TRIATHLON – PARTICIPAÇÃO NOS JOGOS OLÍMPICOS2000 - 2016

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Geralmente quando procuramos analisar a hegemonia dos países em alguma modalidade esportiva, tomamos como base o quadro de medalhas ou os campeonatos conquistados.

Entretanto, no caso de esportes individuais, essa metodologia pode não ser suficiente para se avaliar o desenvolvimento da modalidade em cada país, pois existe a possibilidade de um único atleta ter a supremacia na modalidade, sem que isso seja fruto da política esportiva daquele país, ou seja, pode ser consequência meramente do talento individual.

No caso do triathlon nos Jogos Olímpicos, a análise fica mais abrangente, pois o número de atletas por país – varia de zero a três – se dá em função do desempenho de todos os seus representantes nas etapas de qualificação.

No presente estudo, focaremos ambos os parâmetros tendo como base o histórico nos Jogos Olímpicos.

TRIATHLON NOS JOGOS OLÍMPICOS

Produzido e editado por Jambo Sport BusinessIdel HalfenLuiz RattoFrancisco MachadoJUNHO 2016 – ATUALIZADO EM 6/JULHO/2016 www.jambosb.com.br

QUALIFICAÇÃO

A disputa para classificação aos Jogos de 2016 ocorreu no período entre 15 de maio de 2014 e 15 de maio de 2016.

Irão aos Jogos: Vencedores dos 5 campeonatos continentais. Três primeiros colocados no evento classificatório

mundial em 2015. Trinta e nove vagas pelo ranking. Cinco vagas por país para as cinco nações com

melhor posição ranking, desde que não estejam contemplados nos critérios anteriores.

Um representante do país-sede. Dois convidados pela ITU (International Triathlon

Union).

Essas condições se aplicam tanto ao masculino quanto no feminino

No máximo oito países podem levar três atletas por gênero, ou seja, não necessariamente estarão indo os melhores atletas do mundo, pois muitas vezes os melhores ranqueados pertencem ao mesmo país, o que implica na abertura de vagas a outros com resultados inferiores.

CRITÉRIOS DE QUALIFICAÇÃO

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Países Feminino Masculino Total Países Feminino Masculino Total Países Feminino Masculino Total

Austrália 3 3 6 Nova Zelandia 2 2 4 Equador 1 0 1

Espanha 3 3 6 Suiça 2 2 4 Eslovaquia 0 1 1

EUA 3 3 6 Portugal 0 3 3 Eslovenia 1 0 1

Inglaterra 3 3 6 Áustria 2 1 3 Estonia 1 0 1

Rússia 3 3 6 Argentina 0 2 2 Holanda 1 0 1

Alemanha 3 2 5 Brasil 1 1 2 Ilhas Mauricio 1 0 1

Canadá 3 2 5 China 1 1 2 Israel 0 1 1

México 2 3 5 Irlanda 1 1 2 Jordania 0 1 1

França 1 3 4 Azerbaijão 0 1 1 Noruega 0 1 1

Japão 3 1 4 Barbados 0 1 1 Polonia 1 0 1

África do Sul 2 2 4 Bermudas 1 0 1 Rep. Tcheca 1 0 1

Bélgica 2 2 4 Chile 1 0 1 Suécia 1 0 1

Hungria 2 2 4 Costa Rica 0 1 1 Ucrania 1 0 1

Itália 2 2 4 Dinamarca 0 1 1

VAGAS POR PAÍSES – RIO DE JANEIRO 2016

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VAGAS POR PAÍSES – RIO DE JANEIRO 2016

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Apenas 5 países levarão uma equipe completa (três

representantes no masculino e três no feminino): Austrália,

Espanha, EUA , Inglaterra e Rússia.

Em relação aos Jogos passados, a Alemanha com menos um no

masculino, a França com menos dois no feminino e a Nova

Zelândia com menos uma em cada gênero deixaram de ter

equipes completas.

Por outro lado, os EUA voltaram a levar a quantidade máxima de

representantes nos dois gêneros.

Essa será a 2ª edição consecutiva que a Espanha terá equipe

completa.

Em 2016, o Brasil teve o pior desempenho no quesito de classificação de atletas: serão apenas dois. Lembrando que levamos equipes completas nas duas primeiras edições e três atletas tanto em 2008 como em 2012.

Outro país que, apesar de ainda bem, parece estar decaindo é o Japão, que teve equipe completa em 2000, cinco atletas nas quatro edições seguintes e quatro na atual.

Vale destacar o bom desempenho da Rússia, que levou apenas um atleta em 2000, três em 2004 e cinco em 2008 e 2012, e no Rio levará equipe completa.

RANKEAMENTO

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126%

1,3%

PAÍSES QUE MAIS ENVIARAM ATLETAS NO GERAL 2000 - 2016

Os países que mais classificaram atletas na história do triathlon nos Jogos Olímpicos são: Austrália (deixou de levar um atleta no masculino em 2008), EUA (também não levou um atleta no masculino na edição passada) e Inglaterra (que em 2008 levou só duas atletas). www.jambosb.com.br

Países # Atletas Países # Atletas

Austrália 29 Brasil 20

EUA 29 Rússia 20

Inglaterra 29 Itália 17

Alemanha 26 Rep. Tcheca 17

Espanha 26 África do Sul 13

Canadá 25 Áustria 13

França 25 Holanda 13

Japão 25 Hungria 13

Suiça 25 Bélgica 12

Nova Zelandia 24 China/Ucrania 11

1,3%

1,3%

PAÍSES QUE MAIS ENVIARAM ATLETAS NO GERAL 2000 - 2016

O Brasil aparece nesse quesito em 11º lugar com 20 atletas - melhor país da América do Sul.

A edição com menos países

representados se deu nos Jogos de

2004 – 33 nações – e a de maior em

2016, com 41.

Somadas todas as edições, 53 países já

participaram do triathlon, um número

que pode ser considerado pequeno,

visto que existem 165 federações

filiadas à International Triathlon Union.

Até os Jogos de 2012, três atletas

tinham participado de todas as quatro

edições: o norte-americano Hunter

Kemper, o canadense Simon Whitifield

e a alemã Anja Dittmer.

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PAÍSES QUE MAIS ENVIARAM ATLETAS NO FEMININO 2000 - 2016

Austrália, Japão e EUA estiveram com equipes completas em todas as edições.

Vale destacar a evolução da Rússia, que levou uma atleta nos Jogos de 2000, duas de 2004 a 2012 e três em 2016.

O Brasil está na 13ª colocação com nove, sendo o melhor país da América do Sul. www.jambosb.com.br

Países # Atletas Países # Atletas

Austrália 15 Nova Zelandia 10

EUA 15 Rússia 10

Japão 15 Brasil 9

Canadá 14 Holanda 9

Inglaterra 14 Rep. Tcheca 9

Alemanha 13 África do Sul 8

Espanha 12 Áustria 8

Suíça 12 China 8

França 10 Hungria 8

Itália 10 Bélgica 7

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PAÍSES QUE MAIS ENVIARAM ATLETAS NO FEMININO 2000 - 2016

Nos Jogos de 2010, dez países levaram três atletas, número que caiu para nove em 2004 e que desde 2008 está em oito.

A quantidade de nações com representantes tem o seguinte comportamento: Sydney – 24, Atenas – 25, Pequim – 30, Londres – 31 e Rio de Janeiro – 31.

Em 2016 apenas um país participará pela primeira vez no feminino, a Estônia, que já tinha tido representante anteriormente no masculino. A edição que mais teve nações estreantes no feminino foi a de 2008 com nove.

Quarenta e um países já tiveram pelo menos uma representante nos Jogos.

Dezessete países, inclusive o Brasil por duas vezes, já classificaram equipes completas no feminino.

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PAÍSES QUE MAIS ENVIARAM ATLETAS NO MASCULINO 2000 - 2016

A Rússia, apesar de ter conseguido apenas dez classificações, têm levado equipes completas desde 2008.

Países # Atletas Países # Atletas

França 15 Rep. Tcheca 8

Inglaterra 15 Itália 7

Austrália 14 México 7

Espanha 14 Portugal 7

EUA 14 Ucrânia 7

Nova Zelândia 14 África do Sul 5

Alemanha 13 Argentina 5

Suíça 13 Áustria 5

Brasil 11 Bélgica 5

Canadá 11 Hungria 5

Japão 10 Kazaquistão 5

Rússia 10

Inglaterra e França levaram equipes completas em todas as edições.

O Brasil é o 9º colocado com onze, melhor sul-americano.

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PAÍSES QUE MAIS ENVIARAM ATLETAS NO MASCULINO 2000 - 2016

Em Sydney 2000, onze países enviaram equipes completas

no masculino, em Atenas 2004 foram nove e desde Pequim

2008 até o Rio 2016 foram oito.

A edição com menos países foi 2004 com 26, ao passo que a

que teve mais nações representadas foi a de 2012 com 32.

Em 2016, teremos representantes de 30 países na

competição do triathlon masculino, sendo que cinco estarão

fazendo sua estreia: Azerbaijão, Barbados, Israel, Jordânia e

Noruega.

Na história dos Jogos encontramos 16 países que já levaram

equipes com três atletas, sendo um deles o Brasil.

No Rio 2016, pela primeira vez um país sul-americano, a

Argentina, superou o Brasil em número de classificados no

masculino.

1,3%

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1,3%

DISTRIBUIÇÃO ENTRE GÊNEROS

Essa análise permite inferir se há algum desvio no que tange ao desempenho entre os dois gêneros.

A França, a cada edição, vê aumentar a defasagem entre homens e mulheres. Em 2016 serão três atletas no masculino e uma no feminino, ao passo que ao longo da história essa diferença atinge cinco, mesmo número que Portugal, o que os deixa como os países com maior supremacia dos homens em relação às mulheres.

Já com o Japão acontece o contrário: a equipe para 2016 é composta por três mulheres e um homem, o que totaliza uma diferença de cinco ao longo da história do triathlon nos Jogos.

Empatada com o Japão com cinco mulheres a mais está a Holanda.

O Brasil apresenta uma leve supremacia masculina com dois a mais.

MEDALHAS

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126%

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Nas quatro edições em que o Triathlonesteve presente nos Jogos Olímpicos, doze países já foram medalhistas. Consideramos aqui as categorias masculina e feminina.

A Suíça é o único país que conquistou duas medalhas de ouro, além de ser também o único a ter subido ao podiumtanto no masculino quanto no feminino.

A Austrália é o país com maior número de medalhas.

Nenhum atleta de países situados na América do Sul, América Central, Ásia e África ascendeu às três primeiras posições.

Nunca ninguém venceu duas edições dos Jogos Olímpicos.

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QUADRO DE MEDALHAS 2000 - 2012

Países Ouro Prata Bronze Total

Suíça 2 0 2 4

Austrália 1 2 2 5

Nova Zelândia 1 1 1 3

Canadá 1 1 0 2

Alemanha 1 1 0 2

Inglaterra 1 0 1 2

Áustria 1 0 0 1

Suécia 0 1 0 1

Portugal 0 1 0 1

Espanha 0 1 0 1

EUA 0 0 1 1

Rep. Tcheca 0 0 1 1

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QUADRO DE MEDALHAS FEMININO 2000 - 2012

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• A Austrália, além de ser um dos três países que

sempre enviou equipe completa – os outro são Estados Unidos e Japão – é o país que mais conquistou medalhas.

A Suíça já teve duas medalhistas de ouro.

Os EUA, mesmo estando sempre presente com equipes completas, conquistou apenas uma medalha de bronze.

Pior desempenho tem o Japão que nunca subiu ao pódio.

Países Ouro Prata Bronze Total

Suíça 2 0 1 3

Austrália 1 2 2 5

Áustria 1 0 0 1

Suécia 0 1 0 1

Portugal 0 1 0 1

EUA 0 0 1 1

1,3%

QUADRO DE MEDALHAS MASCULINO 2000 - 2012

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Até 2012, três países tinham levado equipes com três atletas e desses Nova Zelândia e Inglaterra conquistaram medalhas.

Dois atletas já conquistaram medalhas em duas edições: o canadense Simon Whitfield(ouro em 2000 e prata em 2008) e o neozelandês Bevan Docherty (prata em 2004 e bronze em 2008).

Países Ouro Prata Bronze Total

Nova Zelândia 1 1 1 3

Alemanha 1 1 0 2

Canadá 1 1 0 2

Inglaterra 1 0 1 2

Espanha 0 1 0 1

Rep. Tcheca 0 0 1 1

Suíça 0 0 1 1

CONCLUSÕES

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CONCLUSÕES

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Os números apresentados não permitem concluir que, por ora, haja uma correlação perfeita entre quantidade de atletas classificados e conquista de medalhas por país. Se assim fosse, Austrália, Estados Unidos e Inglaterra seriam os maiores detentores de medalhas, sendo que dessa relação apenas o país da Oceania está entre os maiores detentores de medalhas.

Entretanto, não pode ser desprezado – inclusive em termos probalistícos – que uma equipe maior aumenta as chances de conquista, tanto pela possibilidade de um eventual “jogo de equipe” quanto pela maior maturidade esportiva da nação, que faz requerer do atleta um esforço, em tese, bem maior para ficar entre os melhores do seu país, o que consequentemente aumenta seu nível de competitividade.

Assim, diante do cenário cada vez mais competitivo, não será surpresa se, a partir de 2016, o número de classificados por país vier a trazer reflexos no quadro de medalhas.

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BRASIL

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Quanto ao Brasil, devemos ressaltar que as vagas foram obtidas em função do desempenho esportivo de seus atletas, não havendo necessidade de exercer seu direito de participação por ser a sede dos Jogos.

Apesar do número de brasileiros qualificados para os Jogos ter diminuído, é justo lembrar que em 2000 e 2004, as provas na América do Sul valiam pontos para a classificação.

Além disso, o nível da modalidade vem crescendo consideravelmente, tanto no que tange à qualidade dos atletas, quanto em relação à quantidade de países.

Vale ainda acrescentar que entre 165 federações filiadas, o Brasil é um dos 22 países que estiveram presentes em todas as edições do Jogos.

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Idel Halfen - idel.halfen@jambosb.com.br