PANTOKRATOR€¦ · Informativo da Comunidade Católica Pantokrator Ano IV - Junho/2015 - nº 41...

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PANTOKRATOR Informativo da Comunidade Católica Pantokrator Ano IV - Junho/2015 - nº 41 Cristo veio ao mundo para nos ma- nifestar o amor do Pai, veio ao mundo como sinal sensível do Amor de Deus por cada um de nós, esteve em nosso meio, nasceu de uma mulher, brincou com seus amigos, obedeceu seus pais e cumpriu sua missão, morrendo e res- suscitando como havia prometido. Ele quis também deixar uma parte de Si, para que os homens tivessem a sua pre- sença todos os dias até o fim do mun- do. Na última ceia, antes da sua Paixão, pediu aos seus discípulos que repetis- sem o gesto que Ele fazia e que aquele pão e vinho eram verdadeiramente seu Corpo e Sangue, assim Ele, o Sinal do Pai, nos deixava também seu Corpo como o grande Sacramento de Amor. Hoje o Santíssimo Sacramento de Cristo se encontra em cada Igreja Ca- tólica do mundo e dentro de cada Sa- crário Cristo espera por cada homem, espera que alguém lhe dedique um pou- co de tempo para que Ele possa amar e ser amado. Cristo, na Eucaristia, quer alcançar aqueles que Ele ama com Seu olhar, quer acolher a cada pessoa com tudo o que ela é e possui. Cristo se faz eucaristia e deseja al- cançar o coração de todos indepen- dente do que cada um vive. Conta um ministro extraordinário da Sagrada Comunhão que há alguns anos atrás, sempre que ia buscar Jesus Sacramen- tado para levar a algum doente ou para algum momento de oração se pergun- tava: “Porque Cristo, que me conhece, sabe meus pecados e defeitos aceita vir em meus braços?” Até o dia em que, por muitas vezes caminhar com Ele O ouviu dizer: “Eu Preciso da tua ajuda para alcançar meus amados, coragem!” Vive-se hoje em um mundo em que a comunicação instantânea por meio de aplicativos tornou-se uma febre, não sabemos esperar, mandamos uma mensagem e enquanto não recebemos a notificação de “lida” e o tão espera- do “escrevendo” não sossegamos! No entanto, Cristo nos chama a trocar olhares com Ele e assim deixá-lo tocar nossa humanidade tão pecadora e tão Ideologia de Gênero p. 2 - “Tornar igual o que é naturalmente diferente e complementar” Pequena Via p. 3 - “O balão vai subindo, vai caindo a ga- roa, o céu é tão lindo a noite é tão boa...” Especial Jubileu p. 4 - A Regra de Vida e os Estatutos do Ca- risma El Shaddai Pantokrator o amada. Por isso, corramos para trocar olhares com o Amor Sacramentado, Ele nos espera, não precisamos saber o que dizer nem ter o que pedir, apenas coloquemo-nos diante dEle e olhemos para Aquele que sempre nos amou! Luiz Moreira dos Anjos Junior Consagrado Comunidade Católica Pantokrator O Amor Sacramentado

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PANTOKRATORInformativo da Comunidade Católica Pantokrator Ano IV - Junho/2015 - nº 41

Cristo veio ao mundo para nos ma-nifestar o amor do Pai, veio ao mundo como sinal sensível do Amor de Deus por cada um de nós, esteve em nosso meio, nasceu de uma mulher, brincou com seus amigos, obedeceu seus pais e cumpriu sua missão, morrendo e res-suscitando como havia prometido. Ele quis também deixar uma parte de Si, para que os homens tivessem a sua pre-sença todos os dias até o fim do mun-do. Na última ceia, antes da sua Paixão, pediu aos seus discípulos que repetis-sem o gesto que Ele fazia e que aquele pão e vinho eram verdadeiramente seu Corpo e Sangue, assim Ele, o Sinal do Pai, nos deixava também seu Corpo como o grande Sacramento de Amor.

Hoje o Santíssimo Sacramento de Cristo se encontra em cada Igreja Ca-tólica do mundo e dentro de cada Sa-crário Cristo espera por cada homem, espera que alguém lhe dedique um pou-co de tempo para que Ele possa amar e ser amado. Cristo, na Eucaristia, quer alcançar aqueles que Ele ama com Seu olhar, quer acolher a cada pessoa com tudo o que ela é e possui.

Cristo se faz eucaristia e deseja al-cançar o coração de todos indepen-dente do que cada um vive. Conta um ministro extraordinário da Sagrada Comunhão que há alguns anos atrás, sempre que ia buscar Jesus Sacramen-tado para levar a algum doente ou para algum momento de oração se pergun-tava: “Porque Cristo, que me conhece, sabe meus pecados e defeitos aceita vir em meus braços?” Até o dia em que, por muitas vezes caminhar com Ele O

ouviu dizer: “Eu Preciso da tua ajuda para alcançar meus amados, coragem!”

Vive-se hoje em um mundo em que a comunicação instantânea por meio de aplicativos tornou-se uma febre, não sabemos esperar, mandamos uma mensagem e enquanto não recebemos a notificação de “lida” e o tão espera-do “escrevendo” não sossegamos! No entanto, Cristo nos chama a trocar olhares com Ele e assim deixá-lo tocar nossa humanidade tão pecadora e tão

Ideologia de Gênero p. 2- “Tornar igual o que é naturalmente diferente e complementar”

Pequena Via p. 3- “O balão vai subindo, vai caindo a ga-roa, o céu é tão lindo a noite é tão boa...”

Especial Jubileu p. 4- A Regra de Vida e os Estatutos do Ca-risma El Shaddai Pantokrator

o

amada. Por isso, corramos para trocar olhares com o Amor Sacramentado, Ele nos espera, não precisamos saber o que dizer nem ter o que pedir, apenas coloquemo-nos diante dEle e olhemos para Aquele que sempre nos amou!

Luiz Moreira dos Anjos Junior Consagrado Comunidade Católica Pantokrator

O Amor Sacramentado

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EXPEDIENTE O Pantokrator é uma publicação mensal dirigida aos sócios, membros, engajados e amigos da Comunidade Católica PantokratorDireção Geral: Edgard Gonçalves | Grupo de Comunicação: Bruno Guimarães, Eliana Alcântara, Jildevânio Souza, Juliana Campos, Vanessa Cícera, Vanessa Ozelin e Renata Tonon | Jornalista Responsável: Renata Tonon MTB 56 525 | Planejamento, Criação, Edição e Revisão: Comunidade Católica Pantokrator - www.pantokrator.org.br

Ideologia de gênero é um conjunto de ideias e pensamentos que são utilizados para justificar a teoria de que o sexo com que a pessoa nasce não influencia em nada o seu comportamento, mas sim o conjunto de valores que a família, a escola

e toda a sociedade passa para esta pessoa durante o processo de crescimento e de-senvolvimento de sua personalidade.

Você sabe o é ideologia de gênero?

Para entendermos, vamos exem-plificar: de acordo com esta ideologia, uma menina é menina não porque ela nasceu do sexo feminino, mas sim por-que seus pais, parentes e outras pesso-as com quem ela se relacionou desde o momento de seu nascimento até a sua personalidade ser formada a trata-ram como menina, ou seja, se tivessem tratando-a como menino ela seria um menino, mesmo que seu aparelho re-produtor seja de uma menina.

Sendo assim, quando implantada a ideologia de gênero em um país ela impede que a criança seja tratada de acordo com o sexo que ela nasceu, a menina não deve usar rosa, pois isso é coisa de menina, o menino não deve brincar de carrinho pois isso é coisa de menino então passa-se a usar cores neutras, brinquedos neutros e elimi-

nar qualquer coisa que possa lembrar a criança do sexo que ela nasceu.

Em nosso corpo Deus deixou uma marca clara de um traço de nossa iden-tidade: ser homem ou ser mulher, “ho-mem e mulher os criou, e os abençoou” (Gn 5,2) .A ideologia de gênero tenta tornar igual o que é naturalmente dife-rente e complementar . Fazendo isso cria um problema de identidade onde a pessoa não consegue reconhecer o que é perdendo a referência do mascu-lino e do feminino tão necessária para a construção de uma família e de uma sociedade sã.

Almir F. Rivas Jr. Postulante da Comunidade Católica Pantokrator

“A ideologia de gênero tenta

tornar igual o que é naturalmente

diferente e complementar”

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Olá ami-guinhos! Esta-

mos começando o mês de junho, tempo das Festas Juninas que celebram Santo Antônio, São João Ba-tista e São Pedro.

Essas festas chegaram no Brasil junto com os portugueses e passaram a fazer parte das comemorações anuais do nosso povo. Além das missas, pro-cissões e foguetórios que eram muito comuns para homenagear os santos juninos, outra tradição era o levanta-mento do mastro, um grande tronco

COMUNIDADE CATÓLICA PANTOKRATOR - (19) 3232.4400 - www.pantokrator.org.brRua Culto à Ciência, 238 - Botafogo - Campinas/SP

Missas Dominicais às 11h00 - Grupos de Oração (para todas as idades) às quintas-feiras às 20h00 Grupo Sempre Fiel (dependentes químicos) segundas-feiras às 20h00

Atendimento de Oração (com agendamento) - Cursos e Formações - Visita a casas (com agendamento)

“O balão vai subindo, vai caindo a garoa, o céu é tão lindo a noite é tão boa...”

de árvore com três bandeiras na ponta, cada uma delas com um dos santos ho-menageados.

Em toda Festa Junina o que não pode faltar é a tradicional quadrilha, mas de onde vieram os passos dessa dança? Vieram de Portugal e da Espa-nha, onde há muitos séculos atrás, um povo não-cristão, chamado de “mou-ro” invadiu os territórios de Portugal e Espanha e começaram a lutar contra os cristãos. Os cristãos, por sua vez fize-ram todo esforço possível para vencer os mouros e lutaram até conseguirem

vencê-los. Depois dessa vitória, os cris-tãos começaram a criar passos de dança que recordavam manobras militares a fim de sempre se lembrarem da vitória sobre os inimigos da fé.

Por fim, o que também não pode faltar é uma fogueira, costume que co-meçou com Santa Isabel, a mãe de S. João Batista, que ficou tão contente com o nascimento de seu filhinho que mandou acender uma fogueira num monte perto de sua casa, para avisar toda vizinhança da grande notícia. As-sim nasceram as tradições juninas.

Ilustração: Bruno Guim

arães

Ajude São João, São Pedro e Santo Antônio a chegarem no

arraiá Pantokrator!Encontre o caminho e venha

participar você também!

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Especial JubileuA Regra de Vida e os Estatutos da Comunidade Pantokrator

Todo batizado é chamado a seguir a Cristo, e, consequentemente, a fazer do Evangelho o caminho que o levará à santidade, que o fará tornar-se “ou-tro Cristo”. Porém, a alguns Deus faz um chamado específico dentro da Igre-ja, mostra um caminho particular para seguirem a Cristo, confia um carisma a ser vivido e testemunhado, um mistério da vida de Cristo para ser encarnado e anunciado. É o caso dos filhos da Vo-cação El Shaddai-Pantokrator, que são chamados a encarnar e anunciar o Cris-to Fiel, e de tantas outras comunidades e famílias religiosas.

Esse carisma, ou o caminho especí-fico de seguimento de Cristo delineado por ele não devem ficar à mercê das interpretações pessoais de cada um ao longo do tempo. Por isso, a Igreja pede que este caminho seja descrito e escri-to, de forma que não se perca o caris-ma original inspirado por Deus, e para que este carisma possa ser reconhecido por ela como um verdadeiro caminho de santidade. Quem o faz, a priori, é o fundador da Comunidade ou Congre-gação, é o que constituirá a Regra de

Vida: “na Regra e nas Constituições1 se encerra um itinerário de seguimento, qualificado por um carisma específico e autenticado pela Igreja2”.

Assim ocorre com a Regra de Vida do Carisma El Shaddai-Pantokrator, que “busca expressar os pontos essen-ciais do Carisma El Shaddai-Pantokra-tor, de tal forma a nos oferecer uma referência clara que deve nortear nossa vida inteira, para que possamos - todos e cada um - alcançar a plenitude da vida do Pai para nós3.”

Os Estatutos vêm completar a Re-gra de Vida. Se nela estão, dentre outras coisas, a espiritualidade do nosso Caris-ma, a Missão e a maneira de vivermos a obediência, a pobreza e a castidade, os Estatutos regulamentam as explana-ções da Regra, abordando assuntos es-pecíficos, como o processo de ingresso na Vocação, o governo, o uso dos bens, dentre outros, ou seja, é onde encon-tramos as normas e compromissos que regem a vida da comunidade e de cada filho da vocação. Dessa forma, ambos se completam de tal maneira que, no conhecimento do Carisma, nunca se

deve usar apenas a Regra ou somente os Estatutos4.

Assim, para os filhos desta vocação, a Regra de Vida e os Estatutos apontam um caminho seguro para a santidade, reconhecido e autenticado pela Igreja, de forma que “se o desejo de Deus é a nossa santidade e, para isso, Ele nos deu uma graça, àqueles que receberam essa incomensurável graça do Pai só resta corresponder-Lhe com uma fidelidade incondicional à Regra de Vida e aos Es-tatutos, pois seremos tanto mais santos quanto mais perfeitamente fiéis5.”

______________1. Constituições são a” Regra de Vida” das novas Congregações, porém, as constituições são mais jurídicas, aproximando-se da estrutura dos Estatu-tos da Comunidade Pantokrator.2. São João Paulo II, Exortação Apostólica Vita Consecrata, n. 37.3 Regra de Vida do Carisma El Shaddai-Pantokra-tor, Apresentação.4. Cf. Idem.5. Ibidem.

Anelisa SavaniConsagrada da Comunidade Católica Pantokrator