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Esta questão vem tomando cada vez mais espaço na mí- dia mundial e permanece, contudo, um grande mistério. Considerando a importância do tema, o Centro de Estudos Americanos da FAAP, em parceria com o Brazil Institute do Woodrow Wilson Center for International Scholars, promo- veu em 22 de outubro de 2007 o seminário O Panorama das Eleições Presidenciais e Legislativas de 2008 nos EUA e suas Implicações para a Política Externa Americana. Foi o primeiro debate no Brasil sobre o assunto. O evento teve a presença de Paulo Sotero, diretor do Brazil Institu- te; Samuel Wells, vice-diretor do Woodrow Wilson Center e diretor da divisão de West European Studies; Cynthia Arnson, diretora do Latin American Program; e o embaixa- dor Rubens Ricupero, diretor da Faculdade de Economia da FAAP. Contou ainda com uma saudação do cônsul-geral dos EUA em São Paulo, Thomas White. Rubens Ricupero, que foi também mediador, considerou que há três questões prioritárias a serem apreciadas Quem será o próximo presidente norte-americano? PANORAMA DAS ELEIÇÕES DE 2008 NOS ESTADOS UNIDOS frente às eleições de 2008. Em primeiro lugar, o recente desenvolvimento econômico, notadamente a atual crise imobiliária norte-americana; em segundo lugar, a agenda internacional, dominada pelo Oriente Médio, as dificuldades impostas pelo fundamentalismo islâmico, o Irã, o Iraque e a questão Palestina-Israel; por fim, o futuro regime de mudança climática com um novo protocolo, que substituirá o de Kyoto, em 2012, e cujas negociações devem começar já no próximo ano. Deste modo, a próxima administração norte-americana se defrontará com novos desafios que a atual está evitando encarar. Paulo Sotero, diretor do Brazil Institute, foi corresponden- te por duas décadas do jornal O Estado de S. Paulo em Washington. Em sua explanação no seminário, ele introdu- ziu o atual panorama das eleições americanas. A campanha é a primeira em que os postulantes à Casa Branca não são presidentes ou vice-presidentes, desde 1952, quando Eisenhower foi eleito. Na abertura do evento, da esquerda para a direita, Paulo Sotero, diretor do Brazil Institute (fazendo uso da palavra); Cynthia Arnson, diretora do Latin American Program; o embaixador Rubens Ricupero, diretor da Faculdade de Economia da FAAP e Samuel Wells, vice-diretor do Woodrow Wilson Center. SEMINÁRIO 036

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Esta questão vem tomando cada vez mais espaço na mí-dia mundial e permanece, contudo, um grande mistério. Considerando a importância do tema, o Centro de Estudos Americanos da FAAP, em parceria com o Brazil Institute do Woodrow Wilson Center for International Scholars, promo-veu em 22 de outubro de 2007 o seminário O Panorama das Eleições Presidenciais e Legislativas de 2008 nos EUA e suas Implicações para a Política Externa Americana. Foi o primeiro debate no Brasil sobre o assunto. O evento teve a presença de Paulo Sotero, diretor do Brazil Institu-te; Samuel Wells, vice-diretor do Woodrow Wilson Center e diretor da divisão de West European Studies; Cynthia Arnson, diretora do Latin American Program; e o embaixa-dor Rubens Ricupero, diretor da Faculdade de Economia da FAAP. Contou ainda com uma saudação do cônsul-geral dos EUA em São Paulo, Thomas White. Rubens Ricupero, que foi também mediador, considerou que há três questões prioritárias a serem apreciadas

Quem será o próximo presidente norte-americano?

PANORAMA DAS ELEIÇÕES DE 2008NOS ESTADOS UNIDOS

frente às eleições de 2008. Em primeiro lugar, o recente desenvolvimento econômico, notadamente a atual crise imobiliária norte-americana; em segundo lugar, a agenda internacional, dominada pelo Oriente Médio, as dificuldades impostas pelo fundamentalismo islâmico, o Irã, o Iraque e a questão Palestina-Israel; por fim, o futuro regime de mudança climática com um novo protocolo, que substituirá o de Kyoto, em 2012, e cujas negociações devem começar já no próximo ano. Deste modo, a próxima administração norte-americana se defrontará com novos desafios que a atual está evitando encarar.Paulo Sotero, diretor do Brazil Institute, foi corresponden-te por duas décadas do jornal O Estado de S. Paulo em Washington. Em sua explanação no seminário, ele introdu-ziu o atual panorama das eleições americanas. A campanha é a primeira em que os postulantes à Casa Branca não são presidentes ou vice-presidentes, desde 1952, quando Eisenhower foi eleito.

Na abertura do evento, da esquerda para a direita, Paulo Sotero, diretor do Brazil Institute (fazendo uso da palavra); Cynthia Arnson, diretora do Latin American Program; o embaixador Rubens Ricupero, diretor da Faculdade de Economia da FAAP e Samuel Wells, vice-diretor do Woodrow Wilson Center.

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A cerca de 12 meses das eleições, há dezesseis pré-candi-datos, entre democratas e republicanos. Quanto ao muito especulado “fator Al Gore”, Sotero foi categórico: o ex-vice-presidente não será candidato. Gore já desempenha um papel público nos Estados Unidos, posição que dificilmente conseguiria como presidente ou vice-presidente. Ademais, Al Gore se reconhece um mau candidato, por sua falta de carisma, e tem consciência de que seu papel na política norte-americana pode ser mais importante se não ocupar o mais alto cargo executivo. Pode, no entanto, ter grande peso ao apoiar algum dos candidatos, o que provavelmente só ocorrerá após as primárias, quando a escolha dos nomes for definitiva. As primárias têm início em janeiro de 2008 e podem durar seis meses. Com a antecipação das primárias em alguns Estados, contudo, é possível que os candidatos dos dois partidos já sejam conhecidos em fevereiro. Entre os dois principais partidos, a escolha do candidato democrata parece tarefa menos árdua. Entre Hillary Clinton, Barack Obama e John Edwards, respectivamente com 43%, 24% e 12% de apoio em primeiro de novembro (a arrecada-ção de campanha soma, para cada um, respectivamente 100; 80,2; e 30,3 milhões de dólares), a senadora Clinton

abre vantagem confortável sobre os demais, o que leva a crer que será mesmo a candidata escolhida.Situação mais delicada é enfrentada pelos republicanos, que apresentam quatro candidatos viáveis: Rudy Giuliani, com 30% das intenções de voto; Fred Thompson, com 15%; John McCain, com 15%; e Mitt Romney, com 12%. Não resta dúvida de que o primeiro colocado republicano nas pes-quisas é também o mais forte. O ex-prefeito de Nova York é carismático e competente, mas estes atributos não são suficientes para colocá-lo à frente dos demais concorrentes nas primárias estaduais. Supondo que Hillary Clinton e Rudy Giuliani saiam vitoriosos das primárias, as pesquisas demonstram que a democrata abre vantagem sobre o seu concorrente, mês a mês, desde julho de 2007. A eleição de Hillary Clinton representaria, até certo ponto, uma renovação da política norte-americana, por se tratar da primeira mulher a ocupar o posto presiden-cial. Representa, contudo, a confirmação de dinastias que se alternam no poder (Bush – Clinton – Bush – Clinton), fato que incomoda muitos norte-americanos. O cenário, tanto na Câmara quanto no Senado, confirma o favoritismo democrata. Atualmente são 233 democratas e

A 12 meses das eleições, há dezesseis pré-candidatos, entre democratas e republicanos

201 republicanos na Câmara. Nas eleições de 2006, dos 54 eleitos para o Senado, 41 eram democratas e somente 13 republicanos. Há ainda forte probabilidade de que a renovação das duas casas reforce a tendência de aumento significativo das bancadas dos democratas.

O qUE ESPERAR DA POLíTIcA ExTERNA DE UM NOvO PRESIDENTE? Tanto Bill Clinton quanto George W. Bush ignoraram a po-lítica externa em suas primeiras campanhas presidenciais. O próximo candidato não poderá ter semelhante postura. Os Estados Unidos da América (EUA) estão acuados inter-nacionalmente pela perda de credibilidade, principalmente pelo desastre no Iraque. As questões externas serão desta vez o tema dominante da campanha. Especulando-se sobre uma provável vitória de Hillary Clin-ton, será a primeira vez na história que um presidente dos EUA terá conhecido o Brasil antes de sua posse. Mais do que isto, ela dispõe de uma rede de contatos no País, tanto no atual governo quanto no anterior, o que pode ensejar um diálogo produtivo entre as duas nações.

O pronunciamento de Thomas White, cônsul-geral dos Estados Unidos em São Paulo.

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Durante o seminário, Samuel Wells discorreu sobre as implicações do atual panorama das eleições presidenciais na política externa norte-americana. Os EUA encontram-se muito divididos, como se observa particularmente no Sena-do. A Câmara tem controle democrata, mas não é suficiente para evitar o veto presidencial. A candidata Hillary Clinton tem enorme rejeição (45% dos eleitores odeiam Hillary e votariam contra ela qualquer que seja seu concorrente). Por fim, a direita católica, base tradicional do apoio republicano, não está satisfeita com as posições de Giuliani - quanto ao aborto, por exemplo. Na hipótese de Bloomberg, prefeito de Nova York, surgir como uma terceira via, tiraria poucos votos de Giuliani, mas muitos de Hillary. A população norte-americana está absolutamente insatis-feita com os resultados da guerra no Iraque. Além disso, a famigerada guerra ao terror causou grande impacto ne-gativo, inclusive internamente, com reforço da legislação sobre segurança. No exterior, causou restrições às normas internacionais sobre a proteção aos “combatentes inimigos” (categoria jurídica criada pelos norte-americanos para evitar con-denações pelos abusos no tratamento de prisioneiros da guerra), Guantanamo, Abu Ghraib e, mais recentemente, o rastreamento de transações bancárias e de comunicação de qualquer estrangeiro suspeito de terrorismo. Casos ocorridos em 2002 e 2003 só vieram a público al-guns anos depois, com o afastamento ou a aposentadoria de oficiais, uma vez que a maior parte destas informações eram altamente sigilosas. Apesar de descontentes e con-trários às políticas seguidas pelo governo em relação à guerra, os democratas, mesmo com maioria no Congresso, não conseguiram fazer frente a elas. Isto se explica pela aprovação popular que a guerra recebeu no início, até as eleições presidenciais de 2004. Quando a questão do Iraque começou a ser vista com maus olhos, a estratégia republicana foi enfatizar a guerra ao

terror e a necessidade de proteção dos EUA contra inimigos externos indefinidos, instigando medo e insegurança para apresentar, em seguida, a garantia da proteção, quase como uma lavagem cerebral. Foi tão eficaz que, ainda para as eleições de 2008, uma boa parcela da população norte-americana acredita que Saddam Hussein estava re-lacionado com o ataque de 11 de setembro, por exemplo. Hoje, os EUA discutem a questão do Irã, em boa parte para desviar a atenção do fracasso iraquiano. Tanto Hillary quanto Obama deverão ter posição mais ativa na questão das mudanças climáticas, muito embora pesquisas mostrem que 85% dos norte-americanos não consideram o aquecimento global uma prioridade. Além disso, um presidente democrata seria mais ativo na esfera diplomática, especialmente no Oriente Médio. Nenhum pré-canditado com apoio relevante, no entanto, sustenta neste momento posições drásticas sobre o Iraque e a guerra ao terror, tal como a retirada imediata e total das tropas. Cynthia Arnson, durante a palestra, expôs sua visão sobre a política externa com relação à América Latina. Ela sustenta que a guerra no Iraque dominará as discussões e ofuscará todas as outras questões de política externa nas próximas eleições. O custo da guerra, estimado em até 2,5 bilhões de dólares por semana, encabeça os debates. A América Latina permanece como questão primordial para muitas agências do Executivo e Legislativo norte-americanos. Observadas em retrospectiva, as políticas concernentes à região tiveram dois focos: em primeiro lugar, a questão do livre comércio e de conclusões de acordos bilaterais de livre comércio. Em segundo lugar, as políticas antidrogas. Apesar de sutis, houve alterações na forma como os EUA percebem a América Latina. As recentes eleições de can-didatos direcionados para a esquerda fizeram com que os discursos de George W. Bush, em sua visita ao continente em março último, fossem permeados de referências à jus-

Samuel Wells, vice-diretor do Woodrow Wilson Cen-ter, expondo suas idéias sobre o atual panorama das eleições presidenciais nos EUA, aparecendo ao fundo o embaixador Rubens Ricupero.

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tiça social - por ser este o tema central dos políticos que chegaram ao poder. Esta mudança de diálogo, contudo, não gerou obrigatoriamente uma mudança no conteúdo das políticas para a América Latina - os recursos destina-dos ao desenvolvimento de países desfavorecidos foram totalmente cortados pelo atual governo.Arnson prevê a continuidade das políticas externas já em curso, notadamente as políticas contra o tráfico de entor-pecentes. Caso haja vitória democrata, haverá preocupa-ções que vão além da mera garantia do capitalismo para os países da região. Serão focalizadas políticas sociais, com o estabelecimento das regras de funcionamento de uma economia de mercado compatíveis com maior trans-parência e justiça. A delicada questão imigratória divide os EUA. Geografi-camente, os Estados mais próximos da fronteira com o México são menos tolerantes e pregam punições mais extremadas para aqueles que entram ilegalmente no país. Dentro desta divisão territorial, há ainda uma fragmentação por atividade, na qual os que se beneficiam de mão-de-obra barata e sazonal, tal como a de agricultores, mostram-se condescendentes com a abundante imigração. A comu-nidade hispânica tem, todavia, o poder de votar e apoiar as propostas dos candidatos favoráveis a esta expressiva parcela de eleitores.O comércio é a área que pode sofrer maiores mudanças. Há no momento três acordos de livre comércio pendentes no Congresso, referentes aos seguintes países: Colômbia,

Peru e Panamá. O histórico de aprovações de acordos desta natureza demonstra uma maior resistência dos par-lamentares. O Nafta (North American Free Trade Area) foi aprovado com substancial número de votos. Desde então, tratados de livre comércio, quando aprovados, são objeto de disputa acirrada, o que expressa a percepção de uma divisão, no âmbito da globalização, entre vencedores e perdedores. Essa situação deu margem ao crescimento de um populis-mo econômico, grande responsável pela vitória democrata nas eleições para o Congresso, em 2006. Quem melhor representa tal populismo econômico é John Edwards, o ter-ceiro candidato democrata nas pesquisas. Em se tratando de comércio, ele representa no partido a posição dominante de que as relações externas econômicas necessitam ser drasticamente reformuladas.Finalmente, a candente questão dos direitos humanos não pode ser deixada de lado. Um país que já foi mode-lo em proteção e promoção dos direitos humanos tem hoje sua reputação manchada por escândalos como Abu Graib e Guantanamo, ou debates sobre a relevância das Convenções de Genebra para a guerra ao terror. Cynthia Aronson acredita que uma administração democrata se articularia rapidamente para restabelecer o respeito aos direitos humanos como um dos pilares da política externa americana. Rubens Ricupero, que foi embaixador em Washington e dedi-cou boa parte de sua carreira ao estudo dos EUA, encerrou o

Paulo Sotero, atento ao que está dizendo Cynthia Arnson.

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seminário chamando atenção para o fato de que estaremos diante da primeira eleição presidencial norte-americana que não desperta, no Brasil ou na América Latina, uma expecta-tiva quanto às mudanças que ela possa causar.Sempre houve a sensação de que os EUA devessem “cui-dar” dos demais países do continente. Desta vez, com o avanço da economia na região, em função das commodities que produzem e exportam, os países não dependem nem esperam uma salvação norte-americana. Ademais, qual-quer que seja o presidente eleito, não haverá alteração na situação política latino-americana, nem com relação a Chávez, Morales ou Correa. Para que haja uma frutífera relação com a América Latina, o futuro presidente dos EUA deve entender nossa complexida-de e compreender igualmente que a política externa voltada para o continente não pode se limitar ao livre comércio e ao combate às drogas.

“É a primeira eleição presidencial norte-americana que não desperta grande

expectativa quanto a possibilidades de mudanças”, Rubens Ricupero

Paulo Sotero não enxerga o Brasil como potencial parceiro dos EUA em um acordo bilateral de livre comércio, porém vislumbra a possibilidade de um acordo fiscal, principal-mente agora, quando há motivo para tanto (o etanol e multinacionacionais brasileiras se estabelecendo nos EUA). Cynthia Arnson prevê que as barreiras à importação de etanol, por meio de elevadas tarifas e subsídios à produção do mesmo produto nos EUA, não deva diminuir, podendo perdurar por algum tempo ou mesmo aumentar. O Panorama das Eleições Presidenciais e Legislativas de 2008 nos EUA e suas Implicações para a Política Externa Americana foi o primeiro seminário realizado pelo Brazil Institute do Woodrow Wilson Center no País e marca o início de uma frutífera parceria entre esta importante instituição e o Centro de Estudos Americanos da FAAP. A íntegra do evento pode ser assistida no site da FAAP, www.faap.br, através do link FAAP Virtual.

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A presidente do Conselho de Curadores da FAAP, Celita Procopio de Carvalho, o governador do Estado de São Paulo, José Serra, o embaixador Sergio Amaral, diretor do Centro de Estudos Americanos da FAAP e o diretor-presidente da FAAP, Antonio Bias Bueno Guillon.

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A Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP) inaugurou em maio de 2007 o Centro de Estudos Americanos (CEA). O seminário que marcou esta celebração contou com a participação de quatro renomados palestrantes: Abraham Lowenthal, da Universidade de Southern California, Peter Hakim, do Inter-American Dialogue, o antropólogo Roberto DaMatta e o embaixador Rubens Ricupero, diretor da Faculdade de Economia da FAAP. Inúmeras autoridades prestigiaram esta importante e inédita iniciativa, como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o governador do Estado de São Paulo José Serra, diplomatas estrangeiros e brasileiros, dentre eles os quatro últimos embaixadores do Brasil em Washington, empresários, acadêmicos e alunos. Tendo em vista o interesse crescente pelo estudo das relações internacionais em nosso País, o Centro de Estudos Americanos foi criado com o objetivo de promover um maior conhecimento sobre os Estados Unidos da América (EUA), sua história, instituições políticas, economia, sociedade, relações externas, particularmente com os países da América Latina. Suas atividades são desenvolvidas em parceria com departamentos de universidades e centros de pes-

Após o evento de inauguração do Centro de Estudos Americanos da FAAP, a presidente do Conselho de Curadores da FAAP, Celita Procopio de Carvalho, entregou ao ex-presidente do Brasil, Fernando Henrique Cardoso, um catálogo sobre a exposição Rockers, na qual se fez um retrospecto dos ídolos da música popular norte-americana nas décadas de 60 e 70.

Da esquerda para a direita, o cônsul-geral dos EUA em São Paulo, Thomas White; Paulo Sotero; Samuel Wells; o diretor-presidente da FAAP, Antonio Bias Bueno Guillon e o embaixador Rubens Ricupero.

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quisa sobre relações internacionais no Brasil e nos Estados Unidos, assim como entidades culturais, educacionais e empresariais dedicadas a objetivos semelhantes. A programação do Centro é conduzida sob a super-visão dos embaixadores Rubens Ricupero e Sergio Amaral. O Centro contará ainda com um Conselho Consultivo integrado por representantes da comu-

nidade acadêmica, da mídia, especialistas em relações internacionais e empresários.O seminário inaugural do Centro de Estudos Americanos também pode ser assistido no FAAP Virtual, através do www.faap.br.

Um diálogo entre o jornalista William Waack (à esquerda), o ex-presidente do Brasil, Fernando Henrique Cardoso e o embaixador Rubens A. Barbosa.

Em primeiro plano um bate-papo entre o embaixador Roberto Abdenur e o ex-ministro de Relações Exteriores do Brasil, Celso Lafer, atual diretor da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP).

O painel do qual participaram, a partir da esquerda: William Waack, professor da Faculdade de Economia da FAAP, o antropólogo Roberto Da Matta, o embaixador José Botafogo Gonçalves, o embaixador Roberto Abdenur e Peter Hakim.

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