Para onde vai a família

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  • 8/14/2019 Para onde vai a famlia

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    Est cada ve z mais difcil responder a essapergunta.Inmeros casais - dentro e fora da igreja -

    esto se divorciando; adolesce ntes assimilam cadavez,mais cedo osvalores deturpados de urnasociedade que valoriza o prazer e os relaciona-mentos se m compromisso; crianas assustam seuspais com exigncias absurdas e atitudes derebeldia, impensveis at h poucos anos.Os papis do marido e da esposa no lar e nafamlia tm sido questionados e postos em xeque.O resultado disso s o casais inseguros e cheios dedvidas sobre as responsabilidades de cada um emrelao ao cnjuge, s tarefas domsticas e aos

    filhos.Este pequeno livro traz uma grande ajuda paraaqueles qu e precisam de orientao para que a suavida familiar seja mais feliz e abenoada. E quemno precisa?O autor nos revela alguns princpios de Deusque certamente iro definir com clareza o papel decada um no lar e auxiliar a famlia a nave gar segurapelos mares turbulentos da sociedade moderna.

    E d i t o r aliB e t n i aLeitura para uma vida bem-sucedidaCa xn PostnL 5 0 1Q ~ 3 1 6 1 1 - 9 7O Vencia Nova, MG

    w i u ?Autor de A Fam lia, do Cristoe A Mente Renovada

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    DO ORIGINALWh ich W ay the F a m i l y ?Copyright 1973 by Bethany Fellowship, Inc.

    PUBLICADO ORIGINALMENTE PORBethany FellowshipTRADUOMyrian Talitha Lins

    C A P AKleber FariaF O T OPhotodisc

    COMPOSIO E IMPRESSOEditora BetniaFicha catalogrfica elaborada por Ligiana Clemente do Carmo. CR B 8/6219

    Christenson, Larry.Para onde vai a famlia? / Larry Christenson ; t raduode Myrian Talitha Lins. - 2.ed. - Belo Horizonte :Betnia, 2001.24p.; 18cm.

    I. Ttulo. 1. Famlia crist.CD D 261.835

    liEDIO, 1973 Z5EDIO, ZDD1 proibida a reprodulo tnul nu p a r c i a l deste l i v r o , R e j a m q u n l H f o r e moi meloi tmpragadoii e l m O u l c i M , n u - i . in ' ' A" *iou qualiquer outroi. . < > " p r r i n l u M " i

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    l IN ilHAlk

    Para OndeVaia Famlia?

    I os ltimos anos, tenho tido o privilgio deconversar commilhares de casais - algunsdeles beira do desespero - que esto desejososde melhorar a vida e o relacionamento familiar.As mes, em lgrimas, falam das mentiras edissimulaes que esto descobrindo nas filhasadolescentes, ou da rebelio do filho, aparente-

    mente, contra toda e qualquer forma de autori-dade imposta por adultos.O pai abana a cabea atnito, ao olhar para afilhinha querida. Quase que da noite para o dia, ela

    perdeu aquele ar de inocnciainfantil. Passou a usarroupas mais ousadas e o cabelo meio despenteado.Anda com coleguinhas de aparncia estranha e deconversa entremeada de gria. Ademais, demons-tra uma crescente familiaridade com rapazes.

    Os pais esto arregalando os olhos de espan-to, vendo nos fi lhos - de at sete e oito anos -atitudes e exigncias incrveis e absurdas, e, namaioria dos casos, cedem a elas.

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    A esposa reclama que o marido nunca temtempo para a famlia, e no entanto sempre espe-ra que ela conserve a casa em perfeita ordem eas crianas bem cuidadas. O marido pergunta porque ele tem de lutar pelo podirio - trabalhan-do at doze horas por dia - e, depois que chega,em casa, ainda precisa resolver mil e um proble-mas. por isso que grita e esbraveja, desafogan-do seu sentimento de frustrao. A esposa, porsu a vez, desabafa implicando com tudo. As cri-anas do vazo ao seu descontentamento, fa-zendo malcriaes ou escudando-se num siln-cio rancoroso. A verdade que, por trs de to-das essas manifestaes, h um apelo: O que que vamos fazer? Como podemos solucionar es-ses problemas?No passado, a famlia j atravessou outras guasturbulentas, mas sua estrutura bem resistente.Em nossos dias, ela est sendo aoitada por ven-tos tempestuosos. Ondas bravias esto dando con-tra seu costado. Alguns alarmistas at j solta-ram o brado de abandonar a embarcao. O ca-samento e a famlia esto naufragando, dizem.Ns, porm, j estamos navegando nesse barcoh muito tempo. Sabemos que permanecer nes-se tombadilho inclinado e inseguro ainda me-lhor do que vagar deriva num mar desconheci-do. E, na verdade, a famlia e o casamento soestruturados de forma a suportar at a pior dasintempries sem sofrer danos em sua integrida-de. Para isso, porm, necessrio que haja umamo firme ao leme.Quando o mar est calmo, possvel o barcodesviar-se ligeiramente de sua rota sem que so-fra contratempos srios. Os outros navios e asestaces ( . o s t n ra s t l a i . i < > . ' . m a l < l c a l a r m e , e m

    Para Onde Va i a Famlia? 5tempo de evitar o desastre. Antigamente, a pr-pria sociedade era um esteio para o casamento ea famlia. Se um homem comeasse a se desviardo caminho certo, logo seria alertado por umamigo interessado, o patro, o pastor, outrosmembros da famlia, e at mesmo por outraspessoas mais severas ou crticas. Hoje, porm,quando a tempestade aumenta, esses pontos deorientao ficam perdidos em meio a ela. Emnossa sociedade, por exemplo, o mar bravio dorelativismo j engolfou muitos deles.A famlia vaga sozinha, batida pela borrasca,seguindo o prprio curso. Os sinais de alarmeesto sendo sobrepujados pelo tufo dos tumul-tos e das mudanas. E na ponte de comando, oleme gira desgovernado. Falta aquela mo firmepara segur-lo. A famlia est sendo jogada deum lado para outro, merc dos ventos, pois ocapito abandonou o posto.Inmeros pais esto se instalando em sua pon-te de comando, reivindicando seus direitos dechefe, sem contudo, assumir as responsabilida-des inerentes ao cargo. Muitos homens esto pas-sando a direo de tudo para o "imediato". Estose fur tando sua funo de encarnar aquele sm-bolo de coragem masculina que se mantm fir-me a despeito da tormenta, e do qual a esposa eos filhos podem receber fora e inspirao.O que vamos fazer para a vida em famlia darcerto? O pai que volte ao passadio, pegue o leme,e trace um curso certo para sua casa. O grandeclamor e necessidade da famlia em nossos dias da mo firme de um pai que conserve na rotacerta as vidas entregues a seus cuidados. Os ho-mens que reconhecerem os problemas de suafam lia e resolverem assumir sua responsabili-

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    6 Para Onde Vai a Famlia?dade, vo precisar renovar totalmente sua com-preenso do que ser pai. A sociedade modernaprecisa compreender o verdadeiro papel do pai,examinando-o em relao a trs pontos de refe-rncia. Primeiro, o modelo de paternidade ado-tado em nossa cultura completamente inade-quado. Precisamos de um melhor. Segundo, orelacionamento entre marido e esposa tambmse acha um pouco nebuloso, cheio de conflitos econfuses. Precisa ser bem demarcado, em li-nhas claras. Terceiro, a direo que a famlia estseguindo tornou-se meio vaga e indefinida. Pre-cisamos de uma boa carta nutica para que o paipossa projetar o curso sem dificuldades, tendocerteza do que est fazendo.Um modelo, um imediato, um mapa: so es-ses os pontos de referncia em torno dos quaisdeve girar o novo conceito de pai, e dos quaisdeve brotar um a nova orientao para a vida em

    famlia.

    Um Modelo

    I lguns psiclogos e antroplogos afirmamque Deus uma projeo da imagem pa-terna. Essa ideia de um Deus sbio, onipotente etodo-poderoso, dizem eles, seria simplesmenteuma verso adulta daquele conceito infantil:"Meu pai sabe fazer de tudo!"A Bblia tem um ponto de vista bem diverso.Nossa ideia da paternidade de Deus no se fun-damenta numa analogia com a humana. O opos-to que verdade. A paternidade humana quese inspira na divina."Quando penso na grandeza deste Plano, caiode joelhos diante de Deus Pai (de quem toda apaternidade, terrestre ou celeste, deriva o seunome)." (Ef3.14,15 - Canas s Igrejas Novas.}A paternidade humana a expresso ou uma ilus-trao da divina.

    A paternidade de Deus perptua. Ele Paieternamente, como Cristo Filho perenemente.Ele no se torna pai quando no s adota. Pelo con-

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    trrio, ele nos adota porque o Pai eterno. Por-tanto a paternidade divina no um mero antro-pomorfismo, determinado pela cultura. Nemconstitui apenas uma descrio do relacionamen-to entre Deus e o homem. Antes, ela expressaum a faceta da natureza do Senhor, qu e antecedetodo e qualquer pensamento de paternidade hu-mana. Ela alcana toda a criao.Essa amplitude da paternidade divina um adas doutrinas bsicasda f crist: "Creio em DeusPai, todo-poderoso, criador dos cus e da terra...e de todas as coisas visveis e invisveis". Se limi-tarmos nosso estudo da paternidade humana esfera das culturas e das sociedades, nunca con-seguiremos compreend-la perfeitamente. A pa-ternidade tem suas razes na natureza eterna deDeus. Para termos uma boa percepo de todasas implicaes da paternidade humana, precisa-mos entender bem a divina. Ele prprio o mo-delo da nossa paternidade.Qu e tipo de pai Deus ? Quais so as caracte-rsticas de sua paternidade? Para conhec-la, te-remos de v-la em ao - do mesmo modo quepodemos entender um pouco de carpintaria seobservarmos os princpios pelos quais o carpin-teiro se orienta. Como que Deus exerce suafuno de Pai?A paternidade divina opera de acordo com umprincpio que, igual a ela, tambm eterno. Tra-ta-se do princpio de chefia, que foi inserido naprpria natureza da criao. Por isso, ele diz oseguinte com referncia famlia: "Quero, en-tretanto, que saibais ser Cristo o cabea de todohomem, e ohomem, o cabea da mulher, e Deus,o cabea de Cristo" (l Co 11.3). A paternidadede Deus se projetana esfera humana atravs desse

    Um Modelo 9princpio de liderana. Ento, de acordo com omodelo proposto por Deus, ser pai atuar como"cabea" da famlia.

    1. A Chefia Estabelece a DireoA primeira funo da chefia estabelecer emanter a direo da rota a ser seguida. o co-mandante quem planeja o curso do navio, e eletambm o responsvel pela chegada ao porto dedestino. O conflito e a confuso em que se en-contram muitos lares hoje so causados, em par-te, pela extrema simplificao do exerccio docomando. Ser o chefe da famlia, realmente, nose limita ao privilgio de ocupar a cabine do ca-pito e berrar ordens a torto e a direito. Na ver-dade, implica aceitar a responsabilidade de exer-cer a liderana de forma capaz e inteligente. Achefia consiste numa interao perfeita de trselementos bsicos: submisso, autoridade e amor.Qual a palavra qu e associamos mais facil-mente expresso "cabea da famlia"? A gran-de maioria das pessoas responder imediatamen-te: "autoridade". Entretanto o conceito de auto-ridade no o principal no que se refere ao ca-bea da famlia. o segundo em importncia. Oprimeiro submisso.O homem s comea realmente a compreen-der sua funo de chefe da famlia quando reco-nhece que ele prprio se acha sob autoridade.Ele deve entender que tambm tem de prestarcontas a algum que lhe superior. "Cristo ocabea de todo homem." Para que um pai possaexercer plenamente a liderana sobre sua fam-lia, tem de se colocar sob o senhorio de Cristo.O princpio de chefia opera dentro de uma ca-deia de comando be m definida. Se essa cadeia

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    10 Para Onde V ai a Famlia?fo r interrompida em um de seus elos, a autori-dade desmoronar.Certo centurio romano aproximou-se de Je-sus e lhe pediu que curasse um servo seu. Elecria firmemente que o Senhor podia operar essacura. Sua f achava-se profundamente aliceradanuma boa compreenso do princpio de autori-dade. "Pois tambm eu sou homem sujeito au-toridade", disse ele, "tenho soldados s minhasordens e digo a este: vai, e ele vai; e a outro: vem,e ele vem." (Mt 8.9.) Ns at poderamos pen-sar que ele deveria dizer: "Eu sou um homemque temautoridade". Contudo esse centurio erahumilde e sbio. Reconhecia que sua autoridadesobre os soldados provinhada conscinciade que,como oficial romano, no passava de um dos elosde uma longa cadeia de cornando. Assim, sua pa-lavra era equivalente do imperador. Ele perce-beu que Cristo detinha uma autoridade seme-lhante no reino espiritual. Entendeu que o poderde Jesus sobre as foras espirituais baseava-seno fato de que ele tambm se achava sob autori-dade e na posio certa dentro dessa cadeia decomando divina.

    Do mesmo modo que a autoridade de Cristose firma em sua sujeio a Deus, a do pai temsua origem em sua submisso a Cristo. No com autoridade prpria que ele comanda o na-vio, mas, sim, com a de algum que se acha sobo domnio de Cristo. Ao exercer autoridade so-bre a esposa e os filhos, n o est seguindo os pr-prios caprichos, mas a Palavra de Deus. Quandoestabelece um a certa rota para a famlia, baseia-se no roteiro que Cristo lhe d, no em suas pre-ferncias pessoais.Vemos, ento, que o principal foco de aten-

    Vm Modelo 11c o do pai no dirigido para sua famlia - em-bora isso parea paradoxal - mas para Cristo.Se ele desviar a ateno desse centro, perdertambm sua posio fundamental. Ele pode atse dedicar muito ao s seus, pode se esforar aomximo para ser um bom chefe e pai, mas, seno estiver vivendo sob a autoridade do Senhor,estar edificando sobre a areia.Muitos homens, dando uma demonstrao deque tm uma viso distorcida, centralizam suaateno no s filhos e nos problemas da famlia,esquecendo-se de sua responsabilidade para comDeus. Quando os filhos comeam a ter atitudesde rebelio e a revelar descontentamento, elesredobram os esforos, mas com poucos resulta-dos, na maioria das vezes. O problema que es-to dando prioridade a algo que no deve ter aprimazia. Os filhos no precisam de mais cuida-dos dele, nem de maior parcela de seu interesse,nem de ser o centro das atenes. Eles precisam do exemplo de um pai - bem como de outroshomens - que esteja vivendo sob a autoridade deCristo.Um p ai que est preocupado po r causa da dis-plicncia do filho em questes financeiras, talvezprecise ensinar-lhe alguns princpios gerais de or-ganizao. Cabe ao s pais instruir os filhos nos as-pectos prticos da vida tambm. Entretanto o pro-blema pode ter causas mais profundas. O pai tam-bm no responsvel diante deDeus pelo modocomo emprega seu dinheiro? Ser que ele d odzimo? Talvez ele seja um homem bem-sucedidono s negcios, mas, se estiver resistindo autori-dade de Cristo no que diz respeito a finanas, nodeve se espantar de o filho estar empregando ma lo prprio dinheiro. Muitos dos nossos erros e p-

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    12 Para Onde Va i a Famlia?cados, que se acham escondidos para os outros,vo se revelar depois, atravs de nossos filhos.

    2. A Chefia Exerce AutoridadeA autoridade, o segundo elemento de que secompe a chefia, deriva da submisso do pai aCristo. Se ele estiver vivendo em submisso aDeus, o Senhor lhe conferir domnio sobre suafamlia. A autoridade exercida no lar no a doprprio pai, mas a de Cristo, operando atravs dohomem.J que a autoridade do pai tem sua origemem Cristo, ela dever conter em si a brandura deJesus. Pela manh, o marido v a esposa irritadae desorientada, com as crianas a exigirem suaateno. Ela precisa servir o caf e preparar asmerendas escolares. Nisso, a menina surge comum pedido de ltima hora: a professora pediuque levasse uma caixa de sapatos vazia. O garotodiz que se esqueceu de trazer para casa seu papeldo trabalho em grupo para os pais assinarem, equer que a me v at a escola assin-lo, paraquerele no perca os pontos. noite, o pai dever chegar em casa, reunir a

    famlia, e montar um esquema de operao. Afilha mais velha ficar encarregada da merendade cada um. Ningum mais deve trazer proble-mas de ltima hora. Cada um ter de verificarcuidadosamente sua lista de deveres na noiteanterior, para ver se no se esqueceu de nada.Os pais vo se levantar meia hora mais cedo parafazerem juntos um momento devocional com lei-tura da Bblia e orao. Assim, invocaro a pazde Cristo sobre seus planos e ideias. Depois, afamlia toda dever se reunir para orarem jun-tos, antes do caf.

    U m Modelo 13Desse modo, todos iro centralizar a atenoem Cristo, que a fonte de toda harmonia e paz.O pai usa sua autoridade, no para dominar aesposa e os filhos, mas para, de maneira branda,edific-los, gui-los, anim-los, fazer planos paraeles e orient-los.Contudo sua autoridade tambm deve contercerto grau de firmeza e mesmo de severidade, asquais Cristo tambm possui. Enquanto um paique auto-suficiente pode se tornar um poucoindulgente e inseguro, o que vive sob o domnio

    do Senhor firme e enrgico. Sua famlia notem dvidas quanto ao que farono domingo pelamanh: todos iro igreja para cultuar a Deus.Esse pai no permite concesses nem com rela-o a uma honestidade absoluta, nem quanto aouso de uma linguagem sadia em casa. A discipli-na dos filhos no um fato^ indefinido, a realizar-se num futuro impreciso. uma questo j deli-berada, pois determinao do Senhor.Eu e minha esposa descobrimos, certo dia,que a disciplina dos filhos (com aplicao davara,se necessrio) no matria de deliberao nos-sa , mas de Deus. O conhecimento dessa verdadetransformou toda a atmosfera de nossa casa, qua-se que da noite para o dia. Quando o pai aplicaavara, no est impondo sua vontade ao filho. Naverdade, a surra que o pai aplica a um filho re-belde nada mais que um ato de obedincia ordem de Deus. Depois que descobrimos isso,passamos a exercitar a disciplina pela vara commais severidade, mais justia e mais raramentetambm. A disciplina aplicada em obedincia auma lei moral, que uma ordenana tanto paraos pais como para os filhos, tem um efeito emo-cional e espiritual bem distinto da que apenas

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    14 Para Onde Vai a Fa mlia?uma expresso da vontade do pai. A criana logopercebe a diferena. E ela reage melhor pri-meira, a que est operando atravs da cadeia decomando divina, do que segunda. O pai queconhece sua posio de submisso ao Senhor nohesitar em aplicar essa disciplina firme, sem-pre que necessrio, a fim de realizar a vontadede Cristo para a famlia.

    3. O "Cabea"Prov AmorO terceiro elemento componente da chefia

    o amor. O pai cristo, como chefe da casa, nodeve dominar a famlia arbitrariamente. Ele usaessa posio como uma base para servir espo-sa e aos filhos. Isso no quer dizer que ele se tor-na um servo deles, no sentido em que se move-ria para aqui e acol ao seu comando, a fim deagrad-los e satisfazer todos os seus desejos. Opai os serve assumindo a responsabilidade de sero chefe da casa. Ele os serve com seu trabalhosecular, desempenhando-o da melhor maneirapossvel, para atender s necessidades materiaisda famlia. Ele os serve exercendo o tipo de lide-rana e orientao que trar unidade e edificaoa cada membro da famlia e ao conjunto dela.Ele os serve tornando-se cada vez mais discipli-nado sob a mo de Cristo. Serve-os incentivan-do seu potencial intelectual e artstico. Ele osserve tomando o comando de tudo, e juntamen-te com eles, propondo objetivos realistas, queestejam em harmonia com a Palavra e a vontadede Deus.

    Portanto o pai crente serve a sua famlia aten-dendo s suas necessidades emocionais, materiais,sociais, intelectuais, culturais e espirituais. Eraesse amor que Jesus disse que deveramos espe-

    U m Modelo 15ra r de Deus, que o modelo para'todos os pais.Ele nos d o po de cada dia. Ele nos protege domal. Ele nos leva ao seu reino.

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    Um ImediatoI ponto bsico para se ter uma boa com-I preenso do relacionamento entre maridoe mulher reconhecer que ele parte da cadeiade comando de Deus. "Cristo () o cabea detodo homem." (l Co 11.3.) Com respeito au-toridade, a relao entre marido e mulher exa-tamente paralela do Pai e do Filho. Entenden-do esse fato, desfazemos muita confuso e in-

    compreenso.Consideremos a relao entre o Pai e o Filho.O Filho est sujeito ao Pai, e no entanto, igualao Pai. Num relacionamento puramente huma-no, a ideia de sujeio muitas vezes carrega con-sigo um a nuana de inferioridade. No casamen-to verdadeiramente cristo, tal no deve aconte-cer. A ele se baseia em um modelo superior. Omarido e a esposa so um, como o Pai e o Filho.Todavia a esposa permanece submissa ao mari-do em tudo, assim como o Filho submisso aoPai em tudo. A igualdade e a submisso, em vez

    U m Imediato 17de serem condies opostas, so realmente asduas faces de uma mesma moeda. No Senhor,elas no significam a degradao de um e aexaltao de outro, mas elementos inerentes natureza de ambos. No casamento, no podehaver um sem o outro. Se a esposa perder suasubmisso ao marido, perder tambm sua uni-dade com ele. Se o marido abdicar de sua res-ponsabilidade como cabea da casa, estar frus-trando o princpio central do relacionamento queDeus estabeleceu para ele e a esposa.

    O Pai exalta o Filho. Tem prazer em exalt-lo, e em honr-lo. E desse modo que a chefia ope-ra quando fundamentada em amor. A cortesiaque o marido demonstra para com a esposa, omodo como ele a honra diante do s filhos, su avisvel estima por ela constituem o alicerce so-bre o qual se edificam o respeito e a confianadela para com o marido. Por sua vez, a mulhertambm exalta o marido, reconhece sua lideran-a, submetendo-se de bom grado sua autorida-de - como Jesus exalta o Pai e se submete au-toridade dele.As mulheres ocidentais, hoje em dia, no seacham realmente subjugadas nem oprimidas, nemprecisando de uma "libertao". estranho pen-sar que algum que nasceu e cresceu em nossacultura, nos ltimos quarenta anos, possa ter talideia. O que realmente est "adoecendo" a cultu-ra ocidental a falta de autoridade masculina. Mui-tos homens esto simplesmente abandonandosuaresponsabilidade.Nossa sociedade est se tornando cada vezmais matriarcal. As mulheres esto assumindo acriao e a disciplina do s filhos, a manuteno edireo da casa, a conservaoda imagem pbli-

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    18 Para Onde Vai a Famlia?ca da famlia na comunidade, a participao dafamlia nas atividades cvicas e religiosas, e at osustento da casa, em alguns casos. No de seadmirar que es te jam comeando a reclamar1.Vivemos numa poca em que o senso de valor ea compreenso se encontram to distorcidos, quea soluo de que dispomos continuar no erro.As mulheres desejam mais oportunidades paratomarem as responsabilidades dos homens. como se um atleta, chegando exausto ao final dacorrida de uma milha, recebesse a ordem de secolocar em posio para partir novamente. lgico que as mulheres que trabalham numcerto ramo ou profisso merecem receber sal-rios condizentes com o que produzem, sem selevar em conta o seu sexo. tais consideraes,porm, embora no sejam de todo irrelevantes,situam-se fora dos fatores centrais que esto con-vulsionando o relacionamento familiar. Apesarde toda essa pregao sobre a emancipao damulher como dona-de-casa, me, etc., que estsendo vomitada hoje em dia, a maioria das mu-lheres ainda acaba se casando e tendo filhos. Ne mtodas essas conversas sobre o melhoramento da scondies de trabalho e emprego conseguiroresolver o problema qu e elas esto enfrentandoatualmente.O verdadeiro problema a abdicao emmassa po r parte do s homens. O que as famliasprecisam no de uma "igualdade" entre mari-do e mulher, estabelecida por leis humanas. Averdadeira igualdade j existe; fo i decretada porDeus e est a para ser adotada. O que falta real-mente uma autoridade certa. Os homens de-vem assumir a responsabilidade de ser o cabeada famlia. Assim, as mulheres encontraro, sob

    U m Imediato 19a autoridade deles, uma medida de libertao quenenhuma emenda constitucional poder lhes con-ceder.

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    Um Mapaprincipal finalidade da famlia crist glo-

    I rificar a Deus, dando ao m u n d o um a amos-tra do reino do s cus. Ela foi criada para ser umademonstrao viva das realidades e sentimentoscelestes.Como que a fam l ia pode realizar essa ta -refa? De que m a n e i r a p a i, me e f i lhos devemagir p a r a qu e aqueles que os vem e os conhe-ce m possam dizer: ", ali h um pedao do cuna terra"? Toda a informao necessria es tna Palavra de Deus. A meta que a Bblia colo-ca diante da f a m l ia n a d a m e n os que esta: ocu na Terra (D t 11.21). E as Escrituras deli-neiam o r u m o a ser seguido para se atingir essef i m . o seguinte: "Ponde, pois, estas minhaspalavras no vosso corao e na vossa alma; atai-as por s inal na vossa mo, para que es tejampor f rontal entre os olhos. Ensinai-as a vossosfilhos, fa lando delas assentados e m vossa casa,e a n d a n d o p e lo c a m in h o, e deitando-vos , e le-vantando-vos" (Dt 11.18,19).

    Um Mapa 21O m a p a do pai a Palavra de Deus. m e d id aque ele vai aplicando essa Palavra sua famlia,esta passar a seguir um curso certo em meio stempestades do s dias atuais, e f inalmente at ingi-r o alvo proposto por Deus. Nesse ponto, o pa-pel do pai , basicamente, duplo. Ele profeta,pois apresenta Deus sua famlia; e sacerdote,porque apresenta a famlia a Deus.O ensino religioso qu e Deus deseja que os paisdem a seus filhos n o pode se r feito s pressas.Contudo tem de ser diligente. "Estas palavras que,

    hoje, te ordeno estaro no teu corao; tu as in-culcars a teus filhos." (Dt 6.6,7.) No parase r imposto com um esprito duro, opressivo, m aspor uma suave operao da Palavra e do Espritode Deus, e introduzida na famlia de f o r m a bemnatural. "Delas falars assentado em tua casa, eandando pelo caminho, e ao deitar-te, e ao le-vantar-te." (V. 7.) A Palavra de Deus se torna umguia prtico para todas as aes. Atravs dela,Jesus passa a habitar no lar , do mesmo modoque a luz do Sol penetra pela casa, quando seabrem as janelas .O objetivo ge ral desse ensino cultivar a pre-sena de Jesus no seio da famlia. Po r isso, eletem de ser diligente, pois a presena de Cristoal i de s u p r e m a im p or t n c ia . V iv e m os n u m apoca em que h m ilhares de "cantos de sereia"entrando pelos ouvidos de nossos filhos e che-gando sua mente. No basta lhes ensinar umcdigo de tica ou a l g u m a s oraes d e rotina.Nosso lar precisa estar to saturado da presenado Senhor, que eles o encontrem a cada passo evenham a conhec-lo como conhecem os pais .Em tal atmosfera, Jesus conquistar o coraodeles facilmente e dominar todo o seu pensa-

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    22 Para Onde Vai a Fam lia?mento. E esse o nico antdoto eficaz contra ospoderes das trevas e da corrupo que se acham solta no mundo de hoje. J se foi o tempo emque os pais podiam dar aos filhos um a instruoreligiosa apenas superficial. Nossos filhos t mduas opes: ou eles sero cheios de Cristo e seconsagraro a ele inteiramente, ou ento serosubjugados pelo pecado e se entregaro a ele decorpo e alma. Se no lhes "dermos" Cristo, tudoque pudermos lhes proporcionar no ter ne-nhum valor.

    Quantos homens - inclusive crentes - levama srio seu papel de profeta da famlia? Quantospodem, rea lmente, chegar diante de Deus e di-zer: "E u ensinei a meus filhos as tuas verdades"?Quem que leva os filhos escola dominical?Em geral, a me. Quem toma a iniciativa doculto domstico? A me. Quem ora com os fi-lhos na hora de dormir? Ainda a me. O maiorresponsvel pelo declnio da famlia e da igreja o fato de o pai abdicar de sua funo de lderespiritual. Pela maneira como vive e age, ele est"ensinando" aos filhos que "religio coisa demulher". Foi por causa disso que um grande te-logo afirmou que a melhor bno que um avi-vamento espiritual poderia nos trazer hoje seriaa reconduo do s homens responsabilidade daliderana espiritual.*A funo sacerdotal do pai um complemen-to natural sua funo proftica. Pela orao eintercesso, ele apresenta sua famlia a Deus. De-

    * De uma palestra do Rev. Derek Prince. O autor querreconhecer publicamente seu dbito para com o Rev. Prince,no sentido de que utilizou muitos pensamentos dele nestelivrete.

    Um Mapa 23sejamos lembrar aqui a autoridade espiritual deque Deus investe aquele que chamado para sersacerdote. Sua orao tem poder, porque Deuslhe confere autoridade. E ele no pode fugir a elapor uma questo de falsa modstia. A responsa-bilidade primria repousa sobre o pai. Depois,caso o pai esteja ausente, que ela se transferepara a me. Tendo sido chamado para ser o sa-cerdote de sua casa, o pai deve chegar-se diantede Deus reverentemente, mas com ousadia, e apre-sentar-lhe cada membro da famlia. O pai queprotege e cerca os seus com essa intercessopoderosa, est firmando o bem-estar deles so -bre a rocha.As oraes que ensinamos a nossos filhosso parte integral da vida familiar. Po r elas, acr iana entra em contato pessoal com Deus.Entretanto elas n o podem tomar o lugar daorao sacerdotal do pai, que se acha revestidade uma autoridade toda especial. E a finalid a-de dela proteger a famlia e prover as neces-sidades desta.O papel de intercessor requer uma vidadevocional disciplinada. O pai-sacerdote que negligente em sua meditao e orao asseme-lha-se ao caador cujo rifle est enferrujado, ouao arqueiro que tem o arco sem corda. Aqueleque no possui muita intimidade com o Senhorno obter muitas bnos para os seus.Vivemos dias tempestuosos, caracterizadospor grandes revolues morais e espirituais.No podemos e nfren tar uma poca difcil comoesta com palavras supercorteses, que no le-vam a nada. Por isso, queremos ir direto aoassunto: Pai, a responsabilidade da famlia estem suas mos. Assim que voc tomar o leme e

  • 8/14/2019 Para onde vai a famlia

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    24 Para Onde Vai a Fa mlia?assumir a posio certa, Deus se colocar doseu lado. Desse modo, voc transformar seular num "pedao do cu na Terra".