Paraná Em Foco

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E M F OCO P ARANÁ P ARANÁ DISTRIBUIÇÃO GRATUITA CURITIBA, 7 A 13 DE SETEMBRO DE 2013 - ANO I - Nº 22 - PUBLICAÇÃO SEMANAL Jaime Zenamon, músico consagrado, compõe para o mundo a partir de Colombo. Página 16 CONFIRA NESTA EDIÇĂO: ARTIGOS ....................................... 2 ESPAÇO DO LEITOR ..................... 2 POLÍTICA ...................................... 3 SAÚDE ..................................... 4 a 7 ECONOMIA .............................. 8 e 9 MEIO AMBIENTE ................... 10 e 11 CULTURA ............................. 11 a 16 COLUNISTAS NILSON MONTEIRO ...................... 3 SÉRGIO BASSI ............................... 4 ARTIGOS A outra face das redes sociais Márcio Mainardes Página 2 PONTA DO ICEBERG Durante muito tempo, a doença celíaca foi associada exclusivamente às crianças, mas o número de casos tem aumentado também entre os adultos. Por ser uma doença silenciosa, a pessoa pode passar anos sem saber que tem o problema. Em Curitiba, estima-se que haja um celíaco para cada grupo de 417 pessoas. O tratamento contra o mal só funciona com dieta livre de glúten. Página 6 O ofício do escritor não é fácil, até como resultado da arte de compor, em seu estilo, personagens e seus mundos em linguagem que cative o leitor. O trabalho pode não terminar aí, pois muitas vezes, ele ainda terá de bancar a edição e divulgação do livro. Página 12 Nada suave Maior produtor e exportador de carne de frango, o Paraná tem 19 mil produtores que esperam um final de ano favorável para a atividade. No ano passado, as vendas externas renderam mais de US$ 2 bilhões à avicultura paranaense. Página 9 Voo consistente Foto: Divulgação O Paraná produz 20 mil toneladas de lixo diariamente e a reciclagem é um dos meios para reduzir o impacto desse volume de detritos na natureza. Página 10 Haja lixo Especialista alerta sobre a importân- cia de obedecer aos calendários de vacinação ao longo da vida para garantir imunidade contra doenças severas. Página 4 Saúde garantida Diogo Nogueira faz apenas um show no próximo dia 14, em Curitiba.Página 15 Até dezembro, a capital paranaense virá um imenso palco para a manifestação das mais variadas expressões artísticas. Página 14 Bienal internacional

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Semanário

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Page 1: Paraná Em Foco

EM FOCOPARANÁPARANÁDISTRIBUIÇÃO GRATUITA CURITIBA, 7 A 13 DE SETEMBRO DE 2013 - ANO I - Nº 22 - PUBLICAÇÃO SEMANAL

Jaime Zenamon, músicoconsagrado, compõepara o mundo apartir de Colombo.Página 16

CONFIRA NESTA EDIÇĂO:ARTIGOS ....................................... 2

ESPAÇO DO LEITOR ..................... 2

POLÍTICA ...................................... 3

SAÚDE ..................................... 4 a 7

ECONOMIA .............................. 8 e 9

MEIO AMBIENTE ................... 10 e 11

CULTURA ............................. 11 a 16

COLUNISTAS

NILSON MONTEIRO ...................... 3

SÉRGIO BASSI ............................... 4

ARTIGOSA outra face das redes sociaisMárcio Mainardes – Página 2

PONTA DO ICEBERG

Durante muito tempo, a doença celíaca foi associada exclusivamenteàs crianças, mas o número de casos tem aumentado também entreos adultos. Por ser uma doença silenciosa, a pessoa pode passaranos sem saber que tem o problema. Em Curitiba, estima-se quehaja um celíaco para cada grupo de 417 pessoas. O tratamentocontra o mal só funciona com dieta livre de glúten. Página 6

O ofício do escritor não é fácil, até como resultado da artede compor, em seu estilo, personagens e seus mundos emlinguagem que cative o leitor. O trabalho pode nãoterminar aí, pois muitas vezes, ele ainda terá de bancar aedição e divulgação do livro. Página 12

Nada suave

Maior produtor eexportador de carnede frango, o Paranátem 19 mil produtoresque esperam um finalde ano favorável paraa atividade. No anopassado, as vendasexternas renderammais de US$ 2 bilhõesà aviculturaparanaense. Página 9

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O Paraná produz 20 mil toneladas de lixo diariamente e areciclagem é um dos meios para reduzir o impacto dessevolume de detritos na natureza. Página 10

Haja lixo

Especialista alerta sobre a importân-cia de obedecer aos calendários devacinação ao longo da vida paragarantir imunidade contra doençasseveras. Página 4

Saúde garantida

Diogo Nogueira faz apenas um show nopróximo dia 14, em Curitiba.Página 15

Até dezembro, a capitalparanaense virá um imensopalco para a manifestaçãodas mais variadasexpressões artísticas.Página 14

Bienalinternacional

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ARTIGOSPARANÁ EM FOCOCURITIBA, 7 A 13 DE SETEMBRO DE 2013

> MÁRCIO MAINARDES*

PublicaçãoHora Extra Comunicação

EditorLucian Haro

RedaçãoCintia Monteiro, Claudia Gabardo,

Lucian Haro e Susana Branco

ColunistasNilson Monteiro

Sérgio Bassi

ColaboradoresMárcio Mainardes

FotosFelipe Rosa e Suellen Lima

ComercialGuaracy Ribas Junior

Projeto Gráfico e DiagramaçãoCelso Arimatéia

Tiragem50.000 exemplares

auditados pela GP Auditores

O Jornal Paraná em Foco éimpresso na Grafinorte S.A.Indústria Gráfica e Editora.

A tiragem e distribuição destaedição de 50.000 exemplares

são auditadas pela GP Auditores.

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EM FOCOPARANÁ

PÁGINA 2PREVISÃO DO TEMPO

Sábado 11º 24º

Domingo 13º 27º

Segunda-feira 15º 27º

Terça-feira 15º 27º

Quarta-feira 10º 26º

Quinta-feira 12º 27º

Sexta-feira 12º 23º

CURITIBA

Predomíniode Sol

Predomíniode Sol

ParcialmenteNublado

Nublado

Nublado

Informações CPTEC – www.cptec.inpe.br

ParcialmenteNublado

ParcialmenteNublado

TELEFONES ÚTEIS

SAÚDEAmbulância – SAMU 192Ambulância – SIATE 193Hospital Cajuru 3271-3000Hospital de Clínicas 3360-1800Hospital Evangélico 3240-5000Hospital do Trabalhador 3212-5700Hospital Pequeno Príncipe 3310-1010Hospital Angelina Caron 3679-8100Vigilância Sanitária 3330-4300

Unidades de Saúde 24 horasCentro Municipal de Emergências MédicasBoa Vista 3251-1013Boqueirão 3217-1201 / 3217-1258Cajuru 3261-4026 / 3226-1994Campo Comprido 3373-1332 / 3279-1623CIC 3314-5061 / 3314-5058Fazendinha 3314-5112 / 3314-5105Pinheirinho 3212-1468 / 3212-1457Sítio Cercado 3378-6405

SEGURANÇABombeiros 193Defesa Civil Estadual 199Guarda Municipal 153Instituto Médico Legal (IML) 3281-5600Força Verde / Polícia Ambiental 0800-643-0304Narcodenúncia 181Ouvidoria das Polícias 0800-410-090 / 3323-7535Polícia Militar 190Polícia Civil 197Polícia Federal 3251-7500Polícia Rodoviária Estadual 198 / 3281-9000Polícia Rodoviária Federal 191 / 3535-1910

UTILIDADE PÚBLICAAeroporto Afonso Pena 3381-1515Copel 0800-510-0116Detran 0800-643-7373Previdência Social (INSS) 135Procon 0800-411-512Rodoferroviária 3320-3000Sanepar 115 Mande suas sugestões, críticas e elogios para

[email protected]

E S P A Ç Odo Leitor

Gostei muito da coluna do Sergio Bassi,em linguagem simples e com muitainformação. É bom ler esse tipo decoluna.Adrianna AlvezMora no Centro

Parabéns pela linda matéria “Senhordo destino”. Eu me emocionei muito coma história.Tatiana DiasMora no Água verde

Acompanho o jornal, que traz semprebelas histórias. Mas a da semanapassada superou todas, porque é umalinda história, que mostra como venceras dificuldades, principalmente a droga.Camilla SouzaMora no Centro Cívico

Adorei a matéria de capa sobre ahistória da ONG e do Adilson.Um belo exemplo de vida.Camilla de JesusMora no Portão

A matéria de capa “Senhor do destino” éuma bela historia que nos ensina muito.É coisa de filme.Edgar HempMora em Ponta grossa

Já sou leitor assíduo do jornal, adoro asmatérias de economia ecomportamento. Mas a da últimasemana dava um bom filme, pois é ahistória de um vencedor e umalição de vida.Douglas GizzerMora no Água verde

Fiquei muito feliz em receber o jornalParaná Em Foco, que me impressionoupelo modo como é escrito e pelas boashistórias que traz. Torço para que oproduto se firme no mercado, poisestamos precisando disso.Adilson PrestesMora no Portão

Já faz um bom tempo que não lia belashistórias em um só produto, além dascolunas e agenda cultural. Parabéns atoda equipe do jornal.Luciano PasccolliMora no Batel

Parabéns a todos que fazem o ParanáEm Foco. Um produto diferente que sópode ser chamado de jornal pelo papel,pois mais parece uma revista semanal.Sonia TeixeiraMora em Pinhais

Checar a fonte de uma informaçãoé uma das premissas de quem é comu-nicador. Ou pelo menos deveria ser.Ocorre que neste mundo da comuni-cação instantânea todo indivíduo é umpotencial comunicador em massa.Qualquer um pode “criar” uma infor-mação e publicar para dezenas, cente-nas ou milhares de pessoas da sua redede contatos. É nas redes sociais que sedá a maior difusão de informações. Pen-so que a informação vem sofrendo acada dia uma redução de conteúdo, eutilização de fontes e referências. Nosmeados dos anos 90, lembro da impor-tância que tinham os lides – resumodas informações de uma matéria jor-nalística – no início dos textos com oobjetivo de prender o interesse do lei-tor. Já no ano 2000, com a populariza-ção da internet, proliferaram os blogscom textos mais reduzidos e posterior-mente os microblogs.

A outra facedas redes sociais

É nas redes sociais quese dá a maior difusãode informações. Pensoque a informação vemsofrendo a cada diauma redução deconteúdo, e utilizaçãode fontes e referências

Hoje, em postagens nas redes soci-ais, na maioria das vezes, não são nemos textos que são importantes, mas asimagens. Internautas as criam com al-gumas palavras e são instantaneamen-te replicadas por milhares de pessoas,que sequer se preocupam em checara informação. É uma ação similar àsdas fofoqueiras de plantão. Fazem pior,fazem comentários em suas replica-ções que, na maioria das vezes, sãomais deploráveis que a postagem in-devida: fazem juízos de valor, racismo,preconceitos etc. Faço um parêntese:Para falar a verdade é bem divertidoler os comentários de uma postagem,porque realmente ali estão a graça e ainimaginável capacidade de expressãodas pessoas.

Há um ditado popular que diz que“a informação é uma arma poderosa”.Foi dominada por uma elite por mui-tos anos, mas hoje está acessível a umagrande parte da população. Com estaarma em mãos é possível conquistarmuitos territórios, mas também dar umtiro no próprio pé. Exemplo disso é re-plicar informações não verdadeiras:hoje você está atirando, amanhã po-derá ser o alvo.

Há uma face obscura nas redes so-ciais. Para iluminá-la é necessário che-car as informações antes de “passá-laspra frente”. Pense nisso!

*Márcio Mainardes épublicitário e marqueteiro político

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POLÍTICAPARANÁ EM FOCOCURITIBA, 7 A 13 DE SETEMBRO DE 2013

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Gata escaldadaMesmo convidada pela

CBF, Dilma não vai ao Es-tádio Mané Garrincha nes-te sábado. Ainda soa aosseus ouvidos a sonora vaiado dia 15 de junho, naabertura da Copa das Con-federações. A presidenteficou visivelmente descon-certada e abreviou seu dis-curso naquele dia. Mas,pode vir a Curitiba no pró-ximo dia 17 para a inaugu-ração do Instituto Senai deInovação (ISI), a convitedo presidente da Fiep, Ed-son Campagnolo.

IdosaHá uma senhorinha,

com aparência de 60 anos,cabelos grisalhos e roupassimplórias, a aliviar, des-caradamente, os bolsos ebolsas dos mais descuida-dos, com muita competên-cia e pouco barulho, na li-nha de ônibus Centenário-Campo Comprido, em Cu-ritiba. “Trabalha” prefe-rencialmente no períodovespertino.

Buraco no bolsoO Brasil perdeu cerca

de R$ 15 bilhões com asmanifestações de rua quecomeçaram em junho, se-gundo estimativas de umprofessor da Fundação Ge-túlio Vargas. Não foramcom as manifestações. Fo-ram com os bárbaros.

Vade retroA federalização das uni-

versidades estaduais (noParaná são sete) é o prin-cipal assunto a ser discuti-do nesta segunda, dia 9, às12 horas, pelo ConselhoPolítico da Associação Co-mercial do Paraná, com apresença do deputado fede-ral Ângelo Vanhoni (PT),membro das Comissões deEducação e Cultura da Câ-mara Federal. A federaliza-ção – e seus custos – é umassunto do qual o governofederal foge, há muito tem-po, feito o diabo da cruz.

TaurinusQue tal cruzar um tou-

ro Brahman com uma vacaCaracu? Sem álcool.

* Nilson Monteiro é escritore jornalista em Curitiba

NILSON MONTEIRO*

COLUNISTA

Reforma políticaAprovado fim da reeleição para presidente, prefeito e governador

O grupo de trabalho cria-do na Câmara dos Deputadospara debater a reforma políti-ca aprovou, na quinta-feira(5), o fim da reeleição para oscargos majoritários - presiden-te, prefeito e governador - e acoincidência das datas daseleições a cada quatro anos.Caso aprovadas, as novas re-gras passam a valer a partirde 2018. Os temas ainda se-rão submetidos à Câmara e,posteriormente, ao Senado.

Para o deputado MarceloCastro (PMDB-PI), a coinci-dência das eleições represen-tará economia aos cofres pú-blicos. “Hoje os políticos vi-vem permanentemente emcampanha eleitoral”, frisou.“[A coincidência] fará bem

para o exercício da cidada-nia”, observou a deputadaLuiza Erundina (PSB-SP).

A deputada lembrou, ainda,que os temas já foram debati-dos e aprovados por outrascomissões que discutiram areforma política e, posterior-mente, não foram ratificadospela Casa. Para Erundina,essa reforma será uma reali-dade se partir de uma propos-ta de iniciativa popular.

Nesta semana, o grupo detrabalho vai debater a fideli-dade partidária, a possibilida-de do fim das coligações e aduração do mandato. A pala-vra final do colegiado sobremudanças ou não no sistemaeleitoral do país, está agenda-da para o próximo dia 19.

Como as eleições atualmenteocorrem a cada dois anos,caso as propostas sejam apro-vadas pelo Congresso, prefei-

tos e vereadores eleitos em2016 cumprirão “mandatotampão” até 2018.

(Com Agência Brasil)

Castro: “hoje os políticos vivempermanentemente em campanha eleitoral”

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Um projeto de lei apresentado, nasemana passada, na Câmara Municipalde Curitiba, pretende acabar de vez como problema dos pombos na cidade. Já estámais do que provado que os animais,aparentemente inofensivos, são, naverdade, uma ameaça à saúde dapopulação. “Existe a necessidadeimediata de um plano de controle de

reproduçãodessas aves,visto que sãoclassificadascomo pragaspelos órgãosambientais”,diz overeador ZéMaria (PPS),(foto) autorda medida, notexto daproposta.

Controlede pombos

Regimento InternoA Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) deve ganhar, nos próximos

dias, uma Comissão Especial (CE) para analisar as mudanças noRegimento Interno da Casa. O anúncio foi feito pelo presidente doLegislativo, deputado Valdir Rossoni (PSDB), na semana passada. O grupo,que será formado por sete parlamentares, terá a responsabilidade de, numprazo (prorrogável) de 120 dias, analisar os atuais artigos que regem aAlep, ponto a ponto, e sugerir mudanças.

Semana do PeixeO ministro da Pesca, Marcelo Crivella

(foto), esteve em Curitiba, na quinta-feira (5),para abrir a 10.ª Semana do Peixe, que

prossegue até este domingo (8), no MercadoMunicipal. A ação integra a CampanhaNacional de Incentivo ao Consumo de

Pescado, do Ministério da Pesca eAquicultura. Crivella esteve acompanhado davice-prefeita de Curitiba, Mirian Gonçalves, e

do secretário municipal de Abastecimento,Aldo Fernando Klein Nunes. De forma inédita,

os pescados serão comercializados nos 32Armazéns da Família da cidade, até novembro.

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SAÚDEPARANÁ EM FOCOCURITIBA, 7 A 13 DE SETEMBRO DE 2013

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SÉRGIO BASSI*

COLUNISTA

Quem nunca teve ou não conhece al-guém que já teve algum tipo de alergia?Creio que pouquíssimos leitores. Alergi-as, em geral, além de comuns na popula-ção mundial, afetam muito a qualidadede vida das pessoas. Mudanças de hábi-tos alimentares são comuns aos que têmalergia a certos alimentos. Desconfortoe constrangimento social nos portadoresde rinite alérgica. Até mesmo alteraçõesarquitetônicas no planejamento e deco-ração de uma casa podem ser resultadosda alergia dos que nela irão morar. Mui-tos são os fatores que levam as alergiasa alterar hábitos e qualidade de vida deseus portadores.

Aproximadamente 30% da populaçãomundial é afetada por alergias, sendoque as estimativas mostram que 250 mi-lhões de pessoas devem desenvolver aler-gias alimentícias.

A pesquisa imunológica é fundamen-tal no campo das alergias. Considerandoo aumento rápido de casos de alergia emtodo o mundo, é fundamental compreen-der o processo de desenvolvimento doproblema. Assim, mais estudos podem serdesenvolvidos em busca de novas formasde prevenção e de controle desta condi-ção.

O ambiente em que o feto se encon-tra pode determinar sua predisposição aodesenvolvimento de certas alergias, an-tes mesmo de seu nascimento. De acor-do com uma nova pesquisa, os fatoresambientais podem ser até mais fortes doque os fatores genéticos.

Esta nova pesquisa, desenvolvida noMurdoch Children’s Research Institute,na Austrália, fornece evidências para ahipótese da formação de alergias no es-tágio fetal devido a questões como a nu-trição da mãe durante a gestação. Os ci-entistas comprovaram essa hipótese emcasos em que a criança manifestou aler-gia a algum alimento nos primeiros 12meses de vida.

O processo pode ocorrer devido a umaalteração do DNA. Esse evento é sensí-vel a perturbações ambientais e, por isso,poderia causar complicações no desen-volvimento imunológico pré-natal.

Esta pesquisa veio a público no Eu-ropean Academy of Allergy and ClinicalImmunology (EAACI) Congress/WorldAllergy Organization (WAO) Internatio-nal Scientific Conference deste ano.

Por isso, um aconselhamento imuno-lógico à gestante, em certos casos, podeser de grande utilidade ao futuro bebê.

* Sérgio Bassi é médicocirugião em Curitiba

Alergia podecomeçar dentro

do útero

De olho no calendárioUma rotina que deve ser observada com rigor ao longo da vida: os períodos de vacinação

O meio mais efetivo para prevenir doenças é a va-cinação. Por isso, desde as primeiras horas de vida háuma sequência a ser seguida rigorosamente para aproteção da saúde das pessoas.

A vacina foi inventada em 1796 pelo médico inglêsEdward Jenner, que descobriu uma forma de imuni-zar as pessoas contra a varíola - epidemia que dizima-va a população da época - injetando uma forma maisbranda da doença, que podia ser encontrada em va-cas. Com isso, o pesquisador abriu o caminho para acriação de uma série de outras vacinas, permitindoque algumas enfermidades infecciosas não fizessemtantas vítimas.

Desde a invenção, a vacina causa uma série dedúvidas nas pessoas. Há muita gente que acredita queelas não funcionam ou que causam problemas de saú-de. Por isso, é importante entender o seu mecanismode atuação.

Heloísa Garcia Giamberardino, pediatra, epidemi-ologista e vacinologista da Clínica de Vacina do Hos-pital Pequeno Príncipe, explica que “as vacinas atu-ais contêm os mesmos agentes causadores do proble-ma original, só que manipulados – utilizados em par-te, atenuados, inativados ou modificados – para quenão causem a doença em si, mas sejam capazes deincentivar a criação de anticorpos”, uma espécie dememória do organismo sobre como evitar a progres-são de determinada doença.

Sistema eficienteEmbora o governo não consiga ofertar todas as

vacinas disponíveis no mercado, o programa de imu-nização brasileiro é considerado um dos mais com-pletos do mundo, similar aos de países desenvolvi-

dos. A lista básica de vacinas indicadas pelo Minis-tério da Saúde é constituída de acordo com estu-dos epidemiológicos que mostram quais são as do-enças mais comuns e capazes de causar consequ-ências importantes. Essas vacinas são oferecidas

Heloísa: “não descuidar docalendário e tomar cada umadelas no tempo correto”

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gratuitamente para toda a po-pulação em qualquer unida-de básica de saúde.

Além do calendário básico,há uma série de outras vaci-nas disponíveis em clínicasparticulares. Mas o fato denão fazerem parte da lista doMinistério não quer dizer quenão são importantes. O médi-co é a pessoa mais indicadapara avaliar quais delas sãonecessárias para cada pessoa,levando em consideração fa-tores ambientais e condiçõesde saúde individuais.

Algumas vacinas têm umperíodo específico de aplica-ção para que se consiga umaimunização mais eficiente.“Daí a importância de nãodescuidar do calendário e to-mar cada uma delas no tem-po correto”, alerta Heloísa,ao explicar que “isso nãoquer dizer que se algumadata for perdida a vacinadeve ser simplesmente deixa-da de lado, é imprescindível

Serviço:Sociedade Brasileira de

Imunizaçãowww.sbim.org.br –

SociedadeBrasileira de Pediatria

www.sbp.com.br

Ministério da Saúdewww.saude.gov.br

fazer todas as doses, mesmoque em atraso”.

A epidemiologista aindachama a atenção para a im-portância dos reforços de va-cina para garantir efetivida-de maior da imunização con-tra as doenças. “Costuma-sedar mais atenção à vacinaçãode crianças e, com o passardo tempo, a carteirinha ficade lado, o que não pode acon-tecer. Algumas vacinas preci-sam ser refeitas depois de cer-to tempo e outras necessitamde reforços a cada cinco oudez anos, por toda a vida”,relembra.

Calendário Nacional de Vacinação

BCG – contra tuberculoseHepatite B – contra hepatite BPenta – contra difteria, tétano, coqueluche, Haemophi-lus influenza tipo B e hepatite BVIP – contra poliomieliteVOP – contra poliomielitePneumo 10 - contra bacteremia, meningite, sepse, artri-

te, sinusite, otite média aguda, conjuntivite, bronquite epneumoniaRotavírus – contra o rotavírusMeningo C – contra meningiteFebre amarela – contra febre amarelaTríplice viral – contra sarampo, rubéola e caxumbaDupla adulto – contra tétano e difteria

(Fonte: Ministério da Saúde)

GRUPOALVO

CRIANÇAS

Ao nascer

2 meses

3 meses

4 meses

5 meses

6 meses

9 meses

12 meses

15 meses

4anos

Idade BGC Hepatite B Penta VIP e VOP Pneumo 10 Rotavirus Meningo C FebreAmarela

Tríplice Viral Dupla Adulto

Dose única Dose ao nascer

1Ș dose

2Ș dose

3Ș dose

1ș reforço(com VIP)

2ș reforço(com VIP)

1Ș dose(com VIP)

2Ș dose(com VIP)

3Ș dose(com VOP)

Reforço(com VOP

1Ș dose

2Ș dose

3Ș dose

Reforço

1Ș dose

2Ș dose

1Ș dose

2Ș dose

Reforço

Dose inicial

1Ș dose

2Ș dose

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SAÚDEPARANÁ EM FOCOCURITIBA, 7 A 13 DE SETEMBRO DE 2013

PÁGINA 6

Livre de glútenCelíacos precisam fugir de trigo, aveia, centeio e cevada já que a doença não tem cura

Cristiane e Milena – Glúten foi “abolido” da alimentação da família

Lorete: “Você pode ter doença celíaca e não saber”

A pequena Milena, de ape-nas cinco anos, já aprendeu alição: antes de comer qual-quer coisa, precisa perguntarpara a mãe se o alimento con-tém glúten, ou não. A meninaé portadora da doença celía-ca, um mal que ataca o intes-tino delgado e é caracteriza-do pela intolerância perma-nente à proteína presente notrigo, na aveia, no centeio ena cevada, o glúten.

Em Milena, o problemacomeçou a se manifestar mui-to cedo, quando ainda erabebê. “Com 10 meses de idadeela passou a ter diarreia cons-tantemente. Nós a levamos aopediatra, que, no primeiromomento, achou que era ape-nas uma virose, mas o proble-ma persistiu”, disse a mãe damenina, a pedagoga CristianeManika Faria, revelando quea doença só foi descobertadepois de uma biópsia no in-testino da garota, na época

com pouco mais de um ano.Com a causa do problema

descoberta, algumas coisastiveram que mudar na vida dafamília, já que a doença celía-ca não tem cura e o único tra-tamento que existe é a dietasem glúten. “A gente não teveque mudar totalmente os há-bitos, mas alteramos muitacoisa na nossa alimentaçãopara poder favorecê-la tam-bém. Se eu vou fazer um bolo,por exemplo, já preparo semtrigo para que ela possa co-mer e não se sinta mal”, diz amãe de Milena.

Cristiane destaca, ainda,que, embora as opções de pro-dutos sem glúten disponíveissejam muito maiores do que

antigamente, acabam pesan-do no bolso. “Muita coisa eutento fazer em casa, mas temalguns alimentos que ela gos-ta que a gente acaba compran-do. Geralmente são bem maiscaros que os produtos nor-mais”, diz.

Segundo a gastroenterolo-gista Lorete Kotze, o glúten écomo um veneno para quemtem a doença celíaca. “Paraos celíacos, o glúten é tóxicoe provoca lesões no intestinodelgado, impedindo a adequa-da absorção dos alimentos. Éuma doença autoimune queaparece em indivíduos gene-ticamente predispostos”, ex-plica.

Segundo Lorete, quem não

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PÁGINA 7SAÚDEPARANÁ EM FOCOCURITIBA, 7 A 13 DE SETEMBRO DE 2013

Alimentos permitidosCereais: arroz, milho

Farinhas: mandioca, arroz, milho, fubá, féculasGorduras: óleos, margarinas

Frutas: todas, ao natural e sucosLaticínios: leite, manteiga, queijos e derivados

Hortaliças e leguminosas: folhas, cenoura, tomate, vagem, feijão, soja, grãode bico, ervilha, lentilha, cará, inhame, batata, mandioca e outros

Carnes e ovos: aves, suínos, bovinos, caprinos, miúdos, peixes, frutos do mar

se cuidar e insistir no consu-mo da proteína pode ter ou-tras doenças mais sérias. “Opaciente celíaco que continu-ar ingerindo alimentos comglúten apresenta maior riscode desenvolver outros proble-mas, como tireoide, males dofígado, dos rins, anemias e atécâncer”, alerta.

No caso das crianças, ossintomas mais comuns da do-ença são diarreia crônica,distensão abdominal (barrigainchada) e desnutrição. János adultos, ela pode apare-cer de forma parecida, ou,ainda, em quadros de dor ab-dominal, vômitos, irritabilida-de e anorexia.

A ponta do icebergPor longo tempo, a doença

celíaca foi considerada enfer-midade exclusiva das crian-ças, mas, com o passar dosanos, verificou-se aumento naprevalência em adultos tam-bém. A explicação para isso éque muitas pessoas podem tera doença e não saber. “Com-parando-se com um iceberg,a ponta representa o númerode casos diagnosticados e aárea submersa, o total de ca-sos ainda não descobertos”,ilustra Lorete..

Ainda de acordo com agastroenterologista, a preva-lência estimada é de 1% napopulação mundial, mas, noBrasil, um estudo baseadoem resultados de exames desangue mostrou outros nú-meros. Em Brasíl ia, porexemplo, a média é de umcaso para cada 681 pessoas.Já em Curitiba, estima-seque haja um celíaco paracada grupo de 417.

Na fase adulta No caso da publicitária

Juliana Werneck Gomes, porexemplo, o diagnóstico sósaiu aos 21 anos de idade eapós uma série de complica-ções. “Tive várias crises dediarreia e só depois de algunsexames descobri que era ce-líaca”, conta.

Segundo Juliana, manter adieta em casa até que é “mo-leza”, difícil mesmo é comerna rua. “Encontrar alimentossem glúten em supermercadosou casas especializadas, atu-almente, é bem fácil. O gran-de problema, mesmo, é paraquem trabalha e precisa co-mer fora de casa. São poucos

Pode e não pode

os estabelecimentos que ofe-recem refeições desse tipo”,diz a publicitária, que até hápouco tempo levava comidapara o trabalho.

Atualmente, Juliana é pre-sidente da Associação dosCelíacos do Paraná (Acelpar),entidade que promove en-contros entre os portadoresde doença, permitindo quetroquem informações sobre oproblema. “Nós fazemos vá-rias reuniões, eventos, fala-mos sobre alimentação e in-dicamos locais da cidadeonde há comida sem glúten”,revela.

Para quem se interessar,no site (www.acelpar.com.br)

há uma lista com mais de 50lugares em Curitiba onde épossível fazer lanches e mes-mo refeições completas livresde glúten. A página traz, ain-da, uma relação de médicosgastroenterologistas e nutrici-onistas especializados em tra-tar a doença.

Glúten freeHá, inclusive, estabeleci-

mentos na cidade onde o glú-ten não entra. O AlmendrasEmporium, que fica no bairroBom Retiro, é um deles. To-cado pelas irmãs Alessandrae Adriana Cruz - uma com in-tolerância à lactose e outra aoglúten - o local oferece as

principais novidades do mer-cado alimentício para quemprecisa ficar longe da proteí-na. São pães, massas conge-ladas, geleias, bolachas, cho-colates, queijos, iogurtes e atécerveja sem glúten.

“Temos bastante procurapelos alimentos sem glúten,mesmo pelas pessoas que nãosão celíacas, mas fazem al-gum tipo de dieta”, revelaAlessandra. O AlmendrasEmporium também trabalhacom artigos sem lactose e semaçúcar – um prato cheio paradiabéticos. A loja fica na RuaNilo Peçanha, 1948. O conta-to pode ser feito pelo telefo-ne (41) 3044-1310.

AlimentosproibidosTrigo;Aveia;Centeio;Cevada;Malte (sub-produto da cevada).

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Poupança temsaldo recordeCaptação líquida da modalidade neste ano cresceu 55%sobre o resultado dos oito primeiros meses de 2012

Considerando a captaçãolíquida da caderneta de pou-pança de R$ 4,6 bilhões emagosto, a melhor para essesmeses, o saldo no acumuladonos oito primeiros meses des-te ano atingiu R$ 42,2 bilhões.O valor representa cresci-mento de 55% em relação aototal contabilizado entre ja-neiro e agosto de 2012, segun-do informações do Banco Cen-

tral. No mês, os depósitos so-maram R$ 122,2 bilhões, en-quanto os saques foram de R$117,5 bilhões.

Ainda segundo informa-ções do BC, os rendimentosem poupança contabilizaramR$ 2,6 bilhões em agosto,elevando o estoque para R$557,4 bilhões, dos quais R$435,2 bilhões no Sistema Bra-sileiro de Poupança e Em-

préstimo, que financia partedo sistema imobiliário, e R$122,2 bilhões da poupançarural.

A Caixa Econômica Fede-ral administra R$ 196,3 bi-lhões, o que corresponde a35,31% do volume total dedepósitos. A instituição con-centra 50 milhões de cader-netas de poupança.

(Com Agência Brasil)

Consórcios em alta

Entre janeiro a julho, 5,5 milhões de pessoas aderiram aoSistema de Consórcios no Brasil, o que representa acresci-mento de 10% sobre o total de participantes, o melhor resulta-do dos últimos dez anos, de acordo com a Associação Brasilei-ra de Administradoras de Consórcios (Abac).

De acordo com a entidade, foram vendidos mais 1,46 mi-lhão de cotas, com alta de 1,4% no período, o que demonstraconfiança do consumidor nos consórcios.

Os destaques do setor foram o financiamento de veículosleves, com total de 2,15 milhões de participantes, o de veícu-los pesados, que somou 207 mil e o de imóveis, que vem serecuperando gradativamente, que totalizou 690 mil participan-tes em julho.

(Com Agência Brasil)

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ECONOMIAPARANÁ EM FOCOCURITIBA, 7 A 13 DE SETEMBRO DE 2013

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Maior produtor e exporta-dor de carne de frango do Bra-sil, o Paraná, que tem aproxi-madamente 19 mil aviculto-res, atingiu, em julho, médiade abate acima de cinco mi-lhões de cabeças por dia, umamarca histórica para o setor.Com isso, totalizou o proces-samento de 128,75 milhões deaves no mês, que teve 23 diasúteis, segundo o Sindicatodas Indústrias de ProdutosAvícolas do Estado do Paraná(Sindiavipar).

O empresário DomingosMartins, presidente do Sindi-avipar, com base nos númerosda Secretaria de ComércioExterior (Secex), do Ministé-rio do Desenvolvimento, In-dústria e Comércio Exterior,informou que, nos sete primei-

De encher o pratoProdutoresparanaenses estãosatisfeitos com omercado de carnede frango, que temreagido sem afetaro bolso doconsumidor

ros meses do ano, o Estadoexportou 636,37 mil toneladasde carne de frango, que ren-deram cerca de US$ 1,27 bi-lhão. No mesmo período, asvendas externas brasileirassomaram 2,21 milhões de to-neladas e faturaram US$ 4,72bilhões.

No ano passado, o Paranáembarcou para 130 países detodos os continentes 1,12 mi-lhão de toneladas de carne deaves, que renderam US$ 2,04bilhões. As exportações brasi-leiras do setor fecharam em3,82 milhões de toneladas efaturamento de US$ 7,70 bi-lhões. Com isso, o Estado par-ticipou com 26,54% no volu-me vendido pelo País e com28,72% na composição da re-ceita nacional obtida com aexportação de frango.

Martins se mostra otimis-ta com os resultados que osetor obterá até o final do ano,especialmente por causa doNatal. “Tradicionalmente, osegundo semestre é mais pro-dutivo para o setor avícola porcausa das festas de final deano, aumento nas exporta-ções e a quantidade de diasúteis”, comentou.

O presidente do Sindiavi-par afirmou que, entre janei-ro e julho deste ano, os cus-

tos de produção de frango decorte registraram queda de17,24% em consequência prin-cipalmente do recuo de16,24% nas despesas com aração das aves, de acordo comlevantamento da EmbrapaSuínos e Aves de Concórdia(SC). Mesmo assim houveequilíbrio entre o desembolsoe a rentabilidade do setor,devido à valorização do dólar.“Como o milho e o farelo desoja usados na alimentação

dos animais são dolarizados,a recente alta do dólar aca-bou deixando tudo equilibra-do”, acrescentou.

Estável no varejoSe para os avicultores e

indústria paranaenses o cená-rio é muito bom, para o setorde varejo e para os consumi-dores, a carne de frango estágarantida no balcão e namesa. “O preço continua es-tável há cerca de oito meses

e as donas de casa comprambastante o produto, principal-mente o filé de peito de fran-go”, garantiu o açougueiroAdílio Padilha.

Localizada há 54 anos naesquina da Avenida ManoelRibas com a Rua BrigadeiroFranco, no bairro Mercês, aCasa de Carnes Mercês adqui-re frango direto dos abatedou-ros da região de Curitiba. “Fa-zemos cotação entre três ouquatro fornecedores e com-pramos conforme está o pre-ço na semana. Com isso, con-seguimos manter um bom va-lor no varejo, para as famíli-as, restaurantes e cozinhasindustriais”, explicou Padilha.

Moradora do Bairro Alto, adona de casa Rosângela Plo-charski, 35 anos, casada ecom um filho adolescente,costuma comprar coxa e pei-to de frango duas vezes porsemana. “Minha família pre-fere carne vermelha, mas tam-bém gosta de carne de frangoe, uma vez a cada 15 dias,compro peixe”, contou.

Martins: “Tradicionalmente, o segundosemestre é mais produtivo para o setor avícola”

Rosângela: “também gosta decarne de frango”

Padilha: “O preço continua estável há cerca de oito meses”

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MEIO AMBIENTEPARANÁ EM FOCOCURITIBA, 7 A 13 DE SETEMBRO DE 2013

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Produtores de lixoO Paraná buscamétodos maiseficazes de reciclara maior parte dosresíduos sólidosgerados por dia eprolongar a vidados aterros

Parece fácil encher o car-rinho no supermercado comprodutos em embalagensatrativas que mantêm suasqualidades e prolongam a du-rabilidade, muitos deles pron-tos para o consumo. No en-tanto, destinar adequada-mente os resíduos sólidos ge-rados e encaminhá-los para areciclagem é uma tarefa quepreocupa representantes deinstituições governamentais,de organizações não governa-mentais (ONGs) e de comu-nidades.

A solução para o problemados resíduos sólidos passamesmo pelo consumo consci-

ente, separação correta e des-tinação do lixo. E a participa-ção da população é conside-rada fundamental para melho-rar a coleta, diminuir a quan-tidade de lixo e gerar rendacom os materiais recicláveis.

De acordo com o secretá-rio de Estado do Meio Ambi-ente e Recursos Hídricos,Luiz Eduardo Cheida, “se re-ciclarmos todo o lixo produzi-do, que no Paraná é de 20 miltoneladas por dia, apenas 15%deste total – os chamados re-jeitos - serão destinados aosaterros sanitários, triplicandoa sua vida útil”.

Ainda de acordo com o se-cretário, o mundo produz 1,3bilhão de toneladas por ano delixo “e esse volume vai dobrarem 20 anos, devido ao cresci-mento acelerado das cidadesperiféricas e consequente au-mento do consumo e da pro-dução de lixo”. Ele lembrouque a lei federal de resíduossólidos (Lei 12.305/2010) nãoestá sendo cumprida no País,pois apenas 27% dos municí-pios brasileiros possuem ater-ros sanitários.

ConsórciosA responsabilidade pela

coleta e destinação adequadados resíduos é municipal. Noentanto, a política estadual deresíduos sólidos, assim comoa lei federal, incentiva a for-

mação de consórcios intermu-nicipais, por meio do Progra-ma Paraná Sem Lixões, queconta com o envolvimento dosetor produtivo na coleta edestinação final de embala-gens e resíduos após o uso.

“O objetivo é envolvertoda a sociedade nesta gran-de campanha pelo fim dos li-xões e acondicionamento cor-reto dos diferentes tipos deresíduos”, reforçou o coorde-nador de resíduos sólidos da

Cheida: “esse volume vai dobrar em20 anos, devido ao crescimentoacelerado das cidades periféricas”

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PÁGINA 11MEIO AMBIENTEPARANÁ EM FOCOCURITIBA, 7 A 13 DE SETEMBRO DE 2013

Compartilhar responsabilidadesCom o objetivo de difundir entre todos os setores práticas positivas quepossam contribuir para a gestão dos resíduos sólidos, o assunto foi ofoco das discussões da Conferência Estadual do Meio Ambiente, reali-zada em Foz do Iguaçu, nos dias 5 e 6 de setembro. O evento foipreparatório para a 4ª Conferência Nacional de Meio Ambiente, quecontará com 50 representantes paranaenses em Brasília, entre os dias24 e 27 de outub r o .

“A ideia é difundir entre todos os setores práticas positivas que possamcontribuir para a gestão dos resíduos sólidos”, afirmou o coordenadorde resíduos sólidos da Sema, Laerty Dudas.

Os eixos de discussão definidos pelo Ministério do Meio Ambiente paraas conferências são: produção e consumo sustentáveis, redução dosimpactos ambientais, criação de emprego e renda e educação ambien-tal. No entanto, segundo Dudas, as conferências também têm a finali-dade de estabelecer a responsabilidade compartilhada entre governos,setor privado e sociedade.

Descarte de bitucasUma das recentes ações do Programa Paraná Sem Lixões é uma campa-nha inédita no País visando à redução do volume de bitucas jogadas nasruas e espaços públicos. O slogan é “Bituca no lixo: atitude de cidadão”.Coordenada pela Secretaria estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídri-cos (Sema), em parceria com as fabricantes de cigarros Souza Cruz ePhilip Morris Brasil, a ação permitiu a colocação do adesivo da campa-nha, que incentiva o descarte das bitucas no lixo, em todos os estabeleci-mentos comerciais atendidos por essas empresas nos 399 municípiosparanaenses.

Secretaria de Estado do MeioAmbiente, Laerty Dudas.

No Paraná há 200 municí-pios com menos de 10 mil ha-bitantes e sem os recursosnecessários para administrarum aterro. Nos últimos anos,cerca de 160 aterros munici-pais se transformaram em li-xões por falta de gerencia-mento adequado. Os 214 lixõesexistentes no Estado devemser eliminados até agosto de2014. Caso isso não ocorra osmunicípios serão punidos enão poderão contar com re-cursos do PAC Saneamento.

Segundo Cheida, a forma-ção dos consórcios, entre ou-tros benefícios, dará uma es-cala maior aos produtos reci-clados, trazendo benefíciosaos municípios e aos recicla-dores. No Paraná, de acordocom o secretário, existem 44mil catadores de materiaisrecicláveis. No Brasil são 600mil pessoas que separam o lixo

gerado por empresas e domi-cílios todos os dias.

Os diversos setores indus-triais também trabalham paraimplementar a logística rever-sa dos resíduos que disponibi-lizam no mercado, conforme

previsto em lei. A legislaçãoestabelece prazos para im-plantar o recolhimento de re-síduos como pilhas, pneus, ba-terias, eletroeletrônicos, óle-os lubrificantes, lâmpadas,entre outros.

Dudas: “acondicionamento corretodos diferentes tipos de resíduos”

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CULTURAPARANÁ EM FOCOCURITIBA, 7 A 13 DE SETEMBRO DE 2013

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Depois do ponto finalAutores que não contam com a proteção de grandes editorasbuscam, por conta própria, seu espaço no mercado editorial

Depois da inspiração, atranspiração. Esse é o desti-no dos escritores que não fi-guram nas listas dos maioresvendedores de livros das gran-des editoras, mas, por acredi-tarem no potencial do seu tra-balho, não medem esforçospara cuidar pessoalmente dadivulgação e distribuição daobra - etapas cruciais para osucesso do lançamento. Mui-tas vezes, até pagam a impres-são do próprio bolso.

É o caso do jornalista eescritor Nilson Monteiro, queacaba de colocar no mercadoo romance “Mugido de Trem”,já lançado com sucesso emCuritiba e Londrina. Editadopela jovem Banquinho Publi-cações, a obra vendeu 257exemplares na noite de autó-grafos realizada na capital e155 na segunda maior cidadedo Estado.

Nesse estrondoso resulta-do – para os padrões de auto-res que não dispõem da estru-tura de marketing das cele-bridades editoriais - já está odedo de Nilson. Incansável,não mediu esforços para mul-tiplicar o poder de informa-ção de sua respeitável redede amigos e contatos para di-vulgar o novo livro e atrairpúblico para o lançamento.Agora, acompanha de perto omovimento de vendas nas li-vrarias.

Londrina deu um poucomais de trabalho. Como o au-tor mora em Curitiba, teve quese deslocar para o interiordois dias antes apenas paradar conta da agenda de entre-vistas em emissoras de rádioe TV, além de jornais. “É umtrabalho árduo, mas que valemuito o esforço. É o caminhopara gente que acredita nopróprio talento e sem estru-tura se fazer notar”, pondera.“E se não botar a cara, nãovende”, completa.

Menos árduoJá a história do também

jornalista e escritor MárcioRenato dos Santos é diferen-te. Editado pela poderosa Re-cord já no seu primeiro livrode contos, “Minda-au”, elenão tem esse trabalho. A edi-tora se encarrega de tudo,poupando seus autores. Emrazão disso, a aceitação dosegundo trabalho, “Golegole-golegolegah”, pela paranaen-se Travessa dos Editores, foimais tranquila.

Mas, para Márcio, o suces-so também não caiu do céu.O fato de ter atuado por cer-ca de dez anos no jornal Ras-cunho, especializado em lite-ratura, e de ter sido repórterda Gazeta do Povo, ajuda aexplicar esse resultado. Alémda oportunidade de exercíciocontínuo do texto, a ativida-

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Márcio: “Todos os escritores que se firmaramnacionalmente trabalharam em jornal”

Nilson: “É um trabalho árduo, mas que vale muito o esforço”

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PÁGINA 13CULTURAPARANÁ EM FOCOCURITIBA, 7 A 13 DE SETEMBRO DE 2013

de funcionou como uma vitri-ne para Márcio.

“Quando veem meu nomena capa do livro, já têm comoreferência meu trabalho comtexto em jornal. E isso dá cre-dibilidade e ajuda no proces-so de aceitação do livro”, dizo escritor, que avalia comomuito natural esse desdobra-mento. “Todos os escritoresque se firmaram nacionalmen-te trabalharam em jornal”,resume. Machado de Assis éum entre vários exemplos.

Convivênciade versõesPara o diretor da Banqui-

nho Publicações, o tambémjornalista Teotônio Souto Mai-or, a relação escritores e edi-toras grandes ainda vai lon-ge, apesar de o livro digital jáser uma realidade. Responsá-vel pela empresa, que está nomercado desde 2009 - o espa-ço para o segmento de obras

literárias foi aberto neste ano–, ele acredita que a saída dolivro impresso de cena serámuito gradual e determinadapelo desaparecimento dos lei-tores que despertaram para oprazer da leitura em livros depapel.

Enquanto isso, diz, há es-paço para as duas versões deuma mesma obra. Mugido deTrem é um exemplo, que oeditor espera ver digitalizadodepois de escoada a edição im-pressa. O que não impede queo livro de poemas do norte-americano Jeff Tweedy, líderda banda de rock alternativoWilco, cujos direitos de tradu-ção já foram adquiridos pelaBanquinho, possa ganhar umatradicional e bem cuidada edi-ção impressa, com direito àcapa de tecido costurada.Como nos bons tempos, comodiriam os saudosistas. O lan-çamento está previsto paraocorrer ainda esse ano.

Para Teotônio, há espaço para olivro impresso e a versão digital

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CULTURAPARANÁ EM FOCOCURITIBA, 7 A 13 DE SETEMBRO DE 2013

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Quando a arte procura(e encontra) o público

Os curitibanosconvivem com a maisperturbadora mostrade arte contemporâneapara atendertodos os gostos

Serviço:Programa para o feriado

Meditação na Unilivre – Rua Victor Benato, 210, Pilarzinho, das 12 às18h.

Roteiros culturais com monitoria:A pé - sábado, às 10h, partindo do Cento Cultural Fiep (Cândido de Abreu, 200, Centro Cívico)

De van – domingo, às 15h, saindo da loja do MON (Marechal Hermes, 999)De bicicleta – sábado, às 15h, e domingo, às 10h, saindo da Bicicletaria Cultural (Presidente Faria, 226, Centro).

Mais informações no site www.bienaldecuritiba.com.br.

Para quem acha que o in-teressado em arte contempo-rânea só pode encontrá-la emgalerias, salas de recitais, ci-nemas e livrarias, a XX Bie-nal Internacional de Curiti-ba (BIC) está aí para provaro contrário. Em vez de ape-nas convidar o público paracontemplá-la em espaços fe-chados, a mostra se esforçapara facilitar ao máximo ainteração da plateia com ascriações.

É o que pretende o perfor-mer Ângelo Luz, que nestesábado (7) estará promoven-do na Unilivre, das 14 às 19horas, um período de medita-ção coletiva. A oferta de ro-teiros culturais para serempercorridos a pé, de van oubicicleta nos finais de sema-na é outra estratégia da mos-tra, que se caracteriza tam-bém por não ter um tema co-mum. “A ideia é a pluralidadee a busca do contato diretocom a população urbana coma arte que se faz hoje nas di-versas áreas”, diz a jornalistaJuliana Cecatto, assessora deimprensa do evento.

Para deixar essa propos-ta clara para o público, a XXBIC trouxe obras de grandeporte e apelo visual instala-das em locais estratégicos dacidade. É o caso das manda-las de pedra da alemã Bea-trice Steimer, no Jardim Bo-

tânico, e do poste sustenta-do por um guindaste do sue-co David Svensson, no esta-cionamento do Museu OscarNiemeyer (MON), o Museudo Olho.

As artes visuais são ape-nas um filão da Bienal, quecomeçou no dia 31 de agosto

e vai até 1º de dezembro. Atélá, 150 artistas de todos oscontinentes passarão por 100espaços para mostrar umpouco do que fazem em espe-cialidades artísticas tão dife-rentes: teatro, dança, foto-grafia, música popular e eru-dita, poesia e cinema.

Entre as novidades tam-bém estão o Circuito Uni-versitário Bienal de Curiti-ba (Cubic) de artes visuaise música criadas por 38 ar-tistas, já aberto, e o Festi-val Internacional de Cine-ma (Ficbic), que começa nopróximo dia 24.

Mandalas de pedra, da alemã Béatrice Steimer no Jardim Botânico

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Turn of theWorld (2013),obra de David

Svensson

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CRUZADAS

Agenda Cultural

Solução:

HORÓSCOPO

Áries (21/3 a 20/4)Semana caracterizada por al-gumas dificuldades, na área

profissional. Poderá ser contestada a suacapacidade de liderança e conhecimen-to; esta situação poderá estar relaciona-da com um clima de falta de decisão.

Touro (21/4 a 20/5)Seja compreensivo com os seusamigos e não negue ajuda aos

que dela necessitarem; afinal, não fazmais do que eles fizeram por si, noutraaltura. A família deverá fazer parte dasua agenda de visitas.

Gêmos (21/5 a 20/6)Serão caracterizadas por algu-mas dificuldades que não irão

contribuir, em nada, para uma mudan-ça do seu humor. Tente raciocinar comlógica e concluirá que a sua má disposi-ção não modificará este aspeto.

Câncer (21/6 a 22/7)Este aspeto requer alguma aten-ção e muita sensibilidade. Não

crie problemas onde eles não existem emantenha a confiança no seu par. Ce-nas de desconfiança e ciúme poderãoestragar a sua semana.

Leão (23/7 a 22/8)Será uma semana em alta, noque se refere a questões de

ordem profissional. Verá todos os seusesforços recompensados e, de uma for-ma perfeitamente natural, os retornossurgirão.

Virgem (23/8 a 22/9)O relacionamento com amigosserá uma boa opção para os

seus momentos de descanso. Faça porse distrair na companhia de quem maisgosta. A família, como não podia deixarde ser, será muito importante.

Libra (23/9 a 22/10)O setor financeiro poderá serconfrontado com alguns pro-

blemas. Tente gerir, muito bem, esteaspeto e não gaste mais do que o neces-sário. Para o fim da semana, poderá sen-tir um aliviar das questões financeiras.

Escorpião (23/10 a 21/11)O seu relacionamento senti-mental poderá ser um motivo

de equilíbrio e estabilidade, durante todaa semana. Divida com o seu par os seusprojetos e problemas. Seja imaginativo everá que nem tudo está ruim.

Sagitário (21/11 a 21/12)Uma carga, excessiva, de tra-balho, assim como algumas

preocupações inerentes ao mesmo, po-derão criar-lhe problemas ao nível deesgotamento físico e mental; isto, casonão descanse o suficiente.

Capricórnio (22/12 a 20/1)Relacionamentos sociais comcolegas de trabalho deverão ser,

muito bem, ponderados. Uma situaçãode ordem familiar, poderá ser motivo degrande preocupação. Se lhe for pedidaajuda não a negue.

Aquário (21/1 a 19/2)As suas finanças mantêm-seem baixa e terá de fazer uma

boa gestão para ultrapassar este aspeto,sem que ele tenha influência negativa noseu sistema emocional. Para o fim doperíodo boas perspectivas e melhoras.

Peixes (20/2 a 20/3)Não torne a sua relação comoculpada de tudo o que lhe acon-

tece. Tenha uma visão positiva da com-panhia e que o este poderá ser a pessoamais indicada para o ajudar a ultrapas-sar estes momentos.

PÁGINA 15CULTURAPARANÁ EM FOCOCURITIBA, 7 A 13 DE SETEMBRO DE 2013

SHOWSMarx CruzO compositor cumpre agenda no TeatroPaiol na terça-feira (10), às 20 horas, quan-do inclusive lança Umuarama, disco influ-enciado pela música popular brasileira,sem deixar de lado gêneros como pop,rock e reggae. Ingressos: R$ 20. Informa-ções: (41) 3213-1340.

Elvis Las Vegas ConcertConsiderado o melhor tributo a Elvis Pres-ley da América Latina, Adam Presley apre-senta o show “Elvis Las Vegas Concert” nopróximo dia 11, às 21 horas, no Guairinha.Além da homenagem aos 36 anos de ElvisPresley, haverá o lançamento do álbum“Elvis & Me”. Ingressos: R$ 60. Informa-ções: (41) 3304-7982.

Meninos Cantores de VienaO grupo se apresenta no próximo dia 13,às 21 horas, no Teatro Positivo. Sob aregência do maestro italiano Manolo Cag-nin, os meninos trazem em seu repertórioobras de compositores consagrados comoMozart, Mendelssohn, Haydn e Strauss,além de obras populares. Ingressos: deR$ 160 a R$ 190. Informações 3317-3283.

RubiA Caixa Cultural de Curitiba apresenta oshow “Consigo”, do cantor Rubi, às 20 ho-ras dos próximos dias 13 e 14 e às 19 horasdo dia 15, no Teatro da Caixa. Ingressos:R$ 20. Informações (41) 2118-5111.

Diogo Nogueira

O cantor faz única apresentação no próxi-mo dia 14, às 21h15, no Teatro Positivo.No repertório, “To fazendo a minha par-te”, “Fé em Deus” e “Espelho”, entre ou-tros sucessos. Ingressos: entre R$ 150 eR$ 170. Informações: (41) 3317-3107.

Lou DogA banda curitibana se apresenta no palcodo Espaço Cult no próximo dia 13, às 22horas, com o show que marca o lança-mento do novo EP do grupo, “Never Odd

or Even”. O som da banda vai do reggae aorock, passando pelo ska e até pelo punk.Ingressos: R$ 50. Informações: (41) 3323-2381.

Lulu SantosO cantor apresenta no próximo dia 14, às 21horas, no Teatro Guaira, o show de sua tur-nê “Toca Lulu”. Ingressos: entre R$ 160 eR$ 250. Informações: (41) 3304-7982

TEATROBallet Nacional SodreA mais tradicional companhia de dança doUruguai, o Ballet Nacional Sodre, se apre-senta na terça-feira (10), às 21 horas, noTeatro Guaíra. Ingressos: R$ 100. Informa-ções: (41) 3304-7982.

EscrevinhandoA peça tem apresentações entre os próxi-mos dias 10 e 15, às 20 horas, no Miniaudi-tório do Guaira. O espetáculo aborda temascomo o analfabetismo e a situação dos sem-teto, alertando para o número sempre cres-cente de moradores de rua na cidade deCuritiba. Ingressos: R$ 20. Informações: (41)3304-7982.

RestaO espetáculo tem apresentação única nopróximo dia 11, às 20h30, no Teatro ReginaVogue. Diversos improvisadores lutam paraconseguir ser escolhido pelo público emcada rodada e ser o último a ficar no palco.Ingressos: R$ 30. Informações: (41) 2101-8292.

A Tarada do BoqueirãoO espetáculo tem apresentações até o pró-ximo dia 28, às 23h59, no Teatro Lala Sch-neider. Na peça, uma garota de programatenta seduzir seus clientes numa esquinada capital paranaense. É feriado e a cidadeestá vazia. Solitária, a mulher começa arelatar as suas experiências, boas e ruins.Ingressos: R$ 40. Informações: (41) 3232-4499.

EXPOSIÇÕESAbstractusO Salão Brasil do Memorial de Curitiba ex-põe até 3 de novembro a coletiva Abstrac-tus, com obras de Ana Serafin, Katia Kimi-eck, Silvana Camilotti, Vavá Diehl, FaisalIskandar e Jorge Kimieck. A mostra expres-sa a arte em várias técnicas. Entrada fran-ca. Informações: (41) 3321-3313.

No UnrealPermanece aberta até o próximo dia 24 noYbakatu Espaço de Arte a mostra do artistaespanhol Nelo Vinuesa. Entrada gratuita.Informações: (41) 3264-4752.

Coletiva de Artistas Paranaenses –Geração 60

A exposição reúne obras de Poty Lazzarotto,Wilson de Andrade Silva, Luiz Carlos de An-drade Lima, Domício Pedroso, Ida Hanne-mann de Campos, Sofia Dyminski, AlvaroBorges, Mario Rubinski, Helena Wong, JairMendes, Violeta Franco, Fernando Velloso eFernando Calderari. A curadoria é de ReginaCasillo Entrada gratuita. Informações: (41)3225-6232.

Linha da AlmaAberta até o próximo dia 19, no Palacetedos Leões, a mostra coletiva é compostapor 35 desenhos de 15 artistas diferentes,mesclando diversos estilos, e homenageiaa artista e aluna da curadora Izabella Zan-chi, Alana Mattos, falecida em 2011 . En -trada gratuita. Informações: (41) 3219-8056

Don Quijote de la ManchaPode ser vista até o próximo dia 20, noInstituto Cervantes de Curitiba, a exposição“Don Quijote de la Mancha”, que reúne di-versas artes – pintura, literatura, fotografiae dança. Entrada gratuita. Informações: (41)3362-7320.

A Vida é LomoA exposição , do fotógrafo de lomografiacuritibano Ewerton Rudnik “Lovesick”, ficaem cartaz até o prpoximo dia 26, na Gale-ria Lúdica. As imagens mostram experiên-cias pessoais vivenciadas pelo fotógrafo comcâmeras analógicas. Entrada gratuita. In-formações: (41) 3024 – 8114.

CINEMAA filha do meu melhor amigoA amizade entre as famílias Walling e Ostro-ff é colocada à prova quando Nina, filhapródiga dos Ostroff, se apaixona por David,chefe da família Walling. Elenco: CatherineKeener, Leighton Meester, Hugh Laurie,Adam Brody, Alia Shawkat, Allison Janney,Boyd Holbrook e Oliver Platt, entre outros.Cinemark Barigüi - Sala 8 - Sexta: 14h,16h10, 18h20, 20h30 e 23h Sábado: 11h55,14h, 16h10, 18h20, 20h30 e 23h Domingo:

11h55, 14h, 16h10, 18h20 e 20h30 Segundaa quinta: 14h, 16h10, 18h20 e 20h30 UCIEstação - Sala 5 - Sexta: 14h45, 16h50, 19h,21h05 e 23h10 Sábado: 12h40, 14h45,16h50, 19h, 21h05 e 23h10 Domingo: 12h40,14h45, 16h50, 19h e 21h05 Segunda: 14h45,16h50 e 19h Terça e quarta: 14h45, 16h50,19h e 21h05 Quinta: 14h45, 16h50 e 19hUCI Palladium - Sala 2 - Sexta: 16h15, 18h20,20h30 e 22h30 Sábado e domingo: 12h,16h15, 18h20, 20h30 e 22h30 Segunda aquinta: 16h15, 18h20, 20h30 e 22h30.

A casa da mãe Joana 2Após seguirem rumos diferentes, os perso-nagens de “A Casa da Mãe Joana 2” volta-ram para viver situações hilárias. Elenco:Antônio Pedro, José Wilker, Paulo Betti,Betty Faria, Leona Cavalli, Caike Luna, Lu-cia Bronstein, Felipe Kannenberg, Xuxa Lo-pes, Anselmo Vasconcellos, Fabiana Karla eCarmem Verônica. Cinemark Mueller - Sala4 - Sexta e sábado (nacional): 16h10, 18h,20h, 22h e 0h Domingo a quinta (nacional):16h10, 18h, 20h e 22h Espaço Itaú de Cine-ma (Shopping Crystal) - Sala 3 - sexta aquinta (nacional): 15h30, 17h30, 19h30 e21h30 UCI Estação - Sala 2 - Sexta (nacio-nal): 14h, 16h, 18h, 20h, 22h e 0h Sábado(nacional): 12h, 14h, 16h, 18h, 20h, 22h e0h Domingo (nacional): 12h, 14h, 16h, 18h,20h e 22h Segunda a quinta (nacional):14h, 16h, 18h, 20h e 22h UCI Palladium -Sala 6Sexta (nacional): 14h, 16h, 18h, 20h,22h e 0h Sábado (nacional): 12h, 14h, 16h,18h, 20h, 22h e 0h Domingo (nacional):12h, 14h, 16h, 18h, 20h e 22h Segunda aquinta (nacional): 14h, 16h, 18h, 20h e 22h.

Jobs

A cinebiografia “Jobs” narra a história deSteve Jobs, um dos donos da Apple, naépoca em que foi estudante e largou a uni-versidade até se tornar um dos mais reve-renciados empreendedores do século 20.Elenco: Ashton Kutcher, Dermot Mulroney,Josh Gad, Lukas Haas, Matthew Modine,J.K. Simmons, Lesley Ann Warren, Ron El-dard, Ahna O’Reilly, Victor Rasuk, John Getz,Kevin Dunn, James Woods, James Woods e

Eddie Hassell, entre outros. CinemarkMueller - Sala 1 - Sexta e sábado: 12h50,15h30, 18h10, 20h50 e 23h40 Domingo aquinta: 12h50, 15h30, 18h10 e 20h50 Ci-neplex Batel (Shopping Novo Batel) - Sala3 - Sexta a quinta: 14h, 16h20, 18h35 e20h50 Espaço Itaú de Cinema (ShoppingCrystal) - Sala 4 - Sexta a quinta (legenda-do, VIP): 14h, 16h30 e 21h30 UCI Estação- Sala 10 - Sexta a quinta: 14h20, 17h10,19h50 e 22h30 UCI Palladium - Sala 1 -Sexta a quinta: 13h40, 16h20, 19h e 21h40.

O AtaqueEntrar para a equipe do serviço secretoque protege o presidente dos Estados Uni-dos era o grande sonho do policial JohnCale, mas ele não é aprovado na seleção.Cale se vê em frente a difícil missão de terque dar a notícia a sua filha, então leva amenina para um passeio pela Casa Bran-ca. No mesmo dia, um grupo paramilitarresolve atacar a sede do governo norte-americano, e está nas mãos do policialsalvar o presidente. Elenco: Channing Ta-tum, Jamie Foxx, Maggie Gyllenhaal, Ja-son Clarke, Richard Jenkins, James Woo-ds, Jimmi Simpson e Michael Murphy, en-tre outros. Cinemark Barigüi - Sala 5 - Sex-ta a quinta: 13h, 15h50, 18h40 e 21h40Cinemark Mueller - Sala 8 - Sexta e sába-do: 13h, 15h40, 18h30, 21h20 e 0h10 Do-mingo a quinta: 13h, 15h40, 18h30, 21h20e 0h10 UCI Estação - Sala 1 - Sexta esábado (dublado): 13h, 15h45, 18h30, 21h15e 0h Domingo a quinta (dublado): 13h,15h45, 18h30 e 21h15 UCI Palladium - Sala3 - Sexta e sábado (dublado): 13h, 15h45,18h30, 21h15 e 0h Domingo e segunda(dublado): 13h, 15h45, 18h30 e 21h15 Ter-ça (dublado): 13h, 15h45 e 18h30 Quarta equinta (dublado): 13h, 15h45, 18h30 e 21h15

Tese Sobre um HomicídioRoberto Bermudez é um especialista con-ceituado em Direito que ganha à vida dan-do aulas em instituições renomadas. Pres-tes a iniciar as aulas com uma nova tur-ma, ele conhece Gonzalo, um de seusalunos que também é filho de um velhoconhecido do professor. Já com as aulasem pleno andamento, um brutal assassi-nato ocorre perto da universidade. Rober-to logo demonstra interesse no caso e, aoinvestigar os detalhes, passa a crer queGonzalo seja o autor do crime e estejadesafiando-o a um jogo de inteligência.Elenco: Ricardo Darín, Natalia Santiago eAlberto Ammann. Cineplex Batel (Shop-ping Novo Batel) - Sala 5 - Sexta a quinta:20h50 - Sala 5- Sexta a quinta: 14h10,18h30 e 20h40 Espaço Itaú de Cinema(Shopping Crystal) - Sala 2 - Sexta a quin-ta: 13h40, 15h40, 17h40 e 19h40.

T A L H E R

Page 16: Paraná Em Foco

CULTURAPARANÁ EM FOCOCURITIBA, 7 A 13 DE SETEMBRO DE 2013

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Brasileiro por opçãoEm Colombo, numa cháca-

ra situada a poucos minutosde carro de Curitiba, mora umhomem singular. É o maestroe compositor Jaime Zenamon,boliviano naturalizado brasi-leiro que correu o mundo to-cando e ensinando músicanos melhores centros da Eu-ropa. Por ser tão especial noque faz, esse vizinho está sen-do homenageado – não no Bra-sil, país que escolheu para vi-ver – mas no Festival de Ve-rão de Música de Berlim, ondedeu aulas na UniversidadeSuperior de Artes e regeu asinfônica. A honraria é moti-vada pelos seus 60 anos devida e 40 de atividade.

“A arte não perdoa: se émal feita, o artista morre defome”, diz Zenamon, que podese orgulhar de viver exclusi-vamente da música e de direi-tos autorais - é autor de maisde 600 composições, muitasdelas gravadas por mais de 150músicos. Ele próprio gravouoito discos com suas músicas– três em vinil e cinco CDs.Enquanto morou na Europa,dedicou boa parte da sua vidaaos concertos, estúdios degravação e palcos. “Em umano cheguei a fazer 220 con-certos”, diz, relembrando ostempos de Europa, para ondefoi com apenas 17 anos. NoBrasil, quando se dedicavamais aos concertos, a médiaera bem menor: no máximoquarenta por ano.

A paixão pela música come-çou em casa, por influência damãe, a dona de casa FeigaKuzmin Zenamon, que tocavaviolão, acordeão e tambémcantava, enquanto o pai, Sa-lomão Mirtenbaum, adoravaópera. Ambos eram imigran-tes europeus. Foi de Feiga aideia de “intimar” o filho a

Zenamon: “A arte não perdoa: se é mal feita, o artista morre de fome”

Do centro cultural do mundo para Colombo, onde mora, ele segue compondo para concertos europeus

escolher um instrumentomusical. “Em toda família queé família é assim”, disse, paraconvencer o menino, que nas-ceu em La Paz, no dia 20 defevereiro de 1953.

Era a época da explosãodo rock e o adolescente de13 anos não teve dúvida:quis uma guitarra, que a mãecomprou sem questionar, eum amplificador. No colégio,por conta da guitarra, inte-grou um grupo musical quetocava Beatles e Stones. Emseguida, começou a se dedi-car ao violão e à música eru-

dita. Não tardou a partir emviagem de estudos pela Eu-ropa – experiência que, aolado da convivência com amãe russa e o pai polonês, fezcom que se tornasse poliglo-ta. Zenamon se expressacom desenvoltura em russo,espanhol, inglês, alemão, ho-landês, italiano e, é claro,português.

O Brasil nasceu para Ze-namon no começo dos anos 70,quando o pai, comerciante ealfaiate, decidiu se mudar daBolívia. Para quem já lidavacom música e vinha de uma

família europeia, foi um cho-que. “Era tudo um sonho. Asonoridade era diferente, aspessoas, assim como a beleza”,relembra o maestro, que tra-balhou dois anos no Rio deJaneiro e fez amizade com per-sonalidades como Tom Jobim,Luiz Bonfá, Maurício Tapajóse Padre Penalva, que tambémse mudaria para o Paraná. Aadaptação, ao que tudo indi-ca, foi natural. A não ser pelosotaque germânico e os cabe-los claros, ele tem mais debrasileiro do que estrangeiro.É bem-humorado, sorridente

e extrovertido, ao contrário doperfil típico dos descendentesde europeus.

Curitiba entrou no cenáriode Zenamon por volta de 1973.Aqui, a convite de Henrique-ta Garcez Duarte, fundou aprimeira cadeira de violãoclássico do Paraná na Escolade Música e Belas Artes. Oretorno à cidade se deu há 25anos. Atualmente se dedica atrês projetos: uma composiçãopara orquestra sinfônica, ou-tra para orquestra de cordase uma terceira para duo deviolão e bandolim.

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