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Parasitologia Clínica – Filariose Linfática Professor MSc. Eduardo Arruda Escola Superior da Amazônia – ESAMAZ Curso Superior de Farmácia

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Parasitologia Clínica – Filariose Linfática

Professor MSc. Eduardo Arruda

Escola Superior da Amazônia – ESAMAZCurso Superior de Farmácia

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Introdução

Filariose Linfática: Wuchereria bancrofti, Brugia malayi e Brugia timori;

Endêmica: Clima Tropical e Sub-tropical;

Ásia, África e Américas; 1 Bilhão de pessoas em áreas de

risco;

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Introdução

120 milhões de parasitados (112 milhões: Wuchereria bancrofti);

Nas Américas: W.bancrofti; Elefantíase: Fase crônica; Hospedeiro vertebrado e

invertebrado.

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Morfologia

Verme Adulto Macho: 3,5 – 4,0 cm; Delgado e branco-leitoso; Extremidade posterior enrolada.

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Morfologia

Verme Adulto Fêmea: 7,0 – 10,0 cm; Delgado e branco- leitoso; Órgãos genitais duplos (exceto:

vagina).

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Morfologia

Microfilária (ou Embrião): 250 – 300 m; Membrana delicada (bainha flexível); A fêmea faz a postura de

microfilárias.

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Morfologia

Larvas: São encontradas no vetor; L1: 300 mm (microfilária > L1); L2: 2x maior (L1 > L2); L3: infectante (L2 > L3).

Culex

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Hábitat

Vermes adultos: Vasos e gânglios linfáticos (04 – 08 anos); Pélvica (pernas e escroto); Mamas e braços (raros).

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Periodicidade

Microfilárias no sangue periférico: período noturno (pico: meia- noite);

Durante o dia: capilares profundos (pulmões);

Motivo: não são claros (fatores químicos).

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Periodicidade

Microfilaremia periférica coincide com o horário do hematofagismo do vetor;

Culex quinquefasciatus (Say, 1823);

No Pacífico Sul e Sudeste da Ásia: vetor Aedes polynesiensis – hematofagia durante o dia).

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Ciclo Biológico – Hospedeiro Invertebrado Heteroxênico; Fêmea do Culex quinquefasciatus

> ingere microfilárias > estômago > tórax > músculo torácico > L1 > 6 – 10 dias > L2 > 10 – 15 dias > L3 (infectante) > Probóscida (aparelho picador);

Ciclo no hospedeiro invertebrado: 15 – 20 dias (vida: 30 dias);

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Ciclo Biológico – Hospedeiro Vertebrado

Fêmea do Culex quinquefasciatus > hematomagia > L3 escapa do lábio (não é inoculada) > penetra pela pele vasos linfáticos > vermes adultos > 07 – 08 meses > fêmeas grávidas produzem as microfilárias.

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Manifestações Clínicas

Vermes adultos no sistema linfático;

Resposta imune/inflamatória contra as microfilárias.

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Manifestações Clínicas

Assintomático; Manifestações agudas (linfangite:

inflamação nos vasos linfáticos); Manifestações crônicas (hidrocele:

líquido nos testículos, Elefantíase); Eosinofilia pulmonar tropical

(sintomas de asma).

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Patogenia

Ação Mecânica (vermes adultos nos vasos): Dilatação de vasos linfáticos; Derramamento linfático (edema,

ascite, linfocele).

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Patogenia

Ação Irritativa (vermes adultos e produtos do metabolismo > processo inflamatório);

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Patogenia

Fenômenos Imunológicos (Alergias): Eosinofilia pulmonar tropical (ept); Aumento de IgE e hipereosinofilia.

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Patogenia

Elefantíase: Crônico (>10 anos); Hanseníase, estafilococcia etc.; Inflamação + Fibrose crônica; Hipertrofia do tecido conjuntivo +

dilatação dos vasos linfáticos + edema; Infecções bacterianas ou fúngicas

secundárias agravam o quadro.

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Diagnóstico Clínico

Difícil; Sintomatologia causada por vários

agentes etiológicos.

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Diagnóstico Laboratorial

Pesquisa de microfilárias: Gota espessa: 20 – 100 L / punção

capilar digital / entre 22 – 24h; Giemsa; Prática, rápida e econômica; Pode estar ausente do sangue: urina

ou líquido da hidrocele.

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Diagnóstico Laboratorial

Pesquisa de Anticorpos: Área endêmica: não adequado; Reações cruzadas: outros helmintos.

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Diagnóstico Laboratorial

Pesquisa de Antígenos: Sangue colhido em qualquer horário; Identifica já no início da infecção (sem

microfilárias); Elisa; Imunocromatografia rápida.

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Diagnóstico Laboratorial

Pesquisa de DNA: PCR (Reação em Cadeia da

Polimerase); Sangue, urina e saliva.

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Diagnóstico Laboratorial

Pesquisa de vermes adultos: Ultra-sonografia; Vermes adultos em vasos linfáticos.

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Diagnóstico Laboratorial

Diagnóstico da infecção no vetor: Avaliar programas de eliminação da

doença; Dissecção dos mosquitos para

verificar larvas; PCR : identifica 1 larva em 100

mosquitos.

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Epidemiologia

112 milhões de infectados; 80 países; 1/3 Índia + 1/3 África + 1/3

Américas, ilhas do Pacífico etc.;

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Epidemiologia

Américas: Haiti, República Dominicana, Guiana e

Brasil; Brasil: 1º estudo 1950 / 1970: SUCAM

(Superintendência de Campanhas de Saúde Pública) combate ao vetor e tratamento dos infectados;

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Epidemiologia

Brasil: Recife (PE), Maceió (AL) e Belém (PA); Belém: positividade 9,8% 1951 /

4,3% 1962 / 0,01% 1993 / 0,0% 2003. Interrupção da transmissão em

Belém.

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Profilaxia e Controle

Tratamento das pessoas parasitadas;

Combate ao inseto vetor; Melhoria sanitária.

OMS: Até 2020 > eliminação da filariose linfática.

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Tratamento

Parasito: Citrato de Dietilcarbamazina (DEC):

6mg/Kg/dia, via oral, durante 12 dias; Desaparecimento das microfilárias nas

primeiras horas de tratamento. Ivermectina: 200/400g / Kg; OMS: Albendazol?

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Tratamento

Linfadema: Higiene local + antibiótico terapia para

evitar infecções oportunistas. Hidrocele e Quilocele:

Cirúrgico. Elefantíase (membros,escroto e

mama): Cirurgia plástica (resultado insatisfatório).