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Centro Universitário Jorge Amado
Sávio Ramos
Tatiane Torres
Ubirajara de Oliveira
Transitórios atmosféricos e de chaveamento “Ondas Trafegantes”
Salvador-Bahia
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Centro Universitário Jorge Amado
Sávio Ramos
Tatiane Torres
Ubirajara de Oliveira
Transitórios atmosféricos e de chaveamento “Ondas Trafegantes”
Trabalho apresentado como requisito básico para a disciplina de Transmissão de Energia no Curso de Engenharia Elétrica.
Salvador-Bahia
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SUMÁRIO Introdução .................................................................................................... 04 1. Transitórios Impulsivos ............................................................................. 05 2.Transitórios Oscilatórios ............................................................................ 08
2.1 Transitórios Oscilatórios de Baixa Frequência ............................. 08 2.2 Transitórios Oscilatórios de Média Frequência ............................ 12 2.3 Transitórios Oscilatórios de Alta Frequência ............................... 13
3. Princípios de Proteção Contra Sobretensões Transitórias ....................... 14 4. Ondas Viajantes ....................................................................................... 16 5. Referências Bibliográficas ........................................................................ 18
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INTRODUÇÃO O termo transitório tem sido aplicado à análise das variações do sistema
de energia para denotar um evento que é momentâneo e indesejável. De outra
forma, entende-se por transitórios eletromagnéticos as manifestações ou
respostas elétricas locais ou nas adjacências, oriundas de alterações súbitas
nas condições operacionais de um sistema de energia elétrica.
Os sistemas elétricos estão sujeitos a inúmeros fenômenos transitórios,
variando desde as oscilações eletromecânicas (baixas frequências) até as
rápidas variações de tensões e correntes causadas por chaveamentos ou
mudanças bruscas de estado.
Geralmente, a duração de um transitório é muito pequena, mas de
grande importância, uma vez que os equipamentos presentes nos sistemas
elétricos estarão submetidos a grandes solicitações de tensão e/ou corrente.
Os fenômenos transitórios podem ser classificados em dois grupos, os
chamados transitórios impulsivos e os transitórios oscilatórios.
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TRANSITÓRIOS IMPULSIVOS
Um transitório impulsivo é uma súbita alteração não desejável no
sistema, que se encontra em condição de regime permanente, refletido nas
formas de ondas da tensão e/ou corrente, sendo unidirecional na sua
polaridade (primeiramente positivo ou negativo).
Em razão da alta frequência, os transitórios impulsivos são amortecidos
rapidamente devido à resistência dos componentes do sistema. Geralmente,
não são conduzidos para muito longe do ponto onde foram gerados. Estes
transitórios podem excitar ressonâncias naturais do sistema elétrico e provocar
outros tipos de transitórios, como os transitórios oscilatórios.
Normalmente são causados por descargas atmosféricas com
frequências bastante diferentes daquela da rede elétrica. A Figura 1 ilustra a
aplicação de uma descarga atmosférica na fase A de um determinado sistema
elétrico.
A Figura 2 apresenta a forma de onda da corrente da descarga
atmosférica aplicada ao sistema em análise. Como resposta do sistema à
aplicação dessa descarga, a Figura 3 apresenta as formas de onda das
tensões fase-fase no receptor. Pode-se observar que a aplicação de um
transitório impulsivo, isto é, uma descarga atmosférica, ocasionou transitórios
oscilatórios.
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Os transitórios impulsivos são normalmente caracterizados pelo seu
tempo de aumento e decaimento, os quais podem ser revelados pelo conteúdo
espectral do sinal em análise. Como exemplo, um transitório impulsivo 1,2 μs x
50 μs com 2.000 V nominalmente aumenta de zero até seu valor de pico de
2.000 V em 1,2 μs e decai a um valor médio do seu pico em 50 μs.
Como anteriormente citado, a causa mais comum de transitórios
impulsivos são as descargas atmosféricas. Devido à alta frequência do sinal
resultante, a forma dos transitórios impulsivos pode ser alterada rapidamente
pelos componentes do circuito e apresentar características significantes
quando observadas de diferentes partes do sistema de energia.
Em sistemas de distribuição, o caminho mais provável para Figura 2 –
Corrente proveniente da descarga atmosférica. Figura 3 – Tensão fase-fase no
receptor do sistema analisado. As descargas atmosféricas são por meio de um
condutor fase, no primário ou no secundário, causando altas sobre tensões no
sistema. Uma descarga diretamente na fase geralmente causa flashover na
linha próxima ao ponto de incidência e pode gerar não somente um transitório
impulsivo, mas também uma falta acompanhada de afundamentos de curta
duração e interrupções. Altas sobre tensões transitórias podem também ser
geradas por descargas que fluem ao longo do condutor terra. Existem
numerosos caminhos através dos quais as correntes de descarga podem fluir
pelo sistema de aterramento, tais como o terra do primário, o terra do
secundário e as estruturas do sistema de distribuição.
Os principais problemas de qualidade da energia causados por estas
correntes no sistema de aterramento são os seguintes:
• Elevação do potencial do terra local, em relação a outros terras, em
vários kV. Equipamentos eletrônicos sensíveis que são conectados entre duas
referências de terra, tal como um computador conectado ao telefone por meio
de um modem, podem falhar quando submetidos aos altos níveis de tensão;
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• Indução de altas tensões nos condutores fase, quando as correntes
passam pelos cabos a caminho do terra.
Em se tratando de descargas em pontos de extra alta tensão, o surto se
propaga ao longo da linha em direção aos seus terminais, podendo atingir os
equipamentos instalados em subestações de manobra ou abaixadoras.
Entretanto, a onda de tensão, ao percorrer a linha, desde o ponto de incidência
até as subestações abaixadoras para a tensão de distribuição, tem o seu valor
de máximo consideravelmente atenuado, e assim, consumidores ligados na
baixa tensão não sentirão os efeitos advindos de descargas atmosféricas
ocorridas em nível de transmissão. Contudo, os consumidores atendidos em
tensão de transmissão e supostamente localizados nas proximidades do ponto
de descarga estarão sujeitos a tais efeitos, podendo ocorrer à danificação de
alguns equipamentos de suas respectivas instalações. Como principais
medidas para mitigar os efeitos desses transitórios destacam-se o uso de
filtros, supressores de surtos (para-raios) e transformadores isoladores.
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TRANSITÓRIOS OSCILATÓRIOS OU DE CHAVEAMENTO
Também como para o caso anterior, um transitório oscilatório é uma
súbita alteração não desejável da condição de regime permanente da tensão,
corrente ou ambas, em que as mesmas incluem valores de polaridade positivos
ou negativos.
Operações de chaveamento dão origem a transitórios dependentes dos
parâmetros LC da linha e que se propagam em ambos os lados dos
disjuntores.
É caracterizado pelo seu conteúdo espectral (frequência predominante),
duração e magnitude da tensão.
A. Transitórios oscilatórios de baixa frequência
Um transitório com uma componente de frequência primária menor do
que 5 kHz, e uma duração de 0,3 ms a 50 ms, é considerado um transitório
oscilatório de baixa frequência. Estes transitórios são frequentemente
encontrados nos sistemas de subtransmissão e de distribuição das
concessionárias e são causados por vários tipos de eventos. O mais comum
provem da energização de bancos de capacitores, que tipicamente resulta em
uma tensão transitória oscilatória com uma frequência primária entre 300 Hz e
900 Hz. O pico da magnitude pode alcançar 2,0 pu, mas são tipicamente 1,3 pu
a 1,5 pu com uma duração entre 0,5 e 3 ciclos dependendo do amortecimento
do sistema. A Figura 4 apresenta um sistema composto por uma
concessionária e um banco de capacitores. A tensão no barramento e a
corrente do banco de capacitores encontram-se ilustradas nas Figuras 5 e 6,
respectivamente.
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Considerando o crescente emprego de capacitores pelas
concessionárias para a manutenção dos níveis de tensão, e pelas indústrias
com vistas à correção do fator de potência, têm-se verificado uma preocupação
especial no que se refere à possibilidade de se estabelecer uma condição de
ressonância, devido às oscilações de altas frequências, entre o sistema da
concessionária e a indústria, e assim ocorrer uma amplificação das tensões
transitórias, bem superiores às citadas anteriormente, que podem atingir níveis
de 3 pu a 4 pu.
Um procedimento comum para limitar a magnitude da tensão transitória
é transformar os bancos de capacitores do consumidor, utilizados para corrigir
o fator de potência, em filtros harmônicos. Uma indutância em série com o
capacitor reduzirá a tensão transitória na barra do consumidor a níveis
aceitáveis. No sistema da concessionária, utiliza-se o chaveamento dos bancos
com resistores de pré-inserção. Com a entrada destes resistores no circuito, o
primeiro pico do transitório, o qual causa maiores prejuízos, é
significativamente amortecido.
Transitórios oscilatórios com frequências primárias menores do que 300
Hz também podem ser encontrados em sistemas de distribuição. Estes são
geralmente associados com a ferroressonância e a energização de
transformadores. Transitórios envolvendo capacitores em série podem também
ser incluídos nesta categoria. Estes ocorrem quando o sistema responde pela
ressonância com componentes de baixa frequência na corrente de
magnetização do transformador (segunda e terceira harmônica) ou quando
condições não usuais resultem em ferroressonância. A ferroressonância é um
fenômeno caracterizado por sobretensões formas de ondas irregulares e está
associado com a excitação de uma ou mais indutâncias através de uma
capacitância série [ANSI/IEEE Std 100-1984].
Oscilações de ferroressonância podem aparecer nos TPCs devido à
possibilidade de uma capacitância entrar em ressonância com algum valor
particular de indutância dos componentes que contém núcleo de ferro. Esta
situação não é desejável no caso dos TPCs, uma vez que informações
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indesejáveis poderiam ser transferidas aos relés e aos instrumentos de
medição.
A Figura 7 ilustra um sistema elétrico onde ocorre o fenômeno da
ferroressonância. Nesse sistema o indutor não linear representa o equivalente
de um transformador e a capacitância em série representa as capacitâncias do
sistema.
As Figuras 8 e 9 apresentam, respectivamente, a tensão e corrente
obtida nesse sistema.
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B. Transitórios oscilatórios de média frequência
Um transitório com componentes de frequência entre 5 kHz e 500 kHz,
com uma duração média de dezenas de microssegundos (ou vários ciclos da
frequência principal), é referenciado como transitório oscilatório de média
frequência. Estes podem ser causados pelo chaveamento de disjuntores para a
eliminação de faltas e podem também ser o resultado de uma resposta do
sistema a um transitório impulsivo, que também podem ser causados pela
energização de linhas de transmissão.
A Figura 10 apresenta um sistema onde será realizada a energização de
uma linha de transmissão.
C. Transitórios oscilatórios de alta frequência
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C. Transitórios oscilatórios de alta frequência
Transitórios oscilatórios com uma componente de frequência maior do
que 500 kHz e com uma duração típica medida em microssegundos (ou vários
ciclos da frequência principal) são considerados transitórios oscilatórios de alta
frequência. Estes transitórios são frequentemente resultados de uma resposta
local do sistema a um transitório impulsivo. Também podem ser causados por
chaveamento de circuitos indutivos.
A desenergização de cargas indutivas pode gerar impulsos de alta
frequência. Apesar de serem de curta duração, estes transitórios podem
interferir na operação de cargas eletrônicas. Filtros de alta-frequência e
transformadores isoladores podem ser usados para proteger as cargas contra
este tipo de transitório. A Figura 12 apresenta um sistema onde será
desenergizado uma carga indutiva.
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As Figuras 13 e 14 apresentam, respectivamente, as tensões fase - fase
no barramento de conexão da carga e a corrente do sistema.
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PRINCÍPIOS DE PROTEÇÃO CONTRA SOBRETENSÕES TRANSITÓRIAS
Os problemas de sobre tensão transitória devem ser controlados pela
fonte geradora, alterando-se as características do sistema afetado pelos
transitórios ou pela utilização de equipamentos de proteção junto à carga.
Como exemplo, podemos tomar os transitórios gerados pelo chaveamento de
capacitores nos sistema elétricos das concessionárias de energia. Estes
podem ser controlados na fonte geradora, realizando o chaveamento no
momento da passagem por zero da onda de tensão. Da mesma forma, pode-se
evitar a amplificação deste tipo de transitório não utilizando capacitores em
baixa tensão nas instalações dos consumidores finais. Como forma de
proteção de equipamentos sensíveis dos consumidores seria a utilização de
filtros de linha, bem como o uso de para-raios.
Muitos problemas de transitórios em consumidores envolvem o sistema
de aterramento das instalações elétricas e sua interação com os sistemas de
comunicação, sejam as redes de comunicação local ou sistemas de proteção
de equipamentos e controle de processos. Na maioria das vezes, os
transitórios são drenados pelos equipamentos, como para-raios, varistores,
capacitores de surto etc., para o sistema de aterramento. Tais sobretensões
podem gerar acoplamentos com os sistemas de comunicação, em que mesmo
transitórios de baixa magnitude podem causar má operação ou falhas de
componentes. Para estes casos, devem-se utilizar tipos especiais de proteção
específicos.
Dentre os principais equipamentos de proteção contra sobretensões
transitórias podemos citar:
1. Supressores de surto, como varistores, centelhadores, capacitores de
surto, diodos tipo Zener, etc.;
2. Transformadores isoladores;
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3. Filtros passa baixa;
4.
5. Pará-raios (ZnO).
Coordenação de isolamento
Projetar um isolamento significa definir as características dielétricas dos sistemas e suas proteções em relação ás solicitações dielétricas dos sistemas e suas proteções em relação ás solicitações de tensão que podem ocorrer. Os elementos dielétricos ou isolantes serão as distâncias entre condutores de uma LT, as distancias destes para o solo ou a torre, óleo isolante de um equipamento, etc.
Um isolante pode ser auto-regenerativo ou não: primeiro caso ele recupera
sua capacidade isolante após a descarga, enquanto que no segundo caso não. A coordenação de isolamento compreende a seleção da suportabilidade
elétrica do equipamento e sua aplicação em relação a tensões que podem aparecer no sistema para o qual o equipamento é destinado e levando em conta as características dos dispositivos de proteção existentes, de forma a reduzir o nível aceitável do ponto de vista da confiabilidade e da economia, a probabilidade de que as solicitações de tensões impostas ao equipamento possam causar danos ao isolamento do mesmo ao afetar a continuidade do suprimento de energia.
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Os quatro critérios abaixo são tomados como base para a coordenação de isolamento:
1. Solicitações de sobretensões;
2. Suportabilidade elétrica do componente;
3. Proteção contra sobretensões;
4. O grau desejado de segurança contra sobretensões.
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ONDAS VIAJANTES
Quando ocorre uma falta em uma linha de transmissão, sinais transitórios de
corrente e tensão se propagam para a esquerda e para a direita a partir do
ponto de falta e trafegam na linha a uma velocidade próxima à velocidade da
luz; esses sinais são chamados de ondas viajantes. Essas ondas carregam
consigo a informação sobre a localização do ponto do defeito.
Quando recebidas e tratadas pelo relé de proteção, somadas aos recursos já
disponíveis como elementos de proteção internos, canal de comunicação com
o terminal remoto e sincronização de tempo baseada no Sistema de
Posicionamento Global (GPS), elas aperfeiçoam a função de localização de
faltas.
Em relés de proteção diferencial, a tecnologia de localização de faltas por
ondas viajantes é ainda mais benéfica: informa em tempo real para o Centro de
Operações o local do defeito com precisão, agilizando o trabalho da equipe de
Manutenção e o retorno à operação da linha de transmissão. Isso é possível,
pois os relés de proteção instalados detectam as ondas viajantes e calculam a
localização da falta com informações do tempo de chegada das mesmas nos
terminais, utilizando-se do canal de comunicação já existente para a função de
proteção diferencial (ANSI 87).
Os métodos de localização de faltas com base em medições de corrente e
tensão, impedância e através das ondas viajantes são complementares:
quando um não consegue localizar a falta corretamente, o outro cumpre esse
papel. Isso é importante porque em alguns casos, fatores como acoplamento
mútuo, resistência de falta e não homogeneidade dos sistemas podem causar
erros relevantes nos cálculos da localização de faltas por meio de medições de
corrente e tensão e impedância da linha.
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Já a localização de faltas via ondas viajantes, conhecida por estimar o local da
falta com mais precisão, não é totalmente confiável quando a amplitude da
onda viajante é muito baixa (no ponto de cruzamento da tensão por zero, por
exemplo). Por isso é essencial aliar os dois métodos em um único equipamento
para receber uma resposta completa para todas as condições de faltas.
As informações mais relevantes que podem ser extraídas dos sinais transitórios
originados na falta são:
O tempo de chegada das ondas transitórias nos locais onde se
encontram equipamentos de monitoração da linha;
A frequência dos sinais transitórios originados na falta.
Cada uma dessas informações dá origem a um método diferente de localização
de faltas por ondas viajantes, a saber:
Método de dupla terminação para localização de faltas por ondas
viajantes (ou double-end); desenvolvido a partir do conhecimento do
tempo de chegada das ondas transitórias em equipamentos que se
encontram em ambas as extremidades da linha;
Método de terminação simples para localização de faltas por ondas
viajantes (ou single-end); desenvolvido a partir da análise em frequência
do sinal transitório.
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Continuamente temos ondas incidentes, refletidas e refratadas na linha.
Quando ocorre uma falta, ou seja, quando há uma descontinuidade na
transmissão de energia, uma nova onda refletida e refratada é gerada naquele
ponto. Junções de linhas também geram ondas refletidas e refratadas, e uma
forma fácil de representá-las é pelo Diagrama de Lattice.
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CONCLUSÃO
O transitório eletromagnético, causado quando o sistema elétrico é
chaveado ou posto fora das condições nominais, na maioria das vezes, causa
os maiores prejuízos às concessionárias de energia elétrica. Dessa maneira é
imprescindível uma análise criteriosa desses instantes através de métodos e
softwares específicos (Simulink), pois estes podem afetar o sistema elétrico
causando poluição na rede (harmônicos).
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS [1] CAMARGO, C. Celso de Brasil. Transmissão de energia elétrica, 4ª Ed. 2009; [2] GREENWOOD, Allan. Electrical Transients in Power Systems, 2nd Ed. 1991; [3] PAULILLO, Gilson. Transitórios. Disponível em: <http://www.osetoreletrico.com.br/web/documentos/fasciculos/ed-94_Fasciculo_Cap-XI-Qualidade-de-energia.pdf >. Acesso em: 02 de Out. 2015.