Paróquia Nossa Senhora Aparecida...Maria Inês Pereira e Mariza Rodrigues Lopes 3 “O Apostolado...

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Informativo paroquial | Ano VIII - Edição 82 | Junho 2015 | Distribuição Gratuita Mensal Paróquia Nossa Senhora Aparecida Jardim São Paulo São João Batista no deserto, pintura 1644 e 1647 de José de Ribeira.

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Page 1: Paróquia Nossa Senhora Aparecida...Maria Inês Pereira e Mariza Rodrigues Lopes 3 “O Apostolado da Oração constitui a união dos fiéis que, por meio do oferecimento cotidiano

Informativo paroquial | Ano VIII - Edição 82 | Junho 2015 | Distribuição Gratuita Mensal

Paróquia Nossa Senhora AparecidaJardim São Paulo

São João Batista no deserto, pintura 1644 e 1647 de José de Ribeira.

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| Expediente

Diretor espiritual:Pe. Toninho

Secretaria:Marcia Chequer Greppi Pellegrini

Pastoral da Comunicação: Andrezza Tronco, Daniel de Paiva Cazzoli,

Márcia Chequer Greppi Pellegrini, Francisco Santos, Carlos Perpétuo Firmino.

Projeto Gráfico:Francisco Santos

Fotos: Carlos Firmino e Roberto Suguimoto

Contribuição: Clemente Raphael Mahl, Francisco Santos, Maria Inês Pereira e Mariza Rodrigues Lopes.

INFORMATIVO PAROQUIALRua Parque Domingos Luiz, 273 Jd. São Paulo - tel. 11 2979-9270Contato:[email protected] Mídias sociais:

EditorialPadre ToninhoPároco

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Estimados paroquianos e leitores, minha oração com votos de paz para todos!

Estamos iniciando o mês de junho, dedicado às festas populares e, principalmente, aos santos: Antônio, João Batista e Pedro. Este último, conhecido como primeiro Papa da história da Igreja.

Falar de Pedro como primeiro Papa é, na verdade, uma das doutrinas mais rejeitadas pelos irmãos protestantes e, por isso, nós católicos somos insistentemente questionados sobre: “onde Jesus chama a Pedro de ‘Papa’, ‘chefe dos Apóstolos’ e ‘infalível’?”

Sabe qual é a resposta? Em lugar algum!

Sim, isso mesmo: em lugar algum! Assim como em lugar algum na Bíblia lemos a palavra Trindade. E, no entanto, nós católicos e outros que se dizem cristãos foram batizados Nela. O fato de não estar explicitamente na Bíblia não quer dizer que não existe. Os católicos percebem que no testemunho das Escrituras, da Revelação Divina, encontram-se verdades implícitas e explícitas, e sobre muitas delas o entendimento da Igreja e do povo de Deus tem sido ampliado e aprofundado ao longo do tempo. Portanto, na medida em que a Igreja aumenta sua compreensão, assim como essa compreensão tem sido enriquecida durante séculos, mais precisamente se expressa o que a Igreja sempre acreditou e acredita. É daí que segue nossa crença de celebrar o Apóstolo Pedro como “Papa”, em vista do ministério assumido, respondendo ao chamado que Jesus lhe fez, para conduzir e pastorear o seu rebanho.

O problema do protestante é levantar a questão errada. A doutrina do papado não depende da

terminologia, nem do estilo como tem sido praticado ao longo da história. Não importa o nome, mas o ofício!

Hoje, nós poderíamos chamar o sucessor de Pedro, ou a todo bispo de Roma, de outro nome ou poderíamos nos referir a ele de outra forma e isso não mudaria a essência do papado.

Muitos protestantes alegam não “encontrar” um Papa nos primeiros séculos cristãos. E por que isso? Porque não compreendem a essência do papado. Se a pesquisa estiver focada em alguém carregando o título de “Papa”, com roupas bonitas, olhar pomposo e quase ditatorial, exigindo que todos os cristãos sigam suas ordens - esta é a imagem que a maioria dos protestantes têm do Papa -, obviamente não o encontrarão.

O papado propriamente dito (e devidamente definido) existe desde o momento em que Cristo confiou a Pedro alimentar as ovelhas e cordeiros de seu rebanho e entregou-lhe as chaves do reino dos céus.

“Eu te darei as chaves do reino dos céus, e tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares

na terra será desligado no céu.” [Mateus 16,19]. Visto desta perspectiva, percebe-se muito claramente porque Pedro está listado como a pedra sobre a qual está construída a Igreja.

Caros amigos, certamente haveria muito mais para falar sobre o primado de Pedro, mas acredito que isso já é o suficiente. Basta-nos olhar a Palavra e a confiança dada por Cristo a São Pedro que nós, católicos, temos a felicidade de celebrar seu dia em 29 de junho.

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Tratamento dos PésTRATAMENTOS DE CALOS, CALOSIDADES, UNHAS

ENCRAVADAS, ORTONIQUIA (CORREÇÃO DE UNHAS), TRATAMENTO AUXILIAR P/ MICOSE DE

UNHA, ESPECIALIZADO EM PÉ DIABÉTICO.

Marcos S. GarciaP O D Ó L O G O

Instrumental Esterilizado a 180ºCRua Paulo Maldi, 183 - Sala 3 - Parada InglesaCEP 02303-050 - São Paulo / SP

Tes.: (11) 2283-1576Cel.: (11) 99688-1969

[email protected]

Apostolado da oração

Maria Inês Pereira e Mariza Rodrigues Lopes

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“O Apostolado da Oração constitui a união dos fiéis que, por meio do oferecimento cotidiano de si mesmos, juntam-se ao Sacrifício Eucarístico, no qual se exerce continuamente a obra de nossa redenção e, desta forma, pela união vital de Cristo, da qual depende a fecundidade apostólica, colaboram na salvação do mundo”.

Portanto, o Apostolado da Oração propõe um caminho rumo à santidade, a partir do oferecimento diário (oração que fazem os membros do AO diariamente) que transforma nossa vida e nos coloca em comunhão universal de preces, pela força do Espírito Santo que habita em nossos corações e nos impele a vivenciar os mesmos sentimentos do Coração de Jesus, para que, alimentados e modelados por Ele na Eucaristia, e reconciliados com Ele pelo sacramento da Confissão, possamos colocar-nos plenamente, de coração inteiro, a seu serviço e a serviço da Igreja, a exemplo de Maria, para que seu Reino venha a nós hoje, amanhã e sempre.

História do AO - O AO está intimamente ligado à ordem dos jesuítas, a Companhia de Jesus. Começou em 1884 em um Colégio dessa ordem na França, onde estudantes de filosofia e teologia estavam ansiosos para fazer algum apostolado. Seu orientador lhes fez ver que enquanto eram estudantes não tinham condições para fazer pregação e outros trabalhos de apostolado direto. O que poderiam fazer era oferecer seus estudos, os sacrifícios voluntários e outros atos de piedade. Dois anos depois, este mesmo padre orientador espiritual publicou um livro chamado O Apostolado da Oração. O livro e a devoção obtiveram a aprovação do superior geral da ordem dos jesuítas e o próprio papa Pio IX aprovou-os em 1849. Um bom teólogo, padre Gautrelet, SJ, deu o embasamento teológico à devoção ao Sagrado Coração, bem como ao AO, e daí por diante a devoção se propagou rapidamente. Em 1861 começou a circular o Mensageiro do Coração de Jesus, como órgão oficial do AO. Passou a ser publicado em várias línguas e a associação recebeu estatutos

próprios e a aprovação oficial do papa. A sede da associação está em Roma e o superior geral dos jesuítas é também o superior geral do AO. Ele os dirige por intermédio de um delegado e um secretário geral.

A ideia central, da qual nasceu o AO, é esta: todos os batizados são chamados a cooperar na edificação do Corpo da Igreja e da comunidade de fé. Nem todos o fazem da mesma maneira (Ef 4,16). Nem todos podem trabalhar diretamente como apóstolos e missionários. Mas todos podem e devem fazê-lo por meio da oração e do sacrifício. São Paulo diz (Cl 1,24) que o cristão deve completar em sua pessoa o que falta à Paixão de Cristo, em favor do Corpo de Cristo, a Igreja. Assim, nossa vida torna-se um sacrifício, uma oblação oferecida com Cristo, em Cristo, para a Glória de Deus e a salvação do próximo.

No Brasil o AO começou em Itu, São Paulo, em 1871, por iniciativa do padre Bartolomeu Taddei, SJ, considerado o fundador e propagador do AO no Brasil. Antes disto houve um pequeno centro isolado em Pernambuco, em 1867, mas que não teve projeção nacional. Em 1888 havia cerca de trezentos centros de AO pelo Brasil inteiro, com mais de 400 mil membros. Com a difusão do AO houve um despertar intenso para a Sagrada Eucaristia e a vida de fé.

O AO tinha, em 2011, aproximadamente 50 milhões de associados no mundo, dos quais 6 a 7 milhões no Brasil. Em nossa Paróquia, atualmente, somos 108 associados. Reunimo-nos na primeira sexta-feira do mês para a Hora Santa e missa do Sagrado Coração de Jesus. Venha nos conhecer e participar de nossa celebração!

Fontes: 1 – Site: www.apostoladodaoração.com.br;2 - Livro “Apostolado da Oração e MEJ em

perguntas e respostas”, de Pe. Otmar Jacob Schwengber, SJ, Edições Loyola,

2011.

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Atendemos em domicílioFONES: (11) 3804-8186 /

99523-9143(VIVO) / 99248-4850 (CLARO)Rua Parque Domingos Luis, 612Jd. São Paulo - CEP- 02043-080

(Próximo à Estação do Metrô Jd. São Paulo)

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Atendemos em domicílioFONES: (11) 3804-8186 /

99523-9143(VIVO) / Nextel: 94795-2681 ID:45*15*100238

Rua Parque Domingos Luis, 612Jd. São Paulo - CEP- 02043-080

(Próximo à Estação do Metrô Jd. São Paulo)

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Palestras e atividades dos dias 25 e 26 de abril. As fotos são

gentileza de Roberto Suguimoto.Primeiro dia.

Retiro do Crisma da paróquia na Casa Retiro

das Irmãs Escolares

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Fone: (11Av

Dra. Patrícia V. Cordeiro QuispeDERMATOLOGIA

CRM 91836

Av. Nova Cantareira, 1984 sala 142 Tucuruvi - São Paulo SP

[email protected]

2597-874399312-6118

Retiro nos dias 25 e 26 de abril. Fotos do Encerramento.

Retiro do Crisma da paróquia na Casa Retiro das Irmãs

Escolares

+ fotos visitewww.nsaparecidajsp.com.br

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Fone: (11Av

moda masculina e femininaadulto e infantil

) 2283-1328. Leôncio de Magalhães, 1236 | Jd. São Paulo

Fone: (11) 2283-1328Av. Leôncio de Magalhães, 1236 | Jd. São Paulo

Lei natural e outrasClemente Raphael Mahl [email protected]

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Teólogos de ontem e de hoje procuram dizer o que é a lei natural recorrendo a uma metáfora, encarando-a como facho de luz que se projeta em nosso interior. Por esse facho de luz todo ser humano se torna apto a conhecer o que deve fazer e o que deve evitar. Essa luz clareia o interior seja de um cristão, de um budista, de um muçulmano, seja de um ateu. Por isso, ela se chama lei natural, inscrita, fazendo parte da natureza. Chama-se lei natural porque a vertente que a apresenta é a própria natureza humana. Ela é universal e, portanto, se estende a todos os seres humanos, e quem a capta por primeiro é a razão. Assim sendo, ela inclusive encara e aceita o outro igual a si mesmo, não economicamente ou socialmente falando, mas como ser humano em si. A lei natural, pois, é proveniente da própria razão que se declara apta a discernir entre o bem e o mal. (Discernir é a palavra-chave para que o ser humano viva e conviva serenamente com a lei natural). O facho de luz que nasce em nosso interior e que o ilumina por inteiro, está apto a acionar um alarme que emitirá um sinal “verde” ou “vermelho” diante da consciência que apontará se a situação que se apresenta concretamente pode ser acatada ou não, pois é a consciência que testemunha clamorosamente a lei natural. O alarme da consciência, por exemplo, dirá que é necessário que se diga a verdade. Não dizer a verdade, fere o princípio da lei natural e fere a consciência. A lei natural dirá que se deva querer para o outro tudo aquilo que se queira para si mesmo. “Tudo o que vocês querem que os outros façam para vocês, façam vocês mesmos para eles também” (Catecismo da Igreja Católica 1789, 1970, 2510).

Há em permanente funcionamento uma Comissão Teológica Internacional do Vaticano. Recentemente, ela explicitou um pensamento sobre o tema aqui proposto. Disse: “A lei natural afirma que os seres humanos são capazes de, à luz da razão, discernir um agir moral conforme a própria natureza do sujeito humano”. O apóstolo Paulo já abordou esse aspecto quando escreveu

aos cristãos de Roma: “Os pagãos (isto é, os não pertencentes à Nação Eleita) não têm a Lei (a lei de Moisés, revelada pelo próprio Deus). Mas, embora não a tenham, eles fazem espontaneamente o que a Lei manda, eles próprios são Lei para si mesmos. Eles assim mostram que os preceitos da Lei estão escritos em seus corações; a consciência também testemunha isso, assim como os julgamentos interiores, que ora os condena, ora os aprova” (Rm 2,14-15).

A própria lei natural dirá que se deva preservar a vida sob todos os aspectos e que, portanto, é uma agressão muito forte e fatal a ela o aborto. Etimologicamente, o aborto (ab ortu) é procedimento incorreto, (fora do normal), uma violência à natureza, destruindo um ser indefeso. É de lembrar que a mulher-mãe que o pratica, jamais deixará de ser mulher-mãe, mas por extrema tristeza sem a companhia do filho gerado. O mesmo se diga do homem-pai. Uma vez pai, sempre pai.

O papa Francisco, faz pouco tempo, afirmou: “Ninguém pode ser descartado. Criança, mesmo antes de nascer e cada idoso, cada doente no final dos seus dias, trazem consigo a face de Cristo. Não podem ser descartados”. O papa, falando às Associações Médicas Católicas, em Roma, em 19 de setembro de 2013, ainda disse mais: “As coisas têm preço e podem ser vendidas, mas as pessoas têm dignidade, valem mais do que as coisas e não têm preço. Por isso, a atenção à vida humana na sua totalidade se tornou nos últimos tempos uma prioridade do Magistério da Igreja”.

O ser humano para não agir arbitrariamente, e sim ordenadamente, precisa da lei, quer daquela inscrita em seu coração, quer daquela prescrita pela inteligência humana, a fim de que a convivência se faça possível, harmoniosa e pacífica. A chamada Lei positiva depende do legislador. Ela está dividida em divina e humana. Da primeira temos conhecimento pela Revelação, pelo que Deus disse. A humana é bem conhecida como lei civil, prescrita pela sociedade organizada. Para que haja harmonia e justiça é preciso que a lei civil não se oponha, não entre em conflito com a lei natural e deve buscar o bem comum, que é o bem da sociedade como tal.

Basta dizer isto para despertar reflexão sobre o assunto e tornar este planeta mais habitável.

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MissasDia Hora Observação

Segunda-feira 15h00 Com novena pelas almas

Terça-feira 20h00

Quinta-feira 20h00

Sexta-feira 15h00

Sábado* 17h00

* em todo último sábado do mês, a missa será

celebrada por intenção das coordenadoras e das

famílias que recebem a capelinha de Nossa Senhora Aparecida.

Domingo 8h / 10h / 19h

Confissões

Segunda-feira, terça-feira,

quinta-feira e sexta feira

17h00 às 18h00

Quando o padre está disponível na paróquia, ele realiza atendimento.

Pentecostes e o seu significadoDaniel Cazzoli| PasCom

BATIZADOS DE MAIO

- Arthur Alves Paixão- Maria Eduarda Alves Paixão- Beatriz Euzébio Carlos da Silva- Beatriz Roberta Furtado- Dandara Aparecida Domingues dos Santos de Jesus- João Pedro Domingues de Jesus- Daniel Douglas Leite de Campos- Enzo Borghi de Freitas- Graziella Ferreira Lessa Bardella- Maria Clara Ramos de Oliveira Catanha Alves- Mel Ferreira e Pereira- Melissa Fares Craveiro Gonzaga- Valentina Borges Costa

O Pentecostes era para os judeus um evento de grande alegria, pois era a festa de ação de graças pela colheita do trigo. Eram oferecidas as primícias das colheitas no templo. Era também chamada festa das sete semanas por ser celebrada sete semanas depois da festa da páscoa, quando se completava cinquenta dias. Daí o nome Pentecostes, que significa “quinquagésimo dia”.

No primeiro Pentecostes, depois da morte de Jesus, cinquenta dias depois da páscoa, o Espírito Santo desceu sobre a comunidade cristã de Jerusalém na forma de línguas de fogo; todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas (At 2,1-4). As primícias da colheita aconteceram naquele dia, pois foram muitos os que se converteram e foram recolhidos para o Reino.

O Espírito Santo desceu com poder sobre os Apóstolos; teve assim início a missão da Igreja no mundo. O próprio Jesus tinha preparado os Onze para esta missão aparecendo-lhes várias vezes depois da sua ressurreição (cf. Act 1, 3). Antes da ascensão ao Céu, ordenou que “não se afastassem de Jerusalém, mas que aguardassem que se cumprisse a promessa do Pai” (cf. Act 1, 4-5); isto é, pediu que permanecessem juntos para se prepararem para receber o dom do Espírito Santo.

O Senhor pede a nossa colaboração, mas antes de qualquer resposta nossa é necessária a Sua iniciativa: é o Seu Espírito o verdadeiro protagonista da Igreja. As raízes do nosso ser e do nosso agir estão no silêncio sábio e providente de Deus.

As imagens que São Lucas usa para indicar o irromper do Espírito Santo o vento e o fogo recordam o Sinai, onde Deus se tinha revelado ao povo de Israel e lhe tinha concedido a sua aliança (cf. Êx 19, 3ss). A festa do Sinai, que Israel celebrava cinquenta dias depois da Páscoa, era a festa do Pacto. Falando de línguas de fogo (cf. Act 2, 3), São Lucas quer representar o Pentecostes como um novo Sinai, como a festa do novo Pacto, na qual a Aliança com Israel se alarga a todos os povos da Terra. A Igreja é católica e missionária desde a sua origem. A universalidade da salvação é significativamente evidenciada pelo elenco das numerosas etnias a que pertencem todos os que ouvem o primeiro anúncio dos Apóstolos (cf. Act 2, 9-11).

O Povo de Deus, que tinha encontrado no Sinai a

sua primeira configuração, hoje é ampliado a ponto de não conhecer qualquer fronteira de raça, cultura, espaço ou tempo. No Pentecostes o Espírito, com o dom das línguas, mostra que a sua presença une e transforma a confusão em comunhão. O orgulho e o egoísmo do homem geram sempre divisões, erguem muros de indiferença, de ódio e de violência.

O Espírito Santo, ao contrário, torna os corações capazes de compreender as línguas de todos, porque restabelece a ponte da comunicação autêntica entre a Terra e o Céu. O Espírito Santo é Amor.

É este o mistério do Pentecostes: o Espírito Santo ilumina o espírito humano e, revelando Cristo crucificado e ressuscitado, indica o caminho para que nosso coração se torne semelhante ao do Filho Amado. Fonte: www.catequisar.com.br