Panorama Recente da Inovação no Brasil · ensino superior no Brasil (como por exemplo, do modelo...

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Panorama Recente da Inovação no Brasil João Alberto De Negri Eric Jardim Cavalcante 16 de outubro de 2017

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Panorama Recente da Inovação no Brasil

João Alberto De Negri

Eric Jardim Cavalcante

16 de outubro de 2017

Dimensões Avaliadas

Desafios da

Inovação

Formação para

Inovação

Ciência no Brasil

Financiamento do Desenvolvimento

Inovação Tecnológica

Formação para a

Inovação

• Universalização do acesso ao ensino básico;

• Escolaridade média passou de 6,2 anos para 8,7 anos entre 2005 e2016;

• Matrículas no ensino superior passaram de 3 milhões para 8milhões entre 2001 e 2015;

• 252 mil alunos matriculados em cursos de Pós-Graduação.Formação de 18 mil doutores e 56 mil mestres por ano.

Formação Profissional para a Inovação - Avanços

• Qualidade do Ensino Básico é baixa: Brasil entre as piores posiçõesno ranking PISA, sobretudo em matemática (63º de 72 paísesavaliados em 2015);

• Ainda há grande evasão escolar, principalmente no ensino médio;

• 70% dos estudantes e formados brasileiros no ensino superior sãode humanidades e ciências sociais. Capacidade limitada de inovaçãotecnológica por falta de capital humano;

• Captura de talentos e profissionais de carreiras científico-tecnológicas pelo setor público para atividades burocráticas eadministrativas.

Formação Profissional para a Inovação – Panorama

• Instituição de uma nova base curricular para todos os níveis deeducação. Discussão e adequação de novos modelos para oensino superior no Brasil (como por exemplo, do modelo deBologna);

• Formação de docentes para técnicas didáticas mais modernas;

• Integração da educação com formação técnica profissional eincentivo à cooperação empresarial com universidades;

• Revisão da regulação de profissões e reservas de mercado;

• Remodelagem das técnicas de governança e gestão de recursose processos nas escolas e universidades.

Formação Profissional para a Inovação – Desafios

Ciência no Brasil

• R$2 bilhões investidos nos últimos 10 anos na modernização erecuperação das infraestruturas públicas de pesquisa (CT-Infra);

• Reposicionamento do Brasil na produção mundial de artigoscientíficos, passando de 0,7% para perto de 3% entre 1991 e 2015.

• Surgimento de Centros de Referência em Pesquisa Científica a nívelmundial: Embrapa, INPE, FIOCRUZ, CENPES (Petrobrás), CTA/ITA.

Ciência no Brasil- Avanços

• Baixa disponibilidade de mão de obra científica nas áreas deEngenharias, Ciência Exatas e da Natureza e Ciência Biológicas;

• Baixa qualidade da produção científica. O país caiu da 15ª para a 24ªposição no ranking mundial de citações de artigos científicos entre1991 e 2013;

• Pouca interação entre o setor acadêmico e o setor produtivo;

• Investimento na Ciência difuso e pulverizado e atemático. Ausênciade políticasmission-oriented.

Ciência no Brasil- Panorama Atual

• Reorganização jurídica das Universidades e Instituições Públicas dePesquisa para flexibilização de regras de contratação e gestão derecursos;

• Estímulo à emergência de Instituições Privadas de P&D; Instituição demecanismos público-privados para promoção de atividades de P&D.

• Intercambio internacional de insumos, pesquisadores e docentes;

• Estabelecimento de políticas mais mission-oriented a exemplo doPrograma Nacional das Plataformas de Conhecimento (PNPC) e dosMinistérios temáticos norte-americanos.

• Melhoria do ambiente de negócios para promoção do trânsito bilateralentre o setor Acadêmico e o Setor Produtivo;

Ciência no Brasil- Desafios e Recomendações

Inovação Tecnológica

• Formação de um núcleo tecnológico de empresas com tecnologia anível internacional;

• Aumento dos gastos em P&D como percentual do PIB nos últimos 15anos; Aumento do Pessoal Ocupado em P&D;

• Promulgação de Leis de Promoção à Inovação e ao P&D (Lei do Bem eLei de Inovação e Fundos Setoriais)

• Execução de Políticas Públicas de Inovação modernas, coordenadas equalificadas a exemplo do Inova Empresa executados pelo BNDES eFINEP em 2013. R$ 32,9 bilhões para a Inovação, articulando 12ministérios, agências públicas e órgãos de fomento à Inovação.

Inovação Tecnológica nas Empresas -Avanços

• Taxa de inovação empresarial estruturalmente baixa;

• Baixa proporção de execução de P&D pelos agentes privados;

• As inovações empresariais são predominantemente incrementais epouco disruptivas. 75% das empresas que receberam recursospúblicos para inovar apenas modernizaram seu parque produtivo;

• Economia protecionista e com baixo estímulo à competição;

• Baixa interação e cooperação entre o setor empresarial e o setorcientífico e acadêmico.

Inovação Tecnológica nas Empresas –Panorama Atual

• Reprodução de Políticas semelhantes ao Inova Empresa, repetindo aarticulação e integração de órgãos públicos, recursos e instrumentosde fomento à Inovação;

• Criação de novos métodos de financiamento e apoio a empresasnascentes de base tecnológica;

• Maior integração da economia brasileira com o exterior eestabelecimento de meios de incentivo à internacionalização deempresas brasileiras;

• Melhoria do ambiente de negócios e o ambiente regulatório para oestímulo do surgimento de parcerias entre empresas euniversidades, de novas empresas e do aumento dacompetitividade.

Inovação Tecnológica nas Empresas – Recomendações

Financiamento do Desenvolvimento

• Preço alto do crédito livre na economia aumentam os custos deprodução, dificulta o consumo e o capital de giro das empresas.

• A falta de foco da atuação dos bancos públicos geram assimetria nomercado de crédito que impede o desenvolvimento dos agentes ede instrumentos privados de financiamento do desenvolvimento;

• Os subsídios públicos no mercado de crédito deveriam serdirecionados ao risco tecnológico evitando crowding-out;

• O modelo de funding público atual tem baixa sustentabilidade nolongo prazo.

Financiamento do Desenvolvimento- Panorama Atual

• Focalizar o crédito direcionado e o papel dos bancos públicos nasatividades de maior risco tecnológico, aumentando a oferta de créditopara este segmento;

• Introdução de mecanismos que reduzam as incertezas, melhore oambiente jurídico e consequentemente diminuam as exigências degarantias;

• Estabelecimento de linhas de crédito direcionado orientado a políticaspúblicas que envolvam risco tecnológico e oportunidades de mercado;

• Promoção de novos instrumentos privados e público-privados paracaptação de recursos para o desenvolvimento de infraestrutura e denovas empresas de base tecnológica (debentures incentivadas, fundos deventure capital e corporate venture, seed capital, isenções fiscais parainvestidores anjo, etc.)

Financiamento do Desenvolvimento - Recomendações

João Alberto De Negri

Eric Jardim Cavalcante

16 de outubro de 2017