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    1. INTRODUO

    A partir dos anos noventa, teve incio uma nova poca caracterizada pelas

    fortes mudanas ocorridas no mundo inteiro, em um cenrio em que os avanos

    cientficos e tecnolgicos passaram a acontecer de forma muito rpida e a interferir

    no comportamento das pessoas, dos governos e das empresas. Aqui no Brasil nada

    foi muito diferente. Alm dos grandes projetos cientficos e tecnolgicos, a abertura

    do mercado tambm influenciou a mudana de perfil da demanda, que cria novas

    oportunidades de negcios, mas acirra a concorrncia e impe investimentos em

    modernizao e eficincia administrativa.

    Todos esses acontecimentos nos remetem a uma reflexo e tornou

    obrigatria uma profunda reviso de todos os processos de gesto e controle

    empresarial at ento adotados, para uma melhor compreenso do funcionamento

    dos mercados e das empresas, de modo a torn-las aptas a atuarem em um

    mercado globalizado e altamente competitivo. Porm, esta no uma tarefa fcil,

    por vrias razes, entre elas a resistncia s mudanas necessrias para

    adequao ao mercado, a falta de consenso entre empresas e indstrias

    concorrentes e a exigidade de tempo, j que o mercado implacvel e no permite

    lentido, assim como a lei no perdoa aos que dormem.

    Apesar dessas dificuldades, pensamos que preciso e possvel alargar os

    horizontes das atividades de um administrador de empresas, partindo de algumas

    medidas bsicas como a reciclagem de conhecimentos, a incluso de novas

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    1.1 Identificao do Problema

    Com o advento da globalizao, as empresas, de um modo geral, perderam a

    referncia de mercado como o ambiente em que se acham inseridas ou mesmo as

    reas adjacentes, mas o mercado passou a ser entendido totalmente dissociado de

    limite territorial ou continental a prxima esquina ou o outro lado do mundo;

    independe da presena fsica de ofertantes e demandantes, pode ser pela internet ,

    esse feliz acontecimento oportunizou negcios, mas decretou que qualidade e

    competitividade deixaram de ser diferenciais, passando a ser questes bsicas de

    sobrevivncia.

    Partindo desse entendimento que o corpo diretivo da empresa DIADEMA

    DERIVADOS DE PETRLEO LTDA., sociedade por cotas de responsabilidade

    limitada, com dois scios, administrao profissional, processo decisrio de forma

    colegiada, vem atuando no mercado h cinco anos, no segmento de varejo de

    combustveis lquidos automotivos e outros derivados de petrleo, desejosos de

    buscar a competitividade como item de sobrevivncia no mundo dos negcios,

    recorrem ao concurso da Anlise Financeira para obterem detalhamento de sua

    eficincia/ineficincia operacional, no que tange a LIQUIDEZ, LUCRATIVIDADE E

    ENDIVIDAMENTO.

    Em que pese a administrao da DIADEMA utilizar-se de vrias ferramentas

    de gesto, controle e acompanhamento de suas operaes e resultados, os seus

    investidores no conhecem os nmeros que demonstram o desempenho da

    empresa, seno em valores monetrios absolutos, o que no lhes permite uma

    avaliao atualizada e muito menos comparativa com o prprio desempenho em

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    perodos anteriores, com outras empresas do setor, ou mesmo para melhor

    respaldar a tomada de decises, alm de no medir, efetivamente, o grau de

    eficincia da empresa. Para tanto, necessitam de uma ANLISE DAS

    DEMONSTRAES FINANCEIRAS, atravs de ndices para um perfeito

    conhecimento de suas possibilidades de gerao de melhores resultados,

    potencialidades e, sobretudo, ter retratado o seu modelo de gesto.

    1.2 Objetivos

    1.2.1 Geral

    Realizar anlise das demonstraes contbeis dos anos 2000, 2001 e 2002

    da empresa DIADEMA DERIVADOS DE PETRLEO LTDA., com vistas a avaliar a

    sua gesto econmica, atravs da decomposio dos diversos ndices e obter maior

    conhecimento no que concerne a sua lucratividade, liquidez e endividamento.

    1.2.2 Especficos

    Avaliar a situao econmica da empresa atravs da anlise horizontal, vertical e

    por ndices;

    Analisar, a partir dos demonstrativos, a lucratividade da empresa;

    Diagnosticar os fatores que influenciaram na lucratividade;

    1.3 Justificativa e Importncia do Trabalho

    bastante oportuna a realizao do presente trabalho, tendo em vista ser de

    vital importncia para os administradores o pleno conhecimento dos indicadores

    econmicos e financeiros das entidades sob o seu comando.

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    A posse dos referidos indicadores e a sua adequada interpretao

    possibilitam ao administrador tomar decises de forma eficiente, servindo-lhe como

    ferramenta indispensvel para gerir os negcios, diante de um cenrio de grandes

    incertezas e de necessidades constantes de mudanas de rumos.

    O resultado das anlises propostas, baseadas nas demonstraes

    financeiras, informaes, documentos internos, em conjunto com anlise de

    cenrios, iro retratar a situao da empresa e permitiro aos gestores focar melhor

    as suas decises de forma a obter os melhores resultados e sem comprometer a

    capacidade da empresa de gerar lucros para os scios, compatveis com os capitais

    investidos; satisfazer a exigibilidade de remunerao dos emprstimos e

    financiamentos contrados e sem prejuzo de sua solidez, continuar honrando os

    compromissos nas datas aprazadas.

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    2. REVISO DE LITERATURA

    nosso escopo, antecedendo a elaborao e apresentao do presente

    TRABALHO, levar a efeito uma garimpagem literria, procedendo-se pesquisa na

    literatura cientfica disponvel. Todas as informaes necessrias ao

    desenvolvimento deste trabalho sero exaustivamente coletadas nos temas

    abordados nas reas de Contabilidade, Administrao, Administrao Financeira e

    Anlise Financeira. Ressalte-se que as informaes aqui elencadas sero

    essenciais para o perfeito entendimento das anlises das demonstraes financeiras

    da empresa em estudo.

    2.1 O Administrador Financeiro

    Funo com status de diretoria, cujo executivo denominado Diretor

    financeiro ou Vice-Presidente de Finanas. Tem finalidade principal de coordenar as

    atividades de tesouraria e controladoria. Esse profissional deve ter sempre presente,

    dentre outras, trs preocupaes basilares: Oramento de Capital, Estrutura de

    Capital e Administrao do Capital de Giro.

    [...] O Administrador Financeiro deve preocupar-se com trs tipos bsicos dequestes. [...] O processo de Planejamento e Gerncia dos investimentos deLongo Prazo, denominado Oramento de Capital [...] Estrutura de Capital

    refere-se a combinao especfica entre Capital de terceiros a longo prazo eCapital prprio. [...] Administrao do Capital de Giro [...] refere-se ao aosativos a curto prazo da empresa. (ROSS, 2000, p. 39,40)

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    Cabe ao Administrador Financeiro, alm de deter conhecimentos especficos

    sobre a sua rea, manter estreito relacionamento com outras reas da empresa para

    a consecuo de seus objetivos maiores. necessrio valer-se de outros ramos do

    conhecimento humano, buscando a contribuio que cada um destes poder

    oferecer para a tomada de decises.

    2.1.1 Administrao Financeira

    Ramo da Administrao que tem por finalidade gerir o patrimnio da empresa,

    tendo como principal enfoque o processo decisrio e a ao que afetam diretamente

    a valorizao do negcio, cujo tema central para o administrador a valorizao da

    empresa e como as decises devem ser tomadas, de modo a maximizar o valor do

    negcio.

    Segundo Kwasnicka (1995, p.112) O valor da empresa hoje depende do

    fluxo de ganho que se espera gerar no futuro.

    2.1.2 Finanas

    Qualidade essencial ao Administrador para levar a efeito a gesto da

    transferncia de fundos entre a empresa e o ambiente onde esta se insere.

    Segundo Gitman (1997, p. 4), Finanas a arte e a cincia de administrar

    fundos entre pessoas, empresas e governos.

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    2.2 Atividade Financeira

    2.2.1 Anlise e planejamento financeiro

    a tarefa atribuda ao administrador financeiro, com a finalidade de vista

    dos dados produzidos pelos analistas, produzir informaes consistentes que sero

    utilizadas como ferramentas capazes de monitorar a entidade, quanto a sua

    capacidade de alavancar o fluxo de ganho ou lucratividade. As decises de

    investimento seriam a combinao referente ao montante de recursos aplicados em

    ativos circulante e permanente, analisando a quantidade, tipos e qualidades dos

    ativos a adquirir.

    Cabe ao administrador, ainda, tomar as decises de INVESTIMENTO e

    FINANCIMENTO, mediante processo seletivo em que considere o curto ou longo

    prazos e busque obter o montante adequado de Capitais, conserve o Capital e saiba

    maximizar lucros com o uso do Capital.

    Segundo Gitman (1997, p. 21):

    Anlise e planejamento financeiro

    Balano patrimonial

    Ativoscirculantes

    PassivosCirculantes

    AtivosPermanentes

    RecursosPermanentes

    2.3 Contabilidade

    2.3.1 Conceito

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    Decises deinvestimento

    Decises definanciamento

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    A Contabilidade, desde o seu surgimento como conjunto ordenado de

    conhecimentos, com objetivo e finalidade definidos, tem sido considerada como arte,

    como tcnica ou como cincia, de acordo com a orientao seguida pelos

    doutrinadores ao enquadr-la no elenco das espcies do saber humano. Ao

    consider-la um conjunto de conhecimentos sistematizados, com princpios e

    normas prprias, ela no conceito amplo de cincia, uma das cincias econmicas

    e administrativas.

    2.3.2 Objetivos:

    A contabilidade , objetivamente, um sistema de informaes e avaliao

    destinado a prover os seus usurios com demonstraes e anlises de natureza

    econmica, financeira, fsica e de produtividade, com relao entidade objeto da

    contabilizao.

    Compreende-se por sistema de informao um conjunto articulado de dados,

    tcnicas de acumulao, ajustes e edio de relatrios que permite tratar essas

    informaes de natureza repetitiva, com relevncia e reduo de custo:

    Informao de Natureza econmica

    Informao de natureza fsica

    Informao de natureza de produtividade

    Seu objetivo de estudo , pois, o patrimnio, e seu campo de aplicao odas entidades econmico-administrativas, assim chamadas aquelas que ,para atingirem seu objetivo, seja ele econmico ou social, utilizam benspatrimoniais e necessitam de rgo administrativo, que pratica os atos denatureza econmica e financeira necessrios a seu fim. (FRANCO,1996, p. 19).

    2.4 Demonstraes Financeiras

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    As Demonstraes Financeiras, aqui no Brasil, esto definidas na Lei 6.404

    Lei das Sociedades por Aes , em seu Artigo 187. A referida Lei torna

    obrigatria a apresentao das Demonstraes por parte das empresas

    sociedades annimas, em nmero de quatro Balano Patrimonial, Demonstrao

    de Resultados do exerccio, Demonstraes de Lucros e Prejuzos Acumulados e

    Demonstrao das Origens e Aplicao de Recursos. As empresas constitudas

    por quotas de responsabilidade limitada esto dispensadas da publicao, porm

    vital que mantenham as demonstraes financeiras para controle interno, alm da

    exigibilidade para pleitos de emprstimos e financiamentos bancrios.

    As demonstraes financeiras apresentam tanto a posio da empresa emum ponto no tempo, como suas operaes durante algum perodo parado.Entretanto, o valor real das demonstraes financeiras est no fato de queelas podem ser utilizadas para ajudar a prever os lucros e os dividendosfuturos da empresa (BRIGHAM, 1999, p.70).

    Segundo Gitman (1997, p. 67), As demonstraes financeiras fornecem uma

    rpida viso intuitiva da situao da empresa.

    2.4.1 Balano Patrimonial

    O Balano Patrimonial representa a demonstrao resumida da posio

    financeira da empresa em determinado perodo. Para Damodaran (1997, p. 90), o

    balano um demonstrativo de fundamental importncia quando se pretende

    realizar um estudo financeiro, visto que no Balano Patrimonial constam todos os

    dados referentes aos ativos, passivos e contas patrimoniais.

    No quadro a seguir, encontra-se a estrutura legal do balano patrimonial:

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    Ativo Passivo

    Circulante Disponibilidade Direitos realizveis no exerccio social

    subseqente Despesas do exerccio seguinte

    Realizvel em longo prazo Direitos realizveis aps o trmino do

    exerccio

    Adiantamento ou emprstimos

    Permanentes Investimentos Imobilizado

    Despesas

    Circulante Obrigaes vencveis no exerccio

    seguinte

    Exigvel em longo prazo Obrigaes vencveis aps o trmino do

    exerccio

    Resultado de exerccios futuros

    Receitas, menos custos e despesascorrespondentes

    Patrimnio Lquido Capital subscrito, menos parcela no

    realizada Reservas de capital Reservas de realizao Reservas de lucros Lucros ou prejuzo acumulado

    Fonte: Manual de Contabilidade das Sociedades por Aes, 1995.

    Num balano, segundo abordagem de Matarazzo (1998, p. 44), o ativo mostra

    o que existe de concreto na empresa, todos os bens e direitos so comprovados por

    documentos, e o passivo e o patrimnio lquido mostram como se originaram os

    recursos investidos.

    2.4.2 Demonstrao do Resultado do Exerccio

    As demonstraes do resultado do exerccio fornece um resumo financeiro

    dos resultados das operaes da empresa durante um perodo especfico.

    Normalmente, a demonstrao do resultado cobre o perodo de um ano encerrado

    em uma data determinada, em geral 31 de dezembro do ano calendrio.

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    Estrutura da demonstrao do resultado do exerccio DRE

    Demonstrao do Resultado de Exerccio

    RECEITA OPERACIONAL BRUTA(-) Venda cancelada(-) Abatimentos sobre vendas

    (-) Impostos sobre vendasRECEITA OPERACIONAL LQUIDA

    (-) Custo dos produtos, mercadorias ou servios vendidosLUCRO BRUTO(-) Despesas c/vendas

    (-) Despesas administrativas(-) Despesas financeiras, lquidas das receitas(-) Outras despesas operacionais

    (+) Resultado de equivalncia patrimonialLUCRO OPERACIONAL(+) Receitas no operacionais

    (-) Despesas no operacionais(+) Saldo de correo monetria*LUCRO ANTES DOS IMPOSTOS, CONTRIBUIES E PARTICIPAES

    (-) Proviso para Imposto de Renda(-) Proviso para contribuio social(-) Participaes

    LUCRO LQUIDO DO EXERCCIOLUCRO LQUIDO POR AO

    *Nas demonstraes financeiras por correo integral no h essa rubrica.Fonte: Manual de Contabilidade das Sociedades por Aes, 1995.

    2.4.3 Demonstrao de Lucros ou Prejuzos Acumulados

    Demonstrao de lucros ou prejuzos acumulados um demonstrativo que

    indica a forma como o resultado geral da empresa, seja lucro ou prejuzo, ser

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    distribudo. Essa distribuio tem como destaque uma transferncia para a reserva e

    a distribuio que ocorreu com os respectivos scios da empresa.

    Estrutura da Demonstrao de Lucros ou prejuzos Acumulados

    Demonstrao de Lucros ou Prejuzos Acumulados

    Saldo do incio do perodo

    (+) Ajustes de exerccios anteriores

    (+) Correo monetria do saldo inicial*

    (+) Reverses de reservas

    (+) Lucro/Prejuzo Lquido do Exerccio

    (-) Transferncia para reservas

    (-) Dividendos

    (-) Parcelas dos lucros incorporadas ao capitalSaldo ao fim do perodo* Nas demonstraes financeiras por correo integral no h essa rubrica.

    Fonte: Manual de Contabilidade das Sociedades por Aes, 1995.

    2.4.4 Demonstraes das Origens e Aplicaes de Recursos

    Este demonstrativo, segundo Silva (1996, p. 73), um instrumento valiosopara o analista, pois mostra a movimentao dos recursos.

    [...] atravs desta demonstrao, o analista pode saber se a empresa gerourecursos em suas operaes, se imobilizou recurso no perodo, se obtevenovas fontes de financiamento de longo prazo e se os acionistas fizeramnovos aportes de capital[...] (SILVA, 1996, p. 73).

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    Apresenta-se, a seguir, a estrutura da demonstrao das origens e aplicaes

    de recursos:

    Demonstraes das Origens e Aplicaes de Recursos

    ORIGENS DOS RECURSOSDas operaes Lucro lquido do exerccio Resultado das correes monetrias do balano* Depreciao, amortizao e exausto

    Juros de emprstimos a longo prazo Resultado da equivalncia patrimonialDos acionistas Integralizao de capitalDe terceiros Emprstimos a longo prazo Reduo do realizvel a longo prazo Venda de ativo permanenteTOTAL DAS ORIGENS(A)

    APLICAES DE RECURSOS Dividendos distribudos Aquisio de direitos do ativo imobilizado Aquisio de investimento Adies no ativo diferido Aumento do realizvel a longo prazo Transferncia para o curto prazo de obrigaes do longo prazoTOTAL DAS APLICAES(B)VARIAO DO CAPITAL CIRCULANTE LQUIDO(A-B)

    2005 2006 VARIAOAtivo circulante(-) Passivo circulante

    Capital circulante lquido

    *Nas demonstraes financeiras por correo integral no h essa rubrica.

    Fonte: Manual de Contabilidade das Sociedades por Aes, 1995.

    2.5 Anlises das Demonstraes Financeiras

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    Consiste na arte de decomposio das demonstraes financeiras da

    empresa sob estudo, de modo a oferecer aos usurios interno e externo ,

    particularmente o administrador Financeiro, informaes detalhadas do

    comportamento e nvel de eficincia da entidade, bem como sua maior ou menor

    capacidade quanto ao fluxo de ganho ou rentabilidade.

    Ressalte-se que a anlise produto da transformao de dados em

    informaes que posteriormente se tornam preciosas para os administradores. Por

    conseguinte, os dados contidos nas peas contbeis devem ser preparadosadequadamente, mediante processo de planilhamento chamado padronizao, que

    visa uma melhor visualizao e ordenamento do contedo das demonstraes.

    Segundo Matarazzo (1998, p. 141) As demonstraes financeiras devem ser

    preparadas para a anlise, da mesma forma que um paciente vai submeter-se a

    exames mdicos.

    Para se proceder anlise, Treuherz (1999, p. 37), afirma que necessrio

    decompor um todo em partes, examinando com mincia cada uma das partes em

    busca de explicaes ou do entendimento do todo, da parte, ou de alguma

    caracterstica ou anormalidade que se pretende identificar. E ainda segundo Silva

    (1997, p. 74), a anlise financeira um processo de averiguao e de reflexo com

    determinado fim.

    Do ponto de vista do investidor, o objetivo da anlise das demonstraesfinanceiras a previso do futuro, enquanto, do ponto de vista dagerncia, a anlise das demonstraes financeiras til tanto paraajudar antever condies futuras quanto e ainda mais importante como partida para o planejamento de aes que iro influenciar ofuturo desenrolar dos eventos. (BRIGHAM, 1999, p. 79) (Grifos do autor)

    2.5.1 Anlises por ndices

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    Os ndices financeiros so relaes entre contas ou grupos de contas das

    demonstraes financeiras, que tm por objetivo fornecer-nos informaes que no

    seriam visualizadas diretamente nas demonstraes. Segundo Sanvincente (1987,

    p. 177), Os ndices so indicadores da situao da empresa que permitem uma

    visualizao das demonstraes financeiras. Por outro lado, pode-se explicar

    enfatizando que os ndices financeiros so grandezas comparveis a partir de

    valores monetrios absolutos, visando mensurar tanto a posio financeira quanto

    os nveis de desempenho da empresa, alm de outros aspectos. Ainda como

    medida relativa de grandeza, o ndice fornece a idia quantitativa das relaes

    estabelecidas, sem, entretanto, nos fornecer os elementos qualitativos contidos nas

    mesmas (SILVA, 1995, p. 208).

    Ao serem comparados ano a ano os ndices de uma determinada

    empresa, pretende-se verificar as tendncias de suas atitudes e o seu

    comportamento; da mesma forma, quando se determina os ndices de uma

    empresa, pretende-se retratar o seu desempenho atravs de uma medida

    econmico-financeira. Como explica Matarazzo (1995, p. 153), A caracterstica

    fundamental dos ndices fornecer viso ampla da situao econmica ou

    financeira da empresa.

    2.6 Principais ndices

    Para melhor compreenso os ndices financeiros podem ser subdivididos em

    quatro categorias bsicas: ndices de liquidez, ndices de atividade, ndices de

    endividamento e ndices de lucratividade.

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    Os ndices de liquidez, de atividade e de endividamento medem,

    fundamentalmente o risco; os ndices de lucratividade medem retorno. Para prazos

    curtos, os elementos importantes so a liquidez, a atividade e a lucratividade, visto

    que eles fornecem informaes que so crticas para as operaes de curto prazo

    da empresa. (Se a empresa no puder sobreviver no curto prazo, no preciso

    preocupar-se com as suas perspectivas a longo prazo) (GITMAN, 1997, p. 107).

    2.6.1 ndices de Liquidez

    Os ndices desse grupo mostram a base da situao financeira da empresa.

    Ressalte-se que no so ndices extrados do fluxo de caixa da entidade, portanto,

    no medem a capacidade de pagamento, mas, a partir do confronto dos ATIVOS

    CIRCULANTES com as DVIDAS, procuram medir quo slida sua base

    financeira.

    ndices de liquidez - Quocientes que mostram a relao entre caixa e

    outros ativos circulantes de uma empresa e seus passivos circulantes, assim

    afirma: Brigham (1999, p. 80). Grifos nossos.

    Entendido que liquidez a medida de solvncia da empresa, elencaremos

    trs medidas bsicas: ndice de liquidez corrente, ndice de liquidez geral e Capital

    Circulante Lquido.

    2.6.1.1 Liquidez corrente

    Este ndice calculado mediante diviso do ATIVO CIRCULANTE pelo

    PASSIVO CIRCULANTE e indica at que ponto os passivos de curto prazo esto

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    ACLC = _____

    PC (2)

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    cobertos por aqueles ativos que se espera sejam convertidos em Caixa em um

    futuro prximo.

    Sendo: LC = ndice de Liquidez Corrente;

    AC = Ativo Circulante;

    PC = Passivo Circulante.

    [...] Este ndice relaciona, atravs de um quociente, os ativos e passivos demesmo prazo (curto) de vencimento, sendo uma das medidas mais usadaspara avaliar a capacidade de uma empresa para saldar os seuscompromissos em dia. (SAN VICENTE, 1987, p. 177)

    2.6.1.2 Liquidez Geral

    Uma medida de liquidez que indica quanto a empresa possui em dinheiro, bens

    e direitos para pagar sua dvida total. calculada dividindo-se o Ativo Circulante

    mais o Realizvel a longo prazo pelo Passivo Circulante mais Exigvel de Longo

    Prazo. Note-se que pra a sua avaliao quanto maior melhor:

    Sendo: LG = Liquidez Geral;

    AC = Ativo Circulante;

    RLP = Realizvel a Longo Prazo;

    PC = passivo Circulante;

    ELP = Exigvel a Longo Prazo.

    2.6.1.3 Capital Circulante Lquido

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    AC + RLPLG = __________

    PC + ELP(3)

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    Em que pese o CCL no ser propriamente um ndice, largamente usado

    como medida da liquidez global da empresa. Calcula-se, mediante subtrao do

    PASSIVO CIRCULANTE do ATIVO CIRCULANTE. Vale salientar que quanto maior

    for o valor resultante melhor ser a avaliao.

    Sendo: CCL = capital Circulante Lquido;

    AC = Ativo Circulante;

    PC = Passivo Circulante

    V-se que para a avaliao deste ndice, quanto maior o seu valor, melhor

    ser a condio de liquidez da empresa, sendo considerado bastante til para o

    controle interno. Este capital tem uma relao muito grande com a liquidez da

    empresa no seu processo de tomada de deciso.

    2.6.2 ndices de Atividade

    Esta ferramenta pode ser usada como medida da rapidez com que as contas

    circulantes estoques duplicatas a receber e duplicatas a pagar se convertem em

    caixa. Ou seja, quanto a empresa pode gerar em caixa para suprir suas

    necessidades, dentro de todo um processo que envolve as operaes de compra,

    venda e estocagem de forma dinmica e contnua. Sero ento, os ndices de

    rotao, que indicaro o grau de desempenho das operaes da empresa, ou seja, a

    eficcia com que a empresa gere seus ativos. ndices de atividade Conjunto de

    19

    CCL = AC-PC(4)

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    ndices que medem a eficcia como uma empresa gerencia seus ativos (BRIGHAM,

    1999, p. 81). (Grifos nossos).

    2.6.2.1 Giro dos Estoques

    Giro dos Estoques ou Prazo mdio de Rotao dos estoques mede a

    atividade ou liquidez dos estoques da empresa. Esse ndice indica quantos dias, em

    mdia, os produtos ficam armazenados na empresa antes de serem vendidos. E, se

    os estoques permanecerem por perodos elevados, pode prejudicar, sobremaneira,o desempenho da empresa, o que pode levar, a qualquer momento, necessidade

    de caixa para cumprir obrigaes. Uma vez apurado o perodo de rotao de

    estoque ter o administrador um indicador para possvel tomada de decises quanto

    poltica de vendas.

    Sendo: PMRE = Perodo Mdio de Rotao de Estoques;

    E = Estoques;

    CMV = Custo de Mercadoria Vendida

    2.6.2.2 Perodo Mdio de Cobrana

    Perodo mdio de cobrana ou Prazo mdio de Recebimentos indica quantos

    dias, em mdia, a empresa leva para receber suas vendas.

    Para esse ndice, deve-se levar em considerao a sazonalidade, o volume

    de vendas a prazo, assim como a poltica de crdito da empresa. Analisar esse

    prazo para uma empresa requer a avaliao de alguns critrios.

    20

    E*360PMRE = _________

    CMV (5)

  • 8/8/2019 Parte.2 - Textual

    21/51

    [...] A definio de prazos depende da poltica adotada pela concorrncia,das caractersticas e dos riscos inerentes ao mercado consumidor, danatureza do produto vendido, do desempenho da conjuntura econmica, doatendimento de determinadas metas gerenciais internas, de mercadologia,do prazo dos fornecedores e outros fatores. [...] (SOUZA , 1996, p. 3)

    Sendo: PMRV = Perodo de Recebimento das Vendas;DR = Duplicata a Receber;V = Vendas Lquidas

    Baseado ainda em suas explicaes, essas duplicatas funcionam como uma

    concesso de crdito para manter e atrair clientes, preciso que se tenha ateno

    quanto ao volume deste investimento, principalmente na avaliao de seus riscos.

    2.6.2.3 Perodo mdio de Pagamento

    Dados extrados da carteira de contas a pagar -- duplicatas e mede a idade

    mdia das duplicatas a pagar. Esse ndice indica, em mdia, quantos dias a

    empresa demora para pagar seus fornecedores.

    Sendo: PMPC = Perodo Mdio de Pagamento das Compras;F = Fornecedores;C = Comparas (70% do Custo das Mercadorias Vendidas)

    2.6.2.4 Ciclo Operacional e Ciclo financeiro

    .

    21

    DR* 360PMRV = ____

    V

    F*360

    PMPC = ___C

    (6)

    (7)

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    22/51

    Fonte: Material de apoio da disciplina Administrao Financeira Prof. Robson Braga.

    2.6.3 ndices de Lucratividade

    O Lucro o principal atrativo para os scios/investidores, constituindo sua

    principal fonte de estmulo para atuar no mercado. Ningum montaria uma emprese

    sem antes pensar na palavra lucro. E o que esses ndices fazem justamente

    esclarecer quanto situao do lucro da organizao. De acordo com a explicao

    de Silva (1995, p. 238), este ndice indica qual o retorno que o empreendimento est

    propiciando.

    .6.3.1 Giro do Ativo Total

    Giro do Ativo Total ou simplesmente Giro do Ativo refere-se eficincia com a

    qual a empresa utiliza seus ativos para gerar vendas.

    Determina aquilo que a empresa vendeu em relao ao investimento total que

    ela fez. Para cada aplicao no ativo, possvel saber quanto foi o valor de sua

    venda quando feita a relao. Vale salientar, para efeito de avaliao, que esse

    ndice, quanto maior o seu valor, melhor o desempenho financeiro e obtido,

    mediante aplicao da frmula abaixo:

    22

  • 8/8/2019 Parte.2 - Textual

    23/51

    Sendo: GA = Giro do Ativo;

    V = Vendas Lquidas;

    AT = Ativo Total

    2.6.3.2 Margem Operacional

    Enquanto medida de eficincia operacional, determina de forma clara os

    lucros puros obtidos em cada unidade monetria de venda. Ignora quaisquer

    obrigaes financeiras ou governamentais. Segundo Gitman (1997, p. 122), Mede a

    porcentagem de lucro obtido em cada unidade monetria de venda, antes dos juros

    e do imposto de renda:

    Sendo: MOP = Margem Operacional;

    V = Vendas Lquidas;LO = Lucro Operacional

    Ressalta-se que esse indicador procura mensurar o xito alcanado pela

    empresa na obteno de preos de venda superior aos custos.

    2.6.3.3 Margem Lquida

    23

    VGA = _____

    AT

    LOMOP = ______

    V

    (9)

    (10)

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    24/51

    Diferentemente da MOP, a margem operacional lquida mede a eficincia na

    gerao de lucros aps a deduo de todas as despesas, mediante comparao do

    lucro final com as vendas:

    Sendo: ML = Margem Lquida;

    LL = Lucro Lquido

    V = Vendas Lquidas

    Na viso de Gitman (1997, p. 122), esse indicador visa mensurar o percentual

    de cada unidade monetria de venda que restou, depois da deduo de todas as

    despesas, inclusive o imposto de renda.

    2.6.3.4 Retorno Sobre o Patrimnio Lquido

    A taxa de retorno sobre o patrimnio lquido mede o ganho obtido sobre o

    investimento dos proprietrios ou acionistas. Quanto maior essa taxa, mais atrativa

    torna-se a empresa:

    Sendo: RSPL = Retorno Sobre o Patrimnio Lquido;

    LL = Lucro Lquido;

    PL = Patrimnio Lquido

    2.6.3.5 Retorno Sobre o Ativo

    24

    LLML = ______

    V

    LL

    RSPL = _______PL

    (11)

    (12)

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    25/51

    A taxa de retorno sobre ativo total, -- alguns prefere nominar simplesmente

    taxa de retorno sobre investimentos da empresa --, tem como finalidade medir a

    eficincia global da gesto em produzir lucros.

    Sendo: RSA = Retorno Sobre Ativo;

    LL = Lucro Lquido;

    AT = Ativo Total.

    Com fiel observncia da explicao a seguir, possvel um melhor

    entendimento da anlise desse ndice, quanto sua utilidade na avaliao da

    organizao.

    [...] uma diminuio nos ndices do ROA decorrente de umdecrscimo na margem ou no giro. Se foi a MARGEM, porque olucro desse perodo oscilou em relao ao montante das vendas(volume, preo). Se o lucro diminuiu porque as vendas diminuramou os custos aumentaram, ou ainda uma combinao de ambos. [...](KASSAI, 2000, p. 179)

    2.6.4 ndices de Endividamento

    O endividamento de uma empresa pode ser visto por dois prismas, tanto

    atravs do grau de endividamento, quanto de sua capacidade para pagar as dvidas.

    A situao de endividamento de uma empresa ocorre quando toma dinheiro

    emprestado em curto prazo, principalmente, para financiar seu Grau de

    Alavancagem Financeira Capital de Giro a longo prazo, para comprar instalaes ou

    equipamentos, sabendo-se que o financiamento a longo prazo implica em

    amortizao peridica de juros e pagamento do principal no vencimento. Este ndice

    25

    LL

    RSA = _______AT

    (13)

  • 8/8/2019 Parte.2 - Textual

    26/51

    vai indicar a porcentagem do ativo total que financiado por capital de terceiros, ou

    quanto este ativo da empresa est comprometido com recursos de terceiros e at

    mesmo o comprometimento quanto ao patrimnio lquido. A empresa com um menor

    ndice de endividamento ter uma menor alavancagem financeira. Este ndice diz o

    montante de recursos de terceiros que est sendo usado na tentativa de gerar

    lucros. Quanto maior a participao de terceiros, maior risco da empresa.

    2.6.4.1 ndice de Endividamento Geral

    Refere-se ao grau em que a empresa utiliza capitais de terceiros, ou

    alavancagem, em relao ao ativo total quanto maior o seu valor, maior ser a

    dependncia de capitais de terceiros para gerar lucros, ao mesmo tempo em que

    aumenta a alavancagem financeira da empresa. O valor encontrado neste ndice

    aquele que indicar quanto do ativo est sendo financiado com recursos de

    terceiros. A equao que calcula esse ndice pode ser visualizada a seguir:

    Sendo: EG = ndice de Endividamento Geral;

    PC = Passivo Circulante;ELP = Exigvel a Longo Prazo;

    AT = Ativo Total

    2.6.4.2 Endividamento a Longo Prazo

    ndice exigvel a longo prazo patrimnio lquido indica a relao existente

    entre os recursos de longo prazo fornecidos por credores diversos e os aportados

    26

    PC+ELP)EG = ___________

    AT

    PC+ELPESPL = _______

    PL

    (14)

  • 8/8/2019 Parte.2 - Textual

    27/51

    pelos proprietrios da empresa (PL). Enfim, mede-se o quanto representa o capital

    de terceiros em relao ao patrimnio lquido. Aplica-se a seguinte equao:

    Sendo: ESPL = Exigvel Sobre o Patrimnio Lquido;

    PC = Passivo Circulante;

    ELP = Exigvel a Longo Prazo;

    PL = Patrimnio Lquido

    Esse ndice procura relacionar as duas grandes fontes de recursos da

    empresa, capitais prprios e capitais de terceiros, sendo um indicador de risco ou de

    dependncia a terceiros, por parte da organizao.

    2.6.4.3 ndice de Imobilizao do Patrimnio Lquido

    ndice de imobilizao do Patrimnio lquido, na verdade no um ndice de

    endividamento, mas de estrutura e presta grande servio ao analista ao informar

    quanto do patrimnio lquido da empresa est sendo aplicado no seu ativo

    permanente, ou seja, quanto est se investindo nos recursos imobilizados da

    empresa, para melhoria de sua qualidade. O ndice restante deste patrimnio

    aplicado no ativo circulante, sendo chamado de Capital Circulante Prprio.

    Sendo: IPL = ndice de Imobilizao do Patrimnio Lquido;

    AP = Ativo Permanente;PL = Patrimnio Lquido

    27

    APIPL = ______

    PL

    (15)

    (16)

  • 8/8/2019 Parte.2 - Textual

    28/51

    2.7 Anlise Vertical e Horizontal

    Os mtodos de anlises vertical e horizontal so fundamentais na

    interpretao dos nmeros da empresa, porm para Silva (1995, p. 182), desse

    modo, as anlises horizontal e vertical devem ser entendidas como um dos

    instrumentos de trabalho do analista e no como, instrumento nico, visto que no

    oferece respostas e sim ajudam a levantar questes de risco para a organizao.

    Sendo assim, este mtodo bastante eficiente para se adquirir uma viso geral

    sobre os demonstrativos econmico-financeiros das empresas, por ser uma forma

    simples e prtica muito usado por analistas na fase inicial de estudo.

    A anlise vertical, segundo Matarazzo (1997, p. 178):

    [...] baseia-se em valores percentuais das demonstraes financeiras,tomando como parmetro um ano-base, pois esta anlise mais bemaproveitada quando usada no balano e nas demonstraes de resultados,para executar a comparao entre diversos exerccios.

    A anlise horizontal baseia-se segundo Matarazzo (1997, p. 187), na

    evoluo de cada conta de uma srie de demonstraes financeiras em relao a

    demonstraes anteriores e/ou em relao a uma demonstrao financeira bsica,

    geralmente a mais antiga da srie, ou seja, este mtodo permite o exame da

    evoluo histrica de uma srie de valores.

    28

    Rubrican

    AVn=___________X 100

    Base

    AH em 19Xn=(rubrica em anlise em 19Xn : Rubrica em anlise em 19X1) X 100

    (18)

    (17)

  • 8/8/2019 Parte.2 - Textual

    29/51

    Lembrando que estes dois tipos de anlise devem ser utilizados juntos,

    ressaltado que um completa o outro, pois se analisado separadamente podem

    apresentar variaes desproporcionais e incertas.

    3. METODOLOGIA

    Trata o presente trabalho de Pesquisa-Diagnstico, com adoo da

    metodologia de Estudo de Caso da Empresa DIADEMA DERIVADOS DE

    PETRLEO LTDA., cuja pesquisa quantitativa utilizou-se da tcnica de coleta de

    dados, mediante realizao de entrevistas e vista de relatrios demonstraes

    financeiras. Etapas do processo:

    Recebimento da documentao para anlise;

    29

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    Balanos Patrimoniais dos anos 2004, 2005 e 2006;

    Demonstraes de Resultados dos Exerccios: 2004, 2005 e 2006;

    Demonstraes de Mutaes do Patrimnio Lquido;

    Conferncia dos documentos recebidos;

    Leitura e padronizao das demonstraes financeiras;

    Clculo dos indicadores e montagem de relatrios;

    Anlise dos indicadores e relatrios;

    Elaborao de parecer

    Pesquisa exploratria junto aos scios da empresa e os contadores

    responsveis pela mesma, que se deu atravs de conversas informais e

    entrevistas.

    30

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    31/51

    4. ANLISES DAS DEMONSTRAES CONTBEIS: Caso Diadema Derivados

    de Petrleo Ltda.

    4.1 Coleta de informaes e demonstraes financeiras

    4.1.1 Recebimento de Balanos, DRE e DMPL, pasta de

    atas/correspondncias/ordens de servios etc.

    4.1.2 Reunies com scios, colaboradores e contador

    4.1.3 Acesso ao sistema de contabilidade Gerencial da empresa.

    4.2 Conferncia dos documentos recebidos

    31

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    4.2.1 Balanos Patrimoniais

    Balano ano 2004

    Balano ano 2005

    Balano ano 2006

    4.2.2 Demonstraes de Resultados do Exerccio

    DRE - ano 2004

    DRE ano 2005

    DRE ano 2006

    4.3 Padronizao das demonstraes recebidas

    4.3.1 Balanos Patrimoniais

    4.3.1.1 Balano ano 2004 (Anexo 01)

    4.3.1.2 Balano ano 2005 (Anexo 02)

    4.3.1.3 Balano ano 2006 (Anexo 03)

    4.3.2 Demonstraes de resultados do Exerccio

    4.3.2.1 DRE ano 2004 (Anexo 04)

    4.3.2.2 DRE ano 2005 (Anexo 05)

    4.3.2.3 DRE ano 2006 (Anexo 06)

    32

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    33/51

    4.3.3 Demonstraes de Mutao do Patrimnio Lquido

    4.3.3.1 DMPL ano 2004 (Anexo 07)

    4.3.3.2 DMPL - ano 2005 (Anexo 08)

    4.3.3.3 DMPL ano 2006 (Anexo 09)

    4.4 Clculo dos ndices e montagem de relatrios

    4.4.1 ndices de Solvncia

    4.4.1.1 Liquidez Corrente

    Frmula Anos Clculos ndices

    2004LC = 869.786,74 = 3,71

    234.175,47 3,71

    LC = ACPC 2005 LC = 1.070.263,41 = 3,38316.987,02 3,38

    2006LC = 1.208.794,83 = 3,03

    398.985,78 3,03

    Fonte: Dados da pesquisa, 2007

    O ndice de liquidez corrente da DIADEMA vem apresentando declnio a cada

    ano, na ordem de 8,89 % para 2005 e 18,33 % em 2006, contudo h de se

    ressaltar que os ndices se situam em patamares considerados excelentes,

    ademais, a variao do ATIVO CIRCULANTE se situa em 38,98 % -- 2004/2006 --,

    registrando, portanto, um excelente crescimento dos direitos no curto prazo. Sob

    outra tica, verifica-se que para cada R$-1,00 de dvida no curto prazo a empresa

    dispe de mais de R$-3,00.

    4.4.1.2 Liquidez Geral

    33

  • 8/8/2019 Parte.2 - Textual

    34/51

    Frmula Anos Clculos ndices

    2004869.786,74 + 19.284,63 =

    234.175,47 + 444.000,00 1,31

    LG = AC + RLPPC + ELP 2005

    1.070.263,41 + 15.944,20316.987,02 + 200.591,61 2,10

    2006. 1.208.794,83 + 0 .398.985,78 + 92.489,22 2,46

    Fonte: Dados da pesquisa, 2007

    Situao bastante favorvel. Para cada R$-1,00 de dvida, no curto e longo

    prazos, a analisada acumula R$-2,46 2006 . ndices acima de 1 e crescentes,

    ano-a-ano, cuja taxa de variao atingiu 87,79% no ano de 2006 .

    4.4.1.3 Capital Circulante Lquido

    Frmula Anos Clculos ndices

    2004869.786,74 234.175,47 =

    635.611,27635 mil

    CCL = AC PC2005

    1.070.263,41 316.987,02 =753.276,39

    753 mil

    20061.208.794,83 398.985,78 =

    809.809,05809 mil

    Fonte: Dados da pesquisa, 2007

    Nesta relao, que fornece um valor monetrio absoluto e que corresponde a

    mesma noo subjacente ao ndice de liquidez corrente, a analisada apresenta boa

    34

  • 8/8/2019 Parte.2 - Textual

    35/51

    situao, haja vista um crescimento em nvel percentual da ordem de 27,41 % do

    ano 2004 para 2006.

    4.4.2 ndices de Atividade

    4.4.2.1 Prazo Mdio de Rotao dos Estoques (Giro dos Estoques)

    Frmula Anos Clculos N de dias

    2004192.336 x 360 =

    6.261.444,51 11,06

    PMRE = E x 360CMV 2005 315.979,56 x 360 =7.033.326,36 16,17

    2006532.858,42 x 360 =

    7.805.967,42 24,57

    Fonte: Dados da pesquisa, 2007

    Este ndice indica quantos dias, em mdia, os produtos ficam armazenados

    na empresa. Registra-se um crescimento do prazo mdio de permanncia dos

    35

  • 8/8/2019 Parte.2 - Textual

    36/51

    estoques -- saindo de 11 dias em 2004, para 24 dias em 2006 --, o que no um

    bom indicador, contudo, os prazos, ainda, se situam em patamares aceitveis. H

    de se ressaltar que o mix de produtos da analisada heterogneo,

    conseqentemente apresenta ndice de rotao discrepante, porquanto, alguns

    giram muito rpido outros, por natureza, demoram um pouco mais. O ideal seria

    decompor o volume de estoques agrupados por velocidade de giro.

    4.4.2.2 Prazo Mdio de Recebimentos das Vendas

    Frmula Anos Clculos N de dias

    2004402.294,57 x 360 =

    7.335.498,63 19,74

    PMRV = DR x 360V 2005 604.788,77 x 360 =8.437.859,34 25,80

    2006539.419,25 x 360 =

    9.225.969,96 21,05

    Fonte: Dados da pesquisa, 2007

    Indica quantos dias, em mdia, a analisada leva para receber suas vendas.

    Na srie sob anlise observa-se uma oscilao mais forte no seguindo ano mais

    de 30% e uma acomodao em 2006.

    4.4.2.3 Perodo Mdio de Pagamentos das Compras

    Frmula Anos Clculos N de dias

    2004191.361,96 x 360 =

    4.383.011,16 15,72

    36

  • 8/8/2019 Parte.2 - Textual

    37/51

    PMPC = F x 360C 2005

    207.303,99 x 360 =4.923.328,45 15,16

    2006310.257,24 x 360 =

    5.464.177,19 20,44

    Fonte: Dados da pesquisa, 2007

    O PMPC indica quantos dias, em mdia, a empresa leva para pagar seus

    fornecedores. No caso da analisada, nos dois primeiros anos o prazo ficou situado

    ao redor de 15 dias, mantendo-se estvel, em 2006 houve uma elevao para 20

    dias, o que positivo.

    4.4.2.4 Ciclo Operacional / Ciclo Financeiro 2006

    CICLO OPERACIONAL = 45 DIAS

    0 20 24 45

    PRAZO DE ROTAO DE ESTOQUES = 24 DIAS

    PRAZO REC. VENDAS = 21 DIAS

    CICLO FINANCEIRO = 25 DIAS

    37

  • 8/8/2019 Parte.2 - Textual

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    0 20 24 45COMPRA PAGAMENTO VENDA RECEBIMENTO

    O Ciclo Operacional tem aumentado ano aps ano, em que pese o prazo de

    recebimento das vendas ter se mantido praticamente estvel e o prazo de

    pagamento das compras ter sido ampliado em 5 (cinco) dias 15 dias nos dois

    primeiros anos e 20 em 2006.

    Ciclo Financeiro crescente 15 dias em 2004 e ao redor de 25 nos ltimos

    anos. Poltica onerosa para a empresa e se deve basicamente ao crescente prazo

    de permanncia de estoques 11 dias em 2004; 16 dias em 2005 e 24 dias em

    2006.

    4.4.3 ndices de Lucratividade

    4.4.3.1 Giro do Ativo total

    Frmula Anos Clculos ndices

    2004

    7.310.030,52

    1.274.470,35 5,74

    GA = VAT

    2005

    8.413.972,381.543.244,91 5,45

    20069.201.248,071.703.505,72 5,40

    Fonte: Dados da pesquisa, 2007

    38

  • 8/8/2019 Parte.2 - Textual

    39/51

    Os ndices alcanados pela analisada 5,74; 5,45 e 5,40 , em 2004, 2005 e

    20006, respectivamente, so excelentes e estveis. Este ndice denota o nmero de

    vezes em que os ativos operacionais so utilizados para gerar o volume de

    operaes no perodo, que neste caso foi 5,40 em 2006.

    4.4.3.2 Margem Operacional

    Frmula Anos Clculos ndices

    2004377.251,59 = 0,05

    7.310.030,52 5 %

    MOP = LOV

    2005369.816,36 = 0,048.413.972,38 4 %

    2006312.020,94 = 0,039.201.248,07 3 %

    Fonte: Dados da pesquisa, 2007

    Trata-se de uma medida do xito alcanado pela empresa na obteno

    preos de venda superiores aos seus custos totais. A analisada obteve ndices ao

    redor dede 5%, 4% e 3%, em 2004, 2005 e 2006, respectivamente. Observa-se uma

    perda substancial da capacidade de gerar lucros.

    4.4.3.3 Margem Lquida

    Frmula Anos Clculos ndices

    39

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    40/51

    2004274.117,29

    7.310.030,52 0,04

    ML = L LV

    2005

    249.371,408.413.972,38 0,03

    2006180.364,44

    9.201.248,07 0,02

    Fonte: Dados da pesquisa, 2007

    Este ndice compara o lucro pertencente aos acionistas com o volume de

    vendas gerado pela empresa em suas operaes, ou seja, a lucratividade sobre

    vendas. No caso da analisada, registramos um declnio desses ndices, que esteve

    situado ao redor de 4% em 2004 e fecha o ano de 2006, com algo em torno de 2%,

    denotando reduo da capacidade de gerao de lucro operacional.

    4.4.3.4 Retorno Sobre o Patrimnio Lquido

    Frmula Anos Clculos ndices

    2004274.117,29 = 0,46596.294,88 46 %

    RSPL = L LP L

    2005

    249.371,40 = 0,241.025.666,28 24 %

    2006180.364,44 = 0,15

    1.212.030,72 15 %

    Fonte: Dados da pesquisa, 2007

    A analisada apresenta forte declnio neste ndice -- 46%, 24% e 15% --, em

    2004, 2005 e 2006, respectivamente, registrando, assim, uma queda percentual na

    40

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    41/51

    ordem de 67,39%, no ano de 2006, em relao a 2004. O ndice de Retorno sobre

    o Patrimnio Lquido mede o retorno obtido sobre o investimento dos proprietrios

    da empresa e, no caso da analisada, o declnio no coloca o ndice em estado de

    deteriorao, contudo, o investimento se apresenta com menor taxa de atratividade.

    4.4.3.5 Retorno sobre o Ativo TotalFrmula Anos Clculos ndices

    2004274.117,29 = 0,22

    1.274.470,35 22 %

    RSA = L LA T

    2005

    249.371,40 = 0,161.543.244,91 16 %

    2006180.364,44 = 0,11

    1.703.505,72 11 %

    Fonte: Dados da pesquisa, 2007

    Registra-se uma queda substancial nos ndices 22%, em 2004; 16%, em

    2005 e 11%, em 2006 , cuja variao percentual atinge o patamar de menos 50%

    no ano de 2006. Este ndice mede a eficincia global da empresa na gerao de

    lucros com seus ativos disponibilizados, evidente se torna a reduo dessa

    capacidade da empresa analisada, contudo, h de se ressaltar que 11% menor

    ndice alcanado no um nmero ruim.

    4.4.4 ndices de Endividamento

    4.4.4.1 Endividamento Geral

    41

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    42/51

    Frmula Anos Clculos ndices

    2004234.175,47 + 444.000,00

    1.274.470,35 0,53

    EG = PC + ELPAT

    2005

    316.987,02 + 200.591,611.543.244,91 0,34

    2006398.985,78 + 92.489,22

    1.703.505,72 0,29

    Fonte: Dados da pesquisa, 2007

    A empresa apresenta reduo do seu ndice de endividamento global, que,

    alis, j inicia em patamar considerado baixo 0,53 em 2004 -- e chega a 0,29 em

    2006. Este ndice indica a proporo dos ativos totais da empresa financiada pelos

    credores.

    4.4.4.2 Endividamento de Longo PrazoFrmula Anos Clculos ndices

    2004234.175,47 + 444.000,00

    596.294,88 1,14

    ESPL = PC + ELPPL

    2005

    316.987,02 + 200.591,611.025.666,28 0,50

    2006398.985,78 + 92.489,22

    1.212.030,72 0,41

    Fonte: Dados da pesquisa, 2007

    Registra-se a reduo gradual do ndice de endividamento de longo prazo

    1,14, 0,50 e 0,41, em 2004, 2005 e 2006, respectivamente, que, ao contrrio do

    endividamento geral, inicia em patamar desfavorvel, mas, a evoluo do PL, aliada

    42

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    amortizao de dvida de Longo prazo, proporciona um deslocamento no ndice de

    1,14 em 2004 para 0,41 em 2006, com reduo percentual da ordem de 64%.

    4.4.4.3 Imobilizao do Patrimnio Lquido

    Frmula Anos Clculos ndices

    2004385.399,98 = 0,65596.294,88 65 %

    IPL = APPL 2005 456.987,30 = 0,451.025.666,28 45 %

    2006494.710,89 = 0,41

    1.212.030,72 41 %

    Fonte: Dados da pesquisa, 2007.

    A imobilizao do PL situa-se em limite bastante confortvel para o ano de

    2006 cujos valores absolutos do Permanente mantm-se estveis. O declnio dos

    ndices deve-se ao aumento do PL. Este ndice indica o percentual dos recursos

    prprios comprometidos com o Ativo Permanente.

    4.5 Anlises Vertical e Horizontal

    4.5.1 Balanos Patrimoniais

    43

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    4.5.1.1 Anlise Vertical (2004, 2005 e 2006) (Anexo 10)

    TOTAL DO ATIVO/PASSIVO 1.274.470,35 100 1.543.244,91 100 1.703.505,72 100

    Clientes 402.294,57 31,57 604.786,77 39,19 539.419,25 31,67

    Estoques 192.338,00 15,09 315.979,58 20,48 532.858,42 31,28

    Ativo Circulante 869.785,74 68,25 1.070.263,41 69,35 1.208.794,83 70,96

    Fornecedores 191.361,96 15,02 207.303,99 13,43 310.257,24 18,21

    Emprstimos / Financiamentos 444.000,00 34,84 200.591,61 13,00 92.489,22 5,43

    Patrimnio Lquido 596.294,88 46,79 1.025.666,28 66,46 1.212.030,72 71,15

    Ativo

    A conta clientes em relao ao ativo total situa-se em patamar acima de 30

    % -- 31,57 em 2004; 39,19 em 2005 e 31,67 em 2006 mantendo-se

    estvel;

    A rubrica Estoques crescente -- em 2004 representa 15,09% do Ativo; em

    2006 atinge 31,28 --. Em valor absoluto praticamente triplica.

    Circulante estvel Mantm-se em torno de 70% do ativo.

    Passivo

    Fornecedores relao percentual estvel;

    A rubrica emprstimos tem comportamento decrescente, sai de 34 % em

    2004 e atinge 5,43 em 2006, o que evidencia a liquidao dos

    emprstimos de longo prazo;

    O PL tem aumento de participao atingindo 71 % do passivo, em funo

    do aumento de capital e lucros acumulados, exprimindo com clareza maior

    investimento/reinvestimento dos scios na atividade.

    4.5.1.2 Anlise Horizontal (2004, 2005 e 2006) (Anexo 11)

    44

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    TOTAL DO ATIVO/PASSIVO 1.274.470,35 1.543.244,91 21,09 1.703.505,72 33,66

    Clientes 402.294,57 604.786,77 50,33 539.419,25 34,09

    Estoques 192.338,00 315.979,58 64,29 532.858,42 177,05Ativo Circulante 869.785,74 1.070.263,41 23,05 1.208.794,83 38,98

    Fornecedores 191.361,96 207.303,99 8,33 310.257,24 62,13

    Emprstimos / Financiamentos 444.000,00 200.591,61 (54,82) 92.489,22 (79,17)

    Patrimnio Lquido 596.294,88 1.025.666,28 72,01 1.212.030,72 103,26

    No ativo destaca-se o comportamento dos estoques que tem variao

    positiva em ndice considerado elevado -- 64,29 % e 68,64 % --, o que

    evidencia maior investimento em estoques/reduo de giro.

    No passivo registram-se maior participao de capitais dos scios

    variao positiva do PL e reduo dos emprstimos.

    4.5.2 Demonstrativos de Resultados do Exerccio

    4.5.2.1 Anlise Vertical (2004, 2005 e 2006) (Anexo 12)

    RECEITA OPERACIONALLQUIDA

    7.310.030,52 100 8.413.972,38 100 9.201.248,07 100

    LUCRO BRUTO 1.048.586,01 14,34 1.380.646,02 16,409 1.395.280,65 15,164

    LUCRO OPERACIONAL 377.251,59 5,161 369.816,36 4,3953 312.020,94 3,3911

    LUCRO LQUIDO DOEXERCCIO

    274.117,29 3,75 249.371,40 2,9638 180.364,44 1.9602

    Lucro Bruto tem participao estvel. ndices registrados ao redor de 14

    %, considerado bom.

    45

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    Lucro operacional e Lucro Lquido decrescentes. ndices considerados

    bons para o segmento.

    4.5.2.2 Anlise Horizontal (2004, 2005 e 2006) (Anexo 13)

    RECEITA OPERACIONALLQUIDA

    7.310.030,52 8.413.972,38 15,102 9.201.248,07 25,87

    LUCRO BRUTO 1.048.586,01 1.380.646,02 31,667 1.395.280,65 33,06

    LUCRO OPERACIONAL 377.251,59 369.816,36 (1,971) 312.020,94 (17,20)

    LUCRO LQUIDO DOEXERCCIO 274.117,29 249.371,40 (9,027) 180.364,44 (34,20)

    Receita Operacional apresenta variao positiva e estvel em relao ao

    ano base.

    Lucro bruto variao positiva, tmido crescimento. ndice considerado

    excelente.

    Lucro Operacional e Lucro Lquido valores absolutos positivos. Variaes

    negativas crescentes.

    4.6 Resumo dos ndices

    4.6.1 Quadro Resumo de ndices utilizados na anlise

    SEES NDICES 2004 2005 2006 05 06 INTERPRETAO

    4.4.1.1 LIQUIDEZ CORRENTE 3.71 3.38 3.03 Qto. maior, melhor

    4.4.1.2 LIQUIDEZ GERAL 1.31 2.10 2.46 Qto. maior, melhor

    4.4.2.1 PRAZO MDIO ROT.ESTOQUES

    11 d. 16 d. 24 d. Qto. maior, pior

    4.4.2.2 PRAZO MDIO REC.VENDAS

    19 d. 25 d. 21 d. Qto. maior, pior

    4.4.2.3 PRAZO MDIO PAG.COMPRAS

    15 d, 15 d. 20 d. _ Qto. maior, melhor

    4.4.3.1 GIRO DO ATIVO 5.74 5.45 5.40 Qto. maior, melhor

    4.4.3.3 MARGEM LIQUIDA 4% 3% 2% Qto. maior, melhor

    46

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    4.4.3.2 MARGEMOPERACIONAL

    5% 4% 3% Qto. maior, melhor

    4.4.3.4 RETORNO SOBREPATRIMNIO LQUIDO

    46% 24% 15% Qto. maior, melhor

    4.4.3.5 RETORNO SOBRE OATIVO

    22% 16% 11% Qto. maior, melhor

    4.4.4.1 ENDIV. GERAL 0,53 0,34 0.29 Qto. maior, pior

    4.4.4.2 ENDIV. LONGO PRAZO 1.14 0,50 0.41 Qto. maior, pior

    4.4.4.3 IMOBILIZAO DOPATRIMNIO LQUIDO

    0.65 0,45 0.41 Qto. maior, pior

    4.4.1.3 CAPITAL CIRCULANTELQUIDO

    635mil

    753mil

    809mil

    Qto. maior, melhor

    4.7 Concluses

    A empresa atua no segmento de postos de combustveis h mais de 20 anos

    e h quatro anos teve sua composio societria alterada, permitindo o aporte de

    novos capitais e, por conseguinte, dividindo o controle societrio. Seu ramo de

    atividade o comrcio varejista de combustveis automotivos, lubrificantes,

    pneumticos, loja de convenincias, GLP, bebidas, servios de lavagens de

    veculos, etc.

    Sua unidade comercial est localizada numa praa de 320 mil habitantes, que

    conta com 42 estabelecimentos congneres e a analisada ocupa o 3 lugar no

    ranking, fazendo parte do seleto grupo dos 5 melhores estabelecimentos da

    cidade.

    A partir de acurado exame das Demonstraes Contbeis da analisada,

    compreendendo os exerccios de 2004 a 2006, mediante a aplicao de

    ferramentas/modelos de anlise constatamos a seguinte situao:

    a) Receitas lquidas de vendas crescentes -- em R$ mil: 7.310 (2004); 8.413

    (2005) e 9.201 (2006) --, variao percentual de 15 e 25,87%, respectivamente para

    o ano de 2005 e 2006.

    47

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    b) Lucro bruto crescente, enquanto que o Lucro operacional e o lucro lquido

    involuiram, com reflexos nos ndices de rentabilidade, tais como: Margem

    Operacional, Margem Lquida, Retorno Sobre PL e Retorno sobre Ativo Total, que

    no Chegam a ser assustadores, mas, registram declnio.

    c) ndices de Endividamento Geral e de Longo Prazo decrescentes, variao

    percentual acentuada -- (64)% para Longo prazo e (45)% para Endividamento Geral.

    Registra-se que apenas as dvidas de longo prazo atingiram ndice maior que 1

    (ano de 2004), com reduo imediata e gradual nos anos seguintes: 0,50 em 2005e 0 ,41 em 2006.

    d) ndices de liquidez apresenta situao bastante confortvel, particularmente a

    liquidez corrente que para cada uma unidade de dvida dispe de mais de 3 no

    circulante. de se ressaltar o excelente desempenho da empresa no que diz

    respeito ao Capital Circulante Lquido, cujo valor monetrio absoluto crescente.

    e) ndices de Atividade, em que pese o aumento de faturamento o nvel de

    contribuio desses ndices ainda deixa a desejar, vistos a partir da documentao

    disponvel. Prazo de Recebimentos praticamente estvel e Prazo de Pagamentos a

    Fornecedores aumentou em 5 dias, em contra-partida o Prazo Mdio de Giro dos

    estoques cresceu em 13 dias do 1 para o ltimo exerccio analisado, o que contribui

    decisivamente para a elevao do Ciclo Financeiro, causando inevitveis reflexos

    nos ndices de lucratividade.

    f) Com referncia ao Prazo Mdio de Rotao dos Estoques, h de se ressaltar

    que o mix de produtos da analisada heterogneo, apesar de similares,

    conseqentemente apresenta ndice de rotao discrepante, porquanto, alguns

    giram muito rpido, outros, por natureza, demoram um pouco mais. O ideal seria

    48

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    decompor o volume de estoques agrupados por velocidade de giro, permitindo,

    destarte, a apurao do ndice com maior grau de acerto.

    Conclumos, destacando a maior participao da empresa em seu

    segmento e sobretudo, pontuando como favorvel a deciso da diretoria de

    manuteno dos Lucros acumulados e, ainda, ter aumentado o Capital Social

    atravs de subscrio, com reflexos altamente positivo no declnio da imobilizao

    do PL. E, por fim, com o escopo de melhorar a compreenso de todos quantos

    este relatrio virem, disponibilizamos o quadro resumo dos principais ndicesutilizados, com seus resultados, comportamentos e interpretao, que certamente

    confere maior clareza quanto a situao da analisada ( pgina 46, quadro 4.6.1,

    onde e identificam os ndices que sobem e que descem no perodo sob

    referncia).

    5. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

    BRAGA, Hugo Rocha. Demonstraes contbeis: estrutura, anlise einterpretao. 3 ed. So Paulo : Atlas, 1998.

    BRIGHAM, Eugene, F.; HOUSTON, Joel F. Fundamentos da modernaadministrao financeira. Rio de Janeiro : Campus, 1999.

    CLEMENTE, Ademir (org.). Projetos empresariais e pblicos. So Paulo : Atlas,1998.

    FALCINI, Primo. Avaliao Econmica de Empresas. 2 ed. So Paulo : Atlas,1995.

    FRANCO, Hilrio. Contabilidade Geral. 22 ed. So Paulo : Atlas, 1996.

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    GITMAN, Lawrence J. Princpios da administrao financeira. 3 ed. So Paulo :Saraiva, 1997.

    IUDCIBUS, Srgio de; MARTINS, Eliseu; GELBCKE, Ernesto Rubens. Manual de

    contabilidade das sociedades por aes aplicveis tambm s demaissociedades. 4 ed. So Paulo : Atlas, 1995.

    MARTINS, Gilberto de Andrade. Manual para elaborao de monografias edissertaes. 2 ed. So Paulo : Atlas, 1994.

    MATTARAZZO, Dante Carmine. Anlise financeira de balanos: abordagembsica e gerencial. 4 ed. So Paulo : Atlas, 1998.

    ROSS, Stephen A.; RANDOLPH, W. Westerfield. Princpios de administraofinanceira. So Paulo : Atlas, 2000.

    SANVICENTE, Antonio Zorato. Administrao financeira. 3 ed., So Paulo : Atlas,1997.

    SILVA, A.T.A. da. Administrao e controle. 10 ed. So Paulo : Atlas, 1996.

    SILVA, Jos Pereira da. Anlise financeira das empresas. 3 ed. So Paulo :Atlas, 1996.

    SILVA, Jos Pereira da. Gesto e anlise de Risco de Crdito. 3 ed. So Paulo :Atlas, 1997

    KWASNICKA, Eunice Lacava. Introduo administrao. 5 ed. So Paulo : Atlas,1995.

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