PARÓQUIA CATEDRAL DE SÃO CARLOS...

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PARÓQUIA CATEDRAL DE SÃO CARLOS BORROMEU Informativo Paroquial Ano I nº 003 Junho-Julho/2017 CATEDRAL DE SÃO CARLOS BORROMEU O D S I? expressão “doutrina social da Igreja” designa o conjunto Ade orientações da Igreja Católica para os temas sociais. Ela reúne os pronunciamentos do magistério católico sobre tudo que implica a presença do homem na sociedade e no contexto internacional. Trata-se de uma reflexão feita à luz da fé e da tradição eclesial. A função da doutrina social é o anúncio de uma visão global do homem e da humanidade e a denúncia do pecado de injustiça e de violência que, de vários modos, atravessa a sociedade. A “doutrina social da igreja” não é uma ideologia, nem se confunde com as várias doutrinas políticas construídas pelo homem ao longo da história. Ela poderá encontrar pontos de concordância com as diversas ideologias e doutrinas políticas quando estas buscam a verdade e a construção do bem comum, mas irá denunciá-las sempre que elas se afastarem destes ideais. São João Paulo II dizia “A doutrina social da Igreja situa-se no cruzamento da vida e da consciência cristã com as situações do mundo e exprime-se nos esforços que indivíduos, famílias, agentes culturais e sociais, políticos e homens de Estado realizam para lhe dar forma e aplicação na história” (Carta encicl. Centesimus annus, 59). Ela busca o desenvolvimento humano integral, que é “o desenvolvimento do homem todo e de todos os homens” (Paulo VI, Carta encicl. Populorum Progressio, 42; Bento XVI, Carta encicl. Caritas in veritate, 8). Ao anunciar o Evangelho à sociedade em seu ordenamento político, econômico, jurídico e cultural, a Igreja está atualizando, com fidelidade no curso da história, a mensagem de Jesus Cristo. Ela esta buscando colaborar na construção do bem comum, iluminando as relações sociais com a luz do Evangelho, obediente à missão que Jesus lhe confiou. A expressão “doutrina social” é usada pela primeira vez por Pio XI (Carta encicl. Quadragesimo anno, 1931) e designa o corpus doutrinal referente à sociedade desenvolvido na Igreja a partir da encíclica Rerum novarum (1891), de Leão XIII. Em 2004, foi publicado o Compêndio de Doutrina Social da Igreja, organizado pelo Pontifício Conselho Justiça e Paz, que apresenta, de forma sistemática, o conteúdo da doutrina social da Igreja produzido até aquela ocasião. A partir daí, este se tornou o documento de referên- cia obrigatório para quem deseja aprofundar-se neste campo. Considerado o primeiro grande documento da doutrina social da Igreja, a Rerum novarum aborda a questão operária no fim do século XIX. Leão XIII denuncia a penosa situação dos trabalhado- res das fábricas, afligidos pela miséria, num contexto profunda- mente transformado pela revolução industrial. Depois da Rerum novarum, apareceram diversas encíclicas e mensagens referentes aos problemas sociais. Com sua doutrina social, a Igreja não quer impor-se à socieda- de, mas sim fornecer critérios de discernimento para a orientação e formação das consciências. Nessa perspectiva, a doutrina social cumpre uma função de anúncio de uma visão global do homem e da humanidade, e também de denúncia do pecado de injustiça e de violência, que de vários modos, atravessa a sociedade (Compêndio da Doutrina Social da Igreja – CDSI –, 81). Não entra em aspectos técnicos nem se apresenta como uma terceira via para substituir sistemas políticos ou econômicos. Seu propósito é religioso, sendo matéria do campo da teologia moral. Sua finalidade é interpretar as realidades da existência do homem, examinando a sua conformidade com as linhas do ensinamento do Evangelho. É uma doutrina dirigida em especial a cada cristão que assume responsabilidades sociais, para que atue com justiça e caridade. Ou seja, visa a orientar o comportamento cristão. Por isso, a doutrina social implica “responsabilidades referen- tes à construção, à organização e ao funcionamento da sociedade: obrigações políticas, econômicas, administrativas, vale dizer, de natureza secular, que pertencem aos fiéis leigos, não aos sacerdotes e aos religiosos” (CDSI, 83). Os direitos humanos, o bem comum, a vida social, o desenvol- vimento, a justiça, a família, o trabalho, a economia, a política, a comunidade internacional, o meio ambiente, a paz. Todos esses são campos sobre os quais a Igreja dirige a sua reflexão no contexto da doutrina social. Todo homem é um ser aberto à relação com os outros na sociedade. Para assegurar o seu bem pessoal e familiar, cada pessoa é chamada a realizar-se plenamente, promovendo o desenvolvi- mento e o bem da própria sociedade. Assim, a pessoa é o centro do ensinamento social católico. Qualquer conteúdo da doutrina social encontra seu fundamento na dignidade da pessoa humana. Outros princípios básicos do ensinamento social são: o bem comum, a subsidiariedade e a solidariedade. Etapas do ensinamento social católico: De 1891 até hoje, a doutrina social da Igreja foi um ensinamento constante por parte de todos os papas. * Leão XIII (1878-1903), na Rerum Novarum (1891), denunci- ou as condições miseráveis em que vivia a classe operária, protago- nista da revolução industrial. * Pio XI (1922-1939), na Quadragesimo Anno (1931), amplia a doutrina social cristã. Aborda o difícil tema do totalitarismo, encarnado nos regimes fascista, comunista, socialista e nazista. * Pio XII (1939-1958), papa durante a guerra e o pós-guerra, focaliza a atenção nos “sinais dos tempos”. Ainda que não tenha publicado uma encíclica social (nada escreveu pois era proibido no tempo da guerra), em seus numerosos discursos (mensagens radiofônicas)há uma imensa variedade de ensinamentos políticos, jurídicos, sociais e econômicos. * João XXIII (1958-1963), na Mater et Magistra (1961) e na Pacen in Terris (1963), abre a doutrina social “a todos os homens de boa vontade” e, assim, a questão social se torna um tema universal que afeta e é responsabilidade de todos os homens e povos. * Com a Constituição pastoral Gaudium et spes (1965), o Concílio Vaticano II sublinha o rosto de uma Igreja realmente solidária com o gênero humano e sua história. Já na declaração Dignitatis humanae (1965), o Concílio enfatiza o direito à liberda- de religiosa. * Paulo VI (1963-1978), na Populorum Progressio (1967) e na Octogesima adveniens (1971), afirma que o desenvolvimento “é o novo nome da paz” entre os povos. Ele cria o Pontifício Conselho “Justiça e Paz”. * João Paulo II (1978-2005) compromete-se na difusão do ensinamento social em todos os continentes. Escreve três encícli- cas sociais: Laborem Exercens (1981), Sollicitudo Rei Socialis (1987) e Centesimus Annum (1991). Além disso, o Compêndio da Doutrina Social da Igreja (2004) leva a sua assinatura apostólica. * Bento XVI (2005), em sua encíclica social Caritas in veritate (2009), defende o desenvolvimento integral da pessoa, pautado caridade e na verdade. Pe. José Luis Beltrame Pároco

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PARÓQUIA

CATEDRAL DE SÃO CARLOS BORROMEUInformativo Paroquial Ano I nº 003 Junho-Julho/2017

CATEDRAL DE SÃO CARLOS BORROMEU

O ��� � � D������� S����� �� I�����? expressão “doutrina social da Igreja” designa o conjunto Ade orientações da Igreja Católica para os temas sociais.

Ela reúne os pronunciamentos do magistério católico sobre tudo que implica a presença do homem na sociedade e no contexto internacional. Trata-se de uma reflexão feita à luz da fé e da tradição eclesial.

A função da doutrina social é o anúncio de uma visão global do homem e da humanidade e a denúncia do pecado de injustiça e de violência que, de vários modos, atravessa a sociedade.

A “doutrina social da igreja” não é uma ideologia, nem se confunde com as várias doutrinas políticas construídas pelo homem ao longo da história. Ela poderá encontrar pontos de concordância com as diversas ideologias e doutrinas políticas quando estas buscam a verdade e a construção do bem comum, mas irá denunciá-las sempre que elas se afastarem destes ideais.

São João Paulo II dizia “A doutrina social da Igreja situa-se no cruzamento da vida e da consciência cristã com as situações do mundo e exprime-se nos esforços que indivíduos, famílias, agentes culturais e sociais, políticos e homens de Estado realizam para lhe dar forma e aplicação na história” (Carta encicl. Centesimus annus, 59).

Ela busca o desenvolvimento humano integral, que é “o desenvolvimento do homem todo e de todos os homens” (Paulo VI, Carta encicl. Populorum Progressio, 42; Bento XVI, Carta encicl. Caritas in veritate, 8).

Ao anunciar o Evangelho à sociedade em seu ordenamento político, econômico, jurídico e cultural, a Igreja está atualizando, com fidelidade no curso da história, a mensagem de Jesus Cristo. Ela esta buscando colaborar na construção do bem comum, iluminando as relações sociais com a luz do Evangelho, obediente à missão que Jesus lhe confiou.

A expressão “doutrina social” é usada pela primeira vez por Pio XI (Carta encicl. Quadragesimo anno, 1931) e designa o corpus doutrinal referente à sociedade desenvolvido na Igreja a partir da encíclica Rerum novarum (1891), de Leão XIII. Em 2004, foi publicado o Compêndio de Doutrina Social da Igreja, organizado pelo Pontifício Conselho Justiça e Paz, que apresenta, de forma sistemática, o conteúdo da doutrina social da Igreja produzido até aquela ocasião. A partir daí, este se tornou o documento de referên-cia obrigatório para quem deseja aprofundar-se neste campo.

Considerado o primeiro grande documento da doutrina social da Igreja, a Rerum novarum aborda a questão operária no fim do século XIX. Leão XIII denuncia a penosa situação dos trabalhado-res das fábricas, afligidos pela miséria, num contexto profunda-mente transformado pela revolução industrial. Depois da Rerum novarum, apareceram diversas encíclicas e mensagens referentes aos problemas sociais.

Com sua doutrina social, a Igreja não quer impor-se à socieda-de, mas sim fornecer critérios de discernimento para a orientação e formação das consciências. Nessa perspectiva, a doutrina social cumpre uma função de anúncio de uma visão global do homem e da humanidade, e também de denúncia do pecado de injustiça e de violência, que de vários modos, atravessa a sociedade (Compêndio da Doutrina Social da Igreja – CDSI –, 81). Não entra em aspectos técnicos nem se apresenta como uma terceira via para substituir sistemas políticos ou econômicos.

Seu propósito é religioso, sendo matéria do campo da teologia moral. Sua finalidade é interpretar as realidades da existência do homem, examinando a sua conformidade com as linhas do ensinamento do Evangelho. É uma doutrina dirigida em especial a

cada cristão que assume responsabilidades sociais, para que atue com justiça e caridade. Ou seja, visa a orientar o comportamento cristão.

Por isso, a doutrina social implica “responsabilidades referen-tes à construção, à organização e ao funcionamento da sociedade: obrigações políticas, econômicas, administrativas, vale dizer, de natureza secular, que pertencem aos fiéis leigos, não aos sacerdotes e aos religiosos” (CDSI, 83).

Os direitos humanos, o bem comum, a vida social, o desenvol-vimento, a justiça, a família, o trabalho, a economia, a política, a comunidade internacional, o meio ambiente, a paz. Todos esses são campos sobre os quais a Igreja dirige a sua reflexão no contexto da doutrina social.

Todo homem é um ser aberto à relação com os outros na sociedade. Para assegurar o seu bem pessoal e familiar, cada pessoa é chamada a realizar-se plenamente, promovendo o desenvolvi-mento e o bem da própria sociedade. Assim, a pessoa é o centro do ensinamento social católico. Qualquer conteúdo da doutrina social encontra seu fundamento na dignidade da pessoa humana. Outros princípios básicos do ensinamento social são: o bem comum, a subsidiariedade e a solidariedade.

Etapas do ensinamento social católico:De 1891 até hoje, a doutrina social da Igreja foi um ensinamento

constante por parte de todos os papas.* Leão XIII (1878-1903), na Rerum Novarum (1891), denunci-

ou as condições miseráveis em que vivia a classe operária, protago-nista da revolução industrial.

* Pio XI (1922-1939), na Quadragesimo Anno (1931), amplia a doutrina social cristã. Aborda o difícil tema do totalitarismo, encarnado nos regimes fascista, comunista, socialista e nazista.

* Pio XII (1939-1958), papa durante a guerra e o pós-guerra, focaliza a atenção nos “sinais dos tempos”. Ainda que não tenha publicado uma encíclica social (nada escreveu pois era proibido no tempo da guerra), em seus numerosos discursos (mensagens radiofônicas)há uma imensa variedade de ensinamentos políticos, jurídicos, sociais e econômicos.

* João XXIII (1958-1963), na Mater et Magistra (1961) e na Pacen in Terris (1963), abre a doutrina social “a todos os homens de boa vontade” e, assim, a questão social se torna um tema universal que afeta e é responsabilidade de todos os homens e povos.

* Com a Constituição pastoral Gaudium et spes (1965), o Concílio Vaticano II sublinha o rosto de uma Igreja realmente solidária com o gênero humano e sua história. Já na declaração Dignitatis humanae (1965), o Concílio enfatiza o direito à liberda-de religiosa.

* Paulo VI (1963-1978), na Populorum Progressio (1967) e na Octogesima adveniens (1971), afirma que o desenvolvimento “é o novo nome da paz” entre os povos. Ele cria o Pontifício Conselho “Justiça e Paz”.

* João Paulo II (1978-2005) compromete-se na difusão do ensinamento social em todos os continentes. Escreve três encícli-cas sociais: Laborem Exercens (1981), Sollicitudo Rei Socialis (1987) e Centesimus Annum (1991). Além disso, o Compêndio da Doutrina Social da Igreja (2004) leva a sua assinatura apostólica.

* Bento XVI (2005), em sua encíclica social Caritas in veritate (2009), defende o desenvolvimento integral da pessoa, pautado caridade e na verdade.

Pe. José Luis BeltramePároco

Formação

02 Informativo Paroquial junho/julho | 2017

próprios apóstolos, é algo de que somos herdeiros e pelo qual consequentemente devemos zelar.

“Porque eu recebi do Senhor o que também vos ensinei: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão; E, tendo dado graças, o partiu e disse: Tomai, comei; isto é o meu corpo que é partido por vós; fazei isto em memória de mim. Semelhantemente também, depois de cear, tomou o cálice, dizendo: Este cálice é o novo testamento no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que beberdes, em memória de mim. Porque todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice, anunciais a morte do Senhor, até que venha.” (ICor 11, 23-26)

Nossa reflexão ao aprofundar esses pressupostos quer nos levar a uma nova postura diante da Santa Missa ou dos ritos litúrgicos da Igreja. Mudança em primeiro Lugar no conhecimento, em seguida mudança no comportamento e por conseguinte, na forma como partici-pamos da Santa Missa. A Santa Missa é Sol maior de nossa vida. E por assim crer, percebemos qual o espírito que guia a Santa Missa e qual o espírito que deve guiar a forma que rezamos, que cremos, que nos colocamos diante de Deus na Santa Missa.

A Igreja Católica é guardiã do sacrifício Redentor de Cristo Jesus, Esta perpetuação e presentificação do

Se pudéssemos apontar algo que identifica o catolicismo em sua inteireza, esse algo seria a

Missa. A celebração da Santa Missa é, por assim dizer o ponto de união dos que creem bem como o ápice de toda a oração cristã. A liturgia da Igreja, isto é, o seu culto oficial, expressa pelos ritos e textos especificados em seus livros são instrumentos de santificação para todos os homens e a mais perfeita forma de louvor e adoração a Deus Pai todo-poderoso por meio do Filho Jesus Cristo, pela ação do Espírito Santo.

A Liturgia representa a vida espiritual da Igreja. Romano Guardini, grande teólogo, afirma que, “a liturgia não é senão a verdade rezada”. Ao participar da Santa Missa nós, como povo congre-gado, chamado e escolhido por Deus rezamos, vivenciamos, celebramos a Verdade do Mundo. “A verdade vos libertará” (Jo 8, 32), afirma S. João no seu evangelho e a verdade é somente uma, “Cristo morreu por nossos peca-dos, segundo as Escrituras, e que foi sepultado, e que ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras.” (ICor 15,3-4). Eis o que celebramos na Missa, eis a nossa Fé. A Missa não é uma reunião fraterna que acontece uma vez por semana, não é um teatro a ser apreciado, n ã o é u m r i t u a l u l t r a p a s s a d o . Infelizmente, por falta de conhecimento, de evangelização, muitos católicos desconhecem a profundidade, a espiritu-alidade e o que é na sua essência a Santa Missa.

A liturgia da Igreja é a mais bela e profunda expressão de adoração a Deus Uno e Trino, bem como o mais perfeito instrumento de comunicação entre Deus e os homens e vice-versa. A liturgia tem como fundamento a glorificação de Deus e a Santificação dos homens, Ela coloca-nos perante uma realidade que não nos pertence. A Liturgia Católica traz o céu a terra. A celebração litúrgica da Missa nos permite ter um contato vivo e real com o Cordeiro de Deus que morreu para

1nos salvar . Caminhando nesse sentido, iremos perceber e conhecer como os sinais, símbolos utilizados pela liturgia, contém fundamentação bíblica. A liturgia da Igreja além de possuir um patrimônio cultural secular que nos revela que a Fé não é algo fabricado por uma época, mas é algo que herdamos dos

sacrifício salvífico de Jesus se dá na Santa Missa. Jesus tomou a ceia pascal judaica para ser o momento de antecipar a sua páscoa, mas a páscoa de Jesus nada tem a ver com a páscoa dos judeus. Esta nova celebração vai perpetuar a graça salvífica de Deus que, agora, começa a ser derramada em profusão na história,

2através dos portões da última Ceia . A liturgia da Igreja, e em particular a Santa Missa revela a nós, seres mortais presos à matéria, a glória de Deus. De maneira palpável, na liturgia, podemos sentir a presença de Deus que fala e age no meio de seu Povo.

Cada parte da Santa Missa é rica em teológia, em espiritualidade. Os católi-cos do século XXI, os católicos da era da tecnologia, da informação imediata, do Google, do facebook, do WhatsApp, etc, são devedores de uma renovação espiritual, ou seja, são devedores de conhecer mais a história da Igreja, de conhecer a doutrina da Igreja, de conhe-cer o patrimônio litúrgico e, conhecendo-o ajudar a outros a conhecerem e a se apaixonarem pela Igreja, que lhes deu a Fé e lhes revelou Cristo, Senhor de nossas vidas.

E assim, vivenciando com piedade e consciência os sagrados mistérios que são vividos na Santa Missa, tendo sempre presente a intima relação entre a Missa e o Calvário.

Padre Kécio Henrique FeitosaVigário Paroquial

A S���� M����, I P����

1 HAHN, Scott, e Regis (org). A Sagrada Escritura no mistério da Santa Missa. Palavra e Prece: São Paulo, 2008.2 Idem.

Santa Missa diária Segunda a Sexta 7hSegunda, Terça, Quinta e Sexta 12hQuarta 15h (Missa e Novena a Nossa

Senhora do Perpétuo Socorro)Sábado 16h30Domingo 7h, 10h, 17h, 19h30

AtendimentosTerça-feira (Atendimentos, confis-

sões, direção Espiritual – Agendados!) Quarta-feira a Sábado 10h às 11:30Quinta-feira 19h30 às 21h

Confissão ou Direção Espiritual ?Muitos católicos fazem confusão na

hora de buscar o sacramento da confissão ou Reconciliação, confundindo-o com uma Direção Espiritual. O sacramento da Reconciliação ou confissão é o ato voluntário do cristão que se coloca diante do sacerdote para a acusação de seus pecados. Não é momento de contar a história do pecado, muito menos contar o que os outros fazem, nem pedir conse-lhos para assuntos diversos. Para a realização perfeita deste sacramento, é necessár io em pr imeiro lugar a CONTRIÇÃO, ou seja, a consciência do pecado cometido. Depois vem a

CONFISSÃO dos pecados. Na confis-são, deve-se enumerar todos os pecados mortais de que têm consciência. Por fim, a PENITÊNCIA, corresponde, quanto possível, à gravidade e natureza dos pecados cometidos.

A direção Espiritual é um momento de partilha de vida com um sacerdote que deve conduzir toda a vida espiritual, levando-nos ao bom caminho de virtudes e ao crescimento na fé cristã.

Pastoral do Dízimo

O dízimo pertence ao Senhor. Devemos separá-lo primeiro após cada remuneração por

nossos trabalhos e entregá-lo na Igreja Católica a qual participamos. A contribu-ição é voluntária e individual. Nem todas as contribuições que entregamos para a Igreja podem ser consideradas como Dízimo, por duas razões: primeiro, para ser Dízimo a entrega deve ser frequente, segundo, não basta entregar o Dízimo, temos que frequentar e participar da comunidade. Muitos católicos estão enviando doações para entidades e comunidades que ficam distantes de suas casas. Eles precisam de ajuda, pois fazem um trabalho de evangelização de grande alcance, sobretudo os canais de televi-são. Mas, o que enviamos para esses locais é contribuição, não Dízimo. O Dízimo não é filantropia com a Igreja, porque entregamos o que já pertence a Deus. O que fica conosco é partilha de Deus, Criador da vida. Se não soubermos diferenciar um do outro, falaremos sobre

o Dízimo como se estivéssemos pedindo contribuição e, então, algumas pessoas podem reclamar que a Igreja pede demais. Participar do Dízimo ajuda os membros da nossa comunidade a reconhecer melhor a proteção do Senhor em sua vida.

Sua comunidade tem uma grande riqueza! Você sabe qual é? Responda no mês que vem!

A Catedral de São Carlos Borromeu, está contando com 142 dizimistas ativos, que juntos, neste ano de 2017, colabora-ram para as arrecadações seguintes: janeiro: R$ 4.983,00; fevereiro: R$ 6.222,00; março: R$ 9.857,00 e abril: R$ 8.427,00.

Com essa arrecadação a Catedral coloca em prática as dimensões do Dízimo. Entre elas, está a dimensão social e da evangelização. Um exemplo é o apoio para a Pastoral da Comunicação (Pascom) que mantém o Informativo e o site da Catedral.

junho/julho | 2017 Informativo Paroquial 05

Antônio Serra Pascom Catedral

“Porque

onde está

o teu tesouro,

lá também

está teu

coração." (Mt 6,21)

O D����� � ����...

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esta edição do informativo, gostaria de Nfalar um pouco sobre o Espírito Santo, bem como do grande acontecimento na

vida da Igreja, que é o Pentecostes. Iremos refletir um pouco sobre os ensinamentos da Igreja sobre a terceira pessoa da Santíssima Trindade, o Santo Espírito, bem como do grande acontecimento de Pentecostes na vida dos primeiros cristãos. Mas, falar tudo isso pode gerar em você um questionamento sobre quais as implicações que, na vida cotidiana e cristã, essas duas realidades possuem. Toda doutrina ou ensinamento possui uma ação direta na nossa vida, cabe-nos meditar e trazer pro dia-a-dia aquilo que cremos.

“Crer naquilo que se vive e viver o que se crê!!”Ao falarmos sobre o Espírito Santo, devemos ter

por base a Sagrada Escritura. É nela que percebemos a existência do Espírito bem como de sua ação. O termo "Espírito" traduz o termo hebraico "Ruah", o qual em seu sentido primeiro significa sopro, ar, vento. “O Espírito de Deus se movia sobre a face das águas”, (Gn 1, 2) eis aí uma primeira indicação sobre a existência do Espírito Santo. João Batista já profetizava, no seu tempo, a chegada do Messias e a ação do Espírito na vida dos que creem, “Eu vos batizei com água; ele, porém, vos batizará com o Espírito Santo" (Mc 1,8). Não podemos tirar da mente essa verdade de Fé, somos batizamos com Espírito porque o Espírito é o doador dos Dons, Ele é aquele que faz tudo, Ele que conduziu Jesus em seu ministério, “então foi conduzido Jesus pelo Espírito ao deserto” (Mt 4,1). Nesse tempo pascal, nós ouvíamos o evangelho de S. João onde ele destaca a importância do “Espírito da Verdade” (Jo 14, 17; 15, 26; 16, 12), o Defensor, o Paráclito.

A própria Virgem Maria é a prefiguração de toda a Igreja. “O Espírito Santo preparou Maria com sua graça. Convinha que fosse "cheia de graça" a mãe daquele em quem "habita corporalmente a Plenitude da Divindade" (Cl 2,9). É pelo Espírito Santo que a Virgem concebe e dá à luz o Filho de Deus. Finalmente, por Maria, o Espírito Santo começa a pôr em Comunhão com Cristo os homens. Nela começam a manifestar-se as "maravilhas de Deus" que o Espírito vai realizar em Cristo e na Igreja.” (CIC 721 – 725).

O Pentecostes. A origem dessa palavra significa “o quinquagésimo dia depois da Páscoa”. A origem dessa festa está na memória do dia em que Moisés recebeu de Deus as Tábuas da Lei, mas, para nós cristãos é a Festa da descida do Espírito Santo sobre os apóstolos, 50 dias depois da Páscoa. O Catecismo da Igreja Católica diz que: “No dia de Pentecostes, a Páscoa de Cristo completou-se com a efusão do Espírito Santo, que se manifestou, se deu e se comunicou como Pessoa divina” (CIC, nº 731).

No Livro dos Atos dos apóstolos, capítulo 2

encontramos a belíssima narrativa desse grande acontecimento. “Chegando o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos num só lugar [...]. Todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar noutras línguas” (At 2, 1-4). Mas nos evange-lhos encontramos relados dessa efusão do Espírito Santo de maneira particular aos discípulos recebem o Espírito Santo para anunciar, curar, exorcizar, para perdoar pecados. “E, havendo dito isto, assoprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo: aqueles a quem perdoardes os pecados lhes são perdoados; e àqueles a quem os retiverdes lhes são retidos” (Jo 20,22-23). E assim assumem uma grande missão: “e sereis testemunhas” (At 1,8).

Ao refletir tudo isso podemos perceber a necessidade e a importância do Espírito Santo na vida da Igreja e na nossa vida. Infelizmente somos guiados por homens que não se abrem a graça do Espírito de Deus, vivemos numa sociedade marcada pelo espírito do mundo, espírito da mentira, espírito de morte e destruição. E aí cabe uma reflexão: qual espírito tem habitado nosso coração? Será que nossa vida de fé é guiada pelo Espírito da Verdade? O Espírito Santo deve ser o condutor de nossa vida, aquele que é invocado para nossos momentos de oração, para nossa leitura diária da Sagrada Escritura, para as tomadas de decisões, enfim. Ao ver a presença e a força do Santo Espírito ao longo da história precisamos reeducar nossa fé e o modo que a vive-mos. Rezemos diariamente está belíssima oração:

Oh vinde, Espírito Criador,as nossas almas visitaie enchei os nossos corações com vossos dons celestiais.

Sois doador dos sete dons,e sois poder na mão do Pai, por ele prometido a nós,por nós seus feitos proclamais.

A nossa mente iluminai,os corações enchei de amor, nossa fraqueza encorajai,qual força eterna e protetor.

Nosso inimigo repeli,e concedei-nos vossa paz;se pela graça nos guiais,o mal deixamos para trás.

Ao Pai e ao Filho Salvadorpor vós possamos conhecer. Que procedeis do seu amorfazei-nos sempre firmes crer.*

*Hino das I Vésperas da Solenidade de Pentecostes.

04 Informativo Paroquial junho/julho | 2017

Pentecostes

Padre Kécio Henrique FeitosaVigário Paroquial

O E������� S���� � � V��� C�����

“Crer

naquilo

que se

vive

e viver

o que se

crer!”

Maria José Vieira Rothen

Vicentinos

Foto: João Sganzela

junho/julho | 2017 Informativo Paroquial 03

1) O que é a Sociedade São Vicente de Paulo?"O Amor é Missão! Não se trata somente de amor a Deus,

mas também do amor ao próximo, por amor a Deus" (São Vicente de Paulo)

A Sociedade São Vicente de Paulo (SSVP) é uma organiza-ção católica de leigos dedicada ao trabalho cristão de Caridade. Foi criada em 23 de abril de 1833, em Paris, na França, por um grupo de 6 jovens universitários católicos e um senhor mais velho, com o objetivo de aliviar o sofrimento das pessoas vulneráveis e fortalecer a fé de seus membros e das pessoas que se encontram às margens da sociedade. Atualmente a SSVP está presente em mais de 150 países.

No Brasil, a instituição foi fundada em 1872. O Brasil é o maior país vicentino com aproximadamente 153 mil membros, também conhecidos como confrades (homens) e consocias (mulheres), conhecidos como "vicentinos".

A Sociedade São Vicente de Paulo mantém creches, escolas projetos sociais, lares de idosos e contato semanal com cerca de 74 mil famílias em necessidades básicas.

A SSVP é um movimento de pessoas de boa vontade, dispostas a aliviar a miséria e a promover a dignidade das pessoas desfavorecidas. A SSVP sempre dependeu do ingresso de homens e mulheres, dispostos a doar seu tempo, suas ideias e seus dons a fim de alcançar esses objetivos.

São Vicente de Paulo é o patrono da SSVP, nasceu na cidade de Pouy, na França, aos 24 de abril de 1581. Entrou para o seminário e foi ordenado padre com apenas 19 anos de idade. Dedicou sua vida ao trabalho com os pobres e, por isso, Antônio Frederico Ozanam o escolheu como patrono da SSVP. São Vicente de Paulo é considerado o "Pai dos Pobres".

2) O que é uma conferência vicentina e qual o trabalho por ela desenvolvida?

Os vicentinos são organizados em Conferências: grupos que se reúnem em paróquias, escolas, residências, e têm como objetivo organizar o serviço prestado por seus membros às famílias necessitadas. Existem hoje cerca de 20 mil Conferências no Brasil.

Além de atuar em situações emergenciais, levando alimen-tos, roupas e remédios para os necessitados, a Sociedade São Vicente de Paulo procura encontrar formas de promoção das pessoas, devolvendo-lhes a dignidade de Filhos de Deus, através de projetos que oferecem, cursos de formação e aperfeiçoamento para vida profissional.

3) Quantas conferências temos na Catedral? Onde e quando os membros se reúnem?

A Conferência de São Carlos Borromeu, em sua 1º seção,

teve sua Fundação em 19/08/1894 no Consistório da Igreja Matriz da, então, franchia de São Carlos do Pinhal. Em 28/01/1999, não tendo como evitar a situação de insolvência da conferência, na época o presidente do Conselho Central de São Carlos Resolveu "suspender provisoriamente as atividades da conferência, para que em melhor oportunidade seja reativada atingindo assim os objetivos desta que é a mais antiga Conferência desta região".

Passados 14 anos, em 21/04/2013, a Sociedade de São Vicente de Paulo celebra o Jubileu de 200 anos de Antonio Frederico Ozanam, seu fundador. A celebração foi na Catedral Diocesana de São Carlos, presidida pelo padre José Luis Beltrame, com a participação de todos os 14 Conselhos Centrais de sua área de atuação. Durante a celebração, o padre José Luis expõe que gostaria que na área da Catedral, fosse fundada uma conferência vicentina. No dia 17/05/2013 ocorreu a reunião de reativação da conferência São Carlos Borromeu.

Hoje, na Catedral, encontram-se duas conferências que se reúnem na Cripta:

- Conferência São Carlos Borromeu, reunindo-se às primeiras e terceiras quintas feiras do mês às 20h

- Conferência Santa Rita, reunindo-se às primeiras e terceiras segundas feiras do mês às 20h

Todo primeiro fim de semana de cada mês, no final das missas, são distribuídos folhetos com pedidos de alimentos e produtos de higiene e de limpeza. As doações são recolhidas durante as missas no segundo final de semana de cada mês, separadas, embaladas e entregue às famílias assistidas.

As duas conferências atendem 10 famílias, num total de 36 pessoas, sendo 19 crianças. São famílias carentes que habitam os bairros periféricos da cidade (Sta Maria 2, Joquey Clube, Zavaglia, Aracy e Antenor Garcia)

6) Como é possível ajudar a Sociedade São Vicente de Paulo?

Existem diversas formas de fazer parte desta rede de Caridade. É possível se tornar um voluntário ou ser um benfei-tor da Sociedade São Vicente de Paulo. Para ser um voluntário vicentino, é preciso frequentar as reuniões das Conferências. Para isso, basta procurar uma das conferências e comparecer à reunião. Aos poucos, você irá conhecer a dinâmica da atuação social e a organização que garante um bom atendimento às pessoas beneficiadas. Nesse momento você será considerado um aspirante e, à medida que for caminhando no trabalho da Caridade, poderá ser considerado um vicentino. E será muito bem-vindo!

Outra forma de ajudar a SSVP é sendo um colaborador afetivo e efetivo da instituição. Se você quer fazer o bem às pessoas atendidas pelas Conferências pode realizar doações diretamente para qualquer grupo vicentino, que se localiza nas paróquias ou nas sedes locais da Sociedade de São Vicente de Paulo. As doações podem ser: roupas, calçados, alimentos, móveis, cadeiras de rodas, muletas, brinquedos, itens de higiene pessoal e de limpeza ou contribuições financeiras.

Na SSVP temos um lema: “aqui nada se perde, tudo se destina”. e uma experiência "AJUDAR O PRÓXIMO FAZ BEM!"

Louvado Seja Nosso Senhor Jesus Cristo!

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21 de julho, sexta-feiraOração das mil Ave-Marias Cripta da

Catedral, às 13h.

28 de julho, sexta-feiraMissa das bênçãos com o Padre José

Antonio de Dourado, às 19h30.

29 de julho, SábadoEncontro de Formação para Todos os

Catequistas da Catedral, às 14h.

Vem aí em agosto:

12 de agosto, SábadoShow de Prêmios em comemoração ao

"Dia dos Pais", às 19h30,no Salão da Catedral. Adquirindo as Cartelas principais a R$ 10,00 você concorre aos seguintes

prêmios: 1ª rodada: um presente especial, 2ª rodada: R$250,00, 3ª rodada: R$ 250,00 e 4ª rodada R$ 500,00. Teremos completo serviço de bar.

Cartelas a venda na secretaria e com os agentes de pastoral.

ExpedienteO Informativo Paroquial “Paróquia

Catedral de São Carlos Borromeu” é editado pela Pastoral da Comunicação da Catedral São Carlos Borromeu.

Mitra Diocesana de São Carlos, Paróquia Catedral de São Carlos Borromeu

CNPJ: 45.356.292/0060-98Praça Dom José Marcondes Homem

de Mello, s/nº - CentroTel: (16) 3371-2277 [email protected]

Pároco: Padre José Luis BeltrameVigário Paroquial: Pe. Kécio

Henrique FeitosaCorreção Ortográfica: Maria de

Lourders MalerbaDiagramação: Elton EscobarImpressão: Gráfica MetaTiragem 1200 exemplares

AGENDA

conteceu durante todos os finais Ade semana do mês de junho e no primeiro fim de semana de julho, o já tradicional “Sertanejão da Catedral”. Neste ano tivemos a sua oitava edição, com a participação aproximada de mil e

CATEDRAL EM FESTAduzentas pessoas por noite de evento.

Agradecemos de uma maneira especial a todos os fiéis de nossa comunidade que se empenharam na realização deste evento. Só conseguimos alcançar o sucesso esperado, graças a

dedicação e carinho que cada voluntário teve para com a nossa causa. A todos os que ajudaram o nosso muito obrigado, que Deus continue sempre a abençoar cada um de vocês.

Milena Cochemore

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