PARASITOLOGIA BÁSICA

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1. PARASITOLOGIA BÁSICA Ao final desta aula, você será capaz de: 1- Descrever as diferentes relações biológicas entre os seres vivos; 2- Estabelecer uma relação entre as parasitoses e as questões de saneamento básico, fatores bióticos / abióticos e a epidemiologia de uma infecção parasitária. Introdução A Parasitologia é ciência que estuda os parasitos, seus hospedeiros e as relações entre eles, além de estudar os métodos de diagnóstico e controle dessas parasitoses. Uma vez diagnosticado o parasitismo, problemas adicionais podem ser encontradas no controle dessa doença em decorrência da inexistência de terapias eficazes ou da emergência de cepas resistentes à terapia tradicional. Muitos parasitas exigem vetores artrópodes para sua transmissão e a aplicação irregular de esforços para controle dos vetores têm resultados, em alguns casos, no surgimento de resistência aos inseticidas. Apesar do grande avanço tecnológico, do alto padrão educacional, da boa nutrição e de boas condições sanitárias, mesmo os países desenvolvidos estão sujeitos a doenças parasitárias. Desta forma, o estudo da PARASITOLOGIA HUMANA é de suma importância. Como já falamos anteriormente, o estudo da parasitologia é fundamental. 1

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este manual de parasitologia básica, refere-se ao estudo de parasitologia completo da Faculdade Estácio de Sá.

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1. PARASITOLOGIA BÁSICA

Ao final desta aula, você será capaz de:

1- Descrever as diferentes relações biológicas entre os seres vivos;

2- Estabelecer uma relação entre as parasitoses e as questões de saneamento básico, fatores bióticos / abióticos e a epidemiologia de uma infecção parasitária.

Introdução

A Parasitologia é ciência que estuda os parasitos, seus hospedeiros e as relações entre eles, além de estudar os métodos de diagnóstico e controle dessas parasitoses. Uma vez diagnosticado o parasitismo, problemas adicionais podem ser encontradas no controle dessa doença em decorrência da inexistência de terapias eficazes ou da emergência de cepas resistentes à terapia tradicional. Muitos parasitas exigem vetores artrópodes para sua transmissão e a aplicação irregular de esforços para controle dos vetores têm resultados, em alguns casos, no surgimento de resistência aos inseticidas.

Apesar do grande avanço tecnológico, do alto padrão educacional, da boa nutrição e de boas condições sanitárias, mesmo os países desenvolvidos estão sujeitos a doenças parasitárias. Desta forma, o estudo da PARASITOLOGIA HUMANA é de suma importância. Como já falamos anteriormente, o estudo da parasitologia é fundamental.

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Podemos classificar as relações entre seres vivos inicialmente em dois grupos: as intraespecíficas, que ocorrem entre seres da mesma espécie, e as interespecíficas, entre seres de espécies diferentes. É comum diferenciar-se as relações em harmônicas ou positivas e desarmônicas ou negativas. Nas harmônicas não há prejuízo para nenhuma das partes associadas, e nas desarmônicas há.

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Segundo a Organização Mundial de Saúde, quando se tem poucos recursos, esses deveriam ser investidos em saneamento básico, uma vez que as principais doenças estão relacionadas à falta de saneamento básico.

Aula 2: Protozoologia parasitária humana / Trypanosoma cruzi

Ao final desta aula, você será capaz de:

1- Definir as características dos protozoários;

2- Identificar as formas evolutivas do T. cruzi;

3- Diferenciar as fases do ciclo biológico;

4- Indicar as formas de prevenção da Doença de Chagas

Introdução

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A maioria dos protozoários é de vida livre e aquática podendo ser encontrados na água doce, salobra ou água salgada, levam vida livre também em lugares úmidos rastejando pelo solo ou sobre matéria orgânica em decomposição, no entanto, algumas espécies levam vida parasitária nos organismos de diversos hospedeiros e assim passam a maior parte da vida parasitando diversas espécies de seres vivos e dessa forma lhes causando muitas doenças.

A reprodução dos protozoários geralmente é assexual acontecendo por divisão múltipla onde o microrganismo apenas se divide em cópias dele mesmo, alguns produzem esporos para se disseminarem pelo ambiente, às vezes alguns também apresentam reprodução sexual havendo nítida troca de material genético entre um microrganismo e outro.

Aula 2: Protozoologia parasitária humana / Trypanosoma cruzi

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AGENTE ETIOLÓGICO

RESERVATÓRIO

VETOR

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Ciclo EvolutivoQuando o triatomíneo (barbeiro) pica a pele para sugar o sangue do indivíduo, ele simultaneamente defeca e urina, a pessoa que foi picada, coça o local e dessa forma facilita a entrada do protozoário pela pele que foi lesada.  Assim as forma tripomastigotas metacíclicos penetram ativamente em uma célula do Sistema Fagocítico Mononuclear (macrófagos) e se transformam em amastigotas; se multiplicam intensamente por divisão binária, rompem a célula e caem na corrente sanguínea, sob a forma tripomastigota, estas penetram em células vizinhas ou em outras distantes (musculares, nervosas), transformam-se em amastigota, se multiplicam, rompem a célula e caem na corrente sanguínea sob a forma tripomastigota e assim sucessivamente.

A parasitemia (parasitos no sangue) frequente começa a ser mais intensa em torno de 10º ao 15º dia após a contaminação, o que corresponde à fase aguda da doença.   Nesta fase, a parasitemia pode ser crescente e levar o paciente à morte, ou diminuir devido à interferência de anticorpos.  Quando a parasitemia baixa, o paciente entra na fase crônica, que podem permanecer por vários anos. O barbeiro (triatomíneo), ao se alimentar do sangue de vertebrados infectados, ingere os tripomastigotas sanguíneos. No intestino médio do inseto, os tripanossomas vão se transformar na forma epimastigota (exclusiva do hospedeiro invertebrado) e se multiplicar, instalando-se permanentemente, ou seja, por toda a vida do inseto.

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PATOGENIA

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DIAGNÓSTICO LABORATORIAL O diagnóstico laboratorial da Doença de Chagas é feito por métodos parasitológicos, radiológicos e por testes sorológicos. Para cada fase da doença existe um ou mais métodos que funcionam melhor. Métodos de demonstração do parasito Os métodos de demonstração do parasito diretamente ou indiretamente podem ser utilizados na fase aguda. Na fase crônica devem ser utilizados os métodos indiretos. Métodos diretos: a. A fresco: A gota de sangue é examinada a fresco entre lâmina e lamínula. Devido em geral, ao pequeno número de parasitos no sangue periférico, este método, apesar de aparentemente mais simples, não é melhor do que o exame após coloração em gotas espessas. b. Gota espessa: é o melhor método de investigação para a demonstração do T. cruzi na circulação periférica. Em se tratando de adultos ou de crianças de mais de 2 anos, ou quando se presume ter transcorrido mais de 1 mês da doença, mesmo em crianças, é conveniente fazer até 6 gotas grossas do mesmo doente e, em caso negativo, repetir número igual de preparados em extrações periódicas cada 3 a 4 dias durante certo tempo, pois é frequente

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que em recidivas, apareçam tripanossomas na circulação, depois de período negativo e aí permaneçam durante 5 a 6 meses. c. Técnicas de concentração: servem para aumentar a sensibilidade da pesquisa. A mais simples consiste em colher o sangue com anticoagulante (heparina), pesquisando-se os parasitos no creme leucocitário, após sedimentação. O método de Strout (1962) consiste em deixar coagular o sangue e retrair-se o coágulo. Os flagelados retiram-se do coágulo à medida que ele se retrai, concentrando-se no soro, que pode ser centrifugado para obter-se maior concentração. Esse método parece ser o que apresenta melhores resultados para a pesquisa direta dos tripomastigotas sanguíneos. d. Outras técnicas Métodos indiretos a. Xenodiagnóstico: é o método de escolha quando se quer detectar o parasito na fase crônica da doença. Os resultados demoram cerca de 30 dias. b. Hemocultura: muito sensível na fase aguda, mas os resultados demoram cerca de 30 dias. c. Técnicas moleculares: PCR d. Métodos imunológicos. Os principais métodos são: precipitação; aglutinação; hemoaglutinação; imunofluorescência; testes imunoenzimáticos.

Aula 3: Leishmaniose e Malária

Introdução

Nesta aula iremos abordar duas doenças parasitárias muito importantes: a leishmaniose ou leishmaníase e a malária.  Ambas transmitidas por insetos vetores.

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As leishmanioses são antropozoonoses consideradas um grande problema de saúde pública, representa um complexo de doenças com importante espectro clínico e diversidade epidemiológica.   A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 350 milhões de pessoas estejam expostas ao risco com registro aproximado de dois milhões de novos casos das diferentes formas clínicas ao ano. A leishmaniose é uma doença que acompanha o homem desde tempos remotos e que tem apresentado, nos últimos 20 anos, um aumento do número de casos e ampliação de sua ocorrência geográfica, sendo encontrada atualmente em todos os Estados brasileiros, sob diferentes perfis epidemiológicos.

A outra parasitose que abordaremos é a malária. É considerada uma importante doença parasitária há séculos, apesar das ações de controle implantadas há décadas em muitas partes do mundo, é também conhecida como impaludismo, febre palustre, maleita e sezão.   Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que seu impacto sobre as populações humanas continua aumentando: ocorre em mais de 90 países, pondo em risco cerca de 40% da população mundial – estima-se que ocorram de 300 a 500 milhões de novos casos, com média de um milhão de mortes por ano. Representa, ainda, risco elevado para viajantes e migrantes, com casos importados em áreas não-endêmicas.  Por esses motivos, a OMS recomenda que seu diagnóstico precoce e tratamento rápido devem  ser os primeiros elementos básicos estabelecidos em qualquer programa de controle.

Ao final desta aula, você será capaz de:

1- Definir leishmaniose tegumetar e leishmaniose visceral;

2- Identificar o agente etiológico da leismaniose tegumentar americana e da leismaniose visceral americana;

3- Descrever o ciclo biológico da Leishmaniose;

4- Citar as formas de prevenção da Leihmaniose;

5- Diferenciar as formas morfológicas das leishmanias;

6- Identificar os agentes etiológicos da malária no Brasil;

7- Descrever o ciclo biológico da Malária;

8- Diferenciar as formas morfologias dos plasmódios;

9- Citar as forma de prevenção da Malária.

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Ao final desta aula, você será capaz de:

1- Identificar as formas de transmissão da: toxoplasmose, giardíase e tricomoníase;

2- Diferenciar as formas infectantes do Toxoplasma gondii para o homem e para o animal;

3- Descrever o ciclo biológico do Toxoplasma gondii;

4- Citar as formas de prevenção da toxoplasmose,

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giardíase e tricomoníase;

5- Definir giardíase;

6- Identificar o agente etiológico da giardíase;

7- Descrever o ciclo biológico da tricomoníase.

Introdução

Nessa aula iremos conhecer três parasitos importantes sob diferentes pontos de vista.  O Toxoplasma gondii, que é muito importante quando infecta mulheres grávidas.  A toxoplasmose é uma zoonose de distribuição mundial. Ocorre em animais de estimação e produção incluindo suínos, caprinos, aves, animais silvestres, cães, gatos e a maioria dos vertebrados terrestres homeotérmicos (bovinos, suínos, cabras etc.). Acarreta abortos e nascimento de fetos malformados.

Já a Giardia lamblia causa a giardíase, uma das infecções parasitárias intestinais mais comuns em países em desenvolvimento. A Giardia está distribuída mundialmente. No Brasil sua prevalência varia de 4 a 30%, dependendo das condições socioeconômicas e de saneamento da população. É considerada como a principal causa de surtos de diarreia com origem na contaminação de água dos reservatórios.

E, falaremos também do Trichomonas vaginalis, que causa uma doença infecto-contagiosa do sistema gênito-urinário do homem e da mulher, sendo considerada uma doença sexualmente transmissível. A tricomonose é a doença sexualmente transmissível (DST) não-viral mais comum do mundo.

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Manifestações mais graves da doença.

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PATOGENIA E SINTOMATOLOGIA Geralmente a sintomatologia ocorre em crianças e raramente em adultos, provavelmente porque o parasito estimula certo grau de resistência. Multiplicandose intensamente, e é capaz de se multiplicar em cerca de 30 dias. Após essa multiplicação intensa, o parasito coloniza (como um tapete) a mucosa duodenal e jejunal (presos à mesma com auxílio de sua

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ventosa). Desta forma irá provocar irritação da mucosa, levando em consequência a enterite. Devido a esta ação mecânica e irritativa, as gorduras, as vitaminas lipossolúveis (A, D, E, K) e o ácido fólico não são bem absorvidos. A presença destes nutrientes em grande quantidade na luz intestinal, juntamente com a enterite, provoca o aumento do peristaltismo e diarreia gordurosa. Em consequência, o paciente entra em emagrecimento e avitaminose. Ao determinar a duodenite, caracteriza-se a sintomatologia pelo aparecimento de fenômenos dolorosos e epigástricos, simultaneamente a perturbações do tipo dispéptico. Os pacientes queixam-se de azia, náuseas e digestão difícil. As fezes diarreicas apresentam-se líquidas ou então moles, com consistência de mingau, muito fétidas, às vezes de coloração esverdeada. Outros fatores devem também influenciar na patogenia e sintomatologia da giardíase, entre eles, o processo inflamatório e as mudanças na arquitetura da mucosa. TRICOMONÍASE A Tricomoníase, tricomoniose ou tricomonose é uma doença sexualmente transmissível, causada pelo parasita protozoário unicelular Trichomonas vaginalis. Doença infecto-contagiosa do sistema gênito-urinário do homem e da mulher. No homem causa uma uretrite de manifestações em geral discretas (ardor e/ou prurido uretral e secreção brancacenta, amarelada ou amarelo esverdeada), podendo, eventualmente, ser ausentes em alguns e muito intensas em outros. É uma das principais causas de vaginite, vulvovaginite e cervicite (infecção do colo do útero) da mulher adulta, podendo, porém, cursar com pouca ou nenhuma manifestação clínica. Quando presente, manifesta-se na mulher como um corrimento vaginal amarelo esverdeado ou acinzentado, espumoso e com forte odor característico. MORFOLOGIA Morfologia do T. vaginalis Trofozoita AF=Flagelos anteriores RF= Membrana ondulante CO= Costa AX= Axonema HY= Hidrogenossomas PB= Filamento parabasal PG= Corpo parabasal N = Núcleo O T. vaginalis é uma célula polimófica (mais de uma forma), tanto no hospedeiro natural quanto em meios de cultura. Os espécimes vivos são elipsódes ou ovais e algumas vezes esféricos. Com ralação a forma, os tricomonanídeos só apresentam a forma de trofozoíto, não existindo, portanto, a forma cística. Na forma de trofozoíto, observa-se: Flagelos: 3 a 6 flagelos, que, além de servirem para locomoção, são importantes para captura de alimento, sendo que um dos flagelos se dirige para trás, formando uma típica membrana ondulante, quando se locomove. Periplasto: Membrana delicada que recobre o parasito. Complexo cinético do flagelo: Grânulo basal ou blefaroplasto (situado no citoplasma, do qual se origina o flagelo). Citoplasma: Rico em glicogênio, pode ter pequenos vacúolos, sendo capaz, em algumas espécies, de fagocitar bactérias e eritrócitos. Axóstilo: Em forma de fita, constituído pela justaposição de macrotúbulos e que se origina no blefaroplasto (grânulo basal). Costa: Estrutura em forma de bastonete, provavelmente de natureza esquelética. Citóstoma: Abertura situada na origem do flagelo. Núcleo: Relativamente grande. A movimentação dos flagelos atrai alimentação e a membrana ondulante produz movimento. Observe com atenção a figura: NUTRIÇÃO T.

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vaginalis adquire nutrientes através do transporte da membrana celular e fagocitose. A membrana ondulante auxilia neste processo. Bactérias, arqueas, e até mesmo partes da parede vaginal são consumidas. Enzimas quebram essas fontes de alimentos e convertem-nas em energia utilizável através da glicólise. HABITAT T. vaginalis não são organismos de vida livre. Eles precisam de um hospedeiro humano ou animal. T. vaginalis tem uma distribuição mundial. Nos homens, o organismo vive no trato urinário, mais comumente na uretra ou próstata, onde, como em mulheres, é encontrada no trato reprodutivo, normalmente na vagina, e pode sobreviver cerca de 24 horas na urina, sêmen ou água. REPRODUÇÃO E CICLO DE VIDA O protozoário ao atingir o novo hospedeiro, encontrando condições favoráveis, passa a multiplicar-se por divisões binárias sucessivas, colonizando-se. Reproduzse com mais intensidade na vagina com pH menos ácido (4,5 a 5), mas reproduzse também na uretra masculina. Os mecanismos de transmissão ainda não estão inteiramente conhecidos. Em primeiro lugar está a possibilidade da infecção por via sexual, pois o homem alberga frequentemente o parasito. A promiscuidade deve exercer papel importante na transmissão do flagelado de uma para outra mulher. O protozoário é resistente no meio externo em condições de umidade, conservando por algum tempo após sua expulsão do organismo, sua vitalidade e infecciosidade. Assim, roupas pessoais, roupas de cama, de clister ou artigos de toalete, assentos de privada, instrumentos ginecológicos, podem veicular o parasito. Admite-se ainda que as meninas se contaminem no momento do nascimento, de mães infectadas. O flagelado pode viver muitos anos no canal genital das meninas, em estado de vida latente, determinando o aparecimento de sintomas quando variam as condições fisiológicas da vagina infantil, como, por exemplo, modificação da flora, alterando o pH vaginal; observe a figura do ciclo biológico. Ciclo biológico do T. vaginalis PATOGENIA E PREVENÇÃO A tricomoníase costuma atingir mulheres entre 16 e 35 anos de idade e se manifesta, no sexo feminino, por: corrimento esbranquiçado espumoso, edema, prurido, queimação, escoriações, ulcerações e sangramento após relações sexuais. Já nos homens, a parasitíase geralmente é assintomática ou subclínica, o que justifica o fato da parasitíase ser mais diagnosticada em mulheres. A infecção por Trichomonas pode acarretar diversas doenças graves nas vias geniturinárias. As características clínicas do doente podem ser sugestivas da tricomoníase, sendo que na mulher esta parasitíase deve ser diferenciada das vaginoses bacteriana e fúngica. O uso de preservativos, o cuidado com os fômites (instrumentos ginecológicos, toalhas, roupas íntimas) e o tratamento do doente e de todos os seus parceiros são as formas de prevenção da tricomoníase. Só o tratamento medicamentoso adequado não garante a eliminação da doença, visto que mesmo após ter obtido a cura o paciente deve tomar os mesmos cuidados de quem nunca foi infectado, porque os medicamentos não impedem a reinfecção.

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ATIVIDADE PROPOSTA

Classicamente, o diagnóstico laboratorial da toxoplasmose tem se baseado na pesquisa de anticorpos contra o parasito. Conforme as características imunoquimícas destes anticorpos, diferentes marcadores sorológicos têm sido descritos para distinguir entre infecção latente, comum na população, e infecção recente ou toxoplasmose-doença. Outras respostas se esperam, também, da sorologia da toxoplasmose, como datar na gestante seu contágio pelo toxoplasma ou, no imunocomprometido, assinalar a reagudização de uma toxoplasmose latente.Por tais interrogações, a sorologia da toxoplasmose apresenta-se como uma das mais complexas, em contínua evolução, exigindo uma variedade de testes e grande experiência para a interpretação de seus resultados. Entretanto, a evidenciação do parasito, por isolamento a partir do material do paciente, ou pela demonstração do paciente, ou pela demonstração de seus componentes, como antígenos ou segmentos do DNA, é de alto valor diagnóstico, não definitivo do estágio da doença, e vem assumindo posição de destaque, especialmente no imunodeficiente.

Aula 4: Toxoplasmose, Giardíase e Tricomoníase

Assista aos vídeos:http://www.youtube.com/watch?v=Pu7cegZ4uR8http://www.youtube.com/watch?v=vP9AAEH3U6g&feature=related

Leia os artigos disponíveis na Biblioteca Virtual da disciplina

Toxoplasmose na Gravidez Toxoplasma gondii: Toxoplasmose, com ênfase no diagnóstico? Aspectos clínicos, patogênese e diagnóstico de Trichomonas vaginalis. Parasitoses intestinais: uma revisão sobre seus aspectos sociais,

epidemiológicos, clínicos e terapêuticos.

Nesta aula, você:

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Conheceu a importância da Toxoplasmose durante a gravidez; Aprendeu que a trichomoníase é uma parasitose considerada uma

DST; Atentou que o saneamento básico é de extrema importância para o

controle das parasitoses; Distinguiu os agentes etiológicos e as formas de transmissão da

toxoplasmose, da giardíase e da trichomoníase.

Ao final desta aula, você será capaz de:

1- Identificar as formas de transmissão da: Amebíase, Criptosporodiose e Isosporose;

2- Descrever os ciclos biológicos de: E. hystolitica; C. parvum e I. belli;

3- Citar as formas de prevenção da Amebíase, Criptosporodiose e Isosporose;

4- Reconhecer as formas morfológicas de: E. hystolitica; C. parvum e I. belli

Aula 5: Amebíase, Criptosporodiose e Isosporose

A amebíase é uma doença de distribuição geográfica mundial, com predominância nas

regiões tropicais e subdesenvolvidas, onde as condições de higiene e socioeconômicas são

Enquanto a criptosporidíase  é uma doença causada pelos  parasitas

Cryptosporidium parvum e C.hominis. São ingeridos com comidas ou água

Uma outra doença parasitária emergente é a isosporose, cujo agente etiológico é um coccídio que infecta humanos e alguns primatas.

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registrada pela primeira vez em 1915 pelo Dr. HM Woodcock, quando ele observou oocistos coccídios nas fezes da I Guerra Mundial nos soldados, no exterior.

tem sido estudada como o agente causal da doença Isosporíase intestinal.

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Aula 5: Amebíase, Criptosporodiose e Isosporose

Leia os artigos disponíveis na Biblioteca Virtual da disciplina.

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Nesta aula, você:

Verificou que a amebíase é uma doença comum e relacionada à falta de saneamento básico;

Aprendeu que a criptosporose e a isosporose são doenças emergentes e estão relacionadas à

baixa imunidade.

Ao final desta aula, você será capaz de:

1- Definir as características dos helmintos;

2- Identificar as formas evolutivas do Schistosoma mansoni;

3- Diferenciar as fases do ciclo biológico do S. mansoni;

4- Indicar as formas de prevenção da Esquistossomose.

Aula 6: Helmintos que parasitam o Homem, Esquistossomose

Introdução

Na aula de hoje, iniciaremos os estudos sobre os helmintos que parasitam o homem. Os

primeiros registros de doenças causadas por vermes parasitários, ou helmintos, se

encontram no papiro de Ebers, de 1500 a.C., em que se reconhecem descrições de tênias e

lombrigas. Helmintos ou vermes são animais metazoários, muitos dos quais parasitos que

vivem em várias partes do corpo humano. Os helmintos podem se classificar em três

grandes grupos: nematódeos, ou vermes cilíndricos; cestoides, ou vermes chatos; e

trematódeos providos de ventosas.

Os helmintos podem multiplicar-se dentro ou fora do corpo do hospedeiro. Isso depende do

ciclo vital específico de cada parasito. Os que parasitam o intestino do homem quase nunca

produzem por si sós a morte do hospedeiro.

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Ao final desta aula, você será capaz de:

1- Definir as características dos Cestoides parasitos do homem;

2- Identificar as formas evolutivas do Taenia solium e Taenia saginata

Taenia solium de Taenia saginata;

4- Entender teníase e cisticercose;

5- Indicar as formas de contaminação da teníase e da cisticercose;

6- Citar as formas de prevenção da teníase e da cisticercose.

Aula 7: Cestoides parasitos do homem, Taenia solium, Taenia saginata e cisticercose

Iniciaremos os estudos sobre os Cestoides parasitos do homem. Cestoda

é o nome dado a uma classe de parasitas platelmintos, comumente chamada

, do filo Platyhelminthes. Os seus membros vivem no

animais vertebrados como adultos, e muitas vezes nos corpos de vários

animais na forma jovem.  

parasitam seres humanos depois de ser consumida em carne (

Diphyllobothrium spp.), ou em alimentos preparados em más condições

Hymenolepis spp. ou Echinococcus spp.).

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Neurocisticercose: Atualização sobre uma antiga doença

Nesta aula, você:

Conheceu os cestódeos;

Atentou para as formas de transmissão da teníase e da cisticercose;

Aprendeu o ciclo biológico do Taenia spp;

Identificou qual o risco de ingerir carnes mal preparadas.

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Ao final desta aula, você será capaz de:

1- Definir acaridíase, enterobiose e estrongiloidíase;

2- Identificar as formas de transmissão da acaridíase, enterobiose e estrongiloidíase;

3- Diferenciar as formas infectantes da acaridíase, enterobiose e estrongiloidíase;

4- Descrever os ciclos evolutivos da acaridíase, enterobiose e estrongiloidíase;

5- Citar as formas de diagnóstico da acaridíase, enterobiose e estrongiloidíase.

Aula 8: Nematelmintos: Ascaris lumbricoides; Enterobius vermicularis e Strongyloides stercoralis

Os nematelmintos (do grego nematos: 'filamento', e helmin: 'vermes') são helmintos

caracterizados por possuírem, na idade adulta, corpo cilíndrico e delgado, com músculos de

orientação longitudinal e esôfago trirradiado. A maioria apresenta sexos separados, como

diferenças nítidas entre os sexos. De modo geral o macho é menor do que a fêmea da

mesma idade e sua extremidade posterior possui forma de gancho.

Possuem, também, dois nervos (dorsal e ventral) longitudinais que correm o corpo do

animal. Não há sistema circulatório ou respiratório. A respiração é anaeróbica. Os

nematódeos são envolvidos por uma fina e delicada película protetora, que é bem lisa e

resistente.

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Aula 8: Nematelmintos: Ascaris lumbricoides; Enterobius vermicularis e Strongyloides stercoralis

Gerenciamento da Estrongiloidíase

 

Nesta aula, você:

Tratou dos Nematódeos;

Deu-se conta de que existem várias espécies envolvidas em infecções humanas;

Verificou que a maioria dos Nematódeos não apresenta hospedeiro intermediário;

Atentou para as diferenças morfológicas entre os sexos desses vermes;

Aprendeu sobre as ações patológicas que podem causar nos humanos.

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Ao final desta aula, você será capaz de:

1- Definir as características dos agentes etiológicos da ancilostomíase, larva migrans visceral humana, larva migrans cutânea, filaríase linfática e da oncocercose;

2- Identificar as formas evolutivas da ancilostomíase, larva migrans visceral humana, larva migrans cutânea, filaríase linfática e da oncocercose;

3- Compreender as formas infectantesda ancislostomíase, larva migrans visceral humana, larva migrans cutânea, filaríase linfática e da oncocercose;

4- Indicar as formas de contaminação da ancilostomíase, larva migrans visceral humana, larva migrans cutânea, filaríase linfática e da oncocercose;

5- Citar as formas de prevenção daancilostomíase, larva migrans visceral humana, larva migrans cutânea, filaríase linfática e da oncocercose.

Aula 9: Ancilostomídeos: Ancylostoma sp.; Necator americanus; Toxocara canis e Ancylostoma caninum: a larva migrans (bicho geográfico); Trichuris trichiura; Wuchereria bancrofit e Oncocerca vulvulus

Nessa aula falaremos de mais alguns

importantes parasitos para os seres

humanos. Iniciando pelos

ancilostomídeos que, quando

parasitam no homem, podem causar

uma doença denominada

ancilostomíase ou ancilostomose,

que leva a quadros de anemia. 

As duas espécies de ancilostomídeos

importantes, que têm como

hospedeiro apenas o homem,

são: Ancylostoma

duodenale e Necator americanus.

Mas, também dentro dessa família,

ainda estudaremos outros parasitos

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importantes.

Depois passaremos para a

família Trichuridae, onde

estudaremos

o Trichuris trichiura, que é a espécie

que acomete o homem com grande

frequência em nosso meio.

E, para finalizar nossos estudos

sobre helmintos, veremos um pouco

sobre as filarias (família

Onchocercidae), parasitos

obrigatórios que podem causar

sérios danos.  Entre estes,

destacaremos as

espécies Wuchereria

bancrofit, agente da filaríase

linfática, também conhecida como

elefantíase e Oncocerca

vulvulus, que produz lesões

degenerativas da pela e pode causar

cegueira.

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Aula 9: Ancilostomídeos: Ancylostoma sp.; Necator americanus; Toxocara canis e Ancylostoma caninum: a larva migrans (bicho geográfico); Trichuris trichiura; Wuchereria bancrofit e Oncocerca vulvulus

Leia os artigos:

A Prevenção da Elefantíase em Áreas Endêmicas de Bancroftose: Realidade ou Utopia

Larva migrans visceral e cutânea como zoonose: revisão de literatura

 

Nesta aula, você:

Conheceu os agentes etiológicos da ancislostomíase, larva migrans visceral humana,

larva migrans cutânea, filaríase linfática e da oncocercose;

Atentou para as formas de transmissão da ancislostomíase, larva migrans visceral

humana, larva migrans cutânea, filaríase linfática e da oncocercose;

Aprendeu o ciclo biológico da ancislostomíase, larva migrans visceral humana, larva

migrans cutânea, filaríase linfática e da oncocercose;

Tomou conhecimento das formas de transmissão da ancilostomíase, larva migrans

visceral humana, larva migrans cutânea, filaríase linfática e da oncocercose.

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Ao final desta aula, você será capaz de:

1- Classificar os artrópodes parasitos e vetores de doenças;

2- Definir as características morfológicas dos artrópodes parasitos e vetores de doenças;

3- Definir as formas de transmissão dos artrópodes parasitos e vetores de doenças;

4- Indicar os aspectos clínicos e epidemiológicos dos artrópodes parasitos e vetores de doenças;

5- Citar as formas de prevenção e profilaxia dos artrópodes parasitos e vetores de doenças.

Na última aula da disciplina falaremos sobre os artrópodos parasitos e dos vetores de doenças.  Muitos deles vocês já conhecem e sabem sua participação na etiologia de várias doenças. Os artrópodos são invertebrados com apêndices articulados e um exoesqueleto de quitina.  Há muito se sabe que pode ser a causa direta ou indireta de doenças humanas.   Alternativamente, podem servir como vetores para transmissão de agentes infecciosos ou entrada do agente no hospedeiro humano.

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MOSQUITOS

Os mosquitos são de grande interesse para a parasitologia, uma vez que são os encontrados em maior número e os mais importantes insetos hematófagos entre todos os Arthropoda. Contudo, apenas as fêmeas são hematófagas.  São popularmente conhecidos como mosquitos, pernilongos, muriçocas etc.  Durante o hematofagismo, o inseto perturba o repouso do hospedeiro, espolia o sangue do mesmo e, mais grave ainda, pode transmitir doenças tais como viroses (febre amarela urbana e dengue  - Aedes aegypti e  febre amarela silvestre  - Haemagogus spegazzini), protozooses (malária – Anopheles darlingi), helmintoses ( filariose - Culex quinquefasciatus). Os principais gêneros transmissores de parasitoses são:

a) Anopheles: transmissor da malária no Brasil. Conhecido como mosquito prego. Tem como criadouro as águas limpas;

b) Culex: transmissor das filarioses.  Faz a postura de ovos em águas sujas;

c) Aedes: transmissor da dengue e da febre amarela (são viroses e não parasitoses).  O Aedes faz postura em águas limpas.

FLEBOTOMINEOS

São dípteros cujas fêmeas necessitam de sangue para o desenvolvimento de ovos e, por isso, são importantes na transmissão de agentes causadores de doenças tais como bartoneloses, arboviroses e leishmanioses à espécie humana e a diversos outros vertebrados. São gêneros de interesse médico (Rey, 1992):

a) Lutzomyia, que compreende a maioria das espécies e quase todas aquelas cujas fêmeas picam o homem. Neste gênero encontram-se todos os vetores de leishmanioses das Américas;

b) Phlebotomus, ao qual pertencem todas as espécies transmissoras das leishmanioses da África, da Europa e da Ásia. Com relação à morfologia, os flebotomíneos apresentam a cabeça pequena, de forma alongada e flexionadas fortemente para baixo. O aparelho bucal é do tipo picador sugador.

MOSCAS

As moscas são Dípteros de antenas curtas que formam a subordem Cyclorrapha (=Muscomorpha), têm papel importante na produção ou na transmissão de doenças.  Esta importância pode ser avaliada pelo fato de incluírem espécies como mosca doméstica, a mosca tsé-tsé transmissora da doença do sono, assim como várias espécies cujas larvas produzem miíases,

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tais como a mosca do berne (Dermatobia hominis) e as produtoras de “bicheiras”.

As moscas podem servir de transmissores de doenças a partir de duas formas principais. Transmissão mecânica: pode carregar nas patas milhões de microrganismos que, dependendo da quantidade, causam doenças. Exemplo de doenças transmitidas dessa forma: febre tifóide, a disenteria e até mesmo a cólera. A outra forma de transmissão é quando insetos hospedeiros de vírus, bactérias ou parasitas infectam as vítimas pela picada ou outros meios.  Por exemplo: doença do sono etc.

Dermatobia hominis e o berne: A Dermatobia ocorre em vários animais, principalmente bovinos, cães e homem.  

Os adultos de Dermatobia são pouco vistos, pois possuem uma vida curta (entre 5-20 dias) e vivem em ambientes florestais; as larvas denominadas de “berne”, “ura” ou “tósalo” é que são bem conhecidas. Para fazer suas desovas as fêmeas ficam à espreita de outros insetos, mosquitos ou moscas hematófagas de várias espécies.  Em voos rápidos, a mosca berneira captura um inseto hematófago e lhe deposita sobre o abdome de quinze a vinte ovos. Depois de uma semana, cada ovo tem uma larva no seu interior, a qual, toda vez que o inseto vetor pousar sobre o corpo de um grande mamífero, quando consegue agarrar-se ao animal, o inseto abandona o ovo.

A larva que consegue implantar-se com êxito na pele do novo hospedeiro perfura o epitélio ou abre passagem através da lesão deixada pelo inseto hematófago, e aprofunda-se até ficar com a extremidade posterior exposta para a superfície, de modo que possa continuar a respirar.   Enquanto, com a extremidade anterior mergulhada na derme, ele alimenta-se e cresce. O período larvário dura em média 60 dias. Aí abandona o hospedeiro e cai no chão. Enterra-se na terra fofa, transforma-se em pupa e permanece nesta fase entre 1 a 2 meses e meio e então abandona o pupário. Poucas horas depois, já está sexualmente ativo e a fêmea já estará em condições de ovipor.  Três dias após a primeira cópula, inicia-se a oviposição.

Patologia: Ao penetrar na pele, as larvas de D. hominis despertam sensação de picada ou prurido, mas podem passar despercebidas. Inicia-se no local uma reação inflamatória, ficando a pele avermelhada e elevada como um furúnculo.  Cada lesão corresponde a uma larva, podendo o paciente estar infestado por uma única ou por muitas larvas. Tratamento: Extração da larva. Contudo, existem casos que exigem intervenção cirúrgica.

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Miíases: A miíase consiste em larvas de moscas domésticas.  As larvas invadem os tecidos sadios ou necrosados ou as cavidades corporais, e produzem diferentes síndromes, dependendo da espécie de mosca. A miíase furuncular resulta de larvas da mosca Dermatobia hominis.  Nas Américas Central e do Sul, a fêmea adulta captura um mosquito ou outro inseto hematófago e deposita ovos no abdome do mesmo.  Quando o inseto portador faz hematofagia, os ovos são depositados na superfície da pele e eclodem, e as larvas penetram na pele.  Podem ser uma ou mais lesões e atingir qualquer área da pele, inclusive o couro cabeludo.

As pulgas pertencem à ordem Siphonaptera, que se refere a duas características bastante proeminentes do grupo de insetos desta ordem: ausência de asas e aparelho bucal do tipo picador-sugador. As pulgas apresentam também outros traços marcantes, que são: achatamento do corpo no sentido látero-lateral, escleritos bem quitinizados, segmentos (metâmeros) bem distintos e pernas adaptadas para o salto.

Quando adultos, são hematófagos, vivendo sobre o corpo de mamíferos ou aves. E, como outros insetos hematófagos, as pulgas estão envolvidas na transmissão de algumas doenças, particularmente na propagação da peste bubônica entre roedores e homens, causada pela bactéria Yersinia pestis. As pulgas são hospedeiros intermediários de Dypilidium caninum (parasito de cães e gatos), de Hymenolepis diminuta (que infestam roedores), podendo infectar acidentalmente o homem.

A grande maioria das pulgas adultas são organismos pequenos que medem de 1 a 3 mm de comprimento.   As fêmeas são pouco maiores que os machos. As pulgas vivem uma parte do tempo sobro o corpo dos animais de que se alimentam e, outra parte, em seus ninhos e lugares de permanência, onde se dá o desenvolvimento dos ovos, das larvas e das pupas. Nas pulgas tanto os machos quanto as fêmeas são hematófagos.

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Anopluros: piolhos

Anoplura é a ordem onde encontramos os insetos popularmente conhecidos como piolhos sugadores. Além do prurido intenso, esses insetos podem veicular a Rickettsia prowazeki (tifo exantemático), a Borrelia recurrentis (febre recorrente) e a Rochlimaea quintana (febre das trincheiras). A picada dos insetos provoca uma dermatite, causada pela reação de hipersensibilidade do hospedeiro à saliva injetada ao início da hematofagia.

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A grande coceira leva o paciente a arranhar a pele, abrindo porta de entrada para agentes patogênicos.  

A infestação por piolhos sugadores recebe o nome de pediculose: pediculose do couro cabeludo e pediculose do corpo. As três espécies que parasitam exclusivamente o homem são:

a) Pediculus capitis: encontrado na cabeça das pessoas. Seus ovos ficam cimentados na base dos cabelos; são as lêndeas.

b) Pediculus humanus: habita as partes cobertas do corpo e cola seus ovos às fibras das roupas.

c) Pthirus púbis: ou piolho-do-púbis, que é a espécie menor, com morfologia característica e com localização preferencial na região pubiana e perineal.

Todas as etapas do ciclo biológico dos piolhos (ovo, ninfa e adulto) desenvolvem-se sobre o corpo do hospedeiro.  Tanto as ninfas como os adultos alimentam-se de sangue.

Acesse a Biblioteca Virtual e veja tabela indicada pelo professor.

Fonte: http://www.ninha.bio.br/biologia/insetos.html

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