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Sede: Rio de Janeiro Av. Treze de Maio, 13 / 28º andar CEP 20003-900 – Caixa Postal 1680 Rio de Janeiro – RJ Tel.: PABX (21) 210-3122 Fax: (21) 220-1762/220-6436 Endereço eletrônico: www.abnt.org.br ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas Copyright © 2000, ABNT–Associação Brasileira de Normas Técnicas Printed in Brazil/ Impresso no Brasil Todos os direitos reservados OUTUBRO 2002 02:136.01.002 Desempenho de Edifícios Habitacionais de até 5 pavimentos – Parte 2: Estrutura ABNT/CB 02 - Comitê Brasileiro de Construção Civil CE 02.136.01 - Desempenho de Edificações Performance of up to five storeyed residential buildings - Part 2: Structure Descriptors: Performance, residential building, structure Palavra(s)-chave: Desempenho, edifícios habitacionais, estrutura 15 páginas Sumário Prefácio 1 Introdução 2 Objetivo 3 Referências normativas 4 Definições 5 Exigências dos usuários 6 Requisitos, critérios, métodos de avaliação e níveis de desempenho 7 Desempenho estrutural 8 Segurança contra incêndio 9 Estanqueidade 10 Durabilidade e manutenabilidade Prefácio A ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas – é o Fórum Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB) e dos Organismos de Normalização Setorial (ONS), são elaboradas por Comissões de Estudo (ABNT/CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas fazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratórios e outros). Os Projetos de Norma Brasileira, elaborados no âmbito dos ABNT/CB e ONS circulam para Consulta Pública entre os associados da ABNT e demais interessados. 1 INTRODUÇÃO O desempenho estrutural do edifício, de seus elementos e componentes, deve ser analisado do ponto de vista dos estados limites último e de utilização (preferencialmente pelo método semi-probabilístico de segurança). Deverão ser consideradas a resistência mecânica dos materiais ou componentes e as solicitações características para cada uso de acordo com as normas brasileiras (NBR-8681-Ações e Segurança nas Estruturas e NBR-6120 - Cargas para o Cálculo de Estruturas de Edificações;), simulando através de modelos matemáticos e físicos as situações de ruína por esgotamento da capacidade de resistência dos materiais ou por instabilidade do equilíbrio. O estado limite de serviço deve garantir a durabilidade e utilização normal da estrutura não permitindo a formação de fissuras, as deformações, as falhas localizadas, as avarias susceptíveis de ocorrerem nas interfaces entre elementos, componentes e instalações que excedam aos limites considerados em normas específicas. Adicionalmente, deve a estrutura garantir outros aspectos de desempenho que condizam com a sua inserção no meio habitacional, tais como segurança contra o fogo, estanqueidade, saúde e higiene, funcionalidade e sustentabilidade.

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Sede: Rio de Janeiro Av. Treze de Maio, 13 / 28º andar CEP 20003-900 – Caixa Postal 1680 Rio de Janeiro – RJ Tel.: PABX (21) 210-3122 Fax: (21) 220-1762/220-6436 Endereço eletrônico: www.abnt.org.br

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas

Copyright © 2000, ABNT–Associação Brasileira de Normas Técnicas Printed in Brazil/ Impresso no Brasil Todos os direitos reservados

OUTUBRO 2002

02:136.01.002

Desempenho de Edifícios Habitacionais de até 5 pavimentos – Parte 2: Estrutura

ABNT/CB 02 - Comitê Brasileiro de Construção Civil CE 02.136.01 - Desempenho de Edificações Performance of up to five storeyed residential buildings - Part 2: Structure Descriptors: Performance, residential building, structure

Palavra(s)-chave: Desempenho, edifícios habitacionais, estrutura

15 páginas

Sumário

Prefácio 1 Introdução 2 Objetivo 3 Referências normativas 4 Definições 5 Exigências dos usuários 6 Requisitos, critérios, métodos de avaliação e níveis de desempenho 7 Desempenho estrutural 8 Segurança contra incêndio 9 Estanqueidade 10 Durabilidade e manutenabilidade

Prefácio

A ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas – é o Fórum Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB) e dos Organismos de Normalização Setorial (ONS), são elaboradas por Comissões de Estudo (ABNT/CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas fazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratórios e outros).

Os Projetos de Norma Brasileira, elaborados no âmbito dos ABNT/CB e ONS circulam para Consulta Pública entre os associados da ABNT e demais interessados.

1 INTRODUÇÃO O desempenho estrutural do edifício, de seus elementos e componentes, deve ser analisado do ponto de vista dos estados limites último e de utilização (preferencialmente pelo método semi-probabilístico de segurança). Deverão ser consideradas a resistência mecânica dos materiais ou componentes e as solicitações características para cada uso de acordo com as normas brasileiras (NBR-8681-Ações e Segurança nas Estruturas e NBR-6120 - Cargas para o Cálculo de Estruturas de Edificações;), simulando através de modelos matemáticos e físicos as situações de ruína por esgotamento da capacidade de resistência dos materiais ou por instabilidade do equilíbrio. O estado limite de serviço deve garantir a durabilidade e utilização normal da estrutura não permitindo a formação de fissuras, as deformações, as falhas localizadas, as avarias susceptíveis de ocorrerem nas interfaces entre elementos, componentes e instalações que excedam aos limites considerados em normas específicas.

Adicionalmente, deve a estrutura garantir outros aspectos de desempenho que condizam com a sua inserção no meio habitacional, tais como segurança contra o fogo, estanqueidade, saúde e higiene, funcionalidade e sustentabilidade.

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Todas as disposições contidas nesta norma, aplicável a habitações de até cinco pavimentos, referem-se a elementos, componentes ou sistemas montados, construídos, operados e submetidos a intervenções de manutenção que atendam todas as instruções específicas do respectivo fornecedor, devidamente registradas em “Manual de Montagem”, “Manual de Uso e Conservação” ou em documentos similares. Nesse aspecto, procura-se também desenvolver a cultura da manutenção e preservação do imóvel e de suas partes, cuja prática tem sido largamente neglicenciada no estoque existente de habitações.

A presente norma deve ser utilizada, no que couber, em conjunto com o Projeto 02:136.01.001 – Desempenho de edifícios habitacionais de até 5 pavimentos – Parte 1: Requisitos Gerais.

2 OBJETIVO Esta norma tem por finalidade estabelecer exigências para o desempenho estrutural de edifícios habitacionais de até cinco pavimentos, de seus elementos e componentes, considerando-se os estados limites último e de serviço (utilização). Devem ser consideradas a resistência mecânica, a estabilidade e as deformações, de forma que não seja atingido o estado limite de ruína, como também não ocorram fissuras, deformações ou falhas nas interfaces entre elementos, componentes e/ou instalações que comprometam a utilização da edificação.

O arcabouço estrutural do edifício e suas vedações não devem, ao longo de sua vida útil, entrar em ruína nem tampouco apresentar falhas que venham a prejudicar a durabilidade da construção ou os níveis de satisfação exigidos por seus usuários (conforto, higiene, estanqueidade, etc.).

3 REFERÊNCIAS NORMATIVAS As normas relacionadas a seguir contêm disposições que, ao serem citadas neste texto, constituem prescrições para esta Norma. A edição indicada estava em vigor no momento desta publicação. Como toda norma está sujeita a revisão, recomenda-se àqueles que realizam acordos com base nesta que verifiquem a conveniência de se usar a edição mais recente da norma citada a seguir. A ABNT possui a informação das normas em vigor em um dado momento.

Projeto 02:136.01.001 – Desempenho de edifícios habitacionais de até 5 pavimentos – Parte 1: Requisitos Gerais.

NB 49/73 Projeto e execução de obras de concreto simples;

NB 143/67 Cálculo de estruturas de aço constituídas de perfis leves.

NBR 5628/01 Componentes construtivos estruturais – Determinação da resitência ao fogo.

NBR-6118/80 Projeto e execução de obras de concreto armado;.

NBR-6119 /01 Cálculo e execução de lajes mistas.;

NBR-6120 /80 Cargas para o cálculo de estruturas de edificações.;

NBR-7190 /97 Cálculo e execução projeto de estruturas de madeira.;

NBR-7197/89 Cálculo e execução de obras projeto de estruturas de concreto protendido;

NBR-8681/84 Ações e segurança nas estruturas.;

NBR-8800/86 Projeto e execução de estruturas de aço de edifícios (métodos dos estados limites) - Especifiicação;

NBR-9062/01 Projeto e execução de estruturas de concreto pré-moldado;

NBR-9442/86 Materiais de construção - Determinação do índice de propagação superficial de chamas pelo método do painel radiante.

NBR 9575 /98 Elaboração de projetos de impermeabilização;

NBR-10837/89 Cálculo de alvenaria estrutural de blocos vazados de concreto;

4 DEFINIÇÕES Para os efeitos da presente norma aplicam-se as definições contidas no Projeto 02:136.01.001 – Desempenho de edifícios habitacionais de até 5 pavimentos – Parte 1: Requisitos Gerais, além das definições a seguir indicadas.

4.1 Ações Uma coleção de forças mecânicas, de deformações impostas ou de efeitos ambientais que atuam sobre a estrutura.

4.2 Ações ou cargas pcermanentes e variáveis As cargas permanentes são provenientes do peso próprio da estrutura, de elementos de vedação e de acabamentos. As cargas variáveis, que podem ou não estar atuando ao longo da vida da obra, decorrem da ocupação da edificação pelos usuários, do mobiliário e de outras ações cuja intensidade apresenta variações tais como: cargas de vento, empuxos hidrostáticos ou de terra e cargas induzidas pela variação da temperatura.

4.3 Estado limite último

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Estado crítico onde a estrutura não mais satisfaz os critérios de desempenho relativos à ruína ou instabilização. Momento a partir do qual ocorre perigoso rebaixamento dos níveis de segurança, com risco de colapso da estrutura.

4.4 Estado limite de serviço ou utilização Estado da estrutura a partir do qual começa a ser prejudicada a funcionalidade, a utilização e/ou a durabilidade da edificação; configura-se, em geral, pela presença de deformações excessivas, estados avançados de fissuração e outras falhas.

4.5 Segurança Habilidade da estrutura ou elemento estrutural de garantir a operação livre de colapsos, acidentes e casualidades por parte dos usuários.

4.6 Integridade estrutural Habilidade da estrutura de evitar o colapso incremental da mesma na ocorrência de danificações localizadas.

4.7 Ruina A ruína caracteriza o estado limite último, seja por ruptura, perda de estabilidade ou deformação excessiva.

4.8 Falha Ocorrência que compromete o estado de utilização do elemento, por fissuração, danos no elemento e nas interfaces com outros elementos, deslocamentos acima de limites aceitáveis etc.

5 EXIGÊNCIAS DO USUÁRIO Sob as diversas ações atuantes na habitação, a estrutura deve atender as exigências aplicáveis que se encontram relacionadas no Projeto 02:136.01.001 – Desempenho de edifícios habitacionais de até 5 pavimentos – Parte 1: Requisitos Gerais.

6 REQUISITOS, CRITÉRIOS, MÉTODOS DE AVALIAÇÃO E NÍVEIS DE DESEMPENHO Em função das necessidades básicas de segurança, saúde, higiene e economia, são estabelecidos para os diferentes elementos e partes da construção níveis mínimos de desempenho (“Nível M”), que devem ser obrigatoriamente atendidos. Considerando as diferentes possibilidades de agregação de qualidade aos produtos, o que implica inclusive em diferentes relações custo/benefício, para desempenho excedente às necessidades mínimas são estabelecidos respectivamente os níveis “S” (superior) e “E” (elevado).

7 DESEMPENHO ESTRUTURAL Sob as diversas condições de exposição (ação do peso próprio, sobrecargas de utilização, atuações do vento, etc), o edifício deve atender às seguintes exigências de caráter humano:

• nenhuma de suas partes deve ruir ou ter seu funcionamento prejudicado;

• sob ação de choques e vibrações, cujo risco seja razoavelmente previsível, o edifício não deve apresentar qualquer perigo para os usuários;

• sob ação de impactos decorrentes de sua utilização normal, a segurança dos usuários deve estar sempre garantida;

• as deformações de quaisquer elementos do edifício não devem provocar sensação de insegurança nos usuários;

• as eventuais deformações dos elementos do edifício não devem prejudicar a manobra de partes móveis como portas e janelas, prejudicar o funcionamento das instalações etc.

7.1 Requisito - Estabilidade e resistência estrutural A estrutura e demais elementos estruturais devem apresentar um nível satisfatório de segurança contra a ruína, considerando-se as combinações de carregamento de maior probabilidade de ocorrência, ou seja, refere-se ao estado limite último. Elementos com função de vedação (paredes e divisórias não estruturais) devem ter capacidade de transmitir à estrutura seu peso próprio e os esforços externos que sobre eles diretamente venham atuar, decorrentes de sua utilização.

7.1.1 Critério Todas as disposições aplicáveis das normas que abordam a estabilidade e a segurança estrutural devem ser atendidas por todos os componentes estruturais da habitação. Quando inexistir norma aplicável ou alguma das disposições normativas não for atendida, a estabilidade e a segurança estrutural devem ser demonstradas através de cálculos, modelos e ensaios devidamente fundamentados em literatura técnica ou normas estrangeiras.

Devem ser necessariamente consideradas as cargas permanentes, acidentais (sobrecargas de utilização), devidas ao vento e a deformações impostas (variação de temperatura e umidade, etc.).

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Solicitação: Sd = γg Sgk + γq Sqk + γw Swk + γε Sεk (eq.1)

Onde: Sgk: Solicitação permanente característica; γg: Coeficiente de majoração das ações permanentes;

Sqk: Solicitação acidental característica;

γq: Coeficiente de majoração das ações acidentais;

Swk: Solicitação característica devida à ação do vento;

γw: Coeficiente de majoração das ações de vento;

Sεk: Solicitação característica devida às deformações impostas;

γε: Coeficiente de majoração das ações decorrentes das deformações impostas.

Quando se desconhece o local de implantação do edifício, deve-se considerar as cargas devidas ao vento em função das regiões definidas na normalização brasileira, para as condições mais severas de implantação, eventualmente limitando o uso a determinadas regiões.

A resistência característica dos materiais, quando não existirem normas específicas, deve corresponder ao quantil inferior de 5%, ou seja, 95% do universo amostrado do material deve apresentar, para as propriedades escolhidas como representativas, um valor igual ou acima do característico.

Para edificações habitacionais pode-se considerar as duas combinações de solicitações abaixo indicadas, devendo-se atender a ambas:

Sd = 1,4 Sgk + 1,4 Sqk + 1,2 Swk + 1,2 Sεk (eq. 2)

Sd = 0,9 Sgk + 1,2 Swk (eq. 3)

Nessa situação valem as seguintes observações:

a) podem ser desprezadas as solicitações devidas à retração por secagem, caso os materiais apresentarem índices de retração livre em corpos-de-prova de laboratório inferiores a 0,08%;

b) podem ser desprezadas as solicitações devidas à variação de temperatura, caso sejam empregados materiais com coeficientes de dilatação térmica linear inferiores a 10-5/°C; para comprimentos em planta inferiores a 30 m, levar em consideração somente para valores acima de2 x 10-5/°C;

c) podem ser desprezadas as solicitações devidas à variação da umidade relativa do ar, caso sejam empregados materiais que, no aumento da umidade relativa de 50% para 100% estabilizam-se com expansão não superior a 0,1%; da mesma forma, o efeito da variação da umidade pode ser desprezado para estruturas cujos componentes forem protegidos com impermeabilização.

7.1.1.1 Métodos de avaliação

7.1.1.1.1 Cálculos A análise do projeto dos componentes estruturais da habitação deve ser feita com base no seguinte conjunto de normas: NBR-6118 - Projeto e Execução de Obras de Concreto Armado; NBR-6119 - Cálculo e Execução de Lajes Mistas; NBR-6120 - Cargas para o Cálculo de Estruturas de Edificações; NBR-7190 - Cálculo e Execução de Estrutura de Madeira; NBR-7197 - Cálculo e Execução de obras de Concreto Protendido; NBR-8681 - Ações e Segurança nas Estruturas; NBR-8800 – Projeto e Execução de Estruturas de Aço de Edificação; NBR-9062 - Projeto e Execução de Estruturas de Concreto Pré-Moldado; NBR-10837 – Cálculo de Alvenaria Estrutural de Blocos Vazados de Concreto; NB 49/73 - Projeto e Execução de Obras de Concreto Simples e NB 143/67 – Cálculo de Estruturas de aço constituídas de perfis leves.

A condições de desempenho devem ser comprovadas analiticamente demonstrando o atendimento ao estado limite último, devendo as ações respeitar as normas vigentes e as considerações estabelecidas.

7.1.1.1.2 Ensaios Quando a modelagem matemática do comportamento conjunto dos materiais que constituem o componente ou dos componentes que constituem a estrutura em questão não for conhecida e consolidada por experimentação, permite-se, para fins desta norma, estabelecer uma resistência mínima de projeto através de ensaio destrutivo com o diagrama carga x deslocamento, registrando a história do carregamento (figura 1), composto de pelo menos dez etapas de carregamento, correspondente a três modelos geométricos idênticos e em escala real, confeccionados com os procedimentos e controles normais do processo construtivo a serem reproduzidos no canteiro.

Para elementos estruturais comprimidos, as cargas deverão ser aplicadas com excentricidade de ≥30t

1 cm , onde “ t”

a menor dimensão do espécime (normalmente a espessura).

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Rs3

Rsk

Ru1

Ru2Ru3

Ruk

Rs1Rs2

R

DeslocamentoDesl. Limitede Serviço

Desl.Último

Figura 1 – Gráfico carga x deslocamento para determinação de Rud e Rsd por meio de ensaios

Os componentes ensaiados para as condições de solicitação a que se pretende submetê-los na edificação serão caracterizados pelas resistências Ru1, Ru2 e Ru3 , resultados das resistências últimas observadas nos ensaios e ordenadas crescentemente.

A resistência de projeto, com o seu valor já minorado, será admitida como:

( )m

1um

u1u31udu γ

1Rξ2,01γ1.ξ

2RR

RR ⋅⋅⋅−≤

−= (eq. 4)

com γm=1,5

Onde:

ξ = [(1+δuA).(1+δuB).(1+δuC)...] (eq. 5)

Sendo:

δuA: Coeficiente de variação da resistência do material A, correlativa a Rud;

δuB: Coeficiente de variação da resistência do material B, correlativa a Rud;

δuC: Coeficiente de variação da resistência do material C, correlativa a Rud.

Os materiais A, B, C, etc..., devem constituir e reger de forma majoritária o comportamento mecânico do componente em análise na composição da resistência Rud.

Desta forma,

Sd ≤ Rud com Sd dada pelas equações 1 a 3

É de suma importância que, para conservar válida a expressão de Rud, as resistências médias dos materiais A, B, C, etc..., estejam caracterizadas para o ensaio e que sua estabilidade esteja garantida ao longo do processo de produção.

A caracterização dos constituintes A, B, C, etc..., e o tipo de resistência que o caracterizará podem ser extraídas dos próprios ensaios examinando minuciosamente o comportamento de ruptura e sua dependência do comportamento daqueles.

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No caso particular de edificações térreas em que não seja possível, por motivos técnicos ou de viabilidade econômica, o controle sistemático dos materiais A, B, C, etc..., permite-se prescindir-se da obtenção estatística de δsA, δsB, δsC, etc.. , desde que se venha a fixar ξ = 1,5 e γm=2,0.

7.1.1.1.3 Nível de desempenho – M.

7.2 Requisito - Deformações, fissuração e ocorrência de outras falhas As deformações, fissuração e ocorrência de outras falhas não devem impedir o livre funcionamento de elementos do edifício, tais como portas e janelas ou por deslocamentos excessivos dos componentes da estrutura e dos demais elementos, que venham a provocar danos aos elementos e componentes adjacentes à estrutura, considerando-se para estas verificações as ações permanentes e de utilização. Nestas condições, a probabilidade de ocorrência de fissuras ou outros danos deve ser mínima, da ordem de 0,1%.

7.2.1 Critérios Sob a ação de cargas verticais, temperatura, vento ou recalques diferenciais das fundações, a estrutura e os componentes não estruturais a ela ligados não podem apresentar fissuras com abertura maior do que 0,3mm, deslocamentos excessivos, lascamentos ou quaisquer outros tipos de danos.

Devem ser consideradas as cargas permanentes, acidentais, devidas ao vento e a deformações específicas.

Solicitação: Sd = ψg Sgk + ψq Sqk + ψw Swk + ψε Sεk (eq. 6)

Nos casos mais gerais, devem se considerar apenas as ações permanentes e acidentais (sobrecargas) características na análise das deformações ocorrentes na estrutura, tomando-se para ψg o valor 1 e para ψq o valor 0,7.

Sd = Sgk + 0,7 Sqk (eq. 7)

Na avaliação dos deslocamentos, cujos limites são apresentados nas tabelas 1, 2 e 3 devem ser levadas em conta as deformações imediatas e as diferidas no tempo. Para o caso de estruturas de concreto, ou assemelhadas, devem ser levados em conta os efeitos de perda de rigidez com a fissuração.

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Tabela 1 – Deslocamentos Limites para Análise da Segurança Estrutural

Razão da Limitação Exemplo Deslocamento Limite Deslocamento a Considerar

Visual Deslocamentos em componentes visíveis L/250 Deslocamento para a carga total

Fissuras em vedações Vedações monolíticas, caixilhos e revestimentos L/500 Deslocamento ocorrido após a

construção do componente

Fissuras em vedações Divisórias leves L/250 Deslocamento ocorrido após a construção do componente

Fissuras em vedações Movimentos térmicos horizontais L/500 Deslocamento provocado por

diferenças de temperatura

Fissuras em vedações Movimento lateral da estrutura L/750 Deslocamento provocado pela

ação do vento

Fissuras em vedações Recalques diferenciais das fundações L/300 Distorção devido ao recalque de

fundações

Forros rígidos - L/360 Deslocamento ocorrido após construção do forro

Forros flexíveis - L/250 Deslocamento ocorrido após construção do forro

Tabela 2 - Deformações verticais máximas para vigas submetidas às solicitações indicadas

Imediata (*) Total Vigas servindo de suporte a:

Sgk Sqk Sgk +0,7 Sqk Sgk + 0,7 Sqk

Com aberturas (**) 1/850 1/500 1/700 1/320 Paredes monolíticas, em alvenaria ou em painéis com juntas coladas ou

argamassadas Sem aberturas 1/750 1/500 1/650 1/280

Com aberturas (**) 1/800 1/500 1/700 1/300 Parede em painéis com juntas flexíveis Sem aberturas 1/700 1/500 1/600 1/260

Constituídos e/ou revestidos com material rígido

1/1000 1/500 1/700 1/320

Pisos Constituídos e/ou revestidos com material flexível

1/900 1/500 1/550 1/260

Constituídos e/ou revestidos com material rígido

1/850 1/500 1/600 1/280

Forros Constituídos e/ou revestidos com material flexível

1/800 1/500 1/500 1/240

Vigas calha com inclinação i > 2% 1/850 - - 1/300

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Tabela 3 - Deformações verticais máximas para lajes submetidas às solicitações indicadas

Imediata (*) Total Laje servindo de suporte a:

Sgk Sqk Sgk +0,7 Sqk Sgk + 0,7 Sqk

Paredes em alvenaria ou em painéis com juntas

coladas

Com aberturas (**) L/900 L/500 L/800 L/600

ou argamassadas Sem aberturas L/750 L/500 L/700 L/500

Parede em painéis com juntas flexíveis

Com aberturas (**) L/800 L/500 L/750 L/500

Sem aberturas L/700 L/500 L/650 L/400

Revestimento de piso Rígido L/1000 L/500 L/750 L/350

Flexível L/900 L/500 L/600 L/280

Laje de forro com revestimento

Rígido L/850 L/500 L/650 L/300

Flexível ou forro falso L/800 L/500 L/550 L/260

Laje de cobertura impermeabilizada L/850 L/500 L/700 L/320

(*) Para lajes em balanço, admitem-se deformações correspondentes ao dobro dos respectivos valores.

(**) No caso do emprego de dispositivos ou detalhes construtivos que absorvam as tensões concentradas no contorno das aberturas das portas e janelas, as paredes podem ser consideradas como sendo "sem aberturas".

7.2.1.1 Método de avaliação

7.2.1.1.1 Cálculos A análise do projeto dos componentes estruturais da habitação deve ser feita com base no seguinte conjunto de normas: NBR-6118, NBR-8800, NBR-9062, NB 143/67, NBR-7190, NBR-7197 .

7.2.1.1.2 Ensaios Os componentes são ensaiados nas condições de solicitação a que se pretende submetê-los na edificação, traçando-se o gráfico representado na Figura 1 anterior, sendo Rs1, Rs2 e Rs3 os resultados das resistências em serviço observadas nos ensaios e ordenados crescentemente, e que serão caracterizadas em cada ensaio pela grandeza que primeiro estabelecer uma falha. Estas poderão ser balisadas pelos limites impostos através das tabelas 1 a 3, conforme o caso cabível de solicitação e pela ocorrência de danos convencionados como inaceitáveis em condições de utilização.

A resistência de projeto, com o seu valor já minorado, será admitida como:

( ) 1ss1s3

1sds Rξ2,01.ξ2

RRRR ⋅⋅−≤

−= (eq. 8)

Onde:

ξ = [(1+δsA).(1+δsB).(1+δsC)...] (eq. 9)

Sendo:

δsA: Coeficiente de variação da resistência do material A, correlativa a Rsd;

δsB: Coeficiente de variação da resistência do material B, correlativa a Rsd;

δsC: Coeficiente de variação da resistência do material C, correlativa a Rsd.

Os materiais A, B, C, etc..., devem constituir e reger de forma majoritária o comportamento mecânico do componente em análise na composição da resistência Rsd.

Desta forma,

Sd ≤ Rsd com Sd dada pelas equações 6 e 7

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É de suma importância que, para conservar válida a expressão de Rsd, as resistências médias dos materiais A, B, C, etc..., estejam caracterizadas para o ensaio e que sua estabilidade esteja garantida ao longo do processo de produção.

A caracterização dos constituintes A, B, C, etc..., e o tipo de resistência que o caracterizará podem ser extraídas dos próprios ensaios examinando minuciosamente o comportamento em serviço e sua dependência do comportamento daqueles.

No caso particular de edificações térreas em que não seja possível, por motivos técnicos ou de viabilidade econômica, o controle sistemático dos materiais A, B, C, etc..., permite-se prescindir-se da obtenção estatística de δsA, δsB, δsC, etc.. , desde que se venha a fixar ξ = 1,5 e γm=2,0

7.2.1.1.3 Nível de desempenho – M

7.3 Requisito: Impactos de corpo mole e corpo duro A resistência aos impactos de corpo mole e duro que podem ser produzidos durante a utilização do edifício traduz-se na energia de impacto a ser aplicada em componentes estruturais, responsáveis pela segurança do edifício, dada em função de impactos com maiores energias. No que se refere ao estado de utilização e resistência superficial, os impactos são menos rigorosos.

7.3.1 Critérios e níveis de desempenho para impactos de corpo mole Sob ação de impactos de corpo mole os componentes da estrutura não devem sofrer ruptura ou instabilidade sob qualquer energia de impacto, sendo tolerada a ocorrência de fissuras, escamações, delaminações e outros danos em impactos de segurança, respeitados os limites para deformações instantâneas e residuais dos componentes. Os impactos também não podem causar danos a outros componentes acoplados aos componentes sob ensaio.

As limitações de deslocamentos instantâneos (dh) e residuais (dhr) são apresentadas nas tabelas 4 a 6, assim como os níveis de desempenho.

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Tabela 4 - Critérios e níveis de desempenho para componentes estruturais localizados na fachada do edifício, em locais acessíveis ao público pelo exterior do edifício, inclusive peitoris –

impactos de corpo mole na face externa, ou seja, de fora para dentro.

Edifício Energia de

impacto de corpo mole (J)

Critérios de desempenho Nível de

desempenho

960

720 - Não ocorrência de ruína; são admitidas falhas localizadas (fissuras e

destacamentos)

480

360 - Não ocorrência de falhas

240

- Não ocorrência de falhas

- Limitação de deslocamento horizontal:

dh < h/250 e dhr < h/1250 para pilares, sendo h a altura do pilar

dh < L/200 e dhr < L/1000 para vigas, sendo L o vão teórico da vigas

180

Com

mai

s de

1 p

avim

ento

120 - Não ocorrência de falhas

M

720

480

360

- Não ocorrência de ruína; são admitidas falhas localizadas (fissuras e destacamentos)

240

- Não ocorrência de falhas

- Limitação de deslocamento horizontal:

dh < h/250 e dhr < h/1250 para pilares, sendo h a altura do pilar

dh < L/200 e dhr < L/1000 para vigas, sendo L o vão teórico da viga

180

120 - Não ocorrência de falhas

M

960

720 - Não ocorrência de ruína; são admitidas falhas localizadas (fissuras e

destacamentos)

480

360 - Não ocorrência de falhas

240

- Não ocorrência de falhas

- Limitação de deslocamento horizontal:

dh < h/250 e dhr < h/1250 para pilares, sendo h a altura do pilar

dh < L/200 e dhr < L/1000 para vigas, sendo L o vão teórico da viga

180

Cas

as té

rreas

120 - Não ocorrência de falhas

S

Nota: Para componentes estruturais leves (G < 60 kg/m2), os valores de deslocamento instantâneo podem ser considerados comosendo o dobro dos recomendados.

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02:136.01.002:2002 11

Tabela 5 – Critérios e níveis de desempenho para componentes estruturais localizados no interior do edifício e na fachada, considerando-se neste caso os impactos de corpo mole aplicados

na face interna (devem ser considerados também os componentes estruturais de peitoris)

Edifício Energia de impacto de

corpo mole (J)Critério de desempenho Nível de

desempenho

360

240 - Não ocorrência de ruína; são admitidas falhas localizadas

180 - Não ocorrência de falhas

Com

mai

s de

um

pav

imen

to

e ca

sa té

rrea

120

- Não ocorrência de falhas

- Limitação de deslocamento horizontal:

dh < h/250 e dhr < h/1250 para pilares; sendo h a altura do pilar;

dh < L/200 e dhr < L/1000 para vigas, sendo L o vão teórico da viga

M

Nota: Para componentes estruturais leves (G < 60 kg/m2), os valores de deslocamento instantâneo podem ser considerados como sendo o dobro dos recomendados.

Tabela 6 - Critérios e níveis de desempenho para impacto de corpo mole em pisos

Energia de impacto de corpo mole Critério de desempenho Nível de desempenho

960 - Não ocorrência de ruína; são admitidas falhas localizadas

720

480 - Não ocorrência de ruína; são admitidas falhas localizadas

480 - Não ocorrência de falhas

360 - Não ocorrência de falhas

240

- Não ocorrência de falhas;

- Limitação de deslocamento horizontal:

dv < L/300;

dvr < L/1500.

120 - Limitação da ocorrência de falhas

M

960

720 - Não ocorrência de ruína; são admitidas falhas localizadas

480 - Não ocorrência de falhas

360 - Não ocorrência de falhas

240

- Não ocorrência de falhas;

- Limitação de deslocamento horizontal:

dv < L/300;

dvr < L/1500.

120 - Não ocorrência de falhas

S

7.3.1.1 Método de avaliação A verificação da resistência e deslocamento dos componentes estruturais é feita através de ensaios de impacto realizados em laboratório, em protótipo ou obra. Um corpo impactador, com forma e massa (m) definida, é suspenso por um cabo e abandonado em movimento pendular de uma altura (h) até atingir o componente estrutural. Devem ser registradas as ocorrências (eventuais danos ocorridos) e os deslocamentos. As condições de ensaio relativas às massas do corpo, alturas e energia de impacto correspondente estão apresentadas na Tabela 7.

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Tabela 7 – Massa de corpo impactador, altura e energia de impacto

Impactador m (kg) h (m) E (J)

Corpo mole de acordo com a NBR 11675/90 – 1 impacto para cada energia

40

40

40

40

40

40

40

0,30

0,45

0,60

0,90

1,20

1,80

2,40

120

180

240

360

480

720

960

7.3.2 Critérios e níveis de desempenho para impactos de corpo duro Sob a ação de impactos de corpo duro os componentes da edificação não devem sofrer ruptura ou transpassamento sob qualquer energia de impacto, sendo tolerada a observação de fissuras, lascamentos e outros danos em impactos de segurança.

As tabelas 8 a 10 apresentam os critérios de verificação e níveis de desempenho utilizados para o caso de ensaios de impactos de corpo.

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Tabela 8 - Critérios e níveis de desempenho para componentes estruturais localizados na fachada do edifício, em locais acessíveis ao público pelo exterior do edifício, inclusive peitoris –

impactos de corpo duro na face externa, ou seja, de fora para dentro.

Edifício Energia de impacto de corpo duro (J)

Critério de desempenho Nível de desempenho

3,75 - Não ocorrência de falhas

20

- Não ocorrência de ruína e de rupturas localizadas; são admitidas falhas superficiais como mossas, fissuras e esboroamentos

M

3,75 - Não ocorrência de falhas

- Profundidade da mossa p<2,0 mm

Com

mai

s de

um

pav

imen

to e

cas

a té

rrea

20

- Não ocorrência de ruína e de rupturas localizadas; são admitidas falhas superficiais como mossas, fissuras e esboroamentos

S

Tabela 9 – Critérios e níveis de desempenho para componentes estruturais localizados no interior do

edifício e na fachada, inclusive peitoris, considerando-se neste caso os impactos de corpo duro aplicados na face interna.

Edifício Energia de impacto de corpo duro (J)

Critério de desempenho Nível de desempenho

2,5 - Não ocorrência de falhas

10 - Não ocorrência de ruína e de rupturas localizadas; são admitidas falhas superficiais

M

2,5 - Não ocorrência de falhas

- Profundidade da mossa p ≤ 2,0 mm

Com

mai

s de

um

pa

vim

ento

e c

asa

térre

a

10 - Não ocorrência de ruína e de rupturas localizadas; são admitidas falhas superficiais

S

Tabela 10 – Critérios de desempenho para pisos

Energia de impacto de corpo duro (J) Critério de desempenho Nível de desempenho

5 - Não ocorrência de falhas

30 - Não ocorrência de ruína e transpassamento do piso; sãoadmitidas falhas superficiais

M

5 - Não ocorrência de falhas

- Profundidade da mossa: p< 2 mm

30 - Não ocorrência de ruína e transpassamento do piso;

- São admitidas falhas superficiais

S

7.3.2.1 Método de avaliação A verificação da resistência e deslocamento dos componentes estruturais é feita através de ensaios de impacto realizados em laboratório, em protótipo ou obra. Um corpo impactador, com forma e massa (m) definida, é suspenso por um cabo e abandonado em movimento pendular de uma altura (h) até atingir o componente estrutural. Devem ser registradas as ocorrências (eventuais danos ocorridos) e os deslocamentos. As condições de ensaio relativas às massa do corpo (m(kg)), altura de queda (h(m)) e energia de impacto (E(J)) estão apresentadas na Tabela 11.

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Tabela 11 – Massa de corpo impactador, altura e energia de impacto

Impacto m (kg) h (m) E (J)

Corpo duro de grandes dimensões (esfera de aço) – 10 impactos para cada energia

1

1

1,00

2,00

10

20

Corpo duro de pequenas dimensões (esfera de aço) – 10 impactos para cada energia

0,5

0,5

0,50

0,75

2,5

3,75

8 SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO

8.1 Requisito O edifício deve dificultar a propagação do incêndio para outras unidades habitacionais. Considera-se apenas os casos de edificações multifamiliares e de edificações geminadas.

8.1.1 Critério A resistência ao fogo dos elementos construtivos com função estrutural e de compartimentação entre unidades habitacionais, deve atender ao disposto na Tabela 12.

Tabela 12 - Critério relativo à resistência do fogo de elementos construtivos de compartimentação entre unidades habitacionais

Resistência ao fogo (horas) Elemento construtivo

Isolação térmica Estanqueidade Estabilidade

Pisos e paredes entre habitações contíguas 1/2 1/2 1/2

8.1.1.1 Método de avaliação: A resistência ao fogo dos elementos construtivos com função estrutural deve ser comprovada em ensaios realizados conforme a norma NBR 5628. A comprovação do atendimento ao critério também poderá ser feita através de avaliação técnica baseada em resultados de ensaios realizados ou em métodos analíticos.

8.1.1.2 Nível de desempenho: M.

8.2 Requisito O edifício submetido ao incêndio não deve sofrer ruína parcial ou total.

8.2.1 Critério Os elementos estruturais devem atender ao disposto na Tabela 13.

Tabela 13 - Critério relativo à resistência ao fogo de elementos estruturais.

Elemento estrutural Resistência ao fogo (horas) - Estabilidade

Pilares, Vigas, Lajes e Cobertura (incluindo forro) 1/2

Contraventamentos 1/4

8.2.1.1 Método de avaliação: A resistência ao fogo dos elementos estruturais deve ser avaliada através de ensaios realizados conforme a NBR 5628. A comprovação do atendimento ao critério também poderá ser feita através de avaliação técnica baseada em resultados de ensaios realizados ou em métodos analíticos.

8.2.1.2 Nível de desempenho: M.

9 ESTANQUEIDADE

9.1 Requisito O projeto de edificação deve especificar barreiras impermeáveis à passagem da umidade proveniente do solo através dos componentes da estrutura, fundação, piso e paredes.

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9.1.1 Critério Todos os caminhos possíveis para a infiltração da umidade do solo para a edificação através dos componentes da estrutura, particularmente fundações e lajes em contato com o solo devem ser bloqueados por barreiras impermeáveis.

9.1.1.1 Método de avaliação Análise de projeto, considerando as disposições das normas NBR 12190 – Seleção do sistema de impermeabilização e NBR 9575 – Elaboração de projetos de impermeabilização. Soluções construtivas não abordadas por estas normas devem ser objeto de cuidadosa investigação em simulações de laboratório e protótipos.

9.1.1.2 Nível de desempenho: M.

9.2 Requisito Os componentes da estrutura devem ser estanques à água proveniente de chuva incidente.

9.2.1 Critério Todos os caminhos possíveis para a infiltração de água de chuva através de componentes da estrutura (lajes de cobertura, terraços, etc) devem ser bloqueados por barreiras impermeáveis.

9.2.1.1 Método de avaliação A análise do projeto deve ser feita considerando as disposições das normas NBR 12190 e NBR 9575. Quando a análise não for conclusiva, verificar através de ensaio em protótipo ou corpo de prova que o represente fielmente, se há sinais de umidade na face inferior, após o componente ser mantido com um lâmina de água de 15 mm durante 24 horas.

9.2.1.2 Nível de desempenho: M.

10 DURABILIDADE E MANUTENABILIDADE

10.1 Requisito A estrutura e demais elementos estruturais submetidos a intervenções periódicas de manutenção e conservação, devem manter sua capacidade funcional durante a vida útil.

10.1.1 Critério A estrutura principal e quaisquer elementos comprometidos com a segurança e estabilidade global da construção, submetidos a intervenções periódicas de manutenção e conservação segundo instruções específicas do fornecedor, devem manter sua capacidade funcional durante toda a vida útil prevista no projeto, conforme Tabela 8 do documento:

• Desempenho de Edifícios Habitacionais de até 5 pavimentos – Parte 1: Requisitos Gerais.

10.1.1.1 Método de avaliação Especificados no documento indicado na seção 10.1.1 anterior.

10.1.1.2 Nível de desempenho: M.