Para a investigação da hipótese segundo Neyman e Pearson é necessário:
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Aula 12 - Teste de associação 1
DATA Aula CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
10/03 Segunda 1 Níveis de mensuração, variáveis, organização de dados, apresentação tabular
12/03 Quarta 2 Apresentação tabular e gráfica
17/03 Segunda 3 Apresentação gráfica; medidas de tendência central e de posição
19/03 Quarta 4 Medidas de tendência central e de posição; medidas de dispersão ou de variabilidade
24/03 Segunda 5 Medidas de correlação, noções de regressão linear simples, estimando a equação da reta
26/03 Quarta 6 Medidas de associação
31/03 Segunda 7 Consolidação de conteúdo - Exercícios
02/04 Quarta 8 Avaliação 1
14/04 Segunda 9 Noções de probabilidade; noções de amostragem; distribuição binomial
16/04 Quarta 10 Distribuição normal, distribuição amostral da média
23/04 Segunda 11 Teste de hipóteses de parâmetros populacionais – conceitos; teste de hipóteses de uma proporção populacional
28/04 Segunda 12 Teste de hipóteses de associação
30/04 Quarta 13 Avaliação 2
12/05 Segunda 14 Teste de hipóteses de uma média populacional
14/05 Quarta 15 Teste de hipóteses de duas médias com amostras independentes e dependentes
19/05 Segunda 16 Teste de mais de duas médias – ANOVA um fator fixo
21/05 Quarta 17 Estimação de parâmetros por intervalo de confiança: média e proporção
26/05 Segunda 18 Consolidação de conteúdo – Exercícios
28/05 Quarta 19 Avaliação 3
02/06 Segunda 20 Encerramento
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Para a investigação da hipótese segundo Neyman e Pearson é necessário:
1) formular as hipóteses estatísticas;
2) fixar a probabilidade do erro tipo I;
3) calcular o tamanho da amostra necessária para detectar uma diferença que se suspeita existente o que é equivalente a fixar a probabilidade do erro tipo II.
4) apresentar a distribuição de probabilidade da estatística do teste;
5) estabelecer a(s) região(ões) de rejeição e aceitação (regiões críticas) do teste;
6) realizar o estudo, ou seja , coletar os dados e calcular a estatística do teste;
7) confrontar a estatística observada com a região crítica;
8) tomar a decisão;
9) elaborar a conclusão.
Teste de hipóteses de associação pelo Qui-quadrado de Pearson
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Teste de hipóteses de associação pelo Qui-quadrado de Pearson
Estabelecimento das hipóteses:
H0: Não existe associação
Ha: Existe associação
Fixando-se a probabilidade de erro tipo I: Nível de significância () = 0,05
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Teste de hipóteses de associação pelo Qui-quadrado de Pearson
Estatística do teste:
2)1)(1(
2
~)(
crE
EOquadradoQui
onde r e c representam o número de linhas e de colunas, respectivamente.
Correção de continuidade:
2)1)(1(
2
Yates de correcao ~)5,0|(|
crE
EOquadradoQui
Limitações: Para n<20, utilizar o teste exato de Fisher Para 4020 n , utilizar o qui-quadrado somente se os valores esperados forem maiores ou iguais a 5
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Teste de hipóteses de associação pelo Qui-quadrado de Pearson
Distribuição qui-quadrado ( 2)1( n ) com (n-1) graus de liberdade
Seja uma população com distribuição normal ),( N . Se desta população se obtiver um número
infinito de amostras de tamanho n, calculando-se as quantidades x e S2 em cada amostra, a
variável aleatória 2)1(2
2
~)1(
n
Sn
, onde 2
)1( n se lê "qui-quadrado com n-1 graus de liberdade"
Berquó (1981). A distribuição qui-quadrado é assimétrica e se torna menos assimétrica a medida que os graus de
liberdade aumentam. Os valores da distribuição são sempre positivos (maior ou igual a zero). Existe
uma família de distribuições qui-quadrado, dependendo do número de graus de liberdade. Para
grandes amostras, a distribuição qui-quadrado tende para uma distribuição normal.
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Teste de hipóteses de associação pelo Qui-quadrado de Pearson
O qui-quadrado é obtido somando-se razões dadas pelos quadrados das diferenças entre
freqüências observadas e as esperadas, divididos pelas freqüências esperadas.
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( )O E
E
Quando as variáveis são independentes, é quivalente a dizer que não existe associação, e neste
caso, o valor do qui-quadrado será zero. O qui-quadrado não mede força de associação e não é
suficiente para estabelecer relação de causa e efeito.
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Teste de hipóteses de associação pelo Qui-quadrado de Pearson
Área de rejeição do teste: densidade
X2 0 5 10 15 20
0
.1
.2
.3
.4
.5
.6 .6
Qui-quadrado crítico = 3,841
Área de rejeição de H0 α=0,05
Para a tomada de decisão, utiliza-se a regra: rejeita-se H0 se o valor calculado do qui-quadrado for
maior do que o valor crítico para um nível de significância pré definido.
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Teste de hipóteses de associação pelo Qui-quadrado de Pearson
Com o objetivo de investigar a associação entre história de bronquite na infância e presença de tosse diurna ou noturna em idades mais velhas, foram estudados 1319 adolescentes com 14 anos. Destes, 273 apresentaram história de bronquite até os 5 anos de idade sendo que 26 apresentaram tosse diurna ou noturna aos 14 anos.
Número de adolescentes segundo história de bronquite aos 5 anos e tosse diurna ou noturna aos 14 anos de idade. Local X, ano Y.
Tosse Bronquite Total Sim Não
Sim 26 44 70 Não 247 1002 1249 Total 273 1046 1319
Fonte: Holland, WW et al.. Long-term consequences of respiratory disease in infancy. Journal of Epidemiology and Community Health 1978; 32: 256-9.
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Teste de hipóteses de associação pelo Qui-quadrado de Pearson
Valores observados (O)
Valores esperados (E)
(O-E) (O-E)2
E
EO 2)(
26 14,488 11,512 132,526 9,147 247 258,512 -11,512 132,526 0,513 44 55,512 -11,512 132,526 2,387
1002 990,488 11,512 132,526 0,134 Qui-quadrado= 12,181
Qui-quadrado com correção de continuidade de Yates Valores observados
(O) Valores esperados
(E) (O-E) (|O-E| -0,5)2
E
EO 2)5,0|(|
26 14,488 11,512 121,26 8,37 247 258,512 -11,512 121,26 0,469 44 55,512 -11,512 121,26 2,184
1002 990,488 11,512 121,26 0,122 Qui-quadrado= 11,145
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Teste de hipóteses de associação pelo Qui-quadrado de Pearson
Decisão: O valor do qui-quadrado calculado é maior do que o valor do qui-quadrado crítico para 1 grau de
liberdade e nível de significância de 5%, portanto, rejeita-se H0.
Conclusão: Pode-se dizer que na população existe associação entre bronquite na infância e tosse
na adolescência.
densidade
X2 0 5 10 15 20
0
.1
.2
.3
.4
.5
.6 .6
Qui-quadrado crítico = 3,841
Área de rejeição de H0 α=0,05
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Teste de hipóteses de associação pelo Qui-quadrado de Pearson
Exercício Considere os dados apresentados a seguir. Investigue a existência de associação entre níveis de -caroteno (mg/ L) e hábito de fumar, em puérperas. Utilize as abordagens de Neyman e Pearson (nível de significância de 5%) e de Fisher. Distribuição de mulheres no período pós parto, segundo hábito de fumar e nível de -caroteno sérico
-caroteno (mg/L) Fumante Não Fumante Total Baixo (0 – 0,213) 56 84 140 Normal (0,214 – 1,00) 22 68 90 Total 78 152 230
Fonte: Silmara Salete de Barros Silva, tese de Doutorado [2003]
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Teste de hipóteses de associação pelo Qui-quadrado de Pearson
densidade
X2 0 5 10 15 20 0
.1
.2
.3
.4
.5
.6 .6
Qui-quadrado calculado = 12,2
P=Prob (do valor observado do qui-quadrado ou de um valor mais extremo pertencer à curva onde não existe associação)
Abordagem de Fisher
Qui-quadrado calculado =12,2
Pela tabela da distribuição qui-quadrado, com 1 gl, p<0,001 (na tabela, menor que 0,1%)
Calculando-se o valor de p
pelo Excel, para 1 gl, o valor
de
p não corrigido = 0,0004829
Conclusão: Existe forte evidência contrária à independência portanto a associação observada ocorre não devido ao acaso. Pode-se dizer que os dados são compatíveis com existência de associação entre bronquite na infância e tosse na adolescência, na população.
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Os dados a seguir são de um estudo caso-controle que investiga a relação entre consumo de café e câncer de esôfago.
Consumo de café Casos Controles Total Sim 140 280 420 Não 11 56 67 Total 151 336 487
Fonte: Fonte: Kirkwood BR. Essentials of Medical Statistics, 1988
Distribuição de adultos residentes em seis municípios mais populosos do Estado do Maranhão segundo sexo e obesidade com base na circunferência da cintura. 2006.
Obesidade Masculino Feminino Total n % n % n % Ausente 280 260 540 Presente 113 352 465 Total 393 612 1005
Fonte: Veloso HJF, Silva AAM. Ver Brás Epidemiol. 2010;13(3):400-412 (adaptado).
Exercícios
Investigue a existência de associação para as duas situações abaixo. Utilize a abordagem de Newman e Pearson com nível de significância de 5%.
Situação 1
Situação 2