Panorama do AT - Eclesiastes

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Panorama do Antigo Testamento

Eclesiastes

Informaes Bsicas

* Autor: Salomo

* Data: 935 a.C.

* Versculo-chave: Ec 2.11

* Palavra-chave: Vaidade

Informaes Bsicas

Propsito: Eclesiastes um livro de perspectiva. A narrativa do Pregador, ou Sbio, revela a depresso que inevitavelmente resulta da procura da felicidade em coisas mundanas. Este livro d aos Cristos a oportunidade de ver o mundo atravs dos olhos de uma pessoa que, apesar de muito sbio, est tentando encontrar sentido em coisas humanas e temporrias. Quase todas as formas de prazer mundano so exploradas pelo Pregador, e nenhuma delas lhe d sentido algum.

No final, o pregador chega a aceitar que a f em Deus a nica maneira de encontrar um significado pessoal. Ele decide aceitar o fato de que a vida breve e, no fim das contas, intil sem Deus. O pregador aconselha o leitor a concentrar-se em um Deus eterno, em vez de prazer temporrio.

Informaes Bsicas

Contedo: as meditaes de um mestre da Sabedoria que luta com as realidades da vida; o que se ganha alcanando-se a fortuna ou a sabedoria quando no fim a morte reivindica tanto o rico como o pobre, tanto o sbio como o tolo; mas o livro se situa especialmente num contexto de se conhecer o temor de Deus.

nfases: a natureza transitria da vida presente; como viver de maneira sbia num mundo em que as nicas certezas so a morte e o julgamento; a futilidade dos projetos humanos que no levam em conta o temor de Deus.

Esboo

Captulo a captulo, o autor afirma e reafirma: nada vale a pena neste mundo, sem o temor do Senhor.

Ec 1-2:Sabedoria, riqueza e prazer podem ser bno ou maldio

Ec 3:Nosso telacionamento com o tempo

Ec 4-6:Opresso, trabalho, religio, poltica, salrio

Ec 7-10:Vida humana, destino humano, diferentes tipos de pessoas

Ec 11-12:Regras para viver bem, concluso do livro

Resumo

Duas frases so repetidas muitas vezes em Eclesiastes. A palavra traduzida como vaidade aparece muitas vezes e usada para enfatizar a natureza temporria das coisas mundanas. No fim das contas, mesmo as conquistas humanas mais impressionantes sero deixada para trs. A expresso debaixo do sol ocorre 28 vezes e refere-se ao mundo mortal. Quando o pregador se refere a todas as coisas debaixo do sol, ele est falando de coisas terrenas, temporrias e humanas.

Resumo

Os sete primeiros captulos do livro de Eclesiastes descrevem todas as coisas mundanas debaixo do sol nas quais o Pregador tenta encontrar satisfao. Ele tenta descobrimentos cientficos (1.10-11), sabedoria e filosofia (1.13-18 ), alegria (2.1), lcool (2.3), arquitetura (2.4), bens (2.7-8) e luxria (2.8). O Pregador concentrou-se em filosofias diferentes para encontrar um significado, tal como o materialismo (2.19-20) e at mesmo os cdigos morais (incluindo os captulos 8-9). Ele descobriu que tudo era vaidade, uma distrao temporria que, sem Deus, no tinha nenhum propsito ou longevidade.

Resumo

Os captulos 8-12 de Eclesiastes descrevem as sugestes e comentrios do Pregador sobre como a vida deve ser vivida. Ele chega concluso de que, sem Deus, no h nenhuma verdade ou sentido vida. Ele j tinha visto muitos males e percebido que mesmo as melhores realizaes do homem no valem nada a longo prazo. Assim, ele aconselha o leitor a conhecer a Deus desde a juventude (12.01) e seguir a Sua vontade (12.13-14).

As Palavras do Pregador

No livro de Eclesiastes, o rei Salomo se identifica como Pregador (Ec 1.1). Considerando o livro como um todo, podemos ver que o sbio rei fez um verdadeiro trabalho de pregador, expondo sua mensagem de forma clara aplicando-a diretamente vida, sem fugir de sua tese central, explcita em Eclesiastes 12.13: De tudo o que se tem ouvido, a suma : Teme a Deus e guarda os seus mandamentos; porque isto o dever de todo o homem.

Eclesiastes em uma sentanaO pregador faz uma reviso da vida, aponta as coisas ms, exorta-nos a aproveitar o que bom, porm, debaixo da orientao do temor do Senhor.

Mensagem

Ec 1-2Sem Deus, sabedoria, riqueza e prazer no passam de materialismo. Debaixo do temor do Senhor so vistas como bnos que vm Dele.

Ec 3O autor de Eclesiastes afirma que Deus ordena o tempo, as coisas boas e ms da vida enquanto estamos na terra, avisando que todo homem responder ao Senhor em juzo.

Ec 4-6Rotina frustrante sem Deus, temas que vo e vm nos debates do homem moderno

Ec 7-10Desnimo sem Deus. Contentamento com o temor do Senhor

Ec 11-12No d para viver sem o temor do Senhor. Se podemos pensar em ilustrao, esses dois captulos so as placas de PARE antes de prosseguir na caminhada de nossa vida. Duas verdades so proclamadas: A vida no para (um dia voc ficar velho) e A vida no compensa sem o temor do Senhor.

Reflexo

Ec 1-2Talvez esta seja a maior tentao de nossa poca ter cada vez mais. Ser rico ou ter bens no pecado, mas o prprio Jesus nos advertiu que muito difcil um rico entrar no cu.

Ec 3Tempo dinheiro foi a frase pregada pelos herdeiros da revoluo industrial. Depois alguns at disseram que tempo faz dinheiro. Mas assumir essas duas posturas prender-se somente ao relgio e se esquecer de quem o Dono do tempo.

Ec 4-6Que pensa o pregador disso? Sempre coerente, afirma que desfrutar de alguns desses bens prazeroso, se Deus for reconhecido como doador. No entanto, no se pode esquecer de que tudo isso vaidade.

Ec 7-10Essa parte do livro muito interessante. O autor volta a Gnesis e nos lembra que Deus o criador do homem, mas que este se meteu em encrencas (7.29). No decorrer dos captulos, enfatiza a eterna luta entre o bem e o mal, colocando o sbio e o tolo como evidncias dessas diferenas. Conclui afirmando: Melhor a sabedoria do que as armas de guerra, mas um s pecador destri muitas coisas boas.

Ec 11-12Como bom pensador, Salomo ensina que crer tambm pensar. Obviamente h mistrios que Deus reservou para Si. S Ele sabe a resposta. No entanto, vrios questionamentos humanos sobre Deus so perfeitamentes explicveis luz de uma razo submissa ao temor do Senhor.

Aplicao

Ec 1-2Que alvo voc vai estabelecer para sua vida material? Valer-se da providncia de Deus para ter o que necessrio ou correr atrs do vento, do materialismo, at que as energias acabem?

Ec 3Sem Deus, essa roda-viva do tempo encarada como fatalismo; dentro da perspectiva do temor do Senhor, como soberania de Deus. Por qual das duas voc interpreta os acontecimentos da sua vida?

Ec 4-6Voc tem buscado equilibrio entre desfrutar o que Deus lhe d, sem perder de vista que tudo passageiro e que as coisas desta vida no so as mais importantes?

Ec 7-10Olhando o contexto do nosso mundo, hoje, d vontade de fazer um panfleto com essas captulos e distribuir.

Ec 11-12Como voc se relaciona com os assuntos desafiadores da vida crist? No h melhor opo que render-se diante do Senhor de toda sabedoria.

Doutrinas

Deus CriadorEm Eclesiastes, Deus apresentado como Criador (Ec 12.1). Seu papel como criador vai alm de fazer todas as coisas (Ec 11.5) e dar vida (Ec 8.15; 9.9). Ele tambm o organizador da vida (Ec 3.1-8), mantendo at mesmo as coisas mais simples em execuo (Ec 1.5-7). Assim como Deus criou todas as coisas e as mantm, o Criador tambm cuida de todas elas como um Pastor (Ec 12.11).

Doutrinas

Ser humano decadenteO realismo de Eclesiastes leva ao reconhecimento da natureza do ser humano cado. Segundo Eclesiastes, estamos separados de Deus (Ec 5.2) e sujeitos morte como qualquer outra criatura (Ec 3.19-20; 6.6). Todos os seres humanos so pecadores (Ec 7.20), e o pecado domina a raa humana por completo (Ec 9.3). Vrias so as repercusses do pecado relatadas por Eclesiastes: opresso (Ec 5.8); inveja (Ec 4.4); ganncia (Ec 5.10); arrogncia (Ec 7.8); ira (Ec 7.9) e imoralidade sexual (Ec 7.26). A consequncia final do pecado, indica o Pregador, a morte prematura (Ec 7.17; 8.13).

Doutrinas

Ser humano decadenteApesar da decadncia humana, a imagem do Criador no totalmente ofuscada pelo pecado. O ser humano visto como uma criatura complexa, vivendo tanto a realidade material pela carne (Ec 11.10), como a imaterial, expressa na alma (Ec 6.2-3), no esprito (Ec 12.7) e no corao (Ec 1.13; 7.3-4,7; 8.11). A imagem do Criador parece ser a causa do paradoxo vivido pelo ser humano, que permanece pecador e fadado morte prematura, mas tem o vislumbre da eternidade em sua essncia (3.11).

Prenncios

Para todas as vaidades descritas no livro de Eclesiastes, a resposta Cristo. De acordo com Eclesiastes 3.17, Deus julga os justos e os mpios, e os justos so apenas aqueles que esto em Cristo (2Co 5.21). Deus colocou o desejo pela eternidade em nossos coraes (Ec 3.11) e tem providenciado o Caminho da vida eterna atravs de Cristo (Jo 3.16). Somos lembrados de que ir atrs da riqueza do mundo no s vaidade, porque no satisfaz (Ec 5.10), mas mesmo se pudssemos alcan-la, sem Cristo perderamos nossas almas e que proveito h nisso? (Mc 8.36). No fim das contas, cada decepo e vaidade descrita em Eclesiastes encontra a sua soluo em Cristo, na sabedoria de Deus e no nico verdadeiro significado a ser encontrado na vida.

Aplicao Prtica

Eclesiastes oferece ao Cristo a oportunidade de compreender o vazio e o desespero com os quais aqueles que no conhecem a Deus tm que lidar. Aqueles que no tm uma f salvadora em Cristo se deparam com uma vida que no fim das contas vai acabar e tornar-se irrelevante. Se no h salvao, e no h Deus, ento no existe nenhum sentido, propsito ou direo para a vida. O mundo debaixo do sol, longe de Deus, frustrante, cruel, injusto, breve e total vaidade. No entanto, com Cristo a vida apenas uma sombra das glrias por vir em um paraso que s acessvel por meio dEle.

Concluso

O livro de Eclesiastes um manifesto da decadncia humana. E na decadncia humana que se percebe a necessidade da salvao, a qual chega pela vida e obra de Jesus Cristo. O maior conselho do pregador Tema a Deus, que implica relacionamento e obedincia. O sacrifcio de Cristo tornou isso possvel de maneira concreta e definitiva, pois, s por meio Dele, temos livre acesso ao Pai e perfeitas condies de nos relacionar com Ele, vivendo plenamente o temor do Senhor.