Páscoa 2012

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Especial Páscoa 2012

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As 25 crianças que frequen-tam o jardim-de-infância de Calvão viveram dias diferen-tes antes de partirem para as férias da Páscoa. Equipados com avental e touca e de manga arregaçada, os peque-nos assistiram e tiveram até a oportunidade de dar uma mãozinha na confeção dos tradicionais folares da Páscoa.A iniciativa, que se realizou no âmbito do projeto “Vagos com História” que o Agrupa-mento de Escolas de Vagos se encontra a promover no presente ano letivo, preten-

deu «perceber e preservar a identidade cultural do meio onde se situa a escola». De acordo com a docente Rosa Cruz, a ação decorreu ao longo de dois dias, para se «tentar recriar a tradição da confeção do folar tradicio-nal da região antigamente designado por “pão de vinte e quatro horas”, tempo ne-cessário para a massa leve-dar». Deste modo, tentando «envolver ao máximo as famílias» e aproveitando o facto de existirem três cri-anças cujos pais são padeiros, as crianças receberam na

escola um dos pais padeiros que, com a ajuda dos mais pequenos, amassou os 6 qui-los de farinha e restantes ingredientes trazidos pelas crianças. A receita utilizada foi recolhida por um antigo aluno no ano passado.No dia seguinte, e com o transporte proporcionado pelo Centro Social e Pa-roquial de Calvão, as crianças deslocaram-se à padaria/pastelaria Plazamar, na Praia da Vagueira, onde o pai de um outro aluno explicou como haveriam de cortar a massa e dar a forma ao folar. «Cada

criança tendeu o seu próprio folar, colocando o ovo cozido que tinha trazido de casa, e viu o resultado final depois de sair do forno», explicou a docente.Depois, foi só decorar os sa-cos de papel (que outro pai ofereceu) com motivos da época e saborear a sua própria confeção. «No total, fizemos 30 folares com um ovo (para as crianças e quatro adultos e um para o Agrupamento) e com a restante massa fizemos folares sem ovos, que comem-os e saboreámos na escola», comentou.

Folar da PáscoaReceita simples (não 24 horas)

Ingredientes:- 900g de farinha - 40g de fermento de padeiro - 180g de açúcar - 3 ovos - 125g de manteiga - sumo de uma laranja grande- 200 ml de leite morno

Preparação:1. Num alguidar, desfaça o fermento no leite morno. Junte a farinha, os ovos, uma pitada de sal fino, o açúcar, a manteiga, o sumo de laranja, a erva-doce e a canela em pó. Amasse muito bem durante 10 minutos com as varinhas em espiral. Cubra o alguidar com um pano e deixe levedar em local quente durante 1 hora e meia.

2. Depois da massa bem levedada, polvilhe a bancada com bastante farinha. Deite a massa sobre a bancada, polvilhe com farinha e amasse muito bem até deixar de colar nas mãos. Se necessário, acrescente mais farinha. Forme uma bola com a massa e retire 1/3. Com a parte maior, forme uma bola achatada. Coloque num tabuleiro untado com manteiga e polvilhado com farinha e achate ligeiramente a massa. Coloque os ovos cozidos no centro e acalque bem para ficarem bem presos à massa. Pincele a massa com o ovo batido. Amasse um pouco a restante massa e faça rolinhos finos. Coloque um rolinho à volta de cada ovo e cinco rolinhos em cruz sobre o folar. Pincele novamente com o ovo batido.

3. Leve ao forno pré-aquecido, a 180º, entre 45 a 55 minutos.

4. Depois da massa cozida, retire do forno e pincele com geleia.

Tempo de preparação: 40m + 1h30 + 1h

- 1 colher de café de canela em pó - 1 colher de café de erva doce - Sal fino q.b. - 3 ovos cozidos - 1 ovo batido - geleia para pincelar q.b. - farinha para polvilhar q.b.

Alunos do jardim-de-infância de Calvão confecionaram folares da Páscoa

Padeiros por 24 horas

A Páscoa das tradições

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Lenda do Folar da PáscoaA lenda do folar da Páscoa é tão antiga que se desconhece a sua data de origem.Reza a lenda que, numa aldeia portuguesa, vivia uma jovem chamada Mariana que tinha como único desejo na vida o de casar cedo. Tanto rezou a Santa Catarina que a sua vontade se realizou e logo lhe sur-giram dois pretendentes: um fidalgo rico e um lavrador pobre, ambos jovens e belos. A jovem voltou a pedir ajuda a Santa Catarina para fazer a escolha certa. Enquanto estava concentrada na sua oração, bateu à porta Amaro, o lavrador pobre, a pedir-lhe uma resposta e marcando-lhe como data limite o Domingo de Ramos. Passado pouco tempo, naquele mesmo dia, apareceu o fidalgo a pedir-lhe também uma decisão. Mariana não sabia o que fazer. Chegado o Domingo de Ramos, uma vizinha foi muito aflita avisar Mariana que o fidalgo e o lavrador se tinham encontrado a caminho da sua casa e que, naquele momento, travavam uma luta de morte. Mariana correu até ao lugar onde os dois se defrontavam e foi então que, depois de pedir ajuda a Santa Catarina, Mariana soltou o nome de Amaro, o lavrador pobre. Na véspera do Domingo de Páscoa, Mariana andava atormentada, porque lhe tinham dito que o fidalgo apareceria no dia do casamento para matar Amaro. Mariana rezou a Santa Catarina e a imagem da Santa, ao que parece, sorriu-lhe. No dia seguinte, Mariana foi colocar flores no altar da Santa e, quando chegou a casa, verificou que, em cima da mesa, estava um grande bolo com ovos inteiros, rodeado de flores, as mesmas que Mariana tinha posto no altar. Correu para casa de Amaro, mas encontrou-o no caminho e este contou-lhe que também tinha recebido um bolo semelhante. Pensando ter sido ideia do fidalgo, dirigiram-se a sua casa para lhe agradecer, mas este tam-bém tinha recebido o mesmo tipo de bolo. Mariana ficou convencida de que tudo tinha sido obra de Santa Catarina. Inicialmente chamado de folare, o bolo veio, com o tempo, a ficar conhecido como folar e tornou-se numa tradição que celebra a am-izade e a reconciliação.Durante as festividades cristãs da Páscoa, o afilhado costuma levar, no Domingo de Ramos, um ramo de violetas à madrinha de batismo e esta, no Domingo de Páscoa, oferece-lhe em retribuição um folar.

Folar da Páscoa Festa comemorativa da ressurreição de Jesus Cristo, a Páscoa está as-sociada a práticas alimentares em que os ovos, os folares, as amêndoas e os cordeiros ocupam o primeiro lugar. Apesar de se apresentar de diferentes formas, de acordo com a tradição gastronómica de cada região do país (com ovo, sem ovo ou com carne, por exemplo), o folar é já, ele próprio, uma tradição nesta altura da Páscoa. Assenta num ritual de dádiva, soli-dariedade e convívio profundamente enraizado na sociedade portuguesa. O folar mais corrente em Portugal é um bolo de massa seca, doce, e ligada, feito com farinha de trigo, ovos, leite, azeite, banha ou pingue, açúcar e fer-mento, e condimentado com canela e erva-doce - uma espécie de fogaça - encimado, conforme o seu tamanho, por um ou vários ovos cozidos inteiros e em certos lugares tingidos, meio incrustados e visíveis sob as tiras de massa que os recobrem.

Coelhinho e os ovos da Páscoa

No Antigo Egito, o coelho simbolizava o nascimento e a nova vida. Alguns povos da antiguidade consideravam o coelho como o símbolo da Lua, portanto, é possível que ele se tenha tornado símbolo pascal devido ao facto de a Lua determinar a data da Páscoa. O certo é que os coelhos são notáveis por sua capacidade de re-produção, e geram grandes ninhadas,

e a Páscoa marca a ressurreição, vida nova, tanto entre os judeus como entre os cristãos.Existe também a lenda de que uma mulher pobre coloriu alguns ovos de galinha e os escondeu, para dá-los a seus filhos como presente de Páscoa. Quando as crianças descobriram os ovos, um coelho passou correndo. Espalhou-se, então, a história de que o coelho é que havia trazido os ovos. Atualmente, é costume pintar ovos cozidos, decorando-os com desenhos e formas abstratas. Paralelamente, e

cada vez mais, é habitual ver-se ovos de chocolate.

As doces amêndoasAs amêndoas de Páscoa são um dos doces mais consumidos na Páscoa em Portugal. São geralmente formadas por uma amêndoa coberta de açúcar ou chocolate, embora haja muitas variantes. Antes de ser desenvolvida a produção de açúcar era usual terem uma cobertura de mel.A troca de presentes que ocorre nalgumas regiões (frequentemente de um padrinho para um afilhado) é também denominada de “dar as amêndoas”, sendo acompanhada de um saco de amêndoas.

A Páscoa das tradições