Paraná - Dados Historicos e Geograficos

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PARANÁ: DADOS GERAIS E ATUAIS Está situado na região Sul do país e tem como limites São Paulo (a norte e leste), oceano Atlântico (leste), Santa Catarina (sul), Argentina (sudoeste), Paraguai (oeste) e Mato Grosso do Sul (noroeste). Ocupa uma área de 199.314 km². A capital é Curitiba e outros importantes municípios são Londrina, Maringá, Cascavel, Toledo, Ponta Grossa, Foz do Iguaçu, Francisco Beltrão, São José dos Pinhais, Guarapuava, Paranaguá, Apucarana. O Paraná é o quinto estado mais rico do Brasil, está atrás de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. O Paraná apresenta uma estreita planície no litoral, e a serra do Mar é a borda dos Planaltos e Serras de Leste-Sudeste. Após a Depressão Periférica, no centro-leste do estado, surgem os Planaltos e Chapadas da Bacia do Paraná. Os rios da Bacia Hidrográfica do Rio Paraná drenam a quase totalidade do estado. Os principais cursos d'água são, além do próprio rio Paraná, o Paranapanema, o Iguaçu, o Tibagi, o Ivaí e o Piquiri. O clima paranaense é predominantemente subtropical úmido. A temperatura varia entre 14°C e 22°C, e o clima é mais frio na porção sul planáltica. Os índices pluviométricos oscilam de 1.500 mm a 2.500 mm anuais. Originalmente, cerca de metade do território paranaense era recoberto pela Mata de Araucárias (Pinheiro brasileiro). Nas partes mais elevadas dos planaltos, manchas de campos são comuns. O Paraná era a província mais nova do Império do Brasil, desmembrada da de São Paulo em 1853, tendo como primeiro presidente o senhor Zacarias de Góis e Vasconcelos. Foi criada como punição pela participação dos paulistas na Revolta Liberal de 1842. É também é o mais novo estado da Região Sul do Brasil, logo depois do Rio Grande do Sul (1807) e Santa Catarina (1738). O estado é historicamente conhecido por sua grande quantidade de pinheirais espalhados pela porção sul planáltica, onde o clima é semelhante ao dos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, enquanto o resto do Brasil é tropical. A espécie predominante na vegetação é a Araucaria angustifolia. Os ramos dessa árvore aparecem na bandeira e no brasão, símbolos adotados em 1947. Atualmente, esse ecossistema encontra-se muito destruído devido à ocupação humana.

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Paraná

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Paran

PARAN: DADOS GERAIS E ATUAIS( Est situado na regio Sul do pas e tem como limites So Paulo (a norte e leste), oceano Atlntico (leste), Santa Catarina (sul), Argentina (sudoeste), Paraguai (oeste) e Mato Grosso do Sul (noroeste). Ocupa uma rea de 199.314km.( A capital Curitiba e outros importantes municpios so Londrina, Maring, Cascavel, Toledo, Ponta Grossa, Foz do Iguau, Francisco Beltro, So Jos dos Pinhais, Guarapuava, Paranagu, Apucarana.

( O Paran o quinto estado mais rico do Brasil, est atrs de So Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. O Paran apresenta uma estreita plancie no litoral, e a serra do Mar a borda dos Planaltos e Serras de Leste-Sudeste. Aps a Depresso Perifrica, no centro-leste do estado, surgem os Planaltos e Chapadas da Bacia do Paran.

( Os rios da Bacia Hidrogrfica do Rio Paran drenam a quase totalidade do estado. Os principais cursos d'gua so, alm do prprio rio Paran, o Paranapanema, o Iguau, o Tibagi, o Iva e o Piquiri.

( O clima paranaense predominantemente subtropical mido. A temperatura varia entre 14C e 22C, e o clima mais frio na poro sul planltica. Os ndices pluviomtricos oscilam de 1.500mm a 2.500mm anuais.

( Originalmente, cerca de metade do territrio paranaense era recoberto pela Mata de Araucrias (Pinheiro brasileiro). Nas partes mais elevadas dos planaltos, manchas de campos so comuns.

( O Paran era a provncia mais nova do Imprio do Brasil, desmembrada da de So Paulo em 1853, tendo como primeiro presidente o senhor Zacarias de Gis e Vasconcelos. Foi criada como punio pela participao dos paulistas na Revolta Liberal de 1842. tambm o mais novo estado da Regio Sul do Brasil, logo depois do Rio Grande do Sul (1807) e Santa Catarina (1738).

( O estado historicamente conhecido por sua grande quantidade de pinheirais espalhados pela poro sul planltica, onde o clima semelhante ao dos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, enquanto o resto do Brasil tropical. A espcie predominante na vegetao a Araucaria angustifolia. Os ramos dessa rvore aparecem na bandeira e no braso, smbolos adotados em 1947. Atualmente, esse ecossistema encontra-se muito destrudo devido ocupao humana.

( O nome do estado derivado do rio que delimita a fronteira oeste de seu territrio, onde ficava o salto de Sete Quedas (hoje submerso pela represa da Usina Hidreltrica de Itaipu) na divisa com Mato Grosso do Sul, j na Regio Centro-Oeste, e com o Paraguai.

( O rio Paran nasce da confluncia dos rios Paranaba e Grande, quase no extremo oeste de Minas Gerais.

Rio Paran.

( O nome do estado derivado do tupi pa'ra = "mar" mais n = "semelhante, parecido". Paran , portanto, "semelhante ao mar, rio grande, parecido com o mar", naturalmente pelo seu tamanho. O potamnimo passou a designar a regio, que se tornou provncia autnoma em 1853 e estado em 1889. A pronncia Paran foi encontradia at pouco tempo. Histria

( Durante o sculo XVI, o Paran no despertava grande interesse nos portugueses que vinham para o Brasil. Os espanhis fundaram alguns ncleos de povoamento que no se desenvolveram. No sculo XVII, os bandeirantes descobriram ouro no Paran e, para extra-lo, tentaram escravizar e catequizar os indgenas locais. O Tratado de Madrid, assinado em 1750, deu Coroa portuguesa a posse do Paran, que, ento, integrava a capitania de So Paulo. ( No sculo XVII, descobriu-se na regio do Paran uma rea aurfera, anterior ao descobrimento das Minas Gerais, que provocou o povoamento tanto no litoral quanto no interior. Com o descobrimento das Minas Gerais, o ouro de Paranagu perdeu a importncia. ( As famlias ricas, que possuam grandes extenses de terra, passaram a se dedicar criao de gado, que logo abasteceria a populao das Minas Gerais. Mas apenas no sculo XIX as terras do centro e do sul do Paran foram definitivamente ocupadas pelos fazendeiros.

( No fim do sculo XIX, a erva-mate dominou a economia e criou uma nova fonte de riqueza para os lderes que partilhavam o poder. Com o aparecimento das estradas de ferro, ligando a regio da araucria aos portos e a So Paulo

HYPERLINK "http://pt.wikipedia.org/wiki/Paran%C3%A1" \l "cite_note-http-7#cite_note-http-7" [8], j no fim do sculo XIX, ocorreu novo perodo de crescimento.

( A partir de 1850, o governo provincial de So Paulo empreendeu um amplo programa de colonizao, especialmente de alemes, italianos, poloneses e ucranianos, que contriburam decisivamente para a expanso da economia paranaense e para a renovao de sua estrutura social.

( O Paran era parte da provncia de So Paulo, da qual se desmembraria apenas em 1853. Nessa poca, a produo de caf comeou a ganhar destaque. O rpido desenvolvimento da cultura cafeeira atraiu milhares de imigrantes das provncias do Sul, do Sudeste e do Nordeste do pas.

( Um dos principais conflitos ocorridos no Paran foram o Cerco da Lapa e a Guerra do Contestado (1912-1916), que foi um dos eventos mais significativos da histria do Brasil no sculo XX, no limite com o estado de Santa Catarina. Ao longo do sculo XX, o Paran destacou-se pela criao de empresas agrcolas, muitas vezes de capital estrangeiro, o que acelerou o processo de concentrao de terras e de renda. Durante as dcadas de 1970 e 1980, milhares de pequenos camponeses deixaram o campo em direo s cidades ou a outros estados e at pases. No final do sculo XX e incio do XXI, o Paran atraiu muitos investimentos externos, e indstrias automobilsticas instalaram-se no estado.

Primeiros tempos

( At meados do sculo XVII, litoral sul da capitania de So Vicente, hoje pertencente ao estado do Paran, foi esporadicamente visitado por europeus que buscavam madeiras de lei. ( No perodo de domnio espanhol, foi estimulado o contato dos vicentinos com a rea do rio da Prata e tornou-se mais frequente o percurso da costa meridional, cuja explorao intermitente tambm seria motivada pela procura de ndios e de riquezas minerais. Do litoral os paulistas adentraram-se para oeste, em busca de indgenas, ao mesmo tempo que, a leste, onde hoje esto Paranagu e Curitiba, dedicaram-se minerao.

( As lendas sobre a existncia de grandes jazidas de ouro e prata atraram regio de Paranagu numerosos aventureiros. O prprio Salvador Correia de S, que em 1613 assumira a superintendncia das minas do sul do Brasil, ali esteve durante trs meses, enquanto trabalhava com cinco especialistas que fizera vir de Portugal. No encontrou, porm, nem uma ona de ouro. Sob o governo do marqus de Barbacena, foi para l enviado o espanhol Rodrigo Castelo Blanco, grande conhecedor das jazidas do Peru, que em 1680 escreveu ao rei de Portugal para tambm desiludi-lo de vez sobre a lenda das minas de prata.

( No fim do sculo XVII, abandonados os sonhos de grandes riquezas minerais, prosseguiu a cata do ouro de aluvio, dito "de lavagem", mediante a qual os escassos habitantes do lugar procuravam recursos para a aquisio de produtos de fora. Os ndios que escapavam ao extermnio eram postos na lavoura. Os escravos africanos comearam a ser utilizados no sculo XVIII e j em 1798 o censo revelava que seu nmero, em termos relativos, superava o dos ndios.

( A vila de Paranagu, criada por uma carta rgia de 1648, formou com o seu serto - os chamados campos de Curitiba, a quase mil metros de altitude - uma s comunidade. Prevaleceu em Paranagu o cultivo das terras e, nos campos, a criao de gado. Pouco a pouco, Curitiba, elevada a vila em 1693, transformou-se no principal ncleo da comunidade paranaense, e para isso foi fator decisivo a grande estrada do gado que se estabeleceu entre o Rio Grande do Sul e Sorocaba.

( Castro o primeiro municpio verdadeiramente paranaense, a fundao do municpio ocorreu em 1778.

Ciclo das tropas

Monumento ao Tropeiro no municpio da Lapa (PR).

( A descoberta das minas de ouro de Minas Gerais teve como uma de suas consequncias a grande demanda de gado equino e vacum. Recorreu-se ento aos muares xucros da regio missioneira do sul, tocados pela estrada Viamo-Sorocaba, aberta em 1731. Segundo Brasil Pinheiro Machado, a construo dessa estrada foi "acontecimento relevante na histria paranaense". Desligou Curitiba do ciclo litorneo, distanciando-a socialmente de Paranagu e incorporando-a ao sistema histrico das guerras de fronteira, dando-lhe oportunidade de uma marcha para o sul, para o norte e para oeste, de maneira que Curitiba passa a significar o carter de toda a regio que ser a futura provncia".

( Inaugurava-se assim o ciclo das tropas na histria paranaense, que se estendeu at a dcada de 1870, quando comeou a era do transporte ferrovirio. Numerosos habitantes dedicaram-se ao rendoso negcio de comprar muares no sul, invern-los em seus campos e revend-los nas feiras de Sorocaba. Foi essencialmente com a disseminao das fazendas de criao e invernagem que se fez a ocupao do territrio. Com base na propriedade das pastagens e no trabalho de escravos negros e ndios, estabelecem-se as famlias que detm o poder regional.

( Graas s tropas que se estabeleciam ao torno de alguns rios, surgiram municpios como Lapa e Castro.

Expanso da atividade pastoril

( Em princpio do sculo XIX, com o recrudescimento da guerra no sul, tornou-se necessria, como parte da estratgia portuguesa, a ocupao das terras que pelo Tratado de Madri pertenciam a Portugal, mas permaneciam abandonadas desde a destruio das misses jesuticas pelos bandeirantes.

( Com o trplice objetivo de ocupar o territrio, subjugar os ndios e abrir caminho para as misses, em junho de 1810 uma operao militar atingiu os campos de Guarapuava, que logo a seguir foram doados em sesmarias. Os ndios capturados foram distribudos "pelos mais abonados moradores" e trs dcadas depois a regio estava ocupada. Tratava-se ento de conquistar aos indgenas os campos de Palmas, o que foi feito em 1839 por duas sociedades particulares, rivais, que recorreram arbitragem para evitar choque armado entre seus componentes. Completou-se assim em meados do sculo XIX, e graas atividade pastoril, a ocupao dos campos do interior.

Provncia do Paran

A Rua XV de Novembro, em Curitiba.

( Por alvar de 19 de fevereiro de 1811, foi criada a comarca de Paranagu e Curitiba, pertencente capitania de So Paulo. A 6 de julho do mesmo ano a cmara municipal de Paranagu dirigiu-se ao prncipe regente para pedir a emancipao da comarca e a criao de nova capitania. Dez anos depois, o movimento denominado Conjura Separatista, liderado por Floriano Bento Viana, formulou abertamente sua reivindicao separatista, mas ainda sem obter xito. ( Apesar da atividade poltica expressa em sucessivas diligncias e peties que tinham em vista a emancipao poltico-administrativa, e mesmo aps a independncia, continuaram os ento chamados "parnanguaras" submetidos aos comandantes da tropa local, uma vez que o governo provincial estava longe e desinteressado daquelas terras. A importncia poltica e estratgica da regio avultava com os anos e evidenciava-se com acontecimentos que repercutiram no plano nacional, como a Revoluo Farroupilha (1835 - 1845) e a Revoluo Liberal de 1842.

( Em 29 de maio de 1843, entra em primeira discusso o projeto de lei que elevava a comarca de Coritiba categoria de provncia. Durante os debates, destacaram-se os deputados de Minas Gerais e So Paulo. Segundo os deputados paulistas, o verdadeiro motivo da criao da nova provncia, por desmembramento da Provncia de So Paulo, seria o de punir esta ltima por sua participao na Revolta Liberal de 1842. ( Paralelamente, a economia paranaense, a par do comrcio de gado, ganhava incremento com a exportao da erva-mate nativa para os mercados do Prata e do Chile. Eram feitas promessas de emancipao, enquanto prosseguiam as representaes e a luta no Parlamento. ( Finalmente, a 28 de agosto de 1853 foi aprovado o projeto de criao da provncia do Paran, que teria como capital provisria (que depois seria confirmada) o municpio de Curitiba.

( A 19 de dezembro do mesmo ano chegou capital Zacarias de Gis e Vasconcelos, primeiro presidente da provncia, que desde logo se empenhou em tomar medidas destinadas a impulsionar a economia local e conseguir recursos para as aes administrativas que se faziam necessrias. Procurou encaminhar para outras atividades, mormente de lavoura, parte da mo-de-obra e dos capitais que se empregavam no preparo e comrcio da erva-mate. O mais lucrativo negcio da provncia continuava a ser, no entanto, a invernada e a venda de muares para So Paulo. Essa atividade chegou ao ponto mais alto na dcada de 1860 e s entrou em declnio no final do sculo.

( Durante o perodo provincial, o governo do Paran no alcanou a necessria continuidade administrativa, j que a presidncia da provncia, de livre escolha do poder central, teve nada menos de 55 ocupantes em 36 anos. Os liberais paranaenses organizaram-se sob a liderana de Jesuno Marcondes e seu cunhado Manuel Alves de Arajo, pertencentes famlia dos bares de Tibagi e Campos Gerais, na poca a mais poderosa oligarquia na regio. Os conservadores eram chefiados por Manuel Antnio Guimares e Manuel Francisco Correia Jnior, de famlias que controlavam o comrcio do litoral.

Crise na sociedade pastoril

( A decadncia do comrcio de muares acarretou crise em toda a sociedade pastoril do Paran. O grande patrimnio indiviso da famlia patriarcal, que abrangia vrios ncleos familiares, j no podia prover a subsistncia de todos. Filhos de fazendeiros emigraram para as cidades, para So Paulo e para o Rio Grande do Sul. Desde o incio do sculo XIX o Paran vinha recebendo imigrantes, dentro da poltica de preenchimento dos vazios demogrficos. ( Eram aorianos, alemes, suos e franceses, mas em pequeno nmero e sem condies de prosperidade.

( Em meados daquele sculo, embora contasse com uma populao de cerca de sessenta mil habitantes, o Paran continuava, do ponto de vista humano, um deserto irregularmente interrompido por dezenove pequenos osis situados a distncias imensas uns dos outros, distncias literalmente intransponveis, pois, alm dos "caminhos histricos", que dentro em pouco se saberia no serem os "caminhos econmicos", nada havia que se pudesse chamar de rede de comunicaes.

( Esses dezenove osis eram representados pelos municpios de (Curitiba e Paranagu); pelas sete vilas (Guaratuba, Antonina, Morretes, So Jos dos Pinhais, Lapa, Castro e Guarapuava); pelas seis freguesias (Campo Largo, Palmeira, Ponta Grossa, Jaguariava, Tibagi e Rio Negro) e pelas quatro capelas curadas (Guaraqueaba, Iguau, Votuverava e Palmas).

( Curitiba tinha, na poca, seis mil habitantes, e Paranagu, 6.500. A populao das vilas, freguesias e capelas oscilava, em geral, entre mil e cinco mil habitantes, de forma que a densidade efetiva, nos centros urbanos incipientes, era bem maior do que a mdia estatstica (0,3 pessoa por quilmetro quadrado) faria supor. Em compensao, na maior parte do territrio o vazio era absoluto. Eram os campos gerais, a floresta, e a serra do Mar.

Colonizao( Na segunda metade do sculo XIX estimulou-se um tipo de colonizao orientada para a criao de uma agricultura que suprisse as necessidades de abastecimento. Providncias conjuntas dos governos imperial e provincial permitiram o estabelecimento de ncleos coloniais nas proximidades dos centros urbanos, sobretudo no planalto de Curitiba, constitudos de poloneses que se instalaram principalmente na regio norte de Curitiba formando bairros como Santa Cndida, Tingui e outros da regio, alemes, italianos deram origens a bairros nobres como Santa Felicidade e tambm a municpios da regio metropolitana como So Jos dos Pinhais e Colombo que foi a maior colnia italiana do Paran no final do sculo XIX at o sculo XX e, em grupos menores, suos, franceses e ingleses. Esses contingentes de imigrantes imprimiram fisionomia tnica do Paran uma notvel variedade e em alguns lugares do Paran, por exemplo, no municpio de Castro e arredores se fala somente o holands e em algumas outras regies do estado se fala somente o alemo, italiano, ucraniano, polons e at o japons sem contar as lnguas nativas de tribos indgenas.

De Immigrant (O Imigrante), moinho em estilo holands na colnia neerlandesa de Castrolanda, em Castro.

Descendentes de ucranianos na cerimnia de bno dos alimentos na vspera da Pscoa de 2006, em Curitiba.

( O nmero de escravos diminuiu muito, a partir da metade do sculo, sobretudo em virtude de venda ou arrendamento para outras provncias. Um relatrio do presidente do Paran, em 1867, assinalou que o imposto arrecadado sobre escravos que seguiam para So Paulo "era quase igual ao imposto sobre animais".

( A vinda de colonos atendia assim ao problema, agravado pela evaso da mo-de-obra escrava, da escassez e carestia dos produtos agrcolas. Nas ltimas dcadas do sculo XIX, a construo de estradas de ferro e linhas telegrficas empregou colonos trazidos por sociedades de imigrao. Nesse perodo e no incio do sculo XX, estabeleceram-se no Paran mais de quarenta ncleos coloniais.

Repblica

( Desde o manifesto de 1870 ocorreram no Paran manifestaes espordicas, e sem organicidade, de simpatia pela repblica. Mesmo depois da fundao dos jornais Livre Paran, em Paranagu, e A Repblica, em Curitiba, e da criao de clubes republicanos nos dois municpios, o movimento no chegou a se aprofundar. Alguns paranaenses se destacaram na campanha republicana, mas fora da provncia. Na Assemblia Provincial, contavam os republicanos com um s deputado, Vicente Machado da Silva Lima, eleito pelo Partido Liberal, e que foi figura de projeo nos primeiros anos do novo regime.

Panteon dos Heroes, onde jazem os corpos dos legalistas que combateram no Cerco da Lapa.

( O estado sofreu as consequncias das vrias crises polticas que marcaram os primeiros tempos da repblica e somente em abril de 1892 viu promulgada sua constituio estadual, que vigorou at a vitria do movimento revolucionrio de 1930. Durante a revoluo federalista, o Paran foi palco de renhidos combates, j que em seu territrio se deu o encontro de tropas federalistas e legalistas. Abandonado o estado pelos federalistas, fez-se o acerto de contas. Os "picapaus" assumiram ento o poder e desencadearam a represso contra os "maragatos". Apesar de eventuais conciliaes, tal diviso durou at 1930.

( A provncia do Paran deveria ter os mesmos limites da antiga comarca, em consequncia do que se prolongou at a segunda dcada do sculo XX uma complicada questo de fronteiras com Santa Catarina, surgida desde a descoberta e ocupao dos campos de Palmas. Com base na carta rgia de 1749, Santa Catarina considerava seu o "serto" que correspondia costa, enquanto o Paran se apoiava no princpio do uti possidetis. Com a repblica, ambos os estados exerceriam sua competncia de distribuir terras num mesmo territrio.

( Por trs vezes Santa Catarina obteve ganho de causa no Supremo Tribunal Federal, mas o Paran embargou as decises. Nessa rea que se iria travar a campanha do Contestado. Finalmente, em 1916, por deciso arbitral do presidente da repblica, fez-se a partilha da regio em litgio, com o que ficou encerrada a questo.

Questes agrrias

( Em 1920, o Paran ocupava o 13 lugar em populao no Brasil, com cerca de 700 mil habitantes; em 1960, o estado havia passado para o quinto lugar, com mais de 4,2 milhes de habitantes. Esse aumento no se deveu apenas ao crescimento natural, mas a intensas correntes migratrias internas, pelas quais se deslocaram habitantes de outros estados para reas at ento incultas do Paran.

( Desde o final do sculo XIX, lavradores paulistas e mineiros iniciaram a formao de fazendas de caf no norte do estado, rico em terras frteis, de solo conhecido como "terra roxa". A esse tipo de ocupao veio juntar-se a colonizao dirigida, tanto oficial como particular. Ocorreram tambm novas levas de colonos imigrantes, notadamente japoneses, italianos e alemes, e com a experincia de empreendimentos semelhantes na Austrlia e na frica, em 1924, Lord Lovat visitou o Paran e trs anos depois obteve do governo uma concesso de 500 mil alqueires de terra no norte do estado. Fundou ento a Paran Plantation Ltd. que, ao lado da Companhia de Terras do Norte do Paran e da Companhia Ferroviria do Norte do Paran, executou o plano de colonizao dessa zona. O eixo da operao foi Londrina, que a partir da cresceu em ritmo vertiginoso.

( Na regio dos rios Iguau e Paran, as matas eram h muito exploradas por empresas que comercializavam madeira e mate. Desde a dcada de 1920 ocorria ali a ocupao espontnea por colonos gachos e catarinenses, em geral descendentes de alemes e italianos. Aps a revoluo de 1930, anuladas numerosas concesses de terras, passou-se, por iniciativa do governo estadual e de particulares, ocupao organizada, dirigida para a agricultura variada e a criao de animais de pequeno porte.

Revoluo de 1930 e interveno

( Deflagrada a revoluo em outubro de 1930, j no dia 5 do mesmo ms seus partidrios, com apoio de foras militares, apossaram-se do governo estadual paranaense, instalaram um governo provisrio e substituram as autoridades no interior. As finanas pblicas estavam em completo desequilbrio e a economia em crise. Havia ainda a grave questo das terras devolutas do estado. O general Mrio Tourinho, primeiro interventor, foi substitudo no governo por Manuel Ribas. Este, eleito em 1935, foi confirmado como interventor pelo Estado Novo, em 1937, e permaneceu no cargo at 1945.

( Na dcada de 1960, todas as terras do Paran j estavam ocupadas, mas, em seu processo de ocupao, a par do colono que comprava um ou mais lotes, surgiu tambm a figura do "posseiro", que tendia a se instalar no terreno que julgava do estado ou sem dono. Passou a ocorrer tambm a venda mltipla, a compra do "no dono" e a "grilagem" em grande escala. Assim, a poca foi tambm de conflitos e lutas agrrias, que se prolongaram por toda a segunda metade do sculo XX, sem qualquer soluo duradoura no meio dos avanos da economia e da sociedade.

Histria recente

( medida que o governo estadual procurava tornar o Paran o celeiro agrcola do pas e um produtor de madeira capaz de levar a efeito amplos reflorestamentos, os conflitos fundirios no s continuaram como cresceram em intensidade. Centenas de milhares de pequenos proprietrios rurais e trabalhadores sem terra encenaram um xodo rural que provocou um esvaziamento demogrfico em mais de cinquenta municpios. Tais emigrantes seguiram principalmente para o Centro-oeste e para a Amaznia, levando consigo sua concepo produtiva.

( Mais tarde, porm, a soja aumentou sensivelmente o espao que ocupava. Em 1980, a colheita de soja atingia o recorde de 2.500kg por hectare, maior do que a marca norte-americana at ento alcanada, enquanto a de trigo colocava o Paran no primeiro lugar nacional, com 57% da produo de todo o pas. Tambm a indstria dava saltos expressivos, como a instalao, em 1976, de uma fbrica de nibus e caminhes em Curitiba e o incio do funcionamento, em 1977, da refinaria Presidente Getlio Vargas. Realizaram-se ainda nessa poca os primeiros grandes melhoramentos que fizeram da capital paranaense um modelo de novas solues urbansticas: inaugurou-se a primeira parte das ciclovias da cidade e surgiu o sistema de nibus expressos.

( Aumentaram, no entanto, as disputas de terra, at mesmo em reservas indgenas, assim como denncias de graves perturbaes ambientais causadas pelo crescente nmero de barragens para construo de usinas hidreltricas nos rios Iguau, Paranapanema, Capivari e Paran. Em 1982, o desaparecimento do salto de Sete Quedas, imposto pela necessidade de formar o imenso reservatrio da represa de Itaipu, provocou intenso movimento de protesto.

( Nos ltimos anos do sculo XX, o estado do Paran exibia um bom quadro social e econmico, com estabilizao populacional e modernizao agrcola e industrial, com destaque para a instalao de montadoras de veculos automotores no estado, ao mesmo tempo em que a economia paranaense procurava tirar partido das oportunidades oferecidas pelo Mercosul.

Geografia Paranaense

( Relevobaixada no litoral, planaltos a leste e oeste, depresso no centro.

( Ponto mais elevadopico Paran, na serra do Mar (1.877 m).

( Rios principaisParan, Iguau, Iva, Tibagi, Paranapanema, Itarar, Piquiri.

( Vegetaomangue no litoral, mata Atlntica, floresta tropical a oeste e mata das araucrias no centro.

( Municpios mais populososCuritiba (1.797.408), Londrina (497.833), Maring (325.968), Foz do Iguau (311.336), Ponta Grossa (306.351), Cascavel (285.784), So Jos dos Pinhais (263.622), Colombo (233.916), Guarapuava (164.567), Paranagu (133.559).

( O estado do Paran ocupa uma rea de 199.880km, estendendo-se do litoral ao interior, localiza-se a 5100'00" de longitude oeste do Meridiano de Greenwich e a 2400'00" de latitude sul da Linha do Equador e com fuso horrio -3 horas em relao a hora mundial GMT. Trs quartos de seu territrio ficam abaixo do Trpico de Capricrnio. No Brasil, o estado faz parte da regio Sul, fazendo fronteiras com os estados de So Paulo, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul e dois pases: Paraguai e Argentina. banhado pelo oceano Atlntico.

( Seu relevo dos mais expressivos: 52% do territrio ficam acima dos 600m e apenas 3% abaixo dos 300m. Paran, Iguau, Iva, Tibagi, Paranapanema, Itarar e Piquiri so os rios mais importantes. Veja a lista de rios do Paran. O clima temperado.

Relevo Paranaense

Mapa fsico do Paran.

( Cerca de 52% do territrio do Paran encontram-se acima de 600m e 89% acima de 300 metros; somente trs por cento ficam abaixo de 200 metros. O quadro morfolgico dominado por superfcies planas dispostas a grande altitude, compondo planaltos que formam as serras do Mar e Geral. Cinco unidades de relevo sucedem-se de leste para oeste, na seguinte ordem: baixada litornea, serra do Mar, planalto cristalino, planalto paleozico e planalto basltico.

Baixada litornea

( A baixada litornea forma uma faixa de terras baixas com cerca de vinte quilmetros de largura mdia. Compreende terrenos baixos e inundveis (plancies aluviais e formaes arenosas) e morros cristalinos com aproximadamente cinquenta metros de altura. Em sua poro setentrional, a baixada litornea se fragmenta para dar lugar baa de Paranagu, cujo aspecto digitado resulta da penetrao do mar atravs de antigos vales fluviais, isto , da formao de rias.

Serra do Mar

Conjunto do Pico Paran, fotografado em 2006.

( A serra do Mar constitui o rebordo oriental do planalto cristalino e domina com suas enrgicas escarpas a plancie litornea. Formada por terrenos pr-cambrianos, pertence ao complexo cristalino brasileiro, sendo constituda essencialmente por gnaisses e granitos, que foram intensamente desgastados. No estado do Paran, ao contrrio do que ocorre em So Paulo, a serra apresenta-se fragmentada em macios isolados, entre os quais se insinua o nvel do planalto cristalino (900m), at alcanar a borda oriental. Em geral, os macios ultrapassam em cem metros essa cota. Isso faz com que no Paran a serra do Mar, alm da escarpa que se volta para leste com um desnvel de mil metros, tambm apresente uma escarpa interior, voltada para oeste. No entanto, esta mostra um desnvel de apenas cem metros. Escrevendo um imenso arco desde So Paulo at Santa Catarina, a serra recebe vrias denominaes locais, como Capivari Grande, Virgem Maria, Ibitiraquire, Graciosa (onde se localiza a Estrada da Graciosa), Marumbi (onde se localiza o Parque Estadual Pico Marumbi), Prata, entre outras. Na serra do Mar, se encontram as mais elevadas altitudes do estado. O ponto mais alto do estado o pico Paran, com 1.877m, na serra do Mar.

Planalto cristalino

( O planalto cristalino, tambm chamado de primeiro planalto do Paran, apresenta uma faixa de terrenos cristalinos, que se estende em sentido norte-sul, a oeste da serra do Mar e a leste da escarpa devoniana. constitudo por terrenos cristalinos pr-cambrianos, apresentando, em algumas pores, rochas sedimentares paleozicas como o calcrio. Essa faixa de terrenos cristalinos, propriamente dita, possui uma largura mdia de cem metros e cerca de 900m de altura. A topografia varia de acidentada, ao norte, a suavemente ondulada, ao sul. Um antigo lago, hoje atulhado de sedimentos, forma a bacia sedimentar de Curitiba. Em partes da Regio Metropolitana de Curitiba, a base cristalina foi recoberta por terrenos sedimentares do perodo quaternrio.

Planalto paleozico

Arenito de Vila Velha.

( O planalto paleozico, tambm chamado de segundo planalto do Paran ou planalto dos Campos Gerais, desenvolve-se em terrenos da Era Paleozica, sendo constituido principalmente por rochas sedimentares da Bacia do Paran, com destaque para os arenitos (Vila Velha e Furnas), folhelhos, betuminosos e o carvo mineral. limitado, a leste, pela escarpa devoniana, a Serrinha, que cai para o planalto cristalino e, a oeste, pelo paredo da serra Geral, que sobe para o planalto basltico. O planalto paleozico apresenta topografia suave e ligeira inclinao para oeste: em sua extremidade oriental alcana 1.200m de altura, e, na base da serra Geral, a oeste, registra apenas 500m. Forma uma faixa de terras de aproximadamente cem quilmetros de largura e descreve uma gigantesca meia-lua, cuja concavidade se volta para leste. Na transio do segundo para o terceiro planalto entre Guarapuava e Prudentpolis h vrios desnveis que formam vrias quedas d'gua como o Salto So Francisco em Guarapuava.

Planalto basltico

Guarapuava d nome ao planalto basltico.

( O planalto basltico, ou terceiro planalto do Paran, tambm chamado de planalto de Guarapuava, a mais extensa das unidades de relevo do estado e tambm representado por rochas da Bacia do Paran, mas da Era Mesozica. constituido por rochas gneas eruptivas, principalmente basaltos, cuja alterao formou as famosas "terras roxas", como por rochas sedimentares, que recobrem os basaltos na poro noroeste do Estado. Limita-o, a leste, a serra Geral, que, com um desnvel de 750m, domina o planalto paleozico. A oeste, o limite assinalado pelo rio Paran, que a jusante do ponto onde ficavam os saltos de Sete Quedas forma impressionante desfiladeiro (na verdade, o planalto prolonga-se para alm dos limites do estado do Paran e constitui parte dos territrios de Mato Grosso do Sul, do Paraguai e da Argentina).

( Tal como o planalto paleozico, o planalto basltico descamba suavemente para o ocidente: cai de 1.250m, a leste, para 300m nas margens do rio Paran (a montante de Sete Quedas). Formado por uma sucesso de derrames de basalto, empilhados uns sobre os outros, esse planalto ocupa toda a metade ocidental do estado. Seus solos, desenvolvidos a partir dos produtos da decomposio do basalto, constituem a "terra roxa", famosa pela fertilidade.

( Essas unidades de relevo so partes integrantes do planalto Meridional, localizado no sul do planalto Brasileiro.

Clima Paranaense

Mapa climtico do Paran.

( O clima predominante no Paran o subtropical, com veres quentes e invernos frescos (frios para os padres brasileiros). Trs tipos climticos caracterizam o estado do Paran: os climas Cfa, Cfb e Cwa da classificao de Kppen.

( O clima Cfa, subtropical com chuvas bem distribudas durante o ano e veres quentes, ocorre em duas partes distintas do estado, na plancie litornea e nas pores mais baixas do planalto, isto , em sua poro ocidental. Registra temperaturas mdias anuais de 19C e pluviosidade de 1.500mm anuais, algo mais elevada na costa que no interior.A capital do Paran a mais fria do Brasil, a mnima mdia em julho 8,4C, a mxima mdia 26,2C em fevereiro. A mdia anual 16,5C.

( O clima Cfb, subtropical com chuvas bem distribudas durante o ano e veres amenos, ocorre na poro mais elevada do estado e envolve o planalto cristalino, o planalto paleozico e a parte oriental do planalto basltico. As temperaturas mdias anuais oscilam em torno de 17C e so inferiores aos 20C como pode ser observado neste mapa. A pluviosidade alcana cerca de 1.200mm anuais.

( O clima Cwa, subtropical com veres quentes e invernos secos, ocorre na poro noroeste do estado. o chamado clima tropical de altitude, pois ao contrrio dos dois acima descritos, que registram chuvas bem distribudas no decorrer do ano, este apresenta pluviosidade tpica dos regimes tropicais, com invernos secos e veres chuvosos. A temperatura mdia anual oscila em torno de 20C e a pluviosidade alcana 1.300mm anuais. Quase todo o estado est sujeito a mais de cinco dias de geada por ano, mas na poro meridional e nas partes mais elevadas dos planaltos registram-se mais de dez dias. A neve aparece esporadicamente na rea de Curitiba.

Vero

( O vero costuma ser quente e chuvoso em todo o estado. As reas baixas do oeste e a Baixada Litornea tm veres extremamente quentes, registrando facilmente temperaturas levemente acima de 40C. Os termmetros chegam comumente a valores superiores a 40C no vale do Rio Paran, acima dos 35C no oeste/noroeste e acima dos 30C no sudoeste. At mesmo Curitiba pode registrar temperaturas em torno dos 35C.

Inverno

( No inverno a maritimidade evita o frio excessivo no leste. Por isso temperaturas negativas so muito mais comuns no lado ocidental do estado, at mesmo em municpios de baixa altitude como Foz do Iguau. As geadas so frequentes, principalmente nas reas elevadas nos arredores de Guarapuava e Palmas. Pequenas nevadas ocorrem uma ou outra vez. Em eventos extremos (como Julho de 1975) pode nevar em praticamente todo a rea meridional do estado. Todavia o inverno no frio sempre e at mesmo tende a ter mais perodos amenos que frios propriamente dito, intercalados por alguns dias de, a sim, frio intenso, principalmente aps as frentes frias. As menores temperaturas do estado costumam ocorrer no interior do municpio de Palmas, que alm de ser o ponto mais ao sul do estado (26S), uma das reas mais elevadas tambm (entre 1200m e 1400m). Nesta regio as temperaturas so estimadas para j terem alcanado patamares inferiores a at -12C, visto que a estao do INMET na cidade (que fica a 1100 m de altitude) registrou -11,5C em julho de 1975 no municpio de Palmas e o recorde de temperatura mnima do estado.

Vegetao

( Dois tipos de vegetao ocorrem no Paran: florestas e campos. As florestas subdividem-se em tropicais e subtropicais. Os campos, em limpos e cerrados.

Florestas

( A floresta tropical parte da mata atlntica, que recobria toda a fachada oriental do pas com suas formaes latifoliadas. No Paran, ocupava primitivamente uma rea equivalente a 46% do estado, a includas as pores mais baixas (baixada litornea, encostas da serra do Mar, vales do Paran, Iguau, Piquiri e Iva) ou de menor latitude (toda a parte setentrional do estado).

As Florestas de Araucrias so tpicas da regio Sul do Brasil e principalmente do Paran.

( A floresta subtropical uma floresta mista, composta por formaes de latifoliadas e de conferas. Estas ltimas so representadas pelo pinheiro-do-paran (Araucaria angustifolia), que no aparece em agrupamentos puros. A floresta mista ou mata dos pinheiros recobria as pores mais elevadas do estado, isto , a maior parte do planalto cristalino, a poro mais oriental do planalto basltico e pequena parte do planalto paleozico. Essa formao ocupava 44% do territrio paranaense e ainda parte dos estados de So Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Atualmente, das florestas do pas a que sofre maior explorao econmica, por ser a nica que apresenta grande nmero de indivduos da mesma espcie (pinheiros) em agrupamentos suficientemente densos (embora no puros) para permitir fcil extrao.

Folhas de erva-mate.

( Alm do pinheiro, a floresta mista oferece tambm espcies latifoliadas de valor econmico, como a imbuia, o cedro e a erva-mate. No final do sculo XX, apenas pequena parte das formaes florestais subsistiam no estado. A derrubada para explorao de madeira e formao de campo para agricultura ou pastagens foi responsvel por sua quase completa eliminao. As ltimas reservas florestais do Paran acham-se na plancie litornea, na encosta da serra do Mar e nos vales dos rios Iguau, Piquiri e Iva.

Campos

( Os campos limpos ocorrem sob a forma de manchas esparsas atravs dos planaltos paranaenses. A mais extensa dessas manchas a dos chamados campos gerais, que recobrem toda a poro oriental do planalto paleozico e descrevem imensa meia-lua no mapa de vegetao do estado. Outras manchas de campo limpo so as de Curitiba e Castro, no planalto cristalino, as de Guarapuava, Palmas e outras, menores, no planalto basltico. Os campos limpos ocupam cerca de nove por cento do territrio paranaense. Os campos cerrados tm pouca expresso no Paran, onde ocupam rea muito reduzida menos de um por cento da superfcie estadual. Formam pequenas manchas no planalto paleozico e no planalto basltico.

Hidrografia

Salto So Francisco, a maior queda d'gua do sul do Brasil, com 196 metros.

( A rede de drenagem compreende rios que correm diretamente para o litoral e rios que correm para oeste, tributrios do Paran. Os primeiros tm cursos pouco extensos, pois nascem a pequena distncia da costa. Os mais longos so os que se dirigem para o estado de So Paulo, onde vo engrossar as guas do rio Ribeira de Iguape. A maior parte da superfcie estadual fica, assim, sob domnio dos tributrios do rio Paran, dos quais os mais extensos so o Paranapanema, que faz o limite com So Paulo, e o Iguau, que faz, em parte, o limite com Santa Catarina e Argentina. O rio Paran assinala os limites ocidentais do estado, a separ-lo de Mato Grosso do Sul e do Paraguai.

( No ponto de convergncia das linhas divisrias de Mato Grosso do Sul-Paraguai, Paran-Mato Grosso do Sul e Paran-Paraguai encontravam-se os saltos de Sete Quedas, formados pelo rio Paran ao descer do planalto basltico para a garganta que o conduzia plancie platina. Em 1982 dois saltos foram submersos, sob protesto dos ambientalistas, pelo lago da represa de Itaipu. Mais ao sul, o rio Iguau desce tambm do planalto basltico em direo mesma garganta. Forma ento os saltos do Iguau, que no foram afetados pela construo da barragem, por situar-se Itaipu a montante da confluncia dos dois rios.

( A hidrografia do Paran pode ser classificada em cinco bacias hidrogrficas:

( Bacia do Rio Paran, cujos afluentes mais importantes so os rios Piquiri e Iva;

( Bacia do Rio Paranapanema, drenada pelos rios Pirap, Tibagi, das Cinzas e Itarar;

( Bacia do Rio Iguau, que tem como principais afluentes os rios Chopim, no sul do estado, e Negro, no limite com Santa Catarina.

( Bacia do Rio Ribeira do Iguape, cujas guas drenam para o rio Ribeira do Iguape.

( Bacia do Litoral Paranaense, cujas guas drenam direto para o Oceano Atlntico.

( Bacia do Rio Tibagi, cujo principal rio o Tibagi, com 550km de extenso.

Litoral

( O litoral paranaense no grande, o segundo menor do pas, na frente apenas do Piau. Mesmo assim, o Paran possui diversas praias:

( Praia Deserta, Praia de Superagui, Balnerio Olho d'gua, Praia de Leste, Balnerio Mones, Balnerio Gaivotas, Balnerio Betaras, Balnerio Flrida, Praia Grande, Praia de Caiob, Praia de Guaratuba e todas as praias da Ilha do Mel.

( Apesar de pequeno, o litoral do Paran apresenta algumas atraes tursticas muito importantes, especialmente ao povo paranaense, como as praias de Caiob, Guaratuba e Matinhos, que so os centros de lazer da sociedade em virtude de suas atraes e festas nas temporadas.

( no litoral que fica um dos mais importantes portos brasileiros, o Porto de Paranagu, centro exportador de cereais e automveis e caminhes. por este porto que a principal riqueza do Paran, a soja e o farelo de soja, so exportados especialmente para Europa e sia. Paranagu tambm tem terminais de fertilizantes (importao) e de congelados (frango para exportao).

( O municpio de Paranagu tambm histrica, pois abrigou os primeiros ncleos urbanos desde 1648, tendo preservado a memria antiga no casario e museus cuja edificao remonta o sculo XVII. Pode-se afirmar que a maior parte da riqueza do Paran passa por Paranagu, um centro urbano dedicado aos negcios.

( Mas no se pode falar do litoral sem falar na sua principal atrao turstica, a Ilha do Mel, um dos poucos espaos habitados do Paran onde no entra o automvel. A ilha recebe milhares de turistas de todo o mundo, durante qualquer poca do ano, que para l se dirigem em busca de sossego e das suas belezas naturais quase intocveis. A ilha separa o continente paranaense da entrada do Porto de Paranagu e abrigou, desde os primeiros anos da colonizao paranaense, o Forte de Nossa Senhora dos Prazeres que protegia a entrada da baa da entrada de piratas e corsrios espanhis.

Problemas ecolgicos

( Afetam a qualidade da gua do mar:

Ligaes irregulares de esgoto: mais da metade (54%) dos imveis fiscalizados pela Sanepar est com esgoto irregular no litoral. Aes realizadas em 2008: 70 pontos de esgoto lanado diretamente nos rios e canais que desguam no mar foram lacrados; 42 notificaes (ltimos aviso para regularizao) foram emitidas; 17 autuaes (multas emitidas pela autoridade ambiental) nos municpios de Matinhos, Guaratuba, Pontal do Paran e Morretes.

( Envio das guas de chuva para a rede de esgoto;

( Existncia de fossas spticas inativas;

( Inexistncia de caixa de gordura na rede interna dos imveis.

Ecologia

( No Paran o IBAMA administra vinte unidades de conservao: quatro parques nacionais, uma estao ecolgica, trs florestas nacionais, uma rea de proteo ambiental, uma rea de relevante interesse ecolgico, dois refgios de vida silvestre, duas reservas biolgicas e quatro reservas particulares do patrimnio natural (RPPNs).

As Cataratas do Iguau no parque.

( Parque Nacional do Iguau Decreto de criao: Decreto-Lei Federal n 1035, de 10 de janeiro de 1939. rea: 185.000,00 ha. Localizado nos municpios de Foz do Iguau, So Miguel do Iguau, Serranpolis do Iguau, Matelndia e Cu Azul. Segundo o decreto que criou o Parque Nacional do Iguau, afirma em seu artigo 2 que a rea do Parque ser fixada depois do indispensvel reconhecimento e estudo da regio, fato que s voltou tona cinco anos mais tarde com a promulgao do Decreto-Lei Federal n 6.587, de 14 de junho de 1944. Os novos limites do parque foram fixados atravs do decreto n 86.676, de 1 de dezembro de 1981, aprovado pelo presidente Joo Figueiredo.

( Parque Nacional de Ilha Grande Decreto de criao: Decreto s/n de 30 de setembro de 1997. rea: 108.166,00 ha. Localizado nos municpios de Altnia, So Jorge do Patrocnio, Vila Alta e Icarama.

( Parque Nacional do Superagui Decreto de criao: Decreto n 97.688, de 25 de abril de 1989 e lei n 9.513, de 20 de novembro de 1997. rea: 67.854,00 ha. Localizado nos municpios de Guaraqueaba, Paranagu e Antonina.

A Taa - Vila Velha - Paran.

( Parque Estadual de Vila Velha Criado em 12 de Outubro de 1953 pela Lei n 2.192, tombado como Patrimnio Natural em 1966, fechado para revitalizao em 2001 e reaberto em 2005, localiza-se no municpio de Ponta Grossa. rea total de 3.122ha.

( Parque Nacional de Saint-Hilaire/Lange Decreto de criao: Lei n 10.227, de 23 de maio de 2001. rea: 25.161 ha[44]. Localizado nos municpios de Matinhos, Guaratuba, Paranagu e Morretes.

( Floresta Nacional de Aungui Decreto de criao: Portaria n. 559. rea: 728,78 ha. Localizado no municpio de Campo Largo.

( Floresta Nacional de Irati Decreto de criao: Portaria n 559, de 1968. rea: 3.495,00. Localizado nos municpios de Teixeira Soares e Fernandes Pinheiro.

( Floresta Nacional de Pira do Sul Decreto de criao: Decreto de 2 de junho de 2004. rea: 170,00. Localizado no municpio de Pira do Sul.

( rea de Proteo Ambiental de Guaraqueaba Decreto de criao: Decreto n 90.883, de 31 de janeiro de 1985. rea: 242.089,00. Localizado no Guaraqueaba, Antonina e Paranagu.

( rea de Proteo Ambiental das Ilhas e Vrzeas do Rio Paran Decreto de criao: Decreto s/n, de 30 de setembro de 1997. rea: 1.003.059,00. Localizado nos municpios de Diamante do Norte, Marilena, Nova Londrina, Porto Rico, Querncia do Norte e So Pedro do Paran.

( Estao Ecolgica de Guaraqueaba Decreto de criao: Decreto n 87.222, de 1982. rea: 13.638,90.

( Floresta Nacional de Irati Decreto de criao: Portaria n. 559. Localizado no municpio de Irati.

( Reserva Particular do Patrimnio Natural das Araucrias

( Reserva Particular do Patrimnio Natural Vale do Corisco Decreto de criao: Portaria n 83, de 30 de setembro de 1999. Localizado no municpio de Sengs.

( Reserva Particular do Patrimnio Natural Barra Mansa Decreto de criao: Portaria n 23 de 30 de maro de 2000. Localizado no municpio de Sengs.

( Reserva Particular do Patrimnio Natural Uru Decreto de criao: Portaria n 20, de 5 de maro de 2004. Localizado no municpio da Lapa.

( rea de Relevante Interesse Ecolgico de Pinheiro e Pinheirinho Decreto de criao: Decreto n 91.888, de 1985. rea: 109,00. Localizado no municpio de Guaraqueaba.

( Reserva Biolgica das Perobas - Localizado nos municpios de Tuneiras do Oeste e Cianorte.

( Reserva Biolgica das Araucrias - rea: 11.000.

( Refgio de Vida Silvestre do Rio Tibagi - rea: 31.689,0.

( Refgio de Vida Silvestre dos Campos de Palmas - Localizado nos municpios de Palmas e General Carneiro.

Demografia (Dados IBGE, 2000)

( Demografia do Paran

( rea

199.314,850km.[45]( Populao10.284.503 hab. (2007).[46]( Densidade51 hab/km (2007).

( Crescimento demogrfico1,4% ao ano (1991-2000).

( Populao urbana

81,4% (2000).

( Domiclios2.664.276 (2000).

( Carncia habitacional260.648 (est. 2000).

( Acesso gua

90,05%;

( Acesso rede de esgoto

62% (2005).

( IDH0,820 (2005).

( Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica (IBGE), o estado do Paran tem uma populao de 10.284.503 habitantes. Em relao ao ano de 1991, quando a populao era de 8.415.659, esses nmeros mostram uma taxa de crescimento anual de 1,4%, inferior a do Brasil como um todo (1,6% para o ano de 2000). Ainda segundo o censo de 2000, o Paran o sexto estado mais populoso do Brasil e concentra 5,63% da populao brasileira. Do total da populao do estado, 4.826.038 habitantes so mulheres e 4.737.420 habitantes so homens.

( Esse crescimento explicado no s pelo aumento natural da populao paranaense, mas tambm pela entrada de colonos vindos principalmente de So Paulo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Minas Gerais, atrados, pelos solos frteis de matas ainda virgens.

( O censo de 2000 revelou que a populao urbana do Paran hoje maior que a populao rural. Cerca de 81,5% dos habitantes do estado moram nas cidades. A densidade demogrfica estadual de 47,9 hab./km.

Rede demogrfica

( A distribuio dos grandes municpios do Paran de certa forma bem homognea. No leste a Regio Metropolitana de Curitiba (RMC) engloba diversos municpios, contando com cerca de 3 milhes de habitantes. No norte Londrina e Maring polarizam outra regio fortemente povoada. No oeste o municpio de Cascavel com quase 280 mil habitantes e Toledo com aproximadamente 110 mil habitantes criam outra zona fortemente povoada, alm de Foz do Iguau, que juntamente com Ciudad del Este no Paraguay e Puerto Iguazu na Argentina formam uma aglomerao de quase 700 mil habitantes. A regio central do Paran a despeito da baixa densidade populacional ainda sim conta com Guarapuava com cerca de 160 mil habitantes e Ponta Grossa, um pouco mais ao leste, com cerca de 300 mil.

( Em ordem os dez municpios mais populosos do Paran baseado nas estimativas do IBGE de 2007, so:

Curitiba - 1.797.408 hab.

Londrina - 497.833 hab.

Maring - 325.968 hab.

Foz do Iguau - 311.336 hab.

Ponta Grossa - 306.351 hab.

Cascavel - 285.784 hab.

So Jos dos Pinhais - 263.622 hab.

Colombo - 233.916 hab.

Guarapuava - 164.567 hab.

Paranagu - 133.559 hab.

Principais centros urbanos

( Curitiba, capital e maior cidade do estado, forma com os municpios de Lapa, Quitandinha, Mandirituba, Agudos do Sul, Tijucas do Sul, So Jos dos Pinhais, Fazenda Rio Grande, Araucria, Contenda, Balsa Nova, Campo Largo,Pin, Campo Magro, Itaperuu, Piraquara, Pinhais, Quatro Barras, Campina Grande do Sul, Colombo, Almirante Tamandar, Rio Branco do Sul, Bocaiva do Sul, Tunas do Paran, Cerro Azul, Adrianpolis e Doutor Ulysses a Regio Metropolitana de Curitiba. Alm de centro comercial e cultural, Curitiba possui um importante e diversificado parque industrial incluindo o segundo maior plo automotivo do pas e o principal terminal aerovirio internacional da regio Sul, o Aeroporto Internacional Afonso Pena. Gerando um PIB de R$ 19.109.744.000,00 (o maior das capitais da regio Sul do Brasil, e o terceiro maior nacional), a Regio Metropolitana de Curitiba totaliza 3.595.662 de habitantes em 2006.

Vista area da cidade de Londrina, conhecida como a "Capital do Norte".

( Londrina destaca-se como centro comercial e industrial, no norte do Paran. a 3 maior cidade do Sul do Brasil.

( Ponta Grossa, na parte centro-leste do estado, possui estabelecimentos metalrgicos, de beneficiamento de trigo, fbricas de adubos e de leos vegetais. Possui o segundo maior parque industrial do estado, sendo escolhida para a implantao de unidades de multinacionais, como Tetra Pak, Femsa, Cargill, Bunge, Louis Drayful, Sadia, Masisa, Continental, entre outras.

( Paranagu, s margens da baa do mesmo nome, tem um dos mais importantes portos do Brasil.

( Maring, no norte, destaca-se como importante centro cafeeiro, alm de produtor de soja, um importante centro atacadista do sul do pas.

Cascavel, no oeste, forma com Toledo, cidade vizinha, uma das principais regies do agronegcio, no s no Paran, mas de todo o Brasil.

( Foz do Iguau, no extremo-oeste, parte de um aglomerado urbano de quase 700 mil habitantes, tambm uma das regies que mais cresce no Paran, tendendo no prximos 5 anos a se tornar a 3 maior cidade do Paran, ultrapassando Maring. Em Foz do Iguau esto localizadas a segunda maior usina hidreltrica do mundo, Itaipu, e as cataratas do Iguau, um dos pontos tursticos mais visitados do Brasil.

( Guarapuava, no centro, a capital geogrfica do Paran. Economicamente semelhante a Cascavel em termos de agronegcio, porm com uma importncia menor.

Etnias

EtniaPorcentagem

( Brancos77,24%

( Pretos2,84%

( Pardos18,25%

( Amarelos0,92%

( Indgenas0,33%

Fonte: PNAD (dados obtidos por meio de pesquisa de autodeclarao).

( A populao do Paran composta basicamente por brancos, negros e indgenas. No Brasil colonial, os colonizadores espanhis foram os primeiros a iniciar o povoamento no territrio paranaense. Os portugueses e seus descendentes so a maioria da populao do estado.( Existe tambm uma grande e diversificada populao de descendentes de imigrantes, tais como italianos, alemes, poloneses, ucranianos, japoneses e rabes. H tambm minorias de imigrantes neerlandeses, coreanos, chineses, blgaros, russos, franceses, austracos, chilenos, noruegueses, argentinos e muitos outros.

Criminalidade

O municpio mais violento do Paran e da Regio Sul do Brasil Foz do Iguau, no extremo oeste do estado; tambm o quinto mais violento do Brasil (98,7), registrando, em 2006, taxas mdias de homicdio superiores apenas s dos municpios de Guara, Tunas do Paran, Rio Bonito do Iguau, Palmas e Campina Grande do Sul. O municpio com a menor taxa mdia de homicdios Laranjal, na Mesorregio do Centro-Sul Paranaense, mais precisamente naMicrorregio de Pitanga:Pela posio geogrfica de Foz do Iguau, vizinha de Ciudad del Este, no Paraguai, a criminalidade vem aumentando nos ltimos anos, tambm devido ao trfico de entorpecentes e ao contrabando de mercadorias apreendidas na Fronteira Brasil-Paraguai.

Poltica

O Palcio das Araucrias, em Curitiba, a nova sede do governo do Paran desde 14 de maio de 2007.

( O estado do Paran governado por trs poderes, o executivo, representado pelo governador, o legislativo, representado pela Assemblia Legislativa do Paran, e o judicirio, representado pelo Tribunal de Justia do Estado do Paran e outros tribunais e juzes. Tambm permitida a participao popular nas decises do governo atravs de referendos e plebiscitos.

( A atual constituio do estado do Paran foi promulgada em 1989, acrescida das alteraes resultantes de posteriores aes diretas de inconstitucionalidade.

( O Poder Executivo paranaense est centralizado no governador do estado, que eleito em sufrgio universal e voto direto e secreto, pela populao para mandatos de at quatro anos de durao, e podem ser reeleitos para mais um mandato. Sua sede o Palcio das Araucrias, que desde 14 de maio de 2007 a sede do governo paranaense, substituindo o Palcio Iguau que passar por reformas a partir de 2008 ou 2009, aps concludo o processo de licitao. A residncia oficial do governador a Granja do Canguiri, localizada no municpio de Quatro Barras.

Assemblia Legislativa do Paran.

( O Poder Legislativo do Paran unicameral, constitudo pela Assemblia Legislativa do Paran, localizado no Centro Legislativo Presidente Anbal Khury. Ela constituda por 54 deputados, que so eleitos a cada 4 anos. No Congresso Nacional, a representao paranaense de 3 senadores e 30 deputados federais.

( A maior corte do Poder Judicirio paranaense o Tribunal de Justia do Estado do Paran, localizado no Centro Cvico. Compem o poder judicirio os desembargadores e os juzes de direito.

( O Paran est dividido em 399 municpios. O mais populoso deles a capital, Curitiba, com 1,8 milho de habitantes, sendo o municpio mais rico do estado e da Regio Sul do Brasil. Sua regio metropolitana possui aproximadamente 3,6 milhes de habitantes, com pouco mais de um tero da populao do estado.

Subdivises

( O estado do Paran dividido em dez (10) mesorregies, trinta e nove (39) microrregies e trezentos e noventa e nove (399) municpios, segundo o IBGE.

Economia do Paran ( A economia do estado se baseia na agricultura (cana-de-acar, milho, soja, trigo, caf, tomate, mandioca), na indstria (agroindstria, indstria automobilstica, papel e celulose) e no extrativismo vegetal (madeira e erva-mate).

( Entre as atividades econmicas desenvolvidas no Paran, destacam-se a agricultura e a pecuria, alm de um setor industrial em franca expanso.

( Os principais produtos agrcolas do Paran so a cana-de-acar (26,5 milhes de toneladas), o milho (12,2 milhes de toneladas), a soja (8, 3 milhes de toneladas), a mandioca (4,5 milhes de toneladas), o trigo (2 milhes de toneladas), o algodo (167 mil toneladas) e a laranja (1,4 bilho de frutos).

( O rebanho bovino soma 9,5 milhes de cabeas; o suno, 4,2 milhes; e o ovino, 570 mil. A avicultura conta 125 milhes de galinceos.

( H importantes jazidas de calcrio no Paran. Outras atividades econmicas relevantes so a extrao de gs natural e gua mineral e a pequena produo de petrleo.

( Os principais setores industriais paranaenses so a agroindstria, o de papel e celulose, o de fertilizantes e, mais recentemente, o automobilstico e o de eletroeletrnicos.

( Existem trs pontos importantes de turismo no Paran. O primeiro destino o Parque Nacional do Iguau, em Foz do Iguau, tombado pela Unesco como patrimnio natural da humanidade, onde se encontram as famosas cataratas do Iguau. Alm disso, a regio de Vila Velha apresenta atrativos geolgicos, e a serra da Graciosa, prxima ao litoral, oferece opes de turismo gastronmico. No litoral, a ilha do Mel atrai banhistas de todo o Brasil e do exterior. A capital, Curitiba, tem se firmado no cenrio nacional como importante centro cultural e de lazer.

( O Paran dispe de cerca de 261,2 mil quilmetros de rodovias. Alm disso, o estado cortado por importantes rodovias federais, como a BR-101 e a BR-116, com intenso trfego de caminhes. A rede ferroviria no Paran alcana aproximadamente 2.250 quilmetros.

PIB

( O Paran possui o 5 PIB do Brasil, com 126.621.933.000 de reais, representando 05.90% do PIB nacional no ano de 2005, contra 6,4% em 2003. Entretanto o crescimento do PIB paranaense vem apresentando sinais de desaquecimento nos ltimos dois anos. Em 2003 a variao real foi de 5,2% em relao ao ano anterior. No ano seguinte, 2004, houve variao de 3,2%. Em 2005 a variao estimada pelo IPARDES de apenas 0,3%. Essa desacelerao pode ser atribuda s crises no campo que vm atingindo o estado nos ltimos anos, e que acabam refletindo no comrcio, servios e at indstria. Cerca de 15% do PIB paranaense provm da agricultura. Outros 40% vem da indstria e os restantes 45% vem do setor tercirio. Em 2007 apresenta um crescimento de mais de 7% do PIB, um dos melhores do pas naquele ano.

Setor primrio: Agropecuria

O caf um dos produtos agrcolas do Paran.

( As principais riquezas agrcolas do Paran so o trigo, o milho e a soja, produtos de que j obteve safras recordistas, na competio com outros estados. A cultura da soja a mais recente das trs e expandiu-se tanto no norte como no oeste do estado e, posteriormente, no sul. Tambm importante a produo de algodo herbceo, principalmente no norte, assim como a produo do feijo, no norte pioneiro, com destaque para os municpios de Santana do Itarar e Wenceslau Braz, principais produtores. A cafeicultura, que se segue entre as riquezas da terra, se no goza do mesmo esplendor do passado (o Paran, sozinho, j chegou a produzir 60% do caf de todo o mundo), ainda conserva o Paran entre os maiores produtores do Brasil. Sua maior densidade cobre a rea a oeste de Apucarana. Vm em seguida as terras da zona de Bandeirantes, Santa Amlia e Jacarezinho.

( No que diz respeito pecuria, o Paran conta com grande rebanho de bovinos e est sempre entre os principais criadores brasileiros de sunos, especialmente no centro, sul e leste do estado. Nas ltimas dcadas, os rebanhos tanto de bois como de porcos expandiram-se bastante. Como nos outros estados da regio Sul, so diferentes, no Paran, os modos como se usa a terra de campo ou floresta. Em geral, nas zonas de campo, pratica-se a criao extensiva; nas zonas de floresta, desenvolvem-se as plantaes e pastos artificiais para a engorda. So ainda significativas, no Paran, as produes de ovos, de casulos do bicho-da-seda, mel e cera de abelha. Mas na avicultura que o estado vem se destacando nos ltimos dez anos, graas implantao de frigorficos pela iniciativa privada e pelas cooperativas. A avicultura produzida em praticamente todas as regies acompanhando as reas onde se produz milho, que a matria-prima para a rao das aves. As aves so exportadas para mais de uma dezena de pases.

Minerao

( O subsolo paranaense muito rico em minerais. Ocorrem reservas considerveis de areia, argila, calcrio, caulim, dolomita, talco e mrmore, alm de outras menores (baritina, clcio). A bacia carbonfera do estado a terceira do pas, e a de xisto, a segunda. Quanto aos minerais metlicos, foram medidos depsitos de chumbo, cobre e ferro.

Extrativismo vegetal

A madeira do pinheiro-do-paran foi um produto importante do extrativismo vegetal.

( Uma riqueza essencialmente paranaense, a dos pinheirais, esteve bastante ameaada pela indstria madeireira e pela agricultura extensiva. Em 1984, o Instituto de Terras e Cartografia do Paran informava que as florestas do estado estavam reduzidas a 11,9% do que haviam sido cinquenta anos antes, quando se implantou no Paran o primeiro cdigo florestal. Do final da dcada de 1980 em diante, o governo passou a disciplinar o uso do solo e dos recursos florestais de acordo com uma poltica de proteo ao meio ambiente e de ininterrupto reflorestamento. Uma outra riqueza vegetal que extrada dos solos paranaenses a erva-mate (usada para chimarro, uma bebida tpica da regio sul do pas).

Setor secundrio: Indstria

( Na segunda metade do sculo XX, as atividades industriais tomaram impulso considervel na economia paranaense. Foi em decorrncia desse impulso que se deu a crescente urbanizao, no s na regio em torno de Curitiba, como em plos do interior, a exemplo de Ponta Grossa - maior parque industrial do interior -, Londrina e Cascavel. Os principais gneros de indstria so os de produtos alimentcios e de madeira. Curitiba o maior centro industrial e os principais setores de sua indstria so o alimentar e de mobilirio, de madeira, minerais no-metlicos, produtos qumicos e bebidas. Na Regio Metropolitana de Curitiba, em So Jos dos Pinhais, encontram-se ainda unidades industriais (montadoras) da Volkswagen-Audi e da Renault, ambas de grande porte. O setor de madeira acha-se disperso no interior, com centros de importncia em Unio da Vitria, Guarapuava e Cascavel.

( O centro mais significativo dos produtos alimentcios Londrina, sendo tambm muito importante a atividade em Ponta Grossa, considerado um dos maiores parques moageiros de milho e soja da Amrica Latina. Ponta Grossa tambm tem destaque no setor metal-mecnico.( A principal unidade industrial do estado a Companhia Fabricadora de Papel do grupo Klabin, instalada no conjunto da Fazenda Monte Alegre, no municpio de Telmaco Borba.

Energia

Vista area da Usina Hidreltrica de Itaipu, a segunda maior usina hidreltrica do mundo.

( O Paran tem um grande potencial hidreltrico muito bem aproveitado, especialmente no rio Iguau, onde foram construdas vrias hidreltricas, entre elas as de foz do rio Areia, Salto Osrio e Salto Santiago. Prximo a Curitiba est a Usina Hidreltrica de Capivari Cachoeira, uma das primeiras construdas pela Copel, a companhia estadual de energia eltrica. Mais recentemente foram construdas pequenas centrais hidreltricas em vrios rios de menor porte, como a de Chavantes e Vossoroca. No rio Chopim, no sudoeste do estado, foi construda a Usina Hidreltrica de Jlio Mesquita Filho. Mas est localizada entre o Brasil e o Paraguai, no rio Paran, a Usina Hidreltrica de Itaipu, a segunda maior do mundo (depois da Hidreltrica de Trs Gargantas, na China), construda em conjunto com o pas vizinho, e que fornece energia para vrios estados brasileiros. Tem capacidade para produzir 14.000 MW e s em 2007, quando foi concluda, instalou as ltimas turbinas. Teve suas comportas fechadas em 12 de outubro de 1982 e a usina hidreltrica foi inaugurada em 5 de novembro do mesmo ano, com a presena dos ento presidentes Joo Baptista Figueiredo, do Brasil e Alfredo Stroessner, do Paraguai.

( Mas o Paran tambm rico em energia gerada pelas usinas de acar e lcool, que produzem eletricidade a partir da queima do bagao da cana-de-acar.Setor tercirio: Comrcio

( O Paran um dos estados que mais contribuiu para as exportaes brasileiras. Vrios rgos, como o Centro de Exportao do Paran (CEXPAR) e a Carteira de Comrcio Exterior do Banco do Brasil (CACEX) vm estimulando cada vez mais o comrcio externo.

( As exportaes paranaenses para o mercado externo so feitas pelo porto de Paranagu, por Foz do Iguau, pelo Aeroporto Internacional Afonso Pena e uma pequena parte pelo municpio de Barraco no sudoeste do estado.

( A rea comercial do porto de Paranagu estende-se por todo o Paran, pela maior parte de Santa Catarina, pelo extremo norte do Rio Grande do Sul, pela parte meridional de Mato Grosso do Sul e pela Repblica do Paraguai.

( Paranagu tem todas as condies de um grande porto. Possui modernos equipamentos de carga e descarga, ptio para "contineres", terminais para o sistema de transporte denominado "Roll-on-Roll-off" e cais para inflamveis. A implantao de um moderno terminal graneleiro veio facilitar o escoamento da safra agrcola. Da ser o porto de Paranagu um dos quatro terminais martimos brasileiros que formam os Corredores de Exportao.

( A atividade porturia de Antonina volta-se para o comrcio interno brasileiro, atravs da navegao de cabotagem. Em seu cais est situado um entreposto de importao de carvo mineral, destinado s indstrias paranaenses.

( Os principais produtos exportados pelo Paran so: soja em gro, farelo de soja, milho, algodo, caf, erva-mate, produtos refinados de petrleo, caminhes e outros.

( Os principais produtos importados pelo Paran so: trigo, petrleo e derivados, fertilizantes, veculos, mquinas, carvo mineral, vidros, eletrodomsticos e outros.

( O comrcio exterior feito com os seguintes pases: Estados Unidos da Amrica, Alemanha, Itlia, Pases Baixos, Japo, Blgica, Noruega, Inglaterra, Canad, Argentina e outros.

( O comrcio interno se faz com os estados de So Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Pernambuco e outros.

Turismo

( O Paran um dos estados que tem um grande nmero de parques nacionais, destacando-se o Parque Nacional do Iguau e o Parque Nacional do Superagui. Foz do Iguau com cerca de 250 quedas-dguas e 75 metros de altura, conhecida internacionalmente. A Garganta do Diabo uma das atraes do maior conjunto de cataratas do mundo. Alm das visitas s atraes naturais, um passeio bastante cotado conhecer a gigantesca hidroeltrica de Itaip, no norte pioneiro.

Praia do Brejatuba em Guaratuba.

( Outro ponto de interesse turstico o Parque Estadual de Vila Velha, em Ponta Grossa, onde as rochas esculpidas pelos ventos e pelas guas parecem runas de uma grande cidade. Ainda em Ponta Grossa pode-se visitar o Buraco do Padre, a Capela de Santa Brbara (construda pelos Jesutas) e a Cachoeira da Mariquinha. Em Maring existe a Catedral de Maring (Catedral Baslica Menor de Nossa Senhora da Glria), segundo monumento mais alto da Amrica do Sul e dcimo do mundo. Crescente visitao tem ocorrido na regio do cnion Guartel, em Tibagi.

( As praias de Caiob, Matinhos, Guaratuba, Pontal do Paran e Praia de Leste so as mais frequentadas do Paran. So procuradas por turistas no s no vero, mas tambm no inverno, quando parte da populao vai para o litoral fugindo do frio do planalto.

Jardim Botnico, em Curitiba.

( Curitiba, capital do estado do Paran, tem um planejamento urbanstico arrojado que serve de modelo a outras cidades brasileiras. Na fotografia, o Jardim Botnico, que rene espcimes da variada flora local, provenientes da mata de araucrias, floresta tropical e mata atlntica.

Palcio Avenida.

( Curitiba hoje um importante destino turstico brasileiro, especialmente procurado por turistas oriundos de estados vizinhos que chegam cidade por via terrestre. Um importante aumento no "turismo de negcios" tem tambm se verificado nas ltimas dcadas. Seja por razes de lazer ou trabalho, o fluxo de visitantes estimado no ano de 2006 chega a ser surpreendente: mais de 1.800.000 pessoas, ou seja, maior que o nmero de habitantes da cidade.

( Os principais pontos de visitao da cidade so seus parques, e Curitiba conta com uma bem distribuda rede deles. Destacam-se o Jardim Botnico, com sua estufa iluminada (famoso carto postal), o Parque Tangu e a pera de Arame. Alm dos parques, so procurados o museu Oscar Niemeyer, com seu curioso anexo em forma de "olho", a Rua 24 Horas, a panormica Torre da Telepar (Torre das Mercs), a praa Santos Andrade onde ficam o Teatro Guara e o edifcio histrico da Universidade Federal do Paran, e, em dezembro, o Palcio Avenida, sede do grupo HSBC, onde ocorre o tradicional espetculo do coral natalino infantil, que rene milhares de pessoas no calado da rua XV de novembro.

( Os visitantes podem ter acesso a todos os principais parques e pontos tursticos da cidade (exceto os centrais) atravs de uma linha de nibus circular especial, a custo baixo. Para os adeptos do ciclismo, existe uma importante (para os padres brasileiros) rede de ciclovias, que permite acesso a vrios recantos agradveis da cidade em meio a reas verdes. Encontram-se, porm, poucos locais de locao de bicicletas.

( Curitiba tem outros pontos tursticos interessantes que merecem ser visitados: o Relgio das Flores, montado em um grande canteiro no centro histrico (o Largo da Ordem); o bairro de Santa Felicidade, onde se encontram vrios restaurantes com comidas tpicas de diferentes pases; a "Boca Maldita", na avenida Lus Xavier, a "menor do mundo", pois tem apenas um quarteiro, onde polticos se renem no final da tarde para conversar sobre os principais assuntos do dia e trocar informaes; as feiras de arte e artesanato aos sbados e domingos, alm de outros parques e bosques.

( Paranagu, a primeira cidade fundada no Estado, em 1648, guarda em suas igrejas de estilo barroco alguma coisa da histria da poca. Tambm pode-se ir de litorina da capital at Paranagu numa viagem bastante interessante.

Morretes.

( A Estrada de Ferro Curitiba-Paranagu, construda pelo imprio h mais de cem anos, corta a serra do Mar atravs de tneis e viadutos, atravessando precipcios a todo instante. A beleza da paisagem, formada pela mata quase virgem e por diversas quedas-dgua, valorizada pelos abismos. Outro trajeto turstico da Serra do Mar a estrada da Graciosa, de histria mais antiga que a propria ferrovia, um sinuoso e encantador caminho, em sua maior parte de paraleleppedos, que desce a serra em meio a exuberante vegetao e vistas panormicas, chegando a Morretes (por onde tambm passa a ferrovia), cidade histrica, onde se saboreia o barreado, prato tpico do litoral paranaense, e onde se praticam mltiplas modalidades de ecoturismo. A cidade tambm famosa pela qualidade e variedade do artesanato e por seus alambiques, que produzem cachaa de qualidade.

Placa de boas vindas Ilha do Mel, logo na chegada.

( De lancha, pela baa de Paranagu, pode-se alcanar a ilha do Mel, onde a histria e a natureza se misturam.

( No municpio da Lapa, so Benedito festejado (dezembro) com a "congada" (dana dos negros congos, de origem africana, onde descendentes de escravos falam, recitam, cantam e danam).

( Outras danas populares so o curitibano, com os pares fazendo roda; o quebra-mana, uma mistura de valsa e sapateado; e o nh-chico, dana ao som de violas, caracterstica do litoral.

( Durante o ano inteiro, se realizam feiras e festivais, destacando-se a Munchen Fest de Ponta Grossa, a Oktoberfest de Rolndia, o Festival Internacional de Londrina, Festival de Teatro de Curitiba (o principal do pas), Festival do Folclore, a Feira do Comrcio e Indstria e a Feira de Mveis do Paran (Movelpar). Atraem ainda considervel interesse as feiras agropecurias de grande porte, em especial Expo Londrina, a maior da Amrica Latina.

Sade

( Mortalidade infantil20,0 por mil nascimentos (2005)

( Mdicos16,9 por 10 mil hab. (2005)

( Leitos hospitalares2,3 por mil hab. (2005)

Hospital Evanglico de Curitiba, um dos mais modernos e bem equipados do Paran.

( So consideradas boas as condies sanitrias do estado, o que relete a elevao do nvel econmico da populao. Em 2005, existiam em funcionamento 4.780 estabelecimentos hospitalares, que dispunham de 28.340 leitos e eram assistidos, em 2007, por 40.187 mdicos, 5.832 enfermeiros e 19.229 auxiliares de enfermagem. Em 2005, Da populao, 86,1% dos paranaenses tm acesso rede de gua, enquanto 68,5% se beneficiam da rede de esgoto sanitrio.

Educao

Universidade Federal do Paran.

( De acordo com o PNUD do ano 2000 o IDH-Educao do Paran 0,879. Dentre os municpios do estado, o melhor resultado foi de Curitiba com 0,946 e o pior foi Ortigueira com 0,687. Ainda de acordo com a pesquisa, o ndice de anafalbetismo no estado em adultos acima de 25 anos era 11,7%, sendo o menor ndice 3,4%, registrado em Quatro Pontes, e o maior 43,6% no municpio de Tunas do Paran, localizado no Vale do Ribeira, notadamente a regio mais pobre do estado. A cidade de Palotina, no oeste do estado, possui o menor ndice de desistncia escolar do Brasil. A cada 100 alunos apenas 1 no conclui o ensino fundamental.

( Em 1912 fundada a Universidade Federal do Paran, a primeira universidade brasileira.( Alm da UFPR, o Paran tem universidades espalhadas pelo estado nas principais cidades de cada regio. Ainda em Curitiba, encontra-se a sede da Pontifcia Universidade Catlica do Paran - PUCPR e do Centro Universitrio Curitiba (UNICURITIBA) entidade sucessora da Faculdade de Direito de Curitiba criada em 1950.

Em Ponta Grossa a universidade estadual a UEPG, em Londrina a UEL, Maring conta com a UEM, Guarapuava sede da UNICENTRO, Cascavel a cidade-base da UNIOESTE, que ainda conta com campus espalhados por vrios outros municpios, Cornlio Procpio a cidade-base da UENP.

( O Paran tambm conta com trs novas universidades federais:

( Aps a converso do CEFET-PR em UTFPR, a primeira universidade tecnolgica do pas, com campi em Apucarana, Campo Mouro, Cornlio Procpio, Curitiba, Dois Vizinhos, Francisco Beltro, Londrina, Medianeira, Ponta Grossa, Pato Branco e Toledo.

( O Instituto Federal de Educao e Tecnologia do Paran IFPR, criado em 2007. Est sob 'tutela' da UFPR, at a construo de sede prpria.

( A Universidade da Integrao Latinoamericana, ou UNILA, criada pelo governo federal com o propsito de ser, como o prprio nome j diz, integradora da Amrica Latina, especialmente os pases que compe o bloco econmico Mercosul. Assim como o IFPR, a UNILA est sob 'tutela' da Universidade Federal do Paran, at a consolidao da autonomia da Universidade. A sede da UNILA ser em terreno dentro do Parque Nacional do Iguau, mas enquanto no construda, est funcionando em pavilho cedido pela Usina de Itaipu, na cidade de Foz do Iguau.

Transportes

Aeroporto Internacional Afonso Pena.

( O estado tem dois aeroportos internacionais, o de So Jos dos Pinhais e o de Foz do Iguau, importante ligao com os pases do Mercosul, alm de dois aeroportos domsticos, em Londrina, Maring e Cascavel. Curitiba conta com o Aeroporto de Bacacheri.

( A rede de rodovias pavimentadas compreende duas estradas de penetrao, no sentido leste-oeste: a ligao Ourinhos SP-Londrina-Apucarana-Maring-Paranava (BR-369/BR-376) e a ligao Paranagu-Curitiba-Ponta Grossa-Guarapuava-Cascavel-Foz do Iguau (BR-277). Em sentido transversal, figuram as ligaes Apucarana-Ponta Grossa (BR-376), Sorocaba-Curitiba e So Paulo-Curitiba-Rio Negro. Esta ltima prolonga-se at o extremo sul do Rio Grande do Sul e parte da BR-116.

( O sistema ferrovirio paranaense desfruta de notvel participao na vida econmica do estado. No setor meridional, o estado servido pelas linhas da Ferroeste (Antiga Ferropar), a ferrovia da soja, que passou a ser operada pela iniciativa privada em 1997 e retomada pelo Governo no comeo de 2007, no trecho entre Guarapuava e Cascavel, com uma extenso (em projeto) at Guara e Foz do Iguau. Uma outra estrada de ferro faz as ligaes de entre o Porto de Paranagu com Curitiba, Guarapuava, Londrina, Ponta Grossa e Maring. No sentido norte-sul, encontram-se as linhas da ALL - Amrica Latina Logstica (ex-ferrovia Sul-Atlntico), correspondente malha sul da antiga Rede Ferroviria Federal, tambm privatizada na dcada de 1990, que faz a ligao do Paran com os estados de So Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Porto de Paranagu, um dos mais movimentados do Brasil.

( O porto de Paranagu, um dos mais importantes do pas, foi objeto de um intenso programa de modernizao, com dragagem, ampliao do cais, renovao de equipamento, inclusive a construo de um terminal de contineres e de silos com unidades sugadoras. Alm do porto de Paranagu, merece destaque o porto de Antonina.

( O Paran liga-se ao Brasil e ao exterior pelos portos de Paranagu e Antonina. Servios de barcos servem os habitantes das vilas e povoados que se encontram nas ilhas e s margens da baa de Paranagu. Uns partem para a Ilha do Mel, outros para Guaraqueaba, outros ainda para Canania e Iguape no estado de So Paulo, utilizando-se do canal do Varadouro. Servios de ferry-boat so feitos na baa de Guaratuba, ligando a cidade do mesmo nome (Porto Damio de Souza) Caiob (Porto da Passagem). O transporte fluvial feito em maior escala no rio Paran, ligando a cidade de Guara com o estado de So Paulo e, atravs de ferry-boat, com Mato Grosso do Sul. A navegao fluvial tambm existe em Foz do Iguau, na ligao Brasil e Argentina.

Segurana pblica

( As principais unidades das Foras Armadas no Paran so: no Exrcito Brasileiro, o Paran integra o Comando Militar do Sul (juntamente com o estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina), que tem sede em Porto Alegre, fazendo parte da 5 Regio Militar e 5 Diviso de Exrcito (com o estado de Santa Catarina); destacam-se no estado o 13 Batalho de Infantaria Blindado (Ponta Grossa) e o 20 Batalho de Infantaria Blindado (Curitiba); na Marinha do Brasil, o Paran faz parte do 5 Distrito Naval, que tem sede em Rio Grande; e na Fora Area Brasileira, o Paran integra o V Comando Areo Regional (com o Rio Grande do Sul e Santa Catarina), cujo quartel-general est em Canoas, Rio Grande do Sul, destacando-se no estado a Escola de Oficiais Especialistas e de Infantaria de Guarda (Curitiba).

( A Polcia Militar do Estado do Paran (PMPR) tem por funo primordial o policiamento ostensivo e a preservao da ordem pblica no Estado do Paran. Ela Fora Auxiliar e Reserva do Exrcito Brasileiro, e integra o Sistema de Segurana Pblica e Defesa Social do Brasil.

( Seus integrantes so denominados Militares dos Estados, assim como os membros do( O Corpo de Bombeiros da Polcia Militar do Paran um Comando Intermedirio da PMPR, cuja misso consiste na execuo de atividades de defesa civil, preveno e combate a incndio, buscas, salvamentos e socorros pblicos, no mbito do Estado do Paran. A corporao fora auxiliar e tropa reserva do Exrcito Brasileiro, e integra o sistema de segurana pblica e defesa social do Brasil. Seus integrantes so denominados militares dos Estados pela Constituio Federal de 1988, assim como os demais membros da Polcia Militar do Estado do Paran.

( A Polcia Civil do Estado do Paran uma das polcias do Estado do Paran, Brasil, rgo do sistema de segurana pblica ao qual compete, nos termos do artigo 144, 4, da Constituio Federal e ressalvada competncia especfica da Unio, as funes de polcia judiciria e de apurao das infraes penais, exceto as de natureza militar.

As principais instituies penitencirias do estado so a Penitenciria Central do Estado, a Colnia Penal Agrcola e a Escola para Menores Professor Queirs Filho (Piraquara).

Cultura

( muito rica, justamente por ter recebido a contribuio dos portugueses e espanhis; dos africanos e indgenas; dos imigrantes italianos, alemes, holandeses, poloneses, ucranianos, japoneses, rabes, coreanos, chineses e blgaros; dos gachos, catarinenses, mineiros, baianos e nordestinos.

Festas

( Festa de Nossa Senhora da Luz, comemorada em 8 de setembro de cada ano, em Curitiba.

( Festa de Nossa Senhora do Rocio, comemorada em 15 de novembro de cada ano, em So ( Manoel do Paran. A festa composta das partes religiosa e popular. Conta com o Tradicional Costelo, conhecido em todo o estado.

( Congada da Lapa, de origem africana, comemorado no dia de So Benedito, em dezembro. a dana dos negros congos, onde descendentes de escravos falam, recitam, cantam e danam.

( Munchen Fest de Ponta Grossa, comemorada de 1 a 10 de dezembro, em Ponta Grossa. Maior festa do chope escuro do Brasil, traz artistas de renome nacional como Pitty, Jota Quest, CPM22. Sendo a maior festa do Paran.

( OktoberFest em todo o estado, destacando-se em Marechal Cndido Rondon comemorada em outubro, como o nome j diz.

( Expobel, a maior festa realizada no sudoeste do Paran onde na ultima edio registrou recorde de mais de 450 mil pessoas.

( Festa Nacional do Carneiro no Buraco, realizada em Campo Mouro e considerada a segunda festa mais importante do estado.

( Festa Feira Agrcola e Artesanal, realizada em Morretes e considerada a melhor festa de produtos tpicos do Paran.

Esporte

( No futebol destacam-se trs times no cenrio nacional: o Atltico Paranaense (campeo brasileiro de 2001, vice-campeo da Copa Libertadores da Amrica de 2005, Coritiba (campeo brasileiro de 1985) e Paran Clube que disputa a segunda diviso do campeonato brasileiro. Do interior do estado se destacam o Operrio Ferrovirio Esporte Clube, o segundo mais antigo do estado e com uma das maiores torcidas, o Londrina que viveu grande fase nas decdas de 70 e 80, e recentemente o Atltico Paranava, que chegou a duas finais do Campeonato Paranaense nesta dcada, sendo campeo em 2007.

Problemas atuais

( O desenvolvimento social e econmico do Paran, a par de transformar o estado em um dos mais ricos do Brasil, acarretou tambm os seguintes fenmenos:

( Desemprego e violncia nas principais cidades do estado e em algumas cidades menos populosas com maior ndice de criminalidade.

( Contrabando, trfico de drogas e armas em alta, via Foz do Iguau no Brasil a Ciudad del Este no Paraguai, e Argentina.

Crise agrria e influncia ativa do MST.