Para gostar de literatura - clicRBS

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Para gostar de literatura Página 8 QUINTA-FEIRA, 4 DE OUTUBRO DE 2012 - N 0 02 Música e beleza das bandas e fanfarras Página 3 DIVULGAÇÃO Projeto da prefeitura de São José conta com cerca de 1,4 mil alunos e 16 grupos, entre eles, a banda Terra Firme, que tem como balizador Victor Livramento

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Para gostar de literatura

Página 8

QUINTA-FEIRA, 4 DE OUTUBRO DE 2012 - N0 02

Música e beleza das bandas e fanfarras Página 3

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ÃO

Projeto da prefeitura de São José conta com cerca de 1,4 mil alunos e 16 grupos, entre eles, a banda Terra Firme, que tem como balizador Victor Livramento

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EditorialSe você passar em frente a uma

escola municipal em São José é bem provável que escute uma banda marcial ou fanfarra tocando. É que nada menos que 16 instituições de ensino do munícipio possuem o seu próprio grupo musical. Em toda a ci-dade, são 1,4 mil pessoas envolvidas na atividade que é um verdadeiro espetáculo. Nesta edição destacamos ainda projetos e atividades desenvol-vidos em vários centros de educação infantil e fundamental nas áreas de cultura, esporte, meio ambiente, lite-ratura, alfabetização, comunicação, etc. Exemplos de que é possível fazer a diferença na educação.

2 4 DE OUTUBRO DE 2012

Diretor de Operações e Produto SC: Walter Bier HoechnerCoordenadora do Programa Jornal e Educação: Vanessa Sanceverino EstevesEditora do caderno: Viviane AraújoDiagramação: Keli Cumerlato e Taícia Ribeiro

Comunique-se com o DC na Sala de AulaRua: SC-401, nº 4.190, torre A – Florianópolis - SC CEP: 88.032-005Telefone: (48) 3216-3444Site: www.dcnasaladeaula.com.brE-mail: [email protected]: /dcnasaladeaula

Programa Jornal e Educação

Este caderno DC na Sala de Aula – Escolas Municipais que vo-cê está lendo é uma das iniciativas do Programa Jornal e Educação do Diário Catarinense, que trabalha a democratização da informação e oferece oportunidade a alunos de desenvolverem o pensamento críti-co e a cidadania.

Desde 2005, quando foi criado, o programa tem trabalhado na for-mação de estudantes, ajudando-os a refletir sobre a importância de conhecer, interpretar e trabalhar as mídias em sala de aula.

Exemplares do DC são enviados diariamente para as escolas conve-niadas. Paralelo a isso, é feito um acompanhamento pedagógico para auxiliar os alunos e professores a utilizar o jornal.

Já o caderno DC na Sala de Aula, que têm uma edição para es-colas estaduais e outra para muni-cipais, é um espaço para a divulga-ção de bons projetos desenvolvidos dentro das escolas e de trabalhos feitos por alunos, como desenhos e produções textuais. Participe!

DIÁ RIO CA TA RI NEN SE

ENSINO INTEGRAL

Em São José, cerca de 4 mil alunos passam o dia na escola

Neste ano, a Secretaria Municipal de Educa-ção de São José, por meio da Diretoria de En-sino, fundamentou o investimento pedagógico em questões relativas ao tripé de atuação: edu-cação integral, democratização da educação e conhecimento socialmente referenciado.

Antecipando a meta prevista no Plano Nacional de Educação para 2020, que prevê o atendimento de 50% dos estudantes das escolas públicas em período integral, São José começou a implantar este ano a educação integral para 15 turmas de 1o ao 3o ano de três unidades de Ensino Fundamental, totalizando 386 estudantes. Na Educação Infantil já são

atendidas mais de 2 mil crianças, das 7h às 19h. E no Ensino Fundamental, foi ampliado o tempo para oito horas de atendimento diário, contemplando 1.480 estudantes de 12 escolas.

Sendo assim, o município atende hoje 3.866 crianças e adolescentes em período integral. E com mais 12 obras de Centros de Educação Infantil, serão disponibilizadas mais 3,3 mil vagas para o início de 2013, subindo para 7.166 o número de estudantes atendidos. Na educação integral há um investimento impor-tante ainda na formação continuada para as equipes pedagógicas e professores, além de contratação de profi ssionais qualifi cados.

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De 29 a 31 de outubro acontece no Centro Multiuso, em São José, a 4a Semana da Educação de São José, que tem como desafi o abordar temáticas essenciais para a educação como currículo e democratização do conhecimento.

As conferências, palestras, minicursos, ofi cinas e apresentações serão uma exce-lente oportunidade para trocas de opiniões, articulação de grupos, discussão, questio-namento, apresentação de ideias, possibi-litando novas refl exões para os projetos político-pedagógicos e práticas curriculares

nas unidades de ensino. Para os docentes da rede

municipal de ensino e pesquisadores, o evento será uma oportunidade de socia-lizar experiências e pesquisas sobre práticas curriculares,

com apresentação de trabalhos e ofi cinas que podem ser inscritos.

Venha você também, educador, partici-par desta 4ª Semana de Educação de São José e aceite o desafi o de refl etir sobre cur-rículo e democratização do conhecimento.

Informações no site: www.semanadaeducacaosj.com.br

Currículo é tema de debatesCONHECIMENTO

Educação

ENVOLVIMENTO Educação em período integral tem possibilitado uma participação das famílias

Escolas MuNicipais

Próxima edição*

✔ 31 de outubro* Sujeito à alteração

Confira o calendário das próximas publicações no site www.dcnasaladeau-la.com.br, na seção agenda

Professor: um artista anônimo

ARTIGO

PROFESSORAS ELEANA C. SOARES E VERA LÚCIA SABINO

O mundo vive em constantes transformações, com isto, os avanços tecnológicos e as mudanças no mundo do trabalho atingem diretamente um espaço que já foi referência como detentor exclusivo do co-nhecimento: a escola. Buscando identifi car-se nessa nova realidade, a educação deve ser um ator dessas transformações. No meio disso tudo está a fi gura do professor, que vem resistindo, buscando inserir-se a este novo contexto, tentando reinventar-se. Mas que fi gura é esta, que entra em nossas vidas sem pedir licença e que pode nos marcar para o resto da vida?

Desde a infância, todos nós, temos na memória um professor inesquecível. Mas, não podemos negar que também existem momentos que nos marcaram por algo não muito feliz, e assim nos deparamos com a realidade de que o professor é um ser humano e não um super-herói. O professor, exercendo sua fun-ção que é ensinar, é aquela pessoa bem humorada, imparcial e democrática. É aquele que acredita no potencial de quem passa pela sua vida, respeitando o ritmo de cada um. O verdadeiro professor conse-gue se relacionar com todos e, ao mesmo tempo, dar atenção individual. É aquele ser apaixonado pelo que faz, pois a paixão é sua mola propulsora!

Mas diante dos avanços das tecnologias, da inter-net, do ensino à distância, enfi m, das transforma-ções nos processos educativos e pedagógicos, surge um questionamento: será que a fi gura do professor está em extinção? Acreditamos que não! Porque como um artista anônimo que recebe um novo texto para uma apresentação teatral, ele está sempre disposto a encarar o próximo desafi o, a nova plateia, e assim brilhar como uma estrela solitária.

Os tempos são outros e chegou o momento em que não podemos deixar que a essência de ser professor caia no esquecimento, pois ele foi e continua sendo importante, pois com seus ensinamentos que ultra-passam as fronteiras do conhecimento, impulsiona o ser humano em um voo que vai além da sua jor-nada em uma instituição educacional. Impulsiona para viver a vida em toda sua plenitude!

O Núcleo Tecnológico Municipal de São José (NTM) convida os interes-sados em assuntos educacionais e tecnológicos a acessarem o blog criado pelo núcleo: ntmsaojose.blogspot.com.br. Vários textos estão publicados, com conteúdos bastante variados e atuali-zados. Vale a pena conferir!

Blog tecnológico

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34 DE OUTUBRO DE 2012

1 - MOR Dirige a música e a movimentação ou marcha (na foto, Sandro Rogério Reinhold)

2 - GRUPOS Em São José são 16, cada um de uma escola

3 - ESTANDARTES À frente do grupo, identifi ca a corporação musical e de onde ela é

4 - PROFESSORES O projeto conta com 40 profi ssionais

5 - CORPO COREOGRÁFICOTraduz em movimentos as ideias do compositor

6 - GINÁSTICA RÍTMICA Criatividade e movimento são os destaques nesta modalidade

Escolas MuNicipais

INICIATIVA QUE EXISTE HÁ NOVE ANOS EM SÃO JOSÉ CONTA COM 16 GRUPOS E 1,4 MIL PARTICIPANTES

Projeto Bandas e FanfarrasHá nove anos está em funcio-

namento o Projeto de Bandas e Fanfarras da Rede Pública Muni-cipal de Ensino de São José, cujo objetivo é levar o conhecimento musical e coreográfi co marcial a todos os alunos do Ensino Funda-mental. Estão inseridos na iniciativa educandos até completarem a 8a série do Ensino Fundamental, por meio do processo pedagógico, valo-rizando primeiramente o processo de ensino-aprendizagem.

O Projeto de Musicalização nas Escolas Públicas Municipais iniciou em 2003, formalizado por meio da contratação de profi ssionais da área. Naquele época, existiam apenas duas fanfarras na rede municipal. Hoje, são 16 grupos (chamados de Corporações), entre bandas e fanfarras, envolvendo cerca de 1,4 mil inscritos, na faixa etária que vai dos 6 aos 20 anos de idade.

As crianças, adolescentes e jovens aprendem o manuseio do instru-mento musical e a sua importância, o seu montar e desmontar, o carinho e a preservação do espaço físico cha-mado de "Sala da Banda ou Sala da Fanfarra", e o fardamento, com seus quepes, botas e fardas, elementos essenciais para o desenvolvimento cognitivo de cada educando.

Atividade proporciona umenriquecimento intelectual

Os participantes descobrem, atra-vés de cada prática, as necessidades, que junto às Corporações, vão trans-formando o ensino da sala de aula, ou seja, o ensino teórico em prática musical. A música e a dança apren-didas estão inseridas dentro de cada um desses aprendizes e futuros e verdadeiros músicos, dançarinos e coreógrafos.

O aprendizado da música permite ainda um enriquecimento inte-lectual que, quando devidamente sedimentado num contexto edu-cacional, proporciona ao indivíduo o desenvolvimento do raciocínio, da coordenação motora, da lógica, tornando mais fácil a compreensão das outras disciplinas.

Quando o aprendizado da música é associado à participação num gru-po, os benefícios se ampliam sob o ponto de vista social. Induz a pessoa à convivência, à noção de equipe e à conscientização de que os fi ns só se tornam reais quando todos colabo-ram para sua realização.

Cultura

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4 4 DE OUTUBRO DE 2012 54 DE OUTUBRO DE 2012

Bons exemplos

A comemoração de cada ano de vida faz parte da história de cada um, mas como vivê-la numa instituição de ensino? Cada criança que quiser traz um bolo para sua sala? Só aquela turma vai comemorar? Como comemorar o aniversário de quem não puder trazer o bolo?

Muitas questões se colocaram e outras tantas conti-nuam a desafi ar a equipe de profi ssionais do CEI Nossa Senhora Aparecida que, para este momento, optaram junto às famílias em realizar comemorações coletivas para os aniversariantes. Reúnem-se todos os aniversa-riantes daquele período e toda a instituição participa do

planejamento e elaboração da festa. Programa-se um grande evento para a comemoração dos aniversariantes. Em setembro, foi escolhido o tema da história infantil João e Maria. O tema foi sugerido pelo Grupo V, atentos à literatura infantil que estavam envolvidos.

A festa teve muitos “Joãos” e “Marias”, devidamente ca-racterizados, e uma linda casa de doces, que incluiu todos numa atmosfera linda e colorida, que garante a mesma possibilidade de comemorar aniversários no espaço coletivo. Dia da comemoração dos aniversariantes é dia de festa! É dia de Maria! E de João também!

CEI NOSSA SENHORA APARECIDA

Hoje é dia de Maria! E de João também!

O Centro de Educação e Treinamento Esperança (CETE) desenvolve o projeto “Eu sou assim, e ou outro, como é”, que aborda o tema identidade e é realizado com crianças de três e quatro anos.

O objetivo é possibilitar que as crianças perce-bam a si e ao próximo. As professoras Andrêsa e Izelândia explicam que na educação infantil é de suma importância que a criança conheça a sua his-tória e se reconheça como parte integrante de uma sociedade, aproveitando, assim, as oportunidades para valorizar a vida, o meio em que vivem e todas as pessoas que fazem parte de sua história.

Segundo elas, trabalhando a identidade das crianças é possível que as mesmas troquem experi-ências entre si, pois, assim, é estimulado o conhe-cimento e a convivência com o outro, contribuindo para a aceitação do outro, do diferente, reforçando as atitudes de respeito à diversidade.

CENTRO DE EDUCAÇÃO E TREINAMENTO ESPERANÇA - CETE

Eu sou assim, e o outro, como é?

Escolas MuNicipais Escolas MuNicipais

FESTA Os aniversariantes do mês de setembro no centro de educação infantil comemoraram juntos e o tema foi a história João e Maria

FOTOS DIVULGAÇÃO

INTEGRAÇÃO Crianças são estimuladas a fazer troca de experiências

As crianças do 1o ano A do Centro Educacional Municipal Interativo Floresta visitaram a feira do bairro no início do ano. Durante o passeio, observaram os produtos vendidos, e na volta para a sala de aula, foi criado o Alfabeto da Feira. Além da alfabetização, a valorização e a apropriação de uma alimentação equi-librada e saudável foram os objetivos da iniciativa. As crianças adoraram e participaram ativamente da construção

do alfabeto, pois cada um é o autor do seu. Elas aprenderam também a valorizar

a merenda. Tanto que na hora do inter-valo, não é mais necessário insistir, pois a maioria já aderiu ao lanche saboroso e nutritivo da escola. Outros momentos também foram muito valorizados por eles, como a receita da super vitamina do 1o ano e o lanche de frutas, que é feito a cada nova letra do alfabeto que é traba-lhada. A turma sempre pede para repetir.

CEM INTERATIVO FLORESTA

Visita à feira vira um alfabeto

A professora Vânia Aparecida Ribeiro, que ministra a disciplina de Língua Portuguesa no CEM Professora Maria Iracema Martins de Andrade, desenvol-veu junto aos seus alunos das oitavas séries um projeto de produção textual com dois temas: “Origem, história e consequências do Carnaval no Brasil” e “Gravidez na adolescência”.

Sobre o Carnaval, foi salientado que por ser uma comemoração especial para os brasileiros, dá-se a impressão de que

é uma festa que vem propiciar apenas alegria ao povo. Entretanto, é importante analisar o outro lado da questão, ou seja, situações negativas ligadas à festa como acidentes de trânsito, violência, sexo sem proteção, etc. Enfi m, por essas e outras razões, é importante analisar os prós e os contras, afi nal, a imagem do Carnaval não se resume somente em alegria, como é vendida para os estrangeiros. Confi ra os textos produzidos pelos alunos no site: www.dcnasaladeaula.com.br.

CEM PROF. MA IRACEMA MARTINS DE ANDRADE

O outro lado do CarnavalO CEI Santa Inês, por meio das

discussões ocorridas no grupo de es-tudos que acontecem semanalmente na instituição, planejou a efetivação do projeto coletivo “Resgatando Cul-turas, Entrelaçando Saberes”. A pro-fessora Deise Costa de Oliveira Mayer, do G7 matutino, sugeriu a confecção de uma bernunça gigante, com o objetivo de serem expostas dentro dela as produções das crianças.

Todos da instituição se envolveram na montagem da estrutura no hall do CEI. E a novidade foi muito bem recebida pelas crianças. Muitas delas também chamaram os familiares para apreciarem a bernunça, o que ajudou a fortalecer a parceria com as famílias. A repercussão e o movi-mento no CEI foi tão intenso que até professoras de outras escolas vieram a fi m de prestigiar.

CEI SANTA INÊS

Projeto coletivo: Resgatando Culturas, Entrelaçando Saberes

MUTIRÃO Profi ssionais do CEI fi zeram uma bernunça gigante para abrigar produções

LETRINHAS A partir de um passeio a uma feira, as crianças montaram um caderno com as letras das frutas e verduras

Tornar a hora do recreio um momento lúdico, criativo, divertido, e principalmente de socia-lização e interação. Este é o objetivo do Projeto "Brincar é coisa séria", desenvolvido pelo Centro de Educação Municipal Interativo.

A principal linha da iniciativa é transformar o recreio em um momento em que a brincadeira seja muito mais valorizada.

Mas não é qualquer brincadeira. A ideia é resgatar as mais tradicionais, como cinco marias (brincadeira quase esquecida), pular corda, boliche, boca do palhaço, jogo da velha, mestre-

manda, jogo da vareta, entre outros. E novas surpresas estão chegando: a amare-

linha e o jogo da velha serão pintados no chão do pátio da escola para a diversão da garotada. O melhor de tudo são os resultados observados: são raros os momentos em que ocorrem brigas durante o intervalo, pois as crianças estão mais envolvidas com as brincadeiras.

Elas brincam com respeito e valorizam cada vez mais o momento do recreio como uma possi-bilidade de ampliar os momentos de troca, de aprendizagem e interação.

CEM INTERATIVO

Brincadeira é coisa séria

DIVERSÃO Brincadeiras tradicionais

fazem sucesso na hora do

recreio

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6 4 DE OUTUBRO DE 2012

Cultura

Descoberta da história da escrita“Ensinar a escrita nos anos pré-escolares

impõe que a escrita seja relevante à vida (...) que as letras se tornem elementos da vida das crianças, da mesma maneira como, por exemplo, a fala.” (Vygotsky 1991, p. 133).

Na linha desta teoria, as propostas de tra-balho da professora Elisandra Silva Lopes, do grupo sete matutino do CEI APAM estiveram voltadas para a linguagem escrita.

– Iniciamos com uma conversa sobre a utilização da escrita nos dias atuais e como as pessoas faziam para registrar seus pensa-mentos e necessidades quando não existiam as letras. Apresentei a história do surgimento da escrita e mostrei algumas imagens em DVD sobre os tipos de materiais utilizados

para escrever em cada época – conta. O ponto alto foi a utilização de placas de

argila para as crianças registrarem uma mensagem, imaginando estar vivendo em um tempo em que as letras não existiam.

– Conhecer a história da escrita foi algo bastante relevante para este grupo de crianças, especialmente neste momento em que estão começando a se familiarizar com a linguagem escrita, enquanto signos que foram inventados e evoluíram em diferentes momentos da história para suprirem as ne-cessidades de comunicação em cada época e sociedade. O tema instigou a curiosidade e a imaginação, possibilitando a elas a constru-ção de um novo conhecimento – afi rma.

CEI APAM

FOTO

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AÇÃO

No CEI Nossa Senhora das Graças, o pro-jeto “Brincando com a música” está fazendo sucesso entre os alunos. Junto ao professor de capoeira, foram trabalhadas a música e a ludicidade, conhecendo melhor as possibili-dades que a musicalidade proporciona por meio de um trabalho pedagógico criativo.

Os professores acreditam que seja possível, por meio da linguagem musical, sensibilizar e ensinar a criança a apreciar o belo, a reco-nhecer as várias possibilidades de produzir e diferenciar os sons e instigar sua curiosidade para explorar o universo sonoro. Por meio

da música, elas também são capazes de sentir, desenvolver e articular o seu conheci-mento. Durante as atividades, os professores observaram que os alunos conheciam pouco as cantigas de roda. Foi realizado, então, um trabalho de resgate dessas cantigas.

O projeto explora ainda diferentes técnicas na confecção de um livro musical, como dobradura, tinta guache, colagem, entre outros. Foram responsáveis por este projeto os professores Edna Dutra Amorim de Sousa, Sulamita Regina dos Santos Cruz, Tatiano Lopes dos Santos e Solange Rosa.

CEI NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS

Música para brincar e também aprender

Escolas MuNicipais

A professora Ana Claudia Brisola, do Centro Educacional Municipal Professo-ra Maria Iracema Martins de Andrade, promove desde o início do ano letivo o projeto “Cultura e Tecnologia” junto às turmas 52 e 54, dos quintos anos. O objetivo é compreender como o homem evoluiu e conquistou o seu espaço por meio da cultura e do conhecimento.

A ideia é debater como a cultura infl uenciou na evolução humana e no avanço tecnológico e quais as infl uências culturais presentes nas tecnologias usadas pela sociedade. Os alunos estudaram o homem primata, o homem moderno/técnico e o homem informatizado. Para fi nalizar, no último bimestre está projetado o estudo do homem globalizado.

A evolução da cultura e da tecnologiaCEM PROF. MARIA IRACEMA MARTINS DE ANDRADE

A cultura açoriana se faz presente na Escola Palmira de Lima Mambrini com um grupo folclórico formado pelos alunos dos 3o e 5o anos do Ensino Fun-damental. São realizadas apresentações semanais em escolas e centros de edu-cação infantil da rede pública e privada de São José. O objetivo desse projeto, incentivado pela Secretaria Municipal de Educação, é disseminar as tradições dos colonizadores, despertando nas crianças a vontade de brincar e vivenciar este costume que faz parte da história de São José. Com a dança do Boi de Mamão, o grupo leva alegria, tradição e conhecimento às crianças que assistem e participam das apresentações.

Tradição e folclore: viva o boi de mamãoEEF PALMIRA DE LIMA MAMBRINI

HISTÓRIA Crianças usaram argila para escrever mensagens

TRADIÇÃO Grupo folclórico foi formado dentro da escola

DIVERSÃO Música e ludicidade fazem parte do dia a dia das crianças

CONHECIMENTO Alunos estudaram a história do homem

A turma do 3o ano do Centro Edu-cacional Municipal Santa Terezinha participou do Projeto Boi de Mamão, que envolveu dança e cantoria em torno do tema da morte e ressurreição do boi. O objetivo foi ensinar a importância da cultura popular e sua infl uência na for-mação e transformação da sociedade.

As crianças cantaram e interpreta-ram diferentes personagens, que foram confeccionados com pano, esponja, papel, arame, caixas de papelão e ma-teriais diversos. Diferentes disciplinas puderam ser envolvidas no projeto, que fi nalizou com uma fi lmagem.

– As crianças participaram de todo o processo, possibilitando momentos de trabalho com as diferentes linguagens dos indivíduos: a musical, a artística, a oral, a escrita, entre outras – explica a professora Evelise Daniela Lino.

Música e interpretação de personagensCEM SANTA TEREZINHA

CRIATIVIADE Peças foram produzidas pelas crianças

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74 DE OUTUBRO DE 2012

Esporte

Escolas MuNicipais

Jiu-Jitsu é foco de projeto escolar

O Projeto Lutas Educativas, modalidade Jiu-Jitsu, vem se destacando na Escola Básica Municipal Altino Corsino da Silva Flores. Tudo graças ao empenho excelente por parte dos alunos neste esporte.

Na XXII Olimprocasa, por exemplo, evento esportivo de destaque para a comunidade da Pró-Casa, dos 19 integrantes da equipe, 13 conquistaram medalhas, sendo nove de ouro, três de prata e uma de bronze.

O professor Leandro Pereira Araujo explica que os benefícios do Jiu-Jitsu são muitos, podendo estimular e desenvolver tanto as capacidades físicas quanto intelec-tuais. Isso sem falar que a atividade aborda de forma atual temas como: disciplina, respeito, determinação, superação, paciência e equilíbrio emocional do seu praticante, afi rma o professor.

EBM ALTINO CORSINO FLORES

GARRA Estudantes da EBM Altino Corsino da Silva Flores vêm se destacando em competições de Jiu-Jitsu e já colecionam várias medalhas

No dia 19 de setembro foi realizado em Santo Amaro da Imperatriz o 3o Torneio de Xadrez na Escola. Participaram do evento alunos do CEM Vila Formosa e do CEM Governador Vilson Kleinubing (com o Professor Márcio AurélioVieira), do CEM Maria Hortência e do CEM Santa Terezinha (com o Professor Marco Antonio Dutra Schimitz), além de escolas de Palhoça, Florianópolis e da cidade sede.

O CEM Santa Terezinha levou 43 alu-nos, que obtiveram grande destaque na competição, conquistando dois troféus, de campeão no feminino e maior delegação.

Nove alunos conseguiram medalhas no torneio que teve a participação de 178 alu-nos dos 6 aos 16 anos. O torneio teve sete rodadas e todos os alunos, de uma forma ou de outra, foram vencedores.

Esse é o primeiro torneio de xadrez que a escola participa. O trabalho realizado pelo Professor Marco Antonio com 200 estu-dantes da escola já está tendo resultado. Os alunos enxadristas estão mais atentos e isto está se refl etindo nas outras disciplinas. A alegria e o sorriso no rosto de cada criança anuncia a satisfação dos mesmos na desco-berta de mais um conhecimento.

3o Torneio de XadrezCONCENTRAÇÃO PREMIADA

Depois de duas semanas participando da 14a edição dos Jogos Paraolímpicos em Lon-dres, o professor da rede municipal de ensino de São José, Heitor de Oliveira Sales, e o para-atleta josefense da Associação de Pessoas com Defi ciência em Santa Catarina (Apedesc), Lucas Ferrari, retornaram ao município no último dia 11 de setembro.

Lucas, que já era recordista brasileiro, participou das provas de 100m e 200m, na

classe T37 (atletas com paralisia cerebral, não cadeirantes), e terminou sua bateria em 5o lugar nos 200m, batendo o novo recorde bra-sileiro na categoria, melhorando sua própria marca, fazendo também seu melhor tempo nos 100m rasos.

Heitor também obteve uma bela atuação como atleta guia de Daniel Mendes da Silva (categoria T11 para atletas cegos). Juntos, conquistaram a medalha de prata nos 200m.

Atleta de São José bate novo recorde brasileiro

PARAOLIMPÍADA EM LONDRES

VENCEDORES Professor Heitor (E) e o paraatleta Lucas fi zeram bonito nas Paraolimpíadas de Londres

CONCENTRAÇÃO 3o Torneio de Xadrez na Escola reuniu competidores de escolas de várias cidades

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8 4 DE OUTUBRO DE 2012

Literatura

DESCOBERTAS Crianças como Amanda aprendem sobre literatura por meio de brincadeiras

Era uma vez...outra vezPensando na importância de trazer

a literatura para junto da comunidade educativa, os profi ssionais do CEI São Luíz passaram a realizar com mais frequência momentos que proporcionam o contato com a arte literária.

Foi então que surgiu o projeto “Era uma vez...outra vez....”, onde crianças, profes-sores, direção, coordenação, familiares e funcionários se juntam para contar, interpretar, ensaiar, recriar, cantar e ouvir histórias, poemas, periódicos, contos e

outros. Cada ação literária permite um mergulho num mundo novo, cheio de magia, conhecimento e descoberta.

O projeto vem contribuindo para me-lhorar o fazer pedagógico, proporcionando maior participação e diálogo das crian-ças nas decisões das ações do cotidiano, aproximação das famílias e, sobretudo, favorecendo para que elas sintam-se esti-muladas a tornarem-se leitores e, assim, ampliarem seu repertório cultural de maneira prazerosa, lúdica e criativa.

CEI SÃO LUÍZOs alunos do 5o ano do Centro Educacio-

nal Municipal Luar, com a ajuda da profes-sora Joicy Alessandra da Silva, resolveram estudar como um telejornal é dividido e que tipo de notícias ele contempla. Depois desta análise, por meio de uma votação, foram escolhidos os temas que seriam trabalhados nas próximas aulas.

Os grupos fi caram divididos em política, segurança, economia, esportes, trânsito 24 horas e previsão do tempo. As crianças iniciaram suas pesquisas a cerca de cada tema, selecionando reportagens durante uma semana. Nos dias subsequentes, eles reescreveram as notícias para transformá-las em um telejornal. Tiveram o cuidado de escrever em uma linguagem mais acessível às crianças e fazer reportagens sucintas, já

que o tempo na TV é curto. O desfecho do trabalho foi um telejornal

onde os alunos se divertiram, brincando com as notícias, mas tendo o cuidado de considerar todos os elementos contidos nos telejornais, desde as equipes de produção, os jornalistas, os câmeras e os cenários.

– Foi uma experiência maravilhosa, pois eles puderam observar e chegar a conclusão de que as informações veiculadas no jornal aumentam seus conhecimentos e integram as disciplinas que estudam em sala de aula – comenta a professora Joicy.

– E como eles dizem, os deixam “antena-dos e ligados” com tudo que acontece ao seu redor. Agora, já pensam qual será o próximo passo para trazer cada vez mais o jornal para dentro da sala e de suas vidas.

Estudantes montam um telejornal

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AÇÃO

CEM LUAR

Escolas MuNicipais

Comunicação

TALENTOS Turma pesquisou sobre jornalismo e não faltaram apresentadores “quase famosos”

Meio ambiente

No CEI Morar Bem, as profi ssio-nais, mobilizadas pela discussão no grupo de estudos, desenvolveram um projeto com o objetivo de mostrar às crianças e familiares a importância de interagir com a natureza. Além de trabalhar com as crianças sobre os elementos do meio ambiente, os familiares foram presenteados com mudas, disponibilizadas pela Escola do Meio Ambiente. A entrega possibilitou a continuidade de pensar sobre o meio ambiente por meio das experiências vividas pelas crianças e também manter a preservação do meio ambiente na comunidade.

Conscientização de crianças e pais

CEI MORAR BEM

A Creche e Orfanato Vinde a Mim as Criancinhas (CVM) criou o pro-jeto “Horta Saudável”. Os familiares colaboram com garrafas plásticas, para que seus fi lhos possam confec-cionar o canteiro, dando um colorido ainda maior ao cultivo das mudas. A adubação é feita com aproveitamento das cascas e dejetos de alimentos da cozinha da própria instituição.

Cada turma fi cou responsável pelo seu canteiro, desde o plantio até colheita. O projeto conta também com a ajuda de uma profi ssional de nutrição, que ensina o valor nutricio-nal de cada plantio.

Horta saudável e alimentação nutritiva

CRECHE E ORFANATO VINDE A MIM AS CRIANCINHAS

INICIATIVA Profi ssionais do CEI fi zeram entrega de mudas APRENDIZADO Crianças participam do plantio das mudas