PARÓQUIA DE NOSSA SENHORA DA ASSUNÇÃO TERÁ QUE … · é um espaço aberto a visitações e nos...

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Informativo oficial da Associação de Arquitetos e Engenheiros da Região dos Lagos - Edição nº 25 - Março / Abril de 2011 ASAERLA informe ART ON LINE Marque Associação de Arquitetos e Engenheiros da Região dos Lagos PÁGINAS 18 E 19 ENTREVISTA PÁGINA 17 PROFISSÃO O secretário de Desenvolvimento da Cidade, Gustavo Beranger, fala sobre a demora na liberação dos processos e explica o que está sendo feito para reverter o problema. Porque a Engenharia de Petróleo atrai tantos jovens universitários? Como anda o mercado de trabalho para os profissionais da área? PARÓQUIA DE NOSSA SENHORA DA ASSUNÇÃO TERÁ QUE RECUPERAR PRÉDIO HISTÓRICO DEMOLIDO IRREGULARMENTE reportagem nas páginas 10 e 11

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Informativo oficial da Associação de Arquitetos e Engenheiros da Região dos Lagos - Edição nº 25 - Março / Abril de 2011

AsAerlAinforme

arton line

Marque Associação de Arquitetos e Engenheiros da Região dos Lagos PÁGINAS 18 E 19

ENTREVISTA

PÁGINA 17

PROFISSÃOO secretário de Desenvolvimento da Cidade, Gustavo Beranger, fala sobre a demora na liberação dos processos e explica o que está sendo feito para reverter o problema.

Porque a Engenharia de Petróleo atrai tantos jovens universitários? Como anda o mercado de trabalho para os profissionais da área?

PARÓQUIA DE NOSSA SENHORA DA ASSUNÇÃO TERÁ QUE RECUPERAR PRÉDIO HISTÓRICO DEMOLIDO IRREGULARMENTE

reportagem nas páginas 10 e 11

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Março / Abril 2011 Informe AsAerlA 03

NOVIDADES

O presidente da ASAERLA, Humberto Sanchez Quintanilha; o vice-presidente, José Deguchi Júnior e o diretor de publica-ções Luiz Carlos da Cunha Silveira, se reu-niram no dia 2 de março, com o chefe do IPHAN na Região dos Lagos, Ivo Barreto; com o gerente comercial da Prolagos, Pedro Alves e a assessora de imprensa da empresa, Adriana Pereira, na nova sede do IPHAN, em São Pedro da Aldeia, para discutir meios de recuperação para a Fonte do Itajurú, um dos principais cartões postais de Cabo Frio. Construída em 1847, por ordem de D. Pedro II, durante anos, a fonte supriu a defi-ciência de água potável na região, tornando possível a colonização de Cabo Frio. Hoje, é um espaço aberto a visitações e nos seus jardins encontram-se árvores nativas como o pau-brasil e a guabiroba, mas o espaço precisa de melhorias. Sua última restaura-ção aconteceu em 1979. Em outubro do ano passado, durante reu-nião na sede na Prolagos, o gerente comer-cial da empresa, Pedro Alves, disse que co-nhecia o Boletim Informativo da ASAERLA e que, uma reportagem especial sobre a Fonte do Itajurú, teria chamado a sua aten-ção. Segundo Pedro Alves existe uma forte ligação entre a Prolagos e a Fonte do Itajurú e, por isso, a empresa deveria ajudar na re-

cuperação deste importante patrimônio. - Diante deste interesse da Prolagos, o diretor comercial da empresa, solicitou que a diretoria da ASAERLA conduzisse o processo para tentar viabilizá-lo. A partir deste momento fizemos o contato com o IPHAN, explicou Humberto Quintanilha. O IPHAN já possui um termo de refe-rência para a elaboração de um projeto para implantação da obra de paisagismo e restauração. - Ano passado tivemos o recurso libe-rado para obras na Fonte do Itajurú, dentro do programa de cidades históricas, mas não houve empresa interessada em realizar o trabalho, disse Ivo Barreto. A Prolagos se comprometeu a estudar a viabilidade de um projeto que pode ser implantado ainda este ano. - A água faz parte do contexto históri-co, ambiental e cultural. Desenvolvemos um programa de educação ambiental e percebemos a dificuldade que as pessoas têm em conhecer de onde vem a nossa água. Quem sabe, não alinhavamos um programa de educação ambiental, inclu-sive com a construção de um Centro de Memória, disse o gerente comercial da Prolagos.

aSaErLa estreita parceria entre IPHaN e PrOLaGOS para a recuperação da Fonte do Itajurú

O grupo de trabalho durante reunião na sede do IPHAN

Fonte do Itajurú, em Cabo Frio, monumento a ser recuperado e transformado em Centro de Memória da Água

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Março / Abril 2011Informe AsAerlA04

Rua Nilo Peçanha, 73 Sl. 05 (CREA)Centro - Cabo Frio - RJ

Tel: (22) 2645-6524e-mail: [email protected]

www.asaerla.com.br

EXPEDIENTEConselho Diretor biênio

2011-2012

PRESIDENTE:engº Humberto Sanchez Quintanilha

VICE-PRESIDENTE:engº José Deguchi Júnior

DIRETOR SECRETÁRIO:engº luis Sérgio dos Santos Souza

DIRETOR TESOUREIRO:engº Raimundo neves nogueira(Dokinha)

DIRETOR TÉCNICO:engº Marco Aurélio dos Santos Abreu

DIRETOR SOCIAL:engº Milton José Furtado lima

DIRETOR DE MEIO-AMBIENTE:engº Juarez Marques lopes

DIRETOR DE RELAÇÕESINSTITUCIONAIS:engº Ricardo Valentim Azevedo

DIRETORES DE PUBLICAÇÕES:engº Fernando luiz F. Cardosoengº luiz Carlos da Cunha Silveira

COMISSÃO FISCAL:engº luiz Césio Caetano AlvesArqª Maria Yara Coelhoengº elídio lopes Mesquita netoengº Anísio Machado de Resendeengº Raul Antônio Alberto l. lazcano

PRODUÇÃO - EDIÇÃO DIAGRAMAÇÃO

Ponto Final Soluções em Vídeo(22) 2647-7322 / (22) [email protected]

JORNALISTA RESPONSÁVEL:Alexandra de Oliveira

IMPRESSÃOGráfica Jornal do Commercio

TIRAGEM:6.000 exemplares

EDIÇÃO Nº 25Março / Abril - 2011

Informe AsAerlA

PALAVRA DA DIRETORIA

Por HumbErto QuINtANIlHA

PrESIdENtE dA ASAErlA

Calendário de eventos para 2011

ABRIL:_ Palestra_19 - Plenária_ 27 - Happy Hour MAIO:_ Palestra ou curso_ 17 - Plenária_ 25 - Happy Hour JUNHO_ Palestra ou curso_ 14 - Plenária_ 21 - Jantar "Aniversário da ASAERLA" JULHO_ Curso_ 19 - Plenária_ 27 - Happy Hour AGOSTO_ Palestra ou curso_ 16 - Plenária_ 31 - Happy Hour SETEMBRO_ Palestra ou curso_ 20 - Plenária_ 28 - Happy Hour

OUTUBRO_ Palestra ou curso_ 18 - Plenária_ 26 - Happy Hour NOVEMBRO_ Palestra ou curso_ 22 - Plenária_ 30 - Happy Hour DEZEMBRO_ Palestra ou curso_ 10 - Festa "Dia do Engenheiro e Arquiteto" e "Final de Ano"

Quero agradecer aos nossos associados à confiança que nos foi dada com a renovação de nosso mandato por mais dois anos. O nosso objetivo conti-nua o mesmo, fortalecer a Associação, trazendo cursos para melhorar a nossa qualidade profissional. Continuamos nossa luta pela Lagoa e acredito que temos que agir com mais energia, pois com a moro-sidade das Prefeituras do entorno da Lagoa, assim como dos órgãos públi-cos Estaduais e Federais, podem aca-bar levando a recuperação da mesma a uma situação agonizante para não dizer

trágica. Apesar de dizerem que a pesca na Lagoa melhorou, este ano já tivemos outra mortandade de peixes, e nem sinal das águas cristalinas, que acredito só poderá ocorrer, quando as “autoridades” resolverem agir realmente e pararem de lançar qualquer eflu-ente na Lagoa, pois ai sim teremos condições de começar a recuperá-la. Queremos fortalecer a ética, mas precisamos da conscientização dos profis-sionais em obedecer à legislação. Mas a grande dificuldade esta no jeitinho brasileiro de alguns fazerem as obras fora do código, com a conivência das Prefeituras através de conhecimentos na fiscalização e secretarias, bem como pela influência de Secretários e Políticos. Essa irregularidade passa pelo in-teresse das Prefeituras poderem arrecadar mais com a “MAIS VALIA”, bem como de fazer favores a terceiros. Participamos de vários conselhos tentando melhorar nossa qualidade de vida em termos de acessibilidade, mobilidade, preservação de monumentos e meio ambi-ente, entre outros. Nossa maior dificuldade

é as autoridades fazerem algo. Pois várias denúncias são feitas, como as invasões das calçadas, dos puxa-dinhos e ocupações das marquises. A demora do encaminhamento das leis complementares do Plano Di-retor para audiência pública, bem como para a Câmara Municipal, assim como a falta de prazos defini-dos para aprovação de projetos de obra e de licença de construção para a maioria, estimula a ilegali-dade, pois sabemos que alguns são privilegiados com a celeridade de certos processos. Nosso interesse é pelo amanhã para toda nossa região, onde possamos ter uma qualidade de vida que almejamos, para isso continuaremos contando com to-dos os profissionais, parceiros e amigos. Estamos abertos a críticas, sugestões, idéias, opiniões e neces-sidades de toda a população não só de Cabo Frio, mas de toda a região.

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Março / Abril 2011 Informe AsAerlA 05

arton line

Marque Associaçãode Arquitetos e Engenheiros da

Região dos Lagos

Alteração na Tabela de ART para profissionais autônomos

Ato da Presidência do Crea-RJ altera Tabela de Taxa de ART para os profissionais autônomos, a partir de 14 de fevereiro de 2011.

A aplicação da tabela se dará através do somatório dos valores por atividade técnica registrada na ART, considerando a área edificada e os serviços prestados pelo mesmo profissional, limitado ao valor máximo por faixa. Para atividade de execução de instalação ou de elaboração de projetos não especificados na ta-bela, o valor da taxa deverá ocorrer pela coluna "outros".

Edificações

FaixaÁrea(m2)

Valores (R$) Valor Máximo

por Faixa (1)

(R$)Execuçãode obra

Projetos

Arq. OutrosEletr.Estr. Hidr.

12345678

Até 40,0040,01 a 70,0070,01 a 90,0090,01 a 120,00120,01 a 240,00240,01 a 500,00

500,01 a 1.000,00Mais de 1.000,00

33,0033,0078,00122,00166,00333,50499,50666,00

33,0033,0033,0033,0033,0078,0078,00122,00

33,0033,0033,0033,0033,0033,0033,0078,00

33,0033,0033,0033,0033,0033,0033,0033,00

33,0083,00122,00166,50333,50499,50666,00833,00

33,0033,0033,0033,0033,0033,0033,0033,00

33,0033,0033,0033,0033,0033,0033,0033,00

Quando estiver preenchendo a sua ART ON LINE e, por ventura, houver uma interrupção, após a confirmação, ao retomar o formulário online, verifique antes - no menu de consultas - se o ca-dastramento já foi efetivado. Esta medi-da é importante para evitar duplicidade de cadastro de ART. Durante o cadastramento das informa-ções na ART, cada campo “buscar” de-verá ser clicado obrigatoriamente para carregar as informações. A ART estará disponível para impressão, sem a pala-

vra RASCUNHO, apenas após con-firmação do pagamento pela rede bancária. Caso haja necessidade da obtenção da ART imediatamente após o paga-mento, portanto, antes do prazo regu-lar de informações da rede bancária, envie o seu o comprovante de paga-mento ao CREA pelo e-mail [email protected] ou pelo fax, através dos números (21) 2179-2031 e (21) 2179-2250, para que o lança-mento possa ser feito imediatamente no Sistema. Caso seja o primeiro acesso, para que possa utilizar os serviços dis-ponibilizados pelo CREA-RJ é ne-cessário o cadastramento de uma senha. Os profissionais devem copiar os dados como estão na carteira do CREA-RJ e fazer o acesso após o ca-dastro, através do número do registro profissional - informado na carteira, na guia de anuidade ou na ART - e a senha criada. Já as empresa deve in-formar os seus dados.

CREA-RJ implanta novo portal de serviços

Desde o início do ano, o CREA-RJ está utilizando o novo sistema corporativo e o novo portal de serviços. Esse salto de qualidade foi dado para que os profissionais possam trabalhar com uma nova ferramenta baseada em um avan-ço digital inédito no Conselho. No processo de implantação da nova ferramenta, algumas fun-cionalidades que podem provocar ocorrências indesejadas, já estão sendo reavaliadas. Toda a equipe de Tecnologia de Informação está voltada para as melhorias ne-cessárias. É importante destacar que a partir de agora, para ter a per-formance desejada, o Portal do CREA-RJ deverá ser aces-sado pelo navegador MOZILLA FIREFOX. Profissionais e empresas que ainda não têm cadastro no CREA ON-LINE devem fazê-lo para obter acesso à ART e demais serviços. Com a medida, que obedece à Resolução 1.025 do CONFEA, além de profissionais

do sistema, empresas cadastradas poderão incluir ARTs do seu quadro técnico ativo. A partir do Novo Sistema Corpo-rativo, ao cadastrar uma ART Online, até que o pagamento seja efetivado, a mesma sai impressa com uma tar-ja de rascunho sem numeração. O número da nova ART está no boleto de pagamento.

Como fazer a ART on line?Atenção para as informações sobre a

ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA (ART) - on line

fIquE POr DENTrO

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Março / Abril 2011Informe AsAerlA06

hAppy hourMomentos de descontração e bate papo durante happy-hour realizado, para todos os associados da ASAERLA, no dia 23 de fevereiro, no bar Chouppana, em Cabo Frio. o encontro mensal já acontece há dois anos com o objetivo de proporcionar o convívio social entre amigos de profissão e familiares.os patrocinadores do evento são a Casa do Pedreiro e lagotintas.

1- Humberto Quintanilha, Alzina Abreu e Yara Coelho2- Marius Marcel3- Luis Sérgio, Aurênio Azevedo e Humberto Quintanilha,4- Rogério Sarti e Dokinha5- Luiz Carlos da Silveira6- Deguchi Jr. e Lais Sonkin

SOCIAL

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Março / Abril 2011 Informe AsAerlA 07

PerFIlGErAL

O Brasil tem despertado o interes-se de todo o mundo como um desti-no certo e rentável para investimen-tos nas mais diversas áreas. Setores como construção civil e energia despontam como os principais ru-mos de projetos públicos e privados. Pelo 12º ano consecutivo, a revista ANAMACO – uma das mais impor-tantes do setor no país – apresentou na sua primeira edição deste ano os resultados do Ranking Nacional das Lojas de Material de Construção. Bastante aguardada pelo setor, a pesquisa faz um levantamento dos maiores lojistas do segmento no país. Varejistas de todo o Brasil reve-laram seus investimentos, projetos, ampliações, entre outras ações de-senvolvidas para manter a fidelidade dos clientes e conquistar novas par-celas de mercado. A indicação das maiores empresas é resultado das informações forneci-das pelos 382 fabricantes que partic-iparam da pesquisa de forma espon-tânea e que correspondem a 70% das 539 indústrias convidadas. O levantamento teve como ponto de partida a pesquisa do IBOPE rea-lizada, anualmente, que dá origem ao Prêmio Anamaco. No levantamento foram pesquisa-das 10.238 lojas de material de cons-trução em todos os estados.

Entre as lojas de Material de Cons-trução do Brasil, no ranking nacional, a Vilarejo Home Center aparece em 41º lugar. No ranking estadual a posição da empresa sobe para o 6º lugar, um pre-sente para diretores, colaboradores e cli-entes. - Ampliamos nossas lojas, melhoramos a infra-estrutura e a logística tendo em vista ao atendimento da crescente de-manda. Estamos gratos por este prêmio e só podemos agradecer aos nossos clien-tes que acreditaram no nosso trabalho e nos possibilitaram este reconhecimento, disse Frederico Barbosa de Mello, dire-tor da Vilarejo Home Center.

VILAREJO ESTÁ ENTRE AS PRINCIPAIS LOJAS DE MATERIAL DE CONSTRUÇÃO DO PAíS

Vilarejo Home Center atinge 41º lugar no Ranking Nacional e 6º lugar no Ranking Estadual durante o 12º Prêmio Anamaco,

um dos mais importantes do setor da construção civil

Persistente, amigo, divertido, apaixo-nado pela família, leitor voraz, amante da boa música e escritor nas horas vagas. Assim é o cabo-friense Sérgio Rosa Cas-tanho, formado em Engenharia, em 1975, na Universidade Gama Filho, no Rio de Janeiro. - Sou daquela época que, para seguir os estudos e fazer um curso superior, era ne-cessário deixar Cabo Frio. Nossa cidade era bem diferente, relembra. Casado há 34 anos com Leila e pai da médica ginecologista e obstetra Danielle, que mora em Goiania, Sérgio Castanho tem dois netos. - Minha família é minha grande paixão. Sempre que pode minha filha vem à Cabo Frio, e quando a saudade bate muito forte, fazemos as malas e partimos para Goiania. São coisas da vida, declara o pai e avô saudoso. Enquanto ainda exercia a profissão de engenheiro eletrônico, Sérgio Castanho trabalhou no Serviço de Proteção ao Vôo da Aeronáutica e também atuou no ramo da construção civil. Há 20 anos ajudando a mãe, Arlete Rosa Castanho, a adminis-trar o Colégio Santa Rita, foi o responsá-vel por todas as alterações que ocorreram ao longo dos anos na escola. - Minha mãe criou o colégio e sempre cuidou da parte pedagógica e de discipli-na. Hoje, por motivos de saúde, cuido da administração da escola, mas em relação as obras de melhoria ou ampliação, tudo aqui dentro tem o meu dedo. Modifiquei, ampliei e modernizei a estrutura do colé-gio. Destacando sua persistência, apesar de opiniões contrárias, implantou as turmas de Ensino Médio. - É uma vitória muito grande. Começa-mos com 15 alunos. Hoje temos 60 no En-sino Médio e, no ano passado, realizamos nossa primeira formatura deste segmento, fala emocionado. Mesmo sendo amante de uma boa música, confessa não ter o domínio sobre qualquer tipo de instrumento, mas mesmo assim, fez questão de comprar um violão que anda na mala do carro. Por que? - Ah, tenho um grupo interessante de amigos e nos reunimos com frequência. Toda oportunidade que surge estamos lá. É só diversão. O violão faz parte do nosso grupo. Se aparece alguém que gosta, ele tem a sua utilidade, revela o engenheiro. E olha que o grupo de amigos é grande. Entre eles, destaque para Fernando Pinto, Gadó Mureb (Evandro), Evaristo Plácido,

Paulinho Cordeiro, Hélio Mureb, Ricar-do Sanches, Eduardo Lopes, Carlinhos da Cafmil, Janio Mendes e o violeiro Cláudio Celso. - Veja lá se você não vai esquecer de citar os nomes dos meus companheiros. Faço questão que todos eles sejam lem-brados nesta entrevista, diz. Entre os escritores preferidos, des-taque para Guimarães Rosa, José Can-dido de Carvalho e Jorge Amado. - Gosto muito também de B. Traven, autor de "O Barco da Morte". Você sa-bia que ele era um dos autores preferi-dos de Einsten? Eu li quando tinha 20 anos, depois perdi o livro, mas recente-mente encontrei um site na internet com o registro de sebos de todo o país. É uma estante virtual. Comprei novamente o livro porque não poderia ficar sem ele, fala apaixonado. O prazer pela leitura vem da infância. Dono de um vasto vocabulário, atribui a qualidade ao gosto pela literatura. - A nova geração não tem um bom domínio da língua por conta do áudio-visual. Os jovens de hoje preferem as-sistir filmes à ler livros, critica. O que muitas pessoas não sabem é sobre o seu gosto pela escrita. É isso mesmo. Além de ler muito, Sérgio Cas-tanho, também escreve contos e poesias desde pequeno. - Como um bom ariano sou muito in-tuitivo. Não planejo escrever. É algo que surge de repente, durante o dia e a noite, em momentos diferentes da minha vida, declara. Quem tiver interesse em conhecer esta veia artística do engenheiro pode se aventurar em seus contos publicados no site agenda, do amigo José Artur. - Eu não queria publicá-los, mas José Artur fez questão de incluir meus contos em seu site, confessa.

Sérgio rosa Castanho Engenheiro Eletrônico

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Março / Abril 2011Informe AsAerlA08

gos e da má gestão das cidades . A crise social das últimas décadas em-purrou a população pobre para a periferia, sob as vistas grossas das prefeituras e dos órgãos ambientais estaduais e federais, que veio ocupando áreas frágeis e as encostas que deveriam permanecer florestadas. Por outro lado, as construções avançaram sobre as margens de rios e lagoas, ficando vul-neráveis aos picos de cheias destes corpos dágua. Entretanto, tudo absolutamente pre-visível. Pobre país rico: estamos caminhando para sermos a 5ª economia do mundo, mas ao lado de um PIB elevado queremos uma melhor divisão dos recursos naturais, quere-mos fortalecer nossa democracia elegendo gestores responsáveis e humanistas, para que tenhamos garantidas políticas sérias de habitação e inclusão social. Nós, técnicos, temos o dever e a respon-sabilidade de intensificar este debate e apre-sentar críticas construtivas e proposições que ajudem aos governos em todas as suas instâncias, assim como esclarecer e consci-entizar incansavelmente a sociedade. Nossa missão pública enquanto autarquia federal fiscalizadora do exercício profis-sional se ressalta neste momento. Empreen-demos o máximo de esforços no sentido de colaborar para minimizar os impactos desta tragédia bem como evitar novos desastres. Contribuímos com nosso corpo técnico com relatórios preliminares que visam orientar as prefeituras da Região Serrana com medidas de curto, médio e longo prazo. Estive nas cidades de Teresópolis e Fri-burgo onde pude constatar a magnitude e a gravidade da tragédia. Ressalto que nossa Coordenação Regional Serrana e as inspe-torias de Petrópolis, Friburgo e Teresópolis estiveram mobilizadas no recebimento de donativos aos desabrigados. Colocamos a nossa frota de carros à disposição das Pre-feituras e fizemos um apelo nos veículos de comunicação dirigido aos profissionais do Sistema Confea/Creas que se apresentassem de forma voluntária para auxiliar no trabalho da Defesa Civil e das Prefeituras da Região Serrana e que procurassem ajudar como téc-nicos ou como cidadãos na reconstrução das

Começamos 2011 com uma nova tragédia anunciada, desta vez provo-cada por chuvas intensas na Região Serrana do estado do Rio de Janei-ro, que causaram um desastre que abalou e impressionou o país pela magnitude de seu impacto e pelas centenas de vidas humanas que se perderam. Na matéria de capa da Revista do CREA-RJ edição de fevereiro/março de 2010, “Depois da tempestade, o caos”, a autarquia já alertava para a possibilidade de novas tragédias com proporções ainda maiores, como a que ocorrera em Angra dos Reis e Ilha Grande, no início daquele ano. Infelizmente, os equívocos no crescimento das cidades brasileiras afloram desta maneira, causando dor, caos e indignação da sociedade. A engenharia nacional fica consternada a cada tragédia onde se ressalta a fal-ta de vontade política em se adotar todo o arcabouço tecnológico de que dispomos hoje para bem planejar a expansão das cidades. Conhecimen-to este que se agrega à uma legisla-ção ambiental considerada uma das melhores do mundo, mas que hoje, além de ser ignorada, se encontra ameaçada de desfiguração pela perda de alguns de seus mais preciosos mecanismos de proteção às bacias hidrográficas. Sabemos que, em se tratando de engenharia, não existem fatalidades. Acidentes são provocados por uma sucessão de falhas, portanto, todos os esforços devem ser ensejados no sentido de evitá-los, utilizando-se de instrumentos como a análise de ris-cos. O que pode dar errado, com que frequência e quais as conseqüências? Nós engenheiros, ficamos estarreci-dos ao constatar que a causa básica deste tipo de desastre é a profunda disparidade entre a mais avançada tecnologia disponível para a socie-dade e a mais atrasada das práticas da construção civil, à mercê dos lei-

cidades. Nosso apelo teve êxito ao ver-mos dezenas de voluntários, a grande mo-bilização e ajuda nos terríveis dias após a tragédia. Esperamos que o relatório técnico pro-duzido pelo CREA-RJ após o desastre, apesar de pequeno, se torne mais um ins-trumento para a correta gestão das bacias hidrográficas nos municípios atingidos, uma vez estando com numerosas infor-mações técnicas oriundas das melhores fontes acadêmicas do estado do Rio de Janeiro. Estamos também alinhando e esten-dendo o nosso Planejamento Estratégico para além da sede, atingindo todas as inspetorias, onde nossa meta é alcançar a excelência nos serviços prestados pela autarquia à sociedade, profissionais e em-presas. Almejamos a satisfação de nossos servidores e usuários, através da busca do melhor atendimento e celeridade na reso-lução dos processos. Estamos preocupa-dos também em valorizar o profissional oferecendo boas e confortáveis instala-ções. O CREA-RJ já está de casa nova em Macaé e Campos e se prepara para a inau-guração de novas sedes para as inspeto-rias do interior. Hoje, passados dois anos de nosso mandato, já superamos grandes desafios e prosseguimos em nosso cami-nho: fazer do CREA-RJ um Conselho re-ferencial para os demais CREAs do país, mobilizado nas questões do nosso tempo e atuante em defesa da sociedade, com a imprescindível e valorosa participação dos servidores, conselheiros e inspetores.Agostinho Guerreiro, presidente do [email protected]

Buscando caminhos em meio às tragédias

Por Agostinho Guerreiro

Até o início de maio, um software de Georreferenciamento será integrado ao novo Sistema Corporativo do CREA-RJ, implantado desde 24 de janeiro. Para a arquiteta Cynthia Attié, gerente de Re-gistro e Acervo Técnico do CREA-RJ, e coordenadora do Comitê de Gestão da Fiscalização, a reunião para a apresenta-ção das metodologias e ferramentas uti-lizadas pelos CREAs do Paraná e do Rio Grande do Sul, ocorrida no último 23 de fevereiro na sede do CREA-RJ, foi fun-damental para identificar a melhor forma de integração. "Tornar as coordenadas que já temos no nosso banco de dados conhecidas num sistema de referência vai otimizar o planejamento e o processo da fisca-lização para todos: gerentes, supervi-sores e para os próprios fiscais", explica a arquiteta. Referência - O projeto de georreferen-ciamento no CREA-PR, teve início em 2008, com a contratação do analista de Geoprocessamento, Giovani Castolldi. Segundo o especialista, a compra do Software de Informações Geográficas (SIG), mais 40 horas de suporte local, custaram R$ 140 mil e as atualizações anuais estão orçadas em R$ 35 mil. Ao longo dos últimos dois anos, o CREA-PR também revisou todos os pro-cedimentos de fiscalização no estado e durante esse ano, segundo Vanessa Mou-ra, facilitadora do Setor de Planejamento e Controle da fiscalização do CREA-PR, haverá nova revisão e atualização dos equipamentos utilizados pelos fiscais, inclusive na frota. O controle da decisão do processo de fiscalização centralizado no próprio fis-cal também foi outra mudança sensível, de acordo com a facilitadora do Setor de Planejamento e Controle da fiscalização do CREA-PR. "Revisamos a metodologia da auto fiscalizatória, a participação dos fiscais, analistas e assessores de Câmara. Dessa forma, a gente pode aproveitar de ma-neira mais satisfatória toda a informação que o fiscal traz da obra para contribuir com a confiabilidade dos dados para o julgamento", finaliza Vanessa Moura, lembrando que as alterações seguiram os ritos da Resolução 1008 do CONFEA, que disciplina a tramitação do processo administrativo dentro dos CREAs.

CREA-RJ terá Georreferenciamento

integrado ao atual Sistema Corporativo

ArTIGO

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Março / Abril 2011 Informe AsAerlA 09

ECONOmIAtV FIrJaN PErtO DE VOCÊ

Critérios de Excelência em Gestão, A importância da gestão da qualidade, relacionamento e fidelização de clientes, gestão de pessoas e processos e gestão do conhecimento. O debate de temas ligados à competitividade em-presarial, ao mundo do trabalho, inovação e meio ambiente, além de dicas tributárias, podem ser acompanhados quinzenalmente, de graça, no auditório da FERLA-GOS, através da TV FIRJAN.

Desde 2008 funciona na sede da faculdade, localizada em Cabo Frio, um dos pontos de recepção da TV FIRJAN, graças a uma parceria da ASAERLA, FIRJAN, FERLAGOS, Associação Gotas do Saber e o SIESAL, Sindicato das Indústrias de Extração de Sal da Região dos Lagos, que são as entidades apoiadoras do projeto.

-Compramos o equipamento em 2008 e instalamos na FER-LAGOS para que a programação pudesse ser transmitida no au-ditório da unidade de ensino. O acesso é gratuito, mas a procura ainda é pequena. Nossa intenção é que os empresários se sintam atraídos pelos temas debatidos, que são de extremo interesse para o setor, e participem mais dos encontros, explica o engenheiro Humberto Quintanilha, presidente da ASAERLA.

A TV FIRJAN foi criada em 2002 com o intuito de estreitar ainda mais a comunicação en-tre o Sistema FIRJAN e os em-presários. Durante os progra-mas, especialistas e convidados discutem importantes questões sobre temas que estejam em e-vidência no momento. Uma das principais vantagens do veí-culo é a interatividade: durante a transmissão, os espectadores podem tirar suas dúvidas em tempo real, fazendo perguntas por telefone, e-mail ou fax.

A TV FIRJAN vai ao ar duas vezes ao mês. As vagas são li-mitadas e as inscrições devem ser feitas pelo telefone 0800 0231 231, ou diretamente na FERLAGOS.

Próximas Programações:

MAIO 06 de maio – sexta-feira Horário: 10h às 12h Série: Mundo do Trabalho

13 de maio – sexta-feira Horário: 10h às 12h Série: Competitividade

20 de maio – sexta-feira Horário: 10h às 12h Série: Inovação e Meio Ambiente.

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Março / Abril 2011Informe AsAerlA10

CAPA

Acolhendo ação civil movida pelo Ministério Público Esta-dual, o juiz Walnio Franco Pa-checo, da 2ª Vara Cívil de Cabo Frio, decidiu que a Arquidi-ocese de Niterói, responsável pela Paróquia de Nossa Sen-hora da Assunção, terá que pro-mover uma série de ações para recuperar o prédio histórico, de 1927, que pertence a Paróquia, demolido no último dia 11 de fevereiro, sem autorização dos órgãos competentes e desres-peitando a legislação municipal que determina, que qualquer imóvel com mais de 50 anos, precisa de autorização antes de passar por obras ou ser demo-lido. - O prédio foi demolido à reve-lia da própria população. As leis existem para serem cumpridas. O refugo da demolição está lá. Não podemos ficar procurando culpados, temos que recom-por o que foi destruído, disse o chefe do IPHAN na Região dos

Lagos, Ivo Barreto. A demolição, realizada durante o final de semana, causou polêmica em Cabo Frio. Segundo Cristina Ventu-ra, presidente do Instituto Municipal do Patrimônio Cultural – IMUPAC –, na sexta-feira, dia 11 de fevereiro, já era possível ver o início das obras. - Eu recebi uma ligação à noite informando que as telhas estavam sendo retiradas. Na mesma hora es-tive no local e constatei o problema, mas fui impedida de entrar no prédio, revela. Ainda segundo Cristina Ventura, no sábado, dia 12, o madeiramento foi retirado. Foi feita denúncia ao Ministério Público, a Prefeitura foi comunicada e a obra embargada. Mas segundo a presidente do Instituto Municipal do Patrimônio Cultural, o embargo não foi respeitado, e ao final do dia, já dava para ver os estragos provocados no prédio histórico. - Como eles ignoraram o embargo, na segunda-feira, dia 14, foi gerado um auto de infração pela Divisão de Fiscalização de Obras Particulares da

Prefeitura Municipal de Cabo Frio, uma ação civil no Ministério Público Estadual e um registro de ocorrência na 126º Delegacia de Polícia, relata Cristina. Representantes do Conselho Mu-nicipal do Patrimônio Cultural e do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN -, se reuniram e decidiram enviar ofício cobrando medidas ao Ministério Pú-blico e a Prefeitura. O engenheiro Luiz Carlos da Cunha Silveira, que participa do Conselho Municipal do Patrimônio Cultural, representando a ASAERLA, esteve presente a reu-nião. Segundo ele, apesar da de-molição, é possível que o imóvel seja recuperado. - Não podemos deixar perder as características originais, e utilizando o próprio material da demolição que foi preservado, é possível recuperar o prédio, disse o engenheiro. A reunião também gerou uma moção de condenação à demolição ilegal do prédio histórico que foi encaminhada à Prefeitura. No documento, os res-ponsáveis destacam legislações em vigor. Na moção assinada por todo o corpo de conselheiros do Conselho Municipal do Patrimônio Cultural (IPHAN, IBRAM, OAB/Cabo Frio, ASAERLA, Universidade Veiga de Almeida, Secretarias Municipais de Governo, Cultura, Desenvolvimento da Cidade e Ambiente e Educação, Procuradoria Geral do Município e Câmara Municipal de Vereadores), os relatores ainda sugerem que sejam exigidas ao proprietário, providên-

cias em relação à edificação de-molida irregularmente. Por fim, o presidente do Con-selho Municipal do Patrimônio Cultural, Fábio Alencar, coloca o conselho a disposição dos órgãos fiscalizadores acionados para subsidiar de dados técnicos a instrução de suas respectivas investigações, na busca pela efetivação da salvaguarda do imóvel. - Não podemos deixar que aconteça o mesmo que ocor-reu com a antiga residência do fotógrafo Wolney Teixeira. Isso nos alarma ainda mais da urgên-cia no tratamento desta questão, conclui Fábio Alencar. - Temos que caminhar para um entendimento maior. É pre-ciso entender que defender o patrimônio cultural é para um bem maior, que trata da popu-lação, da identidade da cidade, argumenta Cristina Ventura. Segundo o secretário Mu-nicipal de Desenvolvimento da Cidade e Ambiente, Gustavo Beranger, a Prefeitura também recebeu intimação no que diz respeito a não fornecer qualquer tipo de autorização para o anda-mento da obra. - Fomos intimados a não for-necer qualquer tipo de licen-ciamento ou qualquer outro ato administrativo que permita a demolição ou qualquer tipo de alteração no prédio, explicou Gustavo Beranger.

PARÓQUIA DE NOSSA SENHORA DA ASSUNÇÃO

TERÁ QUE RECUPERAR PRÉDIO HISTÓRICO

Fachada lateral da Casa Paroquial que teve o seu espaço interno demolido irregularmente

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(*)Em nota enviada à impren-sa, a Arquidiocese de Niterói, responsável pelo imóvel, afirma que o prédio já havia sofrido intervenções, estava descaracterizado e que um laudo da secretaria de Obras informava quanto ao risco iminente de desabamento.

O interior do prédio histórico depois que parte da construção foi demolida sem a autorização prévia dos órgãos compe-tentes

(*) reprodução da nota enviada à imprensa pela Arquidiocese de Niterói, responsável pelo imóvel

Reprodução da carta enviada à Prefeitura pelo IMUPAC após a divulgação da nota distribuida à imprensa pela Igreja

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Março / Abril 2011Informe AsAerlA12

Araruama investe em prevenção contra chuvas

Depois de um longo perío-do de sol forte e muito calor, o céu voltou a ficar nublado, e as águas de março chegaram não apenas fechando o verão mas, também, levando preocupação à população das cidades da Região dos Lagos. Em Araruama, no en-tanto, a prefeitura vem investindo em prevenção.

- Já promovemos a limpeza dos rios Mataruna e Limão e ini-ciamos o desassoreamento do ca-nal do Peixe. Ainda este mês va-mos trabalhar no rio Carijojó, em São Vicente de Paulo, informou o secretário municipal de Obras, Francisco Affonso Soares.

Além disso, todas as novas vias da cidade estão recebendo manilhamento adequado para evitar alagamentos. Uma delas é a Avenida Gladstone José de Oliveira, que com 5,5 quilômetros de extensão, é a maior via pública do município, ligando a RJ-124 à RJ-106. Todas as obras estão sendo feitas em parceria com o Estado.

- O custo total dessa obra foi de R$ 10 milhões. Pelo menos 60% desse valor foi investimento em drenagem. Também estamos trocando todo o manilhamento da Avenida XV de Novembro. São 1.700 metros de manilha. Uma obra grande, que deverá ser concluída em 60 dias, e que vai resolver o alagamento em diver-sos pontos da cidade, disse o se-cretário de Obras do município, Francisco Affonso Soares.

Cristiane Zotich

Francisco Affonso Soares, secretário municipal de Obras de Araruama

Defesa Civil em estado de alerta

Mesmo com os investimentos em prevenção, a Defesa Civil de Ara-ruama está em permanente estado de alerta. Segundo o sub-secretário Car-los Alexandre Carneiro da Rosa, uma equipe trabalha monitorando rios e canais da cidade, 24 horas por dia.

- Com este acompanhamento temos condições de alertar a popu-lação com antecedência, e, assim, evitar tragédias. Além disso, também contamos com o importante apoio de carros de som, caso haja necessidade do alerta chegar com mais urgência à população que mora próximo aos rios, explica.

A Coordenadoria de Defesa Civil - CONDEC - e a Secretaria de Serviços Públicos de São Pedro da Aldeia es-tão se prevenindo para a chegada das chuvas do verão. Foi implantando no município o Cen-tro de Operações de Emergência - COE - que acionará diversos órgãos públicos e privados de acordo com o grau de alerta enviado pela CONDEC em cada tipo de evento. Para definir o grau de alerta e os órgãos compe-tentes foram adotados três tipos de código, indicados pelas cores ama-relo, marrom e vermelho. Os órgãos que serão mobilizados em situações de emergência através do plano de contingência, atualizado pela CONDEC são: Prefeitura Mu-nicipal, por meio das secretarias de Serviços Públicos, Meio Ambiente, Ação Social, Governo, Segurança Pública e Educação; Corpo de Bom-beiros; Polícia Militar; INEA; Base; Ampla; Prolagos; Associações de Moradores; ONGs e voluntários dos núcleos municipais de Defesa Civil.

- Quero solicitar a colaboração da po-pulação, que nos ajude ao máximo possível. Evitando que joguem lixo nas ruas, o que faz com que os locais de escoamento das águas das chuvas

São Pedro da Aldeia tem plano de emergência para enfrentar chuvas

fiquem entupidos, alerta o secre-tário de Serviços Públicos, Luis Carlos Soares.Segundo o coordenador da Defesa Civil Municipal, Marcus Dothavio, cada órgão possui atribuições es-pecíficas e deve se organizar e se equipar para imediata intervenção, de forma a proporcionar um perfei-to desenvolvimento às operações de socorro, assistência social e de recuperação das áreas atingidas. Mais uma conquista do coordena-dor da CONDEC é o depósito de materiais emergenciais para aten-dimento a população, onde estão guardados colchões, cobertores, fronhas, lençóis, travesseiros, fil-tros, mosquiteiros, lonas entre outros materiais para atendimento imediato da população atingida por qualquer tipo de evento adverso. - É de suma importância o tra-balho preventivo desenvolvido pela secretaria de Serviços Públi-cos na limpeza dos canais, valões e bueiros obstruídos, e no apoio a Defesa Civil, nos finais de semana, através das equipes disponibiliza-das para atendimento dos bairros mais afetados nesse período, fina-liza o coordenador de Defesa Civil Marcus Dothavio.

CIDADES

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Março / Abril 2011Informe AsAerlA14

As árvores na cidade* Lais Catherine Sonkin

As árvores são elementos im-portantes da paisagem urbana. Elas oferecem serviços ambien-tais relacionados à suavização da paisagem e ao controle da temperatura.

As ilhas de calor urbanas (“UHI” Urban Heat Island) são um fenômeno climático que ocorre nos centros das grandes cidades devido aos seguintes fatores:

Elevada capacidade de absorção de calor de superfícies urbanas como o asfalto, paredes de tijolo ou concreto, telhas de barro e de amianto;

Falta de áreas revestidas de ve-getação, prejudicando o poder refletor de determinada superfí-cie (quanto maior a vegetação, maior é o poder refletor) levan-do a uma maior absorção de ca-lor;

Impermeabilização dos solos pelo calçamento e desvio da água por bueiros e galerias, o que reduz o processo de evapo-ração, assim não usando o calor, e sim absorvendo;

Concentração de edifícios que interfere na circulação dos ven-tos;

Poluição atmosférica que retém a radiação do calor, causando o aquecimento da atmosfera (Efeito Estufa);

Utilização de energia pelos veí-culos de combustão interna, pelas residências e pelas indús-

trias, aumentando o aquecimento da atmosfera.

Devido a esses fatores, o ar atmos-férico na cidade é mais quente que nas áreas que circundam esta cidade. Por exemplo, num campo cultivado, que situa-se nas redondezas de uma grande cidade, há absorção de 75% de calor enquanto no centro dessa cidade, a absorção de calor chega a significativos 98%. O nome ilha de calor dá-se pelo fato de uma cidade apresentar em seu centro uma taxa de calor muito alta, enquanto em suas redondezas, a taxa de calor é normal. Ou seja, o poder refletor de calor de suas redondezas é muito maior do que no centro dessa cidade.Estudos comprovam a redução da temperatura através do plantio de ár-vores em ambiente urbano.

Vejamos o exemplo de Guarulhos:

“Após dois anos de implantação do programa Ilhas Verdes, Guarulhos (Grande São Paulo) já plantou cerca de 30 mil árvores para reduzir as ilhas de calor urbanas na cidade. Com o plantio de árvores e a proteção e re-cuperação das florestas, o programa visa equilibrar as condições climá-ticas, com foco em locais de grande incidência de calor”.

Regulamentada por legislação muni-cipal em agosto de 2009, a iniciativa foi reconhecida como exemplo de política pública de combate ao aque-cimento global pela Unesco, que pu-blicou um artigo sobre o programa em sua revista internacional veicula-da na América Latina, na Espanha e no Chile.

O programa Ilhas Verdes surgiu de uma pesquisa sobre os mapas termais do município, identificados via saté-

lite pela UnG (Universidade Gua-rulhos), com patrocínio da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) e apoio da Secretaria Municipal de Meio Am-biente de Guarulhos e da Reserva da Biosfera do Cinturão Verde.

A consolidação da lei é uma forma inovadora de orientar a arborização pelo critério do excesso de calor.

As árvores urbanas “ESTE É UM DOS MAIORES

EXEMPLOS PRÁTICOS DE

POLÍTICA PÚBLICA QUE

UTILIZA O SERVIÇO

AMBIENTAL DE REGULAÇÃO CLIMÁTICA

PARA AUMENTAR O

BEM-ESTAR DA POPULAÇÃO”

A poda das árvoresNas áreas urbanas a poda é uma atividade que visa garantir um conjunto de aspectos visuais agra-dáveis garantindo a segurança fí-sica e patrimonial.

A poda de árvores é uma interven-ção, como uma cirurgia, que afeta o ser vivo, e precisa ser bem feita para proporcionar saúde ao exem-plar. Mas também é como um cor-te de cabelo, que proporciona um belo aspecto visual.

A arquitetura de copas

A estrutura de uma árvore, suas raízes, tronco, galhos e folhas, não são produtos de processos aleatórios. Todas as caracterís-ticas de porte, forma da copa, disposição de folhas e flores, já estão pré-definidas na semen-te, antes da germinação, e são comuns aos indivíduos de uma mesma espécie, recebendo o nome de modelo arquitetônico da espécie. O conhecimento das características de cada espécie, deve ser a base para a escolha de PLANTAS para a arboriza-

ESPECIAL

A poda de árvores urbanas é um tema pouco valorizado em nosso ambiente urbano, tanto é que, dificilmente encontramos referências nas propagandas dos governos municipais, quan-do feitas nesta área.

Em face do desconhecimento das práticas adequadas de poda e porque a relação do morador com as árvores urbanas é tão banalizada, muitas vezes se co-metem grandes erros sob a ilu-são de estar realizando a prática mais acertada.

Ocorre que contra a poda mal feita e suas conseqüências não existe defesa, a não ser a ten-tativa de recompor a estrutura original.

Existem 3 tipos básicos de poda em árvores urbanas e o técni-co responsável, SIM EXISTE TÉCNICO RESPONSÁVEL NESTA ÁREA, deverá utilizar a que for mais recomendado a cada caso.

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Março / Abril 2011 Informe AsAerlA 15

Detalhe: ligação dos brotos ao eixo maior. Morfologia da base do galho e linha de corte final na poda de galhos.

Uma poda severa produz uma quantidade de brotos epicórmicos. Na poda de árvores, estes ramos epicórmicos causam transtornos, sendo muitas vezes removidos no ano seguinte. Para ressurgirem novamente. Ramos epicórmicos sempre devem ser remo-vidos, pois não sendo parte do modelo arquitetônico original da espécie, certamente causarão problemas futuros.

Posição dos brotos epicórmicos em troncos e galhos.

Para evitar a formação de galhos epicórmicos basta realizar podas menos severas, e na fase jovem da árvore. Nesta fase, as árvores possuem boa capacidade de desenvolvi-mento das gemas na parte externa da copa, não desenvolvendo os ramos epicórmicos.

A poda de formação na fase jovem deve ser executada com cuidado. O arboricultor deve ter em mente o modelo arquitetônico da espécie, considerando portanto o futuro desenvolvimento da copa no espaço em que a árvore está estabelecida. Galhos baixos

Na figura acima temos os modelos arquitetônicos da Araucária, do Ipê e do Flamboyant, comumente encontrados em áreas urbanas.

ção urbana, pois facilitará tremendamente a posterior manutenção das copas através da poda.

que dificultarão a passagem de pedestres e veículos deverão ser eliminados precoce-mente. Galhos que cruzarão a copa ou com inserção defeituosa deverão igualmente ser eliminados antes que os cortes se tornem muito difíceis.

Não raras vezes observamos a poda de árvores ser realizada simplesmente cortando-a pelo meio da gema apical, ou seja, tiram-lhe a parte superior seccionando-a com um corte horizontal para reduzi-la a altura desejada.

Quando a gema terminal da árvore for danificada, normalmente o modelo arquitetônico original é substituído por um modelo sem organização, resultando na brotação de galhos laterais múltiplos.

Proporção entre a parte aérea e a subterrânea em uma árvore plantada em uma calçada, em solos compactados.

A aeração do solo é afetada diretamente pela compactação dificultando o crescimento das raízes, e camadas impermeabilizantes na superfície do solo (asfalto, calçadas de cimento, etc). Esta impermeabilização, além de impedir a entrada de água no solo, difi-culta as trocas gasosas.

A capacidade de regeneração das raízes é bem mais limitada que a regeneração da copa. A poda de raízes deve ser uma prática aplicada com muito critério. Quanto maior a dimensão da raiz cortada, mais difícil e demorada sua regeneração, maiores também os riscos para a estabilidade da árvore. Deve-se evitar o corte de raízes grossas e fortes, principalmente próximo ao tronco (raízes basais). Quanto apenas uma raiz de um con-junto maior for cortada, os riscos serão menores. Deve se evitar a todo custo, o corte de raízes em planos totais (valetas sob a copa das árvores). Às vezes estes cortes podem estar associados a impedimentos em outros lados do prato de raízes, levando a uma total desestabilização da árvore.

As conseqüências diretas da poda de raízes grossas ou fortes são:

- diminuição da estabilidade da árvore; diminuição da absorção de água; diminuição da absorção de sais minerais; criação de uma área de contaminação. Esta poderá compro-meter mais tarde toda a estrutura da base da árvore.

As raízes

Considerações finais- O porte de uma árvore e a forma de sua copa é definido por um modelo arquitetônico, próprio de cada espécie;- Adequar uma árvore a um espaço menor do que seu desenvolvimento natural exige, não é recomendável. Escolha outra espécie que se contente com menos espaço;- Através da poda de galhos o desenvolvimento da copa pode ser direcionado para se processar a alturas maiores, nunca ser suprimido permanentemente;- A poda deve ser executada o mais cedo possível, para reduzir as áreas dos cortes e facilitar o recobrimento destas com lenho sadio;- Não reduzir a copa demasiadamente. Se uma poda severa for necessária, processá-la em etapas, com mais freqüência;- Evite usar ferramentas de impacto (facões, foices, machados) na poda;- Usar os equipamentos de segurança recomendados para cada operação;- O trabalho de poda exige treinamento constante;- O corte de raízes grossas e fortes pode afetar a estabilidade de uma árvore;- Diferente dos galhos, a recuperação de raízes grossas cortadas, é muito mais lenta;- Raízes grossas não foram programadas para serem perdidas.

Referências bibliográficas: A poda de arvores urbanas.PROF. DR. RUDI ARNO SEITZ- IPEF

* Lais Catherine sonkin - Engenheira Flores-tal, especialista em políticas públicas de meio ambiente, perícia técnica [email protected]

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PARCEIRO - Portal arquitetosecia

Em 2007, quando criou o portal arquitetose-cia.arq.br, a analista de sistemas Sandra Vergara não imaginava a repercussão que seu trabalho teria 4 anos mais tarde. A idéia de criar um canal de comunicação entre as empresas dos setores de arquitetura, decoração, construção civil e os profissionais destes segmentos, hoje é sucesso e ganha destaque em todo o país pela originali-dade e excelência nos serviços que são ofereci-dos. - A falta de informações das empresas foi a grande inspiração para a criação do site. Quando eu trabalhava no escritório do meu marido ob-servava certas carências, e com as dificuldades no mercado, resolvi utilizar a minha profissão para criar um portal direcionado a esses profis-sionais, revela. O projeto que começou para suprir uma carên-cia do marido, o arquiteto Odilon Terzella, em Niterói, no Rio, hoje, além de organizar cursos, promoções, palestras e workshops, é um espaço dinâmico e atual, divulgando informações sobre lançamentos e eventos no Brasil e no exterior. Sob a administração da analista de sistemas, em 2009, o site foi uma das 300 empresas se-lecionadas entre as 3.157 de todo o Brasil pelo programa Prime – Primeira Empresa Inovadora com um Projeto Inovador e Empreendedor, cri-ado pela FINEP e Ministério da Ciência e Tec-nologia. Em outubro de 2010 recebeu o Troféu Top Of Business, e em dezembro, foi uma das empresas finalistas da etapa estadual do MPE Brasil 2010 – Prêmio de Competitividade para Micro e Pequenas Empresas, na Categoria Ser-viços. - No início, a internet também parecia mal explorada. Meu marido e outros profissionais possuíam o “bloqueio tecnológico”, não tinham o hábito de “abrir” o computador e navegar na

internet. Comecei aos poucos, sempre, na medida do possível, atualizava o site com novidades, enviando e-mails semanais para 100 profissionais cadastrados. Acredite, uma decoradora me disse que pagou um professor de informática para ensiná-la a ligar o computador, entrar na internet, ler meus e-mails e navegar no site. Outra disse que imprime os e-mails, e assim, quando precisa, pega a pasta e lê, recorda. Atualmente o portal conta com um mailing de cerca de cinco mil profissionais atuantes no mercado. Os profissionais também con-tam com um cartão Fidelidade/Vantagens para ser utilizado nas empresas conveniadas que divulgam seus produtos e serviços no site através de marketing personalizado. - Administro o portal, penso nas estraté-gias, organizo eventos, amplio a cartela de clientes e mailing de profissionais, “me viro nos 30”, brinca a administradora do site, que graças ao Programa Prime, pode contratar dois funcionários com verba disponibilizada pelo Governo Federal, para ser investida na contratação de mão-de-obra e terceirização de serviços. Parceira da ASAERLA na divulgação dos eventos promovidos pela Associação de Ar-quitetos e Engenheiros da Região dos La-gos, Sandra Vergara está feliz com a aceita-ção dos profissionais.- Iniciamos o projeto cadastrando profis-sionais de Niterói. Atualmente possuímos pessoas do Rio, Minas, São Paulo, Brasília e estados das regiões Sul e Norte. Já recebe-mos e-mail até de Portugal. É a internet. Nossa meta para 2011 é abrir para o Brasil inteiro, conclui. Você dúvida?

A Internetcomo ferramenta de trabalho

Raphael Rodrigues, Sandra Vergara e Rafael Chagas, do site arquitetosecia, no Bistrô MAC, em Niteroí, durante festa de fim de ano, realizada para homenagear os profissionais cadastrados no portal e empresas conveniadas

em operação conjunta da Secretaria de estado do Ambiente (SeA), do instituto estadual do Ambiente (inea), da Prefei-tura de Arraial do Cabo e do Batalhão Florestal, no início de fevereiro, foram demolidas construções irregulares na APA de Massambaba, dentro de uma ZPVS (Zona de Preservação da Vida Silvestre). no ano passado, a Secretaria Muni-cipal de Meio Ambiente de Arraial do Cabo havia embargado o empreendimen-to em questão, notificando e multando seu responsável por duas vezes, por es-tar suprimindo vegetação nativa de restinga. Mas mesmo com o embargo, o trabalho não foi interrompido, sendo constante a entrada de caminhões de materiais de construção e a manutenção de homens no canteiro de obras. – Frente ao destemor do proprietário, que insistiu em prosseguir a obra de ampliação de uma área não edificante, não restou outra alternativa que não

OPerAÇÃO VerDe DerrUBA CONsTrUÇÕes

IrreGUlAres NA APA De MAssAMBABA

fosse a demolição – afirmou o coordena-dor da Cicca (Coordenadoria de Combate aos Crimes Ambientais da SeA), José Mau-rício Padrone. Durante a operação, foram demolidos um quiosque de alvenaria e telhas de barro, uma casa de dois pavimentos, um pequeno galpão e uma série de passarelas de concreto sobre as areias de dunas da região, além de recolhidos, para depósito da prefeitu-ra, materiais de construção que seriam utilizados em novas instalações. o proprietário do imóvel terá que res-sarcir todo o custo da demolição feita pelo estado e recuperar a área de restinga degra-dada, de cerca de 1 hectare. o secretário estadual do Ambiente, Car-los Minc, afirmou que o helicóptero do instituto estadual do Ambiente -ineA- continuará a fazer vistorias sistemá-ticas na região, e outras eventuais novas construções irregulares serão demo-lidas.

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Março / Abril 2011 Informe AsAerlA 17

ENGENHARIA DE PETRÓLEO

PrOfISSÃO

O mercado de trabalho

O mercado do pré-sal está impulsionan-do a corrida para formar 250 mil novos profissionais até 2016 - entre eles, o en-genheiro de petróleo. Além de atuar na exploração, o profissional é contratado para trabalhar em perfuração, trans-porte, instalação de sistemas submari-nos, de gasodutos e no desenvolvimento de projetos. O Rio de Janeiro concentra 80% da produção do petróleo nacional e costuma apresentar mais oportunidades de emprego.

Salário inicialR$ 3.060,00 - 6 horas diárias

O cursoAs aulas são recheadas de cálculos, principal-mente nos dois primeiros anos. Estudam-se física, química, geologia, geometria, álgebra, lógica, estatística, mecânica e fenômenos de transporte. A partir do terceiro ano, en-tram matérias mais específicas, como fontes alternativas de energia, técnicas de explo-ração e refino do petróleo, prospecção de petróleo, matérias na indústria do petróleo, engenharia de reservatório, métodos de ele-vação, ciências dos materiais, entre outras. Na grade curricular também há disciplinas ligadas à gestão do negócio, como marke-ting, empreendedorismo, gestão ambiental e direito internacional. Estágio e trabalho de conclusão de curso são obrigatórios para se formar na graduação.

Duração médiacinco anos.

O que você pode fazerComercializaçãoAtuar na venda do petróleo aos compradores nacionais e internacionais e fazer pesquisa de preços de matérias-primas.ConsultoriaPrestar serviços para empresas do setor para avaliar os riscos ambientais na exploração,

produção e distribuição do produto.Desenvolvimento de equipamentosProjetar e acompanhar a produção de novos equipamentos utilizados nas plataformas marítimas, nas petro-químicas e em refinarias. Exploração do petróleo e derivadosDecidir como será feita a perfuração dos locais para que o material seja retirado sem prejuízo ambiental nem financeiro.Procura de reservatóriosTraçar planos para a descoberta de ja-zidas de petróleo ou poços de gás natu-ral, levando em consideração cálculos e características físicas de determina-dos espaços. Analisar a capacidade de produção dos novos reservatórios.

Transporte e distribuiçãoDesenvolver e implantar projetos para o transporte de petróleo e derivados e gás natural desde os locais de explo-ração até a chegada nas refinarias e petroquímicas.

Cuidar da distribuição do produto fi-nal até os postos e as indústrias.

SErÁ QuE ENGENHArIA dE PEtrólEo É o CurSo IdEAl PArA

mIm?

A profissão de engenheiro de petróleo vive um momento de ex-pansão e há uma grande demanda de mão-de-obra qualificada no mercado de trabalho, e os vestibulandos bem informados, estão de olho nas opor-tunidades que a indústria do petróleo oferece. Tanto que a graduação de Engenharia de Petróleo tem sido uma das mais concorridas nos processos seletivos dos últimos anos, à frente inclusive, do disputado curso de me-dicina em algumas universidades. Segundo a Agência Nacional do Petróleo (ANP), o setor cresceu 318% entre 1998 e 2004. Para cor-responder à demanda da indústria por tecnologia e profissionais quali-ficados, as universidades brasileiras passaram a oferecer cursos de gradu-ação e pós-graduação neste ramo da engenharia. Esta edição, do Boletim Informa-tivo da ASAERLA, revela o que faz este profissional, traz relatos e dicas de engenheiros sobre o trabalho de campo e de escritório, mostra como são os cursos e explica a formação necessária para se destacar no mer-cado. Segundo especialistas um enge-nheiro de petróleo atua na área de ex-ploração e produção, construção de poços, desenvolvimento de campos de prospecção, dimensionamento, avaliação e exploração de jazidas, transporte, refinamento, industriali-zação e atividades afins como pro-cessamento de gás natural. Para os profissionais da área, a grande procura pela graduação re-flete o crescimento da demanda por profissionais no mercado de trabalho. - O mercado de trabalho está em expansão no país e não há um núme-ro suficiente de pessoal capacitado. É um mercado bem remunerado, o que o torna atrativo e o aluno tenta este caminho, afirma o Engenheiro Químico Marcelo da Silva, que tem pós-graduação na COPPE-UFRJ e que coordena o curso, na Universi-

dade Estácio de Sá, em Cabo Frio. Ainda segundo o coordenador do cur-so só este ano 109 alunos foram matricu-lados no núcleo de Cabo Frio. - São 277 alunos cursando Engenharia de Petróleo em Cabo Frio. É um curso

que vemos muitas projeções para o fu-turo. As empresas estão contratando os profissionais e os jovens estão de olho nestas oportunidades, revela Marcelo da Silva. Uma dessas alunas é Juliane Gonçalves Rodrigues da Cunha, de 22 anos, que mora em Búzios, e cursa o 7º período de Engenharia de Petróleo na Universidade Estácio de Sá, em Cabo Frio. - A profissão é interessante, envol-vente e desafiadora. Um mundo de cu-riosidades onde queremos estar sempre descobrindo novas tecnologias e novos projetos. Desde o ensino médio tive certeza de que esse era o meu caminho, que por sinal, não é nada fácil, exige dedicação e esforço nos estudos, relata a universitária. A indústria de petróleo representa 9% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional é uma das áreas que mais tem avançado no país. Só a Petrobras - a maior do país

Juliane Gonçalves tem 22 anos e está cursando o 7º período de Engenharia de Petróleo

O Professor Marcelo da Silva é o coordenador do curso na Universidade Estácio de Sá - Cabo Frio

- investiu US$ 87,1 bilhões no setor entre 2007 e 2011. A meta da empresa é dobrar de tamanho até 2015.

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Março / Abril 2011Informe AsAerlA18

Gustavo Beranger, em seu gabinete, na Prefeitura Municipal de Cabo Frio, durante a entrevista concedida à ASAERLA

ENTrEVISTA

GUSTAVO BERANGER SECRETÁRIO MUNICIPAL DE DESENVOLVIMENTO DA CIDADE E MEIO AMBIENTE DE CABO FRIO ElE oCuPA A SECrEtArIA muNICIPAl dE dESENvolvImENto dA CIdAdE E mEIo AmbIENtE dESdE NovEmbro do ANo PASSAdo, QuANdo o PrEfEIto dE CAbo frIo, mArCoS dA roCHA mENdES, ANuNCIou mudANçAS Em todo o SECrEtArIAdo. A SuA SECrEtArIA É umA dAS mAIS ImPortANtES, jÁ QuE ENGlobA trêS CoordENAdorIAS - INdúS-trIA, ComÉrCIo, trAbAlHo E PESCA - PlANEjAmENto E mEIo AmbI-ENtE.

Com A vIdA PrIvAdA voltAdA PArA AtIvIdAdES Como CoNS-trução CIvIl E AdmINIStrAção dE ImóvEIS, E oCuPANdo CArGoS Pú-blICoS dE 1972, GuStAvo bErANGEr Não CoNSIdErou A mudANçA do turISmo PArA A SECrEtArIA dE dESENvolvImENto dA CIdAdE E mEIo AmbIENtE, Como um dESAfIo ComPlICAdo.

- EStou NA PolítICA dESdE 1972, oNdE jÁ dESENvolvI dI-vErSAS fuNçõES, dESdE CHEfE dE GAbINEtE A ProCurAdor GErAl do muNICíPIo. fuI vErEAdor Por doIS mANdAdoS, PrESIdENtE dA SE-CAf E SECrEtÁrIo dE GovErNo. vENHo ACumulANdo ExPErIêNCIAS Ao loNGo doS ANoS. NA SECrEtArIA dE turISmo mEu trAbAlHo ErA mAIS ESPECífICo, ENQuANto QuE AGorA AdmINIStro outrAS fuNçõES, mAS SEm dEIxAr o turISmo dE forA, jÁ QuE Como A SECrEtArIA EStA voltAdA PArA o dESENvolvImENto dA CIdAdE, o turISmo PErmANECE PrESENtE, ExPlICA o SECrEtÁrIo.

GuStAvo bErANGEr rECEbEu, Em SEu GAbINEtE, A EQuIPE dE rEPortAGEm do bolEtIm INformAtIvo dA ASAErlA E CoNCEdEu A SEGuINtE ENtrEvIStA:

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Informe ASAERLA: Quais foram as principais ações de-senvolvidas, neste pequeno período da sua gestão, no que diz respeito ao atendimento ao público? Gustavo: Sob o ponto de vista do desenvolvimento da cidade é uma preocupação diária, principalmente no que diz re-speito ao contato com a popu-lação. Temos muitas reclama-ções em relação a morosidade dos processos administrativos, mas estamos trabalhando para melhorar o tempo de agilidade.

Informe ASAERLA: De que forma? Gustavo: Aumentamos o efetivo na coordenadoria de Meio Ambiente e também o número de fiscais. Melhora-mos o atendimento ao público na sede da prefeitura e estamos transferindo a coordenadoria de Meio Ambiente para o an-tigo prédio da Prolagos. Desta forma pretendemos permitir que o contribuinte, o adminis-trador, o empresariado, tenha o seu pleito analisado o mais rápido possível.

Informe ASAERLA: Como este trabalho vai funcionar na prática? Gustavo: Nossa primeira atitude para agilizar o serviço foi formar grupos de trabalho. O Meio Ambiente tem espaço, com um funcionário exclusivo, para estar fazendo o atendi-mento e dando andamento as exigências. Hoje, quando os processos chegam à mesa do secretário, não levam mais de um dia para serem despacha-dos. Temos uma pessoa para dar andamento aos processos.

Existe também muito desconheci-mento por parte da população, no que diz respeito ao andamento dos pro-cessos no setor público, por isso va-mos criar mini-cursos direcionados aos profissionais de cada área, para informar como os processos percor-rem os setores da Prefeitura. Pre-cisamos informar aos profissionais a diferença de licenciamento prévio, licenciamento ambiental e licença definitiva. O que cada uma dessas li-cenças permite.

Informe ASAERLA: As leis que re-gulam o município são muito anti-gas. Olhando por este aspecto não é um retrocesso ao desenvolvimento da cidade? Gustavo: Com certeza. Agora em abril encaminharemos à Câmara Mu-nicipal propostas de Leis Comple-mentares que foram elaboradas pela Fundação Getúlio Vargas a partir de um estudo realizado na cidade.

Informe ASAERLA: As sugestões encaminhadas pela ASAERLA - As-sociação de Arquitetos e Engenhei-ros da Região dos Lagos - foram incluídas nas propostas de Leis Complementares, que serão en-caminhadas à Câmara para vota-ção? Gustavo: Todas as sugestões foram analisadas. A ASAERLA faz parte do CONSEPLA - Conselho de Planeja-mento. As sugestões foram coloca-das na proposta, que estará sendo en-caminhada à Câmara para fazer parte do Plano Diretor.

Informe ASAERLA: Mas o Plano Diretor já não foi aprovado pela Câ-mara? Gustavo: Ele foi aprovado, mas é genérico. Ele irá ficar completo com as Leis Complementares que tratam do Zoneamento e Ocupação do Solo; Parcelamento do Solo; Perímetro Ur-

bano de Cabo Frio e Código de O-bras, por exemplo.

Informe ASAERLA: No que a de-mora da aprovação dessas leis pode prejudicar o desenvolvimento da ci-dade? Gustavo: Veja bem, a Lei em uso existe desde 1979. É muito antiga. Quer um exemplo? Não poderíamos ter Lan House em Cabo Frio, porque em 1979 não tinha internet, então a lei não permite. De acordo com a Lei, a Avenida Teixeira e Souza, no Centro, por exemplo, é tratada como área residencial.

Informe ASAERLA: É uma Lei muito antiga. Não é possível regular a vida em 2011 seguindo os mesmos parâmetros utilizados em 1979. Gustavo: A cidade cresceu. Não podemos administrá-la sem a aprova-ção das Leis Complementares, que correspondem aos anseios da popu-lação. Não podemos administrar uma cidade com uma lei do século pas-sado, quando Cabo Frio tinha 50.000 habitantes. Segundo dados do IBGE, hoje somos 180.000 habitantes. Te-mos que aprovar as leis que corres-pondem às realidades dos dia atuais, até mesmo para agilizar os processos administrativos daqueles que pro-curam nossos serviços. A aprovação das Leis Complementares vai resol-ver o problema dos dois lados do bal-cão. É um processo que espero que seja completado em 2011, o mais rá-pido possível.

Informe ASAERLA: A agilidade do mercado e a pressa são maiores do que a capacidade do poder público pode atender? Gustavo: Sem sombra de dúvidas. Enquanto corremos a 50km/hora, o mercado está caminhando a 150km/hora. Precisamos encurtar esta ve-locidade entre o mercado e a ativi-

dade da administração pública. É notório que o poder público não acompanha a demanda por vários motivos. É o sistema que é assim. O que precisamos é diminuir a morosidade para fluir com mais tranquilidade no encaminhamento do nosso tra-balho.

Informe ASAERLA: Profis-sionais da ASAERLA já ti-veram diversas reuniões com os seus antecessores para re-clamar sobre a demora no an-damento dos processos... Mui-tos chegam a perder trabalhos e precisam das aprovações para dar andamento aos pro-jetos e até mesmo receber seus honorários. O Senhor tem al-guma saída para este impasse? Gustavo: Já estamos dando agilidade ao andamento dos processos, mas acima de tudo, é preciso que haja um comprome-timento maior das associações para fazer com que os profis-sionais não burlem as leis. Sa-bemos que estamos atrasados e que estamos correndo para não ficar pra trás. Não temos condições de ter um fiscal em cada obra, um guarda em cada esquina, para fiscalizar a cidade. As pessoas precisam entender que existem lugares apropria-dos para estacionar os seus veículos. Outra coisa: por trás de toda obra irregular existe um profissional. É preciso que haja um comprometimento de todos com o todo, com o conjunto, seja ele o profissional, o leigo, o contribuinte. Sabemos que a demora estimula ações irregu-lares, mas precisamos respeitar as leis. Aprovação de projeto é uma coisa, licença de obra é outra completamente diferente. Temos que criar um diferencial para Cabo Frio.

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HIsTÓrIA

Em 1904, por proposta do vereador Antônio Anastácio

Novellino, a Câmara Municipal de Cabo Frio atribuiu, ao canal artifi-cial que liga a laguna de Ararua-ma ao Oceano Atlântico paralela-mente ao canal natural do Itajurú, o nome de seu criador, o engen-heiro Léger Palmer (ver a matéria “O engenheiro polivalente” nesta mesma edição), quando decidiu-se ainda pela instalação de um monu-mento comemorativo a ser insta-lado no ponto inicial onde os dois canais se encontram, o que veio a ser realizado três anos depois, sen-do escolhida uma réplica da está-tua grega denominada “Vitória da Samotrácia” sobre um capitel em estilo coríntio com nove metros de altura, cuja interessante história merece uma referência resumida.

Quando morreu Alexandre, o conquistador do imenso

Império Persa, seus generais

engalfinharam-se numa guerra de todos contra todos, entre os quais Ptolomeu (que fundou a última di-nastia faraônica do Egito, a qual du-rou três séculos e cuja última rainha foi Cleópatra) e Antígono (cognomi-nado em grego “cíclope” ou “mono-oftalmo” por ter perdido um olho em combate), cujo território correspon-dia às atuais Turquia e Síria. Tendo Ptolomeu enviado uma esquadra contra Antígono, este replicou en-viando outra comandada por seu filho Demétrio, intitulado em grego “poliorcotes”, isto é, “conquista-dor de cidades”, o qual derrotou a frota egípcia em frente à importante ilha (hoje nação independente) de Chipre, em 306 A.C., a qual, em fun-ção da vitória, passou do domínio de Ptolomeu para o de Antígono.

No ano seguinte, foi inaugurada em comemoração por Antígono

– no Santuário dos Grandes Deuses da cidade insular de Samos, no lito-ral da Trácia, na Grécia, referida usualmente como Samotrácia – uma estátua feminina com asas de anjo e tocando uma trombeta, sobre uma base em forma de proa naval. Tais estátuas, denominadas “vitória” (“nikê” em grego), obedecem ao estilo da escola grega ática do final do século IV A.C., tendo sido muito populares e abundantes durante o chamado período helenístico e tam-bém no Ocidente moderno, gerando inúmeras réplicas como a cabo-friense instalada no Canal Palmer.

Em virtude da instabilidade do solo do local onde esta última

foi implantada, a coluna foi lenta-

* Luiz Carlos da Cunha SilveiraA VitóriA de PAlmer

mente se inclinando sem contu-do tombar, no estilo da famosa Torre de Pisa, recebendo então seus apelidos de “Anjo Caído” e “Boneca”. Foi restaurada por duas vezes, em 1980 e 2002 - na segunda, pelo artista plásti-co cabo-friense José Roberto Pereira de Souza (cujo nome artístico é ZÉ DE KANÔ), o qual teve de praticamente recri-ar uma nova obra de arte, já que a original encontrava-se arrui-nada pela primeira restauração, que a reduzira a uma massa de tijolos e ferragens encontrando-se atualmente (2011) em bom estado e na vertical, embora permaneçam seus apelidos. As-sim, enquanto a estátua original – redescoberta em 1863 e atual-mente localizada em posição de destaque na escadaria principal do Museu do Louvre em Paris (ver foto) – rememora uma an-tiga batalha naval, sua réplica cabo-friense homenageia um pouco lembrado engenheiro lo-cal, constituindo aliás, até o mo-mento, o único tributo escultural em Cabo Frio a um profissional de Engenharia ou Arquitetura vinculado à história da cidade.

* Luiz Carlos da Cunha Silveira é engenheiro, pesquisador e escritor. É membro da diretoria da ASAERLA

PROfISSIONAL DEVE TER CONhECIMENTOS

MULTIDISCIPLINARES PARA DESENVOLVER,

ACOMPANhAR E ATENDER NECESSIDADES DE CADA OBRA

Normalmente, um consultor de pro-jetos de esquadrias de alumínio tem em seu currículo, além da especialização no assunto, experiência e diversidade de atuação profissional. Por exigir múltiplas habilidades, dificilmente o mercado dis-põe de jovens profissionais nessa área. O consultor de esquadrias tem sob sua responsabilidade o projeto e o estudo de caixilharia, que prevêem a perfeita com-binação do produto e seus complementos com as outras interfaces da construção civil. Esse profissional deve conhecer as normas existentes e a aplicação de mé-todos de ensaio para avaliar os perfis e linhas necessárias, de modo que os com-ponentes tenham a qualidade ideal às características da construção em termos de estanqueidade, cargas, pressões e ve-dação. O consultor é acionado antes do início do projeto de esquadrias, atuando com grupos multidisciplinares. Todo esse co-nhecimento vem da atuação multidisci-plinar do profissional, que embora esteja focado em sua especialidade, deve estar envolvido com as demais variáveis do canteiro. Entre as habilidades fundamentais está a de assegurar os prazos de entrega e a qualidade do serviço para poder apresen-tar a melhor solução para cada empreen-dimento, aprovar a proposta junto ao fabricante e, ainda, avaliar as condições de instalação e lidar com possíveis pro-blemas como vedação, dilatações, reves-timentos ou cargas de vento. "Por estar à frente no processo de-cisório, o consultor tem que ter disponi-bilidade para o conhecimento, sempre buscando os melhores e inovadores pro-cessos tecnológicos”. Aptidões: conhecimento das técnicas e normas regulamentadoras, técnicas de construção para viabilizar a instalação e projeto, conhecimento técnico teórico e prático avançado em projetos de esqua-drias e estar apto a desenvolver ensaios técnicos.

Artigo na Web: “ Consultoria de Esquadrias de Alumínio”

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MeMÓrIA

Dos três mais conhecidos engenheiros na história de Cabo Frio, dois foram bastante especializados: Bel-legarde era o que hoje se denomina engenheiro civil, embora fosse militar de carreira, enquanto Lindenberg concentrou-se, ao longo de toda sua vida profissional, ao desenvolvimento da tecnologia extrativa de sal marinho. Já o terceiro foi um empresário, técnico e pesquisador que atirava em todas as direções para testar o que seria bem sucedido (principalmente sob o aspecto da lucrativi-dade), ou seja, enquadrava-se naquilo que está presente-mente em moda classificar-se como empreendedorismo.

LÉGER PALMER nasceu em Paris em 1837, já filho de outro engenheiro, um dos mais ilustres de sua época, Jean Laurent Palmer, inventor do micrômetro (também conhecido como palmer, nônio ou vernier) e também do compasso - calibre para diâmetros e ainda do tubo metáli-co sem costura, três invenções (além de muitas outras de sua autoria, como o binóculo náutico) que revoluciona-ram a tecnologia das armas de fogo, da metralhadora ao canhão. Seu filho Léger, por sua vez, formou-se engen-heiro mecânico pela Escola de Chalon-sur-Marne, tendo trabalhado na fábrica de máquinas- ferramentas Chalon-Roys antes de emigrar para o Brasil com apenas 21 anos e instalar-se na Região dos Lagos em 1871, onde morreu em 18/06/1906 em decorrência de acidente de trabalho (queda com traumatismo craniano) na Salina Trapiche, de sua propriedade, onde hoje se situa o bairro da Ogiva e onde também ficava sua residência avarandada ao centro de espaçoso gramado dotado de muitos coqueiros, ainda existente e bem conservada, vizinha ao Clube Náutico.

O motivo de sua vinda ao Brasil foi sua contratação para instalar em Macaé o engenho de açúcar a vácuo na Fazenda Quissamã do Barão de Capanema, o mais antigo do país e que funciona até hoje. Uma vez aqui, conduziu sua atuação profissional em três frentes distintas: conces-sionário de patentes industriais e comerciais; salicultura; navegação lagunar e oceânica.

No primeiro caso, como beneficiário de concessões governamentais, requereu privilégio por dez anos, con-cedido em agosto de 1867, para o monopólio das vendas do ferro de engomar a gás, usado desde 1850 nos Esta-dos Unidos e Europa e introduzido por Palmer no Brasil em 1868. Por outro lado, o decreto 4199, de 27/05/1868, concedeu exclusividade a Palmer, por cinco anos, para construir aparelhos a vácuo de fabricar açúcar. Além dis-so, recebeu o monopólio da navegação a vapor na laguna de Araruama pelo contrato de 28/09/1873, de acordo com lei de 1869, e adicionalmente obteve a patente de inven-tor no. 7383 em 1879 para um aparelho destinado à ex-tração das conchas do fundo da laguna para a fabricação da cal (caieiras). Por último, obteve licença para insta-lar uma fábrica de conservas na atual Ogiva, na ilha de Simão Luis ou do Apicú, com duas unidades adicionais em Arraial e Búzios.

Quanto ao setor da salicultura, instalou em São Pedro da Aldeia (ainda parte de Cabo Frio), as primeiras salinas consideradas modernas, por uti-lizarem o método de evaporação ao tempo, introdu-zido na região pelos técnicos portugueses de Aveiro e Figueira da Foz, mas que ficou aqui conhecido como “salina francesa” por causa de Palmer. De suas duas grandes salinas, a primeira foi a Salina dos Índios (depois Salina da Aldeia e ainda mais tarde Salina Mossoró), em terras adquiridas à famí-lia Quintanilha (José Lopes Azevedo, avô de Mário Quintanilha), sendo a segunda a Trapiche já citada. Publicou ainda em 1875, sobre a questão do sal la-gunar, um de seus dois livros técnicos, intitulado “Lagoa de Araruama”.

Foi, porém em sua terceira linha de atuação que Palmer viria a destacar-se na história cabo-friense: a navegação, sob triplo aspecto: dos transportados (cargas, notadamente o sal, e passageiros); das em-barcações; e do meio aquático enquanto via de cir-culação (laguna, canal e oceano) - tudo envolvido numa novela longa e complexa que aqui podemos apenas mencionar.

Quanto aos dois primeiros aspectos, Palmer – que expôs e defendeu suas idéias em seu segundo livro, intitulado “Companhia de Navegação a Vapor da Lagoa de Araruama e entre Cabo Frio e Rio de Ja-neiro” – fundou essa companhia com quatro vapores e oito saveiros, associado ao Barão de Capanema, e ainda introduziu as barcaças de sal a vela, denomi-

nadas “chatas”, ainda operacionais há poucas décadas atrás, transportando o sal grosso de todas as salinas da lagoa para o porto de Palmer (onde hoje fica o Boulevard Canal), de onde eram transferidos para seus (e de outros armadores) navios oceânicos.

Já quanto ao terceiro aspecto, o engenheiro preocupou-se em implantar uma infra-estrutura que viabilizasse tais rotas de navegação, já que Cabo Frio, desde sua funda-ção, jamais fôra um porto, em flagrante desperdício de um amplo potencial, o que demonstra o pioneirismo de Palmer. Ainda por cima, a barra do canal fora obstruída em 1615 com rochas pelo fundador da cidade, Constan-tino Menelau, a pretexto de bloquear o acesso à laguna por parte de embarcações inimigas, o que também, ob-viamente, a vedou às amigas. Para enfrentar tal desafio, composto por duas gigantescas obras complementares (por um lado, a desobstrução da barra; por outro, a reti-ficação e aprofundamento do canal), Palmer contou com a assessoria direta de dois dos mais notáveis engenheiros hidrólogos à época, o brasileiro Barão de Teffé e o belga Eugene Stevaux (ver minha matéria “O engenheiro, o canal e as socialites” na edição no. 21 deste informativo (abril/maio – 2010)).

Quanto à primeira tarefa, vieram a ser removidas, por dragagem, 1375 toneladas de entulho, resultando o aumento da profundidade média de 1,00 m para 2,20 m e da largura navegável de 20 m para 30 m na barra. Quanto à segunda, Palmer iniciou por traçar, em 1872, o Canal da Aldeia de São Pedro (atual Canal de Mossoró) e por construir finalmente, com séculos de atraso, um porto para Cabo Frio (já mencionado acima) com seus armazéns de sal e ainda com a primeira banca de pescado da cidade (esta também onde hoje se situa o Boulevard Canal), o qual atuou até menos de meio século atrás.

Sua maior e mais dificultosa obra, porém, consistiu em rasgar um canal artificial entre o oceano e a lagoa, paralelo ao canal natural do Itajurú, dado que este último encontrava-se então totalmente assoreado por baixios e bancos de areia. Tal canal veio a ser construído entre 1875 e 1880, numa extensão total de 2274 m, com 28 m de largura e comportando três segmentos: o de 500 m que criou a chamada Ilha do Anjo, o de 1089 m que atravessa o Saco da Mata Figueira em frente às Palmei-ras e o que formou a Ilha da Conceição, com 685 m. Por fim, os muros de contenção ou arrimo foram executados em 1903.

Quanto ao “Anjo Caído” ou “Boneca”, remeto à minha coluna histórica nesta mesma edição.

O engenheiro polivalente* Luiz Carlos da Cunha Silveira

O engenheiro Léger Palmer

* Luiz Carlos da Cunha Silveira é engenheiro, pesquisador e escritor. É membro da diretoria da ASAERLA

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urBANISmO

Aprovada pela Câmara Municipal no final de 2010, sancionada pelo prefeito Marquinho Mendes no último dia 30 de dezembro e publicada no Diário Oficial do município em 31 do mesmo mês, a Lei nº 2330 instituiu em Cabo Frio o Sistema Municipal de Licenciamento Ambiental. O SIMLA faz parte da política ambiental federal e tem como objetivo delegar aos municípios a liberação de licenciamentos ambientais, autorizações, certidões, entre outros.

O SIMLA vai agir sobre o licenciamento e o controle de empreendimentos e ativi-dades de impacto local consideradas ativa ou potencialmente poluidoras e capazes de causar degradação ambiental. Formam o Sistema de Licenciamento Ambiental a Secretaria Municipal de Desenvolvi-mento da Cidade e Ambiente (SEDESC) a Coordenadoria Geral de Meio Ambiente (COGEMA), o Conselho Municipal de Meio Ambiente, a Comissão de Apuração e Análise de Defesa Prévia de Infrações Ambientais (CADEPIA) e o Fundo Mu-nicipal de Meio Ambiente.

Cada órgão possui suas aquisições e obrigações distintas. A SEDESC é a res-ponsável pela formulação e controle da política municipal de meio ambiente; a COGEMA realiza o gerenciamento e li-cenciamento ambiental, fiscalização e operação de empreendimentos quanto ao impacto ambiental; o Conselho fica res-ponsável pelo assessoramento ao Poder Executivo no âmbito da formulação das políticas de meio ambiente; a CADE-PIA se destina à apuração de denúncias e análise de defesa prévia e infrações am-bientais e o Fundo Municipal é o instru-mento de captação e aplicação de recursos

com objetivo de custear a implantação de projetos de recuperação e proteção ambiental.

Também estão na lista de atribuições do Sistema a construção, instalação, ampliação, reforma, recuperação, alte-ração, operação e desativação de obra e prédios, estabelecimentos, empreendi-mentos, atividades que utilizem recur-sos ambientais ou consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras, inclu-sive sonoras ou visuais, ou que causem degradação ambiental. Caberá ao mu-nicípio o licenciamento ambiental dos empreendimentos e atividades consi-deradas de impacto local, bem como as que forem delegadas pelo Estado ou pela União por instrumento legal ou convênio.

A implantação do Sistema Mu-nicipal de Licenciamento Ambiental faz parte da Política Nacional de Meio Ambiente (Sisnama), promulgada em 1981, e que determina que o SIMLA deve ser constituído, minimamente, de três elementos: um órgão de caráter e-xecutivo, um conselho representativo da sociedade e um fundo ambiental.

As multas e infrações previstas pela Lei variam de R$2 mil a R$2 milhões para crimes ambientais que vão desde poluição do ar, do solo e dos rios e mananciais até a disseminação de pragas prejudiciais à a-gricultura.

A íntegra da Lei nº 2330/2010 pode ser encontrada no site da Câmara Municipal: www.cmcabofrio.rj.gov.br

Sistema Municipal de Licenciamento Ambiental da Prefeitura de Cabo Frio(*) por Juarez Lopes

Juarez Lopes é engenheiro e diretor de Meio Ambiente da ASAERLA

ArTIGO

Um trânsito racional, com segurança, fluidez e conforto, depende de ações em três áreas distintas: engenharia, educação e esforço legal. A engenharia age através do desenvolvimento de projetos, junto à infra-estrutura como circulação, locais de estacionamento, forma de operação nos cruzamentos, sinalização, etc. A edu-cação contribui para o desenvolvimento no sentido de segurança viária através do ensino de normas e condutas corretas aos usuários do sistema de trânsito. Já o es-forço legal consiste em fiscalizar, adver-tir, orientar e, quando necessário, multar ou tomar as providências legais.

No Brasil a Engenharia de Tráfego evoluiu como um ramo da Engenharia a partir do final da década de 50, face ao aumento do processo de urbanização causado pela industrialização dos cen-tros urbanos, particularmente da indús-tria automobilística.

Em Cabo Frio, principalmente no centro, já é possível ver pontos de re-tenção como existem em cidades como Guarapari, no Espírito Santo, Santos e Guarujá, em São Paulo, e Niterói, no Rio de Janeiro.

- Precisamos reduzir os impactos ago-ra, fiscalizar, encontrar uma forma de re-duzir o número de veículos nas ruas, para mais adiante, conseguir controlar a ocu-pação. É importante frisar que não somos contra o desenvolvimento da cidade, mas precisamos nos preocupar com o futuro. Lógico que temos proporções menores aqui, mas são milhares de carros nas ruas, são chapas metálicas que recebem e produzem calor. Isso faz aumentar a tem-peratura. Precisamos nos preocupar com a qualidade ambiental, diz o engenheiro Juarez Lopes, diretor de Meio Ambiente da ASAERLA.

Juarez Lopes também se mostra apre-ensivo quanto à construção de grandes empreendimentos, como o shopping com estacionamento para 1.500 veículos, num terreno de 100.000m2 nas Palmeiras, que está em análise no Conselho Municipal de Meio Ambiente, que não aprovou o Estudo de Impacto de Vizinhança, apre-sentado pelos empreendedores.

- Nós entendemos que o estudo de tráfego que foi apresentado precisa ser melhorado. Sugerimos algumas coisas, inclusive um convênio com a COPPE-UFRJ, que tem profissionais capacitados para auxiliar nesta análise, explica.

O projeto arquitetônico, previamente aprovado pela Prefeitura, teve a obra embar-gada pela Associação de Moradores do bair-ro, que contestou a falta de licenciamento ambiental.

- Segundo avaliação da Prefeitura o proje-to arquitetônico é possível de ser executado ali, mas as pessoas precisam entender que a aprovação de um projeto é uma coisa. Após ele ser aprovado ele passa por outras etapas. Existe muito desconhecimento de como anda um processo. Ele precisa de licencia-mento prévio, licença ambiental definitiva e outras exigências que precisam ser cumpri-das. No momento, a obra do stand de vendas está embargada. Não existe licença ambien-tal do INEA. Muita coisa ainda precisa ser vista, finalizou o secretário de Desenvolvi-mento da Cidade e Meio Ambiente, Gustavo Beranger.

O Crescimento da Cidade

Construção do stand de vendas foi embar-gada por falta de licenciamento ambiental dos órgãos competentes

Trânsito caótico na Rua Raul Veiga, no cen-tro de Cabo Frio, durante o horário de saída dos estudantes de um colégio

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