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Papel dos diversos instrumentos de intermediação – Estimulo à Poupança e alavancagem do processo produtivo

Laura Alcântara Monteiro

Luanda, 31 de Outubro de 2013

Título da sessão

Apresentação-Crédito-Angola_V06 (Template BNA).pptx 3

Agenda

1.  Poupança como alavanca do crescimento

2.  Lançar uma agenda para o aumento da poupança em Angola

3.  Apoiar a banca a acelerar os rácios de Transformação

4.  Conclusão

Apresentação-Crédito-Angola_V06 (Template BNA).pptx 4

Nos últimos 5 anos a economia angolana tem tido um crescimento estável, mas abaixo do seu passado recente

12,1%12,6%

8,5% 9,1%

-20%

-10%

0%

10%

20%

30%

Balança de Transações Correntes (% PIB)

-10,0%

2008 2012 2011

2010 2009

0

50

100

150

PIB real (2005 US$ bn)

+19%

+4%

2012

2011 2010

2009 2008

2007 2006

2005

Fonte: Dados do Banco Mundial do relatório EIU sobre Angola – Maio de 2013

TACM Taxa Anual de Crescimento Médio

Legenda

Evolução do PIB real de Angola (2005-2012)

Evolução do PIB per capita de Angola (2005-2012)

Balança de Transações Correntes (2008-2012)

0

2.000

4.000

6.000

8.000

10.000

2011 2010

2009 2008

2007 2006

2005 2012

+4%

+21%

PIB per capita (PPP US$ nominal)

Apresentação-Crédito-Angola_V06 (Template BNA).pptx 5

Angola recuperou da crise de liquidez de 2009, com um crescimento impulsionado pelo sector não petrolífero

12,6%

-10,0%

8,5%

17,9%

23,7%

-20

-10

0

10

20

30

-50

0

50

100

150

Preços do Brent (USD por barril)

Balança de Transações Correntes (% do PIB)

-37%

2011 2010

9,1%

2009 2008 2007 2006

Balança de Transacções Correntes % do PIB nominal

Preços do Brent (USD por barril)

Uma quebra de 37% nos preços do

petróleo desencadeou uma crise de liquidez

Balança de transações correntes de Angola é dependente dos preços do petróleo1

O crescimento económico recente é fomentado pelo sector de não petrolífero2

-20

-10

0

10

20

30

23,3%

12,3%

2007

25,4%

20,4%

-5,6%

9,7%

2010

% de variação do PIB

2012P

7,4%

9,1%

4,3%

2011

3,9% 3,4%

7,8%

-3,0%

2009

-5,1%

2008

13,8% 15,0%

2,4%

8,3%

Total PIB Sector não petrolífero

Sector petrolífero

1. Balança corrente como percentagem do PIB nominal versus preços de oil (barril USD) 2. Ministério do Planeamento e Banco Nacional de Angola Fonte: Plano de Desenvolvimento Nacional (Ministério do Planeamento), Banco Mundial

Sector não petrolífero com um crescimento acima do petrolífero

nos últimos anos

Apresentação-Crédito-Angola_V06 (Template BNA).pptx 6

-5

0

5

10

15

2012

7,7%

Equilíbrio orçamental (% do PIB)2

2013P

10,6%

2011

-3,4%

2010

6,8%

Actuais metas do PND apontam para a continuação do crescimento, mantendo-se o desafio da diversificação

Taxas de inflação irão permanecer abaixo

dos 9% até 2017 Fortes excedentes

orçamentais

0

15

Taxa de inflação (%)1

2017P

7,0%

2016P

7,0%

2015P

7,0%

2014P

8,0%

2013P

9,0%

2012

9,0%

Taxa média de crescimento do PIB real de ~7% até 2017

0

5

10

15

Ø 7%

2017P

4%

2016P 2015P

9%

2014P

8%

2013P

7%

2012

7,4%

Taxa de crescimento do PIB (%)

8%

1. Com base no Índice de Preços no Consumidor 2. Saldo Global do Compromisso (Ministério das Finanças) Fonte: Plano de Desenvolvimento Nacional, Ministério do Planeamento, Banco Nacional de Angola,

Necessário que o investimento público cresça para ~12% do PIB de forma a suportar o crescimento previsto

Previsões

Valores actuais

Apresentação-Crédito-Angola_V06 (Template BNA).pptx 7

A poupança é uma alavanca chave para promover o crescimento económico sustentado

Aumento da taxa de poupança Maior taxa de investimento

Aumento do capital fixo disponível Crescimento

da capacidade produtiva

Aumento da produção/ rendimento

A poupança tem um papel fundamental para o aumento da capacidade produtiva futura

Em particular para promover o crescimento sustentado não gerado pelo sector petrolífero

Dois factores críticos para a promoção deste processo:

Aumentar a taxa de transformação de poupança em crédito ao sector produtivo

Aumentar a taxa de poupança

Apresentação-Crédito-Angola_V06 (Template BNA).pptx 8

Em Angola a poupança está alinhada à mediana regional dos países ricos em recursos naturais

1011

1517

2323232425

35

0

10

20

30

40

Poupança em relação ao PIB (%) - 2012

Ø 20

Gana Zambia Nigéria

Namibia

África do Sul

Angola Marrocos

Tunisia Botswana Quénia

1. Poupança agregada dos agentes económico públicos e privados em percentagem do PIB (Equivalente ao total de investimento somado aos saldo da Balança de Transacções Correntes) Fonte: Derivação de informação do FMI e do Banco Mundial

A poupança em Angola e na região1

Apresentação-Crédito-Angola_V06 (Template BNA).pptx 9

Mas os níveis de poupança não se traduzem em investimento Os fluxos financeiros com o exterior e baixo rácio de transformação têm um impacto negativo

Os níveis de investimento são baixos1 em comparação com a região

O rácio de transformação bancário é muito baixo em termos internacionais

1. Valor de investimento é obtido por subtrair dos valores da poupança os saldos da Balança de Transações Correntes dos países correspondentes 2. 2010 3. 2008 Fonte: Banco Mundial; Bancos Centrais; FMI

70

8698

121127136139

160

55

0

50

100

150

200

Rácio de transformação liquido (%) - 2011

Ø 110

Angola

Nigéria

Paraguai

Turquia

Brasil Arménia

Marrocos3 Tunísia2

África do Sul

10,8%11,2%

16,6%16,7%19,2%

22,8%

26,5%26,8%

30,1%

33,5%

0

10

20

30

40

África do Sul

Zambia

Quénia

Namibia

Botswana

Gana

Investimento (% PIB) - 2012

Ø 21

Nigéria

Angola

Tunisia

Marrocos

Apresentação-Crédito-Angola_V06 (Template BNA).pptx 10

Agenda

1.  Poupança como alavanca do crescimento

2.  Lançar uma agenda para o aumento da poupança em Angola

3.  Apoiar a banca a acelerar os rácios de Transformação

4.  Conclusão

Apresentação-Crédito-Angola_V06 (Template BNA).pptx 11

Face às dificuldades do crédito as empresas tendem a financiar os seus próprios projectos

Comparada internacionalmente a poupança em Angola tem uma baixa participação das famílias

1. Utilizando para análise da composição da poupança a distribuição dos Depósitos a Prazo de acordo com o BNA em Junho de 2012, que apontava para depósitos de particulares de 25,49% Fonte: BNA, The South African Reserve Bank, NSB (National Statistics Bureau of China), OCDE, Bancos Nacionais

Por comparação internacional as poupanças das famílias em Angola são diminutas

19

1515

13121210

8

0

5

10

15

20

Poupança das empresas em % do PIB (2005-07)

China

Coreia do Sul

África do Sul (2012)

Alemanha Filipinas

Angola (2012)1

EUA

Índia

2523

12

644

32

0

10

20

30

Alemanha

Coreia do Sul

ìndia

EUA

China Angola (2012)

Filipinas

África do Sul (2012)

Poupança das famílias em % do PIB (2005-07)

Poupança em Angola muito concentrada no estado através da receita fiscal do petróleo

Apresentação-Crédito-Angola_V06 (Template BNA).pptx 12

A distribuição assimétrica do rendimento concentra quase a globalidade da poupança na população mais rica

39,8%

14,6%

8,3%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

4º Quintil 3º Quintil 5º Quintil 2º Quintil

% de propensão para a poupança

1º Quintil

Propensão para poupança

1. Dados do Inquérito do INE ao Bem-Estar da População (IBEP – 2008) - Fonte: INE [Nota: O índice de Gini de distribuição do rendimento era de 0,55, segundo o INE, em 2008, uma das mais elevadas do mundo] 2. Dados de contas monetárias – Fonte: BNA

A propensão para poupança está concentrada nos segmentos de maior rendimento1

Mantendo-se uma parte relevante desta a poupança fora dos bancos2

998910109

10

0%

5%

10%

15%

100

200

300

500

400

0

203 193 210 203

Mar-13 Mai-13 Jul-13 Jan-13 Jun-13 Ago-13 Abr-13 Fev-13

201

mM de Kz

203 215

% do M1

200

% de notas e moedas em poder do público no M1 Valor de notas e moedas em poder do público

Valores negligenciáveis

Aumento do rendimento

Apresentação-Crédito-Angola_V06 (Template BNA).pptx 13

Os depósitos existentes têm prazos médios reduzidos e elevada percentagem de moeda estrangeira

100%

9%

26%

65%

36%

0

20

40

60

80

100

%

Depósitos Total Outro passivo

30%

Ordem Prazo Fundos próprios

Em Agosto de 2013 47% dos depósitos encontravam-se em moeda estrangeira

1. Fonte: BNA, Estudo Banca em Detalhe 2012 2. Fonte: FMI, Bancos Centrais Nacionais – taxas de juro de médio prazo (menos de 1 ano)

A estrutura de funding dos bancos reduz a capacidade dos mesmos atribuírem créditos em prazos mais longos

Nota: em Angola a remuneração dos depósitos é baixa, apesar dos spreads elevados2

3%

3%

5%

5%7%

8%

13%13%

4%5%

4%

7%

12%

8%

4%

0

5

10

15

20

25

Quénia

Nigéria Gana

10%

Angola

8%

Em % (2012)

África do Sul

Namibia Marrocos Zambia

Botswana

4%

Spread Taxa de juro de depósitos MN

Composição da estrutura de funding dos Bancos (2012)1

Considerando a taxa de inflação de 10% no mesmo ano

a taxa real é negativa

Apresentação-Crédito-Angola_V06 (Template BNA).pptx 14

Principais alavancas

Reforçar a poupança através da dinamização da

oferta

Desafios a enfrentar

•  Redes bancárias concentradas nos principais centros urbanos •  Reduzidos níveis de literacia geral e formação financeira •  Falta de estrutura legal para suportar instituições de micro-finanças

•  Diversificação da oferta de produtos na banca •  Diversificação de produtos para clientes de menores rendimentos •  Escassez de produtos de poupança para pensões (privados e públicos)

•  Criação de empregos qualificados (maior nível de rendimentos) •  Aplicação em activos reais, fora do sistema bancário •  Estrutura etária da população muito jovem conduz a uma reduzida

apetência pela poupança

•  Remuneração reduzida dos instrumentos de poupança •  Poucos fundos institucionais (de pensões, seguros de vida) com posições

de maior maturidade •  Inexistência de mercado secundário de dívida

•  Remuneração de instrumentos em Kz pouco competitiva dada a inflação e falta de diversidade

Melhorar estrutura de funding da

banca

Áreas chave

Aumentar a bancarização

Diversificar oferta de produtos e a

sua forma de prestação

Promover a poupança bancária

Aumentar estrutura da

maturidade dos depósitos

Aumentar poupança em

moeda nacional

É necessária uma agenda para fomentar a poupança e dirigir a mesma para maiores prazos e em moeda nacional

Apresentação-Crédito-Angola_V06 (Template BNA).pptx 15

Exemplos de alavancas para dinamizar a oferta, em especial no mercado de menores rendimentos

Fonte: Benchmark; Análise MinEc

Dinamização da oferta

Em Angola alguns destas soluções já estão a ser implementadas, mas é preciso ir mais longe

Principais alavancas

Reforçar a poupança através da dinamização da

oferta

Exemplos de alavancas de dinamização da poupança

•  Alavancar redes existentes (BUE, Nosso Super/ Poupa Lá, agências postais)

•  Utilização de agências alternativas móveis (caravanas) e de correspondentes bancário (acordos com redes de retalho)

•  Reforço dos programas de literacia financeira •  Minimizar tempo e documentação necessários para registo (abertura de

conta, pequeno empréstimo)

•  Contas mais pequenas com serviços mais económicos (no entanto, empréstimos podem ser cobrados com juros mais elevados)

•  Produtos financeiros com regras simplificadas , para serem de entendimento fácil pela população com menores índices de literacia

•  Promover inovação financeira em produtos de maior maturidade •  Promover contas poupança para aquisição de habitação •  E-banking, soluções móveis

•  Dinamizar programa de poupança nacional •  Fomentar a poupança via produtos como fundo de pensões e seguros

de vida

Áreas chave

Aumentar a bancarização

Diversificar oferta de produtos e a

sua forma de prestação

Promover a poupança bancária

Apresentação-Crédito-Angola_V06 (Template BNA).pptx 16

ACESSO AO SISTEMA BANCÁRIO MELHORES PRÁTICAS IDENTIFICADAS NO BENCHMARK

Backup

Em Angola já existem iniciativas dedicadas a promover a bancarização junto da população

O BNA lançou em 2011 o projecto Bankita para reforçar a bancarização da população

•  Redução do valor para abertura de uma conta bancária (100 Kz)

•  Simplificação da documentação para abertura de conta (qualquer documento válido)

•  Parceria com os Bancos comerciais

Promover a bancarização reduzindo os custos e a burocracia

Utilizar autoridades tradicionais para promover serviços financeiros

O projecto SOBA do BPC é criado para promover o acesso a serviços financeiros

•  As populações de comunidades rurais e de baixo rendimento poderão ter acesso a um conjunto de produtos de microfinanças (abertura de conta, poupanças, micro-crédito, etc.) sendo os Sobas os agentes económicos do BPC junto da comunidade

Dinamização da oferta

Apresentação-Crédito-Angola_V06 (Template BNA).pptx 17

Exemplos de experiências internacionais relevantes para promover o acesso a serviços financeiros

Contas bancárias simplificadas

•  A África do Sul criou contas bancárias simplificadas e sem custos de gestão (Mzansi) em que para abertura de conta é apenas necessário um número de identificação válido

•  Projecto com semelhanças ao Bankita

Plano nacional de inclusão financeira

•  A Nigéria elaborou um plano integrado para o sector financeiro (2020 Strategy), onde inclui o objectivo de aumentar em 20% até 2020 os níveis de bancarização

–  Iniciativas na área de crédito, incluindo fundo para PMEs, garantia de crédito para PMEs, centros de reestruturação e refinanciamento da dívida, sistema de informação de crédito agrícola, etc.)

Fomento dos seguros agrícolas

•  A África do Sul está a criar PPPs de forma a garantir que os seguros agrícolas são acessíveis para todos os produtores e rentáveis para as seguradoras

–  Em África apenas a África do Sul, Etiópia, o Quénia, o Malawi e o Senegal oferecem serviços de seguro agrícolas

Agência de crédito agrícola

•  Marrocos criou um Banco Agrícola para financiar projectos agrícolas com fundos públicos, acompanhar a sua execução e assegurar a capacitação técnica

–  A agência SFDA, recentemente criada, é dedicada ao crédito agrícola para pequenos e médios agricultores

1. Société de financement pour le développement agricole- ver http://www.aujourdhui.ma/maroc-actualite/economie/societe-de-financement-pour-le-developpement-agricole-sfda-une-nouvelle-solution-de-financement-pour-les-petits-agriculteurs-56397.html

Dinamização da oferta

Apresentação-Crédito-Angola_V06 (Template BNA).pptx 18

Exemplos de modelos alternativos explorados para minimização de custos em Marrocos

Utilizar as redes existentes (Attijari Wafa, Banco Al Barid)

Utilizar agências móveis/temporárias (Banque Centrale Populaire)

Utilização das redes de correios e do pequeno retalho

Alavancar a experiência já existente do BPC

Dinamização da oferta

Apresentação-Crédito-Angola_V06 (Template BNA).pptx 19

Dois exemplos internacionais de iniciativas de fomento da poupança e aumento das suas maturidades

Programa dirigido ao fomento da poupança

A China promoveu o aumento da poupança das famílias reforçando a importância do sistema público de pensões 2

•  A reforma do sistema de pensões foi acompanhada da promoção do reforço das contribuições voluntárias das famílias devido ao evoluir da pressão da estrutura demográfica e de uma maior incerteza na manutenção de postos de trabalho (privatização da maioria das empresas públicas)

•  O novo formato parcial de capitalização tornou mais tangível para os contribuintes o valor das suas contribuições

O reforço da poupança para pensões originou meios financeiros com maior maturidade

•  Os fundos de pensões preferem posições com maior maturidade face ao perfil dos recebimentos e pagamentos

•  Estes instrumentos ajudam os bancos a possuir uma estrutura de funding que lhes permite reforçar o crédito com maior maturidade

Fomento de fundos de pensões e do incremento das comparticipações

Moçambique lançou a Campanha Nacional de Promoção da Poupança com um objectivo ambicioso de atingir 80% da população com produtos de poupança

•  Incrementar as iniciativas em curso no país para fomentar a captação de mais poupanças

•  Induzir os mecanismos inovadores para mobilizar poupança que permita financiar os empreendedores

Exemplos de acções estratégicas •  Reactivar a utilização dos serviços de rede postal (ex.

Correios) e outros actores (ex. Cantineiros) como instituições de intermediação financeira

•  Incentivar o aparecimento de instituições de micro-finanças e a inovação no sector bancário tradicional (crédito e poupança para baixo rendimento)

Moçambique possui já algum desenvolvimento no sector das micro-finanças1

•  11 instituições registadas com ~320 mil depositantes e ~72 mil empréstimos

•  Em comparação Angola possuía 3 operadores de micro-finanças, ~15 mil empréstimos

1. Fonte: Mix – Microfinance Information Exchange 2. Fonte: "China’s high saving rate: myth and reality" – Bank of International Settlements

Dinamização da oferta

Apresentação-Crédito-Angola_V06 (Template BNA).pptx 20

Reforçar a poupança em moeda nacional e em maiores prazos irá melhorar a estrutura de funding da banca

Estrutura de Funding

O reforço das maturidades é crítica para potenciar o crédito na economia

Principais alavancas

Melhorar estrutura de funding da

banca

Exemplos de alavancas de melhoria do funding

•  Fomentar o aparecimento de fundos de pensões e de seguros de vida em moeda nacional

•  Tornar os instrumentos de longo prazo mais atractivos (maior remuneração) – por exemplo, através de emissão de certificados do tesouro com taxas mais elevadas que actuais depósitos, para levar os bancos, através dos mecanismos de concorrência a reforçar as remunerações de depósitos

•  Desenvolver mercados financeiros nacionais para permitir alavancagem (por exemplo, acelerar constituição do mercado secundário de dívida – no longo prazo)

•  Criar mecanismos de discriminação positiva da remuneração de instrumentos em moeda nacional (por exemplo, através da carga fiscal)

Áreas chave

Aumentar estrutura da

maturidade dos depósitos

Aumentar poupança em

moeda nacional

Apresentação-Crédito-Angola_V06 (Template BNA).pptx 21

Agenda

1.  Poupança como alavanca do crescimento

2.  Lançar uma agenda para o aumento da poupança em Angola

3.  Apoiar a banca a acelerar os rácios de Transformação

4.  Conclusão

Apresentação-Crédito-Angola_V06 (Template BNA).pptx 22

A evolução do sistema financeiro tem sido grande mas persistem limitações

Sistema Financeiro Angolano evoluiu nos últimos anos: •  Nr. de bancos saltou de 9 no início dos anos 2000 para 21 bancos activos hoje1 •  Os activos totais aumentaram de menos de USD 3 biliões em 2000 para mais de USD 61 biliões em 20121 •  O crédito ao sector privado em proporção ao PIB cresceu de 5% em 2004 para 21% em 20122

Apesar destas melhorias, sistema sofre de algumas limitações: •  MPME têm dificuldade de acesso ao crédito •  Taxa de crescimento de crédito sofreu desacelaração

Problema da “assimetria da informação” parece ser relevante

•  Instituições financeiras têm dificuldade a aferir a idoneidade creditícia e solvabilidade dos potenciais mutuários

•  Sendo necessário reforçar a prestação de contas públicas e auditadas das empresas para reforçar a informação de suporte a processos de crédito

•  E desenvolver os registos de direitos de propriedade de forma a fortalecer a criação de garantias de suporte ao crédito

•  Tal como desenvolver os serviços de suporte à informação tal como os peritos avaliadores

1. Fonte: Banca em Análise 2013 - Delloite 2. Fonte: BNA; Banca em Análise Deloitte 2012; Análise BCG 3. Apenas 20% das empresas angolanas preparam demonstrações financeiras anuais verificadas por auditores externos – média africana é de 40%

Apresentação-Crédito-Angola_V06 (Template BNA).pptx 23

Embora o volume tenha aumentado desde 2009, o peso do crédito à economia estagnou nos últimos 4 anos

21202021

0

5

10

15

20

254,000

3,000

2,000

1,000

0

Crédito/PIB (%) Crédito (mM Kz)

2012

2,393

2011

1,957

2010

1,509

2009

1,272

Crédito Crédito/PIB 54% 57% 55% 60% Rácio de trans-

formação líquido1

56% 61% 60% 65% Rácio de trans-formação bruto2

1. RT líquido = Crédito liquido de provisões/Depósitos totais; 2. RT bruto = Crédito bruto de provisões / Depósitos totais Notas: O âmbito do projecto apenas inclui crédito doméstico; Dados SSIF a partir de 2010, // Fonte: BNA; Banca em Análise Deloitte, 2010, 2011 e 2012; Análise BCG

Estagnação do peso do crédito reflecte-se no crescimento lento do rácio de transformação

Apresentação-Crédito-Angola_V06 (Template BNA).pptx 24

Sendo que angola possui níveis de crédito e rácios de transformação estão abaixo dos benchmarks regionais

Recordatório: Angola possui rácios de transformação reduzidos face ao benchmark

70

8698

121127136139

160

55

0

50

100

150

200

Rácio de transformação liquido (%) - 2011

Ø 110

Angola

Nigéria

Paraguai

Turquia

Brasil Arménia

Marrocos4 Tunísia3

África do Sul

Angola abaixo da média de países ricos em recursos da região no crédito em % do PIB1

1519213235

5152

7980

115

0

50

100

150

África do Sul

Gana Tunisia

Quénia

Marrocos

Stock de crédito sobre PIB (%) - 2012

Namibia

Nigéria

Angola

Zambia

Botswana

Ø 50

1. Fonte: Informação derivado do FMI e análise do MinEc 2. Fonte: Banco Mundial; Bancos Centrais; 3. 2010 4. 2008

Apresentação-Crédito-Angola_V06 (Template BNA).pptx 25

Há medidas que podem reforçar o crédito na economia, algumas delas já em implementação

Algumas das ideias para reforço do crédito ao sector produtivo estão em implementação

Ideias para reforçar o papel dos bancos na concessão de crédito

Promover aparecimento de novos instrumentos de crédito e liquidez

•  Desenvolvimento do leasing •  Introdução do factoring, especialmente

importante face ao prazo médio de recebimento em Angola ser prolongado

•  Desenvolvimento do crédito imobiliário Promover a concessão do crédito pelos bancos nacionais

•  Apoiar a banca na melhoria nos processos de concessão de crédito

•  Melhorar a partilha de informação na CIRC, reforçando assim a sua funcionalidade

•  Melhorar os processos de constituição de hipotecas e aperfeiçoar os processos de execução de garantias

Programas específicos para facilitação de acesso a crédito a MPME (o Angola Investe) ... implementado com critérios que reforçam a confiança da banca privada nos programas do executivo (Fundo de Bonificações e Fundo de Garantia de Capital) A criação de fundos de capital de risco público (o FACRA, também um mecanismo do Angola Investe)

Apresentação-Crédito-Angola_V06 (Template BNA).pptx 26

Agenda

1.  Poupança como alavanca do crescimento

2.  Lançar uma agenda para o aumento da poupança em Angola

3.  Apoiar a banca a acelerar os rácios de Transformação

4.  Conclusão

Apresentação-Crédito-Angola_V06 (Template BNA).pptx 27

O reforço dos estimulos à poupança são um factor chave de estímulo ao desenvolvimento nacional

Apesar de um ambiente económico dinâmico Angola mantém importantes limitações na poupança e no crédito à economia

•  9,1% de taxa média de crescimento do PIB entre 2007 e 2012 e ~7% crescimento previsto até 2017 •  A taxa de poupança bruta está na mediana regional de países ricos em recursos (~24% - 2012), mas o

rácio de transformação é particularmente baixo (RT Líquido ~55% - 2012)

Existem factores que condicionam a poupança de particulares e o baixo rácio de transformação bancário

•  Baixa taxa de bancarização •  Escassez de produtos financeiros •  Reduzida propensão à poupança das famílias, devido às rentabilidades reduzidas •  Concentração dos depósitos em maturidades reduzidas e com um peso de quase 50% de moeda

estrangeira, causando impactos negativos à estrutura de funding dos bancos Apesar deste diagnóstico é possível identificar acções que fomentem a poupança e promovam o crédito

•  Promover o acesso ao sector financeiro e reforçar a oferta de serviços •  Apoiar os bancos a melhorar a sua estrutura de funding •  Desenvolver novos instrumentos de crédito e liquidez com soluções adequadas às necessidade do sector

produtivo (por exemplo: leasing, factoring) •  Eliminar os constrangimentos do sistema, principalmente na constituição e execução de garantias •  Reforçar o programa Angola Investe em volume de crédito disponibilizado ao sector produtivo

A actuação no reforço da poupança e do crédito ao sector produtivo é critica para atingir as metas de crescimento existentes

Apresentação-Crédito-Angola_V06 (Template BNA).pptx 28

Obrigado

Papel dos diversos instrumentos de intermediação – Estimulo à Poupança e alavancagem do processo produtivo

Laura Alcântara Monteiro

Luanda, 31 de Outubro de 2013