diferença consiste na menor quantidade de ciclos Leitura/Escrita suportada pelos cartões SxS-1, as quais podem ser facilmente monitoradas com o novo sistema “Media Life Indicator” das novas câmeras Sony XDCAM-EX.

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plicado. Acho que faz sentido a combinação das duas redes, uma para atender a massa e outra para cuidar do público customizado”, finalizou.

O engenheiro Fernando Ferreira, diretor de tecnologia da RBS TV, retransmissora da TV Globo em Porto Alegre – e organizador do evento SET Sul explicou que aposta nas novidades de mercado e em assuntos que tenham um

impacto positivo para os participantes. “O caso da TV na internet talvez seja o mais emblemático. O TV Terra está presente em vários eventos, captam as imagens com os mesmos equipamentos que nós e disponibilizam gratuitamente na web. É interessante para o público saber como esse mercado funciona”, afirmou.Outro ponto importante do seminário é levar ao público as novas oportunidades – e também as ameaças, que surgem no mundo broadcast. “Procurei alguém para falar do atual cenário da TV Digi-tal no país, com as ameaças que rondam o segmento em relação à frequência e espectro, que vem sendo disputada pelas empresas de telecomunicação no Brasil e no exterior. Outros dois assuntos relevantes na SET Sul foram a TV Conectada e conceitos como o Over The Top. “São tendências mundiais e o broadcaster brasileiro precisa estar atualizado. É fundamental que eles saibam das novidades e conheçam a fundo os temas. Então, quando eu vou criar uma programação desse tipo e convidar os palestrantes, levo todos esses aspectos em consideração”.As novas possibilidades de distribuição do evento também estão entre as preocupações de Fernando Ferreira para levar o encontro SET Sul ao maior número de pessoas possível. Segundo Ferreira, de início, esse conteúdo seria distribuído internamente para a RBS via IP, e depois foi decidido expandir isso para a internet através de um servidor. “Eu queria poder colocar os universitário dentro do evento, mas há uma limitação de espaço. Por isso, há cerca de três anos colocamos a transmissão do SET Sul via satélite. Dessa forma abrimos o leque para participação do público interessado, que abrange desde os universitários da região Sul do país e até mesmo de outras localidades como São Paulo”.Para garantir a qualidade da transmissão, Ferreira se preocupou em levar equipamentos da RBS, como uma câmera remota Sony BRC 300 e uma PD- 150. “A ideia foi fazer uma produção mais ela-borada para que esse conteúdo fique mais atrativo para quem as-siste. E a audiência, pelo que nós soubemos, está sendo muito boa, com a participação expressiva do pessoal do Sul do país”, finalizou.

Fernando Ferreira, da RBS: “Conhecer as novidades é fundamental para identificar as oportunidades e ameaças”.

Reportagem > Encontro SET SUL

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Reportagem > Encontro SET SUL

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por Fouad Mattuck

Ao receberem arquivos de fontes não convencionais – como dos celulares – ou quando precisam levar a sua programação para a internet, as emissoras passam a lidar com imagens e sons que fogem do padrão. Se

forem contribuições ou publicações esporádicas, não preocupa tanto esperar um pouco pelo processamento ou conversão. En-tretanto, o que vemos hoje é o aumento da pressão por grandes volumes de conteúdos “não convencionais” que precisam ser processados sem demora. Num tempo em que a origem ou destino dos conteúdos são me-nos relevantes, a Panorama Audiovisual foi ouvir as propostas de uma das maiores empresas do mercado broadcast. Com muita experiência em criar soluções de automação que rodam no núcleo

das emissoras, a Harris apresentou na última NAB, em Las Vegas, o sistema Invenio, que cuida das funções de ingest, conversões, transcodificações para gestão de conteúdos em larga escala. A nova solução inclui a captura acelerada de arquivos e metadados, incluindo o controle de qualidade, e está preparada para ‘conver-sar’ com os principais sistemas de armazenamento do mercado, com o DIVArchive (Front Porch Digital), MassStore (MassTech), Pe-taServe (Sony), FlashNet (SGL) e Avalon Archive Manager (EMC). Segundo Antonio Leonel da Luz, gerente de desenvolvimento de negócios na área de mídia para América Latina e Caribe da Har-ris, o sistema Invenio é responsável pela ingestão e categoriza-ção do conteúdo, permitindo maior fluidez para o movimento e transporte do mesmo. Também é possível realizar transformações

Como lidar com várias plataformasA expansão das opções disponíveis para assistir televisão e vídeo de diversas origens associada ao leque de dispositivos para gravação de vídeo à disposição do público tem pressionado as emissoras a serem mais rápidas na catalogação e (re)formatação dos seus produtos.

Hoje é possível produzir e consumir mídia a partir de celulares e smartphones. Resolver o quebra-cabeças de tantas origens e destinos é um dos grandes desafios das emissoras de TV

Reportagem > Gerenciamento de Mídia

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Novas soluções de hardware e software têm sido desenvolvidas para fazer a mediação entre o que se produz dentro da emissora e a selva de formatos e codificações existentes na internet

do conteúdo, melhorias que são os pontos fundamentais para ter uma automação bem resolvida, sobretudo quando se trata de re-formatação de conteúdo. Para Leonel, essa ferramenta passa a ser mais atraente quando o volume de dados e as variáveis come-çam a aumentar: “Uma coisa é você fazer um procedimento uma vez ao dia. Basicamente o processo manual acaba resolvendo. Todo mundo sabe como fazer, há tempo e não existem grandes variações. Mas quando você entra em um processo de volumes, com massa de dados, pressão de tempo e muitas variáveis, é fun-damental criar um processo automatizado, com regras para trata-mento desse conteúdo”, explicou o gerente da Harris. Para Leonel, o Invenio pode ser considerado o cérebro da auto-mação e, ligados a ele, existe uma série de equipamentos para conversão de conteúdo, adequando formatos e agregando infor-mações adicionais. A principal função dessas ferramentas é ajudar a publicar, distribuir e reformatar conteúdo para outras mídias. “É importante entender que transformar mídia não é um “de: para:”, mas sim um “de: para: , com algumas umas ‘coisas’ para outras ‘coisas’, menos outras coisas”, e às vezes estas ‘coisas’ ficam no ar, ficam sendo um entrave dentro do processo”, detalhou. Leonel exemplifica essa lógica em relação a um conteúdo HD, formatado e captado em High Definition para televisão. “Este

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conteúdo foi transformado para televisão digital em HD, só que neste caso, o áudio, o que não é tão óbvio, é 5.1 e para a internet você precisa de som estéreo, então é lógico que você não vai simplesmente escolher dois canais do 5.1 e colocar lá. Você vai ter que transformar, fazer uma matriz, passar por um encoder e transformar isto em um outro formato”. Mas como automatizar estes e outros processos de forma coerente, gerenciar arquivos de fontes diferentes e distribuí-los? É o que nos conta Leonel da Luz na entrevista a seguir.

Panorama Audiovisual: É possível melhorar a qualidade dos conteúdos nos processos de automação?

Leonel da Luz: Isso depende do processamento de redutores de ruído e de filtros que alguns equipamentos possuem. O pes-soal trata, filtra, tira o ruído e melhora alguma característica técnica antes de arquivar. O ponto que eu levanto é sobre o tipo de tecnologia que nós vamos ter daqui a dez anos para fazer isso muito melhor, sem prejudicar o conteúdo original. Muitas vezes, transformar antes de mandar para outro processo não é a melhor solução. Às vezes, manter-se o mais fiel possível ao original é o melhor. Imagine, por exemplo, os filmes que foram feitos há muitos anos em película e hoje foram digitalizados em alta qualidade, em HD. Suponha que o operador achou que havia um nível de ruído muito alto e passou o material por um processador, que tirou o ruído, mas que eventualmente prejudi-cou o material. A neve, por exemplo, o redutor de ruído enten-de como ruído. O mesmo acontece com a chuva, que também é interpretada como ruído. Ele arranca a chuva da cena. Agora suponha que daqui a um ou dois anos se resolva fazer um tra-tamento inovador e transformar esse filme em 3D. Aí você tem mais uma variável em cima daquilo que você já tinha feito. Pro-vavelmente esse conteúdo em 3D não vai ser tão fiel ao origi-nal. Ele vai ser reprocessado de outra forma e alguma coisa vai acabar sendo comprometida nessa história.

Panorama: O melhor é manter a qualidade original?Leonel: Isso fica a critério do cliente. Damos total transparên-cia e o máximo de qualidade. O cliente escolhe aquilo que é melhor, dependo do caso. Temos uma série de processadores, filtros e reformatadores de conteúdo que adotam normas inter-nacionais, estabelecidas por como órgãos como a SMPTE, ITU e EBU. Procuramos seguir essas normas ao máximo possível e, quando necessário, a Harris participa dos comitês para o es-tabelecimento delas. Isto é, não é simplesmente esperar que essas coisas aconteçam, mas também dar um direcionamento que é interessante para nós.

Panorama: No âmbito do jornalismo, de maneira convencional, como os arquivos costumam chegar à emissora?Leonel: Quando falamos de jornalismo, esse conteúdo vem de formas diferentes. Primeiro, você faz a ingestão de um vídeo que recebido via satélite, fibra ótica ou micro-ondas. Existem várias formas de mandar um vídeo em tempo real para uma emissora de TV. Depois, esse vídeo pode ser tratado de acordo com a sua preferência dentro do equipamento.

Panorama: E no caso dos vídeos amadores, gravados por ce-lular, que têm interesse jornalístico? Como prepará-los para a exibição?Leonel: O que se faz é receber esse conteúdo e passar por um processo de filtragem. Muitas vezes melhoramos alguma coisa. Você cria contorno para definir melhor algumas imagens, mas isso é feito eletronicamente. Muitas vezes o áudio chega muito ruim e é preciso tratá-lo. A tendência das empresas é sempre buscar melhor qualidade possível, porque um material de alta qualidade pode ser transformado para outro de menor qualida-de. O problema é quando você já começa com um material ruim, surge um gargalo. Se você passou por um gargalo, para conse-guir passar por outro, só artificialmente.

Panorama: Há equipamentos específicos para isso?Leonel: Há sim, mas questiono se é necessário utilizar um equi-pamento para fazer isso. É possível fazê-lo, porém existem ou-tras ferramentas de software que resolvem esse tipo de coisa. A

As redações são uma das maiores portas de entrada para arquivos e mídias que precisam ser convertidas e preparadas para distribuição

Muitas vezes, na fase de ingest, transformar antes de mandar para outro processo não é a melhor solução. Às vezes é melhor manter-se o fiel ao original e aplicar redutores de ruído e de filtros apenas para a exibição

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plataforma Invenio ajuda a receber o conteúdo que vem de um celular, sai de um iPod ou do You Tube. Mas não é simplesmente receber. É preciso passar por um workflow para poder colocar esse vídeo no formato em que será utilizado. Normalmente não é em tela cheia, mas sim em uma tela menor. Nesse caso, há alguns compromissos entre qualidade, programação visual, for-mato e templates. Precisa haver um compromisso entre aumen-tar muito a imagem e ver irregularidades ou diminuí-la. Quando ocorre redução, geralmente se coloca um gráfico, alguma ilus-tração ou outra imagem apresentando um mapa dizendo onde o jornalista está, por exemplo.

Panorama: Além das questões de resolução, como lidar com a relação de aspecto?Leonel: Oferecemos a possibilidade de trabalhar da melhor for-ma os recursos HD. Muitas vezes é melhor colocar barras laterais para transformar 4:3 em 16:9, mas há várias opções, tanto para um lado como para o outro. No final das contas nossos equipa-mentos permitem qualquer um deles, basta você configurá-los. Isso é dinâmico. A cada tipo de processamento pode haver uma automação. Se, por exemplo, você trabalha com imagens de te-lefone celular e vai colocar esse conteúdo no seu jornal do meio--dia, provavelmente vai formatar o layout da janelinha onde vai aparecer o conteúdo 4:3, mas eventualmente você quer dar um look melhor de cinema, em 16:9. No equipamento define-se que aquele conteúdo será 16:9 para determinada redação ou editoria. Quando não for de interesse, ele vai no original, em 4:3.

Panorama: Quais são os cuidados para receber arquivos de ori-gens não convencionais?Leonel: Normalmente não pegamos o conteúdo da internet e gravamos diretamente em um servidor. Geralmente transfor-mamos antes de levá-lo para o servidor. Quando o conteúdo é grande, podemos usar tela cheia. Se é de internet, teremos uma telinha pequena. É necessário transformar aquele Windows Me-dia que veio de fora, por exemplo, em alguma coisa que possa ser reproduzida internamente. Se o conteúdo que vem de fora for tratado por um equipamento de alta qualidade, conseguire-mos preservá-lo.

Panorama: No sentido inverso, publicar estes vídeos em padrões

variados de qualidades também exige alguns processos. Leonel: Se estivermos falando em publicar um conteúdo na in-ternet, colocar o máximo de qualidade significa aumentar a taxa de bits e isso pode comprometer a audiência, porque nem todo mundo tem banda larga. O que normalmente se faz, é dar uma variedade de opções para o cliente. Se o cliente tem banda es-treita, banda larga, mais larga ainda, ele escolhe qual o melhor formato. Até mesmo no You Tube você já vê isso: conteúdo em 360, 420, 720, 1080 e assim por diante. Às vezes fica a cargo da audiência decidir a resolução e qualidade que vai ver.

Panorama: Quais são os formatos de partida para a distribuição?Leonel: A lista é grande. Em mídia física, que seria DVD e Blu-ray se usa MPEG-2 ou MPEG-4 e existe uma variedade enorme de possibilidades de resolução, temporal, espacial, ruído, áudio etc. Falando de mídia para broadcasting, para transmissão propria-mente dita, como televisão, este trabalho também é em MPEG-2 e MPEG-4. O MPEG -2 também é usado para o Cabo e satélite. Conforme você vai mudando se mudam os contratos com os as-sinantes, eles vão pagando um pouco mais pelo conteúdo HD e você dá uma caixinha que já abre em MPEG-4, trocando a que ele tinha por uma com mais flexibilidade para abrir tanto MPEG-2 como MPEG-4. Isso vale para cabo, satélite e MMDS. No caso da televisão, especificamente no Brasil, nós usamos MPEG-4. Essa é a nossa diferença em relação ao Japão. Usamos MPEG-4 para HD, SD e móvel. Já no caso de internet a briga é feia, a variedade é grande.

Panorama: Internamente, algumas editorias não aceitam a baixa qualidade nos seus programas. Quais são elas?Leonel: Artes, eventos e jornalismo são muito exigentes. A de esportes, por exemplo, está sempre em busca de muita quali-dade, é um fator de credibilidade. Em uma partida de basquete com a imagem toda borrada, você não vai ver se os jogadores se tocaram, por exemplo. Na Fórmula 1 há tanto movimento, que se a imagem estiver borrada compromete-se a mensagem. A edito-ria de artes e eventos também é exigente. Se a matéria estiver mostrando um filme, uma peça de teatro ou algum evento na rua, como peças de artesanato, uma escultura ou pintura, e não houver o mínimo de qualidade, tudo se perde.s. www.harris.com

A Harris tem uma série de processadores, filtros e reformatadores de conteúdo que adotam normas internacionais, estabelecidas por órgãos como a SMPTE, ITU e EBU

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O Invenio é uma solução centralizada para o gerencia-mento de arquivos de mídia digital e seus metadados subjacentes. Trata-se de um software de gestão de mídia digital de uso simplificado para o usuário. Ele

combina tecnologias que permitem receber, editar, armazenar, catalogar, recuperar, mover e distribuir arquivos digitais no fluxo de trabalho de uma emissora. O seu design modular permite construir um sistema de baixo para cima, para atender as exigências atuais e, no futuro, fazer atualizações e adaptações de operação, conforme surgirem no-vas necessidades.O Invenio está dividido em quatro núcleos: In-venio Capture, Invenio Insight, Invenio Motion e Invenio Action. O Capture facilita a ingestão e transferência de mídia e seus metadados associa-dos a partir de fitas para dispositivos de armaze-namento e arquivamento. Um dos diferenciais é que ele possui recursos de ingestão automática para simplificar o fluxo de trabalho, eliminando a maioria das tarefas manuais a partir do rece-bimento da lista de tráfego, através da captura e distribuição dos metadados. Outra vantagem é a possibilidade de receber conteúdo de várias fontes e torná-lo útil para outros (sub)sistemas dentro da operação, como a distribuição em pla-taformas alternativas – internet e smartphones, por exemplo. Dentre os recursos técnicos do Invenio Captu-re, destacam-se: visão centralizada de todos os servidores de captura e servidores playout; in-tegração com líderes em automação e sistemas de gestão de ativos, sistemas de distribuição de conteúdo digital, sistemas de edição não linear e servidores de transmissão; acesso imediato a proxies de baixa resolução; ingestão manual com o recurso crash record (para gravações ur-gentes, não agendadas e manuais); telas de ta-refas com fácil visualização do conteúdo dispo-nível para os sistemas de edição, transferências e o status dos pedidos; suporte para conteúdo

A plataforma Invenio ajuda a receber o conteúdo que vem de um celular, sai de um iPod ou do You Tube. Mas é preciso passar por um workflow para poder colocar esse vídeo no formato em que será utilizado

resolvem a equação

HD e SD; suporte para a entrega de conteúdo diretamente para servidores de vídeo e suporte opcional para ingestão automática de conteúdo usando listas de tráfego dub.Já o Invenio Insight permite movimentar e reformar o conteúdo para construir novos fluxos de receitas e atingir novos públicos. Ele é usado para gerir os fluxos de trabalho de catalogação, edi-ção e distribuição de mídia; localização de metadados, visualiza-ção e edição de mídia em baixa resolução.Na terceira parte da cadeia, o Invenio Motion é usado para criar um fluxo de trabalho unificado do ingest em diante, de forma que qualquer uso que a mídia venha a ter, seja sempre no do-

O sistema de gerenciamento de mídia Invenio está dividido em quatro núcleos: Invenio Capture, Invenio Insight, Invenio Motion e Invenio Action. Eles manejam as mídias da captura à reformatação e exibição

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incorporando um transcoder em seu fluxo de trabalho. O Invenio Motion também captura metadados automaticamente para eco-nomizar entrada duplicada de dados. Além dessas operações, os fluxos de trabalho também podem ser acionados manualmente, e as tarefas e prioridades podem ser modificadas com base nas necessidades imediatas do gestor. Os workflows do Motion são ajustados de acordo com as mídias

Os modulares Harris Selenio são uma porta de ligação entre as emissoras e o mundo IP. Com eles podem ser atendidas as demandas por conversão e distribuição em rede

mínio digital. Ele permite ao usuário acessar, gerenciar e mover um material para qualquer dispositivo de armazenamento, além de transcodificar a mídia de um formato de arquivo para outro,

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Sinais das mais diversas origens podem passar pelo Selenio e seguir para múltiplos destinos

ou modificar fluxos de trabalho.No fim da linha, o Invenio Action, que é o próximo lançamento da linha, será usado no ambiente de notícias e aplicações de esportes. Ele vai atuar no gerenciamento de transmissões ao vivo e seus respecti-vos metadados, como conteúdo e infor-mações geoespaciais capturadas. Uma de suas funções será garantir rapidez a um usuário que precisa de imagens de última hora para compor uma reportagem.

Conversões com o Selenio Em meio a toda a demanda por conver-

são e distribuição, também está outro lançamento Harris: o Selênio, uma solução modular para processamento de sinais em rede, que reúne arquivos em banda base e em banda larga sobre IP. Ele encaixa-se em ambientes de produção fixa ou mó-vel, facilitando a distribuição em estruturas de televisão digital terrestre, TV a cabo, satélite e IPTV. Um diferencial é que ele não exige alterações na estrutura existente e abre uma porta para o mundo IP, o que facilita a implementação de novos serviços, como entrada ou saída de sinais para web. Com ele também é simples receber contribuições de afiliadas que produzem com fitas, já que é compatível com arquivos em banda base.

adicionadas ou incluídas no armazenamento; há possibilidade de agendar tarefas em horários e datas fixos; iniciar fluxos de trabalho a partir de sistemas externos, tais como o sistema de automação e gerenciamento de ativos de mídia da Harris; co-piar, mover, excluir, renomear e checar os documentos e recu-perar metadados a partir dos servidores de arquivo de vídeo e armazenamento; arquivar, restaurar e transcodificar;   além de consultar o sistema de tráfego para extrair uma lista e desenhar

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O HS-2000 simplifica o fluxo de trabalho de qualquer local de produção HD-SDI usando até cinco entradas através da combinação de um ou dois conectores DVI-D e três ou quatro fontes de HD-SDI. Em questão de segundos, você pode

transmitir e fazer webcast de onde está ocorrendo a ação.

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É difícil pensar em um desenvolvimento da indústria que tenha gerado tanta agitação quanto a televisão 3D. A emergência do 3D, em termos do alvoroço que gerou na indústria, foi rápida e abrangente, chegando a todos os cantos do mundo da radiodifusão.

por Chris Lennon e Stan Moote*

Temos sido bombardeados por essa tecnologia em nível global: ajudando as emissoras a entrar no ar, falando sobre o tópico e participando dos esforços para estabe-lecer padrões para 3D.

Ao planejar o lançamento de um novo canal, a enorme quanti-dade de detalhes pode impressionar até mesmo o pessoal de engenharia mais bem informado e isso sem sequer incluir o 3D na equação. Conforme os canais ESPN e as Redes Discovery do mundo todo dão vida às suas visões do que é um canal 3D, os enge-nheiros de toda a indústria precisam começar a planejar suas próprias estratégias para 3D, poia a realidade é que a área ad-ministrativa poderá algum dia bater à porta com uma agenda

Em Profundidade > Infraestruturas 3D

e um plano de lançamento para envolvendo 3D. Ao aprender sobre o assunto, não se deve deixar levar pelo labirinto de como a produção e a distribuição em 3D são re-alizadas hoje em dia. Um dia isso se voltará contra você e poderá te prejudicar. O fato é que o 3D atual é muito diferente do que deverá ser no futuro próximo e é interessante planejar agora para implementar os desenvolvimentos futuros. A febre do 3D pegou todos de surpresa e muitas emissoras fizeram o possível e o impossível para “entrar no ar”, mas al-guns dos atalhos tomados trarão muitos problemas.O primeiro passo, é claro, envolve entender um pouco sobre o 3D no lado visual, seja para realizar um simples “pass-through” ou para acrescentar alguma produção. O 3D é uma ilusão, e ele

Uma nova dimensão em planejamento de instalações

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claramente possui alguns inconvenientes. A inserção de um lo-gotipo pode parecer excelente em um aparelho de TV de um cer-to tamanho e ficar horrível em uma tela menor. Como lidar com isso? O primeiro ponto é “manter a simplicidade.” Não tente ser sofisticado demais e não exagere na ilusão do 3D.Em termos de preparar as instalações para lidar com o 3D, você deve buscar os devidos detalhes a partir de uma fonte bastante profunda. Tudo começa com uma pergunta: “Como eu entro no ar com o 3D?” É plenamente possível que haja equipamen-to disponível, especialmente na área de infra-estrutura, para lidar com sinais 3D, tal como os equipamentos estão ou com um simples upgrade. Em outros casos, poderá ser necessário substituir alguns dos equipamentos já existentes.A boa notícia é que isso pode ser feito sem estourar a conta bancária ou criar um beco tecnológico sem saída. Os equi-pamentos capazes de trabalhar com 3D se desdobram como equipamentos para HD, por isso o fator de risco costuma ser baixo se for tomada a decisão de fazer o upgrade de certos componentes. Assim, os equipamentos atenderão muito bem as necessidades do HD, mesmo se os planos para 3D não se desenvolverem conforme o esperado.

Fluxo de trabalho em 3DOs engenheiros sempre desejam “manter a maior qualidade possível”. Isso certamente não está sendo feito agora para o 3D, não porque não podemos fazê-lo, mas por causa da ne-cessidade de entrar no ar rapidamente. A realidade costuma

ser impiedosa ao lidar com eventos únicos e individuais, e de-vido à necessidade de manter a compatibilidade com a infra--estrutura já existente. Uma pesquisa de produtos e revendedores provavelmente resul-tará em confusão e intimidação. Sempre há mensagens contradi-tórias quando vozes distintas tratam dos requisitos para sinais 3D.Isso não quer dizer que conversar com fontes diferentes seja uma má ideia. Porém, é melhor entender primeiro o fluxo de trabalho em 3D desde a produção até a transmissão. Uma visão mais ampla do fluxo de trabalho e da interoperabilida-de dos equipamentos proporcionará um quadro de referência mais claro para seguirmos adiante.A abordagem mais limpa e de maior qualidade para a tele-visão 3D começa com a preservação de uma imagem fiel. A maioria das emissoras de TV opta por manter imagens em HD com máxima resolução para cada perspectiva da cadeia de produção e transmissão. Uma abordagem compatível com os frames deve degradar a resolução pela metade no caso de “lado a lado”. Armazenar as imagens nesse formato para conversão posterior para um outro formato, tal como “over-under”, reduzirá potencialmen-te a resolução pela metade. O resultado será imagens com um quarto da resolução, que não são algo bonito de se ver. A visão geral a seguir considerará as implementações para transmissões em 3D com máxima resolução, focada em conteú-do e produção, infra-estrutura das instalações e fluxos de traba-lho, pós-produção, e conexão em rede e distribuição externas.

Em Profundidade > Infraestruturas 3D

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O multiviewer, no passado relativamente ignorado, se tornou um aspecto significativo do setor de TV digital. Os sistemas de múltiplos monitores continuam a evoluir com recursos mais sofisticados e uma melhor interoperabilidade com outros componentes do fluxo de trabalho

ProduçãoNo fluxo 3D apresentado na página seguinte, quadro gran-de na cor laranja representa o primeiro estágio: Aquisição de Conteúdos Móveis. Isso é particularmente crítico para as apli-cações de transmissão remotas e externas, tais como eventos esportivos e a produção de eventos ao vivo.A câmera continua a ser o ponto inicial. Há um certo número de opções de câmeras 3D, de vários revendedores diferentes, incluin-do conjuntos com duas câmeras tipo “lado a lado”, conjuntos com separadores de fluxo e unidades de câmera única com opções de lentes individuais ou duplas. Os desenvolvimentos dos siste-mas de fibras óticas tornaram esse método ideal para transportar imagens da esquerda e da direita para o roteador como duas imagens distintas e com máxima re-solução.O roteador traz o primeiro desafio técnico da cadeia. Em uma infra-estrutura de 1.5Gb/s, um ambiente 3D de máxima resolução requer dois “feeds” para cada fonte, nas conexões de entra-da e saída. O roteador deve tratar os sinais L/R em duas vias como um par 3D e rotear cada fra-me com precisão para os respectivos destinos. Um roteador típico, compatível com HD, talvez não seja grande o suficiente para acomodar a produção em 3D, devido a essa exigência de du-plicidade de entradas e saídas. Um roteador e infraestrutura compatíveis com 3Gb/s garantem que os sinais com máxima re-solução (Full HD) serão transportados em um único fluxo. Isso permite rotear duas imagens 3D com máxima resolução para múltiplos pon-tos, incluindo plataformas de armazenagem, multiviewers, equipamentos gráficos para pro-dução e sistemas de conexão em rede. Nesse ambiente, apenas metade das entradas e saídas

que seriam requeridas para as imagens 3D Full HD em uma in-fraestrutura de 1.5Gb/s são necessárias.Na área das plataformas de armazenagem de produção, os ser-vidores compatíveis com 3D devem ser capazes de lidar com re-cepção e reprodução duplo e sincronizados. Os sistemas de edição trazem um desafio ainda maior, pois alguns não são compatíveis com 3D. Um editor talentoso trabalhando com um sistema compatível deve ser capaz de trabalhar com as duas perspectivas como se estivesse traba-lhando com uma única fonte de vídeo. Os efeitos gráficos se adaptam muito mais facilmente ao uni-verso da televisão 3D, já que a modelagem em 3D é um recur-so oferecido há muito tempo por muitos revendedores. Apli-car os sistemas de efeitos gráficos disponíveis atualmente ao ambiente 3D é um desafio menor com base nos recursos já existentes, mas ainda sim é uma porção importante (e alta-mente visível) da imagem 3D.O multiviewer, no passado relativamente ignorado, se tornou um aspecto significativo do setor de TV digital. Os sistemas de múltiplos monitores continuam a evoluir com recursos mais sofisticados e uma melhor interoperabilidade com ou-tros componentes do fluxo de trabalho. O pessoal de ope-rações técnicas se beneficiará de um multiviewer que possa produzir “feeds” esquerdo e direito separados, enquanto que o pessoal de criação precisará ver a imagem 3D. Isso signifi-ca que o multiviewer ideal para esse ambiente será capaz de exibir ambos os “feeds”, de HD e 3D.A contribuição é o estágio final do ambiente de produção. Há sistemas de conexão em rede para vídeos para administrar e transportar os sinais contribuídos até as instalações de trans-missão. O sistema pronto para 3D pode acomodar na planta sinais de áudio, vídeo e dados compatíveis com os padrões, operando ao mesmo tempo com os “feeds” das perspectivas esquerda e direita juntos. Instalações de transmissãoOs “feeds” da contribuição 3D chegam e são manuseados mais ou menos do mesmo modo como foram na via de sa-ída do ambiente de aquisição do conteúdo. Os sistemas de

Vários estágios fluxo de trabalho em 3D, de ponta a ponta

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gestão de fibras e co-nexão em rede de ví-deo lidam com os dois sinais juntos como um par relacionado. Os sincronizadores e con-versores de frames podem recuperar os erros de fase que possam afetar o sinal, usando ao mesmo tempo as tradicionais soluções de contribuição para sinais sepa-rados. Isso é especialmente verdadeiro quando trabalha-mos com sinais longos. Um comutador de roteamento cap-tará o sinal uma vez que a sincro-nização para as duas perspecti-vas tenha sido confirmada. O sistema de armazenagem nas instalações de uma emissora é certa-mente um destino importante. Como na fase de captação e produção, a sua capa-cidade de lidar com a recepção e reprodução coordenada do par L/R é importante. Os siste-mas de gestão de ativos digitais conectados ao armazenamento devem ser capazes de distinguir os sinais 3D do conteúdo em HD e acomodar os re-quisitos de metadados únicos para o conteúdo 3D.O controle mestre também deve ser configurado para o lado esquerdo/direito, para permitir o processamento total nas duas vias do ambien-te 3D. Isso permite que o operador acione ambas as perspectivas simultaneamente ao toque de um botão. A comutação não-sincronizada pode estragar a experiência, o que seria péssimo nesse estágio do fluxo de trabalho. Um multiviewer confiável, com recursos similares ao ambiente de produção proporciona o nível adequado de monitoração da confiança no controle mestre.A operação do controle também incorpora os elementos de construção da marca do canal. Isso é uma extensão dos elementos gráficos da tela e deve oferecer compatibilidade para a devida inserção de logotipos, bugs e promoções em três dimensões. Vistos geralmente como um estorvo na projeção tradicional, a cons-trução da marca do canal 3D pode na verdade incrementar a experiência do teles-pectador se feita de forma adequada. Alternativamente, ela pode proporcionar uma experiência de visualização miserável se não for aplicada corretamente.Os sistemas de automação podem ser complicados no ambiente 3D pois virtual-mente tudo o que estiver associado ao sistema será duplicado. A implementação se torna ainda mais complexa conforme a operação de automação da reprodução é expandida. Em essência, o elemento da reprodução deve controlar os dois si-nais simultaneamente de forma precisa para cada frame. Isso se traduz em listas

Sistema de controle de roteador selecionando modos 3D para comutação simultânea Esquerdo/Direito

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de reprodução duais e sincronizadas. Eventos secundários associados aos elementos de construção da marca do canal também devem ser devidamente suportados pelas duas lis-tas de reprodução.O teste e medida dos sinais 3D apresentaram um grande avanço em um período muito breve de tempo. Há uma am-pla gama de ferramentas e soluções confiáveis para ajudar

as emissora a identificar problemas com a qualidade do sinal. Escopos com exibições de formas de onda esquerda e direita e testes de desempenho de luminância/crominância e a mensuração de posições garantem que os te-lespectadores estão recebendo a melhor ima-gem 3D possível.As considerações sobre formato representam o estágio final nas emissoras de TV. Cada desti-no precisa ser levado em consideração (tipica-mente, sinais de cabo e satélite nesse ponto). O sistema que solicitar dois fluxos em HD total tornará a vida da emissora mais fácil, pois isso é simplesmente uma continuação do processo.Um desafio mais significativo surge quando o

Os efeitos gráficos se adaptam muito mais facilmente ao universo da televisão 3D

operador requer um sinal codificado em um formato compa-tível com cada frame, tal como “lado a lado” ou “over-under”. Isso requer um sincronizador e/ou conversor adicional para realizar a tarefa. Se necessário, faz sentido integrar uma uni-dade que possa enviar o sinal 3D através do HDMI. Isso pro-porciona um estágio final de controle de qualidade, permitin-do a exibição em aparelhos de televisão 3D similares àqueles que o usuário final estaria usando.

Impactos das várias abordagens para o 3DA abordagem ideal é de duas imagens com máxima resolução durante a maior parte da cadeia quanto possível. Infelizmente, isso nem sempre é algo prático. Como há três abordagens pri-márias para a implementação de 3D na planta (compatível com cada fotograma, dois “feeds” Full HD em 1.5Gb/s, e dois “feeds” de máxima resolução em um único 3Gb/s), seria útil entender os impactos de cada uma delas. O fluxo de trabalho da televisão em 3D é essencialmente um ecossistema, uma suíte de componentes interoperáveis que completam um ciclo de transmissão avançada. Faz sentido ter uma visão completa do quadro desde a aquisição e até a trans-missão, ao invés de lidar com os produtos para um único pon-to, um por vez. Essa estratégia deverá certamente minimizar os problemas para lançar um canal de televisão em 3D.

* Chris Lennon e Stan Moote fazem parte do grupo CTO da Harris Broadcast Communications

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Compatível com cada fotograma em um único “feed” de HD-SDI

L+R c/ Máxima Resolução Dois “feeds” de HD-HDSI

L+R c/ Máxima Resolução “Feeds” únicos de 3Gb/s

Roteamento

Transporte de Retorno

Servidores

Efeitos Gráficos

Automação

Multiviewers

NLE

Processamento /sincronização de fotogramas

Comutação

Testa e Mensuração

Idêntico a 2D

Para “lado a lado” ou “over under”, idêntico a 2D. Outros sistemas compatíveis talvez requeiram um compressor especial

Idêntico a 2D

Sistema de efeitos gráficos 3D com software especial para “lado a lado” ou “over/under”. Não costuma ser possível com outros sistemas compatíveis com fotogramas

Idêntico a 2D

Geralmente exibe apenas a imagem compatível com o fotograma

2D NLE funciona para cortes/mixes básicos para “lado a lado” ou “over under”. Não é possível com outros sistemas compatíveis com fotogramas.

Sistema 2D padrão para “lado a lado” ou “over under”. Outros sistemas compatíveis com fotogramas podem produzir resultados péssimos com sincronização de fotogramas.

Comutador 2D funciona para cortes/mixes básicos for “lado a lado” ou “over/under”. Não é possível com outros sistemas compatíveis com fotogramas.

Produto para T&M 3D compatível com fotogramas está disponível atualmente

Conecta dois “feeds” 2D juntos com o sistema de controle do roteador (Figura 2)

“Feeds” duais de retorno em 2D requeridos com sincronização de fotogramas

Dois “feeds” em 2D dedicados juntos na recepção e reprodução

Sistema de efeitos gráficos 3D

Requer dois canais dedicados

As unidades 2D exibirão adequadamente as imagens esquerda e direita. As unidades 3D exibirão os canais 3D e Esquerdo e Direito

3D NLE oferece todos os recursos

Proc. dual/sincronização de fotogramas - alguns processos o utilizam como padrão em modelos 2D

Conecta dois comutadores ou comutador 3D

Aparelhos para testes 2D de canais duais oferecem funções limitadas, aparelhos 3D estão disponíveis

Idêntico a 2D 3G

“Feeds” duais de retorno em 2D requeridos com sincronização defotogramas

Dois “feeds” em 2D dedicados juntos na recepção e reprodução em um único 3G BNC

Sistema de efeitos gráficos 3D

Idêntico a 2D

As unidades 2D exibirão adequadamente as imagens esquerda e direita. As unidades 3D exibirão os canais 3D e Esquerdo e Direito

3D NLE oferece todos os recursos

Proc. dual/sincronização de fotogramas - alguns processos o utilizam como padrão em modelos 2D

Comutador 3D

Aparelhos para testes 2D de canais duais oferecem funções limitadas, aparelhos 3D estão disponíveis

Essa tabela é um prático guia de referência quanto aos impactos de cada abordagem sobre a infraestrutura

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por Gustavo Marra*

Desde o início das transmissões de TV digital terrestre em todo o mundo, a TV analógica tradicional está sendo substituída pelo vídeo de alta definição, além de áudio surround digital e dados interativos, utilizando a mesma

largura de banda em UHF/VHF. Será que vai ser possível adicio-nar novos serviços em 3D no mesmo canal usado para a DTV? Os formatos mais comuns de 3D no mercado, como side-by-side, estão sendo amplamente utilizados, mas certamente não são a melhor opção para as emissoras de televisão de canal único. No-vos métodos de compressão como o MVC, que são compatíveis com H.264 AVC podem tornar a convivência entre 2D e 3D HD tecnicamente possível para os padrões da televisão digital ter-restre com base nesta técnica de compressão, como o ISDB-Tb e DVB-T2, mas a produção ainda seria um problema. Já existem muitos testes de transmissões terrestres 3D no mundo, como por exemplo, no Brasil, Coréia, Austrália e na Europa, e as ex-periências de produção e distribuição da TV Globo em 3D, como no Carnaval do Rio de Janeiro, novelas e jogos de futebol, são alguns dos exemplos mais importantes.

DTV + 3DDois dos mais recentes padrões de televisão digital terrestre, ISDB--Tb e DVB-T2, foram desenvolvidos e lançados com base na mais avançada tecnologia disponível no mercado, para alcançar objeti-vos comuns: conteúdo de alta qualidade (principalmente em HD), força no sinal para facilitar a recepção, mesmo em situações adver-sas (como recepção em ambientes fechados e SFNs), serviços mó-veis e portáteis de vídeo ao vivo e interatividade, tudo isso em um

Será possível combinar HD, TV móvel, interatividade e os novos serviços 3D em um único canal UHF? Este artigo apresenta os principais desafios para transmissores de TV terrestre, quanto à distribuição de conteúdo 3D na convivência com conteúdo HD 2D no mesmo canal.

Os desafios das emissoras de TV terrestre

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Nos novos set-top boxes e TVs capazes de suportar codificação e exibição MVC, os espectadores terão a

experiência do 3D Full HD.

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único canal RF de transmissão terrestre. Ambos os padrões, ISDB--Tb e DVBT2, são baseados em tecnologia H.264 AVC para serviços de vídeo, incluindo HD e aplicativos móveis e portáteis.Atualmente, o aumento da oferta de conteúdos 3D, desafiam os transmissores terrestres de digital e os desenvolvedores de nor-mas a solucionar mais uma equação: adequar os serviços 3D aos canais terrestres existentes, de forma satisfatória para os teles-pectadores de 2D HD, móveis, portáteis e 3D, e também manter ativos os serviços de interatividade e qualidade de áudio.

Conhecendo o passadoApesar de o 3D ser tratado como um novo serviço, principalmen-te pela perspectiva dos transmissores terrestres, imagens estere-oscópicas já existem há mais de 150 anos. Em meados de 1840, quando foram feitos os primeiros estereogramas, as imagens em 3D puderam ser produzidas pela primeira vez. A partir delas, o 3D evoluiu para aquele que é considerado o primeiro filme em 3D – “L’arrivée du train”, filmado em 1903 pelos irmãos Lumière – e o primeiro filme público em 3D, em 1922 – “The power of Love”.Nos anos 50, o 3D viveu o que foi chamado de “Era de Ouro”, com mais de 60 filmes e alguns sucessos de marketing. Mas os pro-blemas técnicos vividos naquela época desfavoreceram estes fil-mes. Entre os anos 70 e início dos anos 80, o 3D tentou ressurgir, mas apenas após a invenção do formato 3D Imax, demonstrado em 1986, resultou novamente em algum sucesso.O uso de câmeras digitais HD e a evolução da computação grá-fica trouxeram novamente destaque para o 3D, culminando com Avatar, a maior bilheteria da história, no fim dos anos 2000, e, nos

últimos anos, o 3D teve um novo capítulo em sua história: ele pode ser feito ao vivo. Eventos esportivos, peças de teatro e concertos estão sendo transmitidos ao vivo para cinemas e residências.A história mostra que o 3D foi e veio muitas vezes e que a qua-lidade da imagem e a experiência do espectador podem ser de-cisivas para sua sobrevivência e sucesso.

HD - 3D: A nova grande ondaDepois da invenção da televisão, a mudança nas transmissões em preto e branco para coloridas foi considerada a primeira grande onda tecnológica. Muitos anos depois, com a implan-tação da televisão digital, a transição de SD para HD foi a nova jogada relacionada à tecnologia da TV. Agora, a 3DTV clama ser a próxima grande onda a impactar a maneira de produzir, trans-mitir e assistir televisão.Uma comparação entre a mudança de SD para HD e de HD para 3D pode ser iniciada, mas nenhuma conclusão clara pode ser tirada ainda. Tecnicamente, aquelas duas primeiras mudanças eram dis-tintas e dramaticamente relacionadas à quase todos os aspectos de produção, transmissão e visualização. Agora, mudar de HD para 3D pode ser mais fácil e mais barato em alguns elos da corrente, mas muito mais difícil e caro em alguns outros aspectos.

Técnicas de distribuiçãoExistem muitas maneiras implantadas e comercialmente dis-poníveis de se processar e distribuir conteúdos em 3D, mas nenhum acordo de padrões é amplamente adotado ao redor do mundo. Cinemas, videogames, mídia offline (Blu-rays) e TV

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paga já começaram a exploração do 3D há alguns anos, com con-teúdos ao vivo e offline, aproveitando-se da vantagem do controle de todo o processo e da transmissão ao consumidor final. Esse controle permite a esses competidores escolherem seus forma-tos preferidos de distribuição e exibição, independente de normas formais e de lidar com questões de legado tecnológico ao mesmo tempo: uma vez que eles tenham o controle dos receptores. Outra vantagem para os transmissores não-terrestres é que o conteúdo 3D é transmitido independente do conteúdo 2D HD, tornando o gerenciamento do legado tecnológico muito mais simples.Do ponto de vista dos transmissores terrestres, dar suporte aos es-pectadores de 2D HD, com o mesmo nível de qualidade e mantendo os serviços adicionais como serviços móveis e portáteis, aplicativos interativos e áudio surround digital, é essencial para o sucesso do negócio. O desafio principal é manter a oferta já existente e adicio-nar o novo serviço de 3D no mesmo canal (entre 6MHz e 8MHz de-pendendo do país) tudo ao mesmo tempo, levando os serviços e as técnicas de distribuição dos padrões já existentes de televisão digital para o ar, além de ser transparentes em relação aos set-top boxes e televisores existentes no mercado que não são capazes de suportar o 3D.Mesmo com todos esses itens de restri-ções e obrigatoriedades, a complexidade de adicionar o serviço 3D nos serviços terrestres existentes não está ligada à capacidade de cumprir ou não o que é requerido, mas em como manter a alta qualidade e a competitividade em cada um dos serviços oferecidos.Processamento de vídeo e técnicas de codificação que já estão disponíveis no mercado poderiam ser usadas pelos transmissores terrestres para exploração comercial do serviço 3D nos canais di-

gitais existentes. Porém, apenas “novas” técnicas de codificação podem manter a qualidade e compatibilidade com versões ante-riores para os serviços terrestres.

Técnicas para compatibilidade de frame Atualmente, as técnicas para compatibilidade de frame são mais usadas em TV paga, mídia offline e cinemas com grande número de fornecedores disponíveis. Sua principal característica é que ambos os pontos de visão - direita e esquerda - são combinados em um úni-co sinal de vídeo. Isso quer dizer que um único frame de vídeo car-regará 50% de seus pixels e linhas na visão esquerda e 50% de seus pixels e linhas na visão direita. Para tornar isso possível, metade de cada parte da informação de cada ponto de vista será descartada. Isso vai resultar numa experiência de resolução “non full”, ou seja, sem levar a alta definição máxima para os espectadores. As técnicas “frame compatible” estão relacionadas ao pro-

SD » HD HD » SD

Captação

Conteúdo Asset

Displays e TVs

Distribuição

Conforto

Experiência

Percepção

HD precisa de novas câmeras SD pode ser up-convertido

HD custa 4X mais que SD

Normas de codificação e transmissão bem definidas

HD não precisa de óculos

HDTV de alta qualidade precisa de telas grandes

O HD não muda a percepção da imagem (2D)

3D precisa de mais câmeras e dispositivos externos 2D HD é difícil e caro para ser convertido em 3D 3D custa de 30 a 50% mais que HD

Muitos formatos e padrões indefinidos no mercadoHD não precisa de óculos

3D ainda precisa de óculos

Efeitos 3D são bem vistos em telas de 30”

3D pode causar náuseas e dores de cabeça

Comparação entre a mudança de SD para HD e de HD para 3D: se estiver em verde,

é mais fácil ou mais barato

O desafio é manter a oferta existente e adicionar o novo serviço de 3D ao mesmo canal (entre 6MHz e 8MHz dependendo do país), tudo ao mesmo tempo

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cessamento de vídeo e não à codificação. Isso quer dizer que ele é indiferente à técnica de codificação utilizada na cadeia de distribuição.Existem diferentes maneiras de processar essa técnica de vídeo 3D, mas as mais usadas são a side-by-side (horizontal ou com amostra-gem quincunx) e a em cima e em baixo (também conhecida como top-and-bottom). A side-by-side é mais indicada parar conteúdos entrelaçados, enquanto a over-under tem melhores resultados em conteúdos progressivos.

Técnicas para 3D Full HDAs técnicas para transmissão 3D em Full HD estão relaciona-das com os formatos que possam manter máxima resolução, dos dois pontos de vista do espectador que está no último elo da cadeia.Essas técnicas geralmente estão relacionadas com o esquema de compressão, e não um processa-mento de vídeo como as técnicas “frame compa-tible”. Isso significa que os dois pontos de vista, esquerdo e direito, serão usados como entrada no sistema de compressão.A resolução Full HD 3D pode ser alcançada a partir de dois padrões estabelecidos: dois pontos de vista com transmissão simultânea e multi-view coding (MVC). Ela

também pode ser alcançada com a utilização de soluções proprie-tárias disponíveis na indústria.Os requisitos para a transmissão simultânea são, na maioria das vezes, relacionados com a sincronia de codificação e decodificação, já que os pontos de visão esquerdo e direito são codificados sepa-radamente. Isso tem um grande impacto na largura da banda, já que exigirá duas vezes mais bits para o 3D, considerando a mesma qualidade de imagem do 2D HD. O “Multi-View Coding” (MVC) é uma extensão da técnica de compressão H.264 AVC, que é capaz de comprimir os dois pon-tos de vista simultaneamente, aproveitando-se da informação correlacionada entre as visões esquerda e direita. Já que os dois pontos são codificados simultaneamente, nenhum sincronismo externo é exigido no uso dessa técnica. Explicando de forma rús-

Lidar com o legado tecnológico é um dos aspectos a serem considerados na 3DTV

Um obstáculo importante na técnica “frame compatible” é que ela não pode oferecer Full HD nos dois lados

do 3D. Uma vez que os lados esquerdo e direito estão combinados numa única distribuição, metade da

resolução da informação (colunas side-by-side e linhas over-under ou top-and-bottom) de cada lado é perdida

durante esse processo

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tica, o vídeo 3D (lado esquerdo e direito) contém uma grande quantidade de dependências estatísticas de exibição, já que am-bas as câmeras (esquerda e direita) capturam a mesma cena de diferentes pontos de vista. Por conta disso, a combinação entre a predição temporal e entre imagens é a chave para a eficiência do MVC. A imagem de uma câmera pode ser predita não apenas a partir da relação temporal de imagens que gera e, além disso, imagens de câmeras vizinhas também podem ser usadas em uma predição eficiente. Esse pro-cesso resulta em dois bitstreams comprimidos (um deles pode ser decodificado utilizado um receptor AVC comum), e dois vídeos em Full HD (esquerda e direita) na saída do decodificador 3D.

O uso de câmeras digitais HD e a evolução da computação gráfica trouxeram novamente destaque para o 3D, culminando com Avatar, aqui exemplificando a técnica “frame compatible”

O “Multi-View Coding” (MVC) é uma extensão da técnica de compressão H.264 AVC, capaz de comprimir os dois pontos de vista simultaneamente, aproveitando-se da informação correlacionada entre as visões esquerda e direita

Transmissões terrestres: prós e contrasNa perspectiva da transmissão terrestre, as duas abordagens têm bons argumentos, porém têm grandes barreiras, se adota-das como formato de distribuição. Em relação à alternativa “fra-me compatible”, tempo de mercado e investimentos reduzidos em sistemas de distribuição são os maiores motivadores para a adoção dessa técnica. Como mencionado, processadores de vídeo para side-by-side e top-and-bottom já estão implantados por vários fornecedores no mercado e são uma tecnologia já madura. Como a “frame com-patible” é indiferente ao método de compressão, os sistemas de distribuição existentes podem ser usados para um novo serviço, reduzindo a necessidade de investimentos do transmissor e eli-

minando a necessidade de novos set-top boxes para o telespectador, enquanto o re-ceptor existente ainda for capaz de decodi-ficar o sinal, desde que a compressão não mude. O espectador obviamente precisará de uma TV 3D, já que é a TV que irá lidar com o processamento side-by-side ou top-and--bottom na exibição.Mas as técnicas “frame compatible” têm inúmeros obstáculos que podem não ser superados na distribuição terrestre. Essa solução não é compatível com o serviço de vídeo 2D HD, o que significa que os dois serviços terão que ser transmitidos simul-taneamente, e como transmissores terres-tres não podem adicionar um novo canal para um novo serviço, a largura de banda usada para serviços digitais não pode au-mentar quando a oferta 3D está incluída. Para que isso seja possível, a largura de banda disponível apenas para 2D HD será dividida entre o serviço existente e o novo serviço 3D, resultando na baixa qualidade de imagem nos dois serviços.Outro obstáculo importante para a técnica “frame compatible” é que ela não pode

Distorção zigzag causada pelo AVC quando a amostra side-by-side quincunx é utilizada

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oferecer Full HD dos dois lados para 3D. Uma vez que os lados esquerdo e direito estão combinados numa única distribuição, metade da resolução da informação (colunas side-by-side e li-nhas over-under ou top-and-bottom) de cada lado é perdida du-rante esse processo. Isso também irá acarretar na redução da qualidade de imagem para o serviço 3D.Uma terceira barreira é que a amostra quincunx, um dos mais populares formatos “frame compatible”, é degradada quando comprimida por codificadores H.264 AVC, prejudicando a quali-dade de vídeo. Essa distorção, chamada de “zigzag distortion”, é causada por uma das ferramentas AVC, chamada DCT. O uso do MVC também será relacionado aos muitos prós e contras dos transmissores terrestres. As principais vantagens dessa técnica é que ela pode garantir Full HD para os dois lados do 3D, é compa-tível com o serviço existente de 2D HD e não precisa da duplicação da largura da banda para distribuir os dois pontos de vista.Em relação à capacidade inversa, o MVC comprime as imagens em dois bitstreams correlacionados e os receptores H.264 AVC e televisores integrados podem decodificar e exibir um deles, rela-cionado com a informação 2D HD (ponto de vista esquerdo), mas deixando transparente para o espectador a existência de um ser-viço 3D no mesmo canal. Nos novos set-top boxes e TVs capazes de suportar codificação e exibição MVC, os espectadores terão a experiência do Full HD 3D.Já que o MVC codifica os dois lados de visão simultaneamen-te tirando vantagem da informação redundante entre eles, essa técnica não requer o dobro da largura de banda para a mesma

qualidade de imagem do serviço de 2D HD. Como essa tecno-logia ainda não está madura, é cedo para afirmar a codificação adicional necessária para a dos dois pontos de vista, mas alguns fabricantes prometem uma adição de cerca de 25% a mais do que uma única codificação 2D. Isso vai resultar na oferta de Full HD 3D, sem sacrificar tanto a qualidade da imagem 2D HD. A expectativa é que, com a nova geração de codificadores H.264, essa diferença não poderá ser notada pelos espectadores em casa, já que a qualidade permanecerá a mesma de hoje em dia (a maioria dos sistemas terrestres estão utilizando a primeira ge-ração de codificadores H.264 AVC).Por outro lado, as desvantagens do MVC são relacionadas ao tempo de mercado e maturação da tecnologia. Enquanto as soluções “frame compatible” estão largamente disponíveis no mercado, codificadores e decodificadores MVC ainda não estão implantados em larga escala. Além disso, os preços tendem a ser altos no começo.

Operações e testes de transmissão terrestre ao redor do mundoServiços terrestres de 3D são testados há alguns anos e as ope-rações comerciais já começaram. No Brasil, a TV Globo fez expe-riências de produção durante os últimos dois carnavais no Rio de Janeiro e também durante a Copa do Mundo da FIFA, no ano passado. Essas experiências foram focadas em técnicas de pro-dução em 3D e não foram transmitidas via terrestre. Testes de

Há alguns anos a TV Globo vem fazendo testes para produzir em 3D, mas ainda não houve uma transmissão pela TV digital terrestre

Há alguns anos a TV Globo vem fazendo testes para produzir em 3D, mas ainda não houve uma transmissão pela TV digital terrestre

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transmissões terrestres têm grande chance de acontecer duran-te 2011 e 2012. Já a RedeTV está exibindo simultaneamente, na transmissão terrestre, 2D HD e 3D (side-by-side), em caráter ex-perimental. A maioria dos programas 3D é convertida a partir de 2D HD, enquanto alguns shows e eventos específicos têm algum tipo de produção 3D.Os testes de transmissão terrestre 3D na Coréia do Sul começaram o ano passado com um canal dedicado a 3D, durante o campeona-to mundial de atletismo em Daegu. O vídeo em 3D foi processado e distribuído usando o formato “frame compatible”. Testes e uma operação usando Full HD 3D são esperados para 2011.A Austrália também começou os testes de 3DTV terrestre o ano passado, usando os jogos de rugby e os jogos Copa do Mundo como conteúdo. A Austrália também usou um canal destinado a 3D com a técnica de processamento de vídeo side-by-sideNa Europa, a Itália já possui iniciativas em 3D terrestre. Os ser-viços de 3DTV terrestre são esperados para este ano e uma das alternativas sugeridas é uma adaptação da técnica de “frame compatible”. Essa adaptação é baseada em corte e aprimoramen-to do vídeo side-by-side para apoiar o legado de espectadores 2D HD, baseada na transmissão de informação “crop window” e sua motivação é baseada no tempo de mercado, mais do que qualidade de imagem.Além do mundo via terrestre, o 3D é amplamente implementado ao redor do mundo com canais 24/7 em plataformas de TV paga, filmes e videogames em mídia offline e também em eventos ao vivo e filmes nos cinemas.A não existência de dispositivos MVC no passado, não permitiu testes usando essa tecnologia, mas muita atividade relativa a essa técnica é esperada em um futuro próximo e não apenas relacionadas à transmissores terrestres. As vantagens da deco-dificação “Multi-view” são interessantes para concorrentes em diferentes plataformas de distribuição. Um importante passo na

direção do MVC, foi que recentemente a Blu-ray Disk Association (BDA), especificou o MVC como seu formato padrão para 3D. Isso com certeza conduzirá uma importante fração do mercado de distribuição nessa direção.

Algumas respostasEntão, será possível combinar HD, TV Móvel, Interatividade e os novos serviços de 3D em um único canal UHF (terrestre)? A resposta pode ter três abordagens principais, que são técnica, produção e comercial.Tecnicamente, a fusão do serviço 3D com a televisão digital ter-restre existente é possível e não é tão complexa. A escolha do formato de distribuição terá como base os requisitos dos trans-missores terrestres, como tempo de mercado e/ou qualidade de imagem. O principal desafio, da perspectiva técnica é relativo à padronização, que é obrigatória para aplicativos terrestres. Ini-ciativas de padronização estão ocorrendo no mundo todo, mas nenhum entendimento comum foi alcançado até hoje.Do ponto de vista comercial, não será nada mais que uma decisão de negócios para os concorrentes nesse mercado. A mesma de-cisão foi tomada quando a migração de SD para HD foi decidida.A questão que será mais difícil de superar é a relativa à produ-ção: pois há diferentes maneiras de distribuir o conteúdo 3D ba-seado na compatibilidade com os serviços 2D HD já existentes. Mas será que a produção também será compatível? Esse é um grande desafio para os provedores criarem conteúdos e eventos ao vivo para serem bem exibidos em 2D HD ou 3D ao mesmo tempo, usando a mesma programação. A produção experimen-tal realizada pela TV Globo durante o carnaval do Rio de Janeiro e nas novelas, demonstrou que juntar os dois serviços com a mesma produção e mantendo uma boa qualidade é extrema-mente difícil, senão impossível.* Gustavo Marra é executivo da Ateme Inc.

Alguns dos testes realizados têm demonstrado que é muito difícil produzir para 2D HD e 3D mantendo a mesma qualidade na transmissão

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por Gary Learner*

Os sistemas de monitoramento desempenham um pa-pel vital nas operações de transmissão, fornecendo um registro contínuo da programação exibida e posi-cionando-se como um meio eficiente de buscar, recu-

perar, visualizar, analisar e exportar os arquivos. As aplicações variam da validação do prazo dos materiais para os anunciantes e solução de falhas na transmissão, fornecendo inclusive docu-mentação de conformidade com os regulamentos do setor, tais como legendas para deficientes auditivos (closed caption).

De maneira geral, a regulamentação e legislação elevaram os sistemas de monitoramento da categoria “é bom ter” para o status de ponto crítico no negócio da radiodifusão e distribui-ção de TV por assinatura. Essa mudança foi muito sentida nos Estados Unidos nos últimos anos, onde o ônus da prova pas-sou do reclamante para as emissoras, que precisam comprovar que um determinado segmento de vídeo não violou nenhuma lei de comunicação (imagens de nudez, por exemplo). Agora, todas as emissoras são obrigadas a apresentar uma prova com

Maturidade na monitoração e registro de conteúdos HDA capacidade de monitorar e registrar o conteúdo de vídeo exibido é um requisito essencial para as emissoras e operadoras de TV por assinatura garantirem a integridade das produções veiculadas. Enquanto a televisão de alta definição transforma as operações, essas capacidades assumem dimensões ainda mais importantes e complexas.

Enquanto as emissoras se esforçam para atender à crescente demanda dos telespectadores pela programação em HD, cresce a necessidade de monitoramento e registro do que é transmitido

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No ambiente ideal de produção, os sistemas de monitoração devem ser instalados em vários pontos do fluxo de transmissão, em vários estágios de produção - como por exemplo, nos pontos em que o áudio ou o closed captions estão adicionados

Empregar uma solução de monitoramento de transmissão que interpreta diretamente o sinal HD nativo, dá às emissoras a possibilidade de verificar e resolver problemas quando e onde a falha de dados ocorrer na cadeia de distribuição

qualidade de imagem suficiente para ser aceita em um tribunal, no caso de serem processadas. Ou seja, não vale gravar as ima-gens de “censura” em baixíssima resolução, apenas para dizer que a lei está sendo cumprida.

Desvantagens da conversão descendenteEnquanto as emissoras se esforçam para atender à crescente demanda dos telespectadores pela programação em HD e estar entre as primeiras a oferecer o conteúdo no novo formato, a necessidade de monitoramento e registro não é menos crítica. No entanto, a maioria dos sistemas disponíveis hoje são inca-pazes de aceitar um sinal HD, o que deixa estas emissoras com poucas opções. Uma técnica é a utilização de equipamentos de conversão descendente para transcodificar o sinal em alta defi-nição para a definição standard, que pode então ser aceito por um sistema de monitoramento convencional - mas esta solução tem sérias desvantagens.Em primeiro lugar, a maioria dos sinais nativos em HD contêm metadados que não podem sofrer conversão descendente sem um investimento adicional em equipamentos caros. Em com-paração com a definição padrão, a alta definição é mais do que simplesmente um aumento no número de pixels ou resolução visual. Incorporados no fluxo, estão canais de áudio, closed caption, mensagens de texto e outros metadados. Toda vez que tal sinal passa por conversão descendente, há uma forte proba-bilidade de perda dos canais auxiliares. Além disso, os sinais HD contêm áudio gravado em Dolby 5.1 ou 7.1, para fornecer até oito canais para os sistemas de home theater. Como o con-teúdo SD é gravado em estéreo, o áudio de um sinal HD con-vertido descendentemente é comprimido de oito para apenas dois canais. Uma vez que é impossível determinar qual canal de áudio criou o sinal original, detalhes são perdidos e a solução de problemas de erros de áudio se torna muito mais difícil.Uma vez que o sinal passa por conversão descendente, como o operador grava e analisa o sinal de vídeo em HD? Um método é o uso de técnicas de recodificação de baixa tecnologia, como o gravador de vídeo digital (DVR). No entanto, este tipo de equipa-mento é normalmente utilizado em ambientes de consumo para a reprodução não programada e, como tal, nunca foi pensado para uso em registro e monitoramento de transmissão profissio-nal. Outra opção é um analisador de vídeo que avalia os cabeça-lhos de pacotes de dados de vídeo, para detectar o resultado do comprometimento e corrupção de dados que possam ocorrer no novo ambiente de vídeo digital HD. Enquanto uns não exigem conversão descendente de vídeo, os outros sistemas são muito caros e não são destinados a produzir um registro contínuo de gravação durante períodos de 30 dias ou mais.Dadas as deficiências destas opções, muitas emissoras optam pelo método antigo de simplesmente gravar cada transmissão e revisar manualmente depois. Deixando de lado as preocupa-ções reais de ineficiência (não é prático dedicar horas do tempo de um operador para revisar gravações manualmente) e impre-cisão (nenhum operador humano, não importa o quão profun-damente ele observe, é capaz de perceber todas as falhas), o monitoramento em fita simplesmente não tem lugar nos dias de hoje, em que são utilizadas cada vez mais operações de transmissão digital por meio de arquivos.

Monitoramento: um recurso estratégicoA monitoração adequada da transmissão HD requer a análise do sinal pretendido antes de qualquer conversão ser execu-tada, uma vez que existem vários handoffs e inserções na

Em lugares remotos – como afiliadas, o Volicon Observer registra e envia os conteúdos solicitados via rede e sob demanda.

Clientes da matriz ou cabeça e rede podem

solicitar vídeos que estão sendo exibidos ou

armazenados, oriundos de qualquer ponto a

rede, para visualização ou reutilização

Localidades remotas

Central

Rede TCP/IPVPN ou Internet

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cadeia de fornecimento na qual o sinal pode sofrer possíveis erros ou perda de dados. Empregar uma solução de monito-ramento de transmissão que interpreta diretamente o sinal HD nativo, dá às emissoras a possibilidade de verificar e re-solver problemas quando e onde a falha de dados ocorrer na cadeia de distribuição. Isso elimina as incertezas na localiza-ção de problemas de fluxo e reforça a confiança de que os er-ros observados são genuínos e não decorrentes de qualquer processo de conversão descendente.Estes requisitos, juntamente com a presença cada vez maior de tecnologias digitais baseadas em arquivos no fluxo de produção, estão impulsionando o surgimento de uma nova classe de soluções, desenvolvidas especificamente para o re-gistro e monitoramento do sinal HD. Estes sistemas aceitam sinais de qualquer interface HD-SDI com áudio embutido, e são otimizados para o aspecto 16:9 HD - permitindo que as emissoras executem verificações de qualidade em áudio e vídeo e confirmem a presença de closed captions. Enquan-to o competitivo mercado de transmissão em alta definição esquenta, os novos sistemas de monitorização dão às emis-soras uma grande vantagem, permitindo-lhes avaliar as suas transmissões e comparar o conteúdo e as ofertas em HD das emissoras concorrentes.

Construindo uma infraestrutura de monitoramentoOs sistemas de monitoramento mais avançados devem for-necer duas entradas padrão e de alta definição para facilitar a captura de vídeo de qualquer fonte, incluindo sites de trans-missão remota.No ambiente ideal de produção, estes sistemas devem ser ins-talados em vários pontos do fluxo de transmissão, em vários estágios de produção - por exemplo, nos pontos em que o áu-dio ou os closed captions estão adicionados. Desta forma, eles permitem que os engenheiros identifiquem os estágios em que os erros começam a aparecer enquanto novos componentes são introduzidos. Na avaliação de sistemas de monitorização, as emissoras devem procurar soluções que funcionem como

componentes passivos. Em outras palavras, eles trabalham fora da cadeia de transmissão principal, de forma a não interfe-rir ou interromper o fluxo de produção.Para fornecer o desempenho máximo, um sistema de moni-toramento HD deve ter todas as capacidades e mais recentes avanços de seus componentes para vídeo SD e facilitar a distri-buição de vídeo em toda a emissora, sem saturar os recursos de rede. O sistema deve utilizar tecnologia avançada de arma-zenamento, tal como RAID-5 e deve permitir o armazenamento de conteúdo de dois a quatro canais por, pelo menos, 30 dias.A típica largura de banda torna difícil monitorar várias ima-gens de uma vez ou acompanhar uma imagem de um cliente remoto, como um navegador da Web, e a considerável largura de banda consumida pelo HD (quase 1,5 Gigabit por segundo) requer a utilização de pesadas técnicas de compressão para adequar o monitor à rede disponível. Portanto, o sistema de monitoramento ideal tem incorporado um esquema de com-pactação que não compromete o vídeo geral, adicionando suas próprias informações.

Capacitando usuários O sistema deve ser facilmente disponibilizado a um grande nú-mero de usuários pela estação de rede IP existente, dando-lhes acesso 24 / 7 através do desktop de seus PCs, ao conteúdo HD ao vivo e arquivado, usando um browser padrão. Os usuários devem ser capazes de gravar, armazenar, pesquisar, recuperar e visualizar o material HD em tempo real, a partir de múltiplos canais e de qualquer desktop, dentro das instalações de trans-missão. O sistema deve fornecer uma interface ágil e controles como os dos VTs convencionais, para fazer o monitoramento de múltiplos canais de maneira fácil e intuitiva. Os usuários de-vem ser capazes de ir da metade da velocidade para 10X, em qualquer direção, com um clique do mouse, e o sistema deve incluir alarmes configuráveis para monitoramento da qualida-de de vídeo e possibilitar a detecção precoce de problemas de áudio e vídeo.

Flexibilidade de programaçãoOs sistemas de monitoramento HD devem permitir aos usuá-rios a opção de captura contínua de imagens de vídeo, ou a configuração do sistema para gravar apenas imagens de alta re-levância, maximizando a capacidade de armazenamento. Uma maneira de proporcionar isso é criando uma interface entre as conhecidas ferramentas para guias eletrônicos de programação (EPGs), oferecendo ao usuário a flexibilidade para selecionar imagens relevantes, seja por datas e horários específicos ou por programas de interesse. As transmissões esportivas, por exemplo, representam a for-ma predominante de conteúdo de vídeo de alta definição. Um sistema inteligente de programação se conectaria com o banco de dados de um guia de programação eletrônico (EPG), permi-tindo ao usuário visualizar e escolher os programas de esportes considerados críticos para monitoramento e exibição, tal como os jogos de futebol. Finalmente, os sistemas avançados de monitoramento HD for-necem caminhos convenientes para a disseminação de recur-sos capturados para outros canais de distribuição. Clip lists compartilhadas permitem que os usuários colaborem e visua-lizem um vídeo específico, sem utilizar armazenamento adicio-nal. Os recursos podem ser facilmente exportados e reutiliza-dos, e ambos, imagens e dados de texto, podem ser salvos em arquivos para uso externo.

As transmissões esportivas, por exemplo, representam a forma predominante de conteúdo de vídeo de alta definição. Um sistema inteligente de programação se conecta com o banco de dados do guia de programação eletrônico (EPG), permitindo ao usuário visualizar e escolher os programas de esportes considerados críticos para monitoramento e exibição

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Com base nos benefíciosCom todos esses recursos, um sistema de monitoramento HD pode proporcionar inúmeros benefícios para uma emissora de

TV ou operadora de TV por assinatura. Com as duas imagens de vídeo, SD e HD, a partir de vários canais, os usuários podem executar comparações, lado a lado, a partir de uma interface unificada. Os resultados da equipe de pesquisa da emissora sobre os índices de aprovação do expectador exibidos em sin-cronia com o vídeo na mesma tela, oferecem insights sobre a concorrência e o mercado. O monitoramento ativo de closed captions fornece notificações de assuntos específicos mencio-nados via e-mail, incluindo transcrições e mini “storyboards”. Os usuários também podem consultar o banco de dados de closed caption como uma ferramenta de busca, convertendo recursos de vídeo em bases de dados de texto.Apesar de estarem apenas começando a emergir, os sistemas de monitoramento de vídeo que aceitam entradas HD irão se tornar uma exigência no ambiente de produção, neste período em que as emissoras adaptam as suas operações para a trans-missão em alta definição. Estando uma emissora transmitin-do em SD ou HD, a sua capacidade de monitorar e arquivar o conteúdo exibido continuará a desempenhar um papel fun-damental no atendimento às demandas de clientes internos e externos, tais como anunciantes, expectadores e agências go-vernamentais.

*Gary Learner é o diretor técnico da Volicon.s. www.volicon.coms. www.videosystems.com.br

Clip lists compartilhadas permitem que os usuários colaborem e visualizem um vídeo específico, sem utilizar armazenamento adicional

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