Para Cantores iniciantes

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hs Mini apostila para cantores iniciantes Por Isabela Rhodes de Paula Para Vocal Pop Dicas para cantores

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Mini apostila para cantores iniciantes. Vocal Pop

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Mini apostila paracantores iniciantesPor Isabela Rhodes de PaulaPara Vocal Pop

Dicas para cantoresIsabela Rhodes Exclusividade Vocal Pop

Sade vocalPigarro e refluxo so problemas frequentes pra quem trabalha com a voz, uma das causas pode ser a m alimentao, o que pode ser resolvido da seguinte maneira: no se alimentar imediatamente antes de cantar, alm de evitar alimentos lcteos, gordurosos, doces, alcolicos ou ctricos em grande quantidade nos dias em que for cantar. Tais alimentos no so bem digeridos, podendo causar refluxo e pigarro, alm de deixar a saliva mais espessa. O refluxo quando no tratado pode causar danos maiores, tanto na garganta como pode desencadear crises de rinite e/ou sinusite, nesse caso um mdico deve ser consultado. Pra quem tem propenso aos problemas respiratrios a dica sempre manter-se hidratado tomando gua e aplicando soro fisiolgico nas narinas com frequncia. Em caso de dor de garganta contra indicado o uso gengibre, pelo fato de ser antibitico e anestsico natural, podendo causar resistncia de bactrias e perda de sensibilidade na regio das pregas vocais. O ideal visitar um mdico, poupar a voz e fazer gargarejos com gua morna e sal.Alimentos leves e adstringentes, como a ma, so sempre bem vindos na alimentao no cantor, por limparem as pregas vocais e no causarem problemas de digesto. Pastilhas, gargarejos com usque, mel e limo no ajudam a sade vocal e to pouco so recomendados para a prtica do canto saudvel.

Estudando uma nova msicaAntes de comear a trabalhar a parte vocal propriamente dita, quando h uma nova msica a ser cantada importante estud-la antes. bom comear ouvindo-a atentamente, ler a letra e pesquisar sobre ela, o contexto histrico que est inserida, o que ela transmite, os intrpretes, etc. Se for uma pea de um musical ou a ria de uma pera deve-se pesquisar sobre o contexto geral, sobre o personagem que canta determinada cano, o motivo de suas palavras e comportamento. Em seguida importante declamar a msica como se fosse um poema na sua lngua nativa (nesse caso o portugus), assim o sentimento que a cano deve transmitir deve ser bem trabalhado, o processo deve se repetir se o texto for em lngua estrangeira, levando em considerao a pronncia perfeita, por isso deve haver um entrosamento mnimo entre o cantor e a lngua a ser cantada. Feito isso a voz j pode ser trabalhada mais enfaticamente.

Trabalhando a voz (iniciantes)

FisiologiaEm primeiro lugar importante entender como os sons so produzidos e como funciona todo o aparelho fonador na hora do canto. Os rgos chamados fonadores tm como funo primria a respirao, a mastigao e a deglutio; como funo secundria produz os sons da fala humana.

PULMES O ar o componente bsico da fala ( ele que fornece a energia necessria para a fonao). A corrente de ar utilizada na fonao posta em movimento pelas paredes pulmonares, pelos msculos intercostais e pelo diafragma. O ar sai dos pulmes, passa pela laringe e sai: pela cavidade bucal; pela cavidade nasal, ou por ambas as cavidades. Normalmente, se produz a fala na expirao do ar dos pulmes, mas h sons, e maneiras de falar, em certas lnguas, produzidos na inspirao.

DIAFRAGMA O diafragma um msculo estriado esqueltico extenso que separa a cavidade torcica da abdominal. Ele muito importante no processo de respirao dos seres humanos. Nos seres humanos, o diafragma localiza-se junto s vrtebras lombares, as costelas inferiores e ao esterno. Conta com trs aberturas principais que possibilitam a passagem do esfago, nervos, artria aorta, vasos do sistema linftico e vasos do trax. Este msculo possui aspecto rugoso e est voltado para cima, sendo que sua parte anterior est mais elevada que a posterior.Caractersticas e funesQuando em estado de relaxamento, o diafragma possui formato de abbada. Durante a inspirao, este msculo se contrai e ao distender-se aumenta a capacidade do trax. Neste processo. o ar tende a entrar nos pulmes para compensar o vazio gerado. No momento em que este msculo entra em relaxamento, o ar acumulado expulso. Outra importante caracterstica do diafragma sua ajuda no processo de digesto dos alimentos. Ao contrair-se, o diafragma faz presso sobre o abdmen. Os movimentos do diafragma tambm so importantes para: tosse, espirro, parto e no processo de defecao.

LARINGE A laringe um rgo curto que conecta a faringe com a traqueia. Ela se situa na linha mediana do pescoo, diante da quarta, quinta e sexta vrtebra cervical. A parede da laringe composta de nove peas de cartilagens. Trs so mpares e trs so pares. As trs peas mpares so a cartilagem tireoide, a epiglote e a cartilagem crinoide. A cartilagem tireoide consiste de cartilagem hialina e forma a parede anterior e lateral da laringe, maior nos homens devido influncia dos hormnios durante a fase da puberdade. As margens posteriores das lminas apresentam prolongamentos em formas de estiletes grossos e curtos, denominados cornos superiores e inferiores. A cartilagem crinoide localiza-se logo abaixo da cartilagem tireoide e antecede a traqueia. A epiglote se fixa no osso hioide e na cartilagem tireoide. A epiglote uma espcie de "porta" para o pulmo, onde apenas o ar ou substncias gasosas entram e saem dele. J substncias lquidas e slidas no entram no pulmo, pois a epiglote fecha-se e este se dirige ao esfago.

PREGAS VOCAIS So duas membranas elsticas em posio horizontal na laringe, maneira de lbios, indo do pomo-de-ado na frente da laringe (parte anterior) para as cartilagens carotenoides atrs (parte posterior). Na parte anterior, as cordas vocais esto ligadas cartilagem tireoide, e na parte posterior s duas cartilagens carotenoides. As cordas vocais podem juntar-se, obstruindo assim a passagem do ar, ou separar-se, deixando o ar passar livremente, conforme forem guiadas pelas duas cartilagens carotenoides. As extremidades das cordas vocais fixadas tireoide permanecem sempre juntas; movem-se apenas as extremidades ligadas s carotenoides, movimentando as cordas vocais. A abertura entre as cordas vocais a glote, que possui, quando aberta, a forma de V.

FARINGE a cavidade situada entre a boca (raiz da lngua), as fossas nasais, a laringe e o esfago. O ar, vindo dos pulmes atravs da laringe, passa pela faringe e sai pela boca, pelo nariz ou por ambos, dependendo da posio do palato mole. A faringe pode mudar de forma e tamanho pelo recuo da raiz da lngua, o movimento para cima ou para baixo da laringe ou a contrao da parede posterior da faringe durante a fonao e a deglutio. A faringe funciona como ressonador, influindo na ressonncia dos sons voclicos (sons das vogais). A poro superior da faringe, denominada parte nasal ou nasofaringe, tem as seguintes comunicaes: duas com as coanas, dois stios faringeos das tubas auditivas e com a orofaringe. A parte da orofaringe tem comunicao com a boca e serve de passagem tanto para o ar como para o alimento. A laringofaringe estende-se para baixo a partir do osso hioide, e conecta-se com o Esfago (canal do alimento) e posteriormente com a laringe (passagem de ar). Como a Parte oral da faringe, a laringofaringe uma via respiratria e tambm uma via digestria. A tuba auditiva tambm se comunica com a faringe atravs do steo farngico da tuba auditiva, que por sua vez conecta a parte nasal da faringe com a cavidade mdia timpnica do ouvido.

PALATO a parte superior da cavidade bucal. A parte anterior (2/3 do palato), ssea e fixa, chamada palato duro ou abbada. A parte posterior, musculosa e mvel, chama-se palato mole ou vu palatino. O palato mole pode abaixar-se, deixando o ar sair pela cavidade nasal (como na respirao ou emisso de sons nasais). Quando o palato mole est levantado e encostado parede posterior da faringe, fecha a passagem nasal e o ar sai pela boca (como na fala de sons orais). O palato mole pode, tambm, estar parcialmente levantado, deixando o ar passar pela boca e pelo nariz ao mesmo tempo (como na articulao de sons nasalizados).

LNGUA Ela um rgo muscular mvel, feita de numerosos msculos e ligada epiglote e laringe. Ela pode e deve executar movimentos extremamente precisos, em diferentes pontos da cavidade bucal. o principal rgo da articulao.

NARIZ O nariz uma protuberncia situada no centro da face, sendo sua parte exterior denominada nariz externo e a escavao que apresenta interiormente conhecida por cavidade nasal. O nariz externo tem a forma de uma pirmide triangular de base inferior e cuja a face posterior se ajusta verticalmente no 1/3 mdio da face. As faces laterais do nariz apresentam uma salincia semilunar que recebe o nome de asa do nariz.

TRAQUIA A traqueia constitui um tubo que faz continuao laringe, penetra no trax e termina se bifurcando nos 2 brnquios principais. Ela se situa medianamente e anterior ao esfago, e apenas na sua terminao, desvia-se ligeiramente para a direita. O arcabouo da traqueia constitudo aproximadamente por 20 anis cartilagneos incompletos para trs, que so denominados cartilagens traqueais.

RESSONADORES

O som produzido na laringe seria praticamente inaudvel se no fosse amplificado e modificado pelas caixas de ressonncia prximas laringe. Para a tcnica vocal (o canto), daremos especial ateno aos ressonadores da face. So eles: cavidade da boca, cavidades do nariz e os seios paranasais, chamando-os de ressonadores faciais ou voz facial. esta voz facial que o cantor, seja qual for sua voz, deve e precisa desenvolver. Uma voz que no explora essas ressonncias, mesmo sendo uma voz forte, ser uma voz sem brilho e sem qualidade sonora. A voz bem colocada tem penetrao, beleza e qualidade.A voz no impostada, no trabalhada, geralmente apoiada na garganta, emitindo, assim, sons imperfeitos, sem brilho, mesmo que o timbre seja muito bonito e agradvel.As cavidades de ressonncia esto situadas frente da coluna cervical, isto atrs da parte ssea e do maxilar e seguem laringe. Elas so compostas pelo baixo ou oro-faringe, limitada embaixo pelas cordas vocais, frente pela epiglote e a base da lngua, e atrs pela parte anterior da coluna vertebral que recoberta pelos msculos constritores. Ao lado esto os pilares, prolongados acima pelo vu palatino. Acima e atrs das fossas nasais, o cavum, ou rino-faringeEstas cavidades possuem paredes fixas (maxilar superior e palato duro) e paredes mveis (mandbula, lngua, epiglote, lbios e vu palatino). Suas formas e dimenses so variveis dependendo das pessoas. Alguns destes rgos tm um sentido muscular (lngua, lbios e mandbula) e outros no tm (vu, palatino, laringe e cordas vocais). No interior desta cavidade se encontra o vu palatino que se segue ao palato. Ele pode ter um dimetro transversal e sagital mais ou menos desenvolvido e ser mais ou menos longo e musculoso. Qualquer que seja sua forma, o mais importante sua mobilidade. Sua posio depende das atitudes articulatrias e varia, segundo a ausncia ou a presena de nasalizao. Neste caso, ele se abaixa e deixa passar um pouco de ar nas cavidades nasais. Ele muda tambm, segundo os movimentos da mandbula, dos lbios, da laringe e o alargamento, mais ou menos pronunciado da faringe. Ao nvel dos pilares, do vu palatino e da parede farngea, este alargamento sentido como uma atividade muscular importante e muito sensvel.

Relaxamento, alongamento corporal e postura

O corpo no deve se apresenta enrijecido e tenso ao cantar, por isso importante alongar-se e aquecer-se de maneira confortvel antes de faz-lo. Alm disso, importante manter uma boa postura, tanto para que a respirao e os mecanismos musculares envolvidos na prtica do canto no sejam prejudicados, quando pela imagem projetada pelo cantor para a audincia. Os ombros e abdome devem permanecer relaxados, mas no contrados, o peito no deve projetar-se pra fora, estufado. Pescoo, peito, coluna e o ilacodevem estar alinhados. A cabea deve estar paralela ao cho e balanceada sobre os ombros, sem pender para os lados, para baixo ou para cima. O cantor deve desenvolver o seu corpo. No somente a laringe, que produz os seus sons vocais, mas como um todo, o seu instrumento. Deve-se imaginar o corpo como tendo as mesmas possibilidades de sonoridade como a caixa de som do violino, e nunca como uma pedra.

Boa articulao das palavrasNo ato de cantar muitas vezes pode-se sacrificar a boa dico e articulao das palavras enquanto preocupa-se com qualidade da voz. importante policiar-se para que esse problema no ocorra. Quanto a isso existe um exerccio que ajuda a evita-lo: apoie um lpis, caneta ou palito de picol em baixo do nariz, prenda-o com leve presso do lbio superior prenda esse objeto enquanto l em voz alta um texto qualquer. Leia novamente sem nenhum obstculo.Estude trava lnguas, leia-os em voz alta.

RELAO DE FRASES EM ORDEM ALFABTICA a. A gata amarrada arranha a aranha. b. Bondosa beldade balzaqueana beneficiava Belgas. c. O capenga cangaceiro capangava na capoeira do cangao. d. O dente de dentro di e d doena. e. Em Erechim endeream esse bilhete a Henrique que tem de exercer a eleio. f. Na fornalha flamejante fulge o fogo com furor; o fole frentico faz fumaa e fagulhas fulgurantes que ofuscam. g. O Genovs, jovem gigante, gira e geme no ginsio, na ginstica. h. No jardim japons gentis jaanans, jandeiras, jaspeadas, jaburu, janetas e juritis gemendo. i. Dificlimo dividir mililitros de mirfico jiripiti. j. No laranjal abelhas laboriosas em tumulto coletam o plen para o inigualvel mel de suas colmeias. k. O mameluco melanclico meditava e a megera megalocfala, macabra e maquiavlica, mastigava mostarda na maloca miasmtica. l. No nada ningum no Nilo. m. O promotor comprou o horscopo do Ostrogado. n. Pedro Paulo Pacfico de Paixo, pacato e pachorrento procurador do meu pranteado pai, depois de provar uma pinga, tomou um pileque e promoveu uma pagodeira com a populao do porto. o. O liquidificador quadridentado liquidifica qualquer coisa liquidificvel, e quebra as liquidificveis. p. O rato, ratazanas e o ratinho, roeram as ricas roupas e rasgaram rtilas rendas da rainha D. Urraca de Rombarral. q. Se 86 serras serra 66 cerejeiras - 666 serras serraro - 666 cerejeiras.

Leia em voz alta os seguintes exerccios:

* PA TA KA PRA TRA KRA PLA TLA KLA* PE TE KE PRE TRE KRE PLE TLE KLE* PI TI KI PRI TRI KRI PLI TLI KLI* PO TO KO PRO TRO KRO PLO TLO KLO* PU TU KU PRU TRU KRU PLU TLU KLU

* BA DA GA BRA DRA GRA BLA DLA GLA* BE DE GUE BRE DRE GRE BLE DLE GLE* BI DI GUI BRI DRI GRI BLI DLI GLI* BO DO GO BRO DRO GRO BLO DLO GLO* BU DU GU BRU DRU GRU BLU DLU GLU

* FA SA XA FRA SRA XRA FLA SLA XLA* FE SE XE FRE SRE XRE FLE SLE XLE* FI SI XI FRI SRI XRI FLI SLI XLI* FO SO XO FRO SRO XRO FLO SLO XLO* FU SU XU FRU SRU XRU FLU SLU XLU

Dica de vdeo para melhorar a dico: https://www.youtube.com/watch?v=iOMLT3jpMX0

Respirao, apoio e afinao

essencial ao cantor dominar a respirao, esta, combinada ao conhecimento do seu aparelho fonador, ir direcion-lo para uma boa afinao e homogeneidade, elemento crucial no canto. O controle da entrada e sada do ar nos pulmes sem a elevao das costelas e clavculas consiste, basicamente, no apoio, ou seja, controle elstico da elevao do diafragma na expirao (e dos msculos abdominais intercostais) com finalidade de manter o equilbrio da coluna de ar e aplic-la fonao.No ato da inspirao deve-se promover uma leve presso abdominal (baixo ventre, prximo ao umbigo), seguindo-se de uma leve contrao gltea. Logo aps deve haver um leve recolhimento da barriga, sem envolver a regio estomacal, seguido de sutil contrao gltea. Nesse momento haver leve e natural expanso lateral das costelas.

ALGUNS EXERCCIOS DE RESPIRAO Comear sempre o exerccio respiratrio com uma boa expirao. Observar continuamente o comportamento dos msculos respiratrios (abdominais intercostais) Manter sempre, uma boa postura: coluna reta, ombros cados, nunca estufar o peito ou levantar os ombros. A inspirao deve ser feita pelo nariz, narinas dilatadas, garganta bem aberta. A expirao deve ser feita pela boca, soprando. Exerccio 1Em p, postura correta, corpo relaxado, mos na cintura: Soprar, como quem apaga uma vela; Pequena pausa; Inspirar, leve e rapidamente - fungando, narinas dilatadas, garganta bem aberta (a garganta, no a boca) como que aspira um perfume de flor, sentindo que o movimento inspiratrio se faz na parte baixa do tronco e no abdmen; Pequena pausa; Soprar, como quem apaga uma vela (bochechas, maxilar inferior e lbios RELAXADOS).

Exerccio 02 Idem exerccio n9 01 at a letra "d"; Soprar em "SSS" (como um pneu esvaziando) soltando o ar levemente. Repetir 3 vezes. NOTA - alterar os exerccios, depois de bem dominados, no lugar de "S5S", pode-se fazer com "ZZZ", bem sonoro, como de uma abelha, "FFF", maxilar superior encostando no lbio inferior.

Exerccio 03 Procurar imitar um cachorrinho cansado, ou com calor, com pequenas contraes do diafragma. Tomar um mnimo de ar. Ritmar as contraes.

Exerccio 04 Inspirar o mximo de ar; reter, segurar o ar e contar: 1 - 2 - 3 - compassadamente, baixinho, economizando o mximo do ar; e verificar at quando aguenta.

Exerccio 05Respirar o mximo de ar; reter e cantar a vogal A num tom agradvel, at acabar o ar. Exerccio 06 Diafragma a) Soprar com energia, dando impulsos com o diafragma para baixo.Explorar consoantes - com energia: PTS - PPP - TTT - SSS.

Exerccio 07Controle do Som - Expirar, prender o ar, emitir uma nota longa, (piano*) em MU ou s M. uma emisso que no forte nem fraca

Vdeos de exerccios e demonstraes de apoio e respirao adequados:https://www.youtube.com/watch?v=uCeJnXHyoP8

https://www.youtube.com/watch?v=Hma1oLChj5k

RECOMENDAES O cantor deve fazer alguns exerccios de respirao profunda, especiais para o canto. S por meio de uma respirao bem controlada se adquirir a nitidez do ataque e no final os sons, assim como sua continuidade, estabilidade e flexibilidade. Para cantar no necessrio expirar muito ar, e sim sab-lo emitir com economia. O excesso de ar oprime e molesta o cantante. necessrio inspirar muito ar puro para ter sempre pulmes sadios. Prtica do controle respiratrio atua sobre os centros nervosos equilibrando-os.

Nota: No decorrer dos exerccios importante lembrar de muita presso, essa firmeza costo-abdominal justamente sobre equilbrio, controle das modificaes da tonicidade muscular da parede abdominal. O treinamento dessa regio est relacionado agilidade muscular e no com a rigidez do mesmo, que nociva ao canto e sustentao. A qualidade vocal est relacionada a maleabilidade entre firmeza e relaxamento do diafragma, de acordo com a vontade e necessidade do cantor.Alm disso, boa forma fsica e bom funcionamento dos pulmes so aliados da respirao de um cantor. A prtica de atividade fsica consciente e constante, alm do distanciamento de substncias nocivas atividade pulmonar, como os cigarros, so cmplices da boa emisso de notas, facilidade de movimentao no palco e controle vocal. Ioga, natao mergulho em apinia, dana e caminhada so exemplos de atividades que contribuem para o maior controle e capacidade respiratria.

EXERCCIOS PARA O VE PALATAL

a. Bocejar. Ao fazer o bocejo, Pronunciar lentamente: GONG, GONG, GONG, GONG. b. Emitir e alternar a vogal oral com a nasal. Obs.: Ao realizar esses exerccios deve-se observar o posicionamento do vu palatal e da lngua.

AFINAOPara um canto afinado, necessrio antes aprender a ouvir, conhecer as notas e at conhecer teoria musical. Tocar um instrumento tambm pode ser muito til nesse processo.Para comear vlido um piano, teclado ou teclado virtual e solfejar as notas, de preferncia a partir do d central, onde a maioria das vozes fica confortvel. Faa esse exerccio repetidas vezes inicialmente, lembrando-se sempre do uso do apoio e postura adequados a laringe deve estar sempre baixa, prestando ateno na ressonncia das notas e persistindo em cada uma delas at que o som produzido seja o mesmo da tecla do instrumento em questo.Ouvir a prpria voz importante para o cantor, assim, gravar o que cantado uma maneira de identificar os erros cometidos e corrigi-los.A laringe deve estar estabilizada no momento do canto, sem subir muito. A voz no deve apresentar tenso. Exemplos: https://www.youtube.com/watch?v=uQFA361ghAA&list=PLsR8FnFm5ftnd62FMzUjOmHBmfROsAme8&index=11https://www.youtube.com/watch?v=OnBrsqMe9rE&list=PLsR8FnFm5ftkyDQD1oA8pCiBLjou9g4tS

A seguir vdeos que ajudam a trabalhar afinao, apoio e colocao da voz.

https://www.youtube.com/watch?v=sos56GfR_bMhttps://www.youtube.com/watch?v=rOLq7ospDrw&list=PLsR8FnFm5ftnd62FMzUjOmHBmfROsAme8&index=26https://www.youtube.com/watch?v=dSxHiiULJTshttps://www.youtube.com/watch?v=uQFA361ghAA&list=PLsR8FnFm5ftnd62FMzUjOmHBmfROsAme8&index=11REGISTROS

Os registros vocais so basicamente trs:

1. REGISTRO MODAL Nele a laringe est numa posio baixa e as pregas vocais vibram mais lentamente fazendo vibrar os ossos do trax, da o termo VOZ DE PEITO. nossa voz natural. Aquela que utilizamos na fala. So subdivises do Registro modal voz de peito, mista e de cabea. Conhecido como voz plena.2. REGISTRO BASAL Assemelha-se a um ranger de porta abrindo. Pode ser usado como indicador de musculatura relaxada. apelidado de frai (fry), vem da palavra em ingls cujo significado literal fritar, sugerindo semelhana entre o som de alimentos fritando e o registro em questo.3. REGISTRO ELEVADO Tem por caracterstica a elevao da laringe e por vibraes mais rpidas das pregas vocais. Segundo Claire Dinville, ele se caracteriza, tambm, por uma energia transmitida sob forma de sensaes vibratrias nas cavidades buco-faringo-nasais, ou seja na caixa craniana. So subdivises desse registro o assobio (whistle/ flauta) e falsete (falsetto).

Outra maneira de abordar o conceito dos registros entender os mecanismos larngeos, mais fceis de serem compreendidos.

Esq. Pregas vocais durante a fonao - Dir. Pregas vocais durante a respirao

As pregas vocais (msculo revestido por mucosa) so responsveis pela nota entoada e pelo tipo de registro emitido. Quando elas esto vibrando por todo o comprimento e profundidade do msculo vocal (TA), voc est com som dominantemente de peito (esquea ressonncia aqui, apesar desse termo ser utilizado por muitos como voz que ressoa no peito), se voc contrai os msculos CT, inclinando a cartilagem tireidea para frente e para baixo (movimento de bscula), voc est alongando e afinando as pregas vocais apertando-as e as colocando para vibrar apenas em suas extremidades superiores, o que da ao som uma qualidade mais leve e chamado de registro "cabea", ou se a ao de CT for mais forte, iremos para o registro elevado, ou falsete..Ou seja, acionando mais o msculo vocal, ou TA, a prega vocal tem uma rea de vibrao mais grossa, com mais massa, acionando menos esse msculo, o CT vai sobressair e a massa e a espessura da rea de vibrao da prega vocal sero menores.Muitas pessoas atribuem o nome dos registros ao local onde o som vibra, mas ressonncia tem a ver com o resultado de como voc manipula o som feito, e no onde ele gerado.

- A voz de peito (modal com predomnio de TA)O termo registro de peito, e tambm, voz de peito, mecanismo ou voz pesada e registro baixo referem-se ao som produzido pelo corpo principal da prega, que traz toda sua profundidade aproximando-a para a vibrao. o comportamento do TA.Predomina o uso do msculoTireoaritenideo TA, mais forte, que encurta e engrossa as pregas vocais e aumenta a amplitude da onda mucosa e o movimento das bordas das mesmas. Tem maior quociente de fechamento por ciclo de vibrao das pregas vocais, ou seja, as pregas ficam mais tempo fechadas que abertas durante a vibrao.

A "voz de peito" tem como caracterstica um som mais forte, encorpado e consistente, muitos a chamam de voz plena em detrimento dos outros registros.Na viso de cima da laringe as setas mostram o movimento dos msculos vocais, de encurtamento.Curiosidade: repare como podemos ver uma diviso no msculo TA, a parte mais prxima do centro, o TA interno, ou tireovocal, a parte mais longe do centro o TA externo, ou tireomuscular. o TA interno responsvel por esse encurtamento da prega vocal, deixando o som mais grave, enquanto o TA externo ajuda a fechar o espao entre as pregas, aumentando a intensidade e dando mais "fora" ao som.

Sua regio natural a mais grave, mas como uma voz mais forte que a de cabea muitos estilos a solicitam em regies mais agudas, como em musicais, no rock, ou mesmo em cantores lricos.

- A voz de cabea(modal com predomnio de CT)

O termo "registro de cabea", assim como ressonncia na cabea, voz de cabea, mecanismo ou voz leve e registro alto so todos referentes ao som produzido pela ao do msculoCricotireoideo(CT) sobre as pregas vocais, alongando e afinando-as para subir a nota aumentando o comprimento e tenso, atravs disso fazendo com que apenas os limites superiores das pregas se encontrem. Isso pode ser chamado de comportamento do CT.

Observe no grfico do Dr. Donnald Miller como o corpo da prega vocal em contato maior no registro mais pesado e menos no registro mais leve

A condio natural do registro de cabea que ele fraco, principalmente nas notas baixas (graves), normalmente soproso em quem no est habituado a produzi-lo, na maioria dos casos, os homens.Utiliza-se o msculo CT, que estica e afina as pregas vocais para atingir as frequncias mais agudas e gera um quociente de abertura maior por ciclo de vibrao, as pregas vocais ficam abertas mais tempo durante a vibrao. a qualidade mais leve e suave da voz, ligada voz feminina, infantil e ao falsete, a voz de cabea est geralmente associada doura, pureza, intimidade, leveza, tranquilidade, suavidade, etc.

- Voz mista(modal com equilbrio entre TA e CT)

a mistura dos comportamentos dos msculos TA e CT, podendo ser Misto-Peito, com prioridade do msculo TA sobre CT ou Misto-Cabea, priorizando a utilizao do CT sobre TA.Como uma balana podemos pensar que eles se mesclam 55% para um lado, 45% para o outro, 27% / 73%, ou 34% / 66%, e por a vai, o importante saber que usando mais TA o som fica mais potente, usando menos, fica mais suave.

Controlar esse balanceamento de registro o que nos permite remover a quebra no som, mencionada anteriormente, e oferece ao cantor a possibilidade de fazer notas agudas com o vigor das notas mais baixas ou notas graves com a sutileza das mais agudas.

O registro misto atingido quando TA e CT esto fortes o suficiente para conseguirem interagir de maneira completa. Portanto, para desenvolvermos tal registro necessrio trabalhar os demais, fortalecendo-os e condicionando-os. Podemos pensar no registro modal como um grande mix, alternando seu balano e escolhendo o som que se quer, por essa razo est se verificando que no existem subregistros, mas apenas um grande mecanismo de interao entre a musculatura da laringe.Esse o trabalho do treino de tcnica vocal, transformar msculos em arte.

Falsete, o registro elevado

O termo falsetto descreve um tipo especfico de som, bastante suave e "infantilizado". A leveza desse som causada pelas pregas vocais se tocando levemente, o TA (msculo da prega vocal) repousa quase totalmente e o som controlado pelo CT. uma produo que tem pouco contato na borda das pregas vocais, que ficam bastante esticadas e vibrando quase que paralelamente.Sua caracterstica o alcance dos agudos alm do registro modal e normalmente leve e soproso em vozes no trabalhadas. Por isso trabalhar falsete de extrema importncia para desenvolver os demais registros e muito usado em inmeros estilos musicais. Quando bem trabalhado se torna mais uma arma do bom cantor.O termo surgiu pois, na idade mdia, as mulheres (geralmente) no podiam cantar nas igrejas e os compositores utilizavam crianas, ou mesmo adultos (contra tenores, castratti, etc.) que falseavam a voz feminina, imitando-as. Muitos interpretam o falsete como sendo uma voz falsa, alguns dizem que o cantor em falsete est usando uma voz que no a dele, o que, pela descrio acima no se sustenta.Algumas pessoas vinculam o nome falsete s falsas pregas vocais, mas no h qualquer relao. O falsete produzido nas pregas vocais, e no nem mais nem menos que os outros registros, apenas um outro tipo de comportamento muscular.Todos podem produzi-lo, homens e mulheres, pois trata-se de um mecanismo fisiolgico, e no esttico, bastando apenas treino e direcionamento correto para atingi-lo.

Por muito tempo se acreditou que falsete feminino no existia, e isso est certo e est errado. O termo "falsete", vem de falsa voz feminina, ou seja, homens imitando mulheres, ento, mulheres no precisam imitar ningum e o som sai naturalmente, no tem falsete, certo? No bem assim. Pela configurao fisiolgica a mulher faz o mesmo que os homens, a diferena que nos homens a diferena no som desse registro mais perceptvel. Ento, mulher faz falsete, mas essa nomenclatura fica estranha, da a necessidade de se usar outro termo para esclarecer, como registro elevado.

Existe ainda um registro acima do falsete, que voc ouve aos montes nos trabalhos da cantora Mariah Carey, ou David Lee Roth do Van Halen, Eric Martin do Mr. Big, etc. chamado de Registro Flauta, ou Apito, ou Asssobio, mas ainda h muito a ser estudado sobre ele. sabido que emite um som extremamente agudo e cristalino e com pouca presso area com as pregas vocais bastante tensionadas, quase sem contato entre elas, e muitas vezes elas nem vibram, apenas param e recebem o ar que passa sibilando no seu vo.

Concluso

Certamente a ao desses msculos todos responsvel pelo tipo de som que produzimos, no tendo qualquer relao com onde ele ressoa, ou onde sentimos vibrar, como se pensou por muito tempo. As sensaes de vibrao, ou de som mais aqui, mais ali, etc. aparecem com o uso dos ressonadores e da articulao, que complementam os registros, criando estticas diferentes.O canto comparvel ao esporte, onde o atleta precisa desenvolver seu corpo, fortalec-lo, deixa-lo malevel e treinar seus movimentos para dominar sua arte. No canto a mesma coisa. Sendo a base do controle de voz o trabalho muscular, imprescindvel que haja um treinamento focado no desenvolvimento desses msculos, seja CT, TA, musculatura intercostal, diafragma, lngua, lbios, etc., e do resto do corpo todo. E, para isso, precisamos conhecer esse corpo, saber o que precisa ser feito para deix-lo apto ao canto, pois no h truques, no h mgica, nem receita do bolo, apenas um instrumento musical que deve ser preparado para o uso.

A magia est no resultado produzido por um canto bem feito, utilizando emoo e expondo sentimentos, e no no processo de produo dele, mas domin-lo te dar ferramentas mais versteis para ter a voz expressiva que todos sonham

Vdeos com exerccios e material sobre registros e assuntos complementares:

https://www.youtube.com/watch?v=R_ZzPg-7ZnQ

https://www.youtube.com/watch?v=bHSd6TItL3c

https://www.youtube.com/watch?v=5CQGWLi1Uu0

https://www.youtube.com/watch?v=Coacx2aFsGM

https://www.youtube.com/watch?v=ZAhLHCARA0U

Voz mista: https://www.youtube.com/watch?v=vITrb4OZQKQ

Notas agudas: https://www.youtube.com/watch?v=lh3HUYUSwQ8https://www.youtube.com/watch?v=S9KVxuXnKCQhttps://www.youtube.com/watch?v=-jVrjbh3AVw

Notas graves e agudas com conforto: https://www.youtube.com/watch?v=2KxtxPcDZPk Falsete: https://www.youtube.com/watch?v=hzipBIEVNjE

Belting: https://www.youtube.com/watch?v=xZ1s3M2Fg8U

Exerccios que trabalham a voz como um todo, a serem praticados no incio do dia:https://www.youtube.com/watch?v=oWDtqATMHpY&list=TLe6nSSJENTeXq5XaQOZ1a2Yj0LcBbOwK4

Classificao vocal no canto popular:https://www.youtube.com/watch?v=SUfs7EN4nf8&list=TL5zWwarbpVg1ajnYf7IiyldJApJzFebhi