PATRÍCIA CARIOLANO DE OLIVEIRA - repositorio.ufpe.br · das trevas para o reino do seu filho...
Transcript of PATRÍCIA CARIOLANO DE OLIVEIRA - repositorio.ufpe.br · das trevas para o reino do seu filho...
PADRÃO TAXONÔMICO, QUIMIOTIPAGEM E ATIVIDADE ANTIFÚNGICA IN
VITRO DE ANFOTERICINA B, CICLOPIROX OLAMINA E ß-LAPACHONA EM
AMOSTRAS DE CRYPTOCOCCUS
PATRÍCIA CARIOLANO DE OLIVEIRA
RECIFE
OUTUBRO/2011
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
DEPARTAMENTO DE MICOLOGIA
PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA DE FUNGOS
PADRÃO TAXONÔMICO, QUIMIOTIPAGEM E ATIVIDADE ANTIFÚNGICA IN
VITRO DE ANFOTERICINA B, CICLOPIROX OLAMINA E ß-LAPACHONA EM
AMOSTRAS DE CRYPTOCOCCUS
Aluna: Patrícia Cariolano de Oliveira Dissertação apresentada ao Programa de Pós-
Graduação em Biologia de Fungos da
Universidade Federal de Pernambuco, como
requisito para obtenção do grau de mestre em
Biologia de Fungos.
Área de concentração:
Fungos de Interesse Médico
Orientador:
Profᵃ Dra. Rejane Pereira Neves
Colaboradoras:
Drª Maria Taciana L.A. Correia
Drª Solange Dornelas Mesquita
RECIFE
OUTUBRO/2011
Oliveira, Patrícia Cariolano de
Padrão taxonômico, quimiotipagem e atividade antifúngica in vitro de Anfotericina B, Ciclopirox Olamina e β-Lapachona em amostras de Cryptococcus / Patrícia Cariolano de Oliveira. – Recife: O Autor, 2011. 62 folhas : fig.
Orientadora: Rejane Pereira Neves Dissertação (mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco.
CCB. Biologia de Fungos, 2011.
Inclui bibliografia
1. Fungos 2. Diagnóstico micológico I. Título.
PADRÃO TAXONÔMICO, QUIMIOTIPAGEM E ATIVIDADE ANTIFÚNGICA IN
VITRO DE ANFOTERICINA B, CICLOPIROX OLAMINA E ß-LAPACHONA EM
AMOSTRAS DE CRYPTOCOCCUS
PATRÍCIA CARIOLANO DE OLIVEIRA
Data da defesa: 16 de Fevereiro de 2009
COMISSÃO EXAMINADORA
MEMBROS TITULARES
Orientadora: Dra. Rejane Pereira Neves (Orientadora)
Universidade Federal de Pernambuco
Dra. Oliane Maria Correia Magalhães
Universidade Federal de Pernambuco
Dra. Ana Beatriz Sotero Siqueira
Universidade Federal de Pernambuco
“Quando o homem explorar
intensamente o pequeno átomo e o
imenso espaço e disser que domina o
mundo; quando conquistar as mais
complexas tecnologias e disser que sabe
tudo, então ele terá tempo para se voltar
para dentro de si mesmo. Neste
momento descobrirá que cometeu um
erro grave. Compreenderá que dominou
o mundo de fora, mas não dominou o
mundo de dentro, os imensos territórios
de sua alma. Descobrirá que se tornou
um gigante na ciência, mas que é um
frágil menino que não sabe navegar nas
águas da emoção e que desconhece os
segredos que tecem a colcha de retalhos
de sua inteligência”
Augusto Cury
DEDICO
Ao meu amado, precioso e único Senhor da minha vida, Jesus Cristo,
por todo Seu suprimento, amor, ensinamentos, direção e principalmente por
permanecer fiel, até mesmo quando eu sou infiel.
Aos meus pais: Oliveira e Valda, meus grandes amores.
AGRADECIMENTOS
Ao meu Senhor e Salvador Jesus Cristo, autor da minha vida, que me transportou
das trevas para o reino do seu filho amado; escolheu-me, amou-me com amor eterno e é o
grande responsável por todas as minhas conquistas. A Ele, eu declaro todo o meu amor e toda
a minha gratidão para sempre!
Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e a
Coordenação do Programa de Pós-Graduação em Biologia de Fungos da UFPE nas
pessoas da Coordenadora Leonor Maia, da secretária Giovana e das Professoras Norma
Gusmão e Elaine Malosso.
Ao prof. Armando Marsden, chefe do laboratório de Micologia Médica, pelo seu
bom-humor, profissionalismo e ética, que fazem dele um biomédico reconhecido, admirado e
acima de tudo, respeitado.
Às doutoras Taciana Antunes e Solange Mesquita por terem gentilmente cedido as
amostras de LCR para o desenvolvimento da minha pesquisa e em especial, às funcionárias do
laboratório Cibele, Solange, Thayanna e Alcione pelo apoio e simpatia. Muito obrigada
meninas!!! Foi um prazer ter conhecido vocês!
À minha ETERNA orientadora Rejane Pereira Neves por sua orientação maravilhosa
e por ter me apoiado e estado ao meu lado nessa e em todas as fases importantes de minha
vida acadêmica.
À professora Oliane Maria Correia Magalhães, por ser um exemplo para todos nós.
Aos meus colegas da Micologia, em especial a Carol, Suanni, Dani, Regi,
Andrezinho, Vanessa, Aline, Fabíola, Ana Maria, pelo apoio e momentos de descontração.
Aos meus pais (Oliveira e Valda), meus amores, que sempre me deram o apoio
necessário para que eu conseguisse vencer todas as dificuldades.
A todas as pessoas, mais próximas ou distantes, que torceram junto a mim pela
conclusão de mais uma etapa da minha vida.
RESUMO
A criptococose é uma infecção fúngica causada por Cryptococcus neoformans, que possui
tropismo pelo sistema nervoso central. O propósito deste estudo foi diagnosticar criptococose,
identificar variedades de C. neoformans e avaliar a suscetibilidade a anfotericina B, ciclopirox
olamina e β-lapachona em amostras da Micoteca URM-UFPE e recém isoladas de Líquor de
imunocomprometidos de ambos os sexos atendidos em hospitais de Recife-PE, Brasil. Para o
diagnóstico de criptococose, exame direto foi realizado com tinta da China e o semeio em
ágar Sabouraud. As variedades foram detectadas com meio L-Canavanina-azul bromotimol. A
concentração inibitória seguiu o Clinical and Laboratory Standards Institute. Dezenove casos
de criptococose foram diagnosticados com obtenção de 16 culturas. Da Micoteca, foram
obtidas 14 amostras de C. neoformans. O exame direto mostrou leveduras capsuladas. C.
neoformans var. neoformans ocorreu em 50% dos casos. O CIM (µg/mL) desta variedade foi
0,25 - 4 (anfotericina B), 0,125 - 1 (ciclopirox olamina), 4 e 8 (β-lapachona). Os isolados de
C. gattii apresentaram-se 0,25 - 4 (anfotericina B), 0,25-1 (ciclopirox olamina), 4 e 8 (β-
lapachona). A concentração fungicida da β-lapachona foi 64 µg/mL. Criptococose
predominou no sexo masculino com faixa etária de 25-46 anos e apresentando AIDS como
fator de risco predominante. Detectaram-se 4 isolados resistentes a anfotericina B (3 isolados
de C. gattii e 1 isolado de C. neoformans var. neoformans). A eficácia do ciclopirox olamina
e da β-lapachona, comparada a resistência a anfotericina B, mostra a importância da
susceptibilidade associados à variedade para monitorar desenvolvimento de resistência
possibilitando descoberta de novas alternativas terapêuticas para criptococose.
Palavras chave: Cryptococcus neoformans var. neoformans. Cryptococcus gattii.
Suscetibilidade. Agentes antifúngicos. Criptococose.
ABSTRACT
Cryptococcosis is a fungal infection, predominantly opportunistic, caused by Cryptococcus
neoformans, which it has tropism particularly for the central nervous. The purposes of this
study was diagnose cryptococcosis, identify varieties of C. neoformans and evaluate the
susceptibility to amphotericin B, ciclopirox olamine and β-lapachone in samples stored in the
Micoteca URM-UFPE and newly isolated from Cerebrospinal fluid of immunocompromised
patients from both sex treated in public hospitals in Recife-PE, Brazil. To diagnose
cryptococcosis, direct examination was realized with ink staining and culture in Sabouraud
agar. The species were detected through L-canavanine-glycine-bromotimol blue agar medium.
The minimum inhibited concentration (MIC) was set up in accordance with the Clinical and
Laboratory Standards Institute. Nineteen cryptococcosis cases were diagnosed with 16
obtained cultures. From Micoteca, were obtained 14 samples of Cryptococcus neoformans.
Encapsulated cells were observed in direct examination. Cryptococcus neoformans var.
neoformans was identified in 50% of all samples. The MIC (µg/mL) of var. neoformans
isolates ranged from 0.25 - 4 (amphotericin B), 0.125 - 1 (ciclopirox olamine), 4 and 8 (β-
lapachone). C. gattii isolates showed MIC values ranged from 0.25 - 4 (amphotericin B),
0.25-1 (ciclopirox olamine), 4-8 (β-lapachone). The minimal fungicide concentration of β-
lapachone was 64 µg/mL. In this study, cryptococcosis predominated in male sex patients,
with age between 25-46 and with AIDS. Three var. gattii and one var. neoformans isolates
were resistant to amphotericin B. The antifungal efficacy of ciclopirox olamine and β-
lapachone, compared to the resistance to amphotericin B, shows the importance of
susceptibility tests associated with varieties monitoring the development of resistance and the
discovery of new therapeutic alternatives for cryptococcosis.
Keywords: Cryptococcus neoformans var. neoformans. Cryptococcus neoformans var. gattii.
Susceptibility test. Antifungal agents. Cryptococosis.
LISTA DE FIGURAS
Página
Figure 1 Determination of the minimum inhibitory concentration of ciclopirox
olamine, amphotericin B and fluconazole against Cryptococcus spp. (▲) ciclopirox
olamine, (♦) amphotericin B, (■) fluconazole.
42
Figure 2 Determination of the minimum fungicide concentration of ciclopirox
olamine and amphotericin B against Cryptococcus spp. (♦) ciclopirox olamine, (■ )
amphotericin B.
42
Figure 3 Average of growth inhibition from ciclopirox olamine (a), amphotericin B
(b) and fluconazole (c) against Cryptococcus spp. 43
SUMÁRIO
Páginas
LISTA DE FIGURAS
RESUMO
ABSTRACT
1 INTRODUÇÃO GERAL 11
1.1 Histórico de Cryptococcus neoformans 11
1.2 Aspectos taxonômicos de Cryptococcus neoformans var. neoformans e C. gattii 13
1.3 Vias de infecção e manifestações clínicas da criptococose 13
1.4 Diagnóstico da criptococose 15
1.5 Quimiotipagem e epidemiologia 16
1.6 Drogas antifúngicas 20
1.6.1 Ciclopirox olamina 22
1.6.2 Fitoterapia: β-lapachona 24
2 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 27
3 CICLOPIROX OLAMINE: AN ANTIFUNGAL ALTERNATIVE
AGAINST CRYPTOCOCCOSIS
36
4 IN VITRO ANTIFUNGAL ACTIVITY OF THE NAPHTOQUINONE Β-
LAPACHONE AGAINST CLINICAL ISOLATES OF CRYPTOCOCCUS
NEOFORMANS.
47
5 CONCLUSÕES GERAIS 62
11
Oliveira, P.C. Padrão taxonômico, quimiotipagem e atividade antifúngica...
1 INTRODUÇÃO GERAL
1.1 Histórico de Cryptococcus neoformans
Em 1894 o pesquisador Francesco Sanfelice, estudando “blastomicetos” do suco de
algumas frutas, isolou a partir do suco de pêssego um microrganismo com estrutura
semelhante a uma levedura encapsulada, o qual denominou de Saccharomyces neoformans. O
referido isolado foi inoculado experimentalmente em animais, sendo capaz de produzir lesões.
Este trabalho, publicado pela Revista do Instituto de Higiene da Universidade de Cagliari
(Itália), foi o marco inicial para outros estudos (MITCHELL; PERFECT, 1995; SIDRIM;
ROCHA, 2004; BIVANCO et al., 2006).
Na mesma época, Otto Busse, um patologista, e Abraham Buschke, um clínico,
relataram separadamente o isolamento de um fungo com as mesmas características,
proveniente de uma lesão na tíbia, semelhante a um sarcoma, de uma mulher com 31 anos.
Busse descreveu o organismo como fungo, resistente ao tratamento com hidróxido de sódio e
o denominou Saccharomyces sp. Buschke, um ano depois, ainda descreve o caso e o
organismo, independente do feito de Busse (LACAZ et al., 2002a; SIDRIM; ROCHA, 2004;
BIVANCO et al., 2006).
Na Itália, outro organismo similar à levedura obtida por Bushcke foi isolado por
Sanfelice (1895), desta vez a partir de um linfonodo de um boi, o qual nomeou S. lithogenes.
Curtis (1896) descreveu um caso similar ao relatado por Busse e Buschke, isolando o agente a
partir de uma lesão tumoral no quadril, o qual foi denominado S. subcutaneus tumefasciens.
Constantin, em 1901, considerou essa espécie como S. hominis, agente da chamada
blastomicose européia (RIPPON, 1982; LACAZ et al., 2002a; SIDRIM; ROCHA, 2004).
Em 1902, Frothingam reconheceu a mesma espécie em uma lesão pulmonar em um
cavalo, em Massachussetts. Estes últimos achados estabeleceram o fato de que a doença
acomete tanto animais quanto humanos (RIPPON, 1982; MITCHELL; PERFECT, 1995).
Após examinar as várias culturas isoladas, o micologista francês Vuillemin (1901) não
visualizou ascosporos, característicos do gênero Saccharomyces e as transferiu para o gênero
Cryptococcus, previamente estabelecido por Kutzing (1833), ao demonstrar que o termo
anterior era inadequado, sendo considerados, então, como C. hominis os isolados de Busse e
Buschke e C. neoformans, o de Sanfelice (RIPPON, 1982; SIDRIM; ROCHA, 2004).
Von Hansemann (1905) é citado como o primeiro a observar a levedura causando
meningite, e esta forma clínica da micose não era diagnosticada ante mortem até Verse relatar
um caso em 1914 (RIPPON, 1982; MITCHELL; PERFECT, 1995).
12
Oliveira, P.C. Padrão taxonômico, quimiotipagem e atividade antifúngica...
Em 1916, nos Estados Unidos, Stoddard e Cutler observaram alguns casos de
blastomicose com lesões cutâneas e sistêmicas, de onde isolaram uma levedura por estes
denominada Torula histolytica e a doença torulose. Os autores evidenciaram retração da
cápsula da levedura em meio às lesões tissulares e interpretaram erroneamente como uma lise
celular causada pelo fungo no tecido hospedeiro (RIPPON, 1982; LACAZ et al., 2002;
SIDRIM; ROCHA, 2004).
Rhoda Benham (1935) revisou os isolados identificados como Saccharomyces,
Cryptococcus e Torula, analisando morfologia, patogenicidade e reatividade frente a fatores
séricos, concluindo que todos pertenciam a um só gênero. Em 1950, essa mesma autora
propôs a designação C. neoformans (Sanfelice) Vuillemin 1901, que se tornou definitiva,
sendo esta espécie, o principal agente etiológico da criptococose (RIPPON, 1982; SIDRIM;
ROCHA, 2004).
Outros autores, embora indicando C. neoformans como agente etiológico
predominante na criptococose, também relatam a ocorrência de outras espécies como C.
laurentii e C. albidus, porém em menor freqüência (MCCURDY; MORROW, 2001;
AVERBUCH et al., 2002; LEE et al., 2004).
Em 1951, Emmons relatou pela primeira vez a fonte de infecção, afirmando a presença
da levedura no solo. Após quatro anos, o mesmo autor detectou cepas virulentas de C.
neoformans em excretas e ninhos de pombos e observou quadros de pneumonia grave da
criptococose em trabalhadores que demoliam prédios antigos (EHRENSING; SAAG, 2001).
Em 1978, Kwon-Chung propôs o gênero Filobasidiella para a fase sexual com duas
variedades F. neoformans var. neoformans (sorotipos A, D e A/D), sendo descrita como
teleomorfo de C. neoformans var. neoformans e F. neoformans var. bacillispora (sorotipos
B e C), correspondendo ao teleomorfo de C. neoformans var. gattii (ZAITZ et al., 1998). As
duas variedades eram as únicas reconhecidas para C. neoformans até que Franzot et al. (1999)
identificaram uma terceira variedade denominada C. neoformans var. grubii.
Em 2002, avanços nas pesquisas envolvendo a ecologia, epidemiologia, fisiologia e
genética de C. neoformans permitiram que Kwon-Chung e colaboradores elevassem C.
neoformans var gattii a uma nova espécie: Cryptococcus gattii. Com base nestas informações,
as antigas variedades são reconhecidas atualmente por vários autores como espécie e
variedades do complexo C. neoformans, as quais correspondem Cryptococcus neoformans
var. neoformans, C. gattiii e C. neoformans var. grubii. (EDMOND et al., 2010; GUPTA;
FRIES, 2010). Porém, a última, ainda não se apresenta bem caracterizada sorotipicamente e
molecularmente (LENGELER et al., 2001; BOEKHOUT et al., 2001).
13
Oliveira, P.C. Padrão taxonômico, quimiotipagem e atividade antifúngica...
1.2 Aspectos taxonômicos de Cryptococcus neoformans var. neoformans e C. gattii
O gênero Cryptococcus reúne aproximadamente 34 espécies de leveduras, fungos
unicelulares, que se reproduzem predominantemente por brotação e caracterizam-se, em geral,
por apresentar cápsula mucopolissacarídica, colônia mucóide, capacidade assimilativa a várias
fontes de carbono, ausência de capacidade fermentativa e sensibilidade a cicloheximida
(BARNETT et al., 2000; HOOG et al., 2000; IKEDA et al., 2002).
Cryptococcus neoformans var. neoformans e C. gattii desenvolvem-se in vitro entre 48
e 72h, produzindo colônias mucóides, lisas, de coloração branca a creme, sendo o grau de
mucosidade da colônia dependente da formação da cápsula mucopolissacarídica
(ZARAGOSA et al., 2006).
A presença da cápsula mucopolissacarídea é uma característica distinta entre as
espécies, sendo considerada importante fator de virulência, antifagocítico e imunodepressor.
Aproximadamente 90% da cápsula é constituída pelos polissacarídeos glucuronoxilomanana,
galactoxilomanana e manoproteína (CASALI et al., 2001; NISHIKAWA et al., 2003).
Segundo Zaragosa et al. (2006), a diferença na estrutura das glucuronoxilomananas da
parede celular permitiu a identificação dos cinco sorotipos conhecidos atualmente. O tamanho
da cápsula é determinado pelo genótipo e condições de crescimento, apresentando a levedura
pequenas cápsulas quando no ambiente e cápsulas espessas durante a infecção.
No aspecto micromorfológico, observa-se células de leveduras globosas ou alongadas,
com ou sem brotamento. Pseudohifas estão ausentes ou são rudimentares (REOLON et al.,
2004; BIVANCO et al., 2006). Este patógeno oportunista é detectado em indivíduos
imunocompetentes e imunologicamente comprometidos, bem como em detritos de origem
vegetal, frutas, pele de animais, e principalmente em excretas de pombos e outras aves, onde
pode permanecer viável por mais de dois anos (NELSON; COUTO, 2001; LARSSON et al.,
2003; PEREIRA; COUTINHO, 2003; TABOADA, 2004).
1.3 Vias de infecção e manifestações clínicas da criptococose
De acordo com Honsho et al. (2003) e Kommers et al. (2005), a primo infecção por C.
neoformans var. neoformans e C. gattii é pulmonar, seguida de disseminação. A alta
prevalência da levedura em isolados ambientais, aliada a rara transmissão homem-homem ou
animal-animal, indica que a infecção é adquirida através de fontes ambientais do fungo,
especialmente a partir de inalação de estruturas viáveis oriundas de excretas de aves. Porém, a
criptococose pulmonar não possui características específicas, logo, o diagnóstico diferencial
14
Oliveira, P.C. Padrão taxonômico, quimiotipagem e atividade antifúngica...
torna-se difícil. Esta ausência de sintomas proporciona o aumento de casos subdiagnosticados
de criptococose, principalmente em pacientes imunocompetentes (ZHU et al., 2002).
De acordo com Hull; Heitman (2002) e Abegg et al. (2006), algumas evidências
corroboram com o fato da infecção primária ser nos pulmões como a identificação de excretas
de aves como reservatório ambiental e a descoberta, de partículas infecciosas com tamanho
compatível com a deposição alveolar. Associado a isto, estão o reconhecimento de pneumonia
criptococócica e a descrição de nódulos subpleurais.
Segundo Núñez et al. (2000), a infecção pulmonar primária no imunocompetente é, na
maioria das vezes, assintomática e regressiva, com resposta imunológica e evolução para cura.
Entretanto, de acordo com Vilchez et al. (2002) e Casali et al. (2003), a partir de uma lesão
pulmonar no imunodeprimido, pode haver progressão, com disseminação por via linfo-
hematogênica, para outros sistemas, em especial para o sistema nervoso central (SNC). Neste
órgão, meningoencefalite fúngica é a forma clínica mais freqüente com 75% dos casos.
No sistema nervoso central, além da meningoencefalite criptococócica, podem ocorrer
quadros de meningite e encefalite. A sintomatologia inclui cefaléia e mudança
comportamental, podendo evoluir para sinais de irritação meníngea e vômitos. Em casos mais
graves, verifica-se confusão mental, apatia e edema papilar. Observada sob a forma de
meningoencefalite, pode ter curso fulminante e de outra forma, pode representar uma
reativação de foco latente ou eclodir em virtude de reinfecção por nova exposição ao agente
(CASALI et al., 2001; PAPPALARDO; MELHEM, 2003).
Bivanco et al. (2006) e Dilhuydy et al. (2007) afirmam que além de acometer os
sistemas respiratório e nervoso, a criptococose pode manifestar-se através de lesões cutâneas
acometendo principalmente a face sendo representada por mácula avermelhada, pápulas,
pústulas, nódulos ou úlceras. Em indivíduos que fazem uso de corticosteróides é observado
celulite com eritema e endurecimento. Porém, Martinez et al. (2001), afirmam que este tipo de
manifestação clínica da criptococose é menos comum, mais prevalente no norte da Europa, e
atinge cerca de 10% a 15% dos pacientes.
Em humanos, a criptococose é mais freqüente em adultos, mas apesar de rara, pode
afetar crianças. Esta micose é comumente diagnosticada em pacientes com imunodepressão
celular, como os soropositivos para o Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV). Nos últimos
anos, o aumento do número de casos da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) foi
acompanhado pelo aumento da incidência de criptococose (PAPPALARDO; MELHEM,
2003). Dessa forma, esta micose atualmente é considerada a doença oportunista com alto
índice de morbidade e mortalidade (IDNURM et al., 2005; DINATO et al., 2006).
15
Oliveira, P.C. Padrão taxonômico, quimiotipagem e atividade antifúngica...
De acordo com Reolon et al. (2004); Núñez et al. (2000); Moreira et al. (2006) e Lin;
Heitman (2006), os primeiros relatos da infecção revelam imunodepressão celular em função
do uso de corticóides, diabetes mellitus, linfoma e lúpus eritematoso sistêmico. Além disso,
soma-se a esses grupos de risco, indivíduos sob antibioticoterapia, leucêmicos, transplantados
e portadores de tumores, alterando dessa forma o perfil epidemiológico para a patologia.
1.4 Diagnóstico da criptococose
Segundo Bivanco et al. (2006) e Queiroz et al. (2008), o diagnóstico atual da
criptococose é baseado em três fundamentos: a demonstração do agente etiológico no material
clínico através de exame direto; o isolamento em cultura seguido de provas bioquímicas para
identificação da espécie e a pesquisa de antígenos circulantes através de reação de aglutinação
em partículas de látex.
Larsson et al. (2003); Bivanco et al. (2006) e Queiroz et al. (2008) afirmam que vários
espécimes como escarro, lavado brônquico, líquor, secreção de lesões cutaneomucosas, urina,
macerados de tecidos obtidos por biópsia e sangue periférico, podem ser utilizados para a
pesquisa direta da levedura. Porém, segundo Corrêa et al. (2002), o líquido céfalo raquidiano
(LCR) representa a amostra ideal, tendo em vista que o principal agente etiológico apresenta
tropismo pelo sistema nervoso central causando meningoencefalite.
De acordo com Severo et al. (1998), a preferência pelo SNC se deve à alta
concentração, no liquor, de nutrientes como tiamina, ácido glutâmico, glutamina, carboidratos
e minerais assimiláveis pelo fungo; ausência de atividade do complemento e a fraca ou
ausente resposta inflamatória no tecido cerebral.
Kommers et al. (2005), afirmam que a observação microscópica de C. neoformans
através da tinha da China, contribue para um diagnóstico rápido e barato, sendo importante
especialmente na suspeita de meningite criptococócica. A base para a visualização das
leveduras por este método é que a cápsula afasta as partículas da tinta, formando um halo
claro ao redor da mesma. Contudo, o diagnóstico de criptococose torna-se mais difícil quando
se trata de células acapsuladas.
Moreira et al. (2006) afirmam que para o diagnóstico laboratorial da criptococose, a
pesquisa direta demonstrou a presença do microrganismo em 98,3% das amostras, ocorrendo
100% do isolamento da levedura. Além do LCR, os pesquisadores utilizaram sangue
periférico como amostra clínica e relataram que houve falha na detecção do antígeno
polissacarídico capsular do fungo em amostra da corrente sanguínea.
16
Oliveira, P.C. Padrão taxonômico, quimiotipagem e atividade antifúngica...
A cultura é indispensável para o padrão ouro dos métodos de diagnóstico laboratorial
micológico, incluindo a criptococose (LACAZ et al., 2002b; QUEIROZ et al., 2008). De
acordo com Casadevall; Perfect (1998), em certas ocasiões, como por exemplo, na meningite
criptococócica crônica, o liquor pode resultar em culturas negativas devido à pequena
concentração de leveduras viáveis ao nível lombar. A baixa concentração é devido a
tratamento prévio e torna-se um problema no monitoramento dos pacientes crônicos. As
preparações com tinta da China, por sua vez, permanecem positivas por meses após o
tratamento e recuperação desse grupo de pacientes.
Segundo Bivanco et al. (2006) e Queiroz et al. (2008), o teste de aglutinação em
partículas de látex representa outra ferramenta importante no diagnóstico da criptococose.
Esta prova geralmente produz alta sensibilidade e especificidade, e consiste na detecção de
polissacarídeos capsulares solubilizados nos fluidos corporais e que reagem com
imunoglobulinas específicas de coelho conjugadas a partículas de látex. Em estudo
desenvolvido com 96 pacientes, foi observado que o diagnóstico através da reação de
aglutinação com partículas de látex mostrou positividade em 38 (97,4%) de 39 amostras, com
um título variando de 1:2 a 1:32 (MOREIRA et al., 2006).
Pesquisas apontam que o uso de testes de aglutinação em látex para o
acompanhamento da evolução do tratamento requer a utilização de um kit originário de um
único fabricante como o CALAS® “Cryptocococcal Antigen Latex Agglutination System”
(Meridian, Bioscience, Inc.), uma vez que há diferenças na sensibilidade dos reagentes
empregados. Além disso, a utilização desses testes para triagem, embora controverso, tem se
justificado pelo número de casos com evolução para a criptococose após ocorrer aglutinação,
sem qualquer achado em lâmina ou cultura (BIVANCO et al., 2006).
Da mesma forma, para um diagnóstico de criptococose preciso e completo, é
importante adicionar à pesquisa direta, cultura e aglutinação em látex, a realização da
quimiotipagem na detecção de C. neoformans var. neoformans e C. gattii. Este método é
muito utilizado para fins epidemiológicos e acompanhamento da resposta terapêutica
(QUEIROZ et al., 2008).
1.5 Quimiotipagem e epidemiologia
A quimiotipagem foi realizada pela primeira vez por Kwon-Chung et al. (1978) ao
descreverem uma técnica rápida, simples e eficaz para diferenciar as espécies de C.
neoformans em meio de cultura contendo inicialmente creatinina, dextrose e azul de
bromotimol como indicador (Ágar CDB). Porém, devido aos resultados falso negativos,
17
Oliveira, P.C. Padrão taxonômico, quimiotipagem e atividade antifúngica...
tornava-se óbvio a necessidade de um método mais efetivo (KWON-CHUNG et al., 1978;
MELO et al., 1993).
Em 1982, um novo método foi proposto por Salkin e Hurd para diferenciar as espécies
com base na mudança de cor do meio de cultura, composto por glicina, cicloheximida e
substituindo o indicador pelo vermelho de fenol (Ágar GCP). No entanto, a susceptibilidade à
cicloheximida pelas duas variedades não era significativamente distinta. Em estudos
comparativos, o meio de Salkin e Hurd fornecia resultados menos ambíguos quando
comparados àqueles do meio CDB. Porém, a porcentagem de falso-negativos permanecia
elevada (SALKIN; HURD, 1982; MELO et al., 1993).
Kwon-Chung e colaboradores (1982), relataram outro meio à base de L- canavanina,
glicina e azul de bromotimol (Meio CGB) que eliminou efetivamente as reações falso-
positivas e falso-negativas pelas espécies de C. neoformans, sendo este meio mais eficaz que
os anteriormente propostos.
A criptococose por C. neoformans, representa a quarta causa mais freqüente de
infecção oportunista em pacientes com AIDS. Dentre as infecções fúngicas, esta micose é a
principal responsável pela morbidade e mortalidade desses pacientes. Na maioria dos países, a
prevalência da infecção em pacientes com AIDS tem se mantido na faixa de 5 a 10%,
enquanto que este índice chega a 15-50% em países africanos (DUIN et al., 2002; SIDRIM;
ROCHA , 2004; JAIN et al., 2005).
Apesar da doença ser geralmente decorrente de uma única amostra de Cryptococcus
spp. (BRANDT et al., 1996; FRANZOT et al., 1997; MEYER et al., 1999; LITVINTSEVA et
al., 2005), a infecção por mais de uma variedade do fungo no mesmo paciente foi relatada por
Igreja et al. (2004) e Litvintseva et al. (2005).
No Brasil, pesquisas mostram que 4,5% das infecções oportunistas associadas a
pacientes portadores de HIV são causadas predominantemente por C. neoformans var.
neoformans. Além disso, a mortalidade em pacientes com criptococose, com ou sem doença
predisponente, fica em torno de 40 a 66% (CORRÊA et al., 1999; DARZÉ et al., 2000;
PAPPALARDO; MELHEM, 2003; JANBON, 2004).
Fernandes et al. (2000), realizaram estudo sobre a prevalência da meningoencefalite
criptococócica em 50 pacientes com AIDS provenientes do Hospital de Doenças Tropicais de
Goiânia e relataram que todos apresentaram as manifestações clínicas características de
criptococose meningoencefálica como cefaléia, vômito e ocasionalmente febre. As amostras
foram submetidas ao exame direto com tinta da China e as variedades detectadas através do
meio CGB, com percentagem de 94% de C. neoformans var. neoformans. De acordo com os
18
Oliveira, P.C. Padrão taxonômico, quimiotipagem e atividade antifúngica...
autores, a identificação de C. gattii em três casos (6%), foi considerado de grande
importância, visto que mesmo em regiões endêmicas de criptococose, onde C. gattii é mais
freqüente, este agente tem sido raramente correlacionado com criptococose do SNC em
portadores do vírus da imunodeficiência adquirida.
Da mesma forma, Silva et al. (2008), utilizando meio CGB para a detecção de C.
neoformans var. neoformans e C. gattii isoladas de 35 pacientes com criptococose atendidos
no Hospital Escola da Universidade Federal do Triângulo (HE-UFTM), verificaram que C.
neoformans var. neoformans foi prevalente, encontrada em 88,6% dos casos. A maioria dos
pacientes acometidos de criptococose foi do sexo masculino, correspondendo a 85,7% dos
casos (n=30), sendo 42,8% na faixa etária entre 30 e 40 anos. Com relação à sorologia para
HIV, 85,7% dos pacientes tinham sorologia positiva.
Moreira et al. (2006), afirmam que a maioria dos estudos envolvendo espécies de
Cryptococcus e criptococose, ressaltam mais os aspectos clínicos e terapêuticos, contudo, a
epidemiologia e caracterização das espécies do complexo C. neoformans também são
importantes para um melhor prognósticos dos pacientes. Os autores realizaram um estudo
prospectivo de 96 pacientes, enfocando aspectos clínico-epidemiológico e laboratorial das
espécies da levedura no período de 1996-2003.
Segundo Casali et al. (2001) e Igreja et al. (2004), a recorrência da infecção por
Cryptococcus spp. em pacientes com AIDS, sendo esta, resultante da reativação da infecção,
ou causada por linhagens novas, é um problema crescente. Segundo Rozenbaum e Gonçalves
(1994), 15 a 25% dos pacientes sem AIDS e aproximadamente 50% dos pacientes
soropositivos para o vírus (HIV) podem apresentar recorrência da infecção.
Quanto à predisposição etária e sexual, a doença é mais comum em homens adultos
(DARZÉ et al., 2000; FERNANDES et al., 2003; MEYER et al., 2003; PAPPALARDO;
MELHEM, 2003; LITVINTSEVA et al., 2005). Por razões desconhecidas, Fernandes et al.
(2000) afirmam que a incidência da doença em crianças é baixa. Entretanto, no Brasil, houve
um incremento nos relatos da criptococose nessa faixa etária (CORRÊA et al., 1999), estando
esse ligado à migração da população da área urbana para a área rural, desnutrição ou ao
aumento do número de crianças imunocomprometidas. Rozenbaum e Gonçalves (1994)
afirmam que a exposição ao agente ocorre quando os indivíduos ainda são jovens, havendo
reativação da infecção latente na idade adulta.
Segundo Reolon et al. (2004) e Nielsen et al. (2007), C. neoformans var. neoformans
possui distribuição cosmopolita e tem sido isolado de várias fontes na natureza principalmente
a partir de excretas de pombos e outras aves. Parece não infectar as aves devido a sua
19
Oliveira, P.C. Padrão taxonômico, quimiotipagem e atividade antifúngica...
temperatura média corporal (42°C) e é capaz de sobreviver à passagem pelo trato
gastrointestinal desses animais que constituem vetores da micose. Outras fontes ambientais
são vegetais em decomposição, laticínios, solo e ocos de árvores. C. neoformans var.
neoformans também é o agente da maioria das infecções criptococócicas em pacientes
imunocomprometidos, mesmo em regiões onde a prevalência da C. gattii é notória.
Vários autores descreveram a identificação de Cryptococcus spp. em fezes e ambientes
freqüentados por pombos. Segundo Bernardo et al. (2001) e Baroni et al. (2006), excretas de
pombos (Columbia lívia) são de maior interesse em saúde pública. Esta ave exótica de origem
européia foi introduzida no Brasil no século XVI. É encontrada em grande número nos
centros urbanos devido a diversos fatores como facilidade de encontrar abrigo e alimento. De
acordo com os autores, além da grande capacidade de adaptação e de sua proliferação, o
principal problema é que o fungo permanece viável nas fezes secas dessa ave durante muitos
anos, tornando-se um reservatório de partículas infectantes passíveis de inalação.
Filiú et al. (2002) descreveram o surto de contaminação de aves de cativeiro por C.
neoformans var. neoformans com repercussão na saúde pública. Foram observadas elevadas
concentrações de até 46.000 propágulos viáveis do fungo por grama de material seco na
cidade de Campo Grande, Mato Grosso do Sul. Segundo os autores, o nível de contaminação
observado pode estar relacionado à movimentação das aves nas gaiolas, bem como a presença
de substrato para o crescimento do fungo como sementes de Níger, alpiste e girassol.
Reolon et al. (2004), analisando 88 amostras de excreta de aves oriundas de cinco
praças de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, verificaram que todas as amostras foram positivas
para C. neoformans var. neoformans nos cinco ambientes estudados pelos autores. A presença
de 10 mil unidades formadoras de colônias por grama de material confirma a existência de
fontes ambientais do fungo. Os autores afirmam que esta observação possibilita a dispersão e
inalação de grande quantidade de propágulos, o que pode determinar a doença em
imunocompetentes e imunodeprimidos.
Queiroz et al. (2008) relatam que além de fezes de pombos, C. neoformans var.
neoformans e C. gattii podem ser encontrados em fezes de morcego e restos de colméia de
vespas comunitária (Polybia occidentalis), como o constatado no Uruguai.
No que diz respeito a C. gattii, Melo et al. (1993); Mcdougall; Fyfe (2006) e Queiroz
et al. (2008) relatam que esta espécie apresenta distribuição geográfica mais restrita do que C.
neoformans var. neoformans, e teria alcançado várias partes do mundo através de sementes do
Eucaliptus camaldulenses oriundos da Austrália. Nesse país, C. gattii foi isolado a partir de
folhas, sementes e cascas de eucalipto. O principal propágulo responsável pela infecção
20
Oliveira, P.C. Padrão taxonômico, quimiotipagem e atividade antifúngica...
corresponde aos basidiosporos encontrados nas flores dessa árvore e que funcionaria como
hospedeiro para o fungo em uma associação biotrófica. No entanto, de acordo com Fernandes
et al. (2000), o relato da presença de da levedura em ocos de diferentes aves como Cassia
grandis, Senna multijuga, e Ficus microcarpa, independente de sua espécie, indica novas
fontes naturais desse fungo. Dessa forma, pode não haver uma relação definida entre o fungo
e um tipo específico de habitat (LAZERA et al., 1998).
Casali et al. (2003) e Abbeg et al. (2006) confirmaram a não especificidade de habitats
pelas variedades, ao realizarem no Rio Grande do Sul um estudo com 93 isolados clínicos e
ambientais. Entre os isolados ambientais, os nove provenientes de eucaliptos foram
identificados como C. neoformans var. neoformans (sorotipo D) e nenhum isolado de C. gattii
foi obtido do ambiente. Outro estudo do mesmo grupo obteve 38 isolados de excretas de aves,
e destes, 33 foram identificados como C. neoformans var. neoformans e cinco como C. gattii
(sorotipo B), sugerindo excretas de aves pelo sorotipo B neste estado.
Em Vancouver, onde recentemente houve um surto de criptococose causado por
Cryptococcus gattii (MACDOUGALL; FYFE, 2006), a incidência de infecção por esta
variedade, entre 1999-2003, esteve entre 8,5 e 37 casos por milhões de residentes por ano
(KIDD et al., 2004). Na Austrália, esta taxa foi citada por Sorrel (2001) como sendo 8,5 casos
por milhão de habitantes/ano descrito, sendo maior do que a taxa total no mesmo país entre
1994 e 1997, que foi de 6,6 por milhão de habitantes/ano.
Por razões desconhecidas, C. gattii raramente acomete pacientes com HIV e
indivíduos imunossuprimidos. Pacientes infectados com esta variedade usualmente são
imunocompetentes e respondem lentamente ao tratamento antifúngico (PAPPALARDO;
MELHEM, 2003; DIAZ; FELL, 2005; NIELSEN et al., 2007).
1.6 Drogas antifúngicas
Atualmente, os antimicóticos disponíveis constituem um pequeno grupo de fármacos
distribuídos entre poliênos, azólicos e alilaminas, que não atingem os resultados esperados
(WALSH et al, 2000; WEIG et al, 2001; NUCCI; MARR, 2005).
Segundo File (2000), esta vertente na pesquisa de novos compostos com ação
antimicótica tem levado a comunidade científica a investigar a corrida medicamento versus
microrganismos. Desde o início dos anos 80, o número de fármacos em fase de
desenvolvimento diminuiu consideravelmente enquanto que a resistência dos patógenos aos
mesmos tem crescido, porque estes estão cada vez mais desenvolvendo uma série de novos
mecanismos de resistência.
21
Oliveira, P.C. Padrão taxonômico, quimiotipagem e atividade antifúngica...
De acordo Zanini et al. (2001) e Lacaz et al. (2002a), as principais drogas citadas para
o tratamento da criptococose são anfotericina B, associada ou não a 5-flucitosina e fluconazol,
podendo ser administradas via endovenosa e/ou oral. Segundo os autores, há relatos de
tratamento de criptococose cutânea (primária e secundária), com fluconazol inicialmente
endovenoso (200 mg a cada 12 h por 14 dias) e após manutenção com a droga via oral (400
mg/dia) por no mínimo 45 dias com cura das lesões.
No caso da criptococose pulmonar ou disseminada com comprometimento de SNC, a
droga de escolha é a anfotericina B (0,7-1 mg/kg/dia, início com 5 mg/dia, com diminuição
progressiva até 0,5 a 1-2 mg/dia) associada ou não com 5-fluocitosina (100-150mg/kg/dia via
oral ou endovenoso, por duas a três semanas, seguido pela consolidação da terapia com
fluconazol (200-400 mg/dia via oral ou endovenosa) por 10 a 12 semanas e manutenção com
a mesma droga (200 mg/dia via oral) por toda vida. Outros antifúngicos como o itraconazol
também é citado como alternativa para o tratamento da criptococose, porém em menor
frequência (BIVANCO et al., 2006).
Filippin; Souza (2006) e Luisi et al. (2008) afirmam que a anfotericina B é um poliêno
produzido naturalmente pelo actinomiceto Streptomyces nodosus, sendo inicialmente obtida
em meados de 1955 (VANDEPUTTE et al., 1956). No final dos anos 1950, a anfotericina B
era utilizada em alguns casos clínicos e em 1965 foi o primeiro agente antifúngico a ser
aprovado pela “U.S. Food and Drug Administration” (FDA) (WU, 1994; DISMUKES, 2000).
Este fármaco é um dos antifúngicos mais antigos e considerado a droga de referência
para o tratamento da maioria das infecções fúngicas mesmo com elevada toxicidade e a
introdução de antimicóticos azólicos sistêmicos na década de 1980. Seu efeito antifúngico se
dá mediante a interação direta com o ergosterol da membrana celular fúngica não interferindo
na síntese da membrana, mas sim desestabilizando e facilitando a formação de fendas que
permitem a perda de íons e componentes celulares (DISMUKES, 2000; FICA, 2004).
Com relação ao fluconazol, Santos-Jr et al. (2005) afirmam que este antifúngico é o
composto triazólico mais conhecido, usado de forma isolada ou em combinação com outras
drogas no tratamento de infecções fúngicas cutâneas e sistêmicas como a criptococose. Seu
mecanismo de ação consiste na inibição da enzima lanosterol 14--dimetilase no complexo
citocromo P-450 dos fungos. O resultado é a inibição da conversão lanosterol em ergosterol,
acumulação de precursores e perda da integridade da membrana fúngica.
Contudo, após anos de eficácia terapêutica, Lozano-Chiu et al. (1998); Cuenca-
Estrella et al. (2001); Sar et al. (2004) apontam o aparecimento de patógenos como espécies
de Cryptococcus resistentes a anfotericina B associado a casos de resistência aos azoles,
22
Oliveira, P.C. Padrão taxonômico, quimiotipagem e atividade antifúngica...
particularmente quando há resistência cruzada a outros triazoles e intolerância aos seus
componentes, o que caracteriza grave problema para a sobrevida dos pacientes afetados pela
criptococose.
Em vista da resistência verificada, torna-se importante a descoberta de novas
alternativas para tratamento de infecções sistêmicas como a criptococose, aliada a realização
de testes de susceptibilidade aos antifúngicos para o monitoramento de resistência e
acompanhamento da resposta terapêutica (REX et al., 2001; PFALLER, 2002).
Em 2002, foi aprovado o documento M27-A2 pelo “National Committee for Clinical
Laboratory Standards” (NCCLS), atual “Clinical and Laboratory Standards Institute” (CLSI).
Este documento descreve metodologia padronizada para avaliação in vitro da sensibilidade
aos agentes antifúngicos por leveduras que causam infecções fúngicas invasivas, incluindo C.
neoformans (NCCLS, 2002).
Além disso, essa padronização está relacionada com meios de cultura utilizados para
crescimento do fungo e para o teste de susceptibilidade; temperatura de incubação,
determinação da concentração inibitória mínima, leitura e interpretação dos resultados. Por ser
padronizado, este teste apresenta reprodutibilidade e confiabilidade na determinação da
concentração inibitória mínima (CIM) dos antifúngicos testados por este método (CLSI,
2005).
Até o momento, a resposta clínica na criptococose não é satisfatória, tornando-se
indispensável à busca de drogas mais efetivas e menos tóxicas, como ciclopirox olamina e β-
lapachona, que possam ser alternativas eficazes.
1.6.1 Ciclopirox olamina
De acordo com Niewerth et al. (2003), ciclopirox olamina (originalmente HOE 296)
teve seu primeiro relato como agente antifúngico em 1973. Este fármaco é utilizado no
tratamento de micoses superficiais e está disponível em diferentes formulações farmacêuticas
como gel, solução, creme, shampoo e esmalte terapêutico, sendo administrado topicamente
(JUE et al., 1985; GUPTA, 2001a,c; STAROVA; ALY, 2005; GUPTA, 2005; GUPTA et al.,
2005; ROSEN; LINGAPPAN, 2006).
Segundo Niewerth et al. (2003); Walash et al. (2006), esta droga é um agente
fungicida com amplo espectro de ação antimicrobiano e anti-inflamatório, demonstrando
excelente atividade fungicida contra fungos de interesse médico como dermatófitos e
leveduras, incluindo aquelas resistentes aos azoles.
23
Oliveira, P.C. Padrão taxonômico, quimiotipagem e atividade antifúngica...
Gupta (2001b) e Gupta; Plott (2004) afirmam que a atividade anti-inflamatória
inerente ao ciclopirox olamina representa um fator importante nas infecções fúngicas, uma
vez que estas podem ser complicadas na presença de processos inflamatórios.
Dentre as espécies de dermatófitos que são inibidas pelo ciclopirox, destacam-se
Epidermophyton floccosum, Microsporum canis, Trichophyton mentagrophytes e T. rubrum.
Entre as leveduras, destacam-se espécies de Malassezia como M. restricta, M. globosa e M.
furfur e espécies de Candida como C. glabrata, C. krusei e C. guilliermondii (NIEWERTH et
al., 2003; WALASH et al., 2006). Hannel et al. (1988) demonstraram a ação fungicida de
ciclopirox olamina em quatro isolados de Cryptococcus neoformans que apresentaram MIC
de 6 µg/mL. Contudo, o método utilizado não foi padronizado, com número de isolados
insuficiente para avaliação da ação antifúngica da droga. Até o momento, pesquisas
envolvendo testes padronizados de susceptibilidade in vitro de ciclopirox olamina frente
amostras de Cryptococcus spp., ainda não foram relatadas.
Para a maioria dos dermatófitos e leveduras, a concentração mínima fungicida se
encontra dentro da faixa de 0,9 a 3,9 µg/mL quando estes microrganismos estão cultivados em
meio ágar Sabouraud-dextrose (ABRAMS et al., 1992).
Gupta; Kholi (2003) testando a atividade antifúngica in vitro de ciclopirox olamina
contra dermatófitos e outros fungos filamentosos, verificaram a excelente atividade da droga
isolada e quando associada à terbinafina, cetoconazol e itraconazol. A concentração mínima
inibitória do ciclopirox olamina ficou entre 0,015µg/mL e 0,125 µg/mL para dermatófitos e
0,03 µg/mL a 8 µg/mL para os outros fungos.
Além dos fungos, o ciclopirox olamina possui comprovada atividade in vitro contra
várias bactérias como Escherichia coli, Proteus mirabilis, Pseudomonas aeruginosa e
espécies de Staphylococcus e Streptococcus (BOHR; KRAEMER, 2000; GUPTA, 2001;
GUPTA; KOHLI, 2003; NIEWERTH et al.,2003).
Desde que ciclopirox foi introduzido na terapêutica clínica, há mais de 20 anos, vários
estudos enfocando o mecanismo de ação da droga foram publicados. Segundo Gupta (2001),
quando sua utilização tornou-se mais frequente, os resultados de várias investigações e
comparações da sua eficácia com outros agentes antimicrobianos foram relatados.
Iwata; Yamaguchi (1981); Urbani et al. (1995) e Gupta (2001) descreveram que
diferentemente da maioria dos agentes antifúngicos, o ciclopirox olamina não exerce efeitos
sobre a biossíntece do esterol e seu mecanismos de ação é complexo, interferindo em vários
processos metabólicos da célula fúngica.
24
Oliveira, P.C. Padrão taxonômico, quimiotipagem e atividade antifúngica...
Estudos realizados por Abrams et al. (1992); Gupa (2001) e Niewerth et al. (2003),
demonstraram que o mecanismo de atuação dessa droga consiste na interferência na
recaptação e acumulação de precursores da síntese de macromoléculas da célula fúngica como
aminoácidos, além de interferir na biossíntese de ácido ribonucléico (RNA) e ácido
desoxirribonucléico (DNA) destes microrganismos.
Além desses mecanismos, Bohr; Kraemer (2000); Gupta (2001); Kokjohn et al. (2003)
descrevem que ciclopirox olamina atua na quelação de metais trivalentes como o Fe3+
, por
quem tem alta afinidade. Este mecanismo inibe enzimas dependentes do Fe3+
como catalase e
peroxidase, as quais são importantes na degradação de peróxidos tóxicos e,
consequentemente, contribuem para a integridade da célula fúngica.
Segundo Niewerth et al. (2003), a CIM de ciclopirox aumenta efetivamente quando
são usados meios contendo tioglicolato. Os sais de ferro presentes nesse meio antagonizam o
efeito inibitório pela formação de complexos com o antifúngico.
Com base nos estudos de Bohr; Kramer (2000), a complexidade do mecanismo de
ação do ciclopirox olamina pode gerar uma diminuição na ocorrência de resistência, quando
comparado a outros agentes antifúngicos. Comprovando esta afirmação, verifica-se que
mesmo após ser introduzido na terapia clínica há mais de 20 anos, ainda não foi constatado
resistência fúngica (NIEWERTH et al., 2003).
Com relação à segurança do fármaco, pesquisas confirmam que os efeitos adversos
são raros e limitam-se a reações locais após aplicação tópica. A toxicidade da droga foi
testada em vários modelos animais, assim como a sua carcinogenicidade e mutagenicidade,
para os quais não foi demonstrada potencialidade em nenhum dos efeitos testados (GUPTA;
SKINNER, 2003).
1.6.2 Fitoterapia: β-lapachona
Segundo Brandão et al. (2001), a fitoterapia consiste no conjunto de técnicas de
utilização de vegetais no tratamento de doenças e na recuperação da saúde. Comporta
numerosos grupos de pesquisadores que estudam e empregam as plantas medicinais, das mais
simples e empíricas, as científicas e experimentais.
Dez anos atrás, Ferreira (1998) mencionava que a indústria dos medicamentos
derivados de plantas seria promissora devido ao crescente interesse do consumidor em
produtos naturais e por este motivo, as indústrias farmacêuticas estariam ampliando a adição
de ingredientes botânicos. Segundo o autor, estas plantas podem representar uma base de
25
Oliveira, P.C. Padrão taxonômico, quimiotipagem e atividade antifúngica...
novas moléculas biologicamente ativas, quando exploradas dentro de um programa voltado
para a pesquisa, desenvolvimento e produção de novos fármacos.
Antunes et al. (2006) reforçando a importância da utilização de compostos naturais,
realizaram uma investigação antimicrobiana e determinação da CIM de fitoconstituintes,
observando sua excelente ação frente a microrganismos patogênicos.
Neste contexto, encontra-se a β-lapachona, um composto vegetal facilmente
sintetizado a partir do lapachol. Este fitofármaco foi descrito pela primeira vez por Paternò em
1882, tendo sua estrutura química estabelecida desde 1896 por Hooker e sua síntese realizada
por Fieser em 1927. O lapachol foi extraído pela primeira vez do lenho da árvore argentina
“Lapacho” Tabebuia avellanedae Lorentz ex. Griseb, da família Bignoneaceae. No Brasil, a
árvore argentina é conhecida popularmente como ipê-roxo ou simplesmente ipê, ocorrendo
em todo território nacional, principalmente nas regiões Norte e Nordeste (ARAÚJO et al.,
2002; SCHMEDA-HIRSCHANN; PAPASTERGIOU, 2003; FONSECA et al., 2004;
CUNHA-FILHO et al., 2007).
Conforme Silva et al. (2003), um dos principais derivados do lapachol são as
naftoquinonas, representadas pela β-lapachona, as quais representam uma ampla e variada
família de metabólitos de distribuição natural. Nos últimos anos intensificou-se o interesse
nessas substâncias, não só devido a sua importância nos processos bioquímicos vitais, como
também ao destaque cada vez maior que apresentam nos estudos farmacológicos.
Segundo Miranda et al. (2001); Silva et al. (2002); Sperandeo (2004); Antunes et al.
(2006) e Cunha-Filho et al. (2007), nos últimos anos tem sido atribuídas várias atividades
farmacológicas a β-lapachona, tais como atividade antiviral, anti-inflamatória, anti-psoriática,
antifúngica e anti-parasitária. No entanto, a maioria dos estudos atuais envolvendo a β-
lapachona enfocam a sua ação sobre o Trypanossoma cruzi, agente etiológico da doenças de
Chagas e sua eficácia no tratamento de neoplasias (LI et al., 2000; LI et al., 2003; PARK et
al., 2005; CHOI et al., 2007; CUNHA-FILHO et al., 2007; SALAS et al., 2008; SONG et al.,
2008).
Com relação a sua atividade antifúngica, Guiraud et al. (1994), utilizando meio líquido
sintético (asparargina 1,5g, L-histidina 100 mg, metionina 20mg, triptofano 20mg, sulfato de
amônio 3,5 g, glicose 10 g, fosfato de potássio 1 g, sulfato de magnésio 0,5 g, cloreto de sódio
0,1 g, biotina 10-8
mol/L, tiamina 10-6
mol/L, piridoxina 10-6
mol/L, ácido nítrico 10-6
mol/L,
inositol 10-5
mol/L) fizeram um estudo comparativo entre as atividades antibacteriana e
antifúngica do lapachol e β-lapachona. Os autores constataram que os fungos foram mais
sensíveis do que as bactérias, particularmente à β-lapachona. Dentre isolados fúngicos
26
Oliveira, P.C. Padrão taxonômico, quimiotipagem e atividade antifúngica...
testados pelos autores, destaca-se C. neoformans o qual foi inibido frente a β-lapachona, o que
não ocorreu com o lapachol. A CIM foi de 0,02 µg/mL e a fungicida foi de 1 µg/mL.
Tandon et al. (2004) sintetizaram 10 compostos derivados de naftoquinonas e testaram
suas atividades antiviral, anticancer e antifúngica. Os autores analisaram tanto fungos
filamentosos quanto leveduras, as quais destacam-se Candida albicans e Cryptococcus
neoformans. Os compostos que apresentaram uma CIM ≤ 50 µg/mL foram considerados
ativos pelos pesquisadores. A atividade dos compostos foi comparada a drogas de referência
como anfotericina B, miconazol e nistatina.
Em outro estudo, utilizando para a determinação da CIM as normas do NCCLS
(2002), os autores evidenciaram atividade antifúngica da β-lapachona frente a uma cepa de
Saccharomyces cerevisiae, com CIM de 100 µg/mL (ANTUNES et al., 2006).
Atualmente, há grande interesse pela farmacologia e mecanismo de ação da β-
lapachona. Os testes in vitro podem contribuir para o esclarecimento em maior profundidade
dos mecanismos de atividade dos fitofármacos e, em conseqüência, para o planejamento de
novos medicamentos comerciais. Estudos recentes mostram que os mecanismos de
citoxicidade da β-lapachona ainda não foram completamente esclarecidos (SILVA et al.,
2002; MENACHO-MARQUÉS; MURGUIA, 2006).
27
Oliveira, P.C. Padrão taxonômico, quimiotipagem e atividade antifúngica...
REFERÊNCIAS
Abbeg, M.A.; Cella, F.L.; Faganello, J.; Valente, P.; Shrank, A.; Vainstein, M.H. 2006.
Cryptococcus neoformans and Cryptococcus gattii isolated from the excreta of
Psittaciformes in a Southern Brazilian Zoological Garden. Mycopathologia 161:83-91.
Abrams, B.B; Hanel, H.; Hoehler, T. 1992. Ciclopirox olamine: a hidroxypyridone antifungal
agent. Clinics in Dermatology 9:471-477.
Antunes, R.M.P; et al. 2006. Atividade antimicrobiana in vitro e determinação da
concentração inibitória mínima (CIM) de fitoconstituintes e produtos sintéticos sobre
bactérias e fungos leveduriformes. Braz J Pharmacogn 16(4):517-524.
Araújo, E.L.; Alencar, J.R.B.; Neto, P.J.R. Lapachol: segurança e eficácia na terapêutica.
2002. Rev Bras Farmacogn 12:57-59.
Averbuch, D.; et al. 2002. Fungemia in a cancer patient caused by fluconazole-resistant
Cryptococcus laurentii. Med Mycol 40(5):479-484.
Barnett, J.A.; Payne, R.W.; Yarrow, D. Yeast: characteristics and identification. 2000. 3 ed.
Cambridge: University press, 1139p.
Baroni, F.A.; et al. 2006. Cryptococcus neoformans strains islated from church towers in Rio
de Janeiro city, RJ, Brazil. Rev Inst Med Trop 48(2):71-75.
Bernardo, F.M.; Martins, H.M.; Martins, M.L. 2001. Urban sources of Cryptococcus sp.-
Lisbon (Portugal). RPCV 96:157-160.
Bivanco, F.C.; Machado, C.A.S., Martins, E.L. Cutaneous cryptococcosis. 2006. Arq Med
ABC 31(2):102-109.
Boekhout, T.; et al. 2001. Hybrid genotypes in the pathogenic yeast Cryptococcus
neoformans. Microbiology 147:891-907.
Bohr, M.; Kraemer, K.T. 2000. Dermatopharmacology of Ciclopirox nail lacquer topical
solution 8% in the treatment of onychomycosis. JAAD 43(4):57-69.
Brandão, M.G.L.; Moreira, R.A.; Acúrcio, F.A. 2001. Interesse dos estudantes de Farmácia e
Biologia por plantas medicinais e fitoterapia. Braz J Pharmacogn 11(2):71-76.
Brandt, M.E.; et al. 1996. Molecular subtype distribution of Cryptococcus neoformans in four
areas of the United States. Cryptococcal Disease Active Surveillance Group. J Clin
Microbiol 34(4):912-7.
Casadevall, A.; Perfect, J. R. 1998. Cryptococcus neoformans. Washington, DC: American
Society for Microbiology Press, 541 p.
Casali, A.K.; et al. 2003. Molecular typing of clinical and environmental Cryptococcus
neoformans in the Brazilian state Rio Grande do Sul. FEMS Yeast Res 3:405-415.
28
Oliveira, P.C. Padrão taxonômico, quimiotipagem e atividade antifúngica...
Casali, A.K.; et al. 2001. Cryptococccus neoformans: aspectos moleculares e
epidemiológicos. J Clin Microbiol 20:34-37.
Choi, E.K.; et al. 2007. Upregulation of NAD(P):Quinone oxidoredustase by radiation
potentiates the effect of bioreductive β-lapachone on cancer cells. Neoplasia 9(8):634-642.
Clinical and Laboratory Standards Institute. 2005. Reference method for broth dilution testing
of yeasts: Approved standard-second edition M27-A2. CLSI, Wayne, PA, U.S.A.
Corrêa, M.P.S.C.; et al. 1999. Criptococose em crianças no estado do Pará, Brasil. Rev Soc
Bras Med Trop 32(5):505-8.
Corrêa, M.P.S.C.; et al. 2002. The spectrum of computerized tomography (CT) findings in
cerebral nervous system (CNS) infection due to Cryptococcus neoformans var. gattii in
immunocompetent children. Rev Inst Med Trop 44(5):283-287.
Cuenca-Estrella, M.; et al. 2001. Flucytosine primary resistance in Candida species and
Cryptococcus neoformans. Eur J Clin Microbiol Infect Dis 20:276-279.
Cunha-filho, M.S.S.; et al. 2007. Characterization of β-Lapachone and Methylated β-
Cyclodextrin Solid-state System. AAPS PharmSciTech 8:E1-10.
Darzé, C.; et al. 2000. Características clínicas laboratoriais de 104 casos de meningoencefalite
criptocócica. Rev Soc Bras Med Trop 33(1): 21-6.
Diaz, M.R.; Fell, J.M. 2005. Use of a suspension array for rapid identification of the varieties
and genotypes of the Cryptococcus neoformans species complex. J Clin Microbiol
43(8):3662-3672.
Dilhuydy, M.S.; et al. 2007. Cutaneous cryptococosis with alemtuzumab in a patient treated
for chonic lymphocytic leukaemia. British J Haematol 137:490.
Dinato, S.L.M; et al. 2006. Disseminated cutaneous cryptococcosis in a patient with AIDS.
Rev Inst Med Trop 48(6):353-358.
Dismukes, W.E. 2000. Introdution to antifungical drugs. Clin Infect Dis 30:653-657.
Duin, D.V.; Casadevall, A.; Nosanchuk, J.D. 2002. Melanization of Cryptococcus
neoformans and Histoplasma capsulatum Reduces Their Susceptibilities to Amphotericin
B and Caspofungin. Antimicrob Agents Chemother 46(11):3394-3400.
Byrnes, E.J.; et al. 2010. Emergence and Pathogenicity of Highly Virulent Cryptococcus
gattii Genotypes in the Northwest United States. PLoS Pathog 6(4): e1000850.
Ehrensing, E.R.; Saag, M.S. Criptococose. 2001. In: SAROSI, G.A.; DAVIES, S.F. Doenças
fúngicas do pulmão. 3ed. Rio de Janeiro: Revinter, cap 7, 89-101.
Fernandes, O.F.L.; et al. 2000. Cryptococcus neoformans in patients with AIDS. Rev Soc Bras
Med Trop 33(11):75-78.
29
Oliveira, P.C. Padrão taxonômico, quimiotipagem e atividade antifúngica...
Fernandes, O.F.L.; et al. 2003. In vitro susceptibility characteristics of Cryptococcus
neoformans varieties from AIDS patients in Goiânia, Brazil. Mem Inst Oswaldo Cruz
98(6): 839-41.
Ferreira, H.S. 1998. Medicamentos a partir de plantas medicinais no Brasil. Rio de Janeiro:
Acad Bras de Cienc, 132p.
Fica, C.A. 2004. Tratamiento de infecciones fúngicas sistêmicas. III parte: anfotericina B,
aspectos farmacoeconómicos y decisiones terapéuticas. Rev Chil Infect 21:317-26.
File, JTM. Visão geral sobre resitência antimicrobiana nos anos 90. Ple Chest 2:3-8, 2000.
Filippin, F.B.; Souza, L.C. 2006. Eficiência terapêutica das formulações lipídicas de
anfotericina B. Braz J Pharm Sci 42(2):167-194.
Filiú, W.F.O.; et al. 2002. Cativeiro de aves como fonte de Cryptococcus neoformans na Cida
de Campo Grande, Mato Grosso do Sul, Brasil. Rev Soc Bras Med Trop 35(6):591-595.
Fonseca, S.G.C.; et al. 2004. Validação de metodologia analítica para doseamento de soluções
de Lapachol por CLAE. Química nova 27(1):157-159.
Franzot, S.P.; et al. 1997. Molecular epidemiology of Cryptococcus neoformans in Brazil and
the United States: evidence for both local genetic differences and a global clonal
population structure. J Clin Microbiol 35(9):2243-51.
Guiraud, P.; et al. 1994. Comparasion of antibacterial and antifungal activities of lapachol and
beta-lapachone. Planta Med 60:373-374.
Gupta AK. 2001a. Ciclopirox nail lacquer: a brush with onychomycosis. Cutis 68(2):13-6.
Gupta, A.K. 2001b. Ciclopirox olamina: an overview. Inter J Dermatol 40:305-310.
Gupta AK. 2005c. Ciclopirox topical solution, 8% combined with oral terbinafine to treat
onychomycosis: a randomized, evalutor-blinded study. J Drugs Dermatol 4(4):481-5,
2005c.
Gupta, A.K., Schouten, J.R.; Lynch, L.E. 2005. Ciclopirox nail lacquer 8% for the treatment
of onychomycosis: a Canadian perspective. Skin Therapy Lett 10(7):1-3.
Gupta, A.K.; Kohli, Y. 2003. In vitro susceptibility testing of ciclopirox, terbinafine,
ketoconazole and itraconazole against dermatophytes and non dermatophytes, and in vitro
evaluation of combination antifungal activity. British J Dermatol 149:296-305.
Gupta, G.; Fries, B.C. 2010. Variability of phenotypic traits in Cryptococcus varieties and
species and the resulting implications for pathogenesis. Future Microbiol 5:775-787.
Gupta, A.K.; Skinner, A.R. 2003. Ciclopirox for the treatment of superficial fungal infections:
a review. Inter J Dermatol 42:3-9.
30
Oliveira, P.C. Padrão taxonômico, quimiotipagem e atividade antifúngica...
Gupta, A.K; Plott, T. 2004. Ciclopirox: abroad-spectrum with antibacterial and anti-
inflammatory properties. Inter J Dermatol 43:3-8.
Hannel, H.; Roether, W.; Dittmar, W. 1988. Evoluation of the fungicidal action of in vitro and
in a skin model considering the influence of penetration kinetics on various standards
antimycotics. J NY Acad Sci 544:329-337.
Honsho,C.S.; et al. 2003. Generalized systemic cryptococosis in a dog after
immunossupressive corticotheray. Arq Bras Med Vet Zootec 55(2):155-159.
Hoog, G.S. et al. 2000. Atlas of Clinical Fungi. 2 ed. Centraalbureau voor Schimmelcultures:
Universitat Rovira i Virgili, 1126p.
Hull, C.M.; Heitman, J. 2002. Genetics of Cryptococcus neoformans. Annu Rev Genet
36:557-615.
Idnurm, A.; 2005. Deciphering the Model Pathogenic Fungus Cryptococcus neoformans. Nat
Rev Microbiol 3:753-764.
Igreja, R.P.; et al. 2004. Molecular epidemiology of Cryptococcus neoformans isolates from
AIDS patients of the Brazilian city, Rio de Janeiro. Med Mycol 42:229-38.
Ikeda, R.; et al. 2002. Laccase and melanization in clinically important Cryptococcus species
other than Cryptococcus neoformans. J Clin Microbiol 40(4):1214-8.
Iwata, K.; yamaguchi, H. 1981. Studies on the mechanism of antifungal action of ciclopirox
olamine. Drug Res 31:1323-1327.
Jain, N.; et al. 2005. Molecular epidemiology of clinical Cryptococcus neoformans strains
from India. J Clin Microbiol 43(11):5733-5742.
Janbon, G. Cryptococcus neoformans capsule biosynthesis and regulation. 2004. FEMS Yeast
Res 4(8):765-771.
Jue, S.G.; Dawson, G.W.; Brogden, R.N. Ciclopirox olamine 1% cream. 1985. A preliminary
review if its antimicrobial activity and therapeutic use. Drugs 29:330-341.
Kidd, S.E.; et al. 2004. A rare genotype of Cryptococcus gattii caused the cryptococosis
outbreak on Vancouver Island (British, Columbia, Canada). Proc Natl Acad Sci USA
101:17258-17263.
Kokjohn, K.; Bradley, M.; Griffiths, B. 2003. Evaluation of in vitro activity of ciclopirox
olamine, butenafine HCL and Econazole nitrate against dermatophtoses, yeasts and
bacteria. Inter J Dermatol 42:11-17.
Kommers, G.D.; et al. 2005. Granulomatous cryptococcal pneumonia in a hose. Cienc Rural,
35(4):938-940.
Kwon-Chung, K.J.; Bennett, J.E.; Theodore, T.S. 1978. Cryptococcus bacillisporus sp. nov.:
serotype B-C of Cryptococcus neoformans. Inst J Syst Bacteriol 28:616-620.
31
Oliveira, P.C. Padrão taxonômico, quimiotipagem e atividade antifúngica...
Kwon-Chung, K.J.; Polacheck, I.; Bennett, J.E. 1982. Improved diagnostic medium for
separation of Cryptococcus neoformans var. neoformans (serotypes A and D) and
Cryptococcus neoformans var. gatti (serotypes B and C). J Clin Microbiol 15:535-537.
Lacaz, C.S.; et al. 2002a. Tratado de Micologia Médica. 9 ed. São Paulo: Sarvier, 1104p.
Lacaz. C.S., et al. 2002b. Primary cutaneous cryptococcosis due to Cryptococcus neformans
var gattii serotype B, in an immunocompetent patient. Rev Inst Med Trop 44(4):225-8.
Larsson, C.E.; et al. 2003. Canine ocular cryptococosis: a case report. Arq Bras Med Vet
Zootec, 55(5):533-538.
Lazera, M.S.; et al. 1998. Cryptococcus neoformans var. gattii evidence for a natural habitat
related to decaying wood in pottery tree hollow. Med Mycol 36:119-122.
Lee, Y.A. et al. 2004. First report of Cryptococcus albidus – induced disseminated
cryptococcosis in a renal transplante recipient. Korean J Intern Med, 19:53-57.
Lengeler, K.B.; Cox, G.M.; Heitman, J. 2001. Serotype AD strains of Cryptococcus
neoformans are diploid or aneuploid and are heterozygous at the mating-type locus. Infect
Immun 69:115-22.
Li, Y.; et al. 2000. Potent induction of apoptosis by β-lapachone in human multiple myeloma
cell lines and patient cells. Trends Mol Med 6(12):1008-1015.
Li, Y.; et al. 2003. Selective killing of cancer cells by b-lapachone: direct checkpoint
activation as a strategy against cancer. Proc Natl Acad Sci USA 100:2674-2678.
Lin, X.; Heitman, J. 2006. The biology of the Cryptococcus neoformans species complex.
Microbiology 60:69-105.
Litvintseva, A.P.; et al. 2005. Comparative analysis of environmental and clinical populations
of Cryptococcus neoformans. J Clin Microbiol 43(2):556-64.
Lozano-Chiu, M.; et al. 1998. Detection of resistance to amphotericin B among Cryptococcus
neoformans clinical islates: performances of three different media assessed by using E-test
and National Committee for Clinical Laboratory Standards M27-A methodologies. J Clin
Microbiol 36:2817-2822.
Luisi, S.B.; et al. 2008. Use of amphotericin B as antifungal agent in a culture medium for
human dental pulp cells. Rev Odonto Ciênc 23(1):58-62.
Macdougall, L.M.; Fyfe, M. 2006. Emergence of Cryptococcus gattii in a novel enviroment
provides clues to its incubation period. J Clin Microbiol 44(5):1851-1852.
Martinez, L.R.; Garcia-Rivera, J.; Casadevall, A. 2001. Cryptococcus neoformans var.
neoformans (serotype D) strains are more susceptible to heat than Cryptococcus
neoformans var. gattii (serotype A) strains. J Clin Microbiol 39(9):3365-3367.
32
Oliveira, P.C. Padrão taxonômico, quimiotipagem e atividade antifúngica...
Mccurdy, L.H.; Morrow, J.D. 2001. Ventriculitis due to Cryptococcus uniguttulatus. South
Med J 94(1):65-66.
Melo N.T., et al. 1993. Quimiotipagem do Criptococcus neoformans. Revisão de Literatura.
Novos dados epidemiológicos sobre a criptococose. Nossa experiência com o emprego do
meio C.G.B. no estudo daquela levedura. Rev Inst Med Trop 35(5):469-478.
Menacho-Márquez, M.; Murguía, J.R. 2006. β-lapachone Activates a Mre11p-Tel1p G1/S
Checkpoint in Budding Yeast. Cell Cycle 5(21):2509-2516.
Meyer, W.; et al. 2003. Molecular typing of IberoAmerican Cryptococcus neoformans
isolates. Emerging Infect Dis 9(2):189-95.
Meyer, W.; et al. 1999. Molecular typing of global isolates of Cryptococcus neoformans var.
neoformans by polymerase chain reaction fingerprinting and randomly amplified
polymorphic DNA – a pilot study to standardize techniques on which to base a detailed
epidemiological survey. Electrophoresis 20:1790-9.
Miranda, F.; et al. 2001. Antinociceptive and antiedematogenic properties and acute toxicity
of Tabebuia avellanedae Lor. Ex. Griseb. Inner bark aqueous extract. BMC Pharmacology
1:6-11.
Mitchell, T.G.; Perfect, J.R. 1995. Cryptococcosis in the Era of AIDS – 100 Years after the
Discovery of Cryptococcus neoformans. Rev Clin Microbiol 8(4):515-548.
Moreira, T.A.; Ferreira, R.M.R.; Borges, A.S. 2006. Cryptococosis: clinical epidemiologycal
laboratorial study and fungi varieties in 96 patients. Rev Soc Bras Med Trop 39:255-258.
National Committee for Clinical Laboratory Standards (NCCLS). 2002. Reference method for
broth dilution testing of yeasts: Approved standard-second edition M27-A2. Wayne, PA.
Nelson, R.W.; Couto, C.G. 2001. Doenças micóticas polissistêmicas. Medicina interna de
pequenos animais. 2 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, p. 1023-1030.
Nielsen K.; Obaldia, A. L.; Heitman, J. 2007. Cryptococcus neoformans Mates on Pigeon
Guano: Implications for the Realized Ecological Niche and Globalization. Eukaryotic Cell
6(6):949–959.
Niewerth, M; et al. 2003. Ciclopirox Olamine treatment affects the expression pattern of
Candida albicans genes encoding virulence factors, iron metabolism proteins, and drug
resistance factors. Antimicrob Agents Chemother 47:1805-1817.
Nishikawa, M.M.; et al. 2003. Serotyping of 467 Cryptococcus neoformans Isolates from
Clinical and Environmental Sources in Brazil: Analysis of Host and Regional Patterns. J
Clin Microbiol 41:73–77.
Nucci, M.; Marr, K.A. 2005. Emerging fungal diseases. Clin Infect Dis 41:521-526.
33
Oliveira, P.C. Padrão taxonômico, quimiotipagem e atividade antifúngica...
Núñez, M.; et al. 2000. Pulmonary Cryptococcosis in the Immunocompetent Host : therapy
with fluconazole: a report of four cases and a review of the literature. American College of
Chest Physicians 118:527-534.
Pappalardo, M.C.S.M.; Melhem, M.S.C. 2003. Cryptococcosis: a review of the Brazilian
experience for the disease. Rev Inst Med Trop 45:299-305.
Park, H.J.; et al. 2005. Heat-induced up-regulation of NAD(P):H: Quinone Oxidoreductase
potentiates anticancer effects of β-lapachone. Clin Cancer Res 11(24):8866-8871.
Pereira, A.P.C.; Coutinho, S.D.A. 2003. Criptococose em cães e gatos- revisão. Rev Clin Vet
8(45):24-32.
PFALLER, M. Aet al. 2002. Clinical evaluation of a frozen commercially prepared
microdilution panel for antifungal susceptibility testing of seven antifungal agents,
including the new triazoles posaconazole, ravuconazole, and voriconazole. J Clin
Microbiol 40:1694-1697.
Queiroz, J.P.A.F.; et al. 2008. Criptococose- uma revisão bibliográfica. Acta Vet Bras
2(2):32-38.
Reolon, A.; Perez, L.R.R.; Mezzari, A. 2004. Prevalência de Cryptococcus neoformans nos
pombos urbanos da cidade de Porto Alegre, Rio Grande do Sul. J Bras Patol Med Lab
40(5):293-298.
Rex, J. H.; et al. 2001. Antifungal susceptibility testing: practical aspects and current
challenges. Rev Clin Microbiol 14:643-658.
Rippon, J.W. 1982. Medical mycology: the pathogenic fungi and the pathogenic
actinomycetes. 2.ed. Philadelphia: W.B. Saunders Company, 842p.
Rosen, T., Lingappan, A. 2006. Rapid treatment of tinea nigra palmaris with ciclopirox
olamine gel, 0.77%. Skinmed 5(4):201-3.
Rozenbaum, R.; Gonçalves, A.J. 1994. Clinical epidemiological study of 171 cases of
cryptococcosis. Clin Infec Dis 18(3):369-80.
Salas, C.; et al. 2008. Trypanosoma cruzi: activities of lapachol and alpha- and beta-lapachone
derivatives against epimastigote and trypomastigote forms. Bioorg Med Chem 16(2):668-
74.
Salkin, I.F.; Hurd, N.J. 1982. New medium for differentiation of Cryptococcus neoformans
serotype pairs. J Clin Microbiol 15(1):169-171.
Santos-Jr, I.D.; et al. 2005. Características gerias da ação, do tratamento e da resistência
fúngica ao fluconazol. Sc Me 15(3):189-197.
Sar, B.; et al. 2004. Increasing in vitro resistance to fluconazole in Cryptococcus neoformans
Cambodian isolates. J Antimicrob Chemother 54:563-565.
34
Oliveira, P.C. Padrão taxonômico, quimiotipagem e atividade antifúngica...
Schmeda-Hirschann, G; Papastergiou, F. 2003. Naphtoquinone derivates and lignans from the
Paraguayan crude drug “tayipytá” (Tabebuia heptaphylla, Bignoniaceae). Z Naturforsch
58:495-501.
Severo, L.C.; Oliveira, F.M.; Silva, V.B. 1998. Diferenças clínicas, epidemiológicas, e
ecológicas entre as duas variedades de Cryptococcus neoformans. Rev Med St Casa Porto
Alegre 9(16):1672-1686.
Sidrim, J.J.C; Rocha, M.F.G. 2004. Micologia médica à luz de autores contemporâneos. Rio
de Janeiro: Guanabara Koogan, 388p.
Silva, A.J.M.; et al. 2002. Synthesis and preliminary pharmacological evaluation of new 1,4
naphthoquinones structurally related to lapachol. Bioorg Med Chemistry 10:2731-2738.
Silva, M.N.; Ferreira, V.F.; Souza, M.C.B.V. 2003. Um panorama atual da química e da
farmacologia de naftoquinonas, com ênfase na β-lapachona e derivados. Química nova
26(3):407-416.
Silva, P.R.; et al. 2008. Susceptibility to antifungal agents among Cryptococcus neoformans
varieties isolated from patients at a university hospital. Rev Soc Bras Med Trop 41(2):158-
162.
Song, C.W.; et al. 2008. Anti-cancer effect of bio-reductive drug beta-lapachone is enhanced
by activating NQO1 with heat shock. Int J Hyperthermia 24(2):161-9.
Sperandeo, N.R. 2004. Synthesis, antiprotozoal, cytotoxic activities of new N-(3,4-dimethyl-
5-isoxazolyl)-1,2-naphthoquinone-4-amino derivates. IL Farmaco 59:431-435.
Sorrel, T.C. 2001. Cryptococcus neoformans var. gattii. Med Mycol, 39:155-168.
Starova, A.; Aly, R. 2005. The safety and efficacy of ciclopirox olamine for the treatment of
seborrheic dermatitis. Expert Opin Drug Saf. 4(2):235-9.
Taboada, J. 2004. Systemic Mycoses. Rev Med Trop 47:31-36.
Tandon, V.K.; Singh, R.V.; Yadav, D.B. 2004. Synthesis and evaluation of novel 1,4-
naphthoquinone deriates as antiviral, antifungal and anticancer agents. Bioorg Med Chem
Lett 14:2901-2904.
Urbani, L.; Sherwood, S.W.; Schimke, R.T. 1995. Dissociation of nuclear and cytoplasmic
cell cycle progression by drugs employed in cell synchronization. Exp Cell Res 219:159-
168.
Vandeputte, J.; Wachtel, J.L.; Stiller, E.T. 1956. Amphotericin A and B antifungal antibiotics
produced by a Streptomycete. II The isolation and properties of the crystalline
amphotericins. Antibiot Annu 1955-1956:587-591.
Vilchez, R.A.; Fung, J.; Kusne, S. 2002. Cryptococosis in a organ transplant recipients: an
overview. Am J Tranplant 2:575-580.
35
Oliveira, P.C. Padrão taxonômico, quimiotipagem e atividade antifúngica...
Walash, M.I.; et al. 2006. Spectrofluorimetric determination of ciclopirox olamine via ternary
complex with Tb(III) and EDTA. Acta Pharm 56:431–440.
Walsh, T.J.; et al. 2000. Correlation between in vitro and in vivo antifungal activities in
experimental fluconazole-resistant oropharyngeal and esophageal candidiasis. J Clin
Microbiol 38(6):2369-2373.
Weig, M.; Reichard, U.; Grob, U. 2001. Aspergillus fumigatus-virulence and opportunism.
Mycoses 44:351-355.
Wu, T.C. 1994. On the development of antifungal agents: perspective of the U.S. Food and
Drug Administration. Clin Infect Dis 19:54-58.
Zanini, M., Martins, E.L., Lacaz, C.S. 2001. Úlcera como primeira manifestação de
criptococose sistêmica em paciente aidético. Med Cutan Iber Lat Am 29(3):92-6.
Zaragosa O. et al. 2006. The polysaccharide capsule of the pathogenic fungus Cryptococcus
neoformans enlarges by distal growth and is rearranged during budding. Mol Microbiol
59(1):67-83.
Zaitz, C.; et al. 1998. Compêndio de Micologia Médica. 1.ed. Rio de Janeiro: Medsi Editora
Médica e Científica, 434p.
Zhu, L.P.; et al. 2002. Case reports. Pulmonary Cryptococcosis associated with cryptococcal
meningitis in non- AIDS Patients. Mycoses 45:111-117.
36
Oliveira, P.C. Padrão taxonômico, quimiotipagem e atividade antifúngica...
2 CICLOPIROX OLAMINE: AN ANTIFUNGAL ALTERNATIVE AGAINST
CRYPTOCOCCOSIS
P.C. Oliveira, C.S.Q. Medeiros, D.P.C. Macêdo, S.L. Andrade, M.T.A.L. Correia, S.D.
Mesquita, R.G. Lima-Neto and R.P. Neves
ABSTRACT
Aims: The in vitro activity of ciclopirox olamine was evaluated against Cryptococcus spp.
obtained from the cerebrospinal fluid (CSF) of immunocompromised patients. Methods and
Results: The antifungal activity of ciclopirox olamine was tested against Cryptococcus spp.
obtained from the CSF of immunocompromised patients, using amphotericin B and
fluconazole as controls. The minimal inhibitory concentration was determined following the
microdilution method indicated by the Clinical and Laboratory Standards Institute. The
minimal fungicide concentration was determined by the absence of growth on Sabouraud
dextrose agar. The data obtained showed that antifungal activity of ciclopirox olamine ranged
from 0.25 to 1 µg ml-1
). Conclusions: This paper underscores the importance of the antifungal
potential of ciclopirox olamine against Cryptococcus spp. as an alternative treatment against
systemic cryptococosis. In vivo experiments are essential for future medical use. Significance
and Impact of the Study: This was the first time that ciclopirox olamine was tested against
Cryptococcus spp. using the reference method. The antifungal activity of this drug against this
species suggests an applicable potential for systemic cryptococcosis therapy.
Keywords: antifungal activity, ciclopirox olamine, Cryptococcus spp., susceptibility.
Artigo publicado na revista Letters in Applied Microbiology, 2010.
37
Oliveira, P.C. Padrão taxonômico, quimiotipagem e atividade antifúngica...
Introduction
Despite the widespread prophylactic use of agents with antifungal properties,
infections caused by Cryptococcus spp. are causing increasing mortality and morbidity in a
variety of immunocompromised patients. High rates of fungal persistence and recurrence have
sparked growing concern among clinicians regarding the potential emergence of resistance
among these capsulated yeasts (Cowen and Steinbach 2008).
Amphotericin B, 5-flucytosine and fluconazole have been used to treat cryptococcosis,
but they are frequently unsuccessful and also can cause drug-related toxicity from hazardous
drug–drug interactions, pharmacokinetic problems and the development of resistance (Perfect
and Cox 1999). Therefore, it is imperative to find alternative antifungal agents for
cryptococcosis treatment with no toxicity to mammalian cells (Souza et al. 2005; Mattos et al.
2006; Sabatelli et al. 2006).
CPO is a synthetic antifungal agent currently used for the topical treatment of fungal
infections (Gupta and Skinner 2003). In addition, it has a broad spectrum against species of
bacteria and fungi, inhibiting nearly all clinically relevant dermatophytes and yeasts,
including Malassezia species and the frequently azole-resistant Candida isolates (Niewerth et
al. 2003; Walash et al. 2006). Furthermore, it has demonstrated others benefits, such as anti-
inflammatory and anti-tumour activities (Niewerth et al. 2003). However, in vitro tests of the
effectiveness of ciclopirox olamine against Cryptococcus spp. strains based on reference
method have not been performed yet.
The aim of this study was to evaluate the in vitroantifungal properties of ciclopirox
olamine against 16 Cryptococcus neoformans isolates obtained from the cerebrospinal fluid
(CSF) of immunocompromised patients.
38
Oliveira, P.C. Padrão taxonômico, quimiotipagem e atividade antifúngica...
Materials and Methods
Fungal strains
Sixteen strains of Cryptococcus spp. obtained from the CSF of immunocompromised
patients were analysed in this study. Lumbar punctures were carried out at the Pernambuco
Neurological Diagnosis Service, and clinical samples were processed for mycological
diagnosis using standard methods (direct examination and isolation in culture) at the Medical
Mycology Laboratory, Federal University of Pernambuco (UFPE). Direct examination was
performed with India ink staining. Cultures were prepared using Sabouraud dextrose agar
(SDA) (Difco) with chloramphenicol (50 mg ml-1
) and incubated at 30 and 35_C in an aerobic
atmosphere for 5 days. Pure cultures were transferred onto the surface of SDA for taxonomic
identification (Barnett et al. 2000; De Hoog et al. 2000). All tested strains are preserved under
mineral oil (Sherf 1943) in the URM Culture Collection-UFPE. Candida parapsilosis (ATTC
22019) and Candida krusei (ATCC 6528) strains were used as quality controls.
Antifungal activity
The method used followed the conditions reported in M27-A3 (CLSI, 2008a,b). The
culture medium used during the experiments was RPMI 1640 (Sigma-Aldrich, USA) with l-
lutamine and without sodium bicarbonate, pH 7.0 ± 0.1, with morpholine-propanesulfonic
acid (MOPS; 0.165 mol-1
; Sigma-Aldrich). The medium was filter-sterilized in 0.22µm
membranes (Millipore, Darmstadt, Germany). The commercial drugs used for comparison
were amphotericin B (AMB; Bristol-Myers Squibb, Princeton, USA) and fluconazole (FLZ;
Pfizer, New York, USA), prepared in dimethyl sulfoxide (DMSO; Gibco, Minas Gerais,
Brazil) and distilled water, respectively.
Ten different concentrations were used, ranging from 0.03 to 16 lg ml)1 for AMB and
from 0.125 to 64 µg ml-1
for FLZ. Ciclopirox olamine (CPO; Medley S.A., Campinas-Sao
Paulo, Brazil) was diluted in DMSO with stock solutions at concentrations of 1600 mg mL-1
.
The tested concentrations of CPO ranged from 0.0625 to 32 µg ml-1
. The Cryptococcus spp.
39
Oliveira, P.C. Padrão taxonômico, quimiotipagem e atividade antifúngica...
were maintained on SDA medium and incubated at 35°C. Suspensions of the isolates were
prepared, and their density was adjusted according to the 0.5 MacFarland standard for 90%
transmission using a spectrophotometer. The volume of the inoculums was adjusted to 5.0 ml
of sterilized saline and was further diluted in RPMI 1640 to a concentration of 2– 5 x 103 cells
ml-1
.
For the susceptibility tests, sterilized flat-bottomed 96 well microtitre plates (TPP;
Trasadingen, Switzerland) were used and the procedures followed CLSI (2008a,b). The
inoculum was added to the wells with the tested drugs, and the plates were incubated at 25°C
for 3 days before reading the results to determine the minimal inhibitory concentration (MIC)
of the CPO, AMB and FLZ. The growth inhibition was demonstrated by visual observation
and optical density at 492–630 nm using the Microplate Manager software, in a Thermo Plate
microplate reader (TP Reader NM).
The MICs for CPO and FLZ were the concentrations able to inhibit fungal growth
≥80% (CLSI, 2008a,b). For AMB, the MICs were determined to have 100% inhibition
relative to that of growth controls. To determine the minimal fungicide concentration (MFC)
of CPO and AMB, the content of the wells that showed 80 and 100% growth inhibition for
CPO and 100% for AMB was transferred onto SDA in Petri dishes. The dishes were then
incubated at 35°C for 3 days to determine the fungal viability. The MFC was confirmed by
the absence of fungal growth.
The CPO sensitivity was determined according to the document M27-A3 (CLSI,
2008a,b), based on the sensitivity range of AMB (≤ 1 mg ml)1), which is the drug of choice
for the treatment of cryptococcosis. In addition, the evaluation was also based on the new
document M38-A2 (CLSI, 2008a,b), which includes tests with CPO for dermatophytes,
suggesting that most MICs ≤1 µg ml-1
are considered susceptible. Each experiment was
performed in duplicate. The MIC and MFC for each antifungal were determined.
40
Oliveira, P.C. Padrão taxonômico, quimiotipagem e atividade antifúngica...
Results
The results of the antifungal activity measured visually are described in Figs 1 and 2.
The average growth inhibition of Cryptococcus spp. is presented in Fig. 3. All the analysed C.
neoformans strains were susceptible to CPO. CPO showed fungistatic activity in
concentrations ranging from 0.25 to 1 µg ml-1
and fungicidal activity in concentrations from
0.5 to 4 µg ml-1
.
Amphotericin B showed fungistatic activity in concentrations ranging from 0.03 to 1
µg ml-1
and fungicidal activity in concentrations from 0.03 to 2 µg ml-1
. The isolates
numbered 5816 and 5819 showed the same activity for fungistatic and fungicide
concentrations (0.06 and 0.03 ml-1
respectively) for AMB.
Regarding CPO, the 5820 isolate showed the same fungistatic and fungicide
concentrations (1 µg ml-1
). Fluconazole showed only fungistatic activity in concentrations
ranging from 2 to 32 µg ml-1
, and two isolates were dose dependent. The optical density
results were in accordance with those obtained by visual observation. The average growth
inhibition of C. neoformans is presented in Fig. 3.
41
Oliveira, P.C. Padrão taxonômico, quimiotipagem e atividade antifúngica...
Figure 1 Determination of the minimum inhibitory concentration of ciclopirox olamine,
amphotericin B and fluconazole against Cryptococcus spp. (▲) ciclopirox olamine, (♦)
amphotericin B, (■) fluconazole.
Figure 2 Determination of the minimum fungicide concentration of ciclopirox olamine and
amphotericin B against Cryptococcus spp. (♦) ciclopirox olamine, (■ ) amphotericin B.
42
Oliveira, P.C. Padrão taxonômico, quimiotipagem e atividade antifúngica...
Figure 3 Average of growth inhibition from ciclopirox olamine (a), amphotericin B (b) and
fluconazole (c) against Cryptococcus spp.
43
Oliveira, P.C. Padrão taxonômico, quimiotipagem e atividade antifúngica...
Discussion
It has been established that the in vitro activity of CPO occurs against a broad
spectrum of fungi, including pathogenic yeasts such as Candida and Malassezia species.
Furthermore, CPO can be considered both fungistatic and fungicidal, with MICs ranging from
0.9 ± 3.9 µg ml-1
(Gupta 2001; Niewerth et al. 2003; Figueiredo et al. 2007; Biancalana et al.
2008). Our data showed only fungicidal activity of CPO against Cryptococcus with MIC
values up to 1 µg ml-1
.
According to the reference method (CLSI, 2008a,b), dermatophytes are considered
sensitive to CPO when MICs are ≤1 µg ml-1
. Regarding Cryptococcus spp., there are no data
on the antifungal activity of this drug. All the 16 tested strains presented MICs ≤ 1 lg ml-1
and
were considered sensitive.
Our strains exhibited high sensitivity results when compared to those obtained by
Hannel et al. (1988), where the antifungal activity was around 6 µg ml-1
using another
method. The treatment of invasive fungal infections caused by Cryptococcus spp. using
commercially available drugs such as AMB and FLZ has been limited especially because of
their toxicity associated with the emergence of resistant isolates, although this problem is
considered uncommon (Joseph-Horne et al. 1996; Lozano-Chiu et al. 1998; Sar et al. 2004).
The results here showed a decreasing profile related to the number of colony-forming
units (CFU) in response to increasing drug concentrations. Both CPO and AMB demonstrated
more pronounced antifungal capacity than FLZ (Fig. 3a,b). These results were expected, since
AMB is considered fungicidal against pathogenic yeasts (Pfaller et al. 2004; Barchiesi et al.
2005). Fluconazole showed a discrete reduction in CFU density within the range of drug
concentrations tested, as shown in Fig. 3c. These findings were also expected because this
drug is considered to have fungistatic action (Vensel 2002).
Peaks outside the pattern probably occurred because of agglomeration of yeasts,
although the microtiter plates were vigorously homogenized. This fact did not compromise
our data analysis. According to Castellon-Vogel and Menawat (2008), aggregation of yeasts is
a problem in using turbidimetric methods. Jin and Speers (1998) explained that it can occur
because of many factors, such as lectin-like cell–cell interactions, electrostatic interactions of
the fungal components and the presence of cell wall proteins.
Antifungal susceptibility testing has evolved rapidly during the last decade and has
now become a relevant clinical tool. Although CPO has shown slightly higher MIC and MFC
values than AMB against Cryptococcus spp., the absence of toxic effects and resistance
44
Oliveira, P.C. Padrão taxonômico, quimiotipagem e atividade antifúngica...
(Gupta and Skinner 2003; Myoung and Choi 2003; Niewerth et al. 2003) suggest its
pharmacological value. Although CPO exhibited excellent in vitro results, further in vivo
experiments are still required to consider this drug as a new and promising treatment option
for systemic mycoses such as cryptococcosis. These tests are being performed by our research
group.
Acknowledgements
We thank the National Scientific and Technological Development Council (CNPq) for
granting the fellowship, as well Federal University of Pernambuco (UFPE) for providing the
infrastructure to make this study possible.
References
Barchiesi, F., Spreghini, E., Tomassetti, S., Arzeni, D., Giannin, D. and Scalise, G. (2005)
Comparison of the fungicidal activities of caspofungin and amphotericin B against Candida
glabrata. Antimicrob Agents Chemother 49, 4989–4992.
Barnett, J.A., Paine, R.W. and Yarrow, D. (2000) Yeasts: Characteristics and Identification, 3
edn. Cambridge: Cambridge- University Press.
Biancalana, F.S.C., Telles, P.F.G., Lyra, L. and Zaninelli, A. (2008) Preanalytical conditions
for broth microdilution antifungal susceptibility of Microsporum spp. Mycoses 51, 313–317.
Castellon-Vogel, M.A. and Menawat, A.S. (2008) A method to disperse aggregates of a
flocculent yeast for photometric analysis. Biotechnol Prog 6, 135–141.
Clinical and Laboratory Standards Institute (CLSI). (2008a) Reference Method for Broth
Dilution Antifungal Susceptibility Testing of Filamentous Fungi: Approved Standard, 2nd
edn.
CLSI document M38-A2, Wayne, PA, USA: CLSI.
Clinical and Laboratory Standards Institute (CLSI). (2008b) Reference Method for Broth
Dilution Testing of Yeasts. Approved standard document M27-A3, Wayne, PA, USA: CLSI.
Cowen, L.E. and Steinbach, W.J. (2008) Minireviews: stress, drugs, and evolution: the role of
cellular signaling in fungal drug resistance. Eukaryot Cell 7, 747–764.
De Hoog, G.S., Guarro, J., Gene´, J. and Figueras, M.J. (2000) Atlas of Clinical Fungi. Reus,
Spain: Centraalbureau voor Schimmelcultures ⁄ Universitat Rovira I Virgili. p 1126.
45
Oliveira, P.C. Padrão taxonômico, quimiotipagem e atividade antifúngica...
Figueiredo, V.T., Santos, D.A., Resende, M.A. and Hamdan, J.S. (2007) Identification and in
vitro antifungal susceptibility testing of 200 clinical isolates of Candida spp. responsible for
fingernail infections. Mycopathologia 164, 27–33.
Gupta, A.K. (2001) Ciclopirox: an overview. Int J Dermatol 40, 305–310.
Gupta, A.K. and Skinner, A.R. (2003) Ciclopirox for the treatment of superficial fungal
infections: a review. Int J Dermatol 42, 3–9.
Hannel, H., Roether, W. and Dittmar, W. (1988) Evaluation of the fungicidal action of in vitro
and in a skin model considering the influence of penetration kinetics on various standards
antimycotics. Ann N Y Acad Sci 544, 329–337.
Jin, Y.-L. and Speers, R.A. (1998) Flocculation of Saccharomyces cerevisiae. Food Res Int
31, 421–440.
Joseph-Horne, T., Loeffler, R.S.T., Hollomon, D.W. and Kelly, S.L. (1996) Amphotericin B
resistant isolates of Cryptococcus neoformans without alteration in sterol biosynthesis. J med
vet Mycol 34, 223–225.
Lozano-Chiu, M., Paetznick, V.L., Ghannoum, M.A. and Rex, J.H. (1998) Detection of
resistance to amphotericin B among Cryptococcus neoformans clinical isolates: performances
of three different media assessed by using E-test and National Committee for Clinical
Laboratory Standards M27-A methodologies. J Clin Microbiol 36, 2817–2822.
Mattos, S.L., Mattos, M., Nakanishi, C.P., Almeida, J.R.P. and Romiti, N. (2006) Case report
disseminated cutaneous cryptococcosis in a patient with AIDS. Rev Inst Med Trop Sao Paulo
48, 353–358.
Myoung, Y. and Choi, H. (2003) Permeation of Ciclopirox across porcine hoof membrane:
effect of pressure sensitive adhesives and vehicles. Eur J Pharm Sci 20, 319–325.
Niewerth, M., Kunze, D., Seibold, M., Shaller, M., Korting, H.C. and Hubel, B. (2003)
Ciclopirox Olamine treatment affects the expression pattern of Candida albicans genes
encoding virulence factors, iron metabolism proteins, and drug resistance factors. Antimicrob
Agents Chemother 47, 1805–1817.
Perfect, J.R. and Cox, G.M. (1999) Drug resistance in Cryptococcus neoformans. Drug Resist
Updat 2, 259–269.
Pfaller, M.A., Sheehan, D.J. and Rex, J.H. (2004) Determination of fungicidal activities
against yeasts and molds: lessons learned from bactericidal testing and the need for
standardization. Clin Microbiol Rev 17, 268–280.
Sabatelli, F., Patel, R., Mann, P.A., Mendrick, C.A., Norris, C.C., Hare, R., Loebenberg, D.,
Black, T.A. et al. (2006) In vitro activities of posaconazole, Fluconazole, Itraconazole,
46
Oliveira, P.C. Padrão taxonômico, quimiotipagem e atividade antifúngica...
voriconazole, and amphotericin B against a large collection of clinically important molds and
yeast. Antimicrob Agents Chemother 50, 2009–2015.
Sar, B., Monchy, D., Vann, M., Keo, C., Sarthou, J.L. and Buisson, Y. (2004) Increasing in
vitro resistance to fluconazole in Cryptococcus neoformans Cambodian isolates. J Antimicrob
Chemother 54, 563–565.
Sherf, A.F. (1943) A method for maintaining Phytomonas sepedomica for long periods
without transferance. Phytopathology 3, 30–32.
Souza, L.K.H., Fernandes, O.F.L., Kobayashi, C.C.B.A., Passos, X.S., Costa, C.R., Lemos,
J.A., Souza- Junior, A.H. and Silva, M.R.R. (2005) Antifungal susceptibilities of clinical and
environmental isolates of Cryptococcus neoformans in Goiaˆnia city, Goia´ s, Brazil. Rev Inst
Med Trop Sao Paulo 47, 253–256.
Vensel, T.D.H. (2002) Fluconazole: a valuable fungistatic. Prim Care Update Ob Gyns 9,
181–183.
Walash, M.I., Rizk, M.S., Eid, M.B. and Fathy, M.S. (2006) Spectrofluorimetric
determination of ciclopirox olamine via ternary complex with Tb(III) and EDTA. Acta Pharm
56, 431–440.
47
Oliveira, P.C. Padrão taxonômico, quimiotipagem e atividade antifúngica...
3. In vitro antifungal activity of the naphtoquinone β-lapachone
against clinical isolates of Cryptococcus neoformans.
Patrícia C. Oliveiraa, Caroline S.Q. Medeiros
a, Henrique John Pereira Neves
d, *José V. Lima-
Filhob, Celso A. Camara
c, Reginaldo G. Lima-Neto
a, Danielle P. C. Macêdo
a and Rejane P.
Nevesa*
ABSTRACT
In order to evaluate new therapeutic options against cryptococcosis, the naphthoquinone beta-
lapachone was tested in vitro against sixteen isolates of Cryptococcus neoformans obtained
from immunocompromised patients. The antifungal activity of β-lapachone was tested
against Cryptococcus spp. obtained from the CSF of immunocompromised patients, using
amphotericin B and fluconazole as controls. The minimal inhibitory concentration was
determined following the microdilution method indicated by the Clinical and Laboratory
Standards Institute. The minimal fungicide concentration was determined by the absence of
growth on Sabouraud dextrose agar. The data obtained showed that antifungal activity of β-
lapachone ranged from 4 to 8 µg mL-1
whereas the MICs for Amphotericin B and Fluconazole
ranged from 0.06 to 1 µg mL-1
, and 0.5 to 32 µg mL-1
, respectively. Despite of some
variability in resistance among C. neoformans isolates is possibly according to fungal strain,
the present data suggest that smaller dosages of β-LAP could be quite effective on treatments
against the disease, and perhaps abrogate toxicity. The in vitro antifungal activity of β-
lapachone against Cryptococcus neoformans and its use as a novel antifungal drug is
discussed.
Keywords: antifungal susceptibility, Cryptococcus neoformans, β-lapachone, Tabebuia
impetiginosa.
Artigo a ser submetido a revista Journal of Microbiology, 2011
48
Oliveira, P.C. Padrão taxonômico, quimiotipagem e atividade antifúngica...
Introduction
The yeast Cryptococcus neoformans is recognized as the main etiological agent of human
cryptococcosis. Furthermore, the organism widespread is more common in
immunocompromissed hosts such as AIDS patients, whom disseminated cryptococcosis has
been increasingly reported (Bernal-Martinez et al., 2010). At the present time, treatment
against the disease is based on antifungal agents, for example amphotericin B associated or
not to flucytosine, followed by maintenance therapy with fluconazole, including long-term
and suppressive regimens (Almeida et al., 2007). However, in many developing countries like
Brazil, the unrestricted availability of antifungal agents besides blind empiric prescribing
practices contribute to spread of fungal resistance, and failure during treatment against
cryptococcosis, especially under fluconazole therapy (Archilbald et al., 2004; Kantarcioglu
and Yucel 2002; Chandenier et al., 2004; Pfaller et al., 2005). In addition, because of the high
cost of eligible new drugs, treatments based on folk medicine have increased in the last years.
β-lapachone (β-LAP) is a synthetic derivative from naturally occurring lapachol
obtained from the bark of lapacho tree (Tabebuia impetiginosa; Bignoniaceae family). This
naphtoquinone is known for more than 40 years and has been reported by its wide range of
pharmacological properties, including anticancer and anti-inflammatory properties (Cunha-
filho et al., 2005; Moon et al., 2007). Old studies have shown in vitro antifungal activity of β-
LAP against C. neoformans strains, but such assays were conducted by non-standardized
methods (D’Albuquerque 1968; Giraud et al. 1994). Recently we have shown daily i.v.
inoculums of β-LAP (10 mg/Kg) to dexamethasone-immunossupressed Swiss mice were not
remarkably toxic, and decreased the C. neoformans burden in lungs and in the brain, similarly
to amphotericin B, 14 days post-infection (Medeiros et al., 2010).
In the present study, the minimum inhibitory concentration of β-lapachone against
sixteen C. neoformans isolates obtained from the cerebrospinal fluid of immunocompromised
49
Oliveira, P.C. Padrão taxonômico, quimiotipagem e atividade antifúngica...
patients was determinate through CLSI reference method. The potential of β-LAP on
management of cryptococcosis is discussed.
Materials and Methods
Yeast strains and inoculum preparation
Sixteen C. neoformans strains were obtained from the cerebrospinal fluid (CSF) of
immunocompromised patients. Pure cultures were identified taxonomically according to
Barnett et al. (2000) and De Hoog et al. (2000). The isolates were cultured on a tube
containing 20 mL of Sabouraud Dextrose Agar (SDA) plus chloramphenicol (50 mg ml-1
) at
30°C for two days. Then, suspensions of C. neoformans were prepared in sterile physiological
solution (0.85%), maintained at 35°C and then mixed in a rotator shaker for five minutes. The
inoculum was adjusted to 90% transmittance, which corresponds to 1–5 x 106 cels mL
-1
measured in spectrophotometer.
Antifungal agents
Beta-lapachone (β-LAP) was synthesized from lapachol derived from the bark of T.
impetiginosa using sulfuric acid, according to a method from Cavalcante et al. (2008). The
product was characterized by usual spectroscopic methods, including Hydrogen Nuclear
Magnetic Resonance (HNMR) and infrared spectroscopy (IR). The physicochemical
properties of beta-lapachone were evaluated chromatographically and through comparison of
the melting point of the product profile against a pure sample. The drug was dissolved in
dimethyl sulfoxide (DMSO; Gibco, Minas Gerais, Brazil) and stored at -20°C until use.
Amphotericin B (AMB; Bristol-Myers Squibb, Co., Brazil) and Fluconazole (FLZ; Pfizer,
Brasil) were used as comparator drugs. These drug solutions were prepared in DMSO and
distilled water, respectively.
50
Oliveira, P.C. Padrão taxonômico, quimiotipagem e atividade antifúngica...
In vitro antifungal susceptibility test
Antifungal susceptibility tests were carried out by the microdilution technique, and set up
according to Clinical and Laboratory Standards Institute (CLSI) standard method (CLSI,
2008). Stock solutions of β-LAP were serially diluted in Roswell Park Memorial Institute
media (RPMI-1640) buffered with 4-Morpholinepropanesulfonic acid (MOPS) (Sigma-
Aldrich-USA).
The antifungal agent’s concentrations ranged from 0.125 μg mL-1
to 64 μg mL-1
for β-
LAP; 0.03 μg mL-1
to 16 μg mL-1
for AMB, and 0.125 μg mL-1
to 64 μg mL-1
for FLZ. The
microdilution plates were incubated at 35ºC and fungal growth was checked daily until 72h.
Candida parapsilosis ATTC 22019 and C. krusei ATCC 6528 were used as quality controls.
All tests were performed in duplicate. The endpoint readings were performed visually based
on comparison between fungal growth in wells containing β-LAP and growth in wells
containing no drugs or AMB and FLZ.
The MICs for AMB and FLZ were analyzed according to those concentrations able to
induce 100% and 50% of fungal growth inhibition, respectively (CLSI, 2008). The MIC for ß-
lapachone was defined by those concentrations able to induce 100% of fungal growth
inhibition.
Results
Our data showed β-LAP carries a good antifungal activity against C. neoformans strains with
MIC values ranging from 4 μg mL-1
and 8 μg mL-1
. In addition, most of yeast isolates were
inhibited at the lower concentration of 4 μg mL-1
whereas MIC values for AMB and FLZ
ranged from 0.06 μg mL-1
to 1μg mL-1
and 0.5 μg mL-1
to 32 μg mL-1
respectively. The
results of the antifungal activity measured visually are described in Fig. 4.
51
Oliveira, P.C. Padrão taxonômico, quimiotipagem e atividade antifúngica...
Figure 4. In vitro susceptibility of Cryptococcus neoformans to β-lapachone ( ) in
comparison to amphotericin B ( ) and fluconazole ( .)
Discussion
In contrast to the present data, previous reports showed MIC for β- LAP ranged from < 1 µg
mL-1
to ≤ 50 μg/mL against C. neoformans (Giraud et al., 1994; Tandon et al., 2004). On the
other hand, D'AIbuquerque reported β-LAP was inactive against Cryptococcus strains
(D’Albuquerque, 1968). Since these studies were conducted by non-reference methods, we
attribute such contradictory results to differences on experimental protocols, particularly the
media which could inactivate the assayed molecules.
Although the mechanisms of action of β-LAP against fungal cells remain unclear, its
effect as inhibitor of cell electron transport and DNA topoisomerase is well known (Howland,
1963). Beta-lapachone also induces an increase in contents of superoxide anions and
hydrogen peroxides promoting cytotoxicity to T. cruzi (Salas et al., 2008). However,
development of new antifungal drugs has been limited by toxicity, as observed for polyenes
used to treat invasive fungal infections (Moraes et al., 2003). Old studies have shown DL50 of
80 mg/kg for β-LAP in rats, but oral daily inoculums of 2 mg/Kg were not lethal to dogs
52
Oliveira, P.C. Padrão taxonômico, quimiotipagem e atividade antifúngica...
(Santana et al., 1968). Moreover, we have shown that β-LAP was not highly toxic to
immunossupressed Swiss mice at 10 mg/Kg and reduced the C. neoformans burden in target
organs (Medeiros et al., 2010).
In conclusion, despite of some variability in resistance among C. neoformans isolates
is possibly according to fungal strain, the present data suggest that smaller dosages of β-LAP
could be quite effective on treatments against the disease and perhaps abrogate toxicity
through nanoparticles formulations which provide excellent drug stability and effectiveness in
antifungal activity without relevant toxicity.
Acknowledgements
This work was funded by CNPq (Brazilian Council of Research) and RENNEBRA
(Collection Culture Net of North and Northeast regions of Brazil). Prof. Lima-Filho thank to
PET/MEC/SESu for Scholarship support.
References
Almeida, A.M.F., Matsumoto, M.T., Baeza, L.C., Silva, R.B.O., Kleiner, A.A.P., Melhem,
M.S.C. and Giannini, J.S.M. 2007. Molecular typing and antifungal susceptibility of
clinical sequential isolates of Cryptococcus neoformans from São Paulo State, Brazil.
FEMS Yeast Res 7, 152-164.
Archilbald, L.K., Tuohy, M.J., Wilson, D.A., Nwanyanwu, O., Kazembe, P.N.,
Tansuphasawadikul, S., Eampokalap, B., Chaovavanich, A., Reller, L.B., Jarvis, W.L.,
Hall JS and Procop GW. 2004. Antifungal susceptibilities of Cryptococcus neoformans.
Emerg Infect Dis 10, 143-145.
Barnett, J.A., Paine, R.W. and Yarrow, D. 2000. Yeasts: Characteristics and Identification. 3
edn. Cambridge: Cambridge University Press.
Bernal-Martinez, L., Gomez-Lopez, A., Castelli, M.V., Mesa-Arango, A.C., Zaragoza, O.,
Rodriguez-Tudela, J.L. and Cuenca-Estrella, M. 2010. Susceptibility profile of clinical
isolates of non-Cryptococcus neoformans/non-Cryptococcus gattii Cryptococcus species
and literature review. Med Mycol 48, 90-6.
53
Oliveira, P.C. Padrão taxonômico, quimiotipagem e atividade antifúngica...
Cavalcante, F.A., Silva, J.L.V., Carvalho, V.M.N., Camara, C.A., Silva, T.M., Pinto, A.C.,
Vargas, M.D. and Silvia, B.A. 2008. Spasmolytic activity of lapachol and its derivatives,
alpha and beta-lapachone, on the guinea-pig ileum involves blockade of voltage-gated
calcium channels. Rev Bras Farm 18,183-189.
Chandenier, J., Adou-Bryn, K.D., Douchet, C., Sar, B., Kombila, M., Swinne, D., Thérizol-
Ferly, M., Buisson, Y., Richard-Lenoble, D. 2004. In vitro activity of amphotericin B,
fluconazole and voriconazole against 162 Cryptococcus neoformans isolates from África
and Cambodia. Eur J Clin Microbiol Infect Dis 23, 506-508.
Clinical and Laboratory Standards Institute (CLSI). 2008. Reference method for broth dilution
Antifungal susceptibility testing of yeasts: Approved standard 3rd edn M27-A3, CLSI,
Wayne, PA, USA, CLSI.
Cunha-Filho, M.S.S., Alves, F.C., Alves, G.M.C., Monteiro, D.B., Medeiros, F.P.M. and
Neto, P.J.R. 2005. Beta-lapachona: desenvolvimento e validação de metodologia analítica
para nova alternativa terapêutica antineoplásica. Rev Bras Farm 86, 39-43.
Cunha-Filho, M.S.S., Dacunha-Marinho, B., Torres-Labandeira, J.J., Martínez-Pacheco, R.
and Landín, M. 2007. Characterization of β-Lapachone and Methylated β-Cyclodextrin
Solid-state System. AAPS PharmSciTech 8, E1-10.
D’Albuquerque IL. (1968) Thermoreaction of 2-hydroxy-3-(methyl-2-butenyl)-1,4-
naphthoquinone. Rev Inst Antib 1968 8, 73-88.
De Hoog, G.S., Guarro, J., Gené, J. and Figueras, M.J. (2000) Atlas of Clinical Fungi.
Centraalbureau voor Schimmelcultures/ Universitat Rovira I Virgili,1126p.
Giraud, P., Steiman, R., Campos-Takaki, G.M., Seigle-Murandi, F. and Buochberg, M.S.
(1994) Comparasion of antibacterial and antifungal activities of lapachol and β-
lapachone. Planta Med 60, 373-374.
Howland JL. (1963) The reversibility of inhibition by 2-heptyl-4-hydroxyquinoline-n-oxide
and 2-hydroxy-3(3-methylbutyl)-1,4- naphthoquinone of succinate oxidation. Biochim
Biophys Acta 73, 665-667.
Kantarcioglu AS and Yucel A. (2002) A flucytosine-resitant Cryptococcus neoformans
(serotype D) strain isolated in Turkey from cutaneous lesions. Med Mycol 40, 519-523.
Medeiros, C.S.Q., Lima-Filho, J.V., Oliveira, P. C., Andrade, S.L., Leal, A.F.G., Camara,
C.A. and Neves, R. P. (2010) Antifungal activity of beta-lapachone against disseminated
infection by Cryptococcus neoformans var. neoformans strain 5811 on
immunosuppressed Swiss mice. Braz J Med Biol Res 43, 345-349.
54
Oliveira, P.C. Padrão taxonômico, quimiotipagem e atividade antifúngica...
Moon, D.O., Choi, Y.H., Kim, N.D., Park, Y.M. and Kim, G.Y. (2007)Anti-inflammatory
effects of beta-lapachone in lipopolysaccharidestimulated BV2 microglia. Int
Immunopharmacol 7, 506-514.
Moraes, E.M.P., Prímola, N.S. and Hamdan, J.S. (2003) Antifungal susceptibility of clinical
and environmental isolates of Cryptococcus neoformans to four antifungal drugs
determined by two techniques. Mycoses 46:164-168.
Pfaller, M.A., Messer, S.A., Boyken, L., Rice, C., Tendolkar, S., Hollis, R.J. Doern, G. V. and
Diekema D.J. (2005) Global trends in the antifungal susceptibility of Cryptococcus
neoformans (1990 to 2004). J Clin Microbiol 43, 2163-2167.
Salas, C., Tapia, R.A., Ciudad, K., Armstrong, V., Orellana, M., Kemmerling, U., Ferreira, J.,
Maya, J.D. et al. (2008) Trypanosoma cruzi: activities of lapachol and alpha- and beta-
lapachone derivatives against epimastigote and trypomastigote forms. Bioorg Med Chem
16, 668-674.
Santana, C.F., Lima, O.G., D’Albuquerque IL, Lacerda, A.L. and Martins, D.G. (1968)
Observações sobre as propriedades antitumorais e toxicológicas do extrato do líber e de
alguns componentes do cerne do Pau d’arco (Tabebuia avellanedae). Rev Inst Antib 8,
89-94.
Tandon, V.K., Singh, R.V. and Yadav, D.B. (2004) Synthesis and evaluation of novel 1,4-
naphthoquinone derivatives as antiviral, antifungal and anticancer agents. Bioorg Med
Chem Lett 14, 2901-2904.
55
Oliveira, P.C. Padrão taxonômico, quimiotipagem e atividade antifúngica...
4. ANTIFUNGAL SUSCEPTIBILITY PROFILE OF CRYPTOCOCCUS
NEOFORMANS VARIETIES
*Patrícia Cariolano de OLIVEIRA(1); Caroline Sanuzi Quirino de MEDEIROS(1); Reginaldo
Gonçalves de LIMA-NETO(1); Suanni Lemos de ANDRADE (1); Maria Taciana de Lima Antunes
CORREIA (2); Solange Dornelas MESQUITA(2) & Rejane Pereira NEVES(1)
SUMMARY
The in vitro susceptibility profiles of Cryptococcus neoformans varieties to amphotericin B
(control drug), ciclopirox olamine and β-lapachone were evaluated using microdilution
methods, according to recommendations of the Clinical and Laboratory Standards Institute
(CLSI). The identification of different varieties was performed using L-canavanine-glycine-
bromothymol blue agar (CGB) medium. C. neoformans var. neoformans was identified in
50% of the samples. The minimum inhibitory concentration (MIC) expressed in µg/mL
ranged from 0.25 - 4 for amphotericin B; 0.125 – 1 for ciclopirox olamine and 4 - 8 for β-
lapachone. In the case of C. neoformans var. gattii, MIC values ranged from 0.25 - 4 for
amphotericin B, 0.25-1 for ciclopirox olamine, and 4 - 8 for β-lapachone. The minimum
fungicidal concentration of β-lapachone was 64 µg/mL. Our study demonstrated that
Cryptococcus neoformans strains were especially sensitive to ciclopirox olamine and β-
lapachone. These antifungal agents appear to improve the management of resistant
cryptococcal infections.
KEYWORDS: Antifungal agents; Cryptococcus neoformans; Susceptibility; Varieties;
ciclopirox olamine; β-lapachone
Artigo a ser submetido à revista Memórias do Instituto Oswaldo Cruz
56
Oliveira, P.C. Padrão taxonômico, quimiotipagem e atividade antifúngica...
INTRODUCTION
There has been a significant increase in morbidity and mortality due to systemic
mycoses6,9,22
, a consequence of the immuno-suppression associated with AIDS, cytotoxic, and
chemotherapeutic treatment2,13,21
. In particular, infections due to Cryptococcus neoformans, a
yeast found in the soil, usually in association with bird droppings3, can be life-threatening.
The fungus has been identified as the main pathogen causing subacute or chronic meningitis,
encephalitis and meningoencephalitis14,19
and is thought to be acquired by inhalation of an
infectious propagule 11
.
The fungus occurs as C. neoformans var. neoformans and C. gatti. Based on the
antigenic specificity of the capsular polysaccharide these varieties can further be divided into
four serotypes, namely A, D and AD (C. neoformans var neoformans) and serotypes B and C
(C. gattii)13,16
. Clinical resistance in C. neoformans is becoming a serious problem, and
minimum inhibitory concentrations (MICs) for some isolates can be high10
. Antifungal
susceptibility testing is of great importance and can be used to direct future drug discovery
and epidemiological investigations15
. The purpose of this study was to characterize the
antifungal susceptibility profile of these different Cryptococcus strains.
MATHERIALS AND METHODS
Thirty C. neoformans strains stocked at the URM Culture Collection (Department of
Mycology, Federal University of Pernambuco, Brazil) were selected and included in this
study. The stock samples preserved in mineral oil were reactivated in glycoside broth and then
transferred to slants containing Sabouraud agar plus yeast extract.
The C. neoformans isolates were identified by their colonial and cellular morphologies
and by their physiological and biochemical characteristics according to BARNETT et al.1 and
HOOG et al.8. The different varieties were distinguished in canavanine-glycine-bromothymol
57
Oliveira, P.C. Padrão taxonômico, quimiotipagem e atividade antifúngica...
blue agar (CGB) as proposed by KWON-CHUNG et al 12
. These isolates were sub-cultured
on Sabouraud dextrose agar (Difco) contained in Petri dishes 72 h prior the test.
The standard broth microdillution method recommended by the Clinical and
Laboratory Standards Institute 4 was used. Amphotericin B (Fungizone, Squibb, USA) and β-
lapachone were dissolved in dimethyl sulfoxide and ciclopirox olamine was dissolved in
distilled water. Further dilutions of each antifungal agent were prepared with RPMI 1640
medium (Sigma) containing L-glutamine without sodium bicarbonate, and buffered to pH 7.0
with 0.165M morpholinepropanesulfonic acid (MOPS) (Sigma). The suspension of yeast from
72-h-old cultures was prepared in sterile saline (0.85%) adjusted with a spectrophotometer to
a cell density of 0.5 McFarland standard at a wavelength of 530 nm. This suspension was
diluted at 1:50 followed by a 1:20 dilution in RPMI 1640 in order to obtain a final
concentration of 1 x 103 to 5 x 10
3 CFU/mL.
Microtitre plates were covered with 100 µL of different concentrations of the
antifungal agents and added to 100 µL of the yeast suspension. A final inoculum of 0.5 x 103
to 2.5 x 103 CFU/mL and the final concentrations of the antifungal agents ranged from 0.125
to 8 µg/mL for amphotericin B, 0.125 to 64 µg/mL for B-lapachone and 0.07 to 32 µg/mL for
ciclopirox olamine. These plates were incubated at 30ºC and read visually after 72 hours. The
MIC end points were defined for the tested drugs as the lowest concentration of drug which
resulted in a complete inhibition of visible growth, compared to that of a drug-free growth
control. All susceptibility tests were performed in triplicate by each antifungal agent.
Quality control organisms Candida parapsilosis ATCC 22019 and C. krusei 6528
were included on each day of testing to check the accuracy of the drug dilutions and the
reproducibility of the results. The purity and viability of all tested organisms were checked
sub-culturing the inoculum suspension in Sabouraud dextrose agar (Difco).
58
Oliveira, P.C. Padrão taxonômico, quimiotipagem e atividade antifúngica...
RESULTS AND DISCUSSION
The stocked yeasts strains at the URM Culture Collection were viable regardless their
length of preservation, presenting growth when transferred from glycoside broth to
Sabouraud agar plus yeast extract. All stocked yeasts strains had morphological features that
corresponded to the species previously identified.
C. neoformans var. neoformans was identified in 50% of the samples. The MIC
(µg/mL) ranged from 0.25 - 4 for amphotericin B; 0.125 - 1 for ciclopirox olamine and 4 - 8
for β-lapachone. C. gattii showed MIC values ranging from 0.25 - 4 (amphotericin B), 0.25-1
(ciclopirox olamine), and 4 - 8 (β-lapachone). The minimum fungicidal concentration of β-
lapachone was 64 µg/mL.
All the tested C. neoformans strains showed high sensitivity to ciclopirox olamine and
correspondingly lower MIC values in comparison with amphotericin B. The MIC values of β-
lapachone were higher than the other drugs. However, as the breakpoint susceptibility values
have not yet been proposed by the CLSI M27-A212
for C. neoformans, the sensitivity was
considered to be ≤ 64 µg/mL. Tandon et al20
observed C. neoformans strains sensitive to 1.4-
naphtoquinone derivatives that had MIC values ≤ 50 μg/mL. Others authors7 have reported
the susceptibility to β-lapachone as MIC ≤ 1 µg/mL, but they did not state a reference method.
Previous studies have demonstrated that most recurrences of cryptococcal meningitis
during therapy were due to persistence of the original infecting strains together with a
decrease in drug susceptibility18
. In this study, we detected four isolates resistant to
amphotericin B (three gattii variety isolates and one neoformans variety) which were still
sensitive to ciclopirox olamine .
The two varieties of C. neoformans have traditionally been recognized on the basis of
ecological, epidemiological, physiological, and genetic variabilities. However, recently, a
third variety, C. neoformans var. grubii, has been described among serotype A isolates.
59
Oliveira, P.C. Padrão taxonômico, quimiotipagem e atividade antifúngica...
Moreover, other molecular studies have suggested that serotype A comprises more than a
single variety 5,13
.
Although all the tested isolates were sensitive to antifungal agents, C. gattii isolates
exhibited relatively higher MIC values than C. neoformans var. neoformans. Interestingly,
infections due to C. gattii often require prolonged antifungal therapy17
.
The data presented in this study represent the first test to verify simultaneously the
effectiveness of amphotericin B, ciclopirox olamine and β-lapachone against C. neoformans
isolates. As noted, optimal results were obtained, particularly those with ciclopirox olamine,
using a reference method. However, β-lapachone showed good antifungal activity, confirming
this drug as a potent alternative against cryptococcosis.
ACKNOWLEDGEMENTS
This work was financially supported by CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento
Científico e Tecnológico) and RENNEBRA (Rede de Coleções de Culturas de
Microrganismos do Norte e Nordeste do Brasil). The authors thanks Dr. David Busfield for
the careful reading and editing of the manuscript.
60
Oliveira, P.C. Padrão taxonômico, quimiotipagem e atividade antifúngica...
REFERENCES
1.BARNETT, J.A.; PAYNE, R.W. & YARROW, D. Yeast: characteristics and identification. 3 ed.
Cambridge: University Press, 2000, 1139p.
2.BOEKHOUT, T.; THEELAN, B.; DIAS, M.; FELL, J.W.; HOP, W.C.J.; ABELN, C.A.; DROMER,
F. & MEYER, W. Hybrid genotypes in the pathogenic yeast Cryptococcus neoformans.
Microbiology, 147:891-907, 2001.
3.CASALI, A.K.; GOULART, L.; ROSA, L.K.S.; RIBEIRO, A.M.; AMARAL, A.A.; ALVES, S.H.;
SHRANK, A.; MEYER, W. & VAINSTEIN, M.H. Molecular typing of clinical and
environmental Cryptococcus neoformans in the Brazilian state Rio Grande do Sul. FEMS Yeast Res.,
3:405-415, 2003.
4.CLINICAL AND LABORATORY STANDARDS INSTITUTE. Reference method for broth
dilution testing of yeasts: Approved standard-second edition M27-A2. CLSI, Wayne, PA, U.S.A.,
2005.
5.DIAZ, M.R.; BOEKHOUT, T.; THEELAN, B. & FELL, J.W. Molecular sequence analyses of the
intergenic spacer (IGS) associated with rDNA of two varieties of the pathogenic yeast Cryptococcus
neoformans. Syst. Appl. Microbiol., 23:535-545, 2000.
6.DINATO, S.L.M; DINATO, M.M.; NAKANISHI, C.P.; ALMEIDA, J.R.P. & ROMITI, N.
Disseminated cutaneous cryptococcosis in a patient with AIDS. Rev. Inst. Med. Trop., 48(6):353-
358, 2006.
7.GUIRAUD, P.; STEIMAN, R.; CAMPOS-TAKAKI, G.; SEIGLE-MURANDI, F. & SIMEON,
B.M. Comparasion of antibacterial and antifungal activities of lapachol and beta-lapachone. Planta
Med., 60:373-374, 1994.
8. HOOG, G.S., GUARRO, J., GENÉ, J. & FIGUERAS, M.J. Atlas of Clinical Fungi.
Centraalbureau voor Schimmelcultures/ Universitat Rovira I Virgili, 2000, 1126p.
9. JAIN, N.; WICKES, B.L.; KELLER, S.M.; FU, J.; CASADEVALL, A.; JAIN, P.; RAGAN, M.A.;
BANERJEE, U. & FRIES, C. Molecular epidemiology of clinical Cryptococcus neoformans strains
from India. J. Clin. Microbiol., 43(11):5733-5742, 2005.
10.KIRKPATRICK, W.R.; MCATEE, R.K.; REVANKAR, S.G.; FOTHERGILL, A.W.;
MCCARTHY, D.I.; RINALDI, M.G. & PATTERSON, T.F. Comparative evaluation of National
Committee for Clinical Laboratory Standards Broth Macrodilution and agar dilution screening
methods for testing fluconazole susceptibility of Cryptococcus neoformans. J. Clin. Microbiol, 36(5):
1330-1332, 1998.
11.KOMMERS, G.D.; SOUZA, T.M.; SOUTO, M.A.M.; CORTE, F.D. & BARROS, C.S.L.
Granulomatous cryptococcal pneumonia in a hose. Cienc. Rural, 35(4):938-940, 2005.
12.KWON-CHUNG, K.J.; POLACHECK, I. & BENNETT, J.E. Improved diagnostic medium for
separation of Cryptococcus neoformans var. neoformans (serotypes A and D) and Cryptococcus
neoformans var. gatti (serotypes B and C). J. Clin. Microbiol., 15:535-537, 1982.
13.NISHIKAWA, M.M.; LAZERA, M.S.; BARBOSA, G.G.; TRILLES, L.; BALASSIANO, B.R.;
MACEDO, R.C. L.; BEZERRA, C.C.F.; PEREZ, M.A.; CARDARELLI, P. & WANKE, B.
61
Oliveira, P.C. Padrão taxonômico, quimiotipagem e atividade antifúngica...
Serotyping of 467 Cryptococcus neoformans Isolates from Clinical and Environmental Sources in
Brazil: Analysis of Host and Regional Patterns. J. Clin. Microbiol., 41:73–77, 2003.
14.PAPPALARDO, M.C.S.M. & MELHEM, M.S.C. Cryptococcosis: a review of the Brazilian
experience for the disease. Rev. Inst. Med. Trop., 45:299-305, 2003.
15.REX, J.H.; PFALLER, M.A.; WALSH, T.J.; CHATURVEDI, V.; ESPINEL-INGROFF, A.;
GHANNOUM, M.A.; GOSEY, L.L.; ODDS, F.C.; RINALDI, M.G.; SHEEHAN, D.J. &
WARNOCK, D.W. Antifungal Susceptibility Testing: Practical Aspects and Current Challenges. Clin.
Microbiol. Rev., 14(4):643-658, 2001.
16.SILVA, P.R.; RABELO , R.A.S.; TERRA, A.P.S.; TEIXEIRA, D.N.S. Susceptibility to antifungal
agents among Cryptococcus neoformans varieties isolated from patients at a university hospital. Rev.
Soc. Bras. Med. Trop., 41(2):158-162, 2008.
17. SOARES, M.C.B.; PAULA, C.B; DIAS, A.L.T.; CASEIRO, M.M. & COSTA, S.O.P.
Environmental strains of Cryptococcus neoformans variety grubii in the city of Santos, SP, Brazil.
Rev. Inst. Med. Trop. S. Paulo, 47: 31-36, 2005.
18. SOUZA, L.K.H.; FERNANDES, O.F.L.; KOBAYASHI, C.C.B.A.; PASSOS, X.S.; COSTA, C.R.;
LEMOS, J.A.; SOUZA- JUNIOR, A.H. & SILVA, M..R.R. (2005). Antifungal susceptibilities of
clinical and environmental isolates of Cryptococcus neoformans in Goiânia city, Goiás, Brazil. Rev.
Inst. Med. Trop., 47, 253-256, 2005.
19. SUBRAMANIAN, S. & MATHAI, D. Clinical manifestations and management of cryptococcal
infection. J. Postgrad. Med., 51(1): S21-6, 2005.
20. TANDON, V.K.; SINGH, R.V. & YADAV, D.B. Synthesis and evaluation of novel 1,4-
naphthoquinone derivatives as antiviral, antifungal and anticancer agents., 14:2901-2904, 2004.
21. URBINI, B.; CASTELLINI, C.; RONDELLI, R.; PRETE, A.; PIERINELLI, S. & PESSION, A.
Cryptococcal meningitis during front-line chemotherapy for acute lymphoblastic leukemia.
Haematologica 85:1103-1104, 2000.
22. VILCHEZ, R.A.; FUNG, J.; KUSNE, S. Cryptococosis in a organ transplant recipients: an
overview. Am. J. Tranplant., 2:575-580, 2002.
62
Oliveira, P.C. Padrão taxonômico, quimiotipagem e atividade antifúngica...
5 CONCLUSÕES GERAIS
Com base nos resultados obtidos foi possível concluir:
Culturas estocadas sob óleo mineral mantêm sua viabilidade e características
taxonômicas típicas.
O líquido cefalorraquidiano é uma amostra clínica ideal para o diagnóstico da
criptococose.
A pesquisa direta é indispensável no diagnóstico da criptococose.
O teste de aglutinação em partículas de látex auxilia no diagnóstico da criptococose.
Meningite por Cryptococcus neoformans ocorre na leucemia de células T do adulto
ocasionando óbito.
Na criptococose, há predominância do sexo masculino e da faixa etária de 25 a 46
anos.
Adulto jovem apresenta criptococose com mau prognóstico.
A AIDS é o fator de risco predominante para criptococose, a qual apresenta alta
morbidade e mortalidade.
Meningoencefalite é a principal manifestação clínica da criptococose
C. neoformans var. gatti apresenta maior resistência antifúngica e concentração
inibitória mínima que C. neoformans var. neoformans.
A utilização de um método padronizado e reprodutível facilita a comparação entre
diferentes antifúngicos testados e entre as diferentes concentrações inibitórias
mínimas.
Isolados de Cryptococcus neoformans apresentam resistência a anfotericina B;
Amostras recém isoladas e estocadas são sensíveis a ciclopirox olamina nas
concentrações de 0,125 µg/mL a 1 µg/mL.
Ciclopirox olamina é in vitro a droga mais efetiva contra C. neoformans do que β-
lapachona e anfotericina B.
β-lapachona é fungistática nas concentrações de 4 µg/mL e 8 µg/mL e fungicida na
concentração de 64 µg/mL.
Ciclopirox olamina e β-lapachona podem representar uma nova alternativa terapêutica
para criptococose.
Esta é a primeira vez que se faz relação simultânea entre a susceptibilidade
antifúngica de ciclopirox olamina, β-lapachona e anfotericina B.