PAPEL DA FARMÁCIA NA SOCIEDADE

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PROF. ALLAN KAIO

PAPEL DA FARMÁCIA NA SOCIEDADE

Objetivo: servir como agentes para a saúde da população e investir em campanhas

que, além de serem essenciais para a sociedade, trazem retorno em imagem e

fidelização dos clientes.

Se as mudanças impostas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) são

realmente boas e viáveis para o setor farmacêutico, isso ainda é muito discutível. Mas

os questionamentos que a entidade trouxe sobre o verdadeiro papel das farmácias na

sociedade geraram muitas reflexões.

A proibição da venda de produtos e serviços que não estão ligados à saúde (por meio

da RDC 44) é uma delas. Mais do que proibir a venda de diversas linhas de produtos

dentro desses estabelecimentos, essa RDC trouxe à tona a discussão sobre o

verdadeiro papel das farmácias, que deveriam ser instituições voltadas única e

exclusivamente à promoção da saúde.

Antes mesmo dessa resolução, muitos estabelecimentos começam a agir como

agentes de saúde, realizando campanhas de prevenção a doenças, por exemplo.

Ações importantes e que trazem ganhos positivos para a própria imagem das

farmácias, que passam a ser vistas com mais respeito pelos consumidores. "Além da

fidelização, elas contribuem para o marketing institucional e a propaganda boca a boca

da empresa junto ao grande público. Marketing este que nenhum dinheiro ou

campanha é capaz de bater. É gente falando positivamente com gente", salienta a

palestrante e consultora especializada em treinamento, desenvolvimento e marketing

de varejo, Silvia Osso.

Portanto, campanhas assim se tornam um grande diferencial competitivo. "São uma

tendência de mercado, primeiro porque a farmácia deve estar engajada na promoção

de saúde e melhoria da qualidade de vida da comunidade onde está localizada.

Depois, do ponto de vista de marketing, porque esta é uma ótima oportunidade de

fortalecer a sua marca e mostrar sua preocupação com a responsabilidade social",

explica o coordenador do curso de Farmácia da Universidade Anhembi Morumbi,

Geraldo Alécio, reforçando que, a partir de atitudes como essas, os lucros são uma

consequência natural.

Para a sociedade, os benefícios dessas campanhas de saúde também são múltiplos.

Ações para combate à obesidade, ao fumo, ou que estimulam a prática de esportes,

melhoraram e mudam hábitos de vida das pessoas. " Atualmente, cerca de 50% das

doenças podem ser prevenidas com ações de promoção de saúde. Já conheci

algumas farmácias que adotaram esta estratégia e estão conseguindo resultados

fantásticos", esclarece Alécio. "Campanhas voltadas à assistência farmacêutica e à

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saúde são de grande valia para a sociedade, pois atuam como prevenção a muitos

casos de doença. No Norte do País, por exemplo, são primordiais, pois podem evitar

casos de desnutrição e doenças infantis, além de poderem, também, divulgar

orientações sobre vacinação e outras providências", complementa Silvia Osso.

 Campanhas como caminhada do

coração, prevenção do diabetes,

prevenção do câncer de mama ou

aquelas focadas na saúde do idoso

são sempre bem recebidas pela

comunidade.

 

Procure temas que atendam às

necessidades da comunidade. Hoje, por

exemplo, uma campanha que pode trazer

grande retorno é a prevenção da gripe

Influenza H1N1, tendo em vista as dúvidas

que essa doença ainda traz à população.

 

Esteja atento à sazonalidade. Campanhas como a prevenção

do câncer de pele, no verão, ou das doenças respiratórias,

no inverno, são sempre bastante valorizadas.

 

 

 

Curiosamente, as campanhas que orientam sobre o risco de

intoxicações medicamentosas também podem ter um grande

impacto para a credibilidade da farmácia.

Campanhas de educação sexual e prevenção de doenças

sexualmente transmissíveis, realizadas junto às escolas,

podem estimular um outro público.