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155N 0870-8355
ARQUEOLOGIAINDUSTRIAL
TERCEIRA SÉRIE • VOLUME II • NÚMERO 1-2 • 1998
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Para a história da "Centenária Casa Felisberto":a mais antiga oficina de mármores do Porto
em actividade
Francisco QueirozMuseu da Ciência e Indústria do Porto
Resumo: No século XIX, a indústria de mármores aplicada à arte cemiterial teve um enorme desenvolvimento em Portugal, com o surgimento de uma nova realidade: o cemitério Romântico. No Porto,cidade sem tradições no trabalho do mármore, foram surgindo muitas oficinas especializados nestetrabalho, algumas delas dirigidas por canteiros vindos de Lisboa. Felisberto Alves Bautfoi um dessescasos. A sua oficina mantém-se ainda hoje, sendo a mais antiga oficina de mármores do Porto emfuncionam ento.
Palavras-chave: Felisberto Alves Baut; Canteiro; Mármore; Arte funerária; Séculos XIX-XX; Porto.
A Centenária Casa Felisberto tomou o seu nomeao fundador, Felisberto Alves Baut, que terá nascido em Belas (Queluz) por volta de 1839. Certamente influenciado pela proximidade à granderegião de exploração de mármores (Pêro Pinheiro), cedo começou a dar os primeiros passos naarte de trabalhar este material pétreo. Segundo oseu filho, isto terá -sucedido por volta do ano de18501
•
Uns anos depois", veio para o Porto, seguindoo exemplo de outros canteiros da sua região natal. Este fenómeno migratório de canteiros nosentido Lisboa-Porto já vinha desde o início dadécada de 40, tendo talvez começado com Emídio Amatucci que, durante anos, liderou a maisantiga e activa oficina semi-industrial de mármores no Porto (QUEIROZ, 1998).
A burguesia endinheirada do Porto oitocentista necessitava do mármore para materializaruma emergente estética Romântica, sobretudo através da construção de sumptuosos túmulos nosnovos cemitérios públicos. No entanto, os pedreiros portuenses não estavam habituados a traba-
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lhar este género de material, nem sequer tinhamacesso às respectivas pedreiras. Compreende-se,pois, que alguns canteiros especializados no trabalho do mármore tenham vindo de Lisboa (ondeexistiam já muitos com o mesmo ofício), de formaa responder às exigências do mercado portuense.Felisberto Alves Baut veio certamente em buscade melhores oportunidades, já que o negócio dosmármores no Porto era próspero e vinha crescendo de ano para ano .
É provável que Felisberto Baut tenha vindo aconvite de algum mestre canteiro já estabelecidona cidade do Porto. Aliás, o seu filho aponta-ocomo um dos primeiros canteiros a construir tambémos primeiros trabalhos em mármore nesta cidade, dando como exemplo o monumento a D. Pedro V (naPraça da Batalha). Ora, sendo assim, este canteirodeveria então trabalhar na oficina de AntónioAlmeida Costa, que produziu a obra em mármoredeste monumento, construído entre 1863-66(QUEIROZ, 1997b). Note-se que também AntónioAlmeida Costa tinha vindo dos arredores de Lisboa (Alcabideche), embora não se conheça ainda
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Para a história da "Centenária Casa Felisberto"; Francisco Queiroz
a data concreta dessa vinda, nem qualquer prova documental que o associe a Felisberto Baut.Não podemos, por isso, afirmar que tivesse sidoAntónio Almeida Costa a encorajar Felisberto amudar-se para o Porto.
Tal como tinha sucedido com a pioneira oficina de Emídio Amatucci (nas décadas de 40 e50), pensamos que a oficina de António AlmeidaCosta terá tido um importante papel no tirocíniode canteiros que, mais tarde, viriam a fundar oficinas próprias na cidade. Aparentemente, Felisberto Alves Baut terá sido um destes canteiros,embora durante os primeiros cerca de 20 anosem que terá estado no Porto, a sua biografia sejapraticamente desconhecida. Ganha apenas alguma visibilidade quando Felisberto resolve montar o seu próprio negócio, uma vez que o mercado aumentava cada vez mais e assim o permitia.Associou-se então a Joaquim Maria da Silva .Curiosamente, este canteiro era da mesma terranatal de Felisberto: um outro homem vindo dosarredores da Capital, onde nasceu a 10 de Marçode 1847 (QUEIROZ, 1997a: voI. 1, cap. 3).
O estabelecimento da nova oficina ter-se- ádado por volta de 1877, no Largo da CancelaVelha" . A data de 1877 é-nos apontada pelo filhode Felisberto, num folheto promocional datadode 1946. Contudo, a primeira referência concretaque conhecemos em relação à existência destaoficina provém de um almanaque publicado em1883 4 , localizando-se então na Rua da CancelaVelha, números 14 a 18. Em 1885, a oficina situa-se na mesma rua, mas no número 325
. Em 1889,aí trabalhavam 9 pessoas, tendo sido consumidos- nesse ano - 2.000$000 em m ármore".
A oficina terá prosperado relativamente econhecemos mesmo alguns monumentos nelaconstruídos:
No Porto: Cemitério da Irmandade de NossaSenhora da Lapa - um mausoléu (secção n." 4);Cemitério do Prado do Repouso - dois mausoléus (secção 26 e secção 32); Secção Privativa daOrdem do Terço e da Caridade no Cemitério doPrado do Repouso - dois mausoléus (um dos quaiso n." 351); Cemitério da Confraria do Senhor doBonfim - um mausoléu.
Em outros locais do norte do país: Cemitériode Vala dares - um jazigo-capela; Cemitério dePenafiel - um mausoléu datado de Abril de 1882;Cemitério de Ponte de Lima - um mausoléu.
Sem se perceber bem a razão, a firma designava-se Joaquim Maria da Silva & Alves. FelisbertoAlves Baut, mais velho que Joaquim Maria daSilva, ficava assim algo relegado para a sombra.
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Fig . 1 - Felisberto Alv es Baut (desenho a carvão feit o em 1919por Francisco Alves Oliveira Bahut, baseado numa fotografia) .
Talvez também por essa razão, Felisberto terádesejado a sua própria oficina. A separação ter-se-á dado certamente entre 1890 e 18927
• O folheto de 1946 aponta o ano de 1890 (data queestá dentro do intervalo possível). Curiosamente,esta data foi corrigida posteriormente, no própriofolheto, para 1880, que é a data apresentada àentrada da actual oficina . A confusão nas datasé mais vasta já que, em 1917, a viúva de Felisberto Baut relatava que a casa já existia na Ruade Sto. Ildefonso há 24 anos (ou seja, desde 1893)8.A fiarmo-nos na data de 1890, terá a oficina deFelisberto estado durante cerca de 3 anos numoutro endereço? Um almanaque publicado noPorto em 1892 já a refere na Rua de Santo Ildefonso, números 152 a 1549
, onde esteve semprelocalizada até meses antes da morte do seu mestre. Sendo assim, será talvez 1890 a data maiscorrecta para apontar a criação da oficina Felisberto Alves Baui.
Enquanto associado a Joaquim Maria da Silva, Felisberto participou na construção de algunsmonumentos de certa importância. No entanto,com uma oficina própria de reduzidas dimensões,terá construído basicamente pequenos monumentos . Calculamos mesmo que se tenha, de algummodo, especializado em cabeceiras fúnebres .
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Para a história da "Centenária Casa Felisberto": Francisco Queiroz
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Fig. 2 - Cabeceira fúnebre (des. de Felisberto Alves Baut). Fig. 3 - Cabeceira fúnebre (desenho de Felisberto Alves Baut).
Arqueologia Industrial, 33 Série, 1998, II (1-2) 25
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Para a história da "Centenária Casa Felisberto": Francisco Queiroz
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~~:;t~~~-r~,It:.;i ;f ,I'~?ta~ ·i-Fig. 4 - Fotog. do estúdio Alvão (início do séc. XX),mostrandouma urna que terá sido realizada para o Cemitério de Recarei.
Todos os desenhos que lhe conhecemos são destegénero de monumento.
É curioso o filho relatar que Felisberto teráparticipado na obra do monumento ao Infante D.Henrique (inaugurado em 1894), facto que nãopudemos confirmar.
Após a separação com Felisberto Baut, a oficina de Joaquim Maria da Silva continuou a prosperar e a expandir-se, mantendo-se até à suamorte, em 10 de Fevereiro de 191110 • Na viragemdo século, Joaquim Maria da Silva foi mesmo umdos mais activos canteiros portuenses.
Mas voltemos a Felisberto Baut. Aparentemente ainda do século XIX, só conhecemos umaobra sua em cemitérios. Na secção n." 22 do Cemitério do Prado do Repouso encontra-se o mausoléu n." 617, erigido em memória de António DiasGuilhermino, com a data de 1891. No entanto, esteactor faleceu em 1893 e o mausoléu é até estilisticamente mais recente. A epígrafe remete-nos para
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Fig. 5 - Mausoléu para jazigo de família (início do séc. XX).
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a oficina de Felisberto, na Rua de Santo Ildefonson." 154. Também desta oficina e com uma tipologiasemelhante (coluna, encimada por um busto),embora talvez já do século XX, encontramos umoutro mausoléu no Prado do Repouso (n." 1007,secção n." 2411 ) . Conhecemos ainda outro mausoléu desta oficina, muito provavelmente tambémdo séc. XX, no Cemitério de Valongo.
Apesar de Francisco Alves de Oliveira Bahut(seu filho) afirmar que o pai tinha sido um dosmelhores artífices do seu tempo na indústria da cantaria, não possuímos dados concretos e objectivospara corroborar tal afirmação. Os seus desenhosnão são excepcionais. Mas, talvez pela circunstância deste homem ter fabricado sobretudo obramiúda, também não terá tido canais adequadospara expressar o seu eventual virtuosismo. Estahipótese ganha mais força se nos lembrarmosque, quando Felisberto estabeleceu oficina própria, todas as grandes oficinas do Porto possuíam- no mínimo - um maquinismo a vapor para aserragem de mármores. Felisberto nunca teve taismeios. As primeiras verdadeiras máquinas sóterão sido colocadas na oficina em 1946!
Por tudo isto, não podemos tirar qualquer tipode conclusão concreta sobre as capacidades artísticas do canteiro. Por outro lado, talvez a circunstância da sua oficina ter sido sempre de pequenadimensão (fabricando sobretudo obra miúda) possa explicar a tão grande ausência de monumentos com a epígrafe Felisberto Alves Baut nos cemitérios, sobretudo ainda no século XIX. Normalmente, os mais pequenos monumentos fúnebresnão levavam epígrafe. Calculamos que muitosdestes possam ter saído da oficina Baut.
A história ainda algo nebulosa deste artíficeda pedra termina pouco tempo depois da demolição da sua oficina, em 191612
• Segundo o filho,tal foi o desgosto deste homem com essa demolição que viria a falecer pouco tempo depois, a 21de Maio de 1917. A sua oficina terá passado aindaefemeramente por outro local, já que no Cemitério de Valongo existe um túmulo construído pelaoficina de Felisberto Baut e datado de 1916 (segundo o gradeamento), com a epígrafe Rua Duquede Loulé, n.o 173(?).
Os descendentes
Após a morte de Felisberto, a viúva SilvinaAlves de Oliveira Bahut" assumiu efemeramenteo nome da firma (Viúva de Felisberto Alves Bahut),cuja oficina situava-se agora na Rua de Sto. Ilde-
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fonso números 363 a 365. Mas foi o seu filho, Francisco Alves de Oliveira Bahut (que tinha à voltade 19 anos), quem passou a dirigir o negócio,tendo sido chamado a encarregado Alberto Bastos, um antigo empregado do arquitecto constructorJosé Teixeira Lopes":
Nesta época, Francisco Alves de Oliveira Bahutcria novos modelos de monumentos para o catálogo da oficina, de acordo com a "moda" fúnebreda altura, certamente para tentar relançar o negócio. Silvina Bahut procurou também não deixar
Fig. 6 - Francisco Alves de Oliveira Bahut, em 1946.
"fugir os clientes", reafirmando a continuação daoficina nos mesmos padrões de qualidade: Aosmeus novos clientes rogo a fineza de enviarem as suasestimaveis encomendas, porque serão executadas comamaxima perfeição pelos preços de outra qualquer casa.Pelo mesmo correio envio algumas amostras de marmores nacionaes bonitos para poder satisfazer com aurgencia possível qualquer encomenda [uiura",
Todos os desenhos posteriores a 1916 são deFrancisco Alves de Oliveira Bahut que, nas trêsdécadas seguintes, dirigiu com sucesso a oficinaFelisberto Alves Bahute, filho. Francisco Bahut viriaa tirar o curso de arquitecto nas Belas Artes doPorto.
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Fig. 7 - Máquina para serrag em de mármores.
Em 1917, a oficina exec utava com a maximaperfeição todos os trabalhos em marmore taes como:Capelas, Mansoleus [sic], Estatuas, Bustos, Cruzes,Urnas, Vasos, Pias para baptismo, Cabeceiras parasepulturas, Lapides comemorativas, Frentes para estabelecimentos e bancas para cosinha. Havia tambémdeposito de mármores serrados nacionaes e estrangeiros para forração de predios, mobilias e moveis avulsos. Tudo isto a preços sem competência e descontoaos revendedores. Dada a sua pequena di mensão,temos algumas dúvidas se a oficina chegou a cons truir algum tip o de obras aq ui referenciad as, taiscomo capelas.
Na primeira década do século XX, o negóciodos má rmores para fins funerários decaiu muitoe grande parte das oficinas portuenses fechou.Surgiram outras (mais pequenas e polivalentes,de carácter mais industrial), junto aos dois cemitérios municipais, procurando aproximar-se deuma fon te de negócio que, embora não tão próspe ra como no século XIX, ain da dava para sustento. A oficina Felisberto manteve-se de pedra ecal, ou melh or, de pedra mármore (embora tenha
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realizado também obra em granito). Foi sempreuma oficina pequena, com um máximo de 9/10ope rários nos seus per íod os mais pr óspe ros "
A partir de 11 de Março de 1933, a oficinapassa a funcionar no n." 231 da Av . Rod rigues deFrei tas, junto às Belas Ar tes, local onde ainda seencontra.
O ano de 1946 marcou um ponto de viragemna his tória da firma, não só pela morte de SilvinaBahut (a 5 de Setembro), mas também por umareestruturação oficinal de monta realizada algunsdias depois". dando um passo em frente na vidaindustrial e comercial de mármores fazendo um melhorapetrechamento da antiga oficina de marmorista, pelaaquisição dos mais modernos maquinismos para serrare polir mármore para todos os trabalhos de construçãocivil, instalações comercia is, sanitárias e outras aplicaçãesl 8
• Concretamente, foi adquirida uma máquina de serrar mármore (que ainda hoje se encontraem pleno funcionamento, com algumas adaptações posteriores), construída na Fundição Aveirense de Pau la Dias & Filho, sendo a parte eléctrica da firma Agos tinho Ricon Peres.
Fig. 8 - Aspecto da entrada da oficina actuai.
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Na época da restruturação, Felisberto Fernandes Bahute, neto do fundador e então com 22anos, já colaborava nos trabalhos e preparava-separa dar continuidade à oficina do avô.
Esta oficina portuense de mármores tem resistido ao passar dos tempos e é já a mais antiga emactividade. Actualmente sob a direcção de JoséManuel Gonçalves" (bisneto de Felisberto AlvesBaut), nela se continua a trabalhar o mármore deforma virtuosa.
Notas
1 Baseamo-nos num folheto da firma Felisberto AlvesBahuie.filho, de 25 de Setembro de 1946, que fazia publicidadeà reorganização e modernização da oficina.
2 Ibidem.3 Largo hoje inexistente, no local da actual Avenida dos
Aliados.4 Almanaque Hisiorico, Commercial, Administrativo e Indus-
trial da Cidade do Porto para 1883, p. 453.5 Almanaque do Porto e seu Districto para 1886, p. 164.6 Inquérito Industrial de 1890, vol. IV, p . 436.7 Inquérito Industrial de 1890, vol. IV, p. 436 e Almanaque
do Porto e seu Districto para 1893, p. 278.8 Folheto/carta da firma Viuva de Felisberto Alves Bahut
(de 1917), fazendo publicidade à reorganização da oficina, apósa morte do mestre.
9 Almanaque do Porto e seu Districto para 1893, p. 278.10 Eventualmente, o seu filho homónimo (1882-1918) terá
continuado a actividade da oficina de canteiro, na Rua doBonjardim, números 445 a 449.
11 Existe projecto para este monumento no Arquivo Histórico Municipal do Porto (Plantas de Casas, L. 0 73, fi. 406).Recolhemos esta informação em SOUSA, 1994.
12 Situada no local da actual Praça dos Poveiros, em frente à Rua de Passos Manuel.
13 O apelido Baut, cuja origem desconhecemos, evoluiupara Bahut e posteriormente para Bahute.
14 Folheto de 1917.Is Ibidem.16 Segundo a tradição oral familiar.17 Na oficina, uma placa com a data de 25 de Setembro de
1946 assinala a sua restruturação. Esta data é também a do jácitado folheto publicitário publicado nesse ano.
18 Folheto de 1946.19 A quem devemos grande parte das informações deste
trabalho, bem como a gentil cedência dos desenhos de seubisavô.
Fontes e Bibliografia
Fontes
ARQUIVO HISTÓRICO MUNICIPAL DO PORTO
[Planta de um jazigo], , Plantas de Casas, L.0 73,fi. 406.
Arqueologia Industrial, 3a Série, 1998, II (1-2)
Referências Bibliográficas
Almanaque Historico, Commercial, Administrativo eIndustrial da Cidade do Porto para 1883, por JoséAntónio Castanheira, Porto, Empreza Editora,1882.
Almanaquedo Porto e seu Districto para 1886, Porto,Typ . de A. Vieira Paiva, 1885.
Almanaquedo Porto e seu Districto para 1893, Porto,Typ. de A. Vieira Paiva, 1892.
Folheto/carta da firma Viuva de Felisberto AlvesBahut, sem ano ou indicação da tipografia. Foiposteriormente colocada a data de 20 de Julho de 1917, embora - pelo conteúdo - será definais de Agosto ou Setembro desse ano. Existente na respectiva oficina.
Folheto da firma Felisberto Alves Bahute, filho, de25 de Setembro de 1946, impresso na Tipografia Cardoso (Porto) . Existente na respectiva oficina.
MINISTERIO DAS OBRAS PUBLICAS, COMMERCIO E
INDUSTRIA. DIRECÇÃO GERAL DO COMMERCIO
E INDUSTRIA (1891), Inquérito Industrialde 1890.Lisboa: Imprensa Nacional.
QUEIROZ, J. Francisco F. (1997a), O Ferro na ArteFunerária do Porto Oitocentista. O Cemitério daIrmandade de Nossa Senhora da Lapa, 1833-1900,Dissertação de Mestrado em História da Arteapresentada à Faculdade de Letras do Porto, apublicar.
QUEIROZ, J. Francisco F. (1997b), "Um virtuoso domármore. Outras notas para urna biografia deAntónio Almeida da Costa (1832-1915)", Boletim da Associação Cultural Amigos de Gaia, VilaNova de Gaia, 44: 49-54.
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SOUSA, Gonçalo de Vasconcelos e (1994), Cemitérios Portuenses: História e Arte, Seminário policopiado apresentado no curso de Ciências Históricas (ramo de Património) da UniversidadePortucalense, Porto, 6 tornos, 12 volumes.
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Para a história da "Centenária Casa Felisberto": Francisco Queiroz
5UMARY: ln the 19th centurq, marble industry applied to cemeieru arts had a great deoelopment inPortugal, since a llelO reality lOas emerging: the Romantic cemeteries. ln Oporio, a city toitl: almostno tradition in such kind of sione, lots of specialised marble toorkshops appeared, some of ihem toeredirected by marble-cutters [rom Lisbon. Fel isberto Alves Baut lOas one of ihese. His toorkshop stillcxists, and it's the oldes t marble lOo rkshop[unctioníng in Oporio today.
KEYWORD5: Felisberto Alves Baut; Marble-cutter; Marble; Funerary art; 19th/20th centuries; Oporto.
RE5UMÉ: Au 19éme si écle, la industrie du marbre apiiou éaux arts cimetieriel1es a subit un granddéveloppement au Portugal, avec le arrivé d'une nouuelle realit é: le cimeti ére Ronuintique. A Porto,une cité avec pratiquement aucune tradition de travai! SUl' ce gellre de pierre, beaucoup de ouvroirsde marbre ont paru), et quelques ont eté conduites par marbriers naiurels de Lisbonne. FelisbertoAlves Baut c' est II1l exemple. Leur ouoroir continue encore, et c'esi le plus ancien marbre ouuroir aPorto qui travail aujourd'hui.
MOT5-CLÉ: Felisberto Alves Baut; Marbrier; Marbre; Art Fun éraire; 19éme/20éme siécles; Porto.
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