Panorâmica
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PANORÂMICA
00 agosto de 2011 00agosto de 2011
Texto e fotos HEITOR E SILVIA REALI
FrançaAo lado, o hotel Palace Menthon, às margens do lago Annecy.
Abaixo, uma tradicional padaria francesa. Na página ao lado,
o Chateau de Menthon, castelo medieval aberto à visitação, e o
centro histórico de Annecy cortado pelo canal Saint-Dominique
A BELA DE RHÔNE-ALPESJardins e pinheirais, casario medieval e palácios, vinhas e poma-
res, penhascos rochosos e praias lacustres. Tantos décors reuni-
dos em uma só cidade. Que privilégio! Esta é Annecy, uma vila
no sudeste da França. Às margens do Rio Thiou, cortada pelo ca-
nal Saint-Dominique e ancorada no lago Annecy, sua paisagem
é capaz de surpreender. Além das belezas naturais que oferece,
também contempla os visitantes com sua refinada gastrono-
mia à base de produtos regionais como o peixe Fera, o queijo
reblochon e o chocolate roscaux du lac. Há festas o ano inteiro,
sendo que em agosto a coqueluche é o Festival dos Fogos de
Artificio, que acontece no primeiro sábado do mês.
lac-annecy.com
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PANORÂMICA
Artesanato feito com capim-dourado pela Associação Capim-Dourado
de Mumbuca, que controla o manejo sustentável da planta
TOCANTINS, TERRA DOURADAA beleza de um lugar não se limita apenas a suas paisagens, mas
pode envolver também seus habitantes. Basta olhar para as mu-
lheres de Mumbuca para se encantar com esse povoado que fica
no interior do Jalapão. Elas transmitem alegria, são expansivas,
criativas e herdeiras da magia de atar fios da natureza, dando for-
ma a um dos mais vistosos artesanatos do Brasil. Com o capim-
dourado, as tecelãs produzem mandalas, jarros, potes, cestas, pra-
tos, sousplats, fruteiras, chapéus, caixas, brincos, pulseiras e colares.
Toda economia do povoado está entrelaçada a essa planta – uma
espécie de sempre-viva – que tem até uma associação voltada para
a difusão do conhecimento, integração da produção, e preservação
ambiental. As artesãs sabem que sua arte só pode sobreviver com
trabalho em equipe, respeito ao talento e contribuição de todas.
Tocantins
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PANORÂMICA
Acima, as ruas de Ushuaia, cidade do extremo sul do planeta. Abaixo, a vista do porto
(esquerda) e o Museo Maritimo, localizado no prédio de um antigo presídio, onde estão
barcos e documentos que relatam a história da Terra do Fogo e a descoberta da Antártida
Argentina
MOSTRA DO FIM DO MUNDO
Ushuaia, na Argentina, é considerada a cidade mais
austral do mundo. De seu porto partem navios para o
continente gelado da Antártida, numa viagem que de-
mora cerca de dois dias. Mas de agosto até novembro,
a cidade estará em evidência porque receberá a terceira
edição da Bienal do Fim do Mundo. A exposição multi-
disciplinar tem como tema central a atual era geológica,
chamada de Antropoceno, e visa despertar trabalhos
cujo foco tenha impacto sobre todos os sentidos. Afina-
da com essa exposição, Ushuaia se veste de gala para
festivais, sessões de leitura e debates sobre o tema, bem
como cursos de música e de gastronomia.
À esquerda, peça exposta
no museu dedicado ao
âmbar: de animais a
restos de plantas de eras
passadas. Abaixo, âmbar
vermelho, uma raridade
PEDAÇOS DA HISTÓRIA Tendo como cenário a mais antiga das cidades das
Américas, Santo Domingo, o Museu do Âmbar é uma
rara oportunidade de conferir, em escala global, algo
que paleontólogos, biólogos e zoólogos não cansam
de exercitar: a capacidade de tentar desvelar nossa
evolução ao longo de milhares de anos. Do ponto de
vista científico, o âmbar, a resina fossilizada de árvo-
res desaparecidas há 60 milhões de anos, é de grande
valor. Em seu interior podem ser encontradas folhas,
flores, água, ar, raízes e uma variedade de insetos e
pequenos lagartos, muitos dos quais extintos. Desta
maneira, cada pedaço de âmbar gravou um retrato da
Terra em determinada era geológica.
República Dominicana
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PANORÂMICA
Tradicionais cafés de Viena em estilos bem diferentes. Acima, Prückel
(1903) com decoração Art Noveau; e Café das Möebel (1998) com design
contemporâneo. Abaixo, café do Museu de Artes Aplicadas (1864)
Paraná
CAFÉS VIENENSESFoi no final do século 19 que o hábito de se sentar para ler um
jornal nos cafés de Viena se popularizou. Era para esses estabele-
cimentos que os vienenses se dirigiam a fim de lerem jornais que
na época tinham pequena circulação e eram caros. Mas depois,
mesmo com a popularização dos periódicos, o costume se man-
teve e ainda ganhou charme. As mulheres também começaram a
frequentar os locais, que passaram a servir as famosas tortas de
chocolates e diferentes blends de cafés, vindos de várias partes
do mundo. O prazer de tomar um café em Viena começa pela es-
colha do local: há os tradicionais em estilo conservador e clássico,
os modernos com design de vanguarda e até os mais irreverentes,
onde se pode comprar a xícara e até mesmo objetos decorativos
como cabideiros, cadeiras e lustres. Mas em todos eles, o legado
desse agradável passatempo é impecável.
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