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Oração da CF-2009

Bom é louvar-vos, Senhor, nosso Deus, que nos abrigais à sombra de vossas asas,

defendeis e protegeis a todos nós, vossa família, como uma mãe, que cuida e guarda seus filhos.

Nesse tempo em que nos chamais à conversão, à esmola, ao jejum, à oração e à penitência, pedimos perdão pela violência e

pelo ódio que geram medo e insegurança. Senhor, que a vossa graça venha até nós e

transforme nosso coração. Abençoai a vossa Igreja e o vosso povo, para que a Campanha da Fraternidade

seja um forte instrumento de conversão. Sejam criadas as condições necessárias para que todos vivamos

em segurança, na paz e na justiça que desejais. Amém.

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Apresentação e Objetivo No período da quaresma, buscamos refletir e nos aproximar mais de Deus, procurando jejuar, orar e fazer caridade, nos preparando para o momento mais forte da fé cristã, a paixão e morte de Nosso Senhor e a Páscoa, ressurreição. Neste momento também, a Igreja lança a Campanha da Fraternidade. Este ano com o tema: Fraternidade e Segurança Pública e lema: “A Paz é fruto da Justiça” (Is, 32,17). Em vista disso, como a comunidade estará refletindo através dos grupos de rua sobre a CF-2009 e, aproveitando o espírito quaresmal, onde o número 40 nos remete a provação (40 dias do dilúvio, 40 anos de peregrinação do povo judeu, 40 dias de Jesus no deserto etc), convidamos a todos para que juntos estendamos o período de reflexão, ou seja, que durante este ano inteiro façamos estudos, levando-se em conta a CF-2009, com a provação de que a CF-2009 não encerrará sua missão ao final da quaresma. Teremos encontros com temas específicos da CF-2009, procurando sempre acompanhar a dinâmica do texto base, VER, JULGAR e AGIR. Como Discípulos e Missionários de Jesus Cristo somos convidados a fazer esta oportunidade marcante na nossa comunidade, vivenciando o jejum – do tempo que estaremos dispondo; oração – falando de Jesus; caridade – buscando a justiça, devendo também estar comprometidos a estender o convite para outras pessoas da sociedade, que ainda não fazem parte da comunidade, pois os frutos desse trabalho refletirão para todos, exigindo empenho e dedicação.

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Programação, Temas e Assessores 04/04/09 COMUNICAÇÃO – A MÍDIA E A VIOLÊNCIA João Carlos Gomes - Jornalista 16/05/09 EDUCAÇÃO - CULTURA DE PAZ José Antonio Galiani - Coordenador Pedagógico Educacional 27/06/09 MEIO AMBIENTE – VIDA E ESPERANÇA Carlos de Jesus Campos - Ambientalista 25/07/09 COMPROMISSO CRISTÃO - SOCIAL E POLÍTICO Pe. Marcelo Maróstica Quadros – Coordenador de Pastorais – Região Episcopal Belém 29/08/09 JUSTIÇA E TRABALHO – FONTES DE DIGNIDADE Pastoral Operária Waldemar Rossi 26/09/09 VIOLÊNCIA INSTITUCIONALIZADA – JUSTIÇA E PAZ Dom Pedro Luiz Stringhini - Bispo Auxiliar da Arquidiocese de São Paulo 24/10/09 FAMÍLIA COMO FONTE DE JUSTIÇA E PAZ Pe. Renato Vieira – Pároco Paróquia São João Batista – Apresentador de Rádio/TV

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04/04/09 COMUNICAÇÃO – A MÍDIA E A VIOLÊNCIA João Carlos Gomes - Jornalista Ver

Vivemos numa época em que os meios de comunicação – rádio, televisão, jornal, revista, telefonia, vídeo, dvd, Internet, etc. - fazem parte do nosso cotidiano.

Tais elementos incidem sobre os assuntos que normalmente conversamos. A essência da vida moderna é viver por, pela e para a mídia.

O novo milênio exige ações que promovam a criatividade, a capacidade de análise crítica e autocrítica dos cidadãos e das cidadãs, frente às transformações políticas, econômicas, sociais e ambientais que ora presenciamos.

As empresas de comunicação brasileiras são propriedades de um reduzido número de empresários. Estes concentram “a maior parte dos veículos de comunicação, com poderes de ditar o que se pode ver, ler, falar”. Tal situação caracteriza-se pelo monopólio nas comunicações em confronto direto com a legislação vigente, assim como um entrave à democracia.

É necessário questionar a tão propalada “neutralidade da mídia”. Ela não existe. Quando o editor escolhe a manchete, em que página colocar o texto, o corpo da letra etc. já existe uma opção de acordo com o interesse dos proprietários da mídia.

O Concilio Vaticano II trouxe a abertura da Igreja para a discussão entre outros de temas sociais. As Campanhas da Fraternidade também foram criadas a partir deste importante marco. Foi criado o Dia Mundial da Comunicação em 1963.

Todas as CF foram relembradas, com destaque para a de 1997 que falava dos encarcerados “Cristo liberta de todas as prisões”.

Julgar

Estavam presentes ao redor de 40 paroquianos, com representantes da maioria das pastorais da Paróquia.

Divulgam-se à exaustão os assassinatos e os massacres que acontecem. Isso injeta o medo no tecido social. Amedrontado, o povo se fecha e se retrai. Ficar em casa, evitar a participação em reuniões à noite, aumentar os muros, colocar cerca elétrica e - quem pode - investir em segurança pessoal, têm sido as saídas encontradas pela população amedrontada.

Quando ocorrem os crimes bárbaros e as vítimas são de classe média, a mídia faz um alarde. Quando as vítimas são os pobres, o que é maioria, ninguém fica sequer sabendo. Banaliza-se. Não há espaço na mídia para problematizar a questão. As propostas que surgem vêm na contramão dos ditames constitucionais como é o caso dos projetos de lei que visam à redução da maioridade penal e ao endurecimento de leis penais como várias aprovadas no Congresso Nacional, em 2008.

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Os meios de comunicação operam como testemunha social e dão uma

visibilidade exagerada da violência para o público. A mídia não apenas dá uma visão objetiva do fato, mas interfere no fato, interpreta, dramatiza e mesmo exagera na cobertura do episódio violento. Existe uma superexploração dos crimes violentos contra a pessoa, como chacinas, homicídios e seqüestros. E ao lado desta superexploração, uma banalização. O que se vê a todo minuto nos meios de comunicação deixa de ser surpreendente e torna-se banal.

Em suma, no mundo midiático, a violência está presente também em muitos videogames utilizados por milhões de crianças e adolescentes dentro e fora dos lares, que motivam os jovens a práticas perniciosas. Existe um videogame no qual quanto mais se mata e quanto mais cruel for a forma de matar, mais pontos são conquistados pelo jogador. Também, na internet, essa conquista da tecnologia, encontra-se o que há de mais nobre e salutar e o que há de mais repugnante e atentatório à vida, à liberdade e aos direitos humanos.

O entretenimento é veiculado exageradamente por TVs em programas de auditório que transformam o Brasil em circo virtual, onde grandes apresentadores são grandes palhaços que reduzem o povo a telespectadores passivos. Novelas envenenadas com propaganda comercial estão nessa linha também e funcionam como relaxante e anestésico para quem as assiste.

Economicismo é reduzir o ser humano à dimensão econômica. Prato básico de jornais, rádios e TVs são os avanços ou recuos econômicos. “A bolsa subiu!”, “vendeu tanto”, “lucrou tanto”, “a crise gerou isso…” Só se pensa nisso! Fixa-se só no econômico como se fosse o que dá sentido à vida.

Devemos pagar o mal com o bem, buscar não a vingança, mas a superação. O que vemos não é a negação da presença do mal em nosso meio, mas a contestação das nossas atitudes diante desse mesmo mal, pois é o amor que faz a diferença e é, em Cristo, fonte de reconciliação e de paz (cf. Mt 5,38-48). Textos bíblicos para refletir a Comunicação: Colossenses 4,6 Tiago 1, 19-20 Deuteronômio 5, 1 1 Reis 19, 12-13 Romanos 1, 2-3 Marcos 1,14-15

Conversação Uma conversação vale a pena quando é agradável. A Bíblia diz em Colossenses

4:6 “A vossa palavra seja sempre com graça, temperada com sal, para saberdes como deveis responder a cada um.” Uma conversação vale a pena quando uma pessoa dá ouvidos a outros. A Bíblia diz em Tiago 1:19 “Sabei isto, meus amados irmãos: Todo homem seja pronto para ouvir, tardio para falar e tardio para se irar.”

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Escutar Por que escutar com atenção é importante para a vida espiritual? Escutar a Deus

é o primeiro passo para O obedecer. A Bíblia diz em Deuterenômio 5:1 “Chamou, pois, Moisés a todo o Israel, e disse-lhes: Ouve, ó Israel, os estatutos e preceitos que hoje vos falo aos ouvidos, para que os aprendais e cuideis em os cumprir.”

Para ouvir Deus “falar” necessitamos de estar calados e prestar atenção. A Bíblia diz em 1 Reis 19:12-13 “E depois do terremoto um fogo, porém o Senhor não estava no fogo; e ainda depois do fogo uma voz mansa e delicada. E ao ouvi-la, Elias cobriu o rosto com a capa e, saindo, pôs-se à entrada da caverna. E eis que lhe veio uma voz, que dizia: Que fazes aqui, Elias?”

O ouvido espiritual permite-nos aprender dos outros. A Bíblia diz em Tiago 1:19-20 “Sabei isto, meus amados irmãos: Todo homem seja pronto para ouvir, tardio para falar e tardio para se irar. Porque a ira do homem não opera a justiça de Deus.” Boa Nova A Boa Nova é a mensagem sobre Jesus Cristo. A Bíblia diz em Romanos 1:2-3 “Que ele antes havia prometido pelos seus profetas nas santas Escrituras, acerca de seu Filho, que nasceu da descendência de Davi segundo a carne.” A Bíblia diz em Marcos 1:14-15 “Ora, depois que João foi entregue, veio Jesus para a Galiléia pregando o evangelho de Deus e dizendo: O tempo está cumprido, e é chegado o reino de Deus. Arrependei-vos, e crede no evangelho.” Agir

Ter consciência do problema já é um passo importante para encontrar solução para ele. Em lugar de apenas criticar a mídia, portanto, impõe-se lutar para que o poder que está em nossas mãos seja usado no sentido de assumir o protagonismo na discussão de uma sociedade mais justa, com uma mídia que respeita os valores culturais, éticos e morais da sociedade.

Em três grupos foram discutidas as seguintes questões:

- Como buscar a verdade e compartilhá-la no âmbito em que vivemos atuando em meios de comunicação eclesiais ou outros mantendo nosso compromisso cristão, ético e cidadão?

- Como educar-nos a sermos sujeitos do processo, cultivando os valores nesta sociedade em mudança, fazendo uma escolha sábia e consciente da programação da mídia e, ao mesmo tempo, ajudarmos as crianças, os jovens e a família neste sentido? - Como organizar-se e interferir para uma programação de qualidade não apenas

técnica, mas que esteja a serviço da verdade e dos valores humanos e cidadãos?

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Os três grupos trouxeram sugestões que estão listadas abaixo:

A família deve retomar seu papel de educadora da ética, moral, valores cristãos e precisa dar o exemplo.

Multiplicar boas ações através da comunicação. Agregar valor as informações recebidas e não somente recebê-las como verdade

absoluta. Questionar a realidade na família e dentro da comunidade. A comunidade precisa de mais momentos de estudo e formação. Criação do Jornal da Paróquia. Criação de um mural de Boas Novas. Ler e refletir a Palavra de Deus. Criar um “Momento Família” onde as famílias se reuniriam para discutir os

temas da mídia relevantes. Movimentos mais ativos na comunidade. Promover a integração da comunidade. Melhorar a Acolhida na comunidade.

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16/05/09 EDUCAÇÃO - CULTURA DE PAZ José Antonio Galiani - Coordenador Pedagógico Educacional A atividade iniciou com a Santa Missa presidida pelo Pe. Renato e em seguida a oração inicial e cantos (Léo). Pode contar com a cobertura do Coordenador da Pastoral da Comunicação, Irineu, fotografando e registrando o evento. Ver A comunidade é feita por uma diversidade de dons, virtudes e carismas. A prática da Justiça nos torna todos iguais.

O objetivo norteador da palestra foi ampliar a percepção sobre o significado da educação para a cultura da paz “bem aventurados os que promovem a paz” (Mt 5,9).

A sociedade contemporânea nos leva a convivemos com o desafio de educar numa sociedade que se transforma aceleradamente, que se faz e desfaz com impressionante rapidez.

A Educação para uma Cultura de Paz a partir da escola deve incluir metodologias que:

estimulem a participação dos estudantes; possibilitem a contradição; abram janelas para o mundo; procurem sistematicamente o desenvolvimento do pensamento; fortaleçam os vínculos do estudante com o grupo de pares (com a

instituição, a comunidade, com seu país); sejam globalizadoras e sejam realistas.

A escola contemporânea não pode ser um fim em si mesma, mas o início, o

impulso a partir do qual o aluno começará a aprender, para buscar aprender sempre; um espaço para a formação integral, em que conhecimentos e competências afetivas, cognitivas, relacionais e procedimentais se desenvolvam do modo mais harmonioso possível.

Mudou o paradigma entre ensinar e aprender. “O papel essencial da escola é oferecer ao educando ferramentas para dominar a

vida e compreender o mundo” (Philippe Perrenoud). Educar significa na verdade “conduzir para fora” = educare. “O educador tem a tarefa de incentivar as crianças e jovens em seu

desenvolvimento, desafiá-los para que seu processo de crescimento não fique estagnado ou tome a direção errada” (Anselm Grün).

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A educação que faz sentido é a que está orientada para a mudança, aberta e anti-

dogmática, transformando-se num espaço de estar, aprender e ensinar. Onde a experiência e o saber se entrecruzam, possibilitando múltiplas interações e aprendizagens.

EDUCAR NO SÉCULO XXI é: produzir conhecimentos, criar cultura, desenvolver capacidades intelectuais e técnicas, promover a compreensão, a tolerância, a aceitação da diferença, o

aprofundamento de valores. EDUCAÇÃO nessa perspectiva gera e é gerada por uma Cultura de Paz. A Assembleia Geral Das Nações Unidas declarou 2001 – 2010 a Década Internacional para uma Cultura de Paz. EDUCAR para a Cultura de Paz exige:

Respeitar a vida e a dignidade de cada pessoa, sem discriminação nem preconceito;

Recusar a violência em todas as suas formas: física, sexual, psicológica, econômica e social, especialmente aos mais fracos e vulneráveis;

Partilhar tempo e recursos materiais, cultivando a generosidade, a fim de terminar com a exclusão, a injustiça e a opressão política e econômica;

Defender a liberdade de expressão e a diversidade cultural, privilegiando sempre a escuta e o diálogo, sem ceder ao fanatismo nem à maledicência e à recusa do próximo;

Promover um consumo responsável e um modo de desenvolvimento que tenha em conta a importância de todas as formas de vida e o equilíbrio dos recursos naturais do planeta;

Contribuir para o desenvolvimento da comunidade, propiciando a plena participação das mulheres e o respeito dos princípios democráticos, com o fim de criar, juntos, novas formas de solidariedade.

A EDUCAÇÃO e Cultura de Paz se interelaciona com a Fé e a Política. Paulo Freire, ao receber da Unesco o Prêmio de Educação para a Paz, em 1986, afirmou: “a paz se cria, se constrói, na e pela superação das realidades sociais perversas. A paz se cria, se constrói, na construção incessante da justiça social. Por isso, não creio em nenhum esforço chamado de educação para a paz que, em lugar de desvelar o mundo das injustiças, o torna opaco e tenta miopizar suas vítimas”. Mary Ward mulher de fundamental importância na Educação falou: “Os verdadeiros membros desta companhia (educativa) acostumam-se a agir não por medo, mas somente pelo amor, porque fomos chamadas por Deus para a vocação do amor.”

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Foi na ação apostólica que Pallotti encontrou a melhor resposta para as divisões, ganâncias, discórdias e guerras. É na imitação de Cristo, diz Pallotti, que encontramos e transmitimos a paz. A nossa imitação de Cristo nos impele à ação apostólica. Empenhemo-nos pela salvação e pelo bem-estar do próximo, com todas as energias que temos. Unidos nos esforcemos para criar um mundo mais humano para todos, para consolidar a paz na justiça e na caridade e para unir todos em Cristo (Lei da Sociedade do Apostolado Católico).

Julgar Diante dessa realidade dobrar os joelhos diante de Jesus ressuscitado e pedir a paz é pouco. Temos que nos dobrar e pedir a iniciativa da paz.

Estavam presentes ao redor de 20 paroquianos, com representantes de algumas pastorais da Paróquia que refletiram em três pequenos grupos as seguintes questões:

1. A responsabilidade pela Educação é da escola? 2. Qual o papel da família na educação? 3. Que relação existe entre Educação e Paz? 4. Que ações educacionais, em nossa comunidade paroquial, contribuem para a

construção da Cultura de Paz? 5. Como fazer para que a vivência da fé seja testemunho educacional e geradora da

Cultura de Paz? Agir

Os três grupos trouxeram sugestões que estão listadas abaixo: A Educação envolve o individuo como um todo: virtudes, valores, ser cristão. Temos que educar em qualquer momento e em qualquer lugar. A família deve educar para a solidariedade, adquirir, sentir, perceber, viver,

entender a Cultura de Paz e testemunhar. A família e a escola devem estar interligadas. Pais presentes e cientes do que ocorre na escola, evitando superproteger

infrações dos filhos. A família precisa apresentar a Palavra de Deus. Discutir o contexto social da violência. Educar até na hora de prender um infrator, nunca perder a dimensão da presença

de Deus no outro, seja ele quem for. Abrir a mente e o coração para uma Cultura de Paz Nossa comunidade precisa adquirir de uma forma dinâmica uma Cultura de

Paz. Nossa comunidade precisa de eventos que promovam a reflexão. A Educação e a Paz são frutos de pequenos gestos de amor. A comunidade precisa se abrir a eventos além daqueles de sua própria pastoral. Educar novamente, através de uma Mente Nova. Educar a partir do Amor. A Missa precisa repercutir na vida de cada um e da comunidade.

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27/06/09 MEIO AMBIENTE – VIDA E ESPERANÇA Carlos de Jesus Campos - Ambientalista A atividade iniciou com a Santa Missa presidida pelo Pe. Renato e em seguida a oração inicial e breve retrospectiva dos encontros anteriores, sendo eles sobre a comunicação em Abril e a Educação em Maio. Ver A discussão foi iniciada por Campos se dizendo motivado a falar a partir da Esperança, tanto para quem a tem como para quem não a tem, para que possamos alcançá-la através do conhecimento e a partir daí lutar pelo que se quer.

A água é um componente ambiental, assim como o efeito estufa. O efeito estufa natural promove a Vida e o artificial pode provocar a morte. O efeito estufa natural resulta dos raios cósmicos emitidos pelo Sol, que ao

chegarem à terra, após atravessarem o espaço gelado, incidem sobre as diferentes matérias gerando calor. parte deste calor é retido no planeta resultando em temperaturas propícias á vida.

Após a revolução industrial, a quantidade de gases emitida na atmosfera tem sido cada vez maior e está formando uma espécie de manto que não deixa o excesso de calor se perder no espaço. Desta forma, este excesso de calor fica aprisionado sobre o planeta, a exemplo de uma estufa, fazendo aumentar a temperatura, resultando no chamado aquecimento global, que dentre outros efeitos, o mais visível é o derretimento do gelo dos pólos e das altas montanhas.

Nas áreas onde há verde o clima é agradável porque a floresta absorve o calor no processo de fotossíntese e onde não há verde as temperaturas são mais altas, como por exemplo nos centros das cidades.

O efeito estufa artificial provoca tamanha quantidade de calor que o Planeta não é capaz de absorver sem que o clima se modifique.

Quem são os responsáveis pela degradação ambiental do Planeta? Sistema financeiro internacional:

o O mundo explodiu em desenvolvimento sem nenhuma preocupação ambiental;

Sistema automobilístico: o O carro ecológico não existe;

Indústria bélica; Industria petrolífera Indústria imobiliária (crise mais recente);

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; Rodoanel e Ponte Estaiada

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Mega empreiteiras: no caso da cidade de São Paulo o montante gasto com obras que beneficiam o transporte particular como o alargamento da Marginal; prolongamento da Avenida Roberto Marinho e demais obras ao longo das últimas décadas seria suficiente para construir 80 km de metrô, que seria o transporte público de qualidade. A cidade de são Paulo tem pouco mais de 60 km.

Todos esses responsáveis não tem nenhum interesse pela solução, pois o atual

modelo de desenvolvimento em todo o planeta os faz acumular mais e mais capital, portanto, a solução está em se modificar o próprio modelo consumista predatório, por parte da conscientização da população.

Isto tudo quer dizer que apenas as ações de reciclagem de materiais, que são

importantes, já não seriam mais suficientes para salvar o planeta. É necessário diminuir as emissões de gases. E, neste aspecto, exigir mais transporte coletivo seria uma excelente forma de se contribuir. Ademais, a reciclagem é uma forma que a indústria tem em conseguir matéria prima mais barata e nada tem de ecológico neste enfoque.

Existe uma tendência em se colocar a culpa do desperdício apenas na população. Na verdade, a propaganda faz induzir as pessoas a um consumo alem das necessidades.

Vale ressaltar que a reciclagem é importante e necessária, mas deve ser vista em

seu real contexto. A indústria precisa encontrar alternativas ecológicas para sua atuação, e não se esconder atrás da “cortina” de utilizar material reciclado, vez que está na moda.

A solução deve ser exigida pela população através de políticas públicas: Devemos exigir o transporte coletivo de qualidade e que atenda a demanda da

população; Devemos exigir uma política habitacional justa e que atenda a demanda da

população; Devemos votar em candidatos que tenham compromisso com o Meio Ambiente; Devemos votar em candidatos que tenham compromisso com o bem comum e

não com interesses de pequenos grupos; Para isso temos que conhecer o programa do candidato ao cargo público e

também a sua história; A população sofre violência em desacordo com A Segurança Publica da CF 2009:

Ao ser responsabilizada pelos danos ao meio ambiente; Ao ser induzida a comprar carro novo; Ao ser guiada para ter sempre o equipamento de última tecnologia;

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Mesmo que isso custe o desmatamento de florestas, para se plantar soja para exportação e criar gado e com a receita da exportação se pagar por esta alta tecnologia aos países do primeiro mundo.

A tecnologia é imprescindível, é dom de Deus; mas como cristãos devemos ter e promover o consumo consciente.

A sustentabilidade significa produzir o que é essencial e produzir empregos. Esse conceito foi criado em 1987, por representantes de 21 governos, líderes empresariais e representantes da sociedade, membros da Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento da Organização da Nações Unidas (ONU).

O desenvolvimento sustentável, no que muito pouco se avançou, é aquele que atende às necessidades do presente sem comprometer a possibilidade das gerações futuras atenderem às suas próprias necessidades. Em outras palavras, é o equilíbrio na convivência entre o homem e o meio ambiente.

Isso significa cuidar dos aspectos ambientais, sociais e econômicos e buscar alternativas para sustentar a vida na Terra sem prejudicar a qualidade de vida no futuro.

Em vista dessa óptica, o transporte público de qualidade diminui: O consumo de CO2; Congestionamentos; Stress; Atendimento médico;

Melhora: A qualidade do ar; O trabalhador não precisa sair tão cedo de casa e chegar tão tarde, devido ao

tempo gasto no transporte; Tem mais tempo para sua família e lazer.

A falta de política habitacional gera a invasão de mananciais, a poluição e a violência. O desafio está colocado a todo o planeta: como produzir os bens essenciais para que todos tenham uma vida digna, degradando o mínimo possível à natureza e criando o máximo possível de empregos para todos. E esta é uma exigência do próprio planeta. Campos é o autor de um sistema simples e barato de recuperação dos córregos,

devolvendo-lhes a vida em poucos meses e a baixo custo. Esse sistema está sendo implantado na cidade de Guarulhos e foi apresentado em fotos durante o evento.

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Julgar Estavam presentes ao redor de 30 paroquianos, com representantes de algumas pastorais da Paróquia que refletiram em três pequenos grupos as seguintes questões:

5. A responsabilidade pela Meio ambiente é apenas do indivíduo? 6. Como a evolução influencia o Meio Ambiente? 7. Que relação existe entre Meio Ambiente e Segurança Pública? 8. Qual o papel da comunidade em relação ao Meio Ambiente? 6. Que ações nossa comunidade paroquial pode contribuir para o equilíbrio do

Meio Ambiente? Agir

Os três grupos trouxeram sugestões que estão listadas abaixo: A oportunidade de discutir este assunto permite a compreensão dos responsáveis

pela situação. Permite compreender porque as políticas econômicas do país reduzem os

impostos sobre os automóveis. Permite compreender o avanço tecnológico desordenado, a falta de planejamento

e o crescimento imobiliário. A segurança pública vai muito alem da segurança policial, vai de encontro a uma

vida digna, com direito a transporte, moradia, educação, saúde e segurança. As ações da comunidade podem envolver: A divulgação dos Ecopontos que ainda é muito falha. Reciclar. Divulgar a data da coleta seletiva semanal realizada pela Prefeitura. Discutir o contexto social da violência cometida contra o Meio Ambiente e o

cidadão. Refletir e discutir a reciclagem e a sustentabilidade/desenvolvimento

sustentável. Discutir o consumo consciente x consumo desenfreado. Educar-se e os seus pares quanto ao consumo consciente. A catequese, o crisma, os jovens, as famílias e os adultos mereciam estar

presente, para receber essas informações e multiplicar esses conceitos nos diversos encontros pastorais.

Nossa comunidade precisa de mais eventos que promovam a reflexão. As próprias reuniões da CF atuam para instruir e educar o sentido cristão da

segurança.

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25/07/09 COMPROMISSO CRISTÃO - SOCIAL E POLÍTICO Pe. Marcelo Maróstica Quadros – Coordenador de Pastorais – Região Episcopal Belém A atividade iniciou com a Santa Missa presidida pelo Pe. Júlio e em seguida a oração inicial e breve retrospectiva dos encontros anteriores, sendo eles sobre a comunicação em Abril, a Educação em Maio e o Meio ambiente em Junho. Tivemos a música com o Léo, a cobertura do evento com a Camila (Pastoral da Comunicação) e o empréstimo do data show pela Casa Comunitária. Ver

A discussão foi iniciada pelo Pe. Marcelo falando que o Compromisso Cristão implica o compromisso com:

Deus Irmão

O cristão é chamado por Jesus Cristo a ser “Sal da terra e Luz no mundo” (Mt 5, 13-16).

DOCUMENTO DE APARECIDA

Revela o discípulo-missionário de Jesus Cristo: Bispo Padre Diácono Religioso(a) Leigo

Capítulo V: A Comunhão dos discípulos missionários na Igreja • Os fiéis leigos e leigas, discípulos e missionários de Jesus Luz do Mundo.

nº 209: “São homens da Igreja no coração do mundo e homens do mundo no coração da Igreja”.

nº 210: Missão própria e específica se realiza no mundo. Com seu TESTEMUNHO contribuem para a transformação das realidades e criação de estruturas justas. Espaço próprio é o MUNDO vasto e complexo da política, da realidade social e econômica, cultura, ciências, artes, vida internacional, comunicação.

nº 211: “São também chamados a participar na ação pastoral da Igreja. nº 212: Para cumprir a missão com responsabilidade os leigos necessitam sólida

FORMAÇÃO doutrinal, pastoral, espiritual e adequado acompanhamento. nº 213: A evangelização não pode realizar-se hoje sem a colaboração dos fiéis

leigos. Hão de ser parte ativa e criativa na elaboração e execução de projetos. Isso exige maior abertura de MENTALIDADE por parte dos pastores.

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CONCÍLIO VATICANO II A conferência de Aparecida retoma grandes linhas do Vaticano II. 1) Nova eclesiologia de COMUNHÃO expressa nas categorias Povo de Deus, corpo de Cristo e templo do Espírito Santo. Supera a visão hierárquica.

a) O conceito Povo de Deus foi fundamental para compreender a vocação e missão dos leigos. Sublinha a igualdade fundamental dos batizados (de todos os membros da Igreja).

b) É um povo todo ele sacerdotal, missionário, evangelizador e profético. É um povo que é sujeito e não simples destinatário da ação.

c) Leigo é aquele que no batismo foi ungido pelo Espírito Santo e no sacramento da crisma enviado pela Igreja para continuar a missão de Jesus.

2) Articulação teológica entre Igreja e mundo: ponto importante para o redimensionamento da vocação e missão do leigo.

Encíclica Gaudiun et Spes (GS sobre a Igreja no mundo de hoje) a) Consciência de que a Igreja é feita também de realidades terrestres. b) Nova consciência: “a função da Igreja é colocar-se no mundo para serví-lo

em vista da salvação em Jesus Cristo”. c) Necessidade de uma relação dialogal. GS 1: “As alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos homens de hoje, sobretudo dos pobres e daqueles que sofrem, são também as alegrias e esperanças, as tristezas e as angústias dos discípulos de Cristo. Por esse motivo a Igreja se sente real e intimamente ligada ao gênero humano e AA sua história”. GS 43: “Os leigos que devem participar ativamente em toda a vida da Igreja, estão obrigados não somente a impregnar o mundo de espírito cristão, mas também são chamados a serem testemunhas de Cristo em tudo, no meio da comunidade humana”. GS 4: “É necessário conhecer e compreender o mundo em que vivemos”.

“O caminho da Igreja passa pela pessoa humana”.

3) O campo específico de atuação dos leigos: o MUNDO Encíclica Lumen Gentiun (LG Sobre a Igreja) LG 10: o conceito de sacerdócio comum

LG 12: participação na missão profética de Cristo LG 31: a índole secular caracteriza especialmente os leigos.

4) O que é evangelizar? Exortação Apostólica Evangelii Nuntiandi (EN sobre a Evangelização no mundo contemporâneo)

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EN 18: “Evangelizar, é levar a Boa Nova a todas as parcelas da humanidade, em qualquer meio e latitude, e pelo seu influxo transformá-las a partir de dentro e tornar nova a própria humanidade. (.....) O mais exato seria dizer que a Igreja evangeliza quando, ela procura converter ao mesmo tempo a consciência pessoal e coletiva dos homens, a atividade em que eles se aplicam, e a vida e o meio concreto que lhes são próprios”.

EN 19: “para a Igreja não se trata tanto de pregar o evangelho a espaços geográficos cada vez mais vastos ou populações maiores em dimensões de massa, mas de chegar a atingir e como que a modificar pela força do Evangelho os critérios de julgar, os valores que contam, os centros de interesse, as linhas de pensamentos, as fontes inspiradoras e os modelos de vida da humanidade, que se apresentam em contraste com a Palavra de Deus e com o desígnio da salvação”.

A Igreja está no mundo para servir o mundo – política, economia, meio ambiente, comunicação...

De volta à CONFERÊNCIA DE APARECIDA (terceira parte do documento – A vida de Jesus Cristo para nossos povos) Outros elementos que ajudam a refletir o compromisso cristão:

a) Nossa missão a serviço da vida plena, da justiça social, da caridade cristã, da opção pelos pobres e promoção da dignidade humana, globalização da solidariedade e o bem comum (capítulos 7 e 8).

b) Presença nos novos areópagos (Cap. 10, nº 491): incentivar a presença ética coerente dos cristãos – hospital, presídio, delegacia... Formação de pensadores, políticos e formadores de opinião (Cap. 10, nº 492) “Fermento na massa”

c) “Os leigos, conscientes de sua chamada à santidade em virtude de sua vocação batismal, são os que têm de atuar à maneira de fermento na massa para construir uma cidade temporal que esteja de acordo com o projeto de Deus. A coerência entre fé e vida no âmbito político, econômico e social exige a formação da consciência, que se traduz no conhecimento da Doutrina Social da Igreja”. (Cap. 10, nº 505).

DIRETRIZES GERAIS DA AÇÃO EVANGELIZADORA DA IGREJA NO BRASIL (DGAE) A Igreja participa da missão de Jesus, assumindo essa responsabilidade segundo um tríplice múnus: ministério da Palavra (função profética), ministério da liturgia (função sacerdotal) e ministério da caridade (função pastoral).

Destacam-se também três âmbitos de atuação: pessoa, comunidade e sociedade. A ação da Igreja está voltada para a promoção da dignidade da pessoa; para a renovação da comunidade e a construção de uma sociedade solidária. Exigências intrínsecas da evangelização: o serviço, o diálogo, o anúncio e o testemunho de comunhão. Minhas obras mostram a fé que eu tenho. Serviço – diálogo – anúncio – testemunho.

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“Vocês serão conhecidos como meus discípulos se vos amarem uns aos outros como eu vos amei”. A politica é uma das maneiras mais radical de viver o Evangelho – bem comum. A Igreja deve incentivar o leigo a participação na política e na sociedade. Caridade que transforma através de políticas publicas. Falar de compromisso social e político é dar um destaque ao Ministério da Caridade; à construção da sociedade solidária e à exigência do serviço. Evangelizar é promover a dignidade da pessoa humana. Ser profeta implica em enxergar a realidade, inclusive no que está destruindo a vida. As mudanças devem vir de dentro, a aprtir do testemunho. Ajudar o próximo a

Não pensar somente em si mesmo; Ter um consumo consciente; Estar comprometido com as eleições.

Parágrafos 187: é preciso incentivar cada vez mais a participação social e política dos

cristãos leigos. 188: busca de políticas públicas; 189: acompanhar o trabalho dos poderes Legislativo, Executivo e Judiciário.

ENCÍCLICA DEUS CARITAS EST (Deus é amor)

Parágrafo 20: “O amor do próximo, radicado no amor de Deus, é um dever antes de tudo para cada um dos fiéis, mas o é também para a comunidade eclesial inteira”

Parágrafo 29: “O dever imediato de trabalhar por uma ordem justa na sociedade é próprio dos fiéis leigos. Estes como cidadãos do Estado, são chamados a participar pessoalmente na vida publica.”

INICIATIVAS DA IGREJA: 1 ) DOUTRINA SOCIAL DA IGREJA – documentos (compêndio) Nova encíclica do papa Bento XVI Caritas in Veritate. 2) PASTORAL SOCIAL “Solicitude de toda a Igreja para com as questões sociais. Sensibilidade que deve estar presente em cada diocese, paróquia, comunidade e grupo.” Está dentro da dimensão sócio-transformadora e deve despertar o processo de CONSCIENTIZAÇÃO – ORGANIZAÇÃO – MOBILIZAÇÃO. Não dá para ser discípulo de Jesus sem ter dor e compaixão pelo povo. 3) PASTORAIS SOCIAIS São serviços específicos a categorias de pessoas ou situações específicas da realidade social.

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Pastoral da Criança; Comissão Pastoral da Terra; Comissão Brasileira de Justiça e Paz; Pastoral do Menor; Pastoral da Sobriedade; Pastoral Operária; Serviço Pastoral dos Migrantes; Pastoral da Saúde; Pastoral Carcerária; Pastoral da Mulher Marginalizada; Pastoral Afro-brasileira; Pastoral do Povo da Rua; Pastoral da Pessoa idosa; Pastoral da Aids; Setor das Pastorais da Mobilidade Humana; Pastoral dos Pescadores, Pastoral dos Nômades. 4) SEMANAS SOCIAIS BRASILEIRAS Objetivo: promover a compreensão mais abrangente da realidade. Levantar desafios e até alternativas viáveis. Responsável: Setor Pastoral Social da CNBB – Comissão para o serviço da Caridade, Justiça e Paz. Parcerias: CONIC, entidades sindicais e estudantis, movimentos e associações populares. 1ª Semana: 1991 – O mundo do trabalho, desafios e perspectivas no Brasil de hoje. (celebração dos cem anos da encíclica Rerum Novarum – Leão XIII). 2ª Semana: 1993 a 1994 – Brasil: Alternativas e Protagonistas. O Brasil que queremos. O Brasil que queremos deve ser economicamente justo, politicamente democrático, socialmente equitativo e solidário e culturalmente plural. Surge a campanha Grito dos excluídos. 3ª Semana: 1997 a 1999 – Resgate das dívidas sociais e solidariedade na construção de uma sociedade democrática. Frutos: Símpósio da Dívida Externa; luta contra a ALCA; plebiscito popular sobre a Dívida. 4ª Semana: 2004 à 2006 – Articulação das forças sociais, participando na construção do Brasil que queremos. Lema: “Mutirão por um novo Brasil” Temas tratados: O Estado e seu papel na transformação da sociedade e a participação popular; Soberania versus Imperialismo; Forças sociais, resistência e organização; O trabalho; crise de sustentabilidade e crise civilizatória. 5) 10º PLANO DE PASTORAL Terceira parte – Discípulos na missão na cidade (Agir) Servir pela prática da caridade (missão pastoral): obras de caridade pessoal, projetos sociais, opção pelos pobres; Campanhas da Fraternidade; Grito dos excluídos; despertar para uma cidadania ativa; conhecer a Doutrina Social da Igreja; envolver-se na elaboração e concretização de políticas públicas. 6) JORNADA DA CARIDADE – Região Belém (agosto e setembro de 2009) Objetivos: conscientizar para a vivência da caridade na vida da Igreja; promover a mística da comunhão e a espiritualidade do serviço; visualizar os trabalhos de caridade em seus três níveis (assistência, promoção e transformação) existentes na região, setor, paróquia e comunidade.

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ESPAÇOS DE PARTICIPAÇÃO Fóruns (pastorais sociais; reforma agrária; criança e adolescente; segurança....); trabalho em rede; plebiscitos; conselhos populares; Campanhas (CF, Auditoria Cidadã da Dívida; Contra o rebaixamento da idade penal); grito dos excluídos; Marcha das mulheres; compromissos em relação ao meio ambiente; trabalho de base. DESAFIOS À MISSÃO DOS LEIGOS

a) Globalização/ mudança de época = NOVA ORDEM MUNDIAL (exclusão social de indivíduos e povos; concepção economicista do ser humano; o consumismo. A violência, pobreza e miséria.

b) Civilização urbana: rede de relações na cidade; modo de viver urbano; necessidades religiosas do ser humano; deterioração do tecido social.

c) A questão política: promoção do bem comum X interesse individual ou de classes.

d) Participação na política partidária. e) Relações de poder na Igreja (clericalização do leigo) f) Formação adequada g) Participação em espaços de decisão.

Julgar Estavam presentes ao redor de 30 paroquianos, com representantes de algumas pastorais da Paróquia que refletiram em três grupos as seguintes questões:

O que o compromisso cristão tem a ver com a CF 2009? O que isso tem a ver comigo e com a nossa comunidade?

Agir

Os três grupos trouxeram sugestões que estão listadas abaixo: Despertar o compromisso como cristão dentro e principalmente fora da

Paróquia. Anunciar o evangelho. Melhorar o nosso conhecimento sobre quem é verdadeiramente Jesus Cristo. Colocar em prática o compromisso de ser cristão.

O fruto imediato deste encontro é a reflexão que causa em todos nós. Que tipo de cristão eu sou? Conseguimos ser cristãos na comunidade, mas e no mundo? Como fazer isso? O movimento popular está desacreditado pelos próprios cristãos.

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29/08/09 JUSTIÇA E TRABALHO – FONTES DE DIGNIDADE Pastoral Operária Waldemar Rossi A atividade iniciou com a Santa Missa presidida pelo Pe. Renato e em seguida a oração inicial. SOBRE O TRABALHO X POBREZA E MUDANÇAS RADICAIS VER a realidade: 1) No Brasil, perto de 35% apenas das pessoas em idade apta para o trabalho estão no mercado formal, com carteira assinada e alguns direitos sociais garantidos (atendimento à saúde, educação, moradia (?), assistência social...). Assim, cerca de 65% estão sem essas garantias. Sofrem quando precisam de médico, de escolas, de moradia decente, de transporte. Sofrem nas filas, por falta de médicos, de medicamento... Quantos passam fome?

2) Muitos dos que têm emprego estão em firmas terceirizadas e não têm carteira assinada, o trabalho é temporário, sem garantias, com baixa remuneração e rotatividade freqüente, ritmo de trabalho puxado, jornadas longas e exaustivas. Sem fins de semanas para a família!!!

3) Dos que não têm emprego fixo, parte vive de bicos esporádicos, com ganho insuficiente para manter uma família. Não têm nenhuma segurança do Estado.

4) São vários milhões que não têm nenhum trabalho (os desempregados crônicos) e que sofrem todo tipo de discriminação. Muitos se desesperam e se entregam à bebida e às drogas. Outros ao suicídio ou ao crime organizado. Famílias se desfazem; moradores de rua se multiplicam, traficantes ganham os jovens sem perspectiva de um futuro honrado.

5) Dos jovens que chegam à idade para o trabalho, pelo menos 40% não conseguem vaga, e quando conseguem é por salários aviltantes e condições de trabalho também aviltantes.

6) A falta de trabalho e os baixos salários vêm gerando tanta carência que cresce extraordinariamente a prostituição, principalmente a prostituição infantil, sendo esta, talvez, o crime mais hediondo, mais bárbaro dos nossos tempos. Cada criança que tem seu corpinho violentado, ainda que em troca de dinheiro, tem sua alma dilacerada, rasgada, chagas que não cicatrizam jamais. (Ai daqueles que.... Melhor fosse que atasse uma pedra ao pescoço)

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7) Com tanta mão de obra disponível, os empresários se dão ao luxo de exigir horas extras e de propor acordos que eliminam direitos: redução de horas (quando houver pouca demanda de produtos), com redução de salário e ainda implantação do “banco de horas”. O que é isto?

8) Sindicatos e Centrais Sindicais são cooptados pelo empresariado e vendem a alma para o diabo, deixando os trabalhadores sem amparo. Mas, há os que resistem e não se vendem.

9) Governos eleitos pelo povo abandonam suas promessas de campanha e traem o povo que os elegeu. Tais governantes contam ainda com o apoio da mídia para mentir ao povo e para defender práticas que interessam ao grande capita, em prejuízo de toda a nação.

JULGAR O projeto de Deus para os homens e mulheres aparece expresso em centenas de passagens da Bíblia, fonte da revelação. São denúncias, condenações, orientações de saídas e projetos de sociedade com justiça.

O mundo que Deus não quer (Ex 1, 11, 13-14) Então impuseram sobre Israel capatazes, que os exploravam em

trabalhos forçados. E assim construíram para o Faraó as cidades-armazens de Pitom e Ramsés. Por isso os egípcios impuseram sobre eles trabalhos duros e lhes amargaram a vida com dura escravidão: preparação da argila, fabricação de tijolos, vários trabalhos

nos campos...

(Ex 3, 7-8) Eu vi muito bem a miséria do meu povo que está no Egito. Ouvi o seu clamor contra os opressores.... Por isso, desci para libertá-lo do poder dos egípcios e para fazê-lo subir para uma terra fértil e espaçosa, terra onde correm o leite e o mel... (Dt 15, 4) – Não deverá haver pobres no meio de ti, porque o Senhor, teu Deus te abençoará certamente na terra que te dá como herança;

(Lv 19, 13) Não oprimirás o teu próximo, e não o despojarás. O salário do teu operário não ficará contigo até o dia seguinte.

(Lv 25, 35-38) Se teu irmão se tornar pobre junto de ti, e as suas mãos se enfraquecerem, sustentá-lo-ás, mesmo que se trate de um estrangeiro ou de um hóspede que viva contigo. Não receberás dele juros nem ganho... Não lhes emprestarás com juros teu dinheiro e não lhe darás os teus víveres por amor do lucro...

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(Ex 22, 21-27)... Se tomares como penhor o manto do teu próximo, deverás devolvê-lo antes do por do sol: porque é sua única cobertura...

(Is 58, 6...) Sabeis o jejum que eu aprecio, diz o Senhor Deus: é romper as cadeias injustas, desatar a corda do jugo, mandar embora e livres os oprimidos, e quebrar toda sorte de jugo. É repartir seu alimento com o esfaimado....

(Is 22, 13...)... Ai daquele que faz seu próximo trabalhar sem pagar, e lhe recusa o salário...

(Is 5, 8-9) Ai de vós, que ajuntais casa com casa, e que acrescentais campo a campo, até que não haja mais lugar e que sejais os únicos proprietários do país....

(AM 5, 21-24) Eu detesto e desprezo as festas de vocês; tenho horror dessas reuniões. Ainda que você me ofereçam sacrifícios, suas ofertas não me agradarão, nem olharei as oferendas gordas. Longe de mim o barulho dos seus cânticos, nem quero ouvir a música de suas liras. Eu quero, isto sim, é ver brotar o direito como a água e correr a justiça como riacho que não seca.

(Ti 5, 4) Vejam o salário dos trabalhadores que fizeram a colheita nos campos de vocês: retido por vocês, esse salário clama, e os protestos dos ceifadores chegaram aos ouvidos do Senhor dos exércitos...

Critério básico para julgar um sistema (Mt 12,23) Se vocês plantarem uma árvore boa, o fruto dela será bom; mas se vocês plantarem uma árvore má, também o fruto será mau, porque é pelo fruto que se conhece a árvore.

(DA, 120) Louvemos a Deus porque na beleza da criação, que é obra de suas mãos, resplandece o sentido do trabalho como participação ma sua tarefa criadora e como serviço aos irmãos e irmãs. Jesus, o carpinteiro, dignificou o trabalho e o trabalhador, e recorda que o trabalho não é mero apêndice da vida, mas que ‘constitui uma dimensão fundamental da existência do homem na terra, pela qual o homem e a mulher se realizam como seres humanos. O trabalho garante a dignidade e a liberdade do homem, e é provavelmente “a chave essencial de toda a questão social”’

O mundo inspirado pelo Criador (Sl 128, 1-6) Feliz quem teme a Javé e anda em seus caminhos! Você comerá do trabalho de suas próprias mãos, tranqüilo e feliz. Sua esposa será como a vinha fecunda, na intimidade do seu lar. Seus filhos, rebentos de oliveira, ao redor de sua mesa. Essa é a benção para o homem que teme a Javé. Que Javé abençoe você desde Sião, e você veja a prosperidade de Jerusalém todos os dias de sua vida. Que você veja os filhos dos seus filhos. Paz sobre Israel.

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(Is 65, 22-23) Ninguém construirá para outro morar, ninguém plantará para outro comer, porque a vida do meu povo será longa como a das árvores, meus escolhidos poderão gastar o que suas mãos fabricarem. Ninguém trabalhará inutilmente, ninguém gerará filhos para morrerem antes do tempo...

Assim, uma sociedade que não garante trabalho para todos não pode ser aceita por nenhuma pessoa que ame a justiça. Tem que ser mudada radicalmente. (Mt 6,31-33) Portanto, não fiquem preocupados dizendo: O que vamos comer? O que vamos beber? O que vamos vestir? Os pagãos é que ficam procurando essas coisas. O Pai de vocês, que está nos céu, sabe que vocês precisam de tudo isso. Pelo contrário, em primeiro lugar busquem o Reino de Deus e sua justiça, e Deus dará a vocês, em acréscimo, todas essas coisas.

Mudar o que é inútil e nocivo (Ec 3 1 e seguintes) Debaixo do céu há tempo para tudo, e tempo certo para cada coisa: tempo para nascer e tempo para morrer....Tempo para destruir e tempo para construir... Tempo para rasgar e tempo para costurar. Tempo para calar e tempo para falar...

(Mt 3,10) O machado está posto na raiz das árvores. E toda árvore que não der bom fruto será cortada e jogada no fogo.

(Mt 22, 18-21) Na manhã seguinte, voltando da cidade, Jesus ficou com fome. Viu uma figueira perto do caminho, foi até lá, mas não achou nada, a não ser folhas. Então Jesus disse à figueira: “Que você nunca mais dê frutos”. E no mesmo instante a figueira secou.

Praticar o Evangelho (Mt28, 19) Portanto, vão e façam com que todos os povos se tornem meus discípulos, batizando-os em nome...

(Mc 16, 15) Então Jesus disse-lhes: ‘Vão para o mundo inteiro e anunciem a Boa Notícia para toda a humanidade. – (Ver também Lc 24, 46-48 e Atos 1, 6-8).

(DA 209) Os fiéis leigos são “os cristãos que estão incorporados a Cristo pelo batismo, que formam o povo de Deus e participam das funções de Cristo: sacerdote, profeta e Rei. Realizam, segundo sua condição, a missão de todo o povo cristão na Igreja e no mundo. São homens da Igreja no coração do mundo e homens do mundo no coração da Igreja”.

(210) Sua missão própria e específica se realiza no mundo, de tal modo que, com seu testemunho e sua atividade, contribuam com a transformação das realidades e da criação de estruturas justas, segundo os critérios do Evangelho. “O espaço próprio de sua atividade evangelizadora é o mundo vasto e complexo da política, da realidade social e da economia, como também da cultura, das ciências e das artes, da vida internacional e da ‘massa média’ (meios de comunicação de massa)......

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26/09/09 VIOLÊNCIA INSTITUCIONALIZADA – JUSTIÇA E PAZ Dom Pedro Luiz Stringhini - Bispo Auxiliar da Arquidiocese de São Paulo A atividade iniciou com a Santa Missa presidida por Dom Pedro Luiz e em seguida no auditório iniciou o encontro cantamos o lema da Campanha da Fraternidade. Ver Como bem salientado pelo Bispo Dom Pedro Luiz a violência institucionalizada está escondida, difícil de ser perceptível. Prossegue com uma crítica a mídia que ao informar, instiga a própria violência. Segue mencionando que a violência institucionalizada protege o bandido e pune o pobre. Constata uma relação com essa espécie de violência e a impunidade. Tais instituições devem não podem ser confundidas com as instituições cristãs estas devem ter um diferencial para que saibam que é uma obra da igreja. Isto se relaciona com princípios cristãos. O Bispo Dom Pedro Luiz enaltece: Devemos preservar o planeta que agredimos, ou ele nos destruirá para que possa respirar No meio de toda essa violência a igreja deve fomentar o evangelho a todos para cada situação. Um exemplo citado é a doutrina social da igreja que é como concretizar a palavra de Deus com ações. Jesus quando chama “Levanta-te e venha até o meio”. Está dando uma ordem que nos inspira a agir. Cita ainda, a CF – 2008 Escolhe tu a vida. Julgar No decorrer do discurso fomos instigados a pensar sobre diversas questões suscitadas pelo Bispo Dom Pedro Luiz Questão: como teremos um país mais seguro e menos violento? Há necessidade da comunidade se engajar em obras sociais. Em seu discurso lembra que São Paulo com todos os problemas não é a mais violenta. A violência não é privilégio dos grandes centros, se estendendo a cidades do interior da Capital.

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Outra questão: A igreja estava presente nas comunidades consideradas violentas? Exige-se uma ação social da igreja. Dom Pedro Luiz informou que metade das obras sociais em São Paulo é a Igreja quem faz. Imperioso notar as palavras contidas no Evangelho lembradas pelo Ilustre expositor que cita Matheus 6:24. 24 Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar a um e amar o outro, ou há de dedicar-se a um e desprezar o outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas. Não se pode propagar a violência quando se fomenta as palavras do evangelho. Tema está relacionado com a Campanha da Fraternidade de 2010 “Não podemos servir a Deus e o dinheiro”. Ao tecer comentários ao sistema econômico atual, não poupou críticas e reconhece ser um sistema obsoleto uma vez que não é baseado na pessoa nem no trabalho nem no dinheiro mas sim o mercado. Agir A igreja se organiza promovendo a discussão de temas que culminarão no maior conhecimento das comunidades que agem comparecendo aos encontros Dom Pedro lembrou os temas das Campanhas anteriores como: 2007- Amazônia 2008- Vida 2009- Segurança A campanha da Fraternidade de 2010 propõe o desenvolvimento que seja humano. Como diz o Papa o desenvolvimento também deve ser espiritual. Continua sua exposição lembrando o tema do Campanha da Fraternidade de 2011 - Fraternidade e a vida do planeta. Conclui com um recado as Pastorais Sociais: Todos Cristãos são agentes de transformação.

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Hino da CF-2009

1-Ó povo meu, chegou a mim o teu lamento. Conheço o medo e a insegurança em que estás. Eu venho a ti, sou tua força e teu alento. Vou te mostrar caminho novo para a paz Onde pões tua confiança? Segurança, quem te traz? É o amor que tudo alcança; Só a justiça gera a paz! 2. Quando o direito habitar a tua casa, Quando a justiça se sentar à tua mesa, A segurança há de brincar em tuas praças; Enfim, a paz demonstrará sua beleza. 3. A segurança é vida plena para todos: Trabalho digno, moradia, educação; É ter saúde e os direitos respeitados; É construir fraternidade, é ser irmão. 4. É vão punir sem superar desigualdades; É ilusão só exigir sem antes dar. Só na justiça encontrarás tranquilidade; Não-violência é o jeito novo de lutar. 5. É como teia de aranha, a segurança. De quem confia só nas armas, no poder. Não é violência, não são grades ou vingança Que irão fazer paz e justiça florescer. 6. Eu desposei-te no direito e na justiça; Com grande amor e com ternura te escolhi. Como aceitar o desrespeito, a injustiça, A intolerância e o desamor que vêm de ti?!

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