Paróquia São João Batista -...

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Paróquia São João Batista ANO IV - Nº XIV. AGOSTO 2018 DOCUMENTO 105 DA CNBB Leigos e leigas (7) O A partir do nº 84, o documento 105 nos recorda que “a Igreja não é uma ilha de perfeitos, mas uma comunidade missionária e de aprendizagem”. Por isso, é chamada a ser: a) Comunidade de discípulos(as) de Jesus Cristo, sempre aprendendo com ele e procurando ter o jeito de Jesus; b) Escola de vivência cristã, que contribui para a realização do Reino de Deus; c) Organização comunitária feita de diversidade, onde cada pessoa, com dons e funções diferentes, vive sua missão na comunidade e na sociedade; d) Comunidade inserida no mundo como testemunha e servidora do Reino, levando à Sociedade os valores do Evangelho; e) Povo de Deus que dialoga com o mundo, procura descobrir nele sinais do Reino e faz parceria com todas as pessoas que buscam um mundo justo, fraterno e feliz; f) Comunidade que se abre permanentemente para as urgências do mundo e se renova em seus métodos e em sua estrutura, para transformar o mundo pela prática do amor; g) Comunidade que mostra a fraternidade de ajuda e serviço mútuo, atenta às pessoas mais frágeis e necessitadas; h) Igreja “em saída”, de portas abertas, que vai em direção às periferias humanas, acolhendo e acompanhando os marginalizados e pecadores. Nessa missão, os leigos(as) não devem ser considerados como ‘colaboradores’ do clero, mas como pessoas realmente ‘corresponsáveis’ do ser e do agir da Igreja. Pe. José Antonio de Oliveira “Livrai-nos do fogo do inferno” Quando se reza o terço ou rosário, no final de cada dezena, após o “Glória ao Pai...”, a gente diz: “Oh, meu Jesus, perdoai-nos, livrai-nos do fogo do inferno...”. Se não rezar essa jaculatória, parece que o terço não valeu. É quase automático. Porém... será que faz sentido essa oração? Tenho minhas dúvidas. Em primeiro lugar, por causa do fogo. O inferno seria fogo? Mas, se a ideia é mostrar que inferno é um sofrimento muito grande, após a morte não existe mais dor física. O fogo não vai queimar a alma ou fazer doer. Seria outro tipo de dor. Então, tentemos entender melhor. No texto original da bíblia, a palavra inferno não aparece. Como sabemos, a bíblia foi escrita em hebraico e em grego. Inferno é uma palavra do latim, e significa algo inferior, de baixo. Quando foi feita a tradução para o latim, usaram a palavra ‘inferno’ para traduzir outras quatro que aparecem no original grego ou hebraico: Sheol, Hades, Tártarus e Geena. Sheol e Hades significam sepultura, lugar dos mortos, escuridão. Tártarus é o lugar dos anjos caídos. Geena aparece várias vezes no evangelho (cf. Mt 23,15; Mc 9,45; Mt 5,22). É uma espécie de “lixão público”, que ficava no Vale de Hinon, perto de Jerusalém. Era o local onde se jogavam os resíduos, cadáveres de animais e malfeitores, e imundícies de todas as espécies. Havia um fogo que nunca se apagava, para queimar tudo. Um local de impurezas. Jesus diz que a condenação é como atirar alguém nesse lugar (cf. Mt 23,33). Na verdade, inferno seria ficar longe de Deus, fora do amor, fora do bem. É a pessoa escolher livremente permanecer longe do amor. “Deus é Amor: Quem ama permanece em Deus e Deus permanece nele” (1Jo 4,16). Aí você pode dizer: mas os pastorzinhos em Fátima, que ensinaram essa jaculatória, viram o fogo do inferno... Claro, a visão deles é de acordo com aquilo que têm na mente. Contam lá, por exemplo, que “por três vezes o sol girou e se precipitou sobre a terra”. Isso é impossível! Se nem a bíblia a gente pode interpretar “ao pé da letra”, imaginem as aparições. Outra coisa em que não vejo sentido é pedir a Deus para nos livrar do “fogo do inferno”. Pode ter certeza disto: Deus jamais condenaria alguém! Jamais mandaria alguém para o inferno! Por quê? São inúmeras as respostas. Basta ler a bíblia. “Deus amou tanto o mundo que entregou seu Filho para que todos tenham a vida eterna” (Jo 3,16). Veja, Ele é capaz de morrer por nós. Ele dá a vida para nossa salvação. “Deus não quer a morte do pecador, mas que se converta e viva” (Ez 18,23; 33,11). Jesus disse: Se vocês, que são pecadores, dão o melhor para os seus filhos, imaginem Deus, (cf. Mt 7,11). Como um Deus, que é puro amor, vai criar alguém para depois torturá-lo no inferno? Pense bem: se um juiz bem severo julgar você por todos os erros que já cometeu, por todo o mal que já fez, poderá condená-lo(a) a alguns anos de cadeia. Será que Deus teria a coragem de condenar um(a) filho(a) amado(a), que custou o sangue de Cristo, a um castigo eterno, muito pior do que a pena de morte?!!! Veja o que diz o Salmo 144: “Misericórdia e piedade é o Senhor, ele é amor, é paciência, é compaixão. O Senhor é muito bom para com todos, sua ternura abraça toda criatura”. Jesus fala de um Pai que tem ternura de mãe. Que nem espera pedir perdão para acolher, abraçar e fazer festa (cf. Lc 15). Ele jamais condenaria alguém que criou com tanto amor. Por isso, o Catecismo da Igreja Católica, ao falar de inferno, usa a expressão “autoexclusão” (n. 1033), ou uma “aversão voluntária e eterna a Deus” (n. 1037). Só se, depois que Deus fizer de tudo para salvar, a pessoa livremente, conscientemente escolher ficar longe dele. Porque Deus é capaz de tudo para nos salvar, mas respeita a nossa liberdade. Além disso, no livro do Apocalipse Deus nos garante: “Nunca mais haverá morte, nem tristeza, nem choro, nem dor” (Ap 21,4). “Eis que faço novas todas as coisas” (Ap 21,5). Por isso, dou uma sugestão. Mais que isso, faço um pedido. Em vez de rezar essa jaculatória durante o terço, rezem uma outra que é muito mais rica, positiva e eficaz: “Jesus, manso e humilde de coração, fazei o meu coração semelhante ao vosso!”. Porque se você tiver um coração parecido com o de Jesus, não só estará livre do inferno, mas já vai experimentar o céu aqui na terra. Pe. José Antônio de Oliveira Para início de conversa... Para início de conversa...

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Paróquia São João BatistaANO IV - Nº XIV. AGOSTO 2018

DOCUMENTO 105 DA CNBBLeigos e leigas (7)

O A partir do nº 84, o documento 105 nos recorda que “a Igreja não é uma ilha de perfeitos, mas uma comunidade missionária e de aprendizagem”. Por isso, é chamada a ser:a) Comunidade de discípulos(as) de Jesus Cristo, sempre aprendendo com ele e procurando ter o jeito de Jesus;b) Escola de vivência cristã, que contribui para a realização do Reino de Deus;c) Organização comunitária feita de diversidade, onde cada pessoa, com dons e funções diferentes, vive sua missão na comunidade e na sociedade;d) Comunidade inserida no mundo como testemunha e servidora do Reino, levando à Sociedade os valores do Evangelho;e) Povo de Deus que dialoga com o mundo, procura descobrir nele sinais do Reino e faz parceria com todas as pessoas que buscam um mundo justo, fraterno e feliz;f) Comunidade que se abre permanentemente para as urgências do mundo e se renova em seus métodos e em sua estrutura, para transformar o mundo pela prática do amor;g) Comunidade que mostra a fraternidade de ajuda e serviço mútuo, atenta às pessoas mais frágeis e necessitadas;h) Igreja “em saída”, de portas abertas, que vai em direção às periferias humanas, acolhendo e acompanhando os marginalizados e pecadores.Nessa missão, os leigos(as) não devem ser considerados como ‘colaboradores’ do clero, mas como pessoas realmente ‘corresponsáveis’ do ser e do agir da Igreja.

Pe. José Antonio de Oliveira

“Livrai-nos do fogo do inferno”

Quando se reza o terço ou rosário, no final de cada dezena, após o “Glória ao Pai...”, a gente diz: “Oh, meu Jesus, perdoai-nos, livrai-nos do fogo do inferno...”. Se não rezar essa jaculatória, parece que o terço não valeu. É quase automático.

Porém... será que faz sentido essa oração? Tenho minhas dúvidas. Em primeiro lugar, por causa do fogo. O inferno seria fogo? Mas, se a ideia é mostrar que inferno é um sofrimento muito grande, após a morte não existe mais dor física. O fogo não vai queimar a alma ou fazer doer. Seria outro tipo de dor.

Então, tentemos entender melhor. No texto original da bíblia, a palavra inferno não aparece. Como sabemos, a bíblia foi escrita em hebraico e em grego. Inferno é uma palavra do latim, e significa algo inferior, de baixo. Quando foi feita a tradução para o latim, usaram a palavra ‘inferno’ para traduzir outras quatro que aparecem no original grego ou hebraico: Sheol, Hades, Tártarus e Geena. Sheol e Hades significam sepultura, lugar dos mortos, escuridão. Tártarus é o lugar dos anjos caídos.

Geena aparece várias vezes no evangelho (cf. Mt 23,15; Mc 9,45; Mt 5,22). É uma espécie de “lixão público”, que ficava no Vale de Hinon, perto de Jerusalém. Era o local onde se jogavam os resíduos, cadáveres de animais e malfeitores, e imundícies de todas as espécies. Havia um fogo que nunca se apagava, para queimar tudo. Um local de impurezas. Jesus diz que a condenação é como atirar alguém nesse lugar (cf. Mt 23,33).

Na verdade, inferno seria ficar longe de Deus, fora do amor, fora do bem. É a pessoa escolher livremente permanecer longe do amor. “Deus é Amor: Quem ama permanece em Deus e Deus permanece nele” (1Jo 4,16).

Aí você pode dizer: mas os pastorzinhos em Fátima, que ensinaram essa jaculatória, viram o fogo do inferno... Claro, a visão deles é de acordo com aquilo que têm na mente. Contam lá, por exemplo, que “por três vezes o sol girou e se precipitou sobre a terra”. Isso é impossível! Se nem a bíblia a gente pode interpretar “ao pé da letra”, imaginem as aparições.

Outra coisa em que não vejo sentido é pedir a Deus para nos livrar do “fogo do inferno”. Pode ter certeza disto: Deus jamais condenaria alguém! Jamais mandaria alguém para o inferno! Por quê? São inúmeras as respostas. Basta ler a bíblia. “Deus amou tanto o mundo que entregou seu Filho para que todos tenham a vida eterna” (Jo 3,16). Veja, Ele é capaz de morrer por nós. Ele dá a vida para nossa salvação. “Deus não quer a morte do pecador, mas que se converta e viva” (Ez 18,23; 33,11). Jesus disse: Se vocês, que são pecadores, dão o melhor para os seus filhos, imaginem Deus, (cf. Mt 7,11). Como um Deus, que é puro amor, vai criar alguém para depois torturá-lo no inferno?

Pense bem: se um juiz bem severo julgar você por todos os erros que já cometeu, por todo o mal que já fez, poderá condená-lo(a) a alguns anos de cadeia. Será que Deus teria a coragem de condenar um(a) filho(a) amado(a), que custou o sangue de Cristo, a um castigo eterno, muito pior do que a pena de morte?!!!

Veja o que diz o Salmo 144: “Misericórdia e piedade é o Senhor, ele é amor, é paciência, é compaixão. O Senhor é muito bom para com todos, sua ternura abraça toda criatura”. Jesus fala de um Pai que tem ternura de mãe. Que nem espera pedir perdão para acolher, abraçar e fazer festa (cf. Lc 15). Ele jamais condenaria alguém que criou com tanto amor.

Por isso, o Catecismo da Igreja Católica, ao falar de inferno, usa a expressão “autoexclusão” (n. 1033), ou uma “aversão voluntária e eterna a Deus” (n. 1037). Só se, depois que Deus fizer de tudo para salvar, a pessoa livremente, conscientemente escolher ficar longe dele. Porque Deus é capaz de tudo para nos salvar, mas respeita a nossa liberdade.

Além disso, no livro do Apocalipse Deus nos garante: “Nunca mais haverá morte, nem tristeza, nem choro, nem dor” (Ap 21,4). “Eis que faço novas todas as coisas” (Ap 21,5).

Por isso, dou uma sugestão. Mais que isso, faço um pedido. Em vez de rezar essa jaculatória durante o terço, rezem uma outra que é muito mais rica, positiva e eficaz: “Jesus, manso e humilde de coração, fazei o meu coração semelhante ao vosso!”. Porque se você tiver um coração parecido com o de Jesus, não só estará livre do inferno, mas já vai experimentar o céu aqui na terra.

Pe. José Antônio de Oliveira

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Pauta Jovem

Expediente - O Precursor

Realização: Paróquia São João Batista Direção: Pe. José Antonio /Pe. Rodrigo Artur Produção: PASCOM Impressão: Gráfica e Editora Dom Viçoso Circulação / Tiragem: Mensal - 1.500 exemplares Distribuição gratuita

Endereço: Praça Monsenhor Gerardo Magela, nº 12 Centro - Barão de Cocais / MG

A Igreja nos ensinaA Igreja nos ensina

O que é a blasfêmia contra o Espírito Santo?

Sobrevoados numa leitura a curtos olhos, os Evangelhos de Jesus Cristo segundo Mateus (12,22-32), Marcos (3,22-30) e Lucas (12,1-12) nos respondem, grosso modo, como sendo a afirmativa do mal como maior que o bem, do pecado como maior que a misericórdia de Deus. E o Evangelho segundo Mateus talvez seja o que melhor nos ajude, por ora, a entender o porquê desta afirmação.

Conta-nos o primeiro Evangelho que, diante de uma multidão de pessoas, Jesus curou, física e também espiritualmente, o endemoniado cego e mudo que lhe chegou ao encontro: libertou-o do mal, ao expulsar-lhe os demônios, e, consequentemente, do pecado, ao devolver-lhe a visão e a voz. Misericordioso, conheceu as misérias de um ser humano e não lhes permitiu a última palavra. O resultado dessa cura causou, no entanto, divergência entre a maior parte da multidão e os fariseus: enquanto aquela se espantou positivamente, estes afirmaram, de maneira audaciosa, que Jesus recorreu a Belzebu, o príncipe dos demônios, para realizar a referida cura (vv. 22-24).

Estariam, pois, os fariseus colocando em dúvida supremacia do bem contra o mal? Sim. Afirmando Belzebu como ‘o autor’ da cura do endemoniado, declararam o poder de Deus como fraco ou insuficiente diante do mal, a tal ponto de ser preciso recorrer ao próprio mal para vencê-lo; não consideraram a misericórdia de Deus como suficientemente capaz de eliminar o mal daquele homem. Em outras palavras, colocaram o mal acima do bem; o pecado acima da misericórdia. Mas Jesus – por conhecer os pensamentos deles (v. 25) –, além de lhes afirmar que o mal jamais poderá sequer pretender qualquer força contra o bem (v. 26), deixou-lhes claro que o endemoniado fora curado pelo Espírito de Deus (v. 28) e que considerava a não aceitação desta verdade como uma blasfêmia contra o Espírito Santo, um pecado imperdoável nesta vida e na outra (vv. 31-32).

E isto não porque exista pecado para o qual não tenha perdão – possibilidade totalmente descartada pelo próprio Jesus (Mt 12,31) –, mas porque os próprios fariseus não quiseram aceitar a ação misericordiosa do Espírito de Deus na vida daquele endemoniado. Afinal, como nos afirma São João Paulo II, “a ‘blasfêmia’ [...] consiste [...] na recusa de aceitar a salvação que Deus oferece ao homem, mediante o Espírito Santo [...]” – recusa que, segundo o Catecismo da Igreja Católica, para ser considerada blasfêmia, deve ser livre (Cf. §1864). Portanto, continua, “se Jesus diz que o pecado contra o Espírito Santo não pode ser perdoado nem nesta vida nem na futura, é porque [houve, da parte dos fariseus, uma] recusa radical a converter-se” à verdade que presenciaram, porque “a blasfêmia contra o Espírito Santo não [lhes permitiu] sair da prisão em que [eles próprios se fecharam]” (Dominum et Vivificantem, 46).

Então, nos tempos atuais, cuidemos não somente de nos confiar, a cada dia, à misericórdia de Deus, mas, também, de mostrá-la às pessoas como a última palavra, como o nome Daquele que nos liberta e nos autoriza a libertar pessoas de suas prisões.

Pe. Rodrigo Artur

Quase todos os jovens querem ser adultos. Quase todos querem saltar logo para a parte em que são casados, têm filhos e um emprego bacana que pague bem. No entanto, mais importante que o resultado final da corrida, é a jornada. É durante a jornada que nos tornamos as pessoas que irão ou não ter essas coisas. Uma boa jornada garantirá um belo final. As lições mais importantes que uma pessoa irá aprender em sua vida não estão escondidas na reta final, mas estão ao longo do caminho.

A família é o amor que plantamos em solo fértil, com raiz forte e que cultivamos e cuidamos constantemente, para que brotem belas flores e tenham bons frutos. Não é à toa que se compara a família a uma árvore. Afinal, o que é a família senão vários galhos unidos pela mesma raiz, que precisa ser forte para suportar as intempéries da vida.

A família é feita de laços para durar. Não importa se é família de sangue ou de coração. O importante é que exista amor. As famílias de verdade são formadas por pessoas unidas, que se apoiam incondicionalmente, que querem o bem do outro, que se sacrificam um pelo outro sem pedir nada em troca, que celebram as alegrias da vida juntas, e que oferecem os ombros como suporte para a dor. Há famílias que são planejadas, plantadas desde a primeira semente. Há famílias que brotam por acaso, em um solo pouco fértil. Mas as famílias realmente felizes são aquelas que nutrem a vida de amor! E não existe família sem uma base e muitas dessas bases familiares são os Pais, por isso neste mês de agosto os jovens precursores parabenizam aqueles que são verdadeiras bases, que sustentam os seus com confianças no Senhor.

Feliz dia dos Pais!Jovens Precursores

Irmãs e irmãos, paz e bem!!!

Estamos em agosto, mês privilegiado para mais uma vez refletirmos sobre as vocações. Mas o que é a vocação? Segundo diversos dicionários, a palavra vocação tem origem latina e quer dizer chamamento, pessoa chamada, vem do verbo chamar, e, quem chama por sua vez, utiliza a voz, produz um som, grita, fala...

E quem nos chama? É o próprio Deus quem nos chama e envia. “Não fostes vós que me escolhestes, mas eu vos escolhi e vos designei para que vades e produzais frutos e o vosso fruto permaneça” (Jo 15,16). A iniciativa é toda do Senhor: “Fomos amados por Deus, ainda «antes» de começarmos a existir! Movido exclusivamente pelo seu amor incondicional, «criou-nos do nada» (cf. 2 Mac 7, 28) para nos conduzir à plena comunhão consigo” (Bento XVI, 49º Dia Mundial de Oração pelas vocações, 2012).

E Deus nos chama: •À vida: cada um de nós é amado, sonhado por Deus desde a eternidade e constituído como sua imagem e semelhança. Cada um de nós é único para Deus: “Antes que no seio fosses formado, eu já te conhecia; antes de teu nascimento, eu já te havia consagrado, e te havia designado profeta das nações” (Jr 1,5), e, “Fostes vós que plasmastes as entranhas de meu corpo, vós me tecestes no seio de minha mãe. Sede bendito por me haverdes feito de modo tão maravilhoso. Pelas vossas obras tão extraordinárias, conheceis até o fundo a minha alma” (cf. Sl 138,13-14). •À santidade: todos , sem nenhuma exclusão, todos mesmo, são chamados a ser santos , a santificar a própria vida e santificar a vida dos irmãos e irmãs, no dia- a- dia. É o que há de mais belo na vida da Igreja. “Antes de tudo, devemos ter bem presente que a santidade não é algo que nós propomos sozinhos, que nós obtemos com as nossas qualidades e capacidades. A santidade é um dom; é a dádiva que o Senhor Jesus nos oferece, quando nos toma consigo e nos reveste de Si mesmo, tornando-nos como Ele é. Na Carta aos Efésios, o apóstolo Paulo afirma que «Cristo amou a Igreja e se entregou por ela para a santificar» (Ef 5, 25-26). Eis que, verdadeiramente, a santidade é o rosto mais bonito da Igreja, o aspecto mais belo: é redescobrir-se em comunhão com Deus, na plenitude da sua vida e do seu amor. Então, compreende-se que a santidade não é uma prerrogativa só de alguns: é um dom oferecido a todos, sem excluir ninguém, e por isso constitui o cunho distintivo de cada cristão” (Papa Francisco, Audiência Geral, 19/11/2014). •Para exercermos uma missão especifica num estado de vida específico: “De fato, cada vocação específica nasce da iniciativa de Deus; é dom do amor de Deus! É Ele que realiza o «primeiro passo», e não o faz por uma particular bondade que teria vislumbrado em nós, mas em virtude da presença do seu próprio amor «derramado nos nossos corações pelo Espírito Santo» (Rm 5, 5)” (Bento XVI, 49º Dia Mundial de Oração pelas vocações, 2012).

Não tenhamos medo de escutar a voz do Senhor, de responder ao seu chamado e exercer integralmente a vocação a qual somos chamados, alegrando-nos e levando a alegria de pertencermos ao Senhor, na certeza de que “ele é Deus conosco. Acompanha-nos ao longo das estradas por vezes poeirentas da nossa vida, e, sabendo da nossa pungente nostalgia de amor e felicidade, chama-nos à alegria. Na diversidade e especificidade de cada vocação, pessoal e eclesial, trata-se de escutar, discernir e viver esta Palavra que nos chama do Alto e, ao mesmo tempo que nos permite pôr a render os nossos talentos, fazendo de nós também instrumentos de salvação no mundo e orientando-nos para a plenitude da felicidade” (Papa Francisco, 55º Dia Mundial de Oração pelas vocações, 2018).

Catequese

O que o Senhor quer na minha jornada

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AGOSTO/2018

Espaço Litúrgico

01/08 Reunião da Pastoral da Criança 15h01/08 Reunião da Pastoral do Batismo 18h3003/08 Reunião do Apostolado da Oração 08h05/08 Reunião da Irmandade do Santíssimo Sacramento 08h05/08 Reunião da Catequese 08h05/08 Encontro da Pastoral da Criança 15h07/08 Reunião da Pastoral do Dízimo 16h07/08 Reunião da Pastoral da Comunicação 18h3011/08 Reunião Forania - Catas Altas13/08 Cursilho 19h3014/08 CAEP14/08 Reunião de Liturgia e Música 19h15/08 Reunião do MECE

10 a 19/08 Semana da Família e Novena da Sagrada Família19/08 Formação da Pastoral do Batismo 08h3019/08 Festa da Mãe Augusto do Socorro19/08 Festa da Sagrada Família23/08 Missa no hospital 16h

25/08 Peregrinação Ano do Laicato (Santuário Bom Jesus de Matosinhos - Congonhas)

26/08 Encontro Jovens em Ação (Cantinho do Céu) 07h

28 e 29/08 Inscrições para preparação para o batismo31/08 Celebração do Perdão 19h

Fruto da Generosidade“O pouco com Deus é muito”. O dízimo mostra muito bem essa verdade. Cada pessoa contribui com uma parcela do que tem ou recebe, Deus abençoa, e a gente consegue fazer muita coisa. Nossa paróquia continua seu trabalho de evangelizar, celebrar, promover a vida, construir e reformar, além de toda a despesa com a própria manutenção, tudo isso graças à sua generosidade.Veja agora um pouco do que fizemos em junho com tudo o que a paróquia arrecadou:

Construção igr. de N. Sra. Perp. Socorro e outras obras: ................R$ 19.007.28Despesas com o Jubileu de São João: ......................................................R$ 13.452,12Salários e férias: ...............................................................................................R$ 12.016,28Dimensão Social e promoção humana: ..................................................R$ 5.125,00Encargos sociais: ..............................................................................................R$ 4.471,12Para o trabalho pastoral da Arquidiocese: ............................................R$ 3.034,77Trabalho pastoral da Região Norte: .........................................................R$ 3.034,77Para despesas do Seminário: ......................................................................R$ 3.034,77Água / luz / telefone / internet: ................................................................R$ 2.829,74Informativo Precursor (dois meses): ......................................................R$ 2.600,00Transporte / veículos: ...................................................................................R$ 2.452,21Culto (celebrações): ........................................................................................R$ 2.218.40Manutenção e limpeza: ..................................................................................R$ 1.916,22

“Façam a experiência do dízimo, diz o Senhor, e vocês verão se não abro as comportas do céu, se não derramo sobre vocês as minhas bênçãos” (Malaquias 3,10).

Cada um(a) dê de acordo com o seu coração. E que não seja de qualquer jeito, resmungando, achando ruim, mas com alegria e gratidão. Quem semeia pou-co, colhe pouco. Quem semeia muito colhe muito (cf. 2Cor 9,6-7).

Ato Penitencial e Kyrie eleisonAs diretrizes litúrgicas mais antigas que temos, a Didaqué, dizem que um ato

de confissão deve preceder nossa participação na Eucaristia. Porém o bonito na missa é que ninguém se levanta para nos acusar, a não ser nós mesmos.

Pecamos. Não podemos negar. “Se dissermos: ‘Não temos pecado’, enganamo-nos a nós mesmos e a verdade não está em nós” (1Jo 1, 9). Além disso, diz a Bíblia, até o justo cai sete vezes por dia (cf. Pr 24, 16). Não somos exceção e a sinceridade exige que reconheçamos nossa culpa.

A frase “Senhor, tende piedade de nós” aparece com frequência nas Sagradas Escrituras. Inúmeras vezes é ensinado que a misericórdia está entre os maiores atributos de Deus.

Assim, nos ritos iniciais, após a saudação inicial, “o sacerdote convida para o ato penitencial, que após breve pausa de silêncio, é realizado por toda a assembleia através de uma fórmula de confissão geral, e concluído pela absolvição do sacerdote, absolvição que, contudo, não possui a eficácia do sacramento da penitência” (IGMR 51).

Terminada a ceia, Jesus saiu e, como de costume, foi para o monte das Oliveiras (Lc 22, 39), para o outro lado da torrente do Cedron (Jo 18, 1), e chegou com os Apóstolos a um lugar chamado Getsêmani (Mt 26, 36; Mc 14, 32).

Jesus, só e triste, sofria e empapava a terra com o seu sangue. De joelhos sobre a terra dura, persevera em oração... Chora por ti e por mim: esmaga-O o peso dos pecados dos homens.

Devemos reconhecer que “[..] é no “céu” que se cumpre a vontade de Deus, e que a “terra” só se torna “céu”, lugar da presença do amor, da bondade, da verdade e da beleza divina, se nela se cumprir a vontade de Deus. Na prece de Jesus ao Pai, naquela noite terrível e admirável do Getsêmani, a “terra” tornou-se “céu”; a “terra” da sua vontade humana, abalada pelo pavor e pela angústia, foi assumida pela sua vontade divina, de maneira que a vontade de Deus se cumpriu sobre a terra” (Bento XVI, Audiência, 01.02.2012).

O momento do Ato Penitencial, quer levar a comunidade a colocar-se numa atitude de pobreza. Conscientizar-nos de que tudo de Deus é graça, e somos convidados a reconhecer que somos necessitados da sua misericórdia (Beckhäuser, Liturgia da Missa, 1994).

No Missal Romano, são previstas três fórmulas para o Ato Penitencial: O Confiteor (Confesso a Deus); o Miserere (Tende compaixão de nós) e o Kyrie com tropos (pequenas invocações).

Primeira fórmula: O Confiteor (Confesso a Deus) é uma oração penitencial em que reconhecemos e confessamos ser pecadores, pedimos perdão a Deus e invocamos a intercessão dos santos e dos homens para que não voltemos a ofender a Deus. Em seguida há absolvição e entoa-se o Kyrie.

Segunda fórmula: Miserere do latim quer dizer “misericórdia”. O sacerdote diz: Tende compaixão de nós, Senhor. E a assembleia responde: Porque somos pecadores. Sacerdote: Manifestai Senhor a vossa Misericórdia. Assembleia: E dai-nos a vossa salvação. Segue-se a absolvição e entoa-se o Kyrie.

Terceira fórmula: O sacerdote propõe as invocações e respondemos com o Kyrie eleison. O missal romano propõe como fórmula comum as invocações: Senhor, que viestes salvar os corações arrependidos, tende piedade de nós; Cristo, que viestes chamar os pecadores, tende piedade de nós; e Senhor, que intercedeis por nós junto do Pai, tende piedade de nós.

“Depois do ato penitencial inicia-se sempre o Senhor, tende piedade (Kyrie, eleison), a não ser que já tenha sido rezado no próprio ato penitencial. Tratando-se de um canto em que os fiéis aclamam o Senhor e imploram a sua misericórdia, é executado normalmente por todos, tomando parte nele o povo e o grupo de cantores ou o cantor. [..] Quando o Kyrie, eleison é cantado como parte do ato penitencial, antepõe-se a cada aclamação uma invocação (‘tropo’)” (IGMR 52).

O termo Kyrios traduz o nome inefável de Deus e a profissão de fé cristã consiste em aplicá-lo a Jesus .“Se confessares com tua boca que Jesus é o Senhor e creres em teu coração que Deus o ressuscitou dentre mortos, serás salvo” (cf. Rm 10,9). Ele, após fazer-se obediente até a morte, é proclamado para a glória de Deus Pai: “Jesus é o Senhor” (cf. Fl 2, 9-11). A súplica do Kyrie é no fundo um louvor dirigido a Deus. O nosso brado de súplica deve exprimir a confiança na bondade e no poder de Jesus Cristo. É um louvor que brota da humildade. Trata-se de um ato de reconhecimento de Cristo como nosso Senhor; como manifestação da bondade do Pai, de sua misericórdia. Um ato de adoração, de louvor, de glorificação de Deus por sua bondade e misericórdia; por isso, uma doxologia.

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Nos dias 30/06 e 01/07, aconteceu no Cantinho do Céu, o Encontro de Formação para os servos da Renovação Carismática Católica da Forania de Santa Bárbara. ‘Dons e carismas do Espírito Santo’ foi a temática desse encontro.A formação foi ministrada pelo José Roberto, coordenador do Ministério de Formação RCC da Arquidiocese, e sua esposa, Leila Fátima. O objetivo da formação foi capacitar os participantes para trabalhar com os batizados, com os não-batizados e com os batizados não evangelizados, buscando despertar em todos o interesse pelas coisas de Deus e a compreensão da riqueza da nossa Igreja.

Encontro de Aprofundamento da RCC

Reunião do Conselho Pastoral Paroquial

Aconteceu no dia 14/07, no salão paroquial, a reunião bimestral do Conselho Paroquial de Pastoral (CPP). Coordenadores e representantes das comunidades, pastorais e movimentos estiveram presentes para juntos conversarem sobre determinados assuntos e terem conhecimento de outros. Durante a reunião, a Coordenação Colegiada destacou quatro pontos de discussão.Primeiramente, se discorreu da importância da formação das equipes do Ministério de Visitação, isto ponderando que tal ministério foi uma das prioridades elencadas na última Assembleia Paroquial. Ficou decidido que todas as comunidades indicarão, no mínimo, dois leigos para participar de uma primeira formação e dar início aos trabalhos. Em seguida, foi reforçado a importancia da participação de todos os coordenadores de comunidades no Encontro Regional das CEB’s. Foi incentivada a participação dos paroquianos na peregrinação do laicato da Arquidiocese de Mariana. A peregrinação da Regional Norte, acontecerá no dia 25 de agosto no Santuário de Bom Jesus de Matosinhos, em Congonhas. Foi proposto a realização da formação bíblica no mês de setembro, ficando definido que este ano será estudado os livros sapienciais, dando ênfase ao livro da Sabedoria.É bom lembrar que o Conselho Pastoral Paroquial (CPP) tem uma importância muito grande pelo fato de ser a representatividade de todo o corpo da Igreja. Através do Conselho se concretiza a participação e a comunhão das comunidades, grupos, movimentos e pastorais. O CPP serve para aconselhar, opinar sob temas em vista do bem da comunidade; para planejar junto com o pároco as ações que nortearão a vida comunitária da paróquia; ajudar na boa convivência dos grupos internamente; de incentivar e acompanhar os trabalhos sendo uma mão amiga nas horas de precisão e crítica. Ou seja, a nobre função de fazer a comunidade funcionar conforme o planejado, sendo aquela “mão amiga” para que a vida comunitária seja uma expressão viva do testemunho do Evangelho.Então, coordenadores de comunidades, pastorais e movimentos, não deixem de participar das reuniões bimestrais do CPP, ou de enviar um representante do seu grupo!

Dia do Amigo

Comemoramos o dia do Amigo, 20 de julho, celebrando a Santa Missa. “Um amigo fiel é uma poderosa proteção: quem o achou, descobriu um tesouro”, tomando como base esse trecho da bíblia, reconhecemos o amor e o valor da amizade para Jesus. Cultivar a amizade, estando presente nos momentos de angústia e aflição, ainda que não tenhamos como resolver a situação. Amigo fiel é aquele que dá mais sabor à vida do outro. Que o nosso testemunho de amizade seja também um testemunho de fé e de amor!

Festas nas comunidadesA comunidade de Córrego da Onça comemorou, no dia 22 de julho, a festa do seu padroeiro, Santo Antônio.

O mês de julho também foi marcado pelas festas em honra a Virgem Maria. Dia 16 de julho, na Chácara II, festejou-se o dia de Nossa Senhora do Carmo, com procissão e celebração na comunidade. Aconteceu, ainda no dia 22 de julho, no bairro Leão XIII, a festa em honra da sua padroeira, Nossa Senhora do Perpétuo Socorro.

“Como bons cristãos e perfeitos católicos, continuemos o exercício de nossa devoção e veneração à Mãe de Deus. Sua missão, de Belém ao Calvário, foi mostrar Jesus, seguir seus passos, permanecer unida aos apóstolos e depois aos discípulos de todos os tempos e lugares, dedicados à séria e solene missão da evangelização universal” (João XXIII).

Comunidades Eclesiais de Base

Aconteceu no dia 21/07, em Catas Altas, o Encontro Regional das CEB’s. Em todas as regionais da nossa Arquidiocese realizou-se o encontro refletindo sobre o tema “CEBs: o jeito de ser Igreja em saída”. O objetivo dos encontros serem regionais foi alcançar mais pessoas e facilitar a participação das lideranças de nossas comunidades.

Aconteceu...