Parênquima, Colênquima, Esclerênquima
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Parênquima
• Integra o Sistema Fundamental do Corpo
do Vegetal
• Parênquima – do grego para, ao lado de,
+ enchein, vazar, derramar – que significa
‘esparramado ao lado de’
• Desenvolve-se a partir do Meristema
Fundamental no ápice caulinar e radicular,
no Corpo Primário da Planta
Parênquima
• Também podem se originar do Procâmbio
ou Câmbio, nos Tecidos Vasculares, e do
Felogênio na Casca
• Evolutivamente considerado um Tecido
Simples, por ocorrer em grupos vegetais
ou não (Algas), menos especializados,
acredita-se ter surgido em Algas
Charophyceae (com células interligadas
através de plamodesmos)
Parênquima
• Filogeneticamente, também precursor de
outros tecidos, fósseis evidenciam que
plantas primitivas eram parenquimáticas,
e possivelmente apresentavam as
mesmas características de Hepáticas e
Musgos atuais, nas quais o parênquima é
envolvido na fotossíntese
Parênquima
Constituição:
• Células vivas, considerado potencialmente
meristemático – conserva a capacidade
de divisão celular, mesmo após completa
diferenciação
• Por isso, é responsável pelos processos
de cicatrização, regeneração de lesões
mecânicas
Parênquima
Constituição:
• Em situações mais extremas, as células
parenquimáticas podem desenvolver
paredes secundárias lignificadas
Parênquima
Constituição:
• Células em geral isodiamétricas
• Paredes delgadas, compostas de
celulose, hemicelulose e substâncias
pécticas
• Tamanho e número de vacúolos
dependerá da função que as células
desempenham
Parênquima
Ocorrência:
• Distribuído em quase todos os órgãos da
planta
• Medula e no Córtex da Raiz e do Caule
• Periciclo
• Tecidos Vasculares
• Pecíolo e Mesófilo da Folha
Parênquima
Classificação:
• 03 tipos básicos de Parênquimas
– Preenchimento ou Fundamental
– Clorofiliano
– Reserva
Parênquima de Preenchimento ou
Fundamental
• Presente na região cortical e medular do
Caule, Raiz, Pecíolo e nas nervuras
salientes das Folhas
• Com células de formas variáveis –
poliédricas, cilíndricas ou esféricas
• Pode conter cloroplastos, amiloplastos,
cristais e várias substâncias secretadas,
como compostos fenólicos e mucilagem
Parênquima Clorofiliano
• Principal tecido fotossintetizante do corpo
do vegetal
• A forma e disposição que as células
apresentam é para favorecer e facilitar a
realização do processo fotossintético
• O vacúolo é grande, empurrando os
cloroplastos junto à parede, formando
uma camada uniforme na periferia
Parênquima Clorofiliano
Ocorrência:
• Principal – mesófilo
• Mas também em caules jovens, e outros
órgãos que eventualmente realizem
fotossíntese
Parênquima Clorofiliano
Principais Tipos:
• Parênquima Paliçádico – comum no
mesófilo, com um ou mais estratos
celulares, muitos cloroplastos e pouco
espaço intercelular
– Células mais compridas que largas
Parênquima Clorofiliano
Principais Tipos:
• Parênquima Lacunoso – mesófilo
• Células de formato irregular com
projeções laterais, conectadas às células
adjacentes, delimitando espaços
intercelulares com amplitude variada
• Também podem ser conectadas ao
parênquima paliçádico
Células de Transferência
• Células parenquimáticas com
invaginações na parede, ampliando a área
da membrana plasmática, o que facilitaria
o movimento de solutos a curtas
distâncias
Células de Transferência
• Ocorrem em associação com o Xilema e
Floema das nervuras pequenas ou de
menor calibre, e nos cotilédones
• Nas folhas de muitas Eudicotiledôneas
herbáceas
• Traços foliares dos nós (Eudicotiledôneas
e Monocotiledôneas)
Células de Transferência
• Em vários tecidos de estruturas de
reprodução – placenta, saco embrionário
e endosperma
• Estruturas glandulares – nectários,
glândulas de sal, glândulas de plantas
insetívoras e carnívoras
Parênquima de Reserva
• Principal função é armazenar substâncias
provenientes do metabolismo das plantas
• Distribuídos em vários órgãos: raiz,
rizomas, alguns tipos de folhas, em frutos
e sementes
• Em espécies que habitam ambientes
xéricos ou aquáticos, armazenando água
e ar respectivamente
Parênquima de Reserva
Classificação:
• Parênquima amilífero – grãos de amido
• Batata inglesa, batata doce e mandioca,
rizomas de várias espécies de
Monocotiledôneas e Eudicotiledôneas
Parênquima de Reserva
Classificação:
• Parênquima aerífero ou aerênquima –
armazena ar entre as células
• Grandes e numerosos espaços
intercelulares – LACUNAS – onde o ar é
acumulado
• Comum em plantas aquáticas
Parênquima de Reserva
Classificação:
• Parênquima aquífero – armazena água
• São células volumosas, com grande vacúolo e paredes finas (barras espessadas de celulose, lignificadas ou não), geralmente desprovidas de cloroplastos
• São ricas em mucilagem, aumentando a capacidade de reter água (hidrófila)
Parênquima de Reserva
Classificação:
• Parênquima aquífero
• Encontrado em folhas e caules de plantas
suculentas
• Folhas e raízes de plantas epífitas e
xerófitas
• Nos órgãos de espécies sujeitas a
estresse salino – Rhizophora mangle
Colênquima
• Derivado da palavra grega colla, que
significa cola ou substância glutinosa,
referindo-se ao espessamento fino e
brilhante característico das células do
colênquima
Colênquima
• Constituído de células vivas, origina-se no
meristema fundamental
• E a plasticidade da parede possibilita o
crescimento dos órgãos, sendo portanto,
um tecido de sustentação dos órgãos
jovens em crescimento
Colênquima
• Parede celular constituída de celulose,
grande quantidade de substâncias
pécticas e água (60% do peso é água)
• Também podem ser paredes espessadas
(irregular), com campos de pontoações
• Podendo conter cloroplastos (nº variado) e
diminuir nas células mais especializadas
Colênquima
• Ocorrem em órgãos ou regiões que ainda
estão sofrendo distensão
• Caules de plantas herbáceas
• Pecíolos das folhas
• Nas nervuras de maior porte
• No bordo das folhas
• Raízes aquáticas e aéreas
Colênquima
• Se dispõe em posição superficial, na
forma de cordões, ou constituindo um
cilindro contínuo nos diferentes órgãos da
planta:
• Abaixo da epiderme, no pecíolo e nas
nervuras, na periferia dos caules, no eixo
de inflorescências, nas peças florais,
frutos e raízes
Colênquima
• As células são tipicamente alongadas,
mas também podem se apresentar curtas
ou isodiamétricas
• Com o envelhecimento das células, o
padrão do espessamento pode ser
alterado e o lume fica arredondado
Colênquima
• Classificação é conforme o tipo de
espessamento da parede celular:
• Colênquima angular – espessamento na
seção longitudinal e nos ângulos, nos
pontos que se encontram três ou mais
células, e em seção transversal, os
ângulos das células assumem formato
triangular
Colênquima
Colênquima angular:
• Comum em caules e pecíolos de
Cucurbitaceae, Asteraceae
• Nos pecíolos de folhas de Nymphaea
Colênquima
• Colênquima lamelar, tangencial ou em
placas – espessamento em todas as
paredes tangenciais externas e internas
das células
• É pouco comum, ocorre em caules jovens
e pecíolos de Sambacus (sabugueiro),
Taraxacum (dente-de-leão), Rhamnus
Colênquima
• Colênquima lacunar – espessamentos nas
paredes que delimitam os espaços
intercelulares bem desenvolvidos. Ocorre
nos eixos das inflorescências de Dhalia e
nos pecíolos de espécies de Asteraceae
Colênquima
• Colênquima anelar ou anular –
espessamento uniforme, ficando o lume
celular circular em seção transversal
• Tipo frequente de colênquima observado
na nervura principal das folhas de
Eudicotiledôneas
Esclerênquima
• Dá resistência e sustenta as partes da
planta que não estão se alongando
• Assim como Parênquima e Colênquima
tem origem no meristema fundamental
• O termo do grego “skleros” = “duro”
• Parede secundária espessada e
comumente lignificada
Esclerênquima
• A lignina é um polímero complexo, de várias substâncias (especialmente fenólicas), característico deste tecido, chegando a atingir 18-35 % do seu peso seco
• A deposição das camadas de parede secundária vai reduzindo o lume celular e a formação dessa parede secundária acontece após a célula ter atingido o seu tamanho final
• Devido a lignina as paredes do esclerênquima apresentam vários tipos de pontoações
Esclerênquima
• Tecido de sustentação presente na
periferia ou nas camadas mais internas do
corpo primário ou secundário do vegetal
• Podem estar presentes nas raízes, caules,
folhas, eixos florais, pecíolos, frutos e nos
vários estratos das sementes
Esclerênquima
Fibras:
• São células muitas vezes mais longas que largas, com as extremidades afiladas, lume reduzido, devido à presença de paredes secundárias espessas, com variado grau de lignificação e poucas pontoações
• De alto valor comercial
Esclerênquima
Esclereídes:
• São células que se encontram isoladas ou
em grupos esparsos
• Possuem paredes secundárias espessas
• Muito lignificada
• Com numerosas pontoações simples, que
podem ser ramificadas ou não
Esclerênquima
Esclereídes:
• São classificadas pela sua morfologia: Braquiesclerídes ou Células pétreas,
Macroesclereídes, Osteoesclereídes,
Astroesclereídes, Tricoesclereídes
Esclerênquima
• Braquiesclerídes ou
Células pétreas: são
isodiamétricas, ocorre na
polpa de Pyrus (pêra) e no
marmelo, onde aparecem
em grupos entre as células
parenquimáticas
Esclerênquima
• Macroesclereídes:quando alongadas, colunares (ramificados ou não), como as esclereídes presentes no envoltório externo (testa) das sementes das leguminosas:
Pisum e Phaseolus
Esclerênquima
• Osteoesclereídes:
esclereídes alongadas,
com as extremidades
alargadas, lembrando a
forma de um osso, como
as esclereídes
observadas sob a
semente das
leguminosas
Esclerênquima
• Astroesclereídes: na
forma de uma estrela,
com as ramificações
partindo de um ponto
mais ou menos central,
como as das folhas de
Nymphaea sp.
Esclerênquima
• Tricoesclereídes:esclereídes alongadas, semelhante a tricomas, ramificados ou não, como nas raízes de Monstera deliciosa (banana de macaco) e nas folhas de Musa sp.