PATAUÁ FLORESTAL LTDA
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PATAUÁ FLORESTAL LTDA - SPE
PLANO OPERACIONAL ANUAL - POA
FLORESTA NACIONAL DE ALTAMIRA (UMF III)
MUNICÍPIOS DE ALTAMIRA, ITAITUBA E TRAIRÃO, ESTADO DO PARÁ
ITAITUBA - JULHO / 2018
PLANO OPERACIONAL ANUAL - POA 2018
UNIDADE DE PRODUÇÃO ANUAL (UPA-B / UMF III)
Lei n° 12.651/2012 Instrução Normativa MMA n° 05/2006
Norma de Execução IBAMA n° 01/2007
Resolução CONAMA n° 406/2009
Instrução Normativa SEMAS/PA n° 03/2017 Portaria MMA n° 443/2014
Instrução Normativa MMA n° 01/2015
MANEJO FLORESTAL EMPRESARIAL (FLONA ALTAMIRA)
SERVIÇO FLORESTAL BRASILEIRO - SFB
PATAUÁ FLORESTAL LTDA - SPE
KÁCIO ANDREY CAMARA MORAIS
LUCIAN GOMES DE OLIVEIRA
RESPONSABILIDADE TÉCNICA
ITAITUBA - JULHO / 2018
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PLANO OPERACIONAL ANUAL – POA
FLONA ALTAMIRA (UMF III), ALTAMIRA, ITAITUBA E TRAIRÃO, PARÁ
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ÍNDICE ANALÍTICO
1 INFORMAÇÕES GERAIS DO EMPREENDIMENTO .......................................... 16
1.1 IDENTIFICAÇÃO DO PROPONENTE/DETENTOR ....................................................... 16
1.2 CARACTERIZAÇÃO DA UNIDADE DE CONSERVAÇÃO ............................................. 16
1.2.1 Área de Manejo da Patauá na FLONA ........................................................ 17
1.2.2 Localização e Acesso...................................................................................... 18
1.3 CARACTERÍSTICAS DO PLANO .............................................................................. 18
1.4 ELABORAÇÃO – RESPONSABILIDADE TÉCNICA ..................................................... 19
1.4.1 Equipe Técnica (corresponsável) .................................................................. 19
1.4.2 Equipe Técnica de Apoio............................................................................... 20
1.5 EXECUÇÃO DO PROJETO ...................................................................................... 20
2 OBJETIVOS ............................................................................................................... 20
2.1 OBJETIVO GERAL ................................................................................................ 20
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ...................................................................................... 21
3 ATIVIDADES PRÉ-EXPLORATÓRIAS.................................................................. 21
3.1 MACROZONEAMENTO DA UNIDADE DE PRODUÇÃO ANUAL (UPA-B) .................... 21
3.2 DEFINIÇÃO DAS UNIDADES DE TRABALHO (UT’S) ................................................ 25
3.3 MICROZONEAMENTO DAS UT’S ........................................................................... 26
3.3.1 Área de Preservação Permanente (APP) ...................................................... 29
3.3.2 Áreas Inacessíveis .......................................................................................... 29
3.4 DELIMITAÇÃO DA UPA-B E SUAS RESPECTIVAS UT’S .......................................... 30
3.4.1 Abertura de Trilhas nas UT’s ....................................................................... 30
3.5 INVENTÁRIO FLORESTAL 100% ........................................................................... 31
3.5.1 Variáveis de Interesse .................................................................................... 32
3.5.2 Circunferência Mínima de Mensuração ....................................................... 33
3.5.3 Relações Dendrométricas Utilizadas............................................................. 33
3.5.4 Critérios de Seleção e Retenção de Árvores ................................................. 35
3.5.5 Seleção de Árvores a Explorar ...................................................................... 37
3.5.6 Seleção de Árvores Remanescentes/Raridade .............................................. 39
3.5.7 Seleção de Espécies não Madeireiras ............................................................ 40
3.6 CORTE DE CIPÓS ................................................................................................. 42
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3.7 ESTABELECIMENTO E MEDIÇÃO DE PARCELAS PERMANENTES .............................. 42
3.7.1 Número Tamanho, Forma e Instalação das Parcelas Permanentes ............ 44
3.7.2 Subdivisões das Parcelas Permanentes ......................................................... 44
3.7.3 Periodicidade das Medições .......................................................................... 45
3.7.4 Procedimentos de Coleta ............................................................................... 45
3.7.5 Principais Variáveis a Serem Coletadas ....................................................... 45
3.8 DETERMINAÇÃO DE EQUAÇÕES DE VOLUME PARA A UMF .................................. 48
3.9 PLANEJAMENTO DA INFRAESTRUTURA ................................................................. 51
3.9.1 Estradas Permanentes ou Primárias ............................................................ 53
3.9.2 Estradas Secundárias .................................................................................... 55
3.9.3 Pátios de Estocagem ...................................................................................... 55
3.9.4 Pátio Central .................................................................................................. 56
4 ATIVIDADES EXPLORATÓRIAS .......................................................................... 56
4.1 CONSTRUÇÃO DE INFRAESTRUTURA ..................................................................... 56
4.1.1 Área de Efetivo Manejo................................................................................. 58
4.2 DERRUBA DIRECIONADA DAS ÁRVORES ............................................................... 58
4.2.1 Procedimentos e Verificações ........................................................................ 58
4.2.2 Corte de Árvores com Fuste bem Formado ................................................. 60
4.2.3 Corte de Árvores Utilizando-se Cunhas ....................................................... 63
4.2.4 Derruba Direcionada de Árvores com Sapopemas ...................................... 65
4.2.5 Procedimentos de Derruba para não Atingir as APP’s ............................... 65
4.2.6 Critérios de Corte e Arraste em Cursos de Água Sazonal ........................... 66
4.2.7 Medidas de Proteção das Árvores Protegidas por Lei ................................. 67
4.3 APROVEITAMENTO DE RESÍDUOS FLORESTAIS ...................................................... 68
4.4 PLANEJAMENTO E OPERAÇÃO DE ARRASTE .......................................................... 69
4.4.1 Medidas para Evitar o Cruzamento de Cursos D’Água .............................. 71
4.4.2 Largura dos Ramais de Arraste.................................................................... 71
4.5 OPERAÇÕES DE PÁTIO .......................................................................................... 71
4.5.1 Denominação dos Pátios ................................................................................ 72
4.5.2 Marcação das Toras ...................................................................................... 72
4.5.3 Controle de Arraste ....................................................................................... 72
4.6 BALDEIO (TRANSPORTE) ..................................................................................... 73
4.7 DESCARREGAMENTO ........................................................................................... 73
4.8 ROMANEIO (CONTROLE DA CADEIA DE CUSTÓDIA) .............................................. 74
4.9 DIMENSIONAMENTO DAS EQUIPES DE CAMPO ...................................................... 76
4.10 DIMENSIONAMENTO DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS ......................................... 78
4.11 CONTROLE E MONITORAMENTO DA EXPLORAÇÃO PELOS MAPAS BASE ................. 78
5 PRODUÇÃO FLORESTAL ....................................................................................... 80
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5.1 RESUMO DO INVENTÁRIO FLORESTAL 100% ........................................................ 80
5.1.1 Seleção de Árvores para Exploração e Remanescentes................................ 80
5.1.2 Espécies Aptas e Selecionadas para Colheita Florestal ................................ 82
6 ATIVIDADES PÓS-EXPLORATÓRIAS – SILVICULTURA PÓS-COLHEITA .. 95
6.1 MANUTENÇÃO DA INFRAESTRUTURA (ESTRADA PRINCIPAL E DE ACESSO)............ 95
6.2 AVALIAÇÃO DE DANOS ....................................................................................... 96
6.3 MEDIDAS MITIGADORAS ..................................................................................... 97
6.4 PROPOSTAS DE MINIMIZAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS .................................. 97
6.4.1 Meio Físico ..................................................................................................... 97
6.4.2 Meio Biológico ............................................................................................... 99
6.4.3 Meio Socioeconômico .................................................................................. 101
7 MONITORAMENTO OPERACIONAL ................................................................. 101
7.1 GERENCIAMENTO DAS ATIVIDADES ................................................................... 101
8 PROTEÇÃO FLORESTAL ..................................................................................... 102
8.1 MANUTENÇÃO DE ÁREAS SEM EXPLORAÇÃO FLORESTAL ................................... 102
8.1.1 Preservação Permanente de Declives, Nascentes, Cursos D’água e
Vegetação Adjacente ................................................................................................. 102
8.2 PROTEÇÃO CONTRA FOGO ................................................................................. 103
8.3 PREVENÇÃO CONTRA INVASÕES ......................................................................... 103
9 SEGURANÇA DO TRABALHO ............................................................................. 103
9.1 MEDIDAS PREVENTIVAS E DE CONTROLE ........................................................... 104
9.1.1 Serviços especializados em engenharia e medicina do trabalho –SESMT–
NR4 104
9.1.2 Uso de equipamento de proteção individual – EPI–NR6 .......................... 104
9.1.3 Programa de Prevenção de Riscos Ambientais– PPRA–NR9 ................... 105
9.1.4 Máquinas e equipamentos – NR12 – Motosserras ..................................... 105
9.1.5 Normas Básicas de Segurança .................................................................... 106
9.1.6 Medidas de Organização e Higiene dos Acampamentos ............................ 107
9.1.7 Dimensionamento do n° de Sanitários ........................................................ 108
10 TREINAMENTO E RECICLAGEM DOS RECURSOS HUMANOS .................. 108
11 CRONOGRAMA DE ATIVIDADES POA 02/2018 ................................................ 111
REFERÊNCIAS ............................................................................................................... 113
ANEXOS ........................................................................................................................... 116
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TABELAS
Tabela 1: Dimensões da UPA-B, UMF III, Patauá, Altamira/PA........................................... 23
Tabela 2: Coordenadas geográficas dos limites das UPA’s B e C da UMF III, Patauá,
Altamira/PA. ........................................................................................................................ 24
Tabela 3: Tamanho das unidades de trabalho em hectares na UPA-B, UMF III, Patauá,
Altamira/PA. ........................................................................................................................ 25
Tabela 4: Coordenadas geográficas dos limites das 28 UT’s na UPA-B, UMF III, Patauá,
Altamira/PA. ........................................................................................................................ 27
Tabela 5. Critérios para classificação do fuste quanto à forma, sanidade e aproveitamento
industrial. ............................................................................................................................. 33
Tabela 6. Equações empregadas nos cálculos das variáveis estruturais dos indivíduos arbóreos
da floresta ombrófila densa. .................................................................................................. 34
Tabela 7. Número de indivíduos, área basal e volume das espécies encontradas na UPA-B,
UMF III, Patauá, Altamira/PA. ............................................................................................. 34
Tabela 8. Número de indivíduos, área basal e volume das espécies não substituíveis
encontradas na UPA-B, UMF III, Patauá, Altamira/PA. ........................................................ 36
Tabela 9. Número de indivíduos, área basal e volume das espécies aptas para corte
encontradas na UPA-B, UMF III, Patauá, Altamira/PA. ........................................................ 36
Tabela 10. Número de indivíduos, área basal e volume das espécies não selecionadas para
corte encontradas na UPA-B, UMF III, Patauá, Altamira/PA. ............................................... 37
Tabela 11. Número de indivíduos, área basal e volume das espécies para corte encontradas na
UPA-B, UMF III, Patauá, Altamira/PA................................................................................. 38
Tabela 12. Número de indivíduos, área basal e volume das espécies remanescente/raridade
encontradas na UPA-B, UMF III, Patauá, Altamira/PA. ........................................................ 39
Tabela 13. Diferentes finalidades na utilização de espécies não madeireiras de acordo com as
comunidades que habitam as bacias dos rios Tapajós e Arapiuns na RESEX Fonte:
Mapeamento do Uso dos Recursos Naturais da RESEX Tapajós-Arapiuns. Extraída de
ICMBio (2014). .................................................................................................................... 41
Tabela 14. Número de indivíduos, área basal e volume das espécies não madeireiras
encontradas na UPA-B, UMF III, Patauá, Altamira/PA. ........................................................ 41
Tabela 15: Dimensionamento das subparcelas de acordo com a classe de tamanho. .............. 44
Tabela 16. Códigos usados para as classes de identificação de fuste das árvores (baseado em
Silva & Lopes, 1984). ........................................................................................................... 45
Tabela 17: Áreas de infraestrutura, de APP e de efetivo manejo da UPA-B, UMF IV,
Altamira/PA. ........................................................................................................................ 57
Tabela 18. Modelo de fichas de controle de exploração da UCA. .......................................... 62
Tabela 19. Número de indivíduos e volume residual das espécies selecionadas para corte
encontradas na UPA-B, UMF III, Patauá, Altamira/PA. ........................................................ 69
Tabela 20. Modelo de planilha de romaneio de toras. ............................................................ 75
Tabela 21. Dimensionamento das equipes de campo ............................................................. 76
Tabela 22. Discriminação de máquinas e equipamentos ........................................................ 78
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Tabela 23: Área das UT’s e intensidade de colheita da UPA-B, UMF III, Patauá,
Altamira/PA. ........................................................................................................................ 81
Tabela 24: Espécies passíveis de colheita por UT na UPA-B da UT 01 a 14, UMF III, Patauá,
Altamira/PA. ........................................................................................................................ 83
Tabela 25: Espécies passíveis de colheita por UT na UPA-B da UT 15 a 28, UMF III, Patauá,
Altamira/PA. ........................................................................................................................ 86
Tabela 26: Espécies destinadas à colheita por UT na UPA-B da UT 01 a 14, UMF III, Patauá,
Altamira/PA. ........................................................................................................................ 89
Tabela 27: Espécies destinadas à colheita por UT na UPA-B da UT 15 a 28, UMF III, Patauá,
Altamira/PA. ........................................................................................................................ 92
Tabela 28. Códigos e descrições dos danos do fuste .............................................................. 96
Tabela 29. Códigos e descrições dos danos na copa. ............................................................. 96
Tabela 30. Códigos e descrições da saúde da árvore.............................................................. 96
Tabela 31. Códigos e descrições dos danos do fuste .............................................................. 97
Tabela 32. Lista de EPI’s .................................................................................................... 105
Tabela 33. Resumo do programa de treinamento ................................................................. 110
Tabela 34: Cronologia das atividades pré-exploratórias – Safra 2018. ................................. 112
Tabela 35: Atividades exploratórias – Safra 2018. .............................................................. 112
Tabela 36: Atividades pós-exploratórias – Safra 2018. ........................................................ 112
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FIGURAS
Figura 1: Localização e Acesso à Unidade de Manejo Florestal (UMF III) da Patauá na
FLONA. ............................................................................................................................... 17
Figura 2. Modelamento TIN, UPA-B, UMF III, Patauá, Altamira/PA. .................................. 22
Figura 3. Localização das UPA’s B e C da UMF III, Patauá, Altamira/PA. ........................... 24
Figura 4. Parte do microzoneamento realizado na UPA-B, UMF III, Patauá, Altamira/PA. ... 26
Figura 5. Área de preservação permanente na UPA-B da UMF III, Patauá, Altamira/PA. ..... 29
Figura 6. Abertura de trilhas de delimitação das UT’s na UPA-B, Patauá, Altamira/PA. ....... 30
Figura 7. Plaqueteamento de uma árvore em um inventário florestal. .................................... 32
Figura 8: Modelo de plaqueta para identificação de árvores nas PP’s na UPA-01. ................. 43
Figura 9: Modelo de plaqueta para identificação de arvoretas nas PP’s na UPA-01. .............. 43
Figura 10: Modelo de plaqueta para identificação de varas nas PP’s na UPA-01 ................... 43
Figura 11. Classes de identificação de fuste (CIF) ................................................................. 46
Figura 12. Categorias de iluminação das copas. Adaptado de: Dawkins, 1958. Fonte: Embrapa
– Amazônia Oriental, 2005. .................................................................................................. 47
Figura 13. Coleta de dados das árvores amostras. Fonte: EMBRAPA/CPATU, 2005, com
adaptações ............................................................................................................................ 50
Figura 14. Mensuração do diâmetro (esq.) e mensuração da espessura da casca (dir.) ........... 50
Figura 15. UPAs futuras e planejamento do escoamento da produção na UMF III ................ 52
Figura 16. Localização das estradas principais na UPA-B, UMF III, Patauá, Altamira/PA. ... 54
Figura 17. Localização das estradas principais da UPA-C, UMF III, Patauá, Altamira/PA. ... 55
Figura 18. Exemplo de mapa de corte de uma quadra............................................................ 59
Figura 19. Localização das árvores (esq.) e teste de ocosidade no tronco da árvore (dir.). ..... 60
Figura 20. Corte direcional das árvores. ................................................................................ 61
Figura 21. Corte direcional das árvores. ................................................................................ 61
Figura 22. Corte de derruba. ................................................................................................. 61
Figura 23. Plaqueteamento do toco e identificação da árvore. ............................................... 62
Figura 24. Exemplo de mapa de corte com a direção de queda das árvores ........................... 63
Figura 25. Abertura do entalhe direcional. ............................................................................ 64
Figura 26. Uso de cunhas (esq.) e corte de derruba (dir.). ...................................................... 64
Figura 27. Resultado do uso da técnica de corte .................................................................... 64
Figura 28. Corte vertical das sapopemas (esq.) e corte horizontal das sapopemas (dir.). ........ 65
Figura 29. Corte horizontal do tronco (esq.) e corte de derruba (dir.). ................................... 65
Figura 30. Zonas de preservação de acordo com a Lei 12.651/2012. ..................................... 66
Figura 31. Marcação ramais principais e traçamento de obstáculos. ...................................... 70
Figura 32. Arraste com skidder. ............................................................................................ 71
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Figura 33. Marcação das toras (cadeia de custódia). .............................................................. 72
Figura 34. Arraste com skidder. ............................................................................................ 73
Figura 35: Mapa de controle e monitoramento das atividades de derruba e arraste com mapas
em A0................................................................................................................................... 80
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ABREVIATURAS E SIGLAS
UMF UNIDADE DE MANEJO FLORESTAL
APP ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE
ART ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA
CAP CIRCUNFERÊNCIA À ALTURA DO PEITO (1,30M)
CIF CLASSES DE IDENTIFICAÇÃO DE FUSTE
CIFOR CENTER FOR INTERNATIONAL FORESTRY RESEARCH
CIPA COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES DO TRABALHO
CITES CONVENÇÃO SOBRE O COMÉRCIO INTERNACIONAL DE ESPÉCIES AMEAÇADAS DA FAUNA E FLORA
SELVAGEM
CONAMA CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE
CREA CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA, ARQUITETURA E AGRONOMIA
CTF CADASTRO TÉCNICO FEDERAL
DAP DIÂMETRO À ALTURA DO PEITO (1,30M)
DDS DIALOGO DIÁRIO DE SEGURANÇA
DITEC DIVISÃO TÉCNICA
DMC DIÂMETRO MÍNIMO DE CORTE
DOF DOCUMENTO DE ORIGEM FLORESTAL
EIR EXPLORAÇÃO DE IMPACTO REDUZIDO
EIRELI EMPRESA INDIVIDUAL DE RESPONSABILIDADE LIMITADA
EMBRAPA EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA
EPI EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL
FLONA FLORESTA NACIONAL
FSC FOREST STEWARDSHIP COUNCIL
G ÁREA BASAL (M²/HA)
g ÁREA SECCIONAL
GPS SISTEMA DE POSICIONAMENTO GLOBAL
HC ALTURA COMERCIAL
ICMBIO INSTITUTO CHICO MENDES DE CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE
IBAMA INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS
IBGE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA
IF INVENTÁRIO FLORESTAL
IFC INVENTÁRIO FLORESTAL CONTÍNUO
IFT INSTITUTO FLORESTA TROPICAL
IMA INCREMENTO MÉDIO ANUAL
IMAZON INSTITUTO DO HOMEM E MEIO AMBIENTE DA AMAZÔNIA
IN INSTRUÇÃO NORMATIVA
INPA INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS DA AMAZÔNIA
IUCN INTERNATIONAL UNION FOR CONSERVATION OF NATURE
LTCAT LAUDO TÉCNICO DAS CONDIÇÕES DE TRABALHO
MRA MAPAS DE RISCOS AMBIENTAIS
MDD MODELAMENTO DIGITAL DA DRENAGEM
MDE MODELAMENTO DIGITAL DE ELEVAÇÃO
ME MICROEMPRESA
MMA MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE
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MP MEDIDA PROVISÓRIA
MPEG MUSEU PARAENSE EMÍLIO GOELDI
NR NORMA REGULAMENTADORA
PCMSO PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO E SAÚDE OCUPACIONAL
PFNM PRODUTOS FLORESTAIS NÃO MADEIREIRO
PMFS PLANO DE MANEJO FLORESTAL SUSTENTÁVEL
POA PLANO OPERACIONAL ANUAL
PGR PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DE RISCOS
PPRA PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS
PPP PERFIL PROFISSIOGRÁFICO PREVIDENCIÁRIO
QF QUALIDADE DE FUSTE
RADAM PROJETO RADAR DA AMAZÔNIA
RESEX RESERVA EXTRATIVISTA
SESMT SERVIÇO ESPECIALIZADO EM ENGENHARIA E MEDICINA DO TRABALHO
SIG SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA
SRTM SHUTTLE RADAR TOPOGRAPHY MISSION
SNUC SISTEMA NACIONAL DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO DA NATUREZA
SUDAM SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO DA AMAZÔNIA
UA UNIDADE AMOSTRAL
UC UNIDADE DE CONSERVAÇÃO
UCA UNIDADE DE CORTE E ARRASTE
UFPA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
UFRA UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA
UMF UNIDADE DE MANEJO FLORESTAL
UPA UNIDADE DE PRODUÇÃO ANUAL
UT UNIDADE DE TRABALHO
UTM UNIVERSAL TRANSVERSO DE MERCARTOR
VOL VOLUME
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CONTEXTUALIZAÇÃO
A exploração comercial das madeiras da Amazônia existe há mais de 300 anos. Desde o
século XVI, madeiras nobres eram retiradas das florestas próximas as margens dos rios e
exploradas, em toras para as metrópoles europeias. A exploração de madeira em larga escala na
Amazônia inicia-se na década de 50, quando além das toras de madeira nobres passou-se
também a comercializar madeira serrada.
Até a década de 1950, a exploração madeireira na Amazônia esteve restrita às florestas
de várzea ao longo dos principais rios da região. Em 1949 havia 96 serrarias, todas estabelecidas
ao longo do rio Amazonas, com predominância no arquipélago do Marajó (STAHELIN &
EVERARD, 1964). Este número se manteve até 1960 (IBDF, 1981). A construção de estradas
estratégicas de acesso na região, aliada ao declínio dos estoques de madeiras comerciais das
regiões Sul e Sudeste, a partir da década de 1970, possibilitaram que a indústria de exploração
florestal se transformasse de uma atividade menor em uma indústria de forte crescimento.
Ampliou-se a área florestal acessível economicamente, tanto pela via de exploração seletiva das
espécies de maior valor, como pela via de exploração mais intensiva de áreas para conversão
de uso agropecuário.
Até 1970 existiam 29 serrarias e uma fábrica de compensado, no estado do Pará
abastecidas a partir da exploração madeireira das florestas de várzea, em que a Microrregião de
Furos de Breves, da chamada Região das Ilhas do Marajó, era a principal produtora. Foi a partir
do estabelecimento da rodovia Belém-Brasília que este Estado se tornou o maior centro
explorador e processador de toras de madeiras nativas (duras e leves) de terra firme, cuja
microrregião de maior concentração da produção era Paragominas, até a década de 1990.
A madeira utilizada pelas indústrias oriundas de florestas primárias na Amazônia é obtida
através de planos de manejo florestal ou autorizações de supressão, desde que respeitando o
Novo Código Florestal que permite a supressão de somente 20% de propriedades rurais na
Amazônia Legal e o manejo florestal sustentável nos 80% restante, definidos como reserva
legal. Contudo, esta exploração só pode ocorrer mediante apresentação de um Plano de Manejo
Florestal Sustentável, comunitário ou empresarial (SALOMÃO, et al., 2007).
O manejo florestal pode ser definido como um sistema de produção que se baseia em
mecanismos de sustentabilidade ambiental e social e que ao mesmo tempo seja
economicamente viável.
O plano de manejo florestal deve conter informações sobre a área e características da
floresta (fauna, flora, topografia, solo); técnicas de exploração, regeneração e crescimento das
espécies comerciais; medidas de proteção das espécies não comerciais, nascentes e cursos
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d'água; cronograma da exploração anual e uma projeção dos custos e benefícios do
empreendimento.
As informações são obtidas através de levantamentos de campo (inventários) e consultas
a mapas e literatura disponível (bibliotecas da Embrapa, INPA, IBGE, SUDAM, MPEG). Os
mapas da área de interesse podem conter a localização das estradas e pontes. Os dados sobre os
tipos de floresta e solos podem ser obtidos nos mapas do Projeto RADAM. O Ministério o
Exército dispõe de mapas topográficos de grande parte da Amazônia (AMARAL, P. H. C. et
al., 1998).
Basicamente o planejamento da exploração é feito em quatro fases, variando apenas na
execução ou não das atividades de cada fase, de acordo com o tipo de plano de manejo:
PMFSEmpresarial, PMFSSimples, PMFPalmito e PMFOutros (CAVALCANTI, 2002).
Fase 1 - aspectos gerais
• Segurança no trabalho: materiais e equipamentos de segurança adequados a cada
atividade; treinamento de pessoal; treinamento em primeiros socorros.
• Infraestrutura no acampamento: qualidade da água; dormitório; banheiro; refeitório;
destinação do esgoto e do lixo.
• Monitoramento das atividades: plano próprio da empresa para controle e ajuste das suas
atividades.
Fase 2 - fase pré-exploratória
• Delimitação das áreas de manejo florestal e das Unidades de Produção Anual (UPA’s):
abertura de picadas; colocação das placas indicativas.
• Microzoneamento: identificação de cipoais, variações topográficas, corpos d'água, áreas
de preservação permanente, etc.
• IF a 100%: identificação e plaqueamento das árvores das espécies objeto de manejo.
• Corte de cipós: quando necessário, antes do abate das árvores selecionadas para
exploração.
• Infraestrutura (quando for o caso): estradas primárias; estradas secundárias e pátios de
estocagem.
Fase 3 - fase exploratória
• Corte/abate das árvores: abate de árvores selecionadas para a exploração; secção de
fustes em toras (quando necessário); seção de partes aproveitáveis da copa; direcionamento de
queda a fim de preservar remanescentes; otimizar arraste e aproveitar clareiras naturais;
numeração das toras de acordo com o número da árvore.
• Arraste: transporte primário das toras (do local de abate aos pátios de estocagem ou
esplanadas).
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• Operações de pátio: separação de toras para serraria e laminadoras (quando for o caso);
medição e romaneio; marcação.
Fase 4 - fase pós-exploratória
• Tratos silviculturais: anelamento de concorrentes às remanescentes; corte de cipós das
remanescentes; substituição de áreas de cipoais por favorecimento da regeneração natural ou
artificial (todos opcionais).
• Proteção florestal: proteção contra invasão; proteção contrafogo; proteção à caça e pesca
ilegais; proteção do meio ambiente em geral.
• Manutenção da infraestrutura: operações de recuperação de estradas primárias,
secundárias e pátios de estocagem, após as atividades de exploração; raspagem de leitos de
estradas logo após a exploração no verão posterior.
• Monitoramento do desenvolvimento da floresta: inventário contínuo por meio de
parcelas permanentes; parcelas temporárias ou amostragem periódica de árvores.
A área de exploração manejada é dividida em Área de Manejo Florestal (AMF) que
compreende a área total da indústria e que é dividida para exploração anual de acordo com o
ciclo de corte, constituindo a UPA, que por sua vez é fracionada em UT’s; normalmente, uma
UT varia de 50 a 100 ha.
Como parte integrante do Manejo Florestal Sustentável, o Plano Operacional Anual
(POA) é um documento obrigatório que tem como objetivo quantificar e qualificar o estoque
de madeira comercialmente explorável de corte e o seu estoque remanescente através do
inventário censitário, seguindo recomendações técnicas e a legislação vigente. Além disso, é
um instrumento valoroso para ordenamento e redução de impactos ambientais na exploração
florestal (DUBOIS, 1983).
Este POA foi elaborado principalmente com base na Instrução Normativa número 05 do
Ministério Meio Ambiente, de 11 de dezembro de 2006, que dispõe sobre os procedimentos
técnicos para elaboração, apresentação, execução e avaliação técnica de Planos de Manejo
Florestal Sustentável (PMFS) nas florestas primitivas e suas formas de sucessão na Amazônia
Legal; na Resolução CONAMA 406, de 02 de Fevereiro de 2009, que estabelece os parâmetros
técnicos a serem adotados na elaboração, apresentação, avaliação técnica e execução de PMFS
no bioma Amazônia e demais normas legais pertinentes aplicáveis. Este documento descreve a
execução das atividades na UPA-B da UMF III da FLONA Altamira tendo como detentor o
empreendimento denominado Patauá Florestal LTDA-SPE, empresa licenciada para executar
planos de manejo florestal sustentável sob a forma de concessão florestal na área
supramencionada. Neste é apresentando os dados do inventário florestal censitário (IF 100%),
com as espécies madeireiras destinadas a colheita e seus respectivos volumes, do
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aproveitamento dos resíduos florestais e dos produtos florestais não madeireiros (PFNM) que
serão produzidos na área. Para tanto, apresenta o processo de seleção das árvores para corte e
uso múltiplo e o cálculo de volume por espécie, juntamente com o planejamento de abertura de
estradas principais e de acesso nas UPA’s B e C, esta última seria a unidade subsequente
pretendida para exploração em 2019, sempre observando os requisitos legais para garantir
maior estabilização das áreas de futura colheita, preconizando o menor impacto durante o ano
de efetiva intervenção. A abertura das estradas principais e de acesso um ano antes da época de
exploração proporciona um trabalho digno aos colaboradores na fase pré-exploratória,
facilitando por demais a execução dos levantamentos de campo, pois o acesso a área planejada
para os .estudos de campo pode ser feito com veículos de apoio.
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1 INFORMAÇÕES GERAIS DO EMPREENDIMENTO
Este plano operacional, contendo as orientações e informações ao adequado
desenvolvimento das atividades e ações necessárias para se alcançar os objetivos, constitui-se
no documento pelo qual o administrador das atividades em campo e as equipes se guiarão para
a correta tomada de decisão no sentido de executar as práticas do manejo florestal sustentável
dentro dos critérios estabelecidos pelas normas e diretrizes pertinentes. Trata-se do 2º POA para
manejo florestal, localizado na UMF III da FLONA ALTAMIRA sob regime de concessão. Nesse
contexto, a PATAUÁ FLORESTAL TLDA-SPE, pessoa jurídica de direito privado, contratou o
serviço técnico especializado da AMAZON FLORESTAL IMPLEMENTOS E EXECUÇÃO DE PROJETOS
LTDA para a implantação e execução deste plano em uma área de 3.080,3212 hectares de um
total de 98.413,59 ha, dentro da referida FLONA.
1.1 IDENTIFICAÇÃO DO PROPONENTE/DETENTOR
Detentor: Patauá Florestal LTDA-SPE
CNPJ (MF): 13.148.025/000189
Inscrição estadual: 15.326.883-2
Endereço: Avenida Manoel Cavalcante da Silva, S/N, Setor Comercial, Distrito de
Moraes de Almeida, Interior
CEP: 68.189-000
Município: Itaituba/PA
E-mail: [email protected] / [email protected]
Fone/Fax: (93) 98404-4037
Repres. Legal: Oberdan Assis Perondi
Endereço: Rodovia Transgarimpeira, S/N, Km 02, Fundos, Distrito de Moraes de
Almeida, Interior
CEP: 68.189-000
Município: Itaituba/PA
1.2 CARACTERIZAÇÃO DA UNIDADE DE CONSERVAÇÃO
Nome: Floresta Nacional Altamira
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Protocolo PMFS IBAMA: 02018.002000/2015-02
Ofício de Aprovação do PMFS: 02018.001203/2016-25 - GABIN / SUPES / IBAMA/PA
Protocolo POA 2017 – UPA A: 02018.001100/2016-94
Município sede: Altamira/PA
Localização: A FLONA Altamira está localizada nos Municípios de Altamira, Itaituba
e Trairão, na região oeste do Estado do Pará, com uma área, segundo decreto de criação, de
689.012,00 ha
Município/UF: Altamira, Itaituba e Trairão (PA)
Área Total da Propriedade: 689.012,00 ha
Unidade de Manejo Florestal (UMF III): 98.413,59 ha
Área da Unidade de Produção Anual (UPA-B): 3.080,3212 ha
Área de Efetivo Manejo da UPA-B: 2.526,880 ha
1.2.1 Área de Manejo da Patauá na FLONA
A Patauá Florestal LTDA-SPE contratou o serviço técnico especializado da Amazon
Florestal Implementos e Execução de Projetos LTDA para a implantação e execução deste
Plano Operacional Anual - POA em uma área de 3.080,3212 ha, dentro da FLONA Altamira
na área de concessão florestal UMF III (Figura 1).
Figura 1: Localização e Acesso à Unidade de Manejo Florestal (UMF III) da Patauá na FLONA.
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1.2.2 Localização e Acesso
A FLONA Altamira está localizada nos Municípios de Altamira, Itaituba e Trairão, na
região oeste do Estado do Pará, com uma área, segundo decreto de criação, de 689.012,00 ha,
entre as coordenadas 05º24' e 06º27' paralelo S; 54º39' e 55º36' longitude W de Gr (Figura 1).
Não há meio de transporte regular para a FLONA. Chega-se por veículo particular a partir
de Itaituba: fluvial (travessia de balsa sobre o rio Tapajós) e rodoviário (BR-230 e BR-163). A
partir de Trairão: rodoviário (BR-163). A partir de Novo Progresso: rodoviário (trecho
confluente BR-230 e BR-163) e por Moraes Almeida: pela vicinal do Curuá (Figura 1).
1.3 CARACTERÍSTICAS DO PLANO
De acordo com (SOUZA & JARDIM, 1993) o sistema seletivo é o mais adequado ao
manejo das florestas tropicais como a Amazônia, caracterizado por um sistema policíclico,
baseado na regeneração natural, em que o corte é seletivo, com seleção pelo tamanho (Diâmetro
à Altura do Peito - DAP) ou pelas espécies, chegando a ser obrigatório, como foi o caso da
Portaria n° 48 do IBAMA, que estabelecia a obrigatoriedade de manejo através de um sistema
policíclico, com ciclo de corte de 30 anos, quando se considera o manejo de espécies, cujas
distribuições diamétricas são decrescentes (forma "J–invertido") ou, pelo menos, contínuas, é
claro que este sistema pode ser adequado. Caso a espécie a ser manejada tenha problemas de
regeneração, resultando em distribuições descontínuas, a adoção desse sistema deve ser
analisada com mais cautela.
Atualmente contamos com uma vasta literatura de estudos, normas e diretrizes que
norteiam as atividades intrínsecas ao manejo florestal, oferecendo apoio para a tomada de
decisão nas mais diferentes situações de campo encontradas no bioma Amazônia. Com
tecnologias avançadas, principalmente em geomática, podemos classificar o relevo, drenagem,
clareiras, solos, entre outros, das áreas de interesse, mensurando com mais exatidão a
viabilidade técnica/econômica do empreendimento, respeitando sempre a estrutura da floresta
e de suas funções para a manutenção ideal da diversidade biológica.
O planejamento da UPA-B na UMF III fundamenta-se nas características do relevo,
topografia e nos limites da área concedida a Patauá, de acordo com o contrato de concessão
florestal n° 03/2015 decorrente da concorrência n° 03/2013, respeitando as áreas com
declividade superior a 45° e os cursos d’água naturais caracterizados como Áreas de
Preservação Permanente (APP’s) (BRASIL. Lei nº 12.651, 2012). No detalhamento dos
procedimentos que serão realizados no POA 2018, considerando as atividades florestais e a fim
de facilitar a estruturação das etapas desenvolvidas, mencionam-se as seguintes atividades:
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Atividades pré-exploratórias: informações sobre o planejamento e medidas que
serão ou foram tomadas para viabilizar o manejo florestal nas UT’s da UPA-B, informando
a infraestrutura que será compartilhada na exploração nos anos de 2018 e 2019.
Atividades de exploração: possui como objetivo descrever as ações de planejamento
de estradas, derruba, planejamento de arraste, arraste, romaneio, armazenamento e o
transporte das toras, com a devida autorização e documentação, assim como os métodos de
aproveitamento dos resíduos (galhos) e produtos florestais não madeireiros.
Atividades de manutenção da área de manejo: são informadas as ações planejadas
e executadas para a manutenção da infraestrutura construída, e também atividades de
monitoramento da floresta por meio da instalação e medição de parcelas permanentes,
combate a incêndios florestais e a caça ilegal na área de manejo.
Atividades complementares: neste tópico serão descritas as atividades que
contribuem para que o manejo ocorra de forma satisfatória, como exemplo, capacitações,
treinamentos, procedimentos de controle das atividades, entre outros.
Cronograma de atividades: descrição de forma cronológica das atividades a serem
executadas na área de manejo, assim como, as atividades prévias à elaboração deste
documento.
1.4 ELABORAÇÃO – RESPONSABILIDADE TÉCNICA
Nome: Kácio Andrey Câmara Morais
Habilitação: Engenheiro Florestal
Registro Profissional: CREA/PA 15051 D/PA
CTF: 1795154
Telefone: (91) 98151-0090 / 99122-2227
E-mail: [email protected]
Endereço: Tv. NS UM A, 446. Alto do Tapajós Residence, Bl. A apto. 304
CEP: 68.020-640
Município/UF: Santarém/PA
ART Elaboração e Execução: PA20180292393
1.4.1 Equipe Técnica (corresponsável)
Nome: Lucian Gomes de Oliveira
Habilitação: Engenheiro Florestal
Registro Profissional: CREA/PA 1515115321
CTF: 5259082
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Telefone: (93) 99161-2995
E-mail: [email protected]
Endereço: Avenida José Maia nº 732, São José
CEP: 68.143-000
Município/UF: Belterra/PA
ART Elaboração e Execução: PA20150297582
1.4.2 Equipe Técnica de Apoio
Nome: Jeremias Batista Dantas
Habilitação: Contador e Técnico Florestal
Endereço: Travessa 26, n° 25, Nova República.
CEP: 68.025-500
Município/UF: Santarém/PA
CPF: 005.284.082-40
1.5 EXECUÇÃO DO PROJETO
Detentor: Patauá Florestal LTDA-SPE
CNPJ (MF): 13.148.025/000189
Endereço: Avenida Manoel Cavalcante da Silva, S/N, Setor Comercial, Distrito de
Moraes de Almeida, Interior
CEP: 68.189-000
Município: Itaituba/PA
E-mail: [email protected] / [email protected]
Fone/Fax: (93) 98404-4037
2 OBJETIVOS
2.1 OBJETIVO GERAL
Utilizar de forma racional os recursos naturais da floresta, com base no planejamento
ordenado e cronológico das etapas de exploração florestal apresentadas neste documento, tendo
como base os resultados do inventário censitário e das diretrizes contidas no PMFS da Patauá,
visando a preservação da estrutura da floresta e de suas funções para a manutenção adequada
da diversidade biológica, provendo o desenvolvimento socioeconômico da região, através de
fundamentos técnicos que determinam o estoque de madeira existente e a intensidade de
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exploração compatível com a capacidade de sítio, tendo como base a adoção de um sistema
silvicultural que garanta medidas mitigatórias dos impactos ambientais, prevendo o
monitoramento da floresta remanescente e incentivando a promoção da regeneração natural,
para que seja possível garantir a viabilidade técnica-econômica e social do empreendimento.
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Apresentar os resultados do inventário censitário da UPA-B, determinando as
características qualitativas e quantitativas das espécies, tendo como variáveis de
interesse: n° árvores, área basal (m²/ha) e volume (m³);
Apresentar metodologia para aproveitamento dos resíduos florestais gerados durante
o processo produtivo;
Definir as árvores de corte de acordo com os critérios de seleção e retenção de árvores
com base na Portaria MMA n° 443/2014 e IN MMA n° 01/2015;
Apresentar cronograma de atividades operacionais;
Quantificar a infraestrutura que será implantada na UPA-B;
Apresentar os mapas base das UT’s da UPA-B, com os atributos das categorias das
árvores, da infraestrutura planejada e do resultado do microzoneamento;
Desenvolver as atividades de exploração florestal considerando os princípios da
Exploração de Impacto Reduzido – EIR;
Apresentar relação de produtos não madeireiros passiveis de exploração e/ou coleta
no POA requerido;
Dimensionar o maquinário e as equipes em cada atividade na UPA-B;
Desenvolver as atividades de treinamento e reciclagem para os trabalhadores
florestais;
Propor atividades silviculturais pós-colheita.
3 ATIVIDADES PRÉ-EXPLORATÓRIAS
3.1 MACROZONEAMENTO DA UNIDADE DE PRODUÇÃO ANUAL (UPA-B)
As atividades pré-exploratórias são as etapas que antecedem a exploração florestal;
consistem em atividades preparatórias e fundamentais pautadas na exploração florestal de
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impacto reduzido (EIR), caracterizando o tripé que sustenta o manejo florestal responsável:
aspectos ambientais, socioculturais e econômicos (WWF, 2012).
Para o macrozoneamento na UPA foram utilizadas cartas topográficas, que apresentam
além da drenagem, as curvas de nível com as cotas altimétricas da área em estudo, essencial
para o planejamento da malha viária; imagem de satélite Landsat 5 TM, órbita 227, ponto 064;
dados topográficos digitais SRTM e os modelos “Triangulated Irregular Network” – TIN
utilizando um arquivo Raster (Figura 2).
Os tratamentos para a elaboração do MDE foram baseados em imagens SRTM – “Shuttle
Radar Topography Mission”, que possibilitam a avaliação das altitudes e deformidades no
terreno. As imagens utilizadas foram unidas para a formação de um mosaico, tendo as
tonalidades variando em tons de cinza escuro e claro que vão em escala crescente de menor
para maior altitude respectivamente. Após a junção das imagens de interesse foi extraído o local
de estudo e feito um tratamento de sombreamento da mesma e a posteriori foi executado a
criação do MDE utilizando uma nova rampa de cores em 5 classes variando de 88 a 240 metros
de altitude. Após os tratamentos das imagens foram inseridos os shp de interesse (estradas e
hidrografia), com isso, será determinado a localização dos cursos d’água, suas nascentes e as
respectivas APP’s, obedecendo aos dispositivos legais.
Figura 2. Modelamento TIN, UPA-B, UMF III, Patauá, Altamira/PA.
PLANO OPERACIONAL ANUAL – POA ⁕ FLONA ALTAMIRA UMF III / UPA-B PATAUÁ FLORESTAL LTDA - SPE
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Para a elaboração do TIN foi utilizado um arquivo Raster da orbita 227 ponto 064,
baixado diretamente do site do INPE
http//www.dsr.inpe.br/topodata/data/geotiff/035s55zn.zip.data29/10/2016, utilizando uma
grade topodata para a identificação da folha de interesse. Em seguida a imagem utilizada passou
por um processo de definição de projeção, uma vez que a imagem quando baixada não possui
referência espacial, sendo definido primeiramente para um sistema de coordenada geográfica
(WGS 84) e novamente projetado para um sistema de coordenadas plana UTM datum WGS 84
zona 21 sul e resolução espacial de 30 metros. Definida a projeção, foi feito um recorte na
imagem na área de interesse (estrada) e criada as curvas de níveis em um intervalo de 10 metros,
gerando assim as cotas altimétricas do terreno. Após todo este processo foi criado o modelo
tridimensional irregular do terreno.
Em posse dos mapas mencionados acima, somados aos dados obtidos em campo através
dos inventários florestais e dos levantamentos do microzoneamento, foram identificadas e
classificadas algumas áreas na UPA-B como sendo de preservação permanente e de maior
potencial madeireiro, assim como as drenagens sazonais, áreas declivosas e clareiras. Para a
segunda UPA encontrou-se uma área de 3.080,3212 hectares que representam 3,13% da área
total da UMF, com um grande potencial madeireiro, entretanto, com um pouco mais de
resistências naturais à instalação das infraestruturas necessárias que a UPA anterior, deste total
foram encontradas 514,1221 ha de área de preservação permanente (APP), ou 0,52 por cento
em relação a área total da UMF, na Tabela 1 é apresentado os quantitativos das áreas e
percentuais em relação à UMF. Também será apresentado neste documento o planejamento das
estradas principais da UPA-C, como objeto para autorização de sua abertura no período de
exploração da UPA-B, como forma de facilitar a logística dos trabalhos de campo para
levantamento censitário e de parcelas permanentes no ano subsequente (Figura 3).
Tabela 1: Dimensões da UPA-B, UMF III, Patauá, Altamira/PA.
Área na UMF III Dimensão (ha) Percentual (%)
Área Total da UMF III 98.413,59 100,00
UPA B 3.080,32 3,13
APP 514,12 0,52
Área Antropizada - -
Infraestrutura 39,32 0,04 Área de Efetivo Manejo 2.526,88 2,57
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Figura 3. Localização das UPA’s B e C da UMF III, Patauá, Altamira/PA.
As principais coordenadas geográficas do limite da UPA B e C são apresentadas na
Tabela 2, esses pontos são referenciais, pois as UPA´s não apresentam um delineamento em
forma de polígono regular (Figura 3).
Tabela 2: Coordenadas geográficas dos limites das UPA’s B e C da UMF III, Patauá, Altamira/PA.
UPA Pontos Coordenadas
Zona E N
UPA-B
P-01 21M 710013,1 9331583,8
P-02 21M 711171,6 9331284,8
P-03 21M 711183,1 9329296,9
P-04 21M 709253,3 9329783,0
P-05 21M 709172,7 9326522,6
P-06 21M 709290,0 9330915,9
P-07 21M 707266,5 9331093,1
P-08 21M 703705,0 9330106,1
P-09 21M 703007,5 9329228,5
P-10 21M 704077,2 9328724,8
P-11 21M 703503,4 9327982,4
P-12 21M 703703,0 9327450,9
P-13 21M 703179,2 9327265,2
P-14 21M 703080,5 9326855,1
P-15 21M 702342,5 9326941,1
P-16 21M 702795,3 9326015,7
P-17 21M 703712,7 9326402,9
P-18 21M 704299,0 9326129,7
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UPA Pontos Coordenadas
Zona E N
P-19 21M 704504,9 9325628,7
P-20 21M 705088,1 9325185,3
P-21 21M 706691,1 9325518,3
P-22 21M 708391,5 9325653,8
UPA-C
P-01 21M 703705,0 9330106,1
P-02 21M 703007,5 9329228,5
P-03 21M 704077,2 9328724,8
P-04 21M 703503,4 9327982,4
P-05 21M 703703,0 9327450,9
P-06 21M 703179,2 9327265,2
P-07 21M 703080,5 9326855,1
P-08 21M 702342,5 9326941,1
P-09 21M 702795,3 9326015,7
P-10 21M 703687,7 9331690,8
P-11 21M 696814,7 9326006,7
P-12 21M 697316,3 9329514,3
P-13 21M 697743,7 9331699,4
3.2 DEFINIÇÃO DAS UNIDADES DE TRABALHO (UT’S)
A UPA-B foi subdividida em 28 UT’s, das quais 25 possuem dimensões irregulares com
limites seguindo os contornos das drenagens e/ou a formação do terreno mais acentuada. Em
campo seus limites foram delimitados quando não havia sobreposição com as drenagens,
separando as UT’s por abertura de picadas para evitar a os registros duplicados e marcação de
indivíduos fora do limite definido para cada UT, no momento dos levantamentos censitários do
inventário florestal. No total as UT’s perfazem 3.080,3212 ha de área bruta, em média uma UT
possui 110,0 hectares, conforme observado na Tabela 3.
Essas UT’s irregulares têm influência de resistências naturais, drenagens ou declividade
acentuada, formando um confinante natural para seus limites.
Tabela 3: Tamanho das unidades de trabalho em hectares na UPA-B, UMF III, Patauá, Altamira/PA.
UT Área (ha)
1 94,8
2 96,4
3 96,0
4 56,5
5 54,1
6 112,2
7 112,8
8 111,7
9 111,1
10 88,2
UT Área (ha)
11 147,2
12 111,7
13 109,8
14 138,4
15 96,1
16 110,3
17 90,7
18 133,9
19 105,2
20 144,9
UT Área (ha)
21 126,2
22 133,4
23 105,3
24 98,8
25 123,1
26 90,7
27 167,9
28 113,0
Total 3.080,3212
Média 110,0
PLANO OPERACIONAL ANUAL – POA ⁕ FLONA ALTAMIRA UMF III / UPA-B PATAUÁ FLORESTAL LTDA - SPE
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3.3 MICROZONEAMENTO DAS UT’S
No microzoneamento são coletadas informações das características físicas das UT’s, tais
como: acidentes topográficos, presença de nascentes, cursos d’água, áreas cipoálicas, clareiras
naturais, pedrais, entre outros aspectos que possam interferir no planejamento, execução e
segurança das operações pré-exploratórias e exploratórias (Figura 4).
Figura 4. Parte do microzoneamento realizado na UPA-B, UMF III, Patauá, Altamira/PA.
Nessa atividade a análise da UPA é feita de forma mais detalhada, coletando-se dados de
campo das UT’s que não são identificados nas imagens de satélite, como indícios de passagem
de água na época chuvosa e áreas de cipó. Os dados coletados em campo são geralmente
registrados utilizando GPS da marca Garmin modelo Montana 680, por uma equipe
especializada.
Após o processamento dos dados os arquivos são lançados novamente nos GPS com os
limites das drenagens corrigidas e com buffers das APP’s com dimensões atendendo a
legislação vigente, essas informações são necessárias para delimitar essas áreas e evitar que
outras atividades ultrapassem esse limite sem planejamento prévio e resulte em algum tipo de
intervenção na floresta inesperada e irregular.
O microzoneamento também é a base para definição do posicionamento das estradas
principais e secundárias, que são planejadas de acordo com a localização das APP’s, áreas
inacessíveis, relevo e topografia do terreno. Dessa forma, essa atividade resultará em um melhor
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planejamento das atividades de exploração e identificará pontos a serem excluídos das áreas de
manejo, determinando a área para efetiva exploração em cada unidade.
A Tabela 4 apresenta as coordenadas geográficas dos limites de cada UT da UPA-B com
projeção Universal Transverse Mercator (UTM) Fuso 21S e Datum WGS 1984. Vale ressaltar
que a UPA-B possui 28 UT’s.
Tabela 4: Coordenadas geográficas dos limites das 28 UT’s na UPA-B, UMF III, Patauá, Altamira/PA.
UT
Tabela: Coordenadas UTM dos Vertices da UPA-B
Ponto Zona E N
1
P-01 21M 710212,5 9330532,3
P-02 21M 711180,4 9330286,2
P-03 21M 711183,1 9329296,9
P-04 21M 710227,5 9329546,1
2
P-01 21M 710209,8 9331533,9
P-02 21M 711171,6 9331284,8
P-03 21M 711180,4 9330286,2
P-04 21M 710212,5 9330532,3
3
P-01 21M 709238,4 9330775,4
P-02 21M 710212,5 9330532,3
P-03 21M 710227,5 9329546,1
P-04 21M 709253,3 9329783,0
4
P-01 21M 710013,1 9331583,8
P-02 21M 710209,8 9331533,9
P-03 21M 710212,5 9330532,3
P-04 21M 709238,4 9330775,4
P-05 21M 709290,0 9330915,9
P-06 21M 709844,0 9331275,9
5
P-01 21M 709239,7 9330688,5
P-02 21M 709252,5 9329535,1
P-03 21M 709184,9 9329535,4
P-04 21M 708612,3 9329617,5
P-05 21M 708529,6 9330042,8
6
P-01 21M 709252,5 9329535,1
P-02 21M 709217,3 9327615,3
P-03 21M 708985,2 9327845,4
P-04 21M 708875,7 9327935,6
P-05 21M 708780,1 9328015,7
P-06 21M 708410,8 9328855,2
P-07 21M 708612,3 9329617,5
7
P-01 21M 709217,3 9327615,3
P-02 21M 709176,0 9326695,3
P-03 21M 708328,5 9326787,0
UT
Tabela: Coordenadas UTM dos Vertices da UPA-B
Ponto Zona E N
P-04 21M 708098,4 9327480,6
P-05 21M 708286,2 9327880,7
P-06 21M 708910,4 9328002,0
8
P-01 21M 708955,5 9330453,7
P-02 21M 707066,3 9329177,9
P-03 21M 706944,2 9330070,3
P-04 21M 707897,6 9330485,9
9
P-01 21M 708529,6 9330042,8
P-02 21M 708609,8 9329384,6
P-03 21M 708410,8 9328855,2
P-04 21M 707935,3 9328869,5
P-05 21M 707360,4 9328784,5
P-06 21M 707219,3 9329223,3
10
P-01 21M 708410,8 9328855,2
P-02 21M 708780,1 9328015,7
P-03 21M 707697,0 9328071,9
P-04 21M 707360,4 9328784,5
11
P-01 21M 708409,6 9327925,2
P-02 21M 708099,5 9327470,7
P-03 21M 708321,2 9326759,0
P-04 21M 707712,7 9326359,1
P-05 21M 707555,3 9326874,0
P-06 21M 707129,5 9327086,0
P-07 21M 706831,5 9327550,9
P-08 21M 707648,5 9328087,0
12
P-01 21M 706825,5 9327554,5
P-02 21M 707129,5 9327086,0
P-03 21M 707631,4 9326788,0
P-04 21M 707635,5 9326549,9
P-05 21M 707008,2 9326383,4
P-06 21M 706723,9 9326585,1
P-07 21M 706373,0 9326500,9
P-08 21M 706050,3 9326890,2
P-09 21M 706199,5 9327339,3
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UT
Tabela: Coordenadas UTM dos Vertices da UPA-B
Ponto Zona E N
13
P-01 21M 707635,5 9326549,9
P-02 21M 707574,5 9325539,1
P-03 21M 707034,0 9325606,7
P-04 21M 706589,7 9325562,2
P-05 21M 706256,7 9326040,9
P-06 21M 706373,0 9326500,9
P-07 21M 706723,9 9326585,1
P-08 21M 707008,2 9326383,4
14
P-01 21M 709181,5 9326691,8
P-02 21M 709167,2 9326516,0
P-03 21M 707599,0 9325362,9
P-04 21M 707572,1 9326111,0
P-05 21M 708117,6 9326735,0
15
P-01 21M 707266,5 9331093,1
P-02 21M 707425,0 9330590,8
P-03 21M 707897,6 9330485,9
P-04 21M 707059,3 9329930,7
P-05 21M 706948,6 9330070,2
P-06 21M 706673,9 9330066,6
P-07 21M 706391,2 9329906,6
P-08 21M 706189,0 9330206,5
16
P-01 21M 706944,2 9330070,3
P-02 21M 707066,3 9329177,9
P-03 21M 706562,4 9328967,3
P-04 21M 705675,3 9329421,9
P-05 21M 706189,0 9330206,5
P-06 21M 706391,2 9329906,6
17
P-01 21M 706562,4 9328967,3
P-02 21M 706406,3 9328757,6
P-03 21M 706353,5 9328359,6
P-04 21M 705649,2 9328183,6
P-05 21M 705380,8 9329040,0
P-06 21M 705675,3 9329421,9
18
P-01 21M 707219,3 9329223,3
P-02 21M 707699,2 9328068,8
P-03 21M 706850,7 9327589,6
P-04 21M 706343,0 9328404,9
P-05 21M 706371,3 9328818,0
19
P-01 21M 706353,5 9328359,6
P-02 21M 706850,7 9327589,6
P-03 21M 706015,4 9327082,5
P-04 21M 705672,7 9327150,7
UT
Tabela: Coordenadas UTM dos Vertices da UPA-B
Ponto Zona E N
P-05 21M 705537,8 9327734,1
P-06 21M 705717,2 9327936,0
P-07 21M 705649,2 9328183,6
20
P-01 21M 705891,3 9329975,5
P-02 21M 705380,5 9328991,2
P-03 21M 704933,0 9328744,0
P-04 21M 704453,5 9328778,0
P-05 21M 704184,4 9329826,2
21
P-01 21M 705380,5 9328991,2
P-02 21M 705717,2 9327936,0
P-03 21M 705537,8 9327734,1
P-04 21M 705672,7 9327150,7
P-05 21M 704997,6 9327247,4
P-06 21M 704628,1 9328034,8
P-07 21M 704976,9 9328796,3
22
P-01 21M 704189,7 9329834,5
P-02 21M 704453,5 9328778,0
P-03 21M 703131,4 9329003,4
P-04 21M 703165,7 9329699,1
P-05 21M 703456,9 9330028,9
23
P-01 21M 704972,8 9328781,2
P-02 21M 704909,7 9328376,3
P-03 21M 703708,8 9327450,2
P-04 21M 703521,1 9327521,6
P-05 21M 703503,4 9327982,4
P-06 21M 704077,2 9328724,8
24
P-01 21M 704020,5 9327679,5
P-02 21M 704728,9 9326366,5
P-03 21M 704241,9 9326118,3
P-04 21M 703712,7 9326402,9
P-05 21M 703647,5 9327405,4
25
P-01 21M 704643,3 9328130,5
P-02 21M 705425,1 9326681,6
P-03 21M 705379,7 9326360,9
P-04 21M 704700,3 9326341,7
P-05 21M 704020,5 9327679,5
26
P-01 21M 706019,6 9327083,9
P-02 21M 706413,5 9326426,0
P-03 21M 706256,7 9326040,9
P-04 21M 705373,5 9326354,6
P-05 21M 705425,1 9326681,6
P-06 21M 704997,5 9327247,4
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UT
Tabela: Coordenadas UTM dos Vertices da UPA-B
Ponto Zona E N
27
P-01 21M 706256,7 9326040,9
P-02 21M 706477,6 9325633,5
P-03 21M 704938,5 9325206,2
P-04 21M 704249,8 9325905,6
P-05 21M 704711,6 9326339,0
28 P-01 21M 703642,4 9327392,0
UT
Tabela: Coordenadas UTM dos Vertices da UPA-B
Ponto Zona E N
P-02 21M 703712,7 9326402,9
P-03 21M 702795,3 9326015,7
P-04 21M 702340,1 9326933,3
P-05 21M 703199,8 9326929,2
P-06 21M 703179,2 9327265,2
3.3.1 Área de Preservação Permanente (APP)
Foram encontradas 514,1221 ha de APP na UPA-B, entretanto, não foi observado a
existência, na área de estudo, de manifestações superficiais de lençóis subterrâneos, as
conhecidas nascentes, apenas alguns córregos d’agua perenes. A Figura 5 mostra a localização
das áreas de preservação permanente na UPA-B.
Figura 5. Área de preservação permanente na UPA-B da UMF III, Patauá, Altamira/PA.
3.3.2 Áreas Inacessíveis
São áreas que apresentam declividade superior a 30°, inviabilizando as operações com
máquinas e veículos, nestas áreas não serão feitas atividades de exploração, considerando-as
como áreas de APP. A UPA-B não apresentou áreas consideradas como inacessível.
PLANO OPERACIONAL ANUAL – POA ⁕ FLONA ALTAMIRA UMF III / UPA-B PATAUÁ FLORESTAL LTDA - SPE
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3.4 DELIMITAÇÃO DA UPA-B E SUAS RESPECTIVAS UT’S
3.4.1 Abertura de Trilhas nas UT’s
O planejamento das trilhas e delimitação das UT’s foi realizado inicialmente no
escritório, depois de algumas adaptações, com base nos levantamentos de campo, chegou-se a
configuração de 28 UT’s, a maioria com dimensões irregulares não padronizadas. Em campo
seus limites foram delimitados e identificados por marcos dos vértices em cada UT, no total as
UT’s perfazem 3.080,3212 ha de área bruta, em média cada UT possui área correspondente a
110,0 hectares.
As UT’s serão delimitadas com apoio de GPS Garmin Montana 680, utilizado para
orientar os delimitadores, como o inventário é de precisão, onde todos os indivíduos de interesse
registrados têm sua coordenada geográfica coletada para definir sua localização e elaborar os
mapas base de cada UT, é dispensada a abertura de trilhas na floresta das faixas, pois estas
linhas são virtuais e plotadas apenas nos GPS. Essa tecnologia favorece a regeneração natural
dos espécimes de sub-bosque que poderiam ter sido eliminados enquanto se abriam as picadas,
além de diminuir custos e tempo para a execução de várias atividades, logo apenas os limites
das UT’s e por conseguinte da UPA serão delimitados, para não ocorrer uma coleta duplicada
de indivíduos de UT’s diferentes por ocasião dos levantamentos nos inventários (Figura 6).
Figura 6. Abertura de trilhas de delimitação das UT’s na UPA-B, Patauá, Altamira/PA.
PLANO OPERACIONAL ANUAL – POA ⁕ FLONA ALTAMIRA UMF III / UPA-B PATAUÁ FLORESTAL LTDA - SPE
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O manejo florestal de precisão, que contempla uma série de técnicas e atividades
envolvendo a aplicação de Geotecnologias, procedimentos avançados de inventário florestal,
monitoramento de operações, gestão de bancos de dados e a aplicação de ferramentas de
decisão, se bem aplicado resulta na otimização da administração florestal do empreendimento
submetido ao manejo florestal, diante disso a Patauá em conjunto com sua equipe técnica
aplicará essas tecnologias e buscará excelência nesta atividade.
3.5 INVENTÁRIO FLORESTAL 100%
O Inventário a 100% ou Censo Florestal é realizado com o objetivo de quantificar e
qualificar as espécies florestais existentes na UPA e dessa forma conhecer o volume comercial
e potencial a fim de definir quais as espécies e indivíduos serão colhidos, assim como os que
serão mantidos como remanescentes.
Antecipando a exploração será realizado o inventário censitário (100%) das espécies de
interesse comercial imediato e das potenciais. O inventário consistirá na determinação das
características qualitativas e quantitativas das espécies, para tal, foram catalogados todos os
indivíduos com interesse comercial com CAP mínimo variando entre 100 e 125 cm,
dependendo da espécie de interesse. A medida coletada será o CAP (cm) obtida através de uma
trena. Posteriormente, no escritório, será realizado a transformação para DAP.
Além da coleta de informações qualitativas e quantitativas, as equipes de campo coletarão
o posicionamento da árvore em cada faixa virtual, através da marcação da coordenada
geográfica de cada indivíduo encontrado, usando GPS Garmin Montana 680. De igual forma,
serão registradas observações úteis para o microzoneamento da UPA-B, como áreas declivosas,
cursos d’água, pedrais, grotas, etc.
A numeração do inventário censitário das árvores será realizada, sequencialmente de 1 a
n, iniciando na primeira Faixa de 40 metros de largura e finalizando na última, com um
caminhamento em “zigue-zague”.
Os dados do inventário foram anotados em uma ficha de campo e usados na elaboração
do mapa base da UPA. Posteriormente, essas informações foram utilizadas para o planejamento
da infraestrutura e da exploração da UPA-B.
Os indivíduos amostrados serão caracterizados in loco através de uma placa de alumínio
com a seguinte formatação:
UPA / UT / N° Árv Onde:
UPA = Número da UPA
UT = Número da UT
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N° Árv = Número do indivíduo qualificado
A numeração das árvores dentro da UT é sequencial, iniciando-se por 1 em cada uma das
unidades de trabalho inventariadas. A Figura 7 mostra um registro prático do levantamento de
uma árvore em um inventário florestal.
Figura 7. Plaqueteamento de uma árvore em um inventário florestal.
3.5.1 Variáveis de Interesse
As variáveis de interesse levantadas durante o inventário florestal censitário são:
Data do Levantamento;
UPA;
UT;
Equipe;
Código da Espécie;
N° da Faixa ou Linha;
N° da Árvore;
N° do Ponto;
CAP (circunferência, mensurada à 1,30m do solo, sempre que possível);
Alt (altura comercial, estimada até a base do primeiro galho);
Qualidade de fuste;
Presença de Cipó;
Fenologia da árvore;
Observações diversas.
Para determinação da forma e sanidade do fuste foi adotado o critério estabelecido por
Jankausis (1979), com adaptações, conforme pode ser observado no Tabela 5.
PLANO OPERACIONAL ANUAL – POA ⁕ FLONA ALTAMIRA UMF III / UPA-B PATAUÁ FLORESTAL LTDA - SPE
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Tabela 5. Critérios para classificação do fuste quanto à forma, sanidade e aproveitamento industrial.
Qualidade fuste Forma Sanidade Aproveitamento
QF 1
Fuste reto, sem galhos
laterais ,copa bem definida
e tipicamente comercial.
Sem ocos aparentes,
podridões ou
qualquer lesão.
Maior 80%
QF 2
Fuste com tortuosidade,
mas aproveitável
comercialmente.
Sem ocos aparentes,
podridões ou
qualquer lesão.
Entre 60% - 70%
QF 3
Tortuoso ou defeituoso,
com galhos laterais e
praticamente sem uso
comercial.
Alta intensidade de
danos. Menor 50%
Fonte: Adaptado de Jankausis (1979).
As árvores com Qualidade de Fuste – QF 3 deverão ser inventariadas, entretanto, as
mesmas não serão exploradas em virtude do baixo percentual de aproveitamento (<50%). Essas
árvores estão listadas na categoria Remanescente não substituível.
3.5.2 Circunferência Mínima de Mensuração
A legislação florestal fixou o diâmetro mínimo de mensuração em 40cm (CAP = 125cm),
contudo, algumas espécies para a UPA objeto deste documento, principalmente as consideradas
como não madeireiras, são mensuradas a partir de 30cm de DAP (CAP = 100cm).
A mensuração será realizada com trena métrica, com a qual os medidores obterão o CAP
em centímetros. Nas árvores que apresentaram sapopemas grandes e altas, o CAP será estimado,
no caso de extrema dificuldade.
3.5.3 Relações Dendrométricas Utilizadas
O volume individual das árvores em pé será estimado através da equação de volume
desenvolvida especificamente para as áreas de manejo na FLONA Altamira. A equação de
volume ajustada proposta por Prodan é a mais adequada para a área de manejo na UMF III -
Tabela 6.
A área basal será obtida pela somatória das áreas seccionais das árvores, expressa em
m²/ha, através da seguinte equação mostrada na Tabela 6.
PLANO OPERACIONAL ANUAL – POA ⁕ FLONA ALTAMIRA UMF III / UPA-B PATAUÁ FLORESTAL LTDA - SPE
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Tabela 6. Equações empregadas nos cálculos das variáveis estruturais dos indivíduos arbóreos da floresta
ombrófila densa.
Variável Equação Fonte
Área Basal, em
m²/ha AB
2
1 4i
n
i
DAPAB
DAPi = diâmetro a 1,30 m de cada árvore amostrada por ha
-
Volume Geométrico
³)(mV
)()()()()( 2
43
2
210 HLnHLnDAPLnDAPLnVLn
DAP = diâmetro a 1,30 m do solo com casca H = altura do fuste (comercial)
0 = -0,0354313634930725
1 = 1,6933543462255000
2 = -0,4998693234855870
3 = 0,8632900567841140
4 = -0,0234135726759124
Modelo ajustado - Prodan (1968)
No total levantado na UPA-B foram encontradas 73 espécies, distribuídas em 25.311
indivíduos, com área basal de 11.731,84 m² e volume de 141.309,5941 m³ (Tabela 7).
Tabela 7. Número de indivíduos, área basal e volume das espécies encontradas na UPA-B, UMF III, Patauá,
Altamira/PA.
Nome Popular N° Árv g (m²) Vol (m³)
Acariquara 3 0,72 6,8247
Amapá 77 35,93 420,6860
Amescla 54 23,64 253,3787
Andiroba 3 0,73 10,1486
Angelim rajado 3 1,32 17,8795
Angelim-pedra 181 139,28 1.573,5603
Angico 257 98,83 1.027,0603
Bacuripari 3 0,97 12,8294
Breu-branco 320 95,71 1.150,9058
Carapanaúba 60 16,05 190,9348
Castanheira 2.416 2.479,59 27.980,6650
Caucho 291 75,88 626,5628
Cedroarana 54 48,39 486,2886
Cedro-rosa 2 0,35 2,7990
Cedro-vermelho 353 128,25 1.265,1648
Copaíba 161 60,04 733,8534
Cumaru 166 65,62 751,1306
Cupiúba 4 1,74 16,8889
Currupixá 397 323,96 3.484,6148
Fava 401 176,06 2.183,5305
Fava-amargosa 351 134,03 1.861,7849
Fava-atanã 1.254 687,68 8.150,5848
Fava-benguê 4 1,58 19,8087
Nome Popular N° Árv g (m²) Vol (m³)
Fava-bolacha 3 1,26 15,6685
Fava-bolota 15 7,84 72,4751
Fava-de-rosca 125 49,16 550,0795
Fava-tamboril 258 121,14 1.406,0446
Freijó 123 30,26 365,9166
Garapeira 1.260 795,75 9.261,7756
Goiabão 2.298 658,96 8.000,8966
Gombeira 163 31,39 327,8439
Guajará bolacha 25 13,21 160,4618
Ipê-amarelo 2.670 947,19 12.716,8736
Ipê-roxo 361 143,25 1.907,2437
Itaúba 467 112,79 1.291,7777
Jarana 75 12,53 120,8772
Jatobá 1.960 1.137,38 15.939,0562
Jutaicica 1 0,22 2,3657
Jutaí-mirim 1.234 396,10 4.868,9210
Louro-canelinha 13 3,21 31,6865
Louro-preto 313 84,71 847,3626
Louro-roxo 25 5,62 53,5502
Louro-vermelho 22 4,27 42,0541
Maçaranduba 286 86,61 1.027,1282
Mandioqueira 149 46,16 566,0453
Maparajuba 2 0,52 4,1250
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Nome Popular N° Árv g (m²) Vol (m³)
Marupá 206 58,88 644,6295
Mirindiba 147 98,65 1.052,6649
Mogno 3 2,65 29,3375
Muiracatiara 1.569 458,88 6.425,6349
Paricá 124 38,74 471,6404
Pau-doce 72 19,94 217,4619
Pau-santo 10 2,96 33,8957
Pequiá 59 41,69 382,5881
Pequiarana 65 37,00 370,7330
Quaruba 57 39,93 424,1756
Quarubarana 377 186,84 2.146,5142
Quinarana 195 44,65 349,7433
Sapucaia 111 70,59 753,5901
Seringueira 226 52,59 512,1608
Nome Popular N° Árv g (m²) Vol (m³)
Sucupira 45 12,23 146,6231
Sucupira-pele-de-sapo 2 0,40 4,3354
Sucupira-preta 24 6,09 73,4466
Sucuúba 4 0,71 6,5349
Sumaúma 479 339,13 4.020,1888
Tanibuca 406 133,13 1.647,2035
Tanibuca-amarela 711 220,29 2.741,4815
Tatajuba 109 71,09 811,6632
Tauari 513 220,56 2.925,0096
Tauari-cachimbo 65 50,50 670,8218
Taxi-pitomba 159 42,73 405,8652
Uxi 2 0,49 5,0077
Virola 908 194,59 2.228,5286
Total Geral 25.311 11.731,84 141.309,5941
3.5.4 Critérios de Seleção e Retenção de Árvores
Os critérios de seleção e retenção de árvores será baseada no que determina a Resolução
do CONAMA 406/2009, Portaria MMA 443/2014 e IN MMA 01/2015. A retenção de árvores
será mantida na proporção de 3 árvores a cada UT (100 hectares) e/ou 10% (dez por cento) do
número de árvores por espécie com Diâmetro Mínimo de Corte – DMC e para as espécies
classificadas como vulneráveis constantes na “lista nacional oficial de espécies da flora
ameaçadas de extinção” manutenção de, pelo menos, 15% (quinze por cento) do número de
árvores por espécie, na área de efetiva exploração da Unidade de Produção Anual-UPA, que
atendam aos critérios de seleção para corte indicados no PMFS, respeitando a distribuição nas
classes de Diâmetro à Altura do Peito - DAP, de acordo com o perfil da população existente na
UPA e respeitado o limite mínimo de manutenção de 4 (quatro) árvores por espécie por 100 ha
(cem hectares), em cada Unidade de Trabalho.
Vale salientar que, durante a execução, quando da realização do corte, árvores
selecionadas e descartadas em razão de anomalias poderão ser substituídas por árvores
destinadas como remanescente/raridade, da mesma espécie, localizadas na mesma UT, de
forma a manter a proporcionalidade.
As árvores com qualidade de fuste 3, somado a outros fatores descritos nas fichas de
campo na coluna de observação que não classifique a árvore para colheita atendendo o diâmetro
mínimo de corte, serão categorizadas como remanescentes não substituíveis (Tabela 8), e a
diferença do número de indivíduos com DAP acima de 50cm, ou DMC específico das espécies
comercias e o número de indivíduos encontrados para a mesma espécie da categoria citada
acima será as árvores aptas para corte. Vale lembrar que algumas espécies dentre as
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relacionadas como aptas possuem um DMC diferenciado, refletindo as exigências do mercado
nacional e internacional.
Tabela 8. Número de indivíduos, área basal e volume das espécies não substituíveis encontradas na UPA-B, UMF
III, Patauá, Altamira/PA.
Nome Popular N° Árv g (m²) Vol (m³)
Angelim-pedra 5 3,73 36,5611
Caucho 34 7,93 60,9222
Cedroarana 5 7,51 61,2347
Cedro-vermelho 13 3,98 30,4134
Cumaru 5 2,55 26,1496
Currupixá 8 7,04 66,4147
Fava 5 1,79 20,9547
Fava-amargosa 3 1,47 19,0816
Freijó 2 2,02 16,0460
Garapeira 73 51,15 561,4884
Goiabão 45 15,02 166,6028
Gombeira 20 3,55 34,5621
Ipê-amarelo 64 18,45 205,5507
Ipê-roxo 4 0,86 7,9514
Nome Popular N° Árv g (m²) Vol (m³)
Itaúba 25 6,61 68,3021
Jatobá 13 10,70 127,8877
Jutaí-mirim 16 5,88 68,0585
Maçaranduba 3 1,50 17,8692
Marupá 7 1,53 14,7020
Muiracatiara 30 9,30 120,5953
Pequiá 8 5,84 49,6703
Quaruba 1 1,04 7,7984
Quarubarana 7 2,52 25,6744
Sucupira 2 0,40 3,8333
Tauari 8 3,76 47,6832
Tauari-cachimbo 2 2,62 35,8579
Total Geral 408 178,75 1.901,8660
No total levantado na UPA-B foram selecionadas 27 essências, distribuídas em 10.017
indivíduos, com área basal de 5.160,72 m² e volume de 66.367,9952 m³ das espécies aptas para
corte na UPA supramencionada na área da Patauá (Tabela 9).
Tabela 9. Número de indivíduos, área basal e volume das espécies aptas para corte encontradas na UPA-B, UMF
III, Patauá, Altamira/PA.
Nome Popular N° Árv g (m²) Vol (m³)
Angelim-pedra 148 122,61 1.388,8886
Caucho 165 48,94 415,9574
Cedroarana 29 25,79 266,1980
Cedro-vermelho 214 97,20 999,2407
Cumaru 95 45,18 535,2640
Currupixá 365 308,89 3.336,7015
Fava 332 159,02 1.997,1995
Fava-amargosa 257 110,64 1.564,6716
Freijó 42 12,53 164,4646
Garapeira 1.087 728,70 8.545,3133
Goiabão 1.090 432,22 5.551,2845
Gombeira 14 3,58 41,8390
Ipê-amarelo 2.174 859,90 11.793,4887
Ipê-roxo 288 127,49 1.722,1560
Nome Popular N° Árv g (m²) Vol (m³)
Itaúba 213 68,10 840,5355
Jatobá 1.462 1.000,83 14.131,4604
Jutaí-mirim 542 237,90 3.037,0491
Maçaranduba 120 50,88 640,0688
Marupá 111 37,99 436,1074
Muiracatiara 407 196,08 2.943,2771
Pequiá 22 19,24 162,7560
Quaruba 24 19,15 202,8421
Quarubarana 297 157,26 1.823,3590
Sucupira 11 3,37 39,2131
Tatajuba 70 49,63 579,1598
Tauari 386 195,65 2.634,2706
Tauari-cachimbo 52 41,98 575,2289
Total Geral 10.017 5.160,72 66.367,9952
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Existem também as árvores que não serão selecionadas para corte, pelo fato de não
apresentar mercado consumidor para madeira serrada produzida a partir das toras desta
categoria, entretanto, poderão passar a categoria de colheita caso o mercado consumidor tenha
demanda. Neste documento elas estão descritas simplesmente como “não selecionada” e na
Tabela 10 podemos observar seus valores das variáveis de interesse coletadas em campo.
Tabela 10. Número de indivíduos, área basal e volume das espécies não selecionadas para corte encontradas na
UPA-B, UMF III, Patauá, Altamira/PA.
Nome Popular N° Árv g (m²) Vol (m³)
Acariquara 3 0,72 6,8247
Amescla 54 23,64 253,3787
Angico 257 98,83 1.027,0603
Cedro-rosa 2 0,35 2,7990
Cupiúba 4 1,74 16,8889
Fava-atanã 1.254 687,68 8.150,5848
Fava-benguê 4 1,58 19,8087
Fava-bolacha 3 1,26 15,6685
Fava-bolota 15 7,84 72,4751
Fava-de-rosca 125 49,16 550,0795
Fava-tamboril 258 121,14 1.406,0446
Guajará bolacha 25 13,21 160,4618
Jarana 75 12,53 120,8772
Jutaicica 1 0,22 2,3657
Louro-canelinha 13 3,21 31,6865
Louro-preto 313 84,71 847,3626
Louro-roxo 25 5,62 53,5502
Nome Popular N° Árv g (m²) Vol (m³)
Louro-vermelho 22 4,27 42,0541
Mandioqueira 149 46,16 566,0453
Maparajuba 2 0,52 4,1250
Mirindiba 147 98,65 1.052,6649
Mogno 3 2,65 29,3375
Paricá 124 38,74 471,6404
Pau-doce 72 19,94 217,4619
Pequiarana 65 37,00 370,7330
Sapucaia 111 70,59 753,5901
Sucupira-pele-de-sapo 2 0,40 4,3354
Sucupira-preta 24 6,09 73,4466
Sumaúma 479 339,13 4.020,1888
Tanibuca 406 133,13 1.647,2035
Tanibuca-amarela 711 220,29 2.741,4815
Taxi-pitomba 159 42,73 405,8652
Virola 908 194,59 2.228,5286
Total Geral 5.815 2.368,30 27.366,6189
3.5.5 Seleção de Árvores a Explorar
Conforme já comentado, os critérios de seleção das árvores de corte serão baseados no
que determina a IN/IBAMA/MMA n° 05/06, Resolução CONAMA 406/2009, Portaria MMA
443/2014 e IN MMA 01/2015. Dentre as árvores aptas para corte que atenderem o que foi
explicitado acima, quanto ao critério de retenção das espécies de interesse, teremos as
categorizadas como árvores para colheita.
Na categoria vulnerável foram identificadas 4 espécies de interesse comercial que
deverão obedecer ao critério preconizado na Portaria MMA 443/2014 e IN MMA 01/2015, são
elas: Cedro vermelho (Cedrela odorata), Garapeira (Apuleia leiocarpa), Itaúba (Mezilaurus
itauba) e Jutaí-mirim (Hymenaea parvifolia).
Assim, somente depois de todos esses elementos serem levados em consideração é que
se aplicaram os critérios para seleção das árvores para corte, sendo eles:
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Das árvores inventariadas, seleciona-se o conjunto daquelas que já possuem mercado
garantido e potencial produtivo;
Não possuir restrição legal quanto ao corte;
Atenda o Diâmetro Mínimo de Corte – DMC: árvores com DAP ≥ 50 cm;
Possuir Qualidade de Fuste 1 ou 2;
As árvores cônicas são consideradas remanescentes não substituíveis;
Conservar, no mínimo, 3 árvores comerciais por espécie em cada UT de 100 ha e/ou na
proporção, ou em critérios especiais como é caso das espécies vulneráveis;
Não se enquadrar nas destinações: não madeireiro, não selecionada, protegida,
remanescente estoque e remanescente não substituível.
Portanto, após a aplicação dos critérios de seleção e retenção, as árvores que atenderam
tais critérios serão relacionadas na categoria Colheita e constarão listadas nos mapas de
Corte/Arraste de cada UT/UCA.
Feito a seleção de corte seguindo os critérios acima descritos, chegou-se ao valor das
variáveis número de indivíduo, área basal e volume para a categoria de colheita com
respectivamente os seguintes valores: 8.105 indivíduos, 4.601,19 m² e 59.829,7786 m³
distribuídos em 27 espécies, conforme observado na Tabela 11.
Tabela 11. Número de indivíduos, área basal e volume das espécies para corte encontradas na UPA-B, UMF III,
Patauá, Altamira/PA.
Nome Popular N° Árv g (m²) Vol (m³)
Angelim-pedra 86 96,96 1.086,6534
Caucho 112 36,21 317,9240
Cedroarana 15 21,48 226,4187
Cedro-vermelho 130 75,17 796,0629
Cumaru 49 29,84 357,6228
Currupixá 295 284,26 3.074,9300
Fava 250 135,70 1.716,6608
Fava-amargosa 177 87,64 1.270,2185
Freijó 18 6,69 93,5459
Garapeira 909 680,64 8.027,3850
Goiabão 951 397,27 5.154,8910
Gombeira 4 1,25 15,4002
Ipê-amarelo 1.948 810,18 11.248,9826
Ipê-roxo 215 106,33 1.455,1935
Nome Popular N° Árv g (m²) Vol (m³)
Itaúba 125 47,36 606,1840
Jatobá 1.303 949,42 13.438,6493
Jutaí-mirim 430 201,88 2.615,4959
Maçaranduba 71 35,51 450,4577
Marupá 57 23,76 284,2370
Muiracatiara 323 164,05 2.477,8680
Pequiá 9 12,00 96,5914
Quaruba 9 11,46 116,2251
Quarubarana 241 139,90 1.640,9191
Sucupira 5 2,06 24,2996
Tatajuba 36 35,90 412,6678
Tauari 300 173,20 2.346,3579
Tauari-cachimbo 37 35,06 477,9363
Total Geral 8.105 4.601,19 59.829,7786
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3.5.6 Seleção de Árvores Remanescentes/Raridade
As árvores remanescentes serão selecionadas considerando-se os seguintes princípios e
critérios:
i. Remanescente estoque: caracterizadas por apresentarem diâmetro abaixo do DMC para
cada espécie ou em grupos de espécies;
ii. Espécies não selecionadas: são espécies que não possuem interesse comercial imediato,
mas podem ser colocadas no mercado futuramente;
iii. Não madeireira: espécies destinadas ao uso não madeireiro;
iv. Remanescente não substituível: árvores com qualidade de fuste 3, cônicas, com
deformidades, entre outros;
v. Remanescente raridade: manutenção de 0,03 ind.ha-1 e para vulneráveis 0,04 ind.ha-1 ou
10% e 15% para vulneráveis aptas para corte em uma mesma UT e na mesma espécie, nesta
categoria pode-se substituir de forma proporcional em volume, as árvores que não foram
abatidas por ocasião de algum fator alheio ao planejado, limitando-se ao quantitativo obtido
por espécie em uma mesma UT;
vi. Protegidas: que possuem exploração proibida por lei: Castanheira (Bertholethia
excelsa), Seringueira (Hevea brasiliensis) e Angelim rajado (Marmaroxylon racemosum);
vii. Árvores com ninhais: árvores com presença de ninhais serão preservadas durante a
exploração.
Estas remanescentes em especial atendem dentro do critério de seleção, os indivíduos que
poderão substituir outros da mesma espécie categorizados para corte e que por algum motivo
não foram explorados, desde que os indivíduos estejam na mesma UT e com uma certa
proporcionalidade com relação as variáveis de interesse. Neste documento ela foi classificada
como “remanescente/raridade”. Na Tabela 12 é apresentado o resumo das variáveis de interesse
encontradas para esta categoria.
Tabela 12. Número de indivíduos, área basal e volume das espécies remanescente/raridade encontradas na UPA-
B, UMF III, Patauá, Altamira/PA.
Nome Popular N° Árv g (m²) Vol (m³)
Angelim-pedra 62 25,65 302,2352
Caucho 53 12,73 98,0333
Cedroarana 14 4,31 39,7793
Cedro-vermelho 84 22,03 203,1778
Cumaru 46 15,33 177,6412
Currupixá 70 24,63 261,7715
Nome Popular N° Árv g (m²) Vol (m³)
Fava 82 23,33 280,5387
Fava-amargosa 80 23,00 294,4531
Freijó 24 5,84 70,9187
Garapeira 178 48,06 517,9283
Goiabão 139 34,94 396,3935
Gombeira 10 2,33 26,4389
Ipê-amarelo 226 49,72 544,5061
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Nome Popular N° Árv g (m²) Vol (m³)
Ipê-roxo 73 21,16 266,9625
Itaúba 88 20,74 234,3515
Jatobá 159 51,41 692,8112
Jutaí-mirim 112 36,03 421,5532
Maçaranduba 49 15,37 189,6111
Marupá 54 14,23 151,8704
Muiracatiara 84 32,03 465,4091
Pequiá 13 7,23 66,1645
Nome Popular N° Árv g (m²) Vol (m³)
Quaruba 15 7,69 86,6170
Quarubarana 56 17,35 182,4398
Sucupira 6 1,31 14,9135
Tatajuba 34 13,73 166,4920
Tauari 86 22,44 287,9127
Tauari-cachimbo 15 6,93 97,2926
Total Geral 1.912 559,54 6.538,2166
3.5.7 Seleção de Espécies não Madeireiras
O Decreto no. 2788/98 define o manejo florestal sustentável de uso múltiplo como sendo
“a administração da floresta para a obtenção de benefícios econômicos, sociais e ambientais,
respeitando-se os mecanismos de sustentação do ecossistema objeto do manejo e considerando-
se, cumulativa ou alternativamente, a utilização de múltiplas espécies de madeiras, de múltiplos
produtos e subprodutos não madeireiros, bem como a utilização de outros bens e serviços de
natureza florestal” e ainda a Organização das Nações Unidas para o Combate à Fome (FAO)
definiu em 1995 os produtos florestais não madeireiros como: “Todos os bens de origem
biológica, assim como os serviços derivados da floresta e terra sob uso similar e exclui a
madeira em todas as suas formas”. Este plano operacional contempla o uso múltiplo da floresta
nos aspectos acima citado e viabiliza o uso de produtos não madeireiros e serviços sociais e
ambientais oriundos da área de interesse deste empreendimento.
As áreas com potencial para produtos não madeireiros serão mapeadas
concomitantemente às unidades de produção anual – UPA, exceto quando apresentarem
espécies de interesse em agrupamentos populacionais, como o caso dos açaizais, que poderão
ser mensuradas separadamente do planejamento das UPA’s e solicitadas através de documento
adequado de acordo com o que determina as normas legais.
As espécies selecionadas para uso múltiplo na área de manejo florestal da Patauá estão
listadas na Tabela 13, podendo variar entre todas na lista relacionada, ou em grupos de espécies,
previamente solicitadas ao órgão ambiental gestor, após levantamento do potencial na UPA,
além disso será feito um estudo de viabilidade simplificado com um plano de negócio
determinando a viabilidade econômica para a comercialização da produção.
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Tabela 13. Diferentes finalidades na utilização de espécies não madeireiras de acordo com as comunidades que
habitam as bacias dos rios Tapajós e Arapiuns na RESEX Fonte: Mapeamento do Uso dos Recursos Naturais da
RESEX Tapajós-Arapiuns. Extraída de ICMBio (2014).
No inventário foi encontrada apenas 12 espécies não madeireiras na área de abrangência
da UPA-B, conforme Tabela 14. A castanheira e a seringueira estão enquadradas também na
categoria de espécies protegidas.
Tabela 14. Número de indivíduos, área basal e volume das espécies não madeireiras encontradas na UPA-B, UMF
III, Patauá, Altamira/PA.
Nome Popular N° Árv g (m²) Vol (m³)
Amapá 77 35,93 420,6860
Andiroba 3 0,73 10,1486
Bacuripari 3 0,97 12,8294
Breu-branco 320 95,71 1.150,9058
Carapanaúba 60 16,05 190,9348
Copaíba 161 60,04 733,8534
Pau-santo 10 2,96 33,8957
Quinarana 195 44,65 349,7433
Sucuúba 4 0,71 6,5349
Uxi 2 0,49 5,0077
Total Geral 835 258,24 2.914,5396
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3.6 CORTE DE CIPÓS
O corte de cipós foi realizado logo após o término do Inventário Florestal a 100%, em
tempo hábil antes das etapas exploratórias e apenas naquelas árvores que estiverem sendo
inventariadas ou quando entrelaçadas à(s) outra(s) podendo representar perigo para os
operadores durante a derruba de árvores.
Não serão cortados cipós de todas as árvores, uma vez que são fonte de alimentos para aves e
mamíferos. As vantagens do corte de cipós são várias, dentre elas, cita -se:
i. as árvores têm maiores chances de caírem livres sem arrastar outras;
ii. evita-se o efeito dominó;
iii. proporciona maior segurança para as equipes de corte;
iv. favorece as remanescentes, pois não são arrastadas durante o efeito dominó,
permanecendo na floresta;
v. diminui impactos à floresta residual.
Com a realização da atividade de corte de cipós, ocorre uma série de benefícios
ambientais (HOLMES et al., 2002), como a redução dos danos nas florestas, à redução dos
riscos envolvidos nas atividades florestais, o incremento da regeneração natural das espécies
florestais.
3.7 ESTABELECIMENTO E MEDIÇÃO DE PARCELAS PERMANENTES
No campo de atuação do manejo florestal a instalação e medição de parcelas permanentes
possuem como objetivo fornecer informações sobre os padrões estruturais e a dinâmica da
floresta no decorrer dos anos, sendo uma ferramenta importante na avaliação dos impactos
causados pela colheita de madeira, além de ser uma exigência da lei. Desta maneira este
documento visa estabelecer procedimentos que garantam a sustentabilidade desta atividade,
assim como, à segurança dos manejadores envolvidos.
Os procedimentos de instalação e medição das parcelas permanentes na área de manejo
concedida a Patauá foram baseados no Manual de diretrizes para instalação e medição de
parcelas permanentes em florestas naturais da Amazônia brasileira, desenvolvido pela Embrapa
Amazônia Oriental.
As variáveis medidas para cada nível de inclusão são as seguintes:
Árvore: Nome regional; CAP; CIF; Situação Silvicultural (SIT); IC; FC; Presença de
Danos; Presença de Podridão; Presença e Efeitos de Cipó. Cada árvore recebe uma plaqueta de
identificação com número da parcela, subparcelas e número do indivíduo. No caso de
indivíduos com mais de um fuste adiciona-se o número do fuste ao final (Figura 8).
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Figura 8: Modelo de plaqueta para identificação de árvores nas PP’s na UPA-01.
Arvoreta: CAP, CIF e SIT (ficha de campo em anexo). Cada indivíduo recebe a
identificação da classe de inclusão e número do indivíduo, adicionando-se o número de fuste
caso necessário (Figura 9).
Figura 9: Modelo de plaqueta para identificação de arvoretas nas PP’s na UPA-01.
Vara: CAP e CIF. Cada indivíduo recebe a identificação da classe de inclusão e número
do indivíduo, adicionando-se o número de fuste caso necessário (Figura 10).
Figura 10: Modelo de plaqueta para identificação de varas nas PP’s na UPA-01
Classe de Inclusão
A 02 01
Nº do Fuste
Nº da Arvoreta
Nº do Fuste
V 02 01
Nº da Vara
Classe de Inclusão
04 25 03 02
Nº do Fuste
Nº da Árvore
Nº da Parcela
Nº da Subparcela
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Mudas: Nome regional e contagem de indivíduos. A CIF não é realizada para mudas.
Abdicando da plaqueta de identificação. Cada parcela é classificada de acordo com a classe de
floresta: madura, em construção ou clareira.
3.7.1 Número Tamanho, Forma e Instalação das Parcelas Permanentes
As parcelas permanentes serão estabelecidas em campo de forma gradual, conforme
proposição de Silva et al. 2005, que considera o tamanho da área sob manejo. Neste caso, para
cada 1.500 hectares de floresta a ser manejada, será instalada 2 hectares para monitoramento.
As parcelas serão alocadas aleatoriamente no campo. A forma das parcelas será quadrada
(50x50m) e serão subdivididas em 25 subparcelas de 10x10m (100m²), outras 5 subparcelas de
5x5m (25m²) serão sorteadas para instalação dentro das 25 primeiras e por fim em cada uma
das últimas 5 subparcelas menores serão instaladas outras 5 subparcelas de 5x1m (5m²).
As parcelas serão demarcadas permanentemente, utilizando piquetes de madeira ou pvc
rígido com as extremidades superiores pintadas com tinta à óleo com cores contrastantes com
a vegetação (laranja). (Tabela 15).
Tabela 15: Dimensionamento das subparcelas de acordo com a classe de tamanho.
Nível de inclusão Tamanho da área
amostrada
Número de
amostras Classe de inclusão
Arvore Arvoreta
Vara Mudas
10 m x 10 m 10 m x10 m
5 m x 5 m 5 m x 1m
25 5
5 5
CAP ≥ 32 cm 15,8 cm ≤ CAP < 31,9 cm
7,9 cm ≤ CAP < 15,7 cm H ≥ 30 cm e CAP ≤ 7,8 cm
Fonte: EMBRAPA (2005).
3.7.2 Subdivisões das Parcelas Permanentes
As parcelas serão subdivididas em unidades menores de observação para facilitar a
localização e o controle de cada indivíduo monitorado, conforme as classes de tamanho. As
árvores (diâmetro ≥ 10cm) serão mensuradas nas 25 subparcelas de 10x10m. Dentre essas 25
subparcelas, 05 serão sorteadas para realizar o levantamento das arvoretas (5 cm ≤ diâmetro <
10 cm).
Dentro de cada uma dessas 05 subparcelas onde serão medidas arvoretas, será sorteado
um canto com dimensões de 5 x 5m, para medição das varas (2,5cm ≤ diâmetro < 5cm); e dentro
desse canto ser á sorteado uma faixa de 5 x 1m para realizar o levantamento das mudas (altura
≥ 3 0cm e diâmetro < 2,5cm).
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3.7.3 Periodicidade das Medições
As parcelas serão instaladas e medidas antes da exploração florestal, por ocasião do
inventário florestal a 100%. A segunda medição será realizada no ano seguinte a exploração
para melhor acompanhar seu efeito. A terceira medição será realizada dois anos após a segunda.
A partir daí os intervalos entre as medições serão de cinco anos.
3.7.4 Procedimentos de Coleta
Cada árvore receberá uma plaqueta de alumínio, com o n° de identificação (n° com seis
dígitos: os dois primeiros identificarão a parcela, o terceiro e o quarto a subparcela e os dois
últimos a árvore), conforme recomendaram Silva & Lopes (1984). As árvores de cada
subparcela terão uma numeração própria que irá de 1 a n. As plaquetas serão fixadas cerca de
10cm do ponto de medição do diâmetro. No caso de árvores com sapopemas muito altas, as
plaquetas serão fixadas em local de fácil visibilidade.
Em árvores selecionadas para corte, a plaqueta será reposicionada na base do tronco,
abaixo da altura de corte, para possibilitar a sua localização após a exploração. As árvores
localizadas na linha divisória das subparcelas serão incluídas na subparcela onde mais da
metade de sua base estiver inserida.
Os números das árvores que morrerem, não serão, em hipótese alguma, reutilizados em
outras árvores. Em caso de ingressos utilizar-se-á novo número, próximo da sequência daquela
subparcela.
3.7.5 Principais Variáveis a Serem Coletadas
3.7.5.1 Classe de Qualidade do Fuste
De acordo com Silva et. al (2005) a Classe de Identificação do Fuste – CIF é uma variável
que descreve os diversos estados em que podem ser encontradas as árvores em uma floresta. Os
códigos numéricos combinam a sanidade da árvore com o estado do fuste, (Tabela 16 e Figura
11). Na primeira medição, somente as árvores vivas serão consideradas. A partir da segunda
medição, todas as árvores, incluindo as mortas ou desaparecidas serão registradas.
Tabela 16. Códigos usados para as classes de identificação de fuste das árvores (baseado em Silva & Lopes, 1984).
SITUAÇÃO COMPLETA DESCOPADA (SEM COPA)
FUSTE>4,0M FUSTE<4,0M
Árvore viva em pé 1 2 3
Árvore viva caída 4
Árvore morta por causa natural 5
Árvore morta pela exploração 6
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SITUAÇÃO COMPLETA DESCOPADA (SEM COPA)
FUSTE>4,0M FUSTE<4,0M
Árvore morta por tratamento 7
Árvore colhida (toco exploração) 8
Não encontrada 9
Árvore morta por causa antrópica desconhecida 10
Figura 11. Classes de identificação de fuste (CIF)
3.7.5.2 Identificação das Espécies
As espécies serão identificadas, primeiramente em campo, pelo nome popular, por um
parabotânico experiente e conhecedor das espécies locais. As espécies que não puderem ser
identificadas em campo receberão um código que permita a sua identificação futuramente na
ficha de campo. A seguir, será realizada a coleta de material botânico (folhas, frutos e flores)
para ser enviado aos herbários da Embrapa Amazônia Oriental, Museu Emílio Goeldi,
Universidade Federal Rural da Amazônia - UFRA ou Instituto Nacional de Pesquisas da
Amazônia – INPA, para proceder sua identificação botânica.
Ressalta-se que a Patauá buscará parcerias com instituições de pesquisas para auxiliar na
correta identificação das espécies.
3.7.5.3 Medição da circunferência
A medição das circunferências será realizada com fita métrica, a uma altura fixa de 1,30m
do solo (CAP), sempre que possível, exceto para as árvores que possuírem sapopemas ou
qualquer outra anormalidade; quando isso ocorrer o ponto de medição será transferido para um
local livre logo acima no tronco.
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As anormalidades serão registradas nas fichas de campo com a devida numeração da
árvore e o motivo da alteração. As plaquetas serão fixadas a 10cm do ponto de medição.
3.7.5.4 Iluminação da copa
A variável iluminação da copa descreve a quantidade de luz que cada indivíduo recebe
pelas copas, aliado à existência de nutrientes e água no solo, produzirá mais e essa produção irá
refletir diretamente no crescimento dos indivíduos (Silva et. al, 2005). Na avaliação da
iluminação das copas, somente são consideradas as árvores vivas e em pé (completas ou
quebradas) com DAP a partir de 10cm.
No levantamento serão consideradas quatro categorias, sendo elas (Figura 12):
1) Copa emergente ou completamente iluminada;
2) Copa parcialmente iluminada, ou seja, parcialmente coberta por copas de árvores vizinhas;
3) Copa completamente coberta por copas de árvores vizinhas, recebendo apenas luz lateral ou
luz difusa.
4) Sem condições de medição (árvore sem copa);
Figura 12. Categorias de iluminação das copas. Adaptado de: Dawkins, 1958. Fonte: Embrapa – Amazônia
Oriental, 2005.
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3.7.5.5 Situação silvicultural
Este campo identifica a situação em que se encontra cada árvore em relação às ações
silviculturais aplicadas na floresta. Exemplos dessas situações e respectivos códigos são dados
a seguir:
1) ÁRVORE RESERVADA PARA CORTE – são indivíduos de espécies comerciais ou
potenciais, cujo tamanho e/ou qualidade do fuste os qualificam para serem colhidos.
Esse código deve ser utilizado, mesmo em áreas onde não se pretenda realizar a colheita
de madeira (área testemunha ou de preservação permanente), pois, servirá como um
indicativo da capacidade produtiva da floresta;
2) ÁRVORE ANELADA – refere-se ao indivíduo do qual se retirou um anel de casca na
base do tronco para desvitalizá-la;
3) ÁRVORE ANELADA E TRATADA COM ARBORICIDA – refere-se ao indivíduo do
qual se retirou um anel de casca na base do tronco e se aplicou arboricida para
desvitalizá-la;
4) ÁRVORE BENEFICIADA POR TRATAMENTO SILVICULTURAL – trata-se do
indivíduo para ser beneficiado por tratamento silvicultural (desbaste de liberação de
copa, corte de cipós e refinamento);
5) ÁRVORE NÃO RESERVADA NEM TRATADA – indivíduo que não receberá
nenhuma das ações descritas acima, isto é, não houve tentativa de desvitalização, nem
foi reservada para colheita futura, incluindo espécies não comerciais, ou mesmo de
espécies comerciais e potenciais cujas qualidades dos fustes as desqualificam para
serem colhidas (indivíduos cujos troncos estão seriamente danificados, podres, ou muito
deformados).
3.8 DETERMINAÇÃO DE EQUAÇÕES DE VOLUME PARA A UMF
De acordo com Silva et al. (2001), a quantificação do volume de madeira é, sem dúvida,
uma atividade chave para bem planejar o seu aproveitamento. A determinação dos volumes
individuais das árvores com boa precisão é fundamental para determinar o estoque da floresta
e para calcular a sua produtividade.
O desenvolvimento de equações para o cálculo do volume das árvores em florestas
tropicais é indispensável para o planejamento de sua utilização. Sendo empíricas, se faz
necessário ajustá-las à diferentes locais, tipos florestais e espécies.
A medição imprecisa da variável altura comercial tem sido um dos fatores que mais tem
contribuído para o erro de estimativas, sendo aconselhável o uso de equações de uma entrada.
Silva & Carvalho (1984), enfatizaram a dificuldade de medição da altura e também
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recomendaram a utilização de equações de uma entrada, utilizando outra variável de fácil
medição.
No primeiro ano de execução do projeto foi utilizada a equação de volume desenvolvida
por Heinsdijk & Bastos (1963) que determinaram um fator de forma geral igual a 0,7. Todavia,
considerando na IN/IBAMA/MMA 07/2003 e o Art. 10 da Resolução CONAMA 406/2009, na
primeira safra foram coletados dados de árvores amostras para desenvolvimento de
provavelmente três equações volumétricas (dependendo do número de tipologias florestais),
sendo: uma para as dez espécies comerciais de maior dominância; uma para cada tipologia
florestal existente na UMF; e uma equação geral.
As árvores amostras foram mensuradas seguindo a metodologia de Smalian, obtendo-
se os volumes reais das árvores amostras através da equação:
n
i L
aAV
1
Em que:
V= Volume do tronco
A= Área transversal da seção de maior diâmetro
a= Área transversal de menor diâmetro
L= Comprimento da seção
n= Número de seções
As áreas transversais serão obtidas pela seguinte equação:
4
2dA
Em que:
π = 3,1416
d= diâmetro da seção
A seguir é mostrado o procedimento de coleta de dados das árvores amostras:
1. Depois de derrubadas e destopadas, iniciar-se-ão as medições, primeiro pela altura do
toco (Figura 13) e depois pelos diâmetros;
2. Foi marcado o DAP somando a altura do toco (h) ao que faltar para 1,30 metros. No
caso de árvores com sapopemas o diâmetro foi marcado 30 centímetros de sua
influência;
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3. Com um lápis estaca, foi feito a marcação do tronco, a cada 2 metros, até a última seção
inteira, iniciando da base;
4. Com auxílio de uma suta (adaptada) realizar-se-á a mensuração dos diâmetros marcados
nas seções de 2 metros;
5. Será realizada com paquímetro, a mensuração da espessura da casca em três pontos
distintos, isto é, na base, meio e ponta.
L = comprimento de cada seção (igual a 2,0m);
L1 = comprimento da última seção (menor que 2,0m);
D0 = diâmetro da base;
Dn-1 = diâmetro da última seção inteira;
Dn = diâmetro da última seção (menor que 2,0m)
h = altura do toco;
h+x = altura de medição do DAP
Figura 13. Coleta de dados das árvores amostras. Fonte: EMBRAPA/CPATU, 2005, com adaptações
A Figura 14 mostram os procedimentos de coleta de uma árvore amostra.
Figura 14. Mensuração do diâmetro (esq.) e mensuração da espessura da casca (dir.)
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De acordo com Silva et al. (2005) pesquisas desenvolvidas pela EMBRAPA e UFRA,
têm mostrado que algumas centenas de árvores, no máximo 300, são suficientes para obter
equações com precisão razoável cobrindo a variação de diâmetros da floresta. Silva et. al.
(2005), recomenda, coletar pelo menos 30 indivíduos em cada classe diamétrica com
amplitude de 10cm, tendo como início a classe de DAP 50cm – que corresponde ao DMC da
maioria das espécies.
Foram seguidos os seguintes critérios para a seleção da melhor equação para área de
manejo, conforme Silva et. al, 2001:
Alto coeficiente de determinação (R²);
Baixo desvio padrão de regressão (Sy.x) ou Índice de Furnival para equações
logarítmicas;
Alto valor de F;
Baixo coeficiente de variação (CV);
Erro amostral menor que 15%;
Boa distribuição dos resíduos padronizados.
A equação de volume ajustada proposta por Prodan é a mais adequada para a área de
manejo na UMF III (Tabela 6). Durante a execução da UPA requerida neste documento serão
coletadas mais árvore-amostra para juntar ao banco de dados e aferir mais a equação. Nesse
sentido, serão coletados dados a medida que novas UPA’s forem sendo manejadas, a fim de se
obter os melhores ajustes das equações.
3.9 PLANEJAMENTO DA INFRAESTRUTURA
Para execução do plano de manejo de acordo com o que preceitua a legislação vigente,
foram planejadas, levando-se em consideração as normas de segurança, viabilidade econômica,
diminuição de custos e menor intervenção na floresta, uma malha viária de estradas e um novo
pátio central que atenderá as próximas 10 UPAs do projeto, incluindo esta, prevista para
exploração em 2018. Podemos observar que a UPA-B se distanciou do pátio central atual e o
percurso de ida até ele está no sentido contrário do caminho de saída das toras para as unidades
de desdobro de madeira em tora para produção de madeira serrada, aumentando
consideravelmente os custos do empreendimento com o transporte da madeira e
consequentemente o tempo para entrega aos destinatários das toras produzidas no projeto, e
para aquelas menos resistentes as condições climáticas da região depois de abatidas, pode
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ocasionar uma perda de qualidade na madeira ou até mesmo seu descarte, principalmente das
espécies menos densas, como o Tauari, Goiabão, Favas, entre outras.
O pátio central construído em 2016 não será desativado e servirá para receber as toras
produzidas das UPAs localizadas mais ao norte da UMF III (Figura 15), ou conjuntamente ao
novo pátio central solicitado neste POA, as manutenções nos pátios serão recorrentes, sempre
que houver necessidade de reparos e limpeza dentro do limite estabelecido e autorizado para
sua construção.
Figura 15. UPAs futuras e planejamento do escoamento da produção na UMF III
A produção das próximas 10 UPAs será armazenada neste novo pátio central solicitado
neste documento e praticamente receberá metade do que se pretende manejar na UMF III
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concedida a Patauá para licenciamento e exploração da floresta de forma sustentável e com
múltiplos produtos florestais, considerados madeireiros ou não madeireiros.
3.9.1 Estradas Permanentes ou Primárias
A distribuição das estradas dentro da infraestrutura do manejo florestal sem dúvida
constitui-se uma fase de extrema importância para a viabilidade logística, ambiental e financeira
de um projeto de manejo, por se tratar de uma atividade estratégica para o escoamento da
produção e requerer altos valores de investimento financeiro, sendo ainda potencialmente
causadora de degradação ambiental. Diante deste cenário o planejamento de estradas florestais
deve ser pensado de maneira que se consiga reduzir os custos e os danos ambientais (ao solo,
corpos d’água e a floresta) e maximizar a capacidade de escoamento da produção de forma
rápida e segura (BROZA, 2012).
De acordo Sherar et al., (2016) no manual de estradas florestais Bacia Amazônica, a
localização das estradas devem ser definidas com base em planejamentos detalhados no
escritório, levando em consideração a topografia e as características do terreno, como zonas de
inclinação, áreas de drenagens e passagens de água, utilizando pontos de controle para se
estabelecer fisicamente o traçado da estrada em campo.
Nos dias atuais o uso de ferramentas de georreferenciamento tem se tornado indispensável
para o planejamento das atividades florestais, principalmente quando se refere a estradas, por
fornecer um diagnóstico detalhado sobre terreno, curvas de níveis, hidrografia da área,
tornando-se um instrumento facilitador para a tomada de decisões. O mapeamento utilizando
imagens SRTM (Shuttle Radar Topography Mission) serve de base para elaboração de modelos
de elevação do terreno, e é de suma importância para o SIG, pois confronta informações obtidas
nos bancos de dados dos sensores remotos com o coletado em campo, sendo um dos principais
mecanismos de planejamento de exploração florestal na Amazônia, pois possibilita informações
precisas sobre a área a ser trabalhada, resultando em um arranjo harmônico entre os fatores
ambientais e econômicos, devido a otimização e controle da atividade, reduzindo os impactos
e os custos operacionais (FIGUEIREDO et al., 2007).
Estas infraestruturas serão construídas dentro da área de manejo autorizada para a
atividade, mais especificamente no perímetro da UMF III da FLONA Altamira na sua porção
sul da unidade de manejo. Este documento também prevê a abertura das estradas principais da
UPA C, subsequente a pedida para 2018, como objeto para apoiar as atividades pré-exploratória
favorecendo o aumento da qualidade na obtenção dos dados qualitativos e quantitativos dos
levantamentos de campo e proporciona mais dignidade e melhor ambiente de trabalho as
equipes de campo para execução dos inventários florestais.
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As estradas primárias da UPA B estão localizadas dentro do perímetro da UMF concedida
a Patauá e terão 6 metros de leito carroçável, como determina as diretrizes técnicas e normas
para a atividade de manejo florestal sustentável aliada as técnicas de EIR (Exploração de
Impacto Reduzido), totalizando aproximadamente 12,278 km de extensão, ou 7,4 hectares. Em
termos percentuais, isso corresponde a 0,24% da área total da UPA-B. Todo o traçado das
estradas que serão construídas na área de interesse do empreendimento foi confirmado em
campo por equipes especializadas, desviando quando necessários de resistências naturais, como
APP’s e áreas declivosas, evitando uma mudança de ângulo horizontal elevado, para deixar as
estradas retilíneas e com poucas curvas, conforme observado na Figura 16.
Figura 16. Localização das estradas principais na UPA-B, UMF III, Patauá, Altamira/PA.
3.9.1.1 Estradas Principais da UPA Subsequente (UPA-C)
Antecipando a abertura das estradas principais da UPA-C no período de execução das
atividades exploratórias da UPA-B, no intuito de se obter uma maior estabilidade da base
carroçável dessas estradas principais da UPA subsequente (UPA-C), refletindo melhores
condições de trabalho em campo para os trabalhadores florestais que atuam no
empreendimento, favorecendo a realização das atividades de campo com o apoio de veículos.
Pede-se a abertura desta infraestrutura que foi planejada usando a mesma metodologia aplicada
na UPA-B, inclusive concomitantemente planejadas. O resultado do planejamento da
infraestrutura supramencionada pode ser observado na Figura 17.
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Figura 17. Localização das estradas principais da UPA-C, UMF III, Patauá, Altamira/PA.
As estradas primárias da UPA-C totalizam aproximadamente 15,753 km de extensão,
ou 9,5 hectares, podendo ocorrer algumas alterações que serão comunicadas ao órgão ambiental
competente assim que consolidado o local exato de instalação das estradas.
3.9.2 Estradas Secundárias
As estradas secundárias foram planejadas levando-se em consideração as informações
coletadas nas atividades de pré-colheita: microzoneamento, delimitação e inventário 100%.
Essas estradas geralmente possuem 500 metros de distância uma da outra, exceto para as UT’s
com polígono irregular. A distribuição das estradas foi projetada para a sistematização no
arraste das toras, de forma a manter a distância padrão, visando facilitar o planejamento e o
controle na área de produção. Estas estradas deverão apresentar cerca de 4 m de largura e um
comprimento variado para cada UT, totalizando aproximadamente 32,528 km de extensão, ou
13,0 hectares. Em termos percentuais, isso corresponde a 0,42% da área total da UPA-B.
3.9.3 Pátios de Estocagem
Serão construídos por toda a extensão das estradas secundárias, pátios de estocagem de
toras, com viradouros para facilitar a manobra de caminhões romeu e julieta, procurando manter
o padrão de dois por estrada, estão planejados 132 para instalação, perfazendo uma área total
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de 66.000,0 m² ou 6,6 ha de pátios de estocagem em toda área da UPA-B. Estes pátios serão
distribuídos de forma que comporte o recebimento de madeira de aproximadamente 12,5 ha,
divididos em dois lados de 6,25 ha. A área dimensionada para cada pátio será de 20 m x 25 m
ou 500 m² (Figura 16).
3.9.4 Pátio Central
O pátio central existente foi construído em 2016, para receber a produção da colheita
florestal da UPA-A na UMF III e sua localização privilegia as operações exploratórias futuras
localizadas na porção central, seguindo até o extremo norte da UMF III, pois o caminhamento
para transporte das toras até as empresas madeireiras será sempre no mesmo sentido, diferente
do que ocorreu durante a exploração da UPA-A, em que as toras eram levadas para o pátio
central e depois retornavam no sentido oposto do baldeio para dar saída as toras.
Para a UPA-B da referida UMF está sendo pedido a autorização para a abertura de um
novo pátio central que atenderá a operacionalização das próximas 10 UPAs na UMF III, a partir
desta UPA solicitada para colheita neste ano corrente de 2018 (Figura 15), buscando uma
diminuição nos custos operacionais de baldeio e transporte das toras, além diminuir a
intervenção na floresta pelo planejamento diferenciado e continuo das UPAs futuras, sem
precisar dar voltar com estradas novas para facilitar o acesso.
4 ATIVIDADES EXPLORATÓRIAS
A colheita florestal de impacto reduzido engloba uma série de operações que vai desde
abertura de estradas até o transporte final da madeira para indústria. Estas operações são
planejadas e executadas de acordo com as técnicas de EIR (Exploração de Impacto Reduzido)
que são fundamentais para reduzir ao mínimo os danos da colheita na estrutura e arquitetura da
floresta (PINTO, 2002).
A localização e o tamanho dos pátios de estocagem, a posição dos ramais de arraste e a
direção de queda das árvores são definidas no planejamento da exploração. Essas informações,
em conjunto com os dados do censo (localização das estradas secundárias e das árvores), são
utilizadas para elaborar o mapa preliminar de exploração, que será utilizado pela equipe de
demarcação e, posteriormente, como guia das equipes de corte e arraste.
4.1 CONSTRUÇÃO DE INFRAESTRUTURA
Como mencionado anteriormente no planejamento das infraestruturas, serão abertas
estradas de acesso, principais, secundárias, pátio central e pátios de estocagem.
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A área total de estrada principal construída será de 43.132,0 m² ou 19,7 ha, o que
corresponde a 1,4% da área total da UPA-B. Para as estradas secundárias serão abertas 32,528
km de extensão ou 13,0 ha, correspondendo a 1,06% da UPA.
Na Tabela 17 observam-se as informações por unidades de trabalho (UT’s) relacionadas
as áreas destinadas à infraestrutura, áreas com ocorrência de clareiras e a área de efetivo manejo,
distribuídas em hectares. Na área de infraestrutura, considera-se também a soma das áreas de
Clareiras e Piçarreira quando houver.
No total serão construídos 39,3 ha de infraestrutura na UPA-B, dividas entre estradas
principais, de acesso, secundárias e pátios de estocagem, em percentual este valor representa
1,1% desta unidade de produção.
Tabela 17: Áreas de infraestrutura, de APP e de efetivo manejo da UPA-B, UMF IV, Altamira/PA.
UT Área Total
(ha) Área de
Infraestrutura (ha) Área de APP (ha)
Área Efetiva Exploração (ha)
1 94,8 1,1 20,1 73,6
2 96,4 1,5 10,1 84,8
3 96,0 1,2 10,4 84,4
4 56,5 0,4 9,8 46,2
5 54,1 0,8 7,7 45,6
6 112,2 1,4 15,7 95,1
7 112,8 1,7 12,0 99,1
8 111,7 1,9 11,2 98,6
9 111,1 1,1 16,4 93,6
10 88,2 1,1 19,3 67,8
11 147,2 2,0 28,8 116,4
12 111,7 1,5 27,7 82,4
13 109,8 1,4 20,4 88,0
14 138,4 1,9 20,0 116,5
15 96,1 1,0 20,3 74,8
16 110,3 1,5 16,1 92,7
17 90,7 1,1 22,2 67,4
18 133,9 1,2 30,8 101,9
19 105,2 1,5 20,2 83,4
20 144,9 1,5 22,4 121,0
21 126,2 2,0 17,5 106,7
22 133,4 1,7 33,7 98,0
23 105,3 1,2 16,9 87,2
24 98,8 1,3 12,5 84,9
25 123,1 2,1 15,6 105,4
26 90,7 1,0 16,1 73,5
27 167,9 2,5 22,1 143,3
28 113,0 0,8 18,0 94,2
Total 3.080,3 39,3 514,1 2.526,9
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Serão construídos por toda a extensão das estradas secundárias, pátios de estocagem de
toras procurando manter o padrão de dois por estrada, estão planejados 132 para instalação,
perfazendo uma área total de 66.000,0 m² ou 6,6 ha de pátios de estocagem em toda área da
UPA-B. Estes pátios serão distribuídos de forma que comporte o recebimento de madeira de
aproximadamente 12,5 ha, divididos em dois lados de 6,25 ha.
Os números de pátios de estocagem para a UPA-B ficaram distribuídos da seguinte forma:
UT-01 (05 pátios); UT-02 (04 pátios); UT-03 (04 pátios); UT-04 (03 pátios); UT-05 (03 pátios);
UT-06 (06 pátios); UT-07 (05 pátios); UT-08 (05 pátios); UT-09 (04 pátios); UT-10 (04 pátios);
UT-11 (07 pátios), UT-12 (06 pátios), UT-13 (05 pátios), UT-14 (07 pátios), UT-15 (05 pátios),
UT-16 (03 pátios), UT-17 (05 pátios), UT-18 (05 pátios), UT-19 (05 pátios), UT-20 (05 pátios),
UT-21 (04 pátios), UT-22 (06 pátios), UT-23 (04 pátios), UT-24 (04 pátios), UT-25 (05 pátios),
UT-26 (03 pátios), UT-27 (07 pátios) e UT-28 (03 pátios).
4.1.1 Área de Efetivo Manejo
A área total de manejo da UPA-B corresponde a 3.080,3212 ha, com a exclusão deste
total das áreas destinadas à infraestrutura e aquelas consideradas como áreas de preservação
permanente no montante de 514,1221 ha, restam uma área de 2.526,8797 ha para efetivo
manejo.
4.2 DERRUBA DIRECIONADA DAS ÁRVORES
4.2.1 Procedimentos e Verificações
A equipe de exploração receberá um mapa para cada UCA, um GPS Garmin Montana
680 com as coordenadas de todas as árvores selecionadas para corte e as remanescentes/raridade
de uma UT, acompanhado de ficha de campo. O operador de motosserra, de posse de uma lista
de árvores a explorar e mapa de corte/arraste (Figura 18), localizará dentre as árvores a primeira
a ser explorada (Figura 19). A equipe se deslocará até a árvore a ser derrubada, o motosserrista
com auxílio da equipe deverá realizar a verificação da árvore e sua situação ao redor.
O motosserrista da equipe deverá verificar visualmente se a árvore não apresenta algum
dano ou defeito (oco, tortuosidade acentuada ou conicidade da árvore), que porventura não
tenha sido observado no inventário 100%.
Caso seja detectado algum dano ou defeito que impeça o aproveitamento da árvore, esta
será descartada; será anotado na ficha de campo o motivo e ao mesmo tempo deverá ser
sinalizada no mapa de corte/arraste.
Ainda na fase de verificação, o motosserrista deverá realizar o teste de ocosidade,
perfurando o tronco da árvore com o sabre do motosserra no sentido vertical, na altura do corte
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de derruba (Figura 19). Se for detectada alguma anomalia durante essa operação, essa árvore
será sumariamente descartada, sendo anotado na ficha de campo o motivo e sinalizada no mapa
que a mesma não foi derrubada.
Generalizando os procedimentos podem ser dispostos da seguinte forma:
1. Verificação do número da árvore e teste de oco;
2. Verificação da direção de queda natural da árvore;
3. Definição da direção de queda desejável (derruba direcionada);
4. Abertura dos caminhos de fuga e;
5. Somente após estes procedimentos é executado corte da árvore.
Posterior à derrubada, a árvore será traçada no limite do seu fuste para a retirada da copa,
sendo que parte dos resíduos gerados será aproveitada. Neste momento, o ajudante colocará a
plaqueta de identificação da árvore no toco da mesma e anotará o seu número de identificação
nas toras. Somente serão derrubadas aquelas árvores destinadas à produção madeireira cujos
atributos sejam coincidentes com os critérios de seleção das árvores.
Portanto, as árvores que eventualmente forem descartadas pelos motivos acima
elencados, poderão ser substituídas por uma árvore da mesma espécie destinadas como
remanescente/raridade dentro da mesma UT, tendo em vista que a árvore descartada não servirá
para a indústria, todavia, cumprirá seu papel ecológico dentro do ecossistema, isto é,
disseminação de sementes, abrigo de fauna entre outros.
Figura 18. Exemplo de mapa de corte de uma quadra.
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Figura 19. Localização das árvores (esq.) e teste de ocosidade no tronco da árvore (dir.).
4.2.2 Corte de Árvores com Fuste bem Formado
As árvores que não apresentarem nenhum dano ou defeito que impeçam seu
aproveitamento terão o corte executado. Logo, o motosserrista observará a disposição das
árvores remanescentes ao redor da árvore a ser derrubada, o local de queda que cause menos
danos e que facilite o arraste. O motosserrista deverá certificar-se de que a direção de queda
recomendada é possível de ser feita, sem que exponha sua equipe a riscos de acidentes. Caso
verifique risco, o motosserrista, de acordo com as diretrizes e objetivos da condução de queda1,
deverá redefinir a nova e melhor direção de queda. Antes de iniciar a derruba de cada árvore o
motosserrista deverá observar se não existem galhos secos ou verdes perigosamente
dependurados na copa que possam vir a cair sobre ele mesmo ou em alguém da equipe.
Depois de verificar e/ou definir a direção de queda da árvore, a equipe deverá observar a
ocorrência de cipós que possam alterar o direcionamento da queda. Se os mesmos existirem,
deverá ser realizado o corte dos cipós. Em seguida o ajudante deverá abrir o caminho de fuga
para garantir uma saída sem comprometer a segurança da equipe envolvida na operação. Os
caminhos de fuga deverão ser feitos ao redor da árvore a 45° contrário à direção de queda
escolhida.
Se a árvore tiver fuste bem formado, desprovido de sapopemas, copa bem formada, sem
ou com pouca inclinação de queda natural, a técnica a ser utilizada será simples, ou seja, o
motosserrista deverá fazer corte do entalhe direcional, sempre do lado de queda da árvore,
através de um corte horizontal no tronco da árvore, que deve penetrar até a proximidade de um
terço do seu diâmetro, o mais rente possível do solo, para evitar o desperdício de madeira.
Em seguida, deverá ser feito o segundo corte, em diagonal formando com este um ângulo
de 45°. Do lado oposto ao entalhe direcional será realizado o último corte o corte de derruba.
1 Proteger árvores remanescentes, provocar menor dano e facilitar o arraste.
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Este corte deverá ficar a uma altura de máxima de 40cm acima do nível do solo prolongando
ou aprofundando até a metade do tronco.
O motosserrista deverá ter o cuidado em deixar o filete de segurança (dobradiça), com
espessura equivalente a 10% do diâmetro da árvore. Estes procedimentos podem ser observados
nas Figuras 20 a 23.
Figura 20. Corte direcional das árvores.
Figura 21. Corte direcional das árvores.
Figura 22. Corte de derruba.
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Figura 23. Plaqueteamento do toco e identificação da árvore.
Na ficha de controle o ajudante marcará na coluna OBSERVAÇÕES com um “X” se a
árvore foi cortada, bem como outros aspectos importantes, tais como: árvore oca, presença de
abelhas, formigas, “macacos”, etc. A Tabela 18 exemplifica como será a ficha de controle de
campo com as anotações do ajudante e que acompanhará as equipes de exploração.
Estas anotações possibilitarão a permuta de árvores da mesma espécie, localizadas na
mesma UT, sendo esta ocorrência devidamente observada e comunicada nos relatórios de
acompanhamento.
Tabela 18. Modelo de fichas de controle de exploração da UCA.
Árvore cortada é sinalizada com um “x”
Depois de a árvore ser derrubada, o ajudante do motosserrista sinalizará no mapa da UCA
a direção de queda em relação às picadas de orientação e marcará com um X na ficha de controle
que a mesma foi devidamente cortada, visando auxiliar a próxima etapa de exploração – a do
planejamento do arraste, conforme mostra a Figura 24.
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Figura 24. Exemplo de mapa de corte com a direção de queda das árvores
4.2.3 Corte de Árvores Utilizando-se Cunhas
As árvores que apresentarem direção de queda natural que não favoreça o arraste ou a
minimização dos impactos, sempre que possível, deverão ter sua direção de queda redirecionada
utilizando técnicas específicas de corte.
Para tal, os motosserristas deverão fazer o entalhe direcional para o lado que se deseja
que a árvore caia. O corte de derruba deverá ser iniciado pelo lado onde a árvore tem sua direção
de queda natural. O motosserrista deverá introduzir uma cunha na fenda aberta com o corte de
derruba. Isso garantirá que a árvore não caia na direção de queda natural.
O corte de derruba deverá ser feito até próximo da outra extremidade da árvore, tomando
cuidado de não o aprofundar, pois será nesta extremidade que deixará o filete de segurança mais
largo, para que no momento da queda a parte mais larga do filete puxe e direcione a queda da
árvore conforme o planejado. Em seguida o ajudante deverá bater a cunha com golpes de
marretas, aprofundando -a, garantindo que a árvore não volte para sua queda natural e possa
cair na direção planejada.
No mesmo momento em que o ajudante estiver aprofundando a cunha, o motosserrista
deverá estar aprofundando o corte de derruba, deixando sempre a dobradiça mais estreita do
lado da queda natural da árvore. As Figuras 25 a 27 ilustram como deverá ser realizado nesses
casos.
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Figura 25. Abertura do entalhe direcional.
Figura 26. Uso de cunhas (esq.) e corte de derruba (dir.).
Figura 27. Resultado do uso da técnica de corte
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4.2.4 Derruba Direcionada de Árvores com Sapopemas
Para as árvores que apresentarem sapopemas será realizado o corte no sentido vertical, de
cima para baixo, depois na horizontal, o mais próximo possível do solo, retirando todas as
sapopemas. Em seguida, deverá ser feito o entalhe direcional e posteriormente o corte de
derruba de forma normal. As Figuras 28 e 29, ilustram como deverá ser realizado o corte nestes
casos.
Figura 28. Corte vertical das sapopemas (esq.) e corte horizontal das sapopemas (dir.).
Figura 29. Corte horizontal do tronco (esq.) e corte de derruba (dir.).
4.2.5 Procedimentos de Derruba para não Atingir as APP’s
Conforme já comentado anteriormente, as árvores localizadas nas APP’s não serão
inventariadas, tampouco exploradas. Além disso, durante o planejamento da exploração será
criado um “buffer” de 30 metros a partir do limite das APP’s, de acordo com o que preceitua a
legislação em vigor, vale lembrar que as APP’s encontradas estão enquadradas no limite
correto, pois a UMF não possui drenagens com largura superior a 10m, na Figura 30 pode-se
observar os tamanhos das zonas de preservação permanente de acordo com diferentes larguras
de rio estipuladas no Novo Código Florestal. Assim, será priorizado que as árvores localizadas
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nesses locais sejam destinadas como Matrizes. Essa medida diminuirá os riscos de danos às
APP’s pela queda de árvores.
Figura 30. Zonas de preservação de acordo com a Lei 12.651/2012.
As árvores que estiverem próximas as APP’s serão cortadas utilizando técnicas especiais
de corte visando seu direcionamento da queda (através de cunhas), evitando que danifique tais
locais, entretanto, caso o operador de motosserra detecte que tal operação danificará
demasiadamente esse local, o mesmo deverá descartar sua derruba.
Durante a fase de derruba os motosserristas serão orientados e capacitados a não
realizarem o corte, em hipótese alguma, de árvores que porventura tiverem sido inventariadas
equivocadamente durante o inventário censitário. O operador terá total autonomia para decidir
essa situação em campo e será informado nos mapas e fichas de campo o motivo pelo qual não
foi realizado a derruba da árvore.
Em caso de alguma galhada ou tora cair dentro de cursos d’água, será realizado a
desobstrução imediata do leito bem como sua recuperação.
4.2.6 Critérios de Corte e Arraste em Cursos de Água Sazonal
4.2.6.1 Áreas Baixas
Nas áreas baixas, mas que não se constituem em um leito de um curso d’água, ou seja,
não caracterizadas como áreas de preservação permanente (Lei nº 12.651/12), o corte e o arraste
das árvores serão realizados normalmente. Todavia, o arraste será em duas etapas, utilizando o
pré arraste com cabo e guincho e o arraste com o Skidder.
O pré-arraste com cabo e guincho ocasionará menos danos à vegetação de sub-bosque,
contudo, poderá ocasionar danos ao solo, visto que uma das pontas da tora estará em contato
direto com o solo.
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4.2.6.2 Nascentes e Olhos D’água
As nascentes e olhos d’água são considera dos pela legislação como áreas de preservação
permanente devendo ser respeitada a distância mínima de 30m das margens e de 50m das
nascentes. Portanto, as árvores ocorrentes dentro destes limites, não serão inventariadas,
tampouco cortadas.
4.2.6.3 Cruzamento com Skidders em Cursos de Águas Sazonais
Nos cursos d’água sazonais onde a condição para o arraste for favorável e não houver
necessidade de realizar cortes ou aterros, o arraste será realizado com o máximo de cuidado,
evitando a obstrução do leito d’água. Em caso do arraste danificar o leito natural dos cursos
d’água, estes serão imediatamente corrigidos, sendo desobstruídos e quando houver
necessidade, realizar o plantio de mudas florestais no local para recuperar o local degradado.
4.2.6.4 Corte de Árvores às Margens dos Cursos de Águas Sazonais
Embora o item 8.4.1 do Anexo I da IN 07/03, autorize o corte de árvores nesses locais
desde que cortadas com alto grau de controle do direcionamento de queda, não será realizado
o corte de árvores nesses locais.
4.2.7 Medidas de Proteção das Árvores Protegidas por Lei
Considerando que a execução do PMFS será baseada em técnica de exploração de
impacto reduzido, que envolve entre outros aspectos o planejamento criterioso da exploração,
reduzindo os danos à floresta residual, inclusive das espécies ameaçadas e/ou em perigo de
extinção e as protegidas por lei que porventura existam na área de manejo concedida a Patauá.
As espécies protegidas de maior ocorrência nas áreas do empreendimento foram: castanheira
(Bertholettia excelsa), seringueira (Hevea brasiliensis) e angelim rajado (Marmaroxylon
racemosum).
Para isso, certas medidas serão tomadas nas fases de construção da infraestrutura
(estradas, pátios e ramais de arraste) e na derruba das árvores, tais como:
Treinamento e capacitação das equipes de campo quanto à legislação, com enfoque nas
espécies protegidas por lei, ameaçadas e/ou em perigo de extinção;
Não derrubar as espécies protegidas quando da construção de estradas, pátios de
estocagem e ramais de arraste;
Fazer desvios suaves nos trechos de estradas onde houver uma espécie protegida. Os
desvios serão construídos cerca de 3,0 metros da árvore a ser protegida, iniciando-se a
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15 metros de distância. Após o desvio a estrada seguirá seu eixo normal até encontrar
nova espécie protegida;
Direcionamento da queda das árvores, para evitar que as árvores cortadas caiam sobre
as espécies protegidas e consequentemente provoquem danos físicos às mesmas;
Durante o arraste, quando houver necessidade será realizado desvio lateralmente das
árvores protegidas. Após a fixação do cabo de aço à tora, o operador do Skidder deverá apoiar
o cabo de aço a uma “ árvore apoio” (sem valor comercial), guinchando a tora; que deverá
mover-se lateralmente à árvore protegida. Após o desvio da árvore, o arraste da tora será
executado normalmente.
4.3 APROVEITAMENTO DE RESÍDUOS FLORESTAIS
A exploração florestal para a indústria madeireira, deixa uma quantidade considerável de
resíduos na forma de galhos, raízes tabulares como sapopemas e escoras, restos de troncos,
árvores tombadas durante a construção da infraestrutura de estradas, pátios de estocagem e na
derruba das árvores, além das partes dos troncos não aproveitáveis durante o traçamento devido
a bitola ou por apresentarem ocos que inviabilizam a industrialização.
O uso de resíduos de exploração em regiões onde é econômico seu aproveitamento para
geração de energia, pode ser uma oportunidade para gerar mais empregos no meio rural, e ao
mesmo tempo promover uma utilização mais ampla da floresta.
De acordo com a Resolução CONAMA n° 411/2009, que em seu Art. 8, § 2°, informa
textualmente: “o volume autorizado para aproveitamento de resíduos da exploração florestal,
no primeiro, ano, ficará limitado a 1m³ de resíduo por m³ de tora autorizada, ou definido por
meio de cubagem”.
Para a Patauá optou-se pela equação utilizada pela Cooperativa Mista da FLONA do
Tapajós – COOMFLONA em suas áreas de manejo florestal devidamente autorizadas onde se
determina o volume de galhos e forquilhas por espécie de interesse em vários diâmetros
(SILVA-RIBEIRO, 2013).
Para encontrar a equação específica para o volume de galhos e forquilhas nas áreas da
COOMFLONA foi realizado um estudo em parceria com a UFOPA, com objetivo de destinar
o volume de madeira residual para a produção de móveis, pré-cortados e pequenos artefatos em
madeira.
Obteve-se autorização específica devidamente licenciada. Esta iniciativa tinha como
objetivo o fortalecimento da cadeia produtiva de móveis dentro da Floresta Nacional do
Tapajós, abastecendo as comunidades que já possuem infraestrutura para fabricação de móveis.
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É importante frisar que os resíduos obtidos da colheita florestal nas áreas concedidas a
Patauá terão além da destinação para empreendimentos de fabricação de móveis a venda para
serrarias com interesse neste tipo de produto.
A equação encontrada foi a seguinte:
Vrb/c= 0,211045768114405 + (0,000630439578435079 x DAP²) + (-0,00000805819101964133 x DAP² x Hc) +
(-0,0000204270359331579xDAPxHc²) + (0,00030907024548338 x Hc)
Sendo:
Vrb/c = volume de resíduo bruto com casca, em m³;
DAP= diâmetro a altura do peito, em cm;
Hc= altura comercial, em metros.
No total levantado na UPA-B para as 27 espécies selecionadas como corte serão obtidos
23.732,4131 m³ de volume residual na UPA supramencionada na área da Patauá, conforme
Tabela 19.
Tabela 19. Número de indivíduos e volume residual das espécies selecionadas para corte encontradas na UPA-B,
UMF III, Patauá, Altamira/PA.
Nome Popular N° Árv Vol (m³)
Angelim-pedra 86 526,5145
Caucho 112 255,3136
Cedroarana 15 116,5286
Cedro-vermelho 130 463,5611
Cumaru 49 168,6658
Currupixá 295 1.650,5731
Fava 250 739,0790
Fava-amargosa 177 406,0195
Freijó 18 32,2549
Garapeira 909 3.822,9118
Goiabão 951 2.123,9561
Gombeira 4 7,1230
Ipê-amarelo 1.948 3.967,3564
Ipê-roxo 215 530,0191
Nome Popular N° Árv Vol (m³)
Itaúba 125 257,3510
Jatobá 1.303 4.370,5923
Jutaí-mirim 430 1.081,8784
Maçaranduba 71 193,2253
Marupá 57 139,2511
Muiracatiara 323 689,1638
Pequiá 9 79,3602
Quaruba 9 67,3255
Quarubarana 241 811,1483
Sucupira 5 12,2252
Tatajuba 36 197,5563
Tauari 300 857,5666
Tauari-cachimbo 37 165,8925
Total Geral 8.105 23.732,4131
4.4 PLANEJAMENTO E OPERAÇÃO DE ARRASTE
O arraste, de acordo com critérios pré-estabelecidos, definirá os caminhos por onde o
trator florestal (Skidder) seguirá durante a execução do arraste das toras até os pátios de
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estocagem. Os ramais de arraste principais serão alocados de acordo com a distribuição espacial
das árvores, direção de queda e em função da menor resistência da floresta ao Skidder.
Baseado nos mapas de infraestrutura e corte/arraste de cada UCA, os planejadores
deverão marcar os ramais principais da última árvore até o pátio de estocagem, os ramais
secundários serão alocados para os ramais principais em forma de “espinha de peixe”, para tal
serão utilizadas fitas indicativas (azul, vermelha, branca e amarela). Os ramais deverão ser o
máximo possível retos, ou com curvas suaves, para facilitar o trabalho do Skidder e diminuir a
possibilidade de danos à floresta.
Ao chegar à árvore a ser arrastada, a equipe de planejamento definirá o local onde o
Skidder deverá parar para guinchar a tora. A definição deste local estará em função das
condições do local e do posicionamento da tora em relação ao seu toco. Após definida a parada
do Skidder, dar-se-á início a abertura da picada e sinalização do ramal de arraste principal,
seguindo em direção ao fundo do pátio. Este ramal deverá ser adiantado e agregando a ele o
planejamento dos ramais secundários.
Durante todo o planejamento dos ramais, as equipes deverão sinalizar árvores caídas e
outros obstáculos que se apresentarem no caminho para que os mesmos sejam traçados.
Com o planejamento do ramal de arraste e obtenção do mapa definitivo de corte/arraste,
o operador do Skidder saberá a quantidade e a localização exata das toras a serem arrastadas,
evitando que alguma árvore abatida seja esquecida na floresta. Vale ressaltar que em caso de
troncos muitos compridos, o auxiliar deverá seccionar as árvores em tamanhos menores, com
o objetivo de diminuir a quebra do sub-bosque no entorno da árvore e facilitar o arraste até o
pátio. As Figuras 31 e 32 ilustram como deverá ser realizado o arraste das árvores.
Figura 31. Marcação ramais principais e traçamento de obstáculos.
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Figura 32. Arraste com skidder.
4.4.1 Medidas para Evitar o Cruzamento de Cursos D’Água
Através dos Modelamentos Digitais da Drenagem e do Terreno (MDD e MDT),
observações do microzoneamento (IF 100%) e distribuição espacial das árvores, é possível
determinar a localização dos cursos d’água, suas nascentes, APP’s, bem como a topografia do
terreno, facilitando o planejamento da infraestrutura de modo a evitar o cruzamento de cursos
d’água e nascentes.
Os ramais de arraste serão planejados de maneira a evitar o cruzamento de cursos d’água
e nascentes. Todavia, sempre que necessário serão construídas pontes afim de evitar a obstrução
dos cursos d’águas, mesmo nos cursos intermitentes. A colocação de bueiros será evitada ao
máximo, tendo em vista seu entupimento com o passar dos anos.
4.4.2 Largura dos Ramais de Arraste
A priori, o arraste será executado por Skidder, modelo TS22, marca Muller, que possui
largura de 2,60m, os ramais principais deverão ter largura máxima de 4,10m. Caso haja
mudanças nos modelos de Skidder, a largura máxima do ramal principal será de 1,5m além da
largura da máquina de arraste.
4.5 OPERAÇÕES DE PÁTIO
Na medida em que o Skidder deixar as toras no pátio, o operador da pá carregadeira
deverá empilhar as toras nas laterais do pátio para facilitar o trânsito das máquinas e o
carregamento dos caminhões.
No pátio as toras serão traçadas em seções menores, identificadas com marcação (cadeia
de custódia), carregadas em caminhões trucados e transportadas até o pátio central, onde serão
romaneadas.
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4.5.1 Denominação dos Pátios
Os pátios serão numerados seguindo uma contagem progressiva e não deverão se repetir
ao longo de toda UPA. Esta informação serve para aumentar o controle de arraste e localização
dos tocos com maior facilidade, principalmente para tirar dúvidas rápidas sobre a
rastreabilidade das toras.
4.5.2 Marcação das Toras
Os manejadores utilizam uma marreta com alguns números e letras em relevo para gravar
nas toras, por meio de golpes, as informações que garantem a rastreabilidade da tora (Figura
33). Nas áreas de concessão florestal da Patauá acrescenta-se mais a informação da UMF antes
do registro da UPA.
Figura 33. Marcação das toras (cadeia de custódia).
O registro na tora representa seguindo a sequência:
1. Número da UMF, UPA e UT
2. Número da árvore
3. Seção da Tora
4. Sequência de Tora
5. Número do pátio
4.5.3 Controle de Arraste
O controle do arraste é feito pelos anotadores de posse dos mapas de arraste (Figura 34).
Nestes mapas transcrevemos o que foi observado nos mapas menores de derruba já executados,
como eles possuem um tamanho em A3, temos uma visão maior da localização das árvores
derrubadas e que precisam ser arrastadas e podemos fazer uma marcação limite ou uma prévia
definição de arraste das árvores pela proximidade com pátios e pela distância ótima de arraste,
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dessa forma as equipes de planejamento de arraste precisam apenas confirmar em campo se o
planejamento em escritório pode ser executado de fato.
Figura 34. Arraste com skidder.
4.6 BALDEIO (TRANSPORTE)
O arraste das toras do local de derruba até os pátios de estocagem será feito por tratores
florestais, ou seja, Skidders. O deslocamento das toras, dos pátios de estocagem até o pátio
central do empreendimento, deverá ser feito por caminhões “cavalos mecânicos” equipados
com reboques florestais. O baldeio deverá ser realizado no período seco, atendendo o que
preceitua a IN SEMAS/PA n° 03/2017, de 10/07/2017.
Depois que as toras forem arrastadas para os pátios de estocagem e logo após sua
marcação da cadeia de custódia pelas equipes de campo, poderão ser transportadas para o pátio
central, onde terão equipes aguardando para controlar a chegada das toras e em seguida a coleta
de informações do romaneio de cada tora.
4.7 DESCARREGAMENTO
O descarregamento das toras será executado por carregadeiras frontais com garras,
equipadas com cabina de proteção – adequada para a atividade. Medidas de segurança deverão
ser tomadas quanto aos procedimentos de segurança, como por exemplo, a sinalização da área
de trabalho com cones reflexivos, implantação de buzinas de ré nas máquinas e caminhões.
As equipes de transporte só realizarão as atividades operacionais nos pátios de estocagem
onde tiver sido realizado a marcação da cadeia de custódia das toras bem como o seccionamento
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e identificação das mesmas. As toras serão dispostas nos lastros dos caminhões amarradas com
cabo de aço.
O pátio de estocagem central, com aproximadamente 2 hectares de área, está preparado
com infraestrutura adequada a movimentação no período chuvoso, deverá permanecer sempre
organizado e com restrição quanto à presença de transeuntes não autorizadas nos locais.
As medidas de segurança no carregamento das toras basicamente será a utilização de
Carregadeiras Frontais (Pá Carregadeira) com cabina de proteção – adequada para a exploração
florestal, além da sinalização da área de trabalho com cones reflexivos e a implantação de
buzinas de ré das máquinas e caminhões.
4.8 ROMANEIO (CONTROLE DA CADEIA DE CUSTÓDIA)
A cadeia de custódia tem por objetivo principal garantir a origem de cada árvore e suas
respectivas toras, ou seja, atesta que uma determinada árvore foi explorada exatamente de uma
área conhecida, facilitando também o retorno ao toco se for o caso.
O controle será realizado depois do corte das árvores, onde as plaquetas numéricas do
inventário florestal a 100% serão fixadas nos tocos das mesmas. Todas as árvores cortadas terão
suas toras identificadas com marcação de tinta (Figura 33). A marcação conterá informações
tais como: N° da UMF, N° da UPA; N° da UT; N° da Árvore; Seção da Tora; Sequência de
Tora e N° do Pátio de Estocagem.
Vale salientar que as seções das toras serão identificadas com números em ordem
crescente ou por letras em ordem alfabéticas, conforme quantidade de toras obtidas de uma
árvore. Exemplificando, uma árvore com três toras será identificada da seguinte maneira: 1-3
(A-C), 2-3 (B-C) e 3-3 (C-C). A Figura 33 mostra um exemplo de modelo de marcação que
será utilizada no controle da cadeia de custódia do projeto em questão, incluindo-se o registro
da UMF antes do número da UPA.
As toras serão controladas através de uma planilha diária de romaneio, que conterá o
controle da exploração, isto é, todas as toras arrastadas aos pátios de estocagem serão
controladas e marcadas, evitando-se assim que árvores derrubadas não sejam arrastadas. Caso
aconteça de uma seção não ser arrastada, esta deverá conter informações do motivo pelo qual
não apresentou aproveitamento.
A Tabela 20 mostra um modelo de uma planilha diária de romaneio, verifica-se que as
informações colhidas vão desde a data do corte até o volume de cada tora, consequentemente
de cada árvore, garantido a origem das mesmas.
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Tabela 20. Modelo de planilha de romaneio de toras.
Rom UT Nº da
Árvore
Nome
Comum Seção Pátio Seq.
Comp.
(m)
D1
(m)
D2
(m)
d1
(m)
d2
(m)
Comp
Oco
(m)
Do1
(m)
Do2
(m)
do1
(m)
do2
(m)
Dc1
(m)
Dc2
(m)
dc1
(m)
dc2
(m)
Vol
(m³)
Vol.
Oco
Vol.
Com.
Sim 4 40115 Garapeira 3 19 1649 8,54 0,73 0,72 0,70 0,62 3,00 0,24 0,27 0,24 0,27 0,72 0,71 0,69 0,61 3,2165 0,1532 2,9711
Sim 4 40115 Garapeira 4 19 1650 6,91 0,70 0,62 0,53 0,50 3,00 0,24 0,27 0,24 0,27 0,69 0,61 0,52 0,49 1,8732 0,1532 1,6567
Sim 4 40060 Jatobá 1 19 1651 6,00 0,80 0,75 0,68 0,65
0,76 0,71 0,64 0,61 2,4429
2,1790
Sim 4 40060 Jatobá 2 19 1652 5,96 0,68 0,65 0,68 0,60
0,64 0,61 0,64 0,56 1,9929
1,7561
Sim 4 40060 Jatobá 3 19 1653 6,00 0,68 0,60 0,67 0,62
0,64 0,56 0,63 0,58 1,9453
1,7106
Sim 4 40060 Jatobá 4 19 1654 7,48 0,67 0,62 0,65 0,60
0,63 0,58 0,61 0,56 2,3688
2,0798
Rom: indica se a tora foi ou não romaneada
Seq.: Sequência de tora
Comp. (m): Comprimento da tora
D1 e D2 (m): Diâmetros tomados em cruz da primeira ponta da tora
d1 e d2 (m): Diâmetros tomados em cruz da segunda ponta da tora
Comp. do Oco (m): Comprimento do oco quando ocorrer
Do1 e Do2 (m): Diâmetros tomados em cruz do oco da primeira ponta da tora
do1 e do2 (m): Diâmetros tomados em cruz do oco da segunda ponta da tora, tomado quando o oco tem o mesmo comprimento da tora,
caso contrário deverá ser medido ou estimado
Dc1 e Dc2 (m): Diâmetros comerciais tomados em cruz da primeira ponta da tora
dc1 e dc2 (m): Diâmetros comerciais tomados em cruz da segunda ponta da tora
Vol. (m³): Volume geométrico calculado conforme RESOLUÇÂO CONAMA 411/2009
Vol. Oco (m³): Volume geométrico do oco calculado com a mesma fórmula do volume geométrico
Vol. Com. (m³): Volume geométrico comercial calculado com a mesma fórmula do volume geométrico, trata-se de um volume acordado
entre vendedor e comprador, nele pode-se encontrar desconto de casca, alburno e oco.
Vale salientar que a cubagem das toras será realizada pelo método geométrico, utilizando
a Fórmula de Smalian, conforme preconiza a Resolução CONAMA n° 411/2009.
L
DtDbV *
2*7854,0
2
Em que:
V = Volume da tora, expresso em m
Constante = 0,7854
Db = Diâmetro da base da tora em metros (obtido a partir da média do maior e menor diâmetro da
seção – em cruz)
Dt = Diâmetro do topo da tora em metros (obtido a partir da média do maior e menor diâmetro da
seção – em cruz)
L = Comprimento da tora em metros
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As saídas serão controladas através de Notas Fiscais e Documentos de Origem Florestal
– DOF. Ressalta-se que a Patauá, tal como o manejo florestal, procurará certificar a cadeia de
custódia pelos princípios e critérios adotados pelo FSC.
4.9 DIMENSIONAMENTO DAS EQUIPES DE CAMPO
A UMF III será dividida em 30 UPA’s com área aproximada de 2.911,00 hectares cada
unidade. A previsão anual de corte é de 70.000,00 m³/tora/ano correspondendo a um volume,
aproximado, de 24 m³/ha. Portanto, o dimensionamento apresentado refere-se à execução da
exploração durante o período de estiagem (seco), que na região gira em torno de 120 dias
efetivos de trabalho.
Para execução da exploração serão necessárias 8 equipes de campo. No andamento das
operações, verificar-se-á a produtividade de cada equipe para que o cronograma de execução
seja cumprido. A Tabela 21 relaciona a composição de cada equipe envolvida na exploração
florestal, desde o inventário florestal até o transporte para o pátio das unidades industriais.
Tabela 21. Dimensionamento das equipes de campo
QUANT. CARGO FUNÇÃO
INVENTÁRIO FLORESTAL 100%
02 Engenheiros florestais Coordenação de campo
01 Cozinheiro Cozinheiro
01 Auxiliar de cozinha Auxiliar de cozinha
04 Operadores de GPS (micro) Mapear as drenagens e resistências naturais
04 Auxiliar no micro Apoio no microzoneamento
02 Ajudantes de topografia Balizamento (Vante e Ré)
02 Operadores de GPS (delimitação)
Orientadar os picadeiros
04 Auxiliar de delimitação Abrir picadas de delimitação da UPA e UT’s
06 Parabotânicos Identificação botânica
06 Anotador IF 100% Anotação das árvores inventariadas na UPA
06 Operadores de GPS (inventário) Registrar as coordenadas de todas as árvores inventariadas
na UPA
06 Plaqueteiros Fixar as placas com as informações de localização e
sequência de indivíduos das árvores por UT
02 Corte de cipós Cortar os cipós das árvores selecionadas previamente no
escritório
02 Operadores de GPS (inventário) Localizar as árvores plotadas nos GPS para corte de cipó
01 Digitador Digitar as fichas de campo para o banco de dados
01 Confecção de placas Produzir as placas de registro das árvores nas UT’s
PLANEJAMENTO DAS ESTRADAS
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QUANT. CARGO FUNÇÃO
03 Motosserrista Desobstrução dos ramais principais
06 Planejadores Demarcação dos ramais de arraste
CORTE DE ÁRVORES
10 Motosserrista Corte e traçamento das árvores
10 Auxiliares Limpeza da árvore, caminhos de fuga e abastecimento da
motosserra
PLANEJAMENTO DO ARRASTE
03 Motosserrista Desobstrução dos ramais principais
06 Planejadores Demarcação dos ramais de arraste
ARRASTE PRIMÁRIO
08 Tratorista Skidder Arraste de toras aos pátios de estocagem
16 Ajudantes do tratorista Skidder Localização das trilhas de arraste e traçamento das toras
OPERAÇÕES DE PÁTIO
04 Anotador no Arraste Anotação em planilhas de controle e marcação de
informações nos mapas
04 Aux. no Arraste Marcação das toras
08 Motosserristas Traçamento de toras em comprimentos industriais
07 Operadores de Pá Carregadeira Empilhamento, carregamento e descarregamento de toras
12 Caminhoneiros Transporte de toras ao pátio central e balsa
01 Anotador no Romaneio Registra todas as medidas tomadas das toras em planilha
específica
03 Medidor Tomam todas as medidas de romaneio das toras no pátio
central
SUPERVISÃO, GERENCIAMENTO E APOIO ADMINISTRATIVO
01 Engenheiro florestal Coordenação, Supervisão, Orientação e Gerenciamento
01 Engenheiro florestal Coordenação e Responsabilidade técnica
02 Técnicos florestais Acompanhamento, orientação e supervisão
01 Coordenador de Campo Acompanha as equipes em campo
01 Gerente de Alojamento Gerencia os controles e as necessidades no Alojamento
02 Auxiliares administrativos Controlarão a entrada e saída de materiais, peças,
equipamentos e suplementos de campo em geral
02 Graduandos em engenharia florestal
Estagiários
SESMT–SERVIÇO ESPECIALIZADO EM SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO
01 Técnico em enfermagem Promoção, reabilitação, prevenção e recuperação de
saúde coletiva ou individual
01 Técnico de segurança do trabalho Execução dos programas de segurança do trabalho
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4.10 DIMENSIONAMENTO DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS
A Tabela 22 relaciona as máquinas e equipamentos a serem utilizados para executar a exploração
em 3.080,3212 hectares com uma produção estimada de 59.829,7786 m³/tora/ano, com período de
safra estimado em 120 dias efetivos de trabalho. Ressaltando que parte das máquinas e
equipamentos serão adquiridos nos anos subsequentes à execução do projeto e/ou será executada
de maneira terceirizada.
Tabela 22. Discriminação de máquinas e equipamentos
DISCRIMINAÇÃO QUANT.
MÁQUINAS E VEÍCULOS DE APOIO
Trator Florestal Muller TS22 08
Caminhão Mercedes Benz 2638 06
Caminhão Mercedes Benz 2428 06
Reboque Julieta 06
Trator de esteiras D6H Caterpillar 02
Motoniveladora 120H Caterpillar 01
Pá Carregadeira Frontal Caterpillar 938 01
Pá Carregadeira Frontal Case W20E 06
Caminhonete utilitária 4x4 03
Quadriciclo Honda 4x4 420 cc 02
Moto Honda Bros 160 cc 02
Trator 100CV (pós colheita) 01
EQUIPAMENTOS
Motosserras 40
Bússolas magnéticas 10
GPS 12 canais 26
Grupo gerador Diesel 4,5 Kva 02
Motobomba 02
Freezer horizontal 300 litros 04
Kit antena parabólica 02
Televisor 02
Fogão industrial 03
Kit utensílios diversos 06
EPI’s div.
4.11 CONTROLE E MONITORAMENTO DA EXPLORAÇÃO PELOS MAPAS BASE
Durante o período exploratório mais precisamente na atividade de derruba serão
utilizados, além das fichas, planilhas e mapas de exploração impressos em A0 que conterão
informações referentes às equipes de derruba. Nesses mapas serão marcadas as quadras de cada
derrubador com informações repassadas dos mapas de derruba e arraste diariamente, tais como,
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a quantidade de árvores abatidas e não abatidas, assim como as eventualidades ocorridas
durante a atividade. O objetivo deste procedimento é avaliar a produtividade das equipes de
motosseristas e retratar de forma visual o que está acontecendo em campo no momento da
colheita e dessa forma sanar possíveis erros de forma rápida e precisa.
Os mapas em A0 serão marcados com pinos coloridos, onde cada cor de marcador
referem-se as seguintes situações:
Pino Vermelho
- Árvore não abatida sem justificativa, consultar a equipe ou verificar em campo.
Pino Verde
- Árvores remanescentes quebradas no momento da derruba
Pino Azul
- Árvores que tiveram sua posição alterada (erro de plotagem no mapa)
Pino Amarelo
- Árvores identificadas de forma incorreta no inventário
Pino Branco
- Árvores apta para corte, não derrubadas até determinado instante por apresentarem queda para
o leito das estradas, o que causaria obstrução das mesmas sem necessidade naquele momento.
Esta atividade é feita com programações de campo e geralmente em um mesmo dia em uma
única UT.
Para controle da atividade de arraste também serão confeccionados mapas em A0 com a
finalidade de visualizar a produção diária das equipes e assim verificar se algumas árvores
abatidas estão sendo esquecidas na floresta. Outra medida de controle adotada será a progressão
contínua da atividade do arraste dentro da UPA, evitando com que máquinas voltem, o que
proporciona redução no tempo de máquinas funcionando, reduzindo os custos com a atividade
e também danos a florestas com reentradas. Árvores eventualmente esquecidas serão arrastadas
juntamente com o resíduo em uma fase posterior (Figura 35).
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Figura 35: Mapa de controle e monitoramento das atividades de derruba e arraste com mapas em A0.
5 PRODUÇÃO FLORESTAL
5.1 RESUMO DO INVENTÁRIO FLORESTAL 100%
No inventário florestal da UPA-B foram coletadas as informações de 73 (setenta e três)
espécies. Fica estabelecido o DMC de 50 cm para todas as espécies selecionadas, com ressalva
para as seguintes espécies: Maçaranduba, Itaúba, Jutaí mirim e Muiracatiara, cujos Diâmetros
Mínimos de Corte variaram entre grupos de espécies.
No total, obteve-se 25.311 árvores inventariadas, correspondendo a um volume total de
141.309,5941 m3 e área basal de 11.731,84 m2. No cálculo do volume total das árvores
inventariadas foi utilizada uma equação volumétrica ajustada do modelo de Prodan (1968) -
(Tabela 6).
5.1.1 Seleção de Árvores para Exploração e Remanescentes
As espécies Cedro vermelho, Garapeira, Itaúba e Jutaí mirim, conforme IN n° 01/2015
do MMA, estão incluídas na lista de espécies vulneráveis e tem um critério de seleção específica
considerando a raridade, de acordo com o estabelecido na norma supramencionada.
Na seleção de árvores a explorar, obedecem-se aos seguintes critérios:
Das árvores inventariadas, seleciona-se o conjunto daquelas que já possuem mercado
garantido e potencial produtivo;
O diâmetro das árvores deve ser igual ou maior que 50 cm;
A qualidade de fuste para a árvore deve ser 1 ou 2;
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Deve se respeitar a intensidade amostral de cada UT de acordo com normas e diretrizes
legais;
As árvores cônicas são consideradas não comerciais;
Algumas espécies possuem critérios especiais quanto a quantidade de indivíduos
permitidos para corte com relação a abundância em uma UT.
A seleção de árvores foi realizada de forma a aumentar a produção da área a ser manejada,
seguindo todos os parâmetros de uma colheita sustentável, visando não ultrapassar o volume
de colheita de 25,8 m3 ha-1, conforme a IN n° 05/2006 do MMA.
Na UPA-B após o processamento das APP’s, áreas inacessíveis e clareiras chegou-se ao
valor líquido de área para cada UT para o volume que será explorado (Tabela 23).
Tabela 23: Área das UT’s e intensidade de colheita da UPA-B, UMF III, Patauá, Altamira/PA.
UT Área Total
(ha) Área de
Infraestrutura (ha) Área de APP (ha)
Área Efetiva Exploração (ha)
Volume / Colheita (m³)
Intensidade / Corte m³*ha-1
1 94,8 1,1 20,1 73,6 1.890,4403 25,7
2 96,4 1,5 10,1 84,8 2.180,4894 25,7
3 96,0 1,2 10,4 84,4 1.973,7851 23,4
4 56,5 0,4 9,8 46,2 984,6578 21,3
5 54,1 0,8 7,7 45,6 874,6059 19,2
6 112,2 1,4 15,7 95,1 2.316,1272 24,4
7 112,8 1,7 12,0 99,1 2.465,2805 24,9
8 111,7 1,9 11,2 98,6 1.684,7386 17,1
9 111,1 1,1 16,4 93,6 2.390,7433 25,5
10 88,2 1,1 19,3 67,8 1.621,0236 23,9
11 147,2 2,0 28,8 116,4 2.990,9676 25,7
12 111,7 1,5 27,7 82,4 1.912,4918 23,2
13 109,8 1,4 20,4 88,0 2.262,2559 25,7
14 138,4 1,9 20,0 116,5 2.904,0687 24,9
15 96,1 1,0 20,3 74,8 1.799,9432 24,1
16 110,3 1,5 16,1 92,7 2.072,3080 22,3
17 90,7 1,1 22,2 67,4 1.628,1603 24,2
18 133,9 1,2 30,8 101,9 2.608,9198 25,6
19 105,2 1,5 20,2 83,4 1.891,6464 22,7
20 144,9 1,5 22,4 121,0 2.356,8819 19,5
21 126,2 2,0 17,5 106,7 2.310,1428 21,6
22 133,4 1,7 33,7 98,0 2.236,4931 22,8
23 105,3 1,2 16,9 87,2 2.007,9320 23,0
24 98,8 1,3 12,5 84,9 2.177,6427 25,6
25 123,1 2,1 15,6 105,4 2.489,0574 23,6
26 90,7 1,0 16,1 73,5 1.884,6445 25,6
27 167,9 2,5 22,1 143,3 3.649,1039 25,5
28 113,0 0,8 18,0 94,2 2.265,2269 24,1
Total 3.080,3 39,3 514,1 2.526,9 59.829,7786 23,7
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5.1.2 Espécies Aptas e Selecionadas para Colheita Florestal
Foram selecionadas 27 das 73 espécies inventariadas para esta UPA-B, representando
37,0% do total. O Ipê-amarelo apresentou a maior quantidade de indivíduos aptos para corte,
com abundância de 2.174 árvores, representando 8,6% do total geral, seguido do Jatobá,
Goiabão e Garapeira, com respectivamente, 1.462 (5,8%), 1.090 (4,3%) e 1.087 (4,3%).
Enquanto que a Sucupira apresentou apenas 11 indivíduos aptos para corte na UPA-B, o que
representa 0,04% do total geral apto para corte, as outras espécies menos abundantes foram
Gombeira, Pequiá, Quaruba, Cedroarana, com respectivamente, 14 (0,06%), 22 (0,09%), 24
(0,09%) e 29 (0,11%) indivíduos aptos.
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Podemos observar que a maioria das espécies destinadas para corte estão bem distribuídas nas UT’s (Tabela 24 e 25), lembrando que esta
análise leva em conta apenas a distribuição dos indivíduos aptos, e não conta com as informações das árvores das mesmas espécies selecionadas
classificadas como estoque e não substituíveis.
Tabela 24: Espécies passíveis de colheita por UT na UPA-B da UT 01 a 14, UMF III, Patauá, Altamira/PA.
Nome Comum Var. UT-01 UT-02 UT-03 UT-04 UT-05 UT-06 UT-07 UT-08 UT-09 UT-10 UT-11 UT-12 UT-13 UT-14
Angelim-pedra
N° Arv. 8 - 9 - 4 5 - - 10 6 10 10 5 7
g (m²) 3,57 - 6,26 - 2,30 4,61 - - 6,71 8,21 6,35 8,70 2,09 5,43
Vol (m³) 43,9480 - 64,6255 - 25,9528 58,1216 - - 83,2789 83,5295 74,0370 91,6779 28,8576 63,7313
Caucho
N° Arv. 6 9 - 5 5 6 19 23 10 - 10 4 - 20
g (m²) 1,69 2,34 - 1,63 1,26 1,79 5,83 7,10 2,60 - 3,13 1,21 - 5,41
Vol (m³) 14,0572 18,9405 - 14,9416 9,2131 17,2921 48,3174 59,3536 20,8745 - 23,9271 10,9378 - 47,5515
Cedroarana
N° Arv. 7 - 5 9 - - - 4 - - - - - -
g (m²) 5,66 - 3,06 12,27 - - - 1,83 - - - - - -
Vol (m³) 59,6195 - 33,6518 127,1435 - - - 16,7007 - - - - - -
Cedro-vermelho
N° Arv. 5 - - 6 - 8 8 5 6 12 15 10 14 19
g (m²) 1,24 - - 2,38 - 4,14 2,93 1,47 1,93 6,21 8,09 4,28 6,66 7,87
Vol (m³) 11,7124 - - 25,7838 - 43,3717 29,3981 11,2634 20,6552 62,3258 73,4382 44,2103 75,8496 82,3817
Cumaru
N° Arv. 9 15 - 6 4 - 6 - 10 - - - 6 6
g (m²) 3,78 6,50 - 3,76 2,07 - 2,60 - 5,66 - - - 2,55 1,76
Vol (m³) 43,3557 76,1979 - 43,1541 21,6032 - 28,8056 - 68,7858 - - - 33,0358 21,9431
Currupixá
N° Arv. 9 - 7 - - 8 9 5 8 19 36 25 21 11
g (m²) 6,04 - 8,50 - - 4,77 7,10 2,52 4,09 12,65 30,88 25,36 20,58 9,55
Vol (m³) 67,2460 - 89,4031 - - 54,9558 70,1307 28,2683 47,4988 145,1005 321,6373 264,9001 231,5092 106,7296
Fava
N° Arv. 4 - 7 - 8 12 6 8 15 7 20 5 23 21
g (m²) 1,36 - 2,69 - 2,87 6,86 2,88 3,00 9,39 2,80 10,06 1,51 12,23 8,69
Vol (m³) 16,9127 - 34,0639 - 37,4653 96,4235 38,2047 31,1496 109,5861 37,0627 118,9114 20,2266 153,7081 111,6539
Fava-amargosa
N° Arv. 7 4 4 - 3 9 14 - 9 7 7 8 12 14
g (m²) 2,82 1,77 1,87 - 1,29 4,52 5,12 - 3,32 3,27 3,14 3,48 5,06 6,88
Vol (m³) 39,6473 23,8961 28,7655 - 16,2141 67,4735 71,0868 - 47,6046 47,3760 39,0305 44,1632 75,4933 102,8954
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Nome Comum Var. UT-01 UT-02 UT-03 UT-04 UT-05 UT-06 UT-07 UT-08 UT-09 UT-10 UT-11 UT-12 UT-13 UT-14
Freijó
N° Arv. 5 4 - - - - - - 8 - - - - -
g (m²) 1,60 0,95 - - - - - - 2,25 - - - - -
Vol (m³) 19,8725 11,0711 - - - - - - 28,6577 - - - - -
Garapeira
N° Arv. 39 68 44 28 13 35 58 50 39 35 54 53 31 61
g (m²) 20,39 45,71 27,01 22,74 7,37 25,49 41,44 28,88 21,67 22,73 36,30 36,74 22,90 41,18
Vol (m³) 240,4188 537,0772 350,4376 271,8841 91,7962 311,1127 489,6945 327,3580 238,1270 279,9719 427,3655 396,1319 272,3948 481,9791
Goiabão
N° Arv. 41 55 19 9 10 11 29 15 16 15 16 17 8 54
g (m²) 12,10 16,62 6,23 2,37 3,46 3,17 8,01 4,24 4,67 4,18 6,44 7,43 3,47 16,25
Vol (m³) 153,1593 209,7159 79,1286 28,0072 39,8911 34,5933 103,1660 46,4099 52,7492 51,6287 75,7422 88,6761 43,5349 214,5796
Gombeira
N° Arv. - 4 - - - 4 - - - - 6 - - -
g (m²) - 1,11 - - - 1,06 - - - - 1,42 - - -
Vol (m³) - 13,9287 - - - 12,2450 - - - - 15,6653 - - -
Ipê-amarelo
N° Arv. 97 36 70 12 62 79 127 96 118 66 106 47 92 106
g (m²) 38,09 15,34 29,06 4,01 22,64 31,47 47,03 31,87 44,91 26,19 43,68 20,02 38,08 36,34
Vol (m³) 494,1877 206,5838 415,1259 56,3581 297,0199 469,2459 628,2195 400,3977 580,8637 360,9914 572,9845 271,2831 541,0919 491,2280
Ipê-roxo
N° Arv. - 7 6 7 6 17 34 16 9 - 12 - - 14
g (m²) - 3,73 3,29 2,67 2,47 8,95 14,55 5,41 3,72 - 6,73 - - 6,01
Vol (m³) - 48,7704 48,2751 37,6601 34,0601 123,9396 193,3803 67,1465 49,9046 - 75,6836 - - 87,3060
Itaúba
N° Arv. 9 12 7 3 5 - 12 8 8 - 11 13 10 6
g (m²) 3,02 4,57 2,67 1,25 1,84 - 4,04 2,65 2,44 - 3,57 3,65 3,67 1,44
Vol (m³) 36,9158 56,3533 40,0689 15,0337 22,8740 - 50,4143 33,7465 28,1625 - 38,4526 41,6714 50,2182 17,5246
Jatobá
N° Arv. 42 49 58 32 24 81 45 48 65 50 70 52 49 89
g (m²) 31,71 30,15 39,53 19,00 15,23 50,98 42,13 27,29 43,84 31,94 56,91 31,68 41,87 46,03
Vol (m³) 442,5483 412,0429 558,8012 286,3486 227,1543 763,7222 578,0728 354,5562 603,4405 461,8043 859,6322 473,9044 564,7964 658,6912
Jutaí-mirim
N° Arv. 23 32 24 5 8 35 16 9 9 17 45 29 27 43
g (m²) 9,25 15,99 10,62 1,82 2,79 14,45 6,50 4,27 4,48 7,47 23,68 12,07 10,85 18,10
Vol (m³) 124,2207 212,8132 135,7376 22,7239 37,8029 186,4505 83,0266 49,9045 57,2106 95,0744 309,4646 143,9479 146,1991 241,7887
Maçaranduba
N° Arv. 6 16 14 4 3 4 - 9 15 8 - - - 8
g (m²) 4,25 5,62 6,00 1,32 1,65 2,47 - 3,13 7,08 2,85 - - - 2,96
Vol (m³) 60,8290 69,0670 75,6374 16,8548 22,7199 27,6533 - 36,9024 97,6504 33,4120 - - - 39,3694
Marupá N° Arv. 4 - 5 3 - 5 9 - 5 7 9 6 6 9
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Nome Comum Var. UT-01 UT-02 UT-03 UT-04 UT-05 UT-06 UT-07 UT-08 UT-09 UT-10 UT-11 UT-12 UT-13 UT-14
g (m²) 1,34 - 1,76 1,09 - 1,48 3,17 - 1,44 3,05 2,85 1,73 2,39 2,94
Vol (m³) 16,7341 - 20,3624 12,8827 - 16,9472 36,3799 - 14,4263 36,8870 29,0506 18,8649 30,6704 34,0810
Muiracatiara
N° Arv. 6 32 17 14 8 19 7 21 25 7 - 11 8 26
g (m²) 4,71 15,08 7,17 7,32 3,21 9,28 4,42 7,93 11,95 2,96 - 4,33 6,09 10,59
Vol (m³) 70,1715 209,5993 110,6568 109,3275 47,1474 143,8587 67,5433 114,6702 178,4868 45,4700 - 66,7337 86,6113 161,8416
Pequiá
N° Arv. 4 - - - - - - 6 - - 8 - - -
g (m²) 2,71 - - - - - - 5,51 - - 7,62 - - -
Vol (m³) 26,6391 - - - - - - 44,9330 - - 57,9168 - - -
Quaruba
N° Arv. - - 5 - - - 4 - 6 5 - - 4 -
g (m²) - - 6,06 - - - 2,38 - 4,89 3,01 - - 2,81 -
Vol (m³) - - 54,0918 - - - 22,1998 - 58,0012 34,7601 - - 33,7891 -
Quarubarana
N° Arv. - 33 - - - - 11 20 - - 8 4 10 -
g (m²) - 15,31 - - - - 6,44 11,14 - - 4,59 4,13 5,48 -
Vol (m³) - 182,0405 - - - - 81,7695 119,3070 - - 48,5916 38,5369 67,6134 -
Sucupira
N° Arv. - - - - - - - - - - - - - -
g (m²) - - - - - - - - - - - - - -
Vol (m³) - - - - - - - - - - - - - -
Tatajuba
N° Arv. 7 - - - - - 4 9 8 - - - 4 -
g (m²) 6,20 - - - - - 2,77 4,62 4,80 - - - 2,91 -
Vol (m³) 82,9733 - - - - - 33,5119 54,4584 59,4107 - - - 32,8000 -
Tauari
N° Arv. 16 14 11 3 10 4 17 18 28 7 14 8 8 31
g (m²) 8,90 6,97 6,17 1,20 4,62 2,40 6,22 5,83 14,55 3,80 9,96 3,68 5,77 15,97
Vol (m³) 128,3003 93,8619 82,9368 17,8813 64,6384 33,9827 81,6445 81,2901 191,9661 52,6003 131,3936 45,2789 73,0233 219,8155
Tauari-cachimbo
N° Arv. - - - 3 - 10 - - - - - 7 - -
g (m²) - - - 2,16 - 9,39 - - - - - 5,44 - -
Vol (m³) - - - 27,5691 - 128,6959 - - - - - 73,3405 - -
Total
N° Arv. 354 390 312 149 173 352 435 370 427 268 457 309 338 545
g (m²) 170,44 187,75 167,94 86,98 75,09 187,27 215,56 158,69 206,41 141,32 265,40 175,45 195,46 243,41
Vol (m³) 2.193,4693 2.381,9597 2.221,7697 1.113,5541 995,5528 2.590,0850 2.734,9662 1.877,8161 2.637,3412 1.827,9947 3.292,9245 2.134,4854 2.541,1963 3.185,0913
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Tabela 25: Espécies passíveis de colheita por UT na UPA-B da UT 15 a 28, UMF III, Patauá, Altamira/PA.
Nome Popular Var. UT-15 UT-16 UT-17 UT-18 UT-19 UT-20 UT-21 UT-22 UT-23 UT-24 UT-25 UT-26 UT-27 UT-28 Total
Angelim-pedra
N° Arv. - - 8 15 7 - - 10 - 5 7 7 9 6 148
g (m²) - - 7,12 14,53 6,93 - - 11,32 - 4,68 4,81 5,31 6,03 7,64 122,61
Vol (m³) - - 84,6025 154,2555 83,0111 - - 126,1322 - 55,9378 58,8366 62,2336 70,4160 75,7032 1.388,8886
Caucho
N° Arv. 6 - - - 5 10 10 7 10 - - - - - 165
g (m²) 1,87 - - - 1,38 3,03 3,40 2,34 2,92 - - - - - 48,94
Vol (m³) 14,9884 - - - 11,8472 27,3484 34,3758 18,8479 23,1432 - - - - - 415,9574
Cedroarana
N° Arv. - - 4 - - - - - - - - - - - 29
g (m²) - - 2,98 - - - - - - - - - - - 25,79
Vol (m³) - - 29,0826 - - - - - - - - - - - 266,1980
Cedro-vermelho
N° Arv. - 10 - 15 14 11 14 8 - - 8 - 19 7 214
g (m²) - 3,58 - 7,88 8,45 3,34 6,92 3,50 - - 3,07 - 9,51 3,76 97,20
Vol (m³) - 37,6285 - 85,7325 85,6687 31,8784 69,5201 34,8467 - - 33,6599 - 97,9913 41,9245 999,2407
Cumaru
N° Arv. - - - 5 - - 5 7 - - 5 4 7 - 95
g (m²) - - - 3,47 - - 1,90 4,40 - - 2,43 1,95 2,35 - 45,18
Vol (m³) - - - 43,5206 - - 21,5458 50,7802 - - 30,2686 24,3673 27,9001 - 535,2640
Currupixá
N° Arv. - - 21 40 15 - 7 13 - 9 14 22 40 26 365
g (m²) - - 16,89 37,69 12,25 - 3,98 14,64 - 6,99 14,56 23,15 31,61 15,09 308,89
Vol (m³) - - 180,8321 432,3067 127,7266 - 38,1613 149,5916 - 67,1182 158,2430 243,6051 343,0693 168,6681 3.336,7015
Fava
N° Arv. 24 26 13 13 16 21 16 22 6 - 18 4 10 7 332
g (m²) 9,93 12,78 7,27 6,21 6,61 12,07 8,90 8,37 2,51 - 9,09 1,88 5,17 3,91 159,02
Vol (m³) 132,4828 153,1108 88,7298 81,5539 84,6667 159,6968 99,3757 105,3075 29,9024 - 118,3756 22,9909 64,2254 51,4128 1.997,1995
Fava-amargosa
N° Arv. 4 - 5 12 6 10 13 12 20 - 24 4 17 32 257
g (m²) 2,01 - 1,79 4,79 2,85 4,91 4,16 3,89 8,43 - 11,51 1,47 7,31 14,97 110,64
Vol (m³) 29,3731 - 23,2120 71,3536 38,4715 72,7028 64,3058 50,0091 116,2783 - 166,5629 19,7374 109,8102 199,2085 1.564,6716
Freijó
N° Arv. 5 - - - - - 7 - 6 - - - 7 - 42
g (m²) 1,25 - - - - - 2,39 - 1,85 - - - 2,24 - 12,53
Vol (m³) 14,6617 - - - - - 30,8780 - 25,5943 - - - 33,7294 - 164,4646
Garapeira
N° Arv. 31 41 23 42 24 59 34 29 46 26 30 36 41 17 1.087
g (m²) 25,71 28,90 14,81 31,06 16,19 42,75 27,95 15,97 31,20 13,68 17,01 20,74 33,02 9,14 728,70
Vol (m³) 313,1410 352,7158 169,4661 387,8140 176,4425 526,5899 287,6747 195,4878 344,4297 145,5069 203,3642 248,2009 381,6318 97,0988 8.545,3133
PLANO OPERACIONAL ANUAL – POA ⁕ FLONA ALTAMIRA UMF III / UPA-B PATAUÁ FLORESTAL LTDA - SPE
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Nome Popular Var. UT-15 UT-16 UT-17 UT-18 UT-19 UT-20 UT-21 UT-22 UT-23 UT-24 UT-25 UT-26 UT-27 UT-28 Total
Goiabão
N° Arv. 33 19 20 21 24 12 30 64 49 116 116 64 37 170 1.090
g (m²) 11,49 6,53 5,32 8,18 7,44 3,00 10,17 26,97 18,12 73,11 43,87 32,23 14,51 72,64 432,22
Vol (m³) 146,3604 79,5203 59,8102 108,2909 95,0460 36,7386 115,9450 356,8765 241,9154 927,8047 590,5723 441,4560 186,0533 943,9130 5.551,2845
Gombeira
N° Arv. - - - - - - - - - - - - - - 14
g (m²) - - - - - - - - - - - - - - 3,58
Vol (m³) - - - - - - - - - - - - - - 41,8390
Ipê-amarelo
N° Arv. 65 95 60 90 49 89 66 65 76 76 70 40 170 49 2.174
g (m²) 23,78 42,81 23,17 39,34 20,45 33,05 26,83 23,80 27,52 34,55 29,23 15,89 69,47 21,28 859,90
Vol (m³) 326,0033 593,0616 306,8887 604,6460 276,3189 462,9019 375,0669 311,5929 360,9256 469,2601 427,5573 215,0046 995,2828 283,3971 11.793,4887
Ipê-roxo
N° Arv. 42 11 7 - 5 21 - 18 15 10 6 4 12 9 288
g (m²) 16,39 6,22 4,92 - 2,07 8,71 - 7,63 6,71 4,84 2,46 1,84 5,20 3,00 127,49
Vol (m³) 221,7902 89,7921 62,7569 - 27,8252 123,2137 - 97,4847 89,0827 67,1103 36,4599 25,5503 75,5574 39,4061 1.722,1560
Itaúba
N° Arv. 6 - - 11 9 - 9 - 9 11 10 13 23 8 213
g (m²) 1,90 - - 4,32 2,44 - 2,63 - 2,76 3,30 3,05 3,57 7,35 1,97 68,10
Vol (m³) 23,9117 - - 54,4793 28,0667 - 33,8586 - 31,9821 39,5183 39,3671 39,0513 96,5259 22,3387 840,5355
Jatobá
N° Arv. 25 52 44 44 51 72 87 58 61 39 54 30 61 30 1.462
g (m²) 17,45 35,98 32,19 37,08 31,52 45,33 55,16 33,54 40,48 35,11 32,69 19,74 51,06 25,20 1.000,83
Vol (m³) 255,9989 509,8137 418,4226 532,8932 443,3174 686,9381 755,1010 467,3776 555,5095 464,7556 441,0051 294,7623 719,7944 340,2560 14.131,4604
Jutaí-mirim
N° Arv. 12 20 17 - 17 10 17 15 12 - 25 19 35 21 542
g (m²) 5,08 8,89 7,40 - 6,23 4,74 8,23 6,11 5,35 - 10,64 7,50 16,70 8,68 237,90
Vol (m³) 67,1480 113,8759 91,1887 - 84,8657 60,4767 113,2308 78,1850 61,2767 - 137,6636 91,1450 189,0267 102,6011 3.037,0491
Maçaranduba
N° Arv. - 4 5 - - 7 5 6 6 - - - - - 120
g (m²) - 1,40 2,39 - - 2,85 1,72 2,96 2,21 - - - - - 50,88
Vol (m³) - 17,3394 30,6146 - - 34,5081 20,5590 31,5282 25,4238 - - - - - 640,0688
Marupá
N° Arv. - - 8 8 6 - - 10 - - 6 5 - - 111
g (m²) - - 3,01 3,29 2,38 - - 2,84 - - 1,68 1,55 - - 37,99
Vol (m³) - - 33,7241 41,3049 28,4348 - - 28,2189 - - 19,7281 17,4103 - - 436,1074
Muiracatiara
N° Arv. 8 19 13 11 26 31 31 15 12 5 15 10 10 - 407
g (m²) 5,47 7,61 5,36 6,87 12,28 13,49 12,57 11,23 4,76 3,53 7,28 4,52 6,05 - 196,08
Vol (m³) 76,9880 115,6179 80,2694 106,5259 185,0833 223,5047 199,2725 130,8281 72,4963 51,6957 115,3773 74,2769 99,2229 - 2.943,2771
Pequiá N° Arv. - - - - - - - - - - - 4 - - 22
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Nome Popular Var. UT-15 UT-16 UT-17 UT-18 UT-19 UT-20 UT-21 UT-22 UT-23 UT-24 UT-25 UT-26 UT-27 UT-28 Total
g (m²) - - - - - - - - - - - 3,40 - - 19,24
Vol (m³) - - - - - - - - - - - 33,2671 - - 162,7560
Quaruba
N° Arv. - - - - - - - - - - - - - - 24
g (m²) - - - - - - - - - - - - - - 19,15
Vol (m³) - - - - - - - - - - - - - - 202,8421
Quarubarana
N° Arv. 48 25 7 - 27 - 26 17 22 - 12 - 22 5 297
g (m²) 27,12 12,95 3,44 - 13,01 - 12,56 8,23 10,73 - 6,03 - 13,75 2,36 157,26
Vol (m³) 323,3239 145,4726 40,5936 - 165,5855 - 137,9014 98,4981 110,3608 - 78,9984 - 156,9206 27,8452 1.823,3590
Sucupira
N° Arv. - - 4 - - - - - - - - - - 7 11
g (m²) - - 1,16 - - - - - - - - - - 2,21 3,37
Vol (m³) - - 14,2595 - - - - - - - - - - 24,9536 39,2131
Tatajuba
N° Arv. - - - 6 5 - - - - - 8 6 13 - 70
g (m²) - - - 6,70 4,24 - - - - - 5,78 4,68 6,92 - 49,63
Vol (m³) - - - 70,6534 45,9603 - - - - - 66,4024 51,8007 81,1887 - 579,1598
Tauari
N° Arv. 10 4 14 14 16 - 21 18 16 14 14 6 38 12 386
g (m²) 3,37 1,35 7,19 9,58 9,19 - 10,20 7,86 5,88 7,69 6,45 2,15 23,28 5,40 195,65
Vol (m³) 43,9250 19,0876 95,1330 131,2268 120,9804 - 148,6312 103,4199 83,5387 99,9287 81,8261 29,8241 310,3120 67,8234 2.634,2706
Tauari-cachimbo
N° Arv. - - - - - 15 - - - - - 17 - - 52
g (m²) - - - - - 9,68 - - - - - 15,31 - - 41,98
Vol (m³) - - - - - 140,6818 - - - - - 204,9416 - - 575,2289
Total
N° Arv. 319 326 273 347 322 368 398 394 366 311 442 295 571 406 10.017
g (m²) 152,82 168,99 146,41 220,99 165,90 186,96 199,68 195,60 171,42 187,48 211,62 166,88 311,55 197,25 5.160,72
Vol (m³) 1.990,0964 2.227,0360 1.809,5863 2.906,5572 2.109,3184 2.587,1798 2.545,4037 2.435,0130 2.171,8593 2.388,6364 2.804,2685 2.139,6255 4.038,6583 2.486,5501 66.367,9952
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Ao todo foram 8.105 árvores selecionadas para a colheita, representando 32,0% do número total registrado em inventário, tendo um volume
estimado em 59.829,7786 m³ e área basal de 4.601,19 m² (Tabela 11).
A distribuição por UT dos indivíduos destinados à colheita florestal por espécie pode ser observada nas Tabelas 26 e 27.
Tabela 26: Espécies destinadas à colheita por UT na UPA-B da UT 01 a 14, UMF III, Patauá, Altamira/PA.
Nome Popular Var. UT-01 UT-02 UT-03 UT-04 UT-05 UT-06 UT-07 UT-08 UT-09 UT-10 UT-11 UT-12 UT-13 UT-14
Angelim-pedra
N° Arv. 5 6 2 2 7 3 6 7 2 3
g (m²) 2,64 5,40 1,17 1,84 5,88 6,52 5,12 7,62 1,44 4,33
Vol (m³) 34,1499 55,0736 13,9533 28,0967 73,0313 62,9566 60,4783 80,3021 20,6819 51,4087
Caucho
N° Arv. 3 6 3 3 3 16 20 7 6 1 16
g (m²) 0,94 1,64 1,07 0,82 1,01 5,16 6,46 1,91 2,18 0,33 4,53
Vol (m³) 8,2266 13,9651 10,0198 6,1726 10,3069 44,1728 54,7500 15,6750 16,7361 3,3217 41,4244
Cedroarana
N° Arv. 4 2 7 1
g (m²) 4,76 2,15 11,58 0,75
Vol (m³) 51,8776 24,8745 120,3769 7,3236
Cedro-vermelho
N° Arv. 2 4 4 4 1 2 9 10 6 10 14
g (m²) 0,58 1,88 2,98 1,81 0,49 0,76 5,50 7,08 3,02 5,79 6,53
Vol (m³) 6,3588 20,7862 32,1030 20,3966 4,0862 8,7209 56,3915 66,1598 32,8166 65,8295 72,1987
Cumaru
N° Arv. 6 12 4 2 3 7 3 2
g (m²) 2,95 5,79 3,24 1,55 1,50 4,78 1,83 0,65
Vol (m³) 34,2984 68,1025 37,1676 16,0568 17,6443 58,9288 24,1270 8,9215
Currupixá
N° Arv. 6 4 5 6 2 5 16 32 22 18 7
g (m²) 4,99 6,31 3,93 6,04 1,29 3,25 11,84 29,70 24,08 19,65 8,14
Vol (m³) 55,4623 61,9580 45,6298 59,1047 14,5113 39,2773 135,9641 312,7563 251,2836 220,2615 89,7886
Fava
N° Arv. 1 4 6 9 3 5 12 4 16 2 20 17
g (m²) 0,48 1,91 2,36 5,90 1,65 2,27 8,47 1,99 9,03 0,71 11,42 7,79
Vol (m³) 6,4202 24,9267 31,4081 83,7067 22,1606 23,0580 99,4731 26,5437 107,7174 9,8584 143,0618 101,6578
Fava-amargosa
N° Arv. 4 1 1 1 6 11 6 4 3 5 9 10
g (m²) 1,91 0,71 0,62 0,56 3,70 4,46 2,53 2,18 1,98 2,63 4,26 5,72
Vol (m³) 27,2334 9,1937 9,9667 7,3953 57,2264 61,8478 37,1029 33,1678 25,8826 35,3689 65,0154 87,9672
Freijó
N° Arv. 2 1 5
g (m²) 0,81 0,27 1,49
PLANO OPERACIONAL ANUAL – POA ⁕ FLONA ALTAMIRA UMF III / UPA-B PATAUÁ FLORESTAL LTDA - SPE
AMAZON FLORESTAL IMPLEMENTOS E EXECUÇÃO DE PROJETOS 90
Nome Popular Var. UT-01 UT-02 UT-03 UT-04 UT-05 UT-06 UT-07 UT-08 UT-09 UT-10 UT-11 UT-12 UT-13 UT-14
Vol (m³) 11,5703 3,4121 22,0885
Garapeira
N° Arv. 33 57 37 23 11 29 49 42 33 29 45 45 26 51
g (m²) 18,77 42,97 25,27 21,34 6,84 23,81 39,31 26,86 19,99 20,73 33,89 34,99 21,41 38,40
Vol (m³) 223,8551 507,4212 330,0679 255,1437 85,5909 293,4320 466,7288 308,8315 222,3749 258,0104 403,3476 378,9466 255,1366 453,5882
Goiabão
N° Arv. 36 49 16 7 8 8 26 12 13 12 12 14 5 48
g (m²) 10,98 15,32 5,60 1,96 2,98 2,54 7,40 3,56 4,03 3,56 5,28 6,79 2,61 14,92
Vol (m³) 141,1436 196,4789 71,9198 23,4535 35,1834 28,8036 96,7078 40,0960 46,4583 44,5623 63,0837 81,4323 32,6802 200,7947
Gombeira
N° Arv. 1 1 2
g (m²) 0,32 0,35 0,58
Vol (m³) 4,6772 4,3031 6,4198
Ipê-amarelo
N° Arv. 87 32 63 10 55 71 114 86 106 59 95 42 82 95
g (m²) 35,97 14,40 27,53 3,49 21,12 29,78 44,20 29,45 42,24 24,63 41,35 18,96 36,02 34,01
Vol (m³) 470,9149 195,2283 396,8369 50,4918 281,1839 449,2948 597,3054 379,8948 555,5962 342,6529 548,2016 259,1317 515,0268 468,6887
Ipê-roxo
N° Arv. 4 3 5 4 14 30 13 6 8 10
g (m²) 2,55 2,20 2,16 1,88 8,02 13,73 4,76 2,84 5,49 4,93
Vol (m³) 32,3454 32,1588 32,1948 26,7996 113,8026 184,7891 59,7451 39,4154 59,8124 72,9684
Itaúba
N° Arv. 6 8 3 1 3 8 4 4 6 9 6 1
g (m²) 2,29 3,56 1,43 0,76 1,26 3,15 1,70 1,46 2,38 2,78 2,78 0,33
Vol (m³) 28,1527 45,1973 21,9724 9,7848 16,6673 41,2699 22,6459 18,0633 26,1061 32,1686 39,3825 4,0478
Jatobá
N° Arv. 37 44 52 28 21 72 40 43 58 45 63 46 44 80
g (m²) 29,16 28,97 38,07 18,01 14,45 48,91 39,45 26,03 42,22 30,67 53,15 30,03 39,21 43,98
Vol (m³) 408,0405 397,4270 539,4382 273,6661 216,4181 736,0839 538,7118 342,5737 582,6115 445,5272 799,8348 452,8881 526,2541 631,2787
Jutaí-mirim
N° Arv. 19 27 20 3 6 29 12 5 5 14 38 24 22 36
g (m²) 8,04 14,44 9,31 1,15 2,20 12,53 5,30 2,64 2,98 6,46 21,46 10,51 9,32 15,86
Vol (m³) 111,1597 193,4858 121,6064 14,8112 30,2510 163,2676 67,7829 31,8267 39,0987 82,0208 284,3747 126,5843 126,6643 217,0125
Maçaranduba
N° Arv. 3 13 11 2 1 1 6 12 5 4
g (m²) 2,63 4,86 5,21 0,75 0,81 1,24 2,34 6,25 1,94 1,96
Vol (m³) 37,5017 60,5169 66,4040 9,8080 11,0992 12,0883 28,4151 87,0931 23,4877 25,7064
Marupá
N° Arv. 1 2 1 2 6 2 4 5 3 3 5
g (m²) 0,43 0,84 0,45 0,74 2,48 0,64 1,99 1,96 1,08 1,37 2,07
Vol (m³) 5,5008 10,4478 4,7722 9,0512 28,6044 8,0018 24,9292 22,3125 12,0973 18,2899 24,8288
PLANO OPERACIONAL ANUAL – POA ⁕ FLONA ALTAMIRA UMF III / UPA-B PATAUÁ FLORESTAL LTDA - SPE
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Nome Popular Var. UT-01 UT-02 UT-03 UT-04 UT-05 UT-06 UT-07 UT-08 UT-09 UT-10 UT-11 UT-12 UT-13 UT-14
Muiracatiara
N° Arv. 3 28 14 12 6 16 4 18 22 4 8 5 22
g (m²) 2,96 13,87 6,23 6,74 2,58 8,33 2,82 7,03 11,06 1,98 3,35 4,36 9,40
Vol (m³) 41,9042 194,1645 98,0607 100,8187 38,4608 129,8368 42,2894 103,3026 167,2680 30,9120 53,3665 61,5372 143,9177
Pequiá
N° Arv. 1 3 4
g (m²) 1,46 3,79 5,45
Vol (m³) 13,5519 31,7141 40,0495
Quaruba
N° Arv. 2 1 3 2 1
g (m²) 4,24 1,40 3,29 1,63 0,89
Vol (m³) 34,4810 12,5448 38,6354 19,4280 11,1360
Quarubarana
N° Arv. 29 8 17 4 1 7
g (m²) 14,40 5,77 10,43 3,13 1,41 4,59
Vol (m³) 173,0224 73,5210 112,1378 33,7289 13,8876 56,6145
Sucupira
N° Arv.
g (m²)
Vol (m³)
Tatajuba
N° Arv. 4 1 6 5 1
g (m²) 4,13 1,27 3,72 3,70 1,83
Vol (m³) 54,7176 15,1882 45,3360 47,8016 18,7549
Tauari
N° Arv. 13 11 8 1 8 1 14 15 25 4 10 5 5 27
g (m²) 8,16 6,31 5,45 0,57 4,07 0,85 5,60 5,17 13,90 2,52 8,55 3,02 4,95 15,07
Vol (m³) 118,4001 85,8511 73,5917 9,1989 57,9657 12,5993 74,5102 74,4903 184,0271 34,4695 113,9653 37,8373 61,8019 207,8699
Tauari-cachimbo
N° Arv. 1 7 4
g (m²) 1,05 7,69 3,94
Vol (m³) 12,1636 106,4943 51,2003
Total
N° Arv. 276 323 248 112 137 280 356 299 345 214 365 244 269 448
g (m²) 145,03 170,39 147,78 76,18 64,64 164,16 192,50 138,77 183,66 124,15 237,76 155,26 173,74 218,61
Vol (m³) 1.890,4403 2.180,4894 1.973,7851 984,6578 874,6059 2.316,1272 2.465,2805 1.684,7386 2.390,7433 1.621,0236 2.990,9676 1.912,4918 2.262,2559 2.904,0687
PLANO OPERACIONAL ANUAL – POA ⁕ FLONA ALTAMIRA UMF III / UPA-B PATAUÁ FLORESTAL LTDA - SPE
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Tabela 27: Espécies destinadas à colheita por UT na UPA-B da UT 15 a 28, UMF III, Patauá, Altamira/PA.
Nome Popular Var. UT-15 UT-16 UT-17 UT-18 UT-19 UT-20 UT-21 UT-22 UT-23 UT-24 UT-25 UT-26 UT-27 UT-28 Total
Angelim-pedra
N° Arv. 5 11 4 7 2 3 4 4 3 86
g (m²) 5,72 13,61 5,51 10,63 2,94 2,62 4,34 4,33 5,30 96,96
Vol (m³) 65,3565 143,0875 64,4262 119,5392 31,7628 31,3813 50,9248 48,9093 51,1334 1.086,6534
Caucho
N° Arv. 3 2 6 6 4 7 112
g (m²) 1,17 0,65 2,12 2,55 1,50 2,19 36,21
Vol (m³) 9,8292 6,3264 19,2795 27,1711 12,9173 17,6295 317,9240
Cedroarana
N° Arv. 1 15
g (m²) 2,24 21,48
Vol (m³) 21,9661 226,4187
Cedro-vermelho
N° Arv. 6 10 10 6 9 4 3 13 3 130
g (m²) 2,58 6,63 7,35 2,27 5,80 2,03 1,41 8,08 2,61 75,17
Vol (m³) 28,6247 72,4767 75,4127 22,4934 58,1412 22,0422 15,7235 84,6800 30,6209 796,0629
Cumaru
N° Arv. 1 1 4 1 1 2 49
g (m²) 1,29 0,52 3,32 0,74 0,74 0,95 29,84
Vol (m³) 15,2984 6,8787 38,4763 9,0974 9,8758 12,7492 357,6228
Currupixá
N° Arv. 18 36 12 3 10 6 10 19 35 23 295
g (m²) 16,09 36,82 10,65 2,72 13,24 5,84 13,01 21,95 30,46 14,30 284,26
Vol (m³) 173,3673 422,2329 112,8849 27,1042 134,9451 56,1575 139,3791 229,8026 331,6653 161,3936 3.074,9300
Fava
N° Arv. 21 23 10 9 13 17 12 19 3 14 1 5 4 250
g (m²) 9,26 12,16 6,39 5,07 5,75 10,85 7,98 7,72 1,56 8,06 0,77 3,63 2,53 135,70
Vol (m³) 124,3954 146,4549 78,0810 67,0075 74,6048 143,6220 89,1236 97,7719 18,8511 107,4773 8,2774 45,5634 35,4381 1.716,6608
Fava-amargosa
N° Arv. 1 2 8 3 6 9 9 17 20 1 12 28 177
g (m²) 0,87 1,10 3,88 1,84 3,36 3,29 3,24 7,79 10,62 0,41 5,94 14,02 87,64
Vol (m³) 13,2353 15,2510 59,1860 25,8115 51,5157 53,4406 42,6803 109,9212 156,4808 5,5251 91,3735 188,4291 1.270,2185
Freijó
N° Arv. 2 3 3 2 18
g (m²) 0,58 1,46 1,18 0,91 6,69
Vol (m³) 6,4071 18,2836 16,8292 14,9552 93,5459
Garapeira N° Arv. 26 34 19 35 20 50 28 24 39 22 25 30 34 13 909
PLANO OPERACIONAL ANUAL – POA ⁕ FLONA ALTAMIRA UMF III / UPA-B PATAUÁ FLORESTAL LTDA - SPE
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Nome Popular Var. UT-15 UT-16 UT-17 UT-18 UT-19 UT-20 UT-21 UT-22 UT-23 UT-24 UT-25 UT-26 UT-27 UT-28 Total
g (m²) 24,04 27,18 13,76 29,14 15,04 40,14 25,97 14,80 29,10 12,70 15,68 19,17 31,21 8,11 680,64
Vol (m³) 293,9603 331,9329 157,6268 363,8334 164,2839 495,1586 266,1718 183,3911 323,7440 135,7724 188,7484 231,3020 360,6023 88,3816 8.027,3850
Goiabão
N° Arv. 29 16 17 17 21 8 26 57 44 104 104 57 32 153 951
g (m²) 10,63 5,89 4,70 7,02 6,73 2,15 9,30 25,42 16,90 68,46 41,16 30,67 13,04 67,68 397,27
Vol (m³) 136,6216 72,7115 53,8838 92,9450 87,4092 27,4907 107,4457 339,1751 231,0364 868,8612 559,0227 422,4755 167,4984 885,5160 5.154,8910
Gombeira
N° Arv. 4
g (m²) 1,25
Vol (m³) 15,4002
Ipê-amarelo
N° Arv. 58 85 54 81 44 80 59 58 68 68 63 36 153 44 1.948
g (m²) 22,26 40,52 21,66 37,43 19,32 31,18 25,29 22,32 25,43 32,83 27,71 15,07 65,85 20,15 810,18
Vol (m³) 309,5458 566,9214 291,3208 580,1511 263,2975 442,1482 357,7330 294,4267 344,8346 451,0496 409,0112 205,1148 951,8124 271,1668 11.248,9826
Ipê-roxo
N° Arv. 37 8 4 2 17 15 12 7 2 1 7 6 215
g (m²) 15,25 5,34 3,79 1,17 7,81 6,99 6,04 3,87 0,99 0,39 3,84 2,29 106,33
Vol (m³) 208,5325 78,8281 47,9315 15,9822 112,0980 90,0421 83,2445 54,6874 16,3558 4,7829 57,0573 31,6196 1.455,1935
Itaúba
N° Arv. 3 6 5 4 5 7 5 10 17 4 125
g (m²) 1,20 3,17 1,42 1,57 1,76 2,47 1,86 2,86 6,06 1,12 47,36
Vol (m³) 15,8313 40,3484 17,1749 22,0804 22,5626 30,5081 24,8414 32,2551 81,4504 13,6727 606,1840
Jatobá
N° Arv. 22 46 39 39 45 64 78 52 54 35 48 27 54 27 1.303
g (m²) 15,76 34,21 31,15 34,21 30,28 43,24 53,05 32,15 38,84 33,00 31,21 18,91 47,43 23,65 949,42
Vol (m³) 230,6333 487,7017 406,1218 491,3267 427,1030 658,2542 729,7063 449,9382 536,7038 436,0624 423,4512 284,6965 666,2110 319,9854 13.438,6493
Jutaí-mirim
N° Arv. 9 16 14 13 5 12 11 8 20 16 29 17 430
g (m²) 4,12 7,57 6,51 4,97 2,78 6,63 4,90 4,01 9,11 6,63 14,92 7,49 201,88
Vol (m³) 54,2556 98,9431 81,4739 68,3744 36,1041 93,5022 64,1233 47,8044 118,7594 81,2264 168,8208 92,1620 2.615,4959
Maçaranduba
N° Arv. 1 2 3 1 3 3 71
g (m²) 0,62 1,45 1,65 0,43 2,02 1,34 35,51
Vol (m³) 8,0764 19,5773 20,5612 4,8548 19,7919 15,4754 450,4577
Marupá
N° Arv. 5 4 3 7 2 2 57
g (m²) 2,32 2,20 1,52 2,22 0,73 0,73 23,76
Vol (m³) 26,9002 27,9688 19,5291 22,6168 9,7566 8,6295 284,2370
PLANO OPERACIONAL ANUAL – POA ⁕ FLONA ALTAMIRA UMF III / UPA-B PATAUÁ FLORESTAL LTDA - SPE
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Nome Popular Var. UT-15 UT-16 UT-17 UT-18 UT-19 UT-20 UT-21 UT-22 UT-23 UT-24 UT-25 UT-26 UT-27 UT-28 Total
Muiracatiara
N° Arv. 5 16 10 7 23 27 27 12 9 2 11 7 5 323
g (m²) 3,66 6,73 4,46 4,69 11,25 12,25 11,29 10,31 3,85 1,82 6,04 3,55 3,43 164,05
Vol (m³) 52,3148 103,6737 68,9068 73,4598 170,4956 205,1561 181,6340 118,6413 59,5718 25,9982 96,1847 58,8238 57,1684 2.477,8680
Pequiá
N° Arv. 1 9
g (m²) 1,31 12,00
Vol (m³) 11,2759 96,5914
Quaruba
N° Arv. 9
g (m²) 11,46
Vol (m³) 116,2251
Quarubarana
N° Arv. 43 22 4 24 22 14 19 8 17 2 241
g (m²) 25,74 12,30 2,39 12,33 11,70 7,50 9,97 4,65 12,25 1,35 139,90
Vol (m³) 308,4451 139,0708 29,0586 157,2142 129,0406 90,6496 104,7315 60,9764 142,3697 16,4506 1.640,9191
Sucupira
N° Arv. 1 4 5
g (m²) 0,49 1,57 2,06
Vol (m³) 5,7532 18,5465 24,2996
Tatajuba
N° Arv. 2 2 4 3 8 36
g (m²) 4,85 2,96 4,58 3,19 5,66 35,90
Vol (m³) 46,2248 29,5935 52,6718 33,8445 68,5348 412,6678
Tauari
N° Arv. 7 1 11 10 13 17 15 13 11 10 3 33 9 300
g (m²) 2,74 0,60 6,49 8,31 8,42 9,33 7,15 5,22 6,77 5,59 1,44 22,25 4,72 173,20
Vol (m³) 35,9358 9,3687 85,5837 113,3728 111,7223 137,8309 95,3248 74,9920 86,7831 69,7383 20,7339 297,6824 60,7108 2.346,3579
Tauari-cachimbo
N° Arv. 11 14 37
g (m²) 8,47 13,90 35,06
Vol (m³) 123,0002 185,0779 477,9363
Total
N° Arv. 266 274 216 276 259 300 317 325 304 264 353 233 462 340 8.105
g (m²) 137,27 155,69 130,71 198,31 147,17 168,27 178,86 177,46 155,17 170,71 185,78 146,01 280,24 176,89 4.601,19
Vol (m³) 1.799,9432 2.072,3080 1.628,1603 2.608,9198 1.891,6464 2.356,8819 2.310,1428 2.236,4931 2.007,9320 2.177,6427 2.489,0574 1.884,6445 3.649,1039 2.265,2269 59.829,7786
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6 ATIVIDADES PÓS-EXPLORATÓRIAS – SILVICULTURA PÓS-COLHEITA
As florestas tropicais úmidas são caracterizadas, especialmente, pela alta diversidade, o
que favorece grande quantidade e variedade de produtos, principalmente madeireiros. Outra
característica da floresta é o fato de uma grande parte (aproximadamente 45%) das espécies
arbóreas ocorrerem em baixíssima densidade, com apenas um indivíduo por hectare (Pires
O’Brien e O’Brien, 1995). Alguns métodos de tratamentos silviculturais podem ser utilizados
para estimular o crescimento e aumentar a densidade das espécies selecionadas para serem
beneficiadas.
Os tratamentos silviculturais aumentam significativamente o crescimento das árvores em
florestas tropicais. Pesquisas têm mostrado que o crescimento pode ser duplicado em relação à
floresta explorada não tratada (Silva, 2001). Os principais tratamentos silviculturais realizados
em florestas tropicais constam de corte de cipós, liberação de copas para maior captação de luz
e plantios de enriquecimento em clareiras.
O corte de cipós e a liberação de copas proporcionam o crescimento mais rápido das
árvores tratadas, enquanto que o enriquecimento de clareiras possibilita o aumento da qualidade
produtiva da floresta, uma vez que as espécies plantadas são, em sua maioria, de alto valor
comercial.
Há modalidades de tratamentos silviculturais que não são próprias para as florestas
amazônicas, mas podem ser adaptadas e perfeitamente utilizadas. As atividades silviculturais
na Amazônia, principalmente após as explorações florestais, são praticamente inexistentes. Não
há, ainda, disponibilidade suficiente de informações adequadas à realidade da região, ou a
informação disponível não está sendo aceita pelo usuário, para colocá-la em prática, por não
fornecer dados seguros quanto à sua eficiência.
6.1 MANUTENÇÃO DA INFRAESTRUTURA (ESTRADA PRINCIPAL E DE ACESSO)
O tráfego intenso e pesado, os fatores climáticos causam grandes dificuldades na
conservação das estradas, devendo ser realizadas manutenções periódicas para o devido uso.
Estas estradas são as vias onde o cuidado será redobrado, nessas vias, será realizada manutenção
periódica afim de permitir o tráfego durante o ano subsequente a exploração, garantindo assim
a realização das atividades pós-exploratórias e facilitando o escoamento da produção da safra
seguinte.
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6.2 AVALIAÇÃO DE DANOS
A avaliação dos danos à floresta residual será realizada dois anos após a colheita de cada
UPA, onde se avaliará a intensidade e a frequência dos danos causados. Vale ressaltar que os pátios
de estocagem servirão como ponto de partida para as medições a serem realizadas nas estradas e
ramais de arraste.
A avaliação dos danos será direcionada para as espécies de maior interesse econômico
existentes na UPA. As variáveis de avaliação a serem medidas quanto ao fuste, copa e sanidade são
descritas na Tabela 28 com as descrições dos danos causados no fuste.
Tabela 28. Códigos e descrições dos danos do fuste
CÓDIGO DESCRIÇÃOS
0 Sem dano
1 Dano leve só na casca (<1.500 cm²)
2 Dano leve só na casca (>1.500 cm²)
3 Dano médio, afetou o lenho (<1.500cm²)
4 Dano severo, fuste lascado
5 Dano irreversível, árvore quebrada
Fonte: Instituto Floresta Tropical – IFT
As copas das árvores serão classificadas em quatro categorias conforme pode ser observado
na Tabela 29. Tabela 29. Códigos e descrições dos danos na copa.
CÓDIGO DESCRIÇÃO
0 Sem dano
1 Dano leve, <1/3 da copa danificada
2 Dano médio, >1/3 da copa danificada
3 Dano severo, sem copa
Fonte: Instituto Floresta Tropical – IFT
De acordo com o tipo de dano causado no fuste e na copa, será observada na árvore a
existência de algum tipo de recuperação (cicatrização) do dano e, rebrotamento de copa, este fato
será atribuído à saúde da árvore, e será classificado em quatro categorias conforme mostra a Tabela
30.
Tabela 30. Códigos e descrições da saúde da árvore.
CÓDIGO DESCRIÇÃO
0 Árvore sadia, sem nenhum dano, seja no fuste ou na copa
1 Árvore em recuperação, danificada apresentando cicatrização
do dano
2 Árvores em sinal de recuperação dos danos, tanto no fuste
como na copa
3 Árvore morrendo, com necroses ou podridões no fuste e queda de
galhos e folhas Fonte: Instituto Floresta Tropical – IFT
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As causas dos danos serão observadas quanto ao fuste e copa e serão classificadas em seis
categorias, conforme mostra a Tabela 31.
Tabela 31. Códigos e descrições dos danos do fuste
CÓDIGO DESCRIÇÃO
0 Árvore não danificada, sem danos tanto no fuste quanto na copa
1 Árvore danifica pelo corte e derruba
2 Árvore danificada pelo arraste
3 Árvore danificada pela construção de estradas
4 Árvore danificada pela construção de pátios de estocagem
5 Árvore danificada por causas naturais
Fonte: Instituto Floresta Tropical – IFT
6.3 MEDIDAS MITIGADORAS
Não que pese dúvidas de que o POA apresenta um conjunto de impactos ambientais no
local de sua implantação e na área de entorno. A proposição e implementação de medidas
mitigadoras e/ou compensatórias a estes impactos visa à minimização dos efeitos decorrentes
dos mesmos causados aos componentes ambientais dos meios físico, biológico e sociocultural
e econômico.
Em um PMFS deve-se considerar a viabilidade técnica, econômica, ambiental e social.
Entretanto, as reflexões sobre a viabilidade ambiental se tornam muito difícil devido ao pouco
conhecimento do ambiente em questão. Prognoses ambientais devem ser feitas a partir de
resultados de pesquisas existentes na região ou inferências de estudos em outros ambientes ou
mesmo em outras florestas tropicais.
Além das inferências de outros exemplos, este projeto propõe estudos contínuos que
acompanharão a reorganização do ecossistema florestal após a exploração, tanto do ponto de
vista de economia florestal (produtividade da floresta), como outros aspectos da flora e fauna.
6.4 PROPOSTAS DE MINIMIZAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS
6.4.1 Meio Físico
6.4.1.1 Solos
i. O planejamento criterioso da exploração e o uso de máquinas e equipamentos adequados
serão atenuantes nos impactos de compactação do solo, uma vez que se evitará a
construção excessiva de infraestrutura.
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ii. Nas áreas mais acidentadas, o arraste deverá ser feito em duas etapas, nas quais serão usados
cabos e guinchos, a fim de evitar a compactação do solo e também danos à vegetação
remanescente;
iii. A eliminação de cipós das árvores destinadas à extração, em tempo hábil para o
apodrecimento dos mesmos, evitará a abertura de grandes clareiras, deixando assim o solo
coberto com vegetação em sua grande parte;
iv. A remoção da camada fértil (onde se concentra os teores mais altos de matéria orgânica,
macro e micronutrientes minerais), quando da construção das estradas e pátios deverá ser
feita com a maior prudência pelo operador da máquina (trator de esteiras), este receberá
treinamento adequado para execução da tarefa visando a conservação desse material;
v. Quanto à erosão, a UPA predominantemente se encontra em região de relevo ondulado,
portanto a probabilidade de erosão é latente. Nestas áreas há necessidade de planejar
cuidadosamente a exploração de modo que infraestrutura e ramais de arraste não
coincidam com os canais de drenagem;
vi. O "novo Código Florestal" (Lei nº 12.651) deverá ser respeitado e não haverá exploração
em áreas com acentuado declive. Nos cursos d’água, com largura máxima de 10m, deverá
ser mantida como área de preservação permanente uma faixa marginal com largura de
30m. Nos rios que tiverem largura superior a 10m, a faixa de preservação será de 50m.
No caso das nascentes, ainda que intermitentes e nos chamados "olhos d'água” a área de
preservação deverá ter no mínimo 50m de raio. As áreas de preservação permanente terão
efeito tampão, onde se evitará a erosão do solo e, consequentemente, perda de nutrientes
e argila do horizonte "A", além do que, será uma zona fornecedora de alimentos para
peixes (frutos + sementes);
vii. Planejamento e construção adequada da rede viária utilizando técnicas de
geoprocessamento, levando em consideração a drenagem (MDD) e a topografia (MDT);
viii. Manutenção permanente da rede viária principal e de acesso necessários a continuidade
da colheita nos anos subsequentes, algumas dessas vias poderão ser desativadas
temporariamente ou em definitivo dependendo do planejamento estratégico para as
UPA’s futuras.
6.4.1.2 Recursos Hídricos
i. Implantação da infraestrutura de acordo com o microzoneamento realizado no inventário a
100%;
ii. Preservação dos cursos d'água e rios deverá ser em caráter permanente. O planejamento
viário minimizará os efeitos da erosão e deposição de sedimentos nesses ambientes;
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iii. Será expressamente proibido o despejo de qualquer produto tóxico nos cursos d’água (p.
ex. óleo mineral, plásticos, graxas, etc.);
iv. Construção de local adequado para o abastecimento, limpeza e manutenção das máquinas
e equipamentos, com caixas separadoras de óleo e resíduos líquidos;
v. Nas estradas principais e de acesso, deverão ser construídos dispositivos de drenagem,
bueiros e pontes, facilitando o escoamento, evitando o represamento da água e a erosão
do solo.
6.4.1.3 Ar
i. A ocorrência de queimadas pode afetar a qualidade do ar e seus efeitos danosos tanto para
os ecossistemas florestais quanto para as populações humanas. Assim, não haverá prática
de queimadas na UPA;
ii. As máquinas, equipamentos e veículos serão revisados periodicamente, com intuito de
evitar a poluição atmosférica pela queima de combustíveis fósseis;
6.4.1.4 Clima e Microclima
O clima e microclima da região não deverão ser alterados com as práticas a serem
aplicadas neste projeto, pois a abrangência do projeto é restrita à FLONA Altamira. Portanto, a
área a ser manejada é insuficiente para causar modificações significativas no clima.
6.4.2 Meio Biológico
6.4.2.1 Flora
i. O uso de técnicas de Exploração de Impacto Reduzido - EIR diminuirá danos à floresta
residual;
ii. O planejamento criterioso da infraestrutura evitará a abertura de estradas e pátios
desnecessários e, consequentemente, desmatamentos serão evitados;
iii. As equipes de exploração receberão treinamentos em EIR e sempre que houver novas
contratações de funcionários, estes receberão capacitação técnica;
iv. As árvores mais grossas serão seccionadas em toras menores para facilitar o arraste e
diminuir os danos causados à vegetação;
v. Nos dias chuvosos e com ventos fortes a exploração deverá ser evitada, pois a friabilidade
do solo deixa a floresta mais vulnerável à queda das árvores;
vi. Serão mantidas áreas sem exploração florestal (área de preservação absoluta), para
preservação da biodiversidade e manutenção dos processos ambientais, em 5% da UMF.
Estas reservas com floresta intacta terão a função de preservação da biodiversidade,
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processos ambientais, corredores para a fauna e patrimônio cultural além de servirem
futuramente para estudos comparativos dos impactos ambientais.
vii. Realização dos cortes de cipós antes da exploração, evitando a formação de clareiras muito
grande, o que permitirá uma recuperação mais rápida da floresta;
viii. As espécies raras (densidade inferior 0,05 árv./ha), endêmicas, ameaçadas ou em perigo
de extinção, bem como as de uso extrativista não serão exploradas;
ix. Para preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético das espécies vegetais
que ocorrem na UPA, e evitar que a erosão genética venha a acontecer, serão mantidas
10% das árvores comerciais para as espécies, na área de efetiva exploração, em cada UT
(100 hectares), respeitando-se os limites mínimos de manutenção de 3 (três) árvores
comerciais, e para as espécies classificadas como vulneráveis constantes na “lista
nacional oficial de espécies da flora ameaçadas de extinção” manutenção de, pelo menos,
15% (quinze por cento) do número de árvores por espécie, na área de efetiva exploração
da Unidade de Produção Anual-UPA, que atendam aos critérios de seleção para corte
indicados no PMFS, respeitando a distribuição nas classes de Diâmetro à Altura do Peito
- DAP, de acordo com o perfil da população existente na UPA e respeitado o limite
mínimo de manutenção de 4 (quatro) árvores por espécie por 100 ha (cem hectares), em
cada Unidade de Trabalho-UT;
x. As árvores ocadas também serão mantidas, independente do diâmetro. Ainda que essas
árvores sejam sem valor comercial, elas representam um grande recurso ecológico
(produção de pólen, frutos e sementes) e servirão para fornecimento de alimento e abrigo
para a fauna;
xi. Controle rigoroso da cadeia de custódia garantirá a origem da produção florestal;
xii. Aproveitamento de resíduos florestais otimizará o uso da floresta, facilitando a
regeneração natural e reduzindo os riscos de incêndios florestais;
xiii. Monitoramento da floresta através da implantação de parcelas permanentes conforme
diretrizes “Diretrizes para instalação e medição de parcelas permanentes em florestas
naturais da Amazônia Brasileira” (EMBRAPA, 2005);
6.4.2.2 Fauna
i. A fauna será tratada com critérios de planejamento semelhantes aos utilizados para a flora,
principalmente pela inter-relação existente dentro dos processos ecológicos, como a
dispersão de sementes, decomposição do folhiço e seleção de espécies naturalmente
cultivadas.
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ii. A circulação de pessoas e máquinas na área do projeto deverá ser restrita, para evitar
estresse comportamental através da modificação dos hábitos alimentares e reprodutivos
dos animais. A exploração será realizada em compartimentos anuais (não em várias
frentes de trabalho), para não acarretar redução dos estoques populacionais da fauna
silvestre.
iii. Serão proibidas práticas predatórias que coloquem em risco processos ecológicos ou que
provoquem a extinção de espécies.
iv. Proibir a caça e a pesca predatória e o consumo de produtos e subprodutos da fauna
silvestre na UMF.
v. Proibir a matança intencional de qualquer animal da fauna silvestre.
vi. Preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético das espécies animais que
ocorrem ao longo das picadas, caminhos e igarapés.
6.4.3 Meio Socioeconômico
i. Treinamento e capacitação em exploração de impacto reduzido;
ii. Treinamento e capacitação em normas de segurança do trabalho;
iii. Treinamento e capacitação em primeiros socorros;
iv. Implantação do DDS – Diálogo Diário de Segurança;
v. Contratação da mão de obra de acordo com a legislação trabalhista e previdenciária;
vi. Uso obrigatório dos Equipamentos de Proteção Individual – EPIs (NR-6);
vii. Implantação de placas de sinalização nas áreas que estiverem sendo submetidas à
exploração florestal.
viii. Realização de atividades ocupacionais e recreativas para os colaboradores;
7 MONITORAMENTO OPERACIONAL
7.1 GERENCIAMENTO DAS ATIVIDADES
Na avaliação e controle das atividades do manejo florestal sustentável de EIR,
objetivando aperfeiçoar a cada ano, todas as atividades do manejo florestal na UMF III são
acompanhadas através de fichas de campo, visita da equipe técnica responsável, vistoria do
órgão fiscalizador e licenciador (IBAMA, SFB e ICMBio) e reuniões de avaliação periódicas.
Nestas fichas devem ser anotadas informações de horário de início e término das
atividades, inclusive intervalos, número de pessoas que estão contribuindo com atividade no
determinado período, materiais utilizados e demais informações relevantes. A entrada e saída
de combustível, de alimentação, materiais e remédios também são controladas através de fichas
específicas.
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A organização dos dados em fichas de campo, bem como, levantamento de demais
informações - notas fiscais de compra de materiais e equipamentos, alimentos, combustível,
exames admissionais e demissionais, por exemplo, torna possível conhecer os custos das
atividades operacionais florestais. Com isso, é possível identificar os itens que estão adequados
e os quais precisam ser reavaliados, evitando desperdícios que refletirão no retorno positivo ao
balanço final das atividades.
8 PROTEÇÃO FLORESTAL
8.1 MANUTENÇÃO DE ÁREAS SEM EXPLORAÇÃO FLORESTAL
A escolha da área de preservação absoluta baseou-se na análise critérios técnicos e
conservacionistas, com objetivo de manter intacta parte significativa dos ecossistemas
representados na área, fornecendo refúgio seguro para espécies animais sensíveis, mantendo
íntegros os mecanismos de regeneração da vegetação e maximizando a probabilidade de
preservação da biodiversidade da fauna e da flora.
Buscar-se-á definir a área de preservação absoluta de maneira que abarque as tipologias
florestais que ocorrem na área. Ao todo a área de preservação absoluta possui 4.920,68 hectares,
correspondendo a 5% da UMF III.
8.1.1 Preservação Permanente de Declives, Nascentes, Cursos D’água e Vegetação
Adjacente
As áreas consideradas de proteção ambiental também deverão sofrer manutenção, uma
vez que constituem áreas importantes para conservação do equilíbrio do ecossistema. Dessa
forma, nascentes, cursos d'água e vegetação adjacente serão cuidadosamente preservados
durante todas as fases do manejo. Serão consideradas as características físicas da área as
encostas, solos, rede hidrográfica e topografia.
Deverá ser atendido ao preceituado no Código Florestal (Lei nº 12.651), que considera
área protegida coberta ou não por vegetação nativa, aquela com a função ambiental de preservar
os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica, a biodiversidade, o fluxo gênico de
fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas:
a) Faixa marginal proporcional à largura dos cursos d'água;
b) Ao redor das lagoas, lagos ou reservatórios de águas naturais ou superficiais;
c) Nas nascentes, ainda que intermitentes e nos olhos d'água;
d) Nas encostas ou partes destas, com declividade superior a 45º, equivalente a 100% na linha
de maior declive.
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8.2 PROTEÇÃO CONTRA FOGO
A construção de estradas, pátios de estocagem, ramais de arraste e a derruba de árvores
proporcionará a abertura de dossel e, consequentemente, aumentará a incidência de raios solares
no interior da floresta causando a desumidificação do solo e, consequentemente, aumentando
os riscos de incêndios.
8.3 PREVENÇÃO CONTRA INVASÕES
A área geográfica de influência direta e indireta do projeto se encontra numa região que se
caracteriza pela baixa densidade populacional, baixa renda per capta, escassas oportunidades
de emprego e carência de infraestrutura social, principalmente nas áreas de saúde, educação,
saneamento básico, serviços de telecomunicações, vias de acesso e energia elétrica. Embora,
existam moradores que residem no perímetro da área a anos, por hora os indícios de conflitos
fundiários e invasões estão contidos na região.
9 SEGURANÇA DO TRABALHO
Atualmente, o Brasil é um dos detentores dos maiores índices em acidentes de trabalho.
Tais acidentes podem ocasionar perdas irreparáveis ao trabalhador. O setor florestal é um dos
principais responsáveis por tais acidentes, conforme citado na base de dados históricos do
Anuário Estatístico da Previdência Social; p. ex., no ano de 2000, houve 402 (quatrocentos e
dois) acidentes registrados na área de silvicultura e 502 (quinhentos e dois) acidentes na s áreas
de exploração florestal, fora as dezenas de acidentes que ocorrem e não são registrados.
A segurança do trabalho tem como finalidade promover a saúde e proteger a integridade
do trabalhador no local de trabalho, ou seja, fazer com que se cumpra as disposições legais e
regulamentadoras sobre segurança e medicina do trabalho, dando aos trabalhadores condições
ideais para realização das tarefas.
As ações de monitoramento e prevenção de acidentes do trabalho estarão baseadas no
estabelecimento das seguintes Normas Regulamentadoras (NR’s) do Ministério do Trabalho e
Emprego:
i. NR-4: Serviço Especializado em Engenharia e Medicina do Trabalho – SESMT;
ii. NR-5: Comissão Interna de Acidentes do Trabalho – CIPA;
iii. NR-6: Equipamentos de Proteção Individual;
iv. NR-7: Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO;
v. NR-9: Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA;
vi. NR-12: Máquinas e Equipamentos;
vii. NR-15: Atividades operações insalubres;
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viii. NR-17: Ergonomia;
ix. NR-21: Trabalho a céu aberto;
x. NR-26: Sinalização de Segurança.
xi. NR-31: Segurança e Saúde no Trabalho na Agricultura, Pecuária Silvicultura, Exploração
Florestal e Aquicultura
9.1 MEDIDAS PREVENTIVAS E DE CONTROLE
9.1.1 Serviços especializados em engenharia e medicina do trabalho –SESMT–NR4
De acordo com o Quadro I da NR, a atividade exploração florestal e silvicultura se
enquadra no grau de risco 4. Na UPA, nas fases pré-exploratória, exploratória e pós-
exploratória, o número de trabalhadores será de aproximadamente 120 pessoas (inventário
florestal a 100%, exploração e silvicultura pós colheita).
Assim sendo, de acordo com o Quadro II da NR o dimensionamento do SESMT haverá
a necessidade de contratação de um Técnico de Segurança do Trabalho em período integral,
com acompanhamento de um técnico em enfermagem.
O Técnico de Segurança do Trabalho deverá coordenar os Programas de Prevenção de
Riscos Ambientais (PPRA) e de Gerenciamento de Riscos (PGR), elaboração dos Mapas de
Riscos Ambientais (MRA), Laudo Técnico Condições de Trabalho (LTCAT) e Perfil
Profissiográfico Previdenciário (PPP) quando necessário.
9.1.2 Uso de equipamento de proteção individual – EPI–NR6
O Equipamento de Proteção Individual (EPI) é um instrumento de uso pessoal, cuja
finalidade é neutralizar a ação de certos acidentes que poderiam causar lesões ao trabalhador e
protegê-lo contra possíveis danos à saúde causados pelas condições de trabalho.
No ambiente florestal, o trabalhador está exposto a diversos riscos de acidentes, portanto,
a utilização constante dos EPI’s será de suma importância. Faz-se necessário que todos os
envolvidos no manejo florestal estejam conscientes da importância e do modo correto da
utilização do EPI. Desta maneira deverá ser realizado um treinamento para todos os
trabalhadores envolvidos quanto à utilização e manutenção, além de um programa constante de
conscientização.
A Tabela 32 relaciona os equipamentos que os trabalhadores deverão uti lizar bem como
a quantidade mínima disponível para cada trabalhador nas diferentes fases do manejo florestal.
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Tabela 32. Lista de EPI’s
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL QUANT. MÍNIMA
Botas com bico de aço 01
Colete visualizador 01
Capacete simples (ajudantes) 01
Capacete completo (motosserristas) 01
Par de luvas de motosserrista 01
Calça de motosserrista (anticorte) 01
Protetor auricular (ajudantes e operadores de máquinas) 01
Capa de chuva 01
Kit de primeiros socorros (equipe) 01
9.1.3 Programa de Prevenção de Riscos Ambientais– PPRA–NR9
Esta NR estabelece a obrigatoriedade da elaboração e implementação, por parte de todos
os empregadores e instituições que admitem trabalhadores como empregados, do Programa de
Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA, visando à preservação da saúde e da integridade dos
trabalhadores, através da antecipação, reconhecimento, avaliação e consequente controle da
ocorrência de riscos ambientais existentes ou que venham a ocorrer no ambiente de trabalho,
tendo em consideração a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais.
9.1.4 Máquinas e equipamentos – NR12 – Motosserras
Equipamento básico para execução do manejo, a motosserra evoluiu muito nos últimos
anos. Para se ter uma ideia ao longo dos anos houve uma redução no peso de 46kg para 8kg em
média. Apesar disso não é um equipamento simples de ser utilizado, podendo se transformar
em uma ferramenta perigosa causando sérias lesões, até mesmo fatais, em caso de ser
manuseada erradamente.
Geralmente, os motosserristas possuem vasta experiência e habilidade no manuseio deste
equipamento, para SANTANA (1992). A experiência profissional tem importância na
produtividade do operador, refletindo a rápida assimilação das condições da atividade de
derruba de árvores. Contudo, os motosserristas deverão receber treinamento quanto ao uso
correto do equipamento, pois, a habilidade de um operador treinado, com conhecimento e
experiência, constitui um dos importantes aspectos para redução da exposição, sobretudo no
tocante à vibração.
Os motosserras serão equipados com os seguintes dispositivos de segurança:
a) Freio manual de corrente;
b) Pino pega corrente;
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c) Protetor da mão direita;
d) Protetor da mão esquerda;
e) Trava de segurança do acelerador;
f) Luvas de vaqueta e/ou da sthil.
Os motosserras deverão ser registrados junto ao IBAMA, conforme legislação pertinente,
a fim de evitar infração à Patauá e apreensão das mesmas.
9.1.5 Normas Básicas de Segurança
Nas operações de campo serão adotadas como normas de segurança os procedimentos
básicos a seguir. Salienta-se que os funcionários serão orientados e cobrados quanto ao estrito
cumprimento das respectivas normas:
- DURANTE O DESLOCAMENTO A CAMPO:
Os facões e/ou materiais cortantes serão transportados com bainhas;
Os motosserras serão transportados com protetor de sabre.
- NO INÍCIO DOS TRABALHOS DE CAMPO:
Diariamente, antes do início das atividades de campo, todos os trabalhadores, deverão
conversar sobre questões referentes à segurança do trabalho – DDS;
Usar OBRIGATORIAMENTE uniformes da Patauá ou terceirizada;
Usar OBRIGATORIAMENTE os Equipamentos de Proteção Individual – EPIs (botas,
calças, capacetes, óculos, camisas e etc.);
Sinalizar, com cones e placas, os locais de acesso onde estiver sendo realizada a
exploração florestal (corte e arraste);
- NO CORTE DAS ÁRVORES:
Verificar as condições das árvores, quanto à presença de formigas (tucandeiras),
marimbondos, cobras, escorpiões etc.;
Cortar cipós que possam aumentar o risco de acidente da equipe;
Construção de caminhos de fuga;
Manter distância mínima de 100 metros entre as equipes de corte;
Manter distância mínima de 250 metros para equipe de arraste;
Transportar os motosserras desligadas;
Abastecer os motosserras desligadas;
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Funcionar os motosserras apoiando-as no solo.
- NO ARRASTE DAS ÁRVORES:
Não se aproximar demasiadamente dos tratores ligados ou em movimento;
Não ficar longe (mais que 5 metros) dos tratores em funcionamento ou em
deslocamento;
Quando o Skidder estiver arrastando as árvores observar a trajetória final da tora, ficar
mais longe possível para evitar acidente com cabos de aço.
- OPERAÇÕES DE PÁTIO:
Cuidado com a movimentação das máquinas;
Não deixar materiais inorgânicos nos pátios de estocagem.
9.1.6 Medidas de Organização e Higiene dos Acampamentos
A empresa implantará as seguintes medidas de organização e higiene no acampamento:
a) Os alojamentos deverão ser limpos todos os dias pelas pessoas que o ocupam;
b) Aos domingos, será realizada limpeza aos arredores do acampamento;
c) Será proibido jogar lixo de qualquer tipo ao redor do acampamento ou na área de manejo;
d) Todo material de cozinha deverá ser levado à área de lavagem e lixeiras, se for o caso;
e) Será proibida a lavagem de roupas nos banheiros;
f) O lixo orgânico deverá ser enterrado e o inorgânico será levado para a destinação adequada;
g) As instalações sanitárias serão separadas por sexo;
h) Os alojamentos deverão ter:
Camas com colchão, sendo permitido o uso de beliches;
Porta e janelas capazes de oferecer boas condições de vedação e segurança;
Recipientes para coleta de lixo;
Ser separado por sexo;
As camas poderão ser substituídas por redes, de acordo com o costume local,
obedecendo ao espaçamento mínimo de um metro entre as redes
i) Locais para refeição deverão atender os seguintes requisitos:
Boas condições de higiene e conforto;
Capacidade para atender a todos trabalhadores florestais;
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Água limpa para higienização;
Água potável, com condições higiênicas;
Depósitos de lixo, com tampas.
9.1.7 Dimensionamento do n° de Sanitários
O dimensionamento das instalações sanitárias a ser construída será baseado na Norma
Regulamentadora – NR-31 do Ministério do Trabalho e Emprego – MTE.
As instalações sanitárias serão constituídas de:
Lavatório na proporção de uma unidade para cada grupo de vinte trabalhadores
florestais ou fração;
Vaso sanitário na proporção de uma unidade para cada grupo de vinte trabalhadores ou
fração;
As instalações sanitárias terão:
Portas de acesso que impeçam o devassamento e construídas de modo a manter o
resguardo conveniente;
Ser separadas por sexo;
Localização segura e de fácil acesso;
Água limpa e papel higiênico;
Recipiente para coleta de lixo.
10 TREINAMENTO E RECICLAGEM DOS RECURSOS HUMANOS
A Patauá em conjunto com as empresas terceirizadas poderão custear curso em
Exploração de Impacto Reduzido – EIR, que deverá ser ministrado na FLONA Altamira, na
área de manejo, por técnicos, profissionais gabaritados ou professores de universidades com
conhecimento das atividades que envolve o manejo florestal sustentável, visando o treinamento
e capacitação dos trabalhadores florestais.
O conteúdo programático do treinamento poderá conter: planejamento, construção e
manutenção da infraestrutura, técnicas especiais de corte e manutenção de motosserra,
planejamento de arraste, execução de arraste, controle da cadeia de custódia, primeiros
socorros, segurança do trabalho e educação ambiental.
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O engenheiro responsável pelo gerenciamento das atividades executivas do projeto pela
Patauá, juntamente com sua equipe, complementará os treinamentos quanto às normas que
regerão as atividades durante a safra discutindo-se item a item em grupo, onde será dada
oportunidade aos trabalhadores para tirar dúvidas. Ainda, deverá ser ministrada palestra sobre
os significados das terminologias adota das no manejo florestal tais como: PMFS, POA, UMF,
UPA, UT, UCA, APP entre outras.
A execução será acompanhada, em período integral durante a exploração, por
engenheiros florestal, técnicos florestais e técnico de segurança do trabalho, todos com
experiência em Exploração de Impacto Reduzido - EIR, que acompanharão todas as atividades
pertinentes ao manejo, executando os trabalhos de conformidade com as normas vigentes e
sugeridas no PMFS e no respectivo POA.
A Tabela 33 mostra os temas dos treinamentos a serem ministrados nas diferentes fases
do manejo elencando o público alvo e os ministrantes de cada curso. Observa -se que os
treinamentos da fase exploratória poderão ser ministrados por técnicos, profissionais
gabaritados e professores universitários.
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Tabela 33. Resumo do programa de treinamento
FASE TEMA PÚBLICO ALVO MINISTRANTE(S)
FASE PRÉ-EXPLORATÓRIA
Microzoneamento
EQUIPES DO IF 100% RESPONSÁVEL TÉCNICO E
EQUIPE
Manuseio de GPS
Delimitação da UPA
Inventário Florestal (Espécie, CAP, Hc, QF)
Plaqueamento das árvores
Corte de cipós
Implantação de parcelas permanentes
FASE EXPLORATÓRIA
(antes do início das atividades
operacionais)
Planejamento, construção e manutenção da infraestrutura
EQUIPES DE EXPLORAÇÃO TÉC. GABARITADOS E/OU
PROF° UNIVERSITÁRIOS
Técnicas especiais de corte e manutenção de motosserra
Planejamento de arraste
Normas de Segurança
Controle da Cadeia de Custódia
Segurança do trabalho
Uso de mapas
FASE EXPLORATÓRIA Acompanhamento e orientação
FASE PÓS-EXPLORATÓRIA
Primeiros Socorros TODAS AS EQUIPES TÉC. EM ENFERMAGEM
Combate ao incêndio TODAS AS EQUIPES IBAMA/ICMBIO
Formação de Brigada de Incêndio
Remedição das parcelas permanentes EQUIPES DO IF 100% RESPONSÁVEL TÉCNICO E
EQUIPE
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11 CRONOGRAMA DE ATIVIDADES POA 02/2018
Seguindo o que determina a IN n° 03/2017 SEMAS/PA, que dispõe sobre o calendário
florestal, definindo os períodos para a apresentação, análise e aprovação de PMFS e dos POA’s,
bem como o período para safra da exploração de madeira em florestas de terra firme e para o
embargo das atividades de exploração florestal, no Estado do Pará, planejamos este cronograma
para exploração na época de estiagem (safra) atendendo as diretrizes legais, que na região é
estabelecida entre os meses de Junho a Fevereiro.
Nas tabelas seguintes, são apresentadas as atividades realizadas no início de 2018,
classificadas como atividades pré-exploratórias e o planejamento das atividades consecutivas
e/ou concomitantes, denominadas exploratórias e pós-exploratórias (Tabelas 34, 35 e 36), para
os anos de 2018 e 2019.
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Tabela 34: Cronologia das atividades pré-exploratórias – Safra 2018.
Cronologia/Atividades Pré-Exploratórias - 2018
Atividades Realizadas
Mês
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul
Delimitação e abertura de trilhas (topografia) X X X X
Microzoneamento e inventário 100% X X X X
Corte de cipós X X
Instalação e medição de PP´s X
Digitação dos dados X X X
Processamento e análise do IF 100% X X
Geração dos mapas-base e de infraestrutura X X Elaboração do POA X X
Tabela 35: Atividades exploratórias – Safra 2018.
Planejamento das Atividades Exploratórias - 2018
Atividades Exploratórias
Mês
Jul Ago Set Out Nov Dez Jan Fev
Treinamento e capacitação em EIR/UFOPA X
Treinamento em segurança do trabalho X
Abertura de estradas principais X X
Abertura de estradas secundárias X X X
Derruba das árvores X X X X
Planejamento do arraste X X X X X
Arraste de toras X X X X X
Transporte (cadeia de custódia, mensuração e carregamento) X X X X X X
Aproveitamento de resíduos florestais X X X X
Coleta e exploração de produtos não madeireiros X X X X X X X X
Tabela 36: Atividades pós-exploratórias – Safra 2018.
Planejamento das Atividades Pós-Exploratórias - 2018/2019
Atividades Pós-Exploratórias
Mês
Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul
Tratamentos silviculturais
X X
Remedição das PP's X X
Treinamentos e educação ambiental X X
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promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos
serviços correspondentes e dá outras providências. Diário Oficial da República
Federativa do Brasil, Brasília, 20 set. 1990. Disponível em: Acesso em: 13 mar. 2012. Neste
caso, aparece a ementa da lei como informação complementar.
BRASIL, Lei n° 9.605 de 12 de Fevereiro de 1998. Dispõe sobre as sanções penais e
administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá
outras providências. Brasília, 12 de Fevereiro de 1998; 177º da Independência e 110º da
República.
BRASIL, Lei n° 12.651 de 25 de Maio de 2012. Dispõe sobre a proteção da vegetação nativa;
altera as Leis nos 6.938, de 31 de agosto de 1981, 9.393, de 19 de dezembro de 1996, e
11.428, de 22 de dezembro de 2006; revoga as Leis nos 4.771, de 15 de setembro de 1965,
e 7.754, de 14 de abril de 1989, e a Medida Provisória no 2.166-67, de 24 de agosto de
2001; e dá outras providências. Brasília, 25 de maio de 2012; 191º da Independência e
124º da República.
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Provisória no 2.186-16, de 23 de agosto de 2001, disciplinando as sanções aplicáveis às
condutas e atividades lesivas ao patrimônio genético ou ao conhecimento tradicional
associado e dá outras providências. Brasília, 7 de Junho de 2005; 184º da Independência
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13 ANEXOS
Cadastro Técnico Federal da Patauá
RG e CPF dos Representantes da Patauá
ART de Responsabilidade Técnica
Cadastro Técnico Federal do Responsável Técnico
CREA do Responsável Técnico
Procuração Pública para o Responsável Técnico
Mídia Digital com o POA, IF 100% e Shapes do Projeto
Mapa Base das UT’s