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PatrocinadoresBanco do Nordeste do Brasil S.A (BNB)Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Nordeste do Brasil (Camed)Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Nordeste do Brasil (Capef )

conselho deliberativoRobério Gress do Vale – Presidente Edgar Arilo Saldanha Fontenele – Vice-Presidente Cláudio Vasconcelos Frota Raimundo Lourival de LimaMiguel Nóbrega NetoAílton Carvalho dos Santos

conselho FiscalJosé Andrade CostaJosé Ferreira ChagasTarcílio Batista de Mesquita – PresidenteTomaz de Aquino e Silva Filho – Vice-presidente

diretoria executivaFrancisco José Araújo Bezerra – Diretor-PresidenteJosé Jurandir Bastos Mesquita – Diretor de Administração e InvestimentosRômulo Pereira Amaro – Diretor de Previdência

ouvidoriaZilana Melo Ribeiro

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aPresentação

A prestação de contas é mais um compromisso da Capef com seus Participantes. A Entidade formaliza esse segmento de atuação com a publicação do Relatório Anual de Atividades 2008, que divulga, além dos documentos obrigatórios, exigidos pela legislação, os demais resultados e ações de destaque ocorridas durante o ano.

Dentre as ações realizadas em 2008, destacaram-se a gestão dos recursos, a rentabilidade alcançada, ações e reestruturações implementadas internamente e as melhorias introduzidas nos serviços ofertados e nos canais de atendimento aos Participantes.

Este ano, a novidade vem estampada nas páginas deste Relatório, com toda a tiragem impressa em papel reciclado. A Capef acredita que a responsabilidade social começa a partir de pequenas iniciativas que gerem respeito ao bem-estar social e ao meio ambiente.

Fique por dentro do que acontece na sua Caixa de Previdência, e boa leitura!

canais de comunicaçãoCENTRAL DE RELACIONAMENTOTelefone: (85) 0800 9705775Fax: (85) 4008 5710E-mail: [email protected]ço: Av. Santos Dumont, 771, Bairro CentroCEP 60150-160 Fortaleza-CE.Website: www.capef.com.br

OUVIDORIAE-mail: [email protected]

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sumário

Mensagem da Diretoria .............................................................................................................................................................. 9Linha do Tempo ............................................................................................................................................................................. 10Capef em Foco ............................................................................................................................................................................... 12Gestão Corporativa ....................................................................................................................................................................... 16Gestão do Plano Previdenciário ............................................................................................................................................... 21Gestão de Investimentos ............................................................................................................................................................ 24Demonstrativo de Investimentos ............................................................................................................................................ 25Comparação com o Segmento de Previdência .................................................................................................................. 27Demonstrações Contábeis ........................................................................................................................................................ 31Pareceres .......................................................................................................................................................................................... 33Sumário da Política de Investimentos 2009 ........................................................................................................................ 45

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Relatório Anual 2008

mensagem da diretoria

Neste Relatório Anual de Atividades, temos a oportunidade de compartilhar com os Participantes e Beneficiários os caminhos trilhados, os desafios enfrentados, as ações promovidas e os resultados obtidos pela Capef no ano 2008.

Marcado pela crise financeira internacional e pelas frequentes oscilações do mercado, o ano 2008 foi sinônimo de instabilidade para os investidores institucionais.

Focada no cumprimento das suas obrigações futuras e no equilíbrio do Plano de Benefícios Definidos (Plano BD), a Capef manteve a prudência na gestão dos seus recursos, procurando preservar o bom desempenho dos investimentos e garantir a rentabilidade geral das carteiras.

Dentre as ações realizadas em 2008, merece destaque o aprimoramento dos veículos de comunicação e relacionamento com os Participantes, cujo ponto alto foi a criação da Ouvidoria, que tem a missão de melhor atender aos anseios do público-alvo da Capef.

Internamente, foram promovidas ações de governança, como o desenvolvimento de novos sistemas informatizados, mais seguros e confiáveis, e a adequação da estrutura organizacional às recomendações dos Controles Internos, privilegiando a segregação de funções e a clara definição das atribuições de todos os colaboradores e áreas da Capef.

No final de 2008, ocorreram ainda as mais significativas conquistas: a aprovação do Plano de Contribuição Variável (Plano CV) pelo Departamento de Coordenação e Controle das Empresas Estatais (DEST), restando apenas o parecer da Secretaria de Previdência Complementar (SPC) para o lançamento do novo Plano, que beneficiará, em um futuro próximo, os funcionários do BNB e da Capef; e a autorização das mudanças propostas no Regulamento de 2003 do Plano de Benefícios Definidos da Entidade.

Fruto de uma intensa e bem-sucedida articulação entre a Capef, a AABNB e o BNB, com a decisiva participação do presidente deste Banco, Dr. Roberto Smith e interveniência pessoal do ministro da Previdência Social, Dr. José Pimentel. Somada ao acúmulo de reservas, decorrente de uma administração eficiente dos investimentos, essa última medida possibilitou a redução da taxa de contribuição dos Participantes Assistidos.

Importante salientar que o Relatório Anual de Atividades é mais uma forma de divulgarmos as ações da atual gestão e o compromisso com os associados. Assim, convidamos os Participantes a fazerem uma atenta leitura de todas as informações contidas neste documento, como forma de conhecerem melhor a sua Caixa de Previdência.

A Diretoria

Francisco José Araújo BezerraDiretor-Presidente

José Jurandir Bastos MesquitaDiretor de Administração e Investimentos

Rômulo Pereira AmaroDiretor de Previdência

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Relatório Anual 2008

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RetRospectiva 2008

linha do temPo

Janeiro25 - Comemoração do Dia do Aposentado

FevereiroAmpliação das regras de empréstimosCriação do Comitê Gestor de Segurança Corporativa

Março13 - Parceria com o Instituto Nordeste Cidadania

Abril 15 - Criação da Ouvidoria Suspensão das prestações do EAP (abril, maio e junho)

Maio06 - Capef toma posse no Conselho Deliberativo da Abrapp

30 - 1º Encontro da Ouvidoria com os Participantes

20 - Início do recadastramento

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Relatório Anual 2008

linha do temPo

Julho 28 - Capef propõe alterações no Regulamento do Plano BD

Agosto18 - Lançamento do Concurso de Fotografia

SetembroCapef se adapta à IN nº 26SPC emite parecer favorável ao arquivamento de ação fiscal implementada na Capef

Outubro15 - Capef recebe Habite-se da nova sede

Dezembro04 e 05 - Seminário de Investimentos

28 - SPC aprova alterações no Regulamento do Plano BD

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Relatório Anual 2008

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caPeF em Foco

quem somos

Fundada no dia 8 de março de 1967, a Capef completou 41 anos de experiência na administração de planos de previdência complementar, classificando-se como o segundo maior fundo de pensão do Norte e Nordeste do país.

Seus Patrocinadores são o Banco do Nordeste do Brasil S.A. (BNB), na condição de Patrocinador Fundador, a Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Nordeste do Brasil (Camed) e a própria Capef.

Atualmente, a Capef administra um Plano de Previdência, na modalidade de Benefícios Definidos (Plano BD) e prepara um Plano de Contribuição Variável (Plano CV), para implantação em 2009, destinado inicialmente aos funcionários do BNB e da própria Capef.

PÚblico do Plano bd

PatrimÔnio

ranKing de investimentos

PÚBLICO DO PLANO BD (Dezembro/2008)

Categoria Quantidade

Participantes Ativos 2.427

Participantes Assistidos (aposentados) 3.524

Beneficiários Assistidos (pensionistas) 802

Total 6.753

Beneficiários Inscritos (dependentes) 9.262

Até dezembro de 2008, o público do Plano BD estava assim distribuído:

A Capef reuniu um Patrimônio de Investimentos no valor de R$ 1,966 bilhão até dezembro de 2008.

Segundo o ranking dos investimentos da revista Fundos de Pensão, publicação mensal da Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (ABRAPP), no final de 2008 a Capef ocupava a 31ª colocação entre as EFPCs do país.

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Relatório Anual 2008

MISSÃO

Contribuir para o bem-estar de seus Participantes e Beneficiários, por meio da administração de planos de previdência privada, com qualidade, ética e transparência, em parceria com seus Patrocinadores.

VALORES

Ética: Cria relações sólidas e transparentes, fundamentadas em valores expressos no código de ética, como legalidade e respeito, fortalecendo a imagem institucional da Entidade perante o mercado e a sociedade.

Transparência: Prima pela segurança, integridade e clareza na divulgação das informações dirigidas aos clientes internos e externos, deixando-os sempre esclarecidos e bem informados quanto à gestão do plano de benefícios, direitos e deveres.

Prudência: Toma decisões fundamentadas na análise critica das situações, processos ou problemas e na compreensão dos diversos fatores que afetam o negócio, demonstrando discernimento para dimensionar e administrar riscos.

Excelência: Atua de forma precisa e criteriosa, empregando os recursos com racionalização e sem desperdícios, atendendo aos padrões de desempenho esperados. Busca o aperfeiçoamento técnico e a criação de soluções inovadoras, promovendo novos caminhos para melhoria de processos e sistemas.

Gestão Compartilhada: Mobiliza a Entidade, o grupo e os interlocutores (associados e parceiros) mediante o estabelecimento de uma relação de confiança e de troca de informações que permita a descoberta de necessidades potenciais, a oferta de soluções integradas e competitivas e a tomada de decisões compartilhadas no negócio.

identidade corPorativa

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organograma

Conselho Deliberativo

Conselho Fiscal

Ouvidoria Auditoria Interna

Presidência

Diretoria de PrevidênciaDiretoria de

Administração eInvestimentos

Gerência de PrevidênciaGerência de

InvestimentosMobiliários

TesourariaGerência de Investimentos

Imobiliários e Operaçõescom Participantes

Gerência Administrativae Financeira

Gerência deDesenvolvimento

Institucional

Gerência deTecnologia da

Informação

Assessoria de EstudosAtuariais

OperaçõesPrevidenciárias

InvestimentosMobiliários

InvestimentosImobiliários

ControladoriaComunicação eMarketing

DesenvolvimentoInstitucional

Operações comParticipantes

AdministraçãoPatrimonial e

Logística

Administração dePessoal

Central deRelacionamentos

SuporteTecnológico

Desenvolvimentode Sistemas

Assessoria JurídicaAssessoria de Gestão de

Riscos e ControlesInternos

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Conselho Deliberativo

Conselho Fiscal

Ouvidoria Auditoria Interna

Presidência

Diretoria de PrevidênciaDiretoria de

Administração eInvestimentos

Gerência de PrevidênciaGerência de

InvestimentosMobiliários

TesourariaGerência de Investimentos

Imobiliários e Operaçõescom Participantes

Gerência Administrativae Financeira

Gerência deDesenvolvimento

Institucional

Gerência deTecnologia da

Informação

Assessoria de EstudosAtuariais

OperaçõesPrevidenciárias

InvestimentosMobiliários

InvestimentosImobiliários

ControladoriaComunicação eMarketing

DesenvolvimentoInstitucional

Operações comParticipantes

AdministraçãoPatrimonial e

Logística

Administração dePessoal

Central deRelacionamentos

SuporteTecnológico

Desenvolvimentode Sistemas

Assessoria JurídicaAssessoria de Gestão de

Riscos e ControlesInternos

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Relatório Anual 2008

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gestão corPorativa

governança corPorativa

O setor de previdência complementar no Brasil atravessou diversas mudanças ao longo dos anos, e os fundos de pensão tiveram que se adaptar às novas exigências de mercado.

Preocupada em preparar-se para enfrentar os desafios

Para construir condições mais satisfatórias de governança corporativa, a Capef revisou os riscos inerentes à sua atividade e implementou reestruturações organizacionais eficazes para minimizá-los.

Dentre as medidas adotadas, destacam-se a integração das áreas de Gestão de Riscos e Controles Internos, a segregação da Tesouraria e a remodelagem do processo de planejamento orçamentário

Gestão de Riscos e Controles InternosPor entender que a prática de Gestão de Riscos integrada pode assegurar controles mais eficazes e, consequentemente, níveis de risco e qualidade adequados aos resultados desejados, em outubro de 2008, a Capef integrou as atividades de Gestão de Riscos e Controles Internos, instituindo uma nova assessoria, com vinculação direta à Presidência.

O objetivo é mitigar eventuais riscos decorrentes das atividades de Gestão de Investimentos e de Gestão de Riscos serem subordinadas à mesma gerência, além de proteger o patrimônio e reduzir a probabilidade de insolvência do Plano BD da Capef.

A Assessoria de Gestão de Riscos e Controles Internos é responsável pela identificação, mensuração, mitigação e gestão de todos os riscos da Capef, de forma a reduzir volatilidades nos resultados, alinhar o processo decisório com objetivos estratégicos e maximizar os retornos aos Participantes, diferenciais relevantes na gestão da Entidade, pois garantem o alcance da meta atuarial e o aumento do patrimônio.

Segregação da TesourariaNessa mesma perspectiva, o Conselho Fiscal, após análise dos processos e pontos de controle da Gerência Administrativa e Financeira (Geraf ), recomendou que as atividades de custódia de ativos fossem segregadas daquelas de registro, por entender que a estrutura

adotada expunha a Capef a um nível de risco.

Subordinada à Diretoria de Administração e Investimentos, a Geraf concentrava a Célula de Administração Patrimonial e Logística e a de Controladoria, cujas responsabilidades envolviam atividades de suprimentos, contratação de serviços, administração de contratos, tesouraria e contabilidade.

Para mitigar os riscos identificados e garantir a eficiência operacional das áreas, a Tesouraria foi segregada da Geraf, passando a vincular-se diretamente à Diretoria de Administração e Investimentos. Considerando-se que na Tesouraria atua apenas um profissional e que sua diretoria não dispõe de tempo suficiente para a execução de atividades de conferência e validação, todos os seus processos foram mapeados e redesenhados, sendo implantados pontos de controle condizentes com os padrões exigidos pelos Controles Internos.

Gestão dos ProcessosEm 2008, também foram concluídas a modelagem e o mapeamento de processos da área de Previdência. O mapeamento destina-se ao desenho, documentação, revisão e aprimoramento dos procedimentos de negócios, visando estabelecer um padrão interno de execução e condução dos processos que facilite a identificação de indicadores de desempenho, bem como de inconsistências (lacunas ou retrabalhos).

O mapeamento possibilita, ainda, focar o modelo de operação nos processos que agregam valor para os Participantes e na redução de custos operacionais, contribuindo para o aumento da competitividade e dos resultados da Capef.

De acordo com o cronograma do projeto, os processos de todas as áreas da Capef serão mapeados e redesenhados até o final de 2010.

impostos por esse novo cenário, a Capef procurou aperfeiçoar o seu modelo de gestão, intensificando as práticas de análise de riscos e controles internos, a transparência nas operações, o relacionamento com Participantes e os investimentos em recursos humanos e em tecnologia da informação.

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relacionamento com ParticiPantes

Outra importante medida adotada envolvendo a área Administrativa e Financeira da Capef foi a mudança no processo de planejamento orçamentário do programa administrativo, gerado atualmente por centro de responsabilidade. A iniciativa visa proporcionar condições mais adequadas de gerenciamento do orçamento geral.

O orçamento do programa administrativo consiste em elencar todas as despesas essenciais ao bom funcionamento da Capef, sendo elaborado por cada unidade administrativa. A nova metodologia descentraliza o controle e gera indicadores de desempenho para medição dos resultados individuais por cada centro de responsabilidade e da Capef como um todo.

Ação Fiscal da SPC ratifica boas práticas de gestãoA cada período de cinco anos, a Secretaria de Previdência Complementar (SPC) fiscaliza as atividades de cada entidade fechada de previdência complementar, com o objetivo de assegurar que os respectivos patrimônios

sejam geridos de forma responsável.

No exercício de suas atribuições legais, a SPC implementou ação fiscal na Capef, no período de 21/05 a 31/08/2007, dando continuidade, no exercício de 2008, à análise do processo por meio de documentos encaminhados pela Entidade.

Coube à Auditoria Interna da Capef a coordenação, acompanhamento e envio dos documentos necessários para atendimento a todas as recomendações consignadas no relatório nº 004/2007/ESPE, emitido pela SPC. Referida ação fiscal teve como objetivo a verificação de procedimentos relacionados à gestão previdenciária e de investimentos, bem como das práticas de governança e controles internos. Em setembro/2008, com a finalização da avaliação do relatório, a SPC deu por encerrada a ação fiscal, emitindo parecer favorável ao seu arquivamento.

A Capef também avançou bastante no tocante ao relacio-namento com os Participantes, pautando suas ações numa maior aproximação com seu público e na transparência das informações e dos resultados.

Criação da OuvidoriaRatificando essa nova fase de relacionamento, mais estreita e propositiva, em abril a Capef implantou a Ouvidoria, outro eficiente canal de comunicação com os Participantes, acres-centando ao histórico da Entidade mais uma iniciativa de van-guarda. Considerada área de relevante atuação estratégica para con-solidar a boa imagem e a credibilidade institucional, a Ouvi-doria é a principal interface da Capef com os Participantes e a sociedade, tendo a função de receber e registrar problemas e impasses, propondo melhorias nos processos, benefícios e serviços ofertados. A criação da figura do ouvidor é fato recente nas EFPCs. Mas

devido à nature-za do negócio, que exige alto grau de credibi-lidade perante o público externo, a função torna-se fundamental para aumentar a efici-ência e transpa-rência da gestão. Desde a sua implantação, a Ouvidoria realizou encontros com os Participantes Ativos, Assistidos e Beneficiários em Forta-leza, Recife, Maceió, Aracaju e Salvador. Referidos encontros proporcionam a divulgação de informações e esclarecimen-tos sobre a Capef e a discussão de alternativas para o atendi-mento das principais demandas dos associados, estabelecen-do uma comunicação mais estreita e eficaz. O quadro abaixo traz um resumo das demandas atendidas pela Ouvidoria no período de abril a dezembro.

tipo deDemanda

Mesestotal

abr Maio Jun Jul ago set out Nov Dez

Sugestão 2 6 5 2 3 0 9 5 3 35

Elogio 1 4 3 1 2 0 1 6 5 23

Reclamação 6 7 11 4 1 10 6 3 1 49

Informação 0 8 7 10 12 3 7 5 11 63

Solicitação 0 1 3 10 10 14 11 9 16 74

TOTAL 9 26 29 27 28 27 34 28 36 244

Zilana Ribeiro, Ouvidora da Capef

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Novas seções do Jornal acontece“Entenda a Previdên- »cia Complementar” - aborda os conceitos e aplicações gerais so-bre o funcionamento do sistema previden-ciário e, mais deta-lhadamente, sobre os fundos de pensão. A iniciativa também surgiu da proposta da Secretaria de Previ-dência Complemen-tar que recomenda às entidades fechadas de previdência a capacitação de seus Participantes sobre os assuntos de educação financeira e previ-denciária. “Plano CV” - contempla as definições e conceitos »do novo plano previdenciário da Capef a ser ofer-tado aos novos funcionários, Participantes e ex-Participantes do Plano BD. “Vivendo Melhor” - Aborda temas sobre saúde, »educação financeira e dicas de lazer e bem-estar.

Campanhas e Eventoscomemoração do Dia do aposentado

A comemoração do Dia do Apo-sentado já faz parte do calen-dário de eventos anual da Capef. A quinta edição do evento foi animada pela apresentação do

humorista cearense Edivaldo dos Santos Cardoso, que através do seu conhecido personagem “Elvis Preto” in-teragiu com a plateia, contando piadas e promovendo brincadeiras e sorteio de brindes.

Além do tradicional café-da-manhã servido aos presentes, o evento contou com a parceria dos profissionais da Camed, realizando exames médicos; estande do INSS, para esclarecimento de dúvidas; e estande da Capef, com atendimento ao Participante e apresentação de vídeo institucional sobre as instalações da sua nova sede.

concurso de FotografiaDevido ao grande sucesso alcançado pelo Concurso Literário, promovido em 2007, e visando estimular a criatividade e proporcionar a divulgação de manifes-

Canais de Atendimento e ComunicaçãoPara manter um relacionamento transparente, ágil e eficiente com os Participantes e demais públicos, a Capef conta com diferentes canais de comunicação, compreendendo informativo impresso (Jornal Acontece), website (www.capef.com.br), e e-mail ([email protected]), atendimento pessoal e atendimento telefônico.

central de RelacionamentoCom a permanente preocupação de atender aos interesses dos Participantes, a Central de Relacionamento implementou as seguintes melhorias:

reuniões mensais com registro em ata; »definição de metas de atendimento; »controle do tempo de espera nas filas de ligações »telefônicas;acompanhamento das pendências; »controle dos e-mails recebidos com identificação »do status de atendimento;treinamento das diversas equipes acerca do »funcionamento do sistema utilizado para registro dos atendimentos;fórum institucional com toda a equipe, »disseminando a cultura do atendimento ao Participante.

A cada dia mais integrada e fortalecida, por meio da organização e distribuição das atividades e em sintonia com as demais áreas, a equipe buscou a padronização do atendimento, adotando como foco a clareza e precisão das informações.

Com o apoio das gerências específicas, a Central de Relacionamento atendeu a 29.237 ligações telefônicas, respondeu a 952 correspondências, 3.886 e-mails e realizou 3.141 atendimentos presenciais de Participantes.

Dentre os assuntos abordados, destacam-se aqueles relacionados a recadastramento e empréstimo, website, Jornal Acontece, concursos, folha de pagamento, INSS, demonstrativo de pagamento/comprovante de rendimentos anual para IR e simulação e solicitação de benefícios previdenciários.

veículos de comunicaçãoVisando fomentar a cultura previdenciária, orientar os Participantes sobre o plano de previdência e a gestão da Capef e garantir maior interação com seu público, os veículos de comunicação foram aperfeiçoados e novos projetos foram adicionados ao seu calendário de eventos.

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por video-co n fe rê n c i a para as de-mais cidades, mais uma edição do seu já tradicional Seminário de I nvest imen-tos.

Foi um momento de elevada importância, no qual os Participantes tiveram oportunidade obter informações sobre a conjuntura econômica nacional e mundial e conhecer a realidade dos investimentos da Capef, assim como de efetivamente influir nos destinos das aplicações de seus recursos em 2009.

A iniciativa reforça a prática adotada pela Capef, voltada para a administração compartilhada, legitimada pela participação dos associados na definição de suas macroestratégias de investimento.

tações artísticas e cul-turais do país, a Capef promoveu um Concur-so de Fotografia, aber-to aos Participantes Ativos, Aposentados, Pensionistas e Benefi-ciários.No período de agosto a outubro, os concorrentes registraram suas cidades re-tratando com seus cliques as belezas de cada região. As fotografias enviadas foram submetidas à Comissão Julgadora, composta por colaboradores do BNB, AAB-NB, AFBNB, Camed e Capef.

As fotografias vencedoras do concurso foram expostas nas páginas do calendário de 2009 da Capef, enviado a todos os Participantes.

seminário de investimentosNos dias 4 e 5 de dezembro a Capef realizou no Centro de Treinamento do BNB, com transmissão simultânea

tecnologia da inFormação

Dando continuidade à estratégia de atualização e integração dos sistemas informatizados, a Capef contratou empresa especializada para o desenvolvimento do novo sistema previdenciário, cujas rotinas de cadastro e de arrecadação de contribuições encontram-se em fase de teste.

Ainda em 2008, a Capef desenvolveu e implantou o novo sistema de cálculo de cotas dos investimentos e deu início à elaboração do projeto de desenvolvimento do sistema de gestão dos empréstimos e financiamentos imobiliários, ambos de acordo com a metodologia padrão Capef de desenvolvimento de sistemas, recomendada pela auditoria do Patrocinador.

Aproveitando a mudança para a nova sede, a Capef implementou melhorias em sua estrutura tecnológica, por meio de um novo datacenter, construído segundo padrões mundiais de segurança, compreendendo integração de dados, voz e sistema de distribuição ininterrupto de energia, além de controle de acesso e backup de equipamentos, como forma de garantir a integridade das informações.

Em relação ao ambiente tecnológico institucional, também foram agregadas novas políticas e ferramentas de segurança da informação, tais como:

Websense Web Security SuíteFerramenta de filtro de conteúdo da web, que racionaliza o uso da internet e protege a empresa contra ameaças externas.

Trauma zeroFerramenta de gerenciamento dos ativos de tecnologia, que organiza de forma rápida e precisa o inventário completo de todos os ativos (software e hardware) da Capef, mantém atualizadas as licenças de uso dos softwares, impede a instalação de programas sem licença e mantém a rede funcionando de acordo com a lei. Segurança da informaçãoA Capef deu início ao processo de definição da Política de Segurança da Informação, documento base para o estabelecimento de normas e procedimentos relacionados à segurança dos dados, definindo as responsabilidades relativas à segurança em todas as áreas e atividades, com vistas a preservar a confidencialidade, integridade e disponibilidade das informações. O documento descreve, ainda, a conduta adequada para o manuseio, controle, proteção e descarte dos dados, sendo esse o ponto de partida para o gerenciamento dos riscos associados aos sistemas de informação.

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gestão de Pessoas

Nos últimos anos, as organizações vêm se deparando com um acelerado ritmo de mudanças tecnológicas e sociais, dentro de cenários a cada dia mais competitivos.

A própria cultura organizacional em relação a recursos humanos sofre importantes mudanças. O termo “recursos humanos” está sendo substituído por “gestão de pessoas”, valorizando os colaboradores como pessoas em vez de meros “recursos”, como forma de resgatar valores ora esquecidos, como o conhecimento, a criatividade, a sensibilidade e o compromisso.

Por meio da Gerência de Desenvolvimento Institucional, a Capef implementou algumas ações com o objetivo de melhorar seu pacote de benefícios, desenvolver competências individuais e organizacionais e reter talentos, de modo a fortalecer seu poder de competitividade.

Expansão do benefício de seguro de vidaHistoricamente, a Capef vinha concedendo o benefício de seguro de vida a um grupo restrito de seus funcionários, devido à impossibilidade de novas adesões à apólice. Ocorre que, em 2008, a Camed Corretora implementou mudanças nas regras do seguro que possibilitaram o ingresso de novos segurados, incluindo, os demais funcionários da Capef.

Atualmente, o benefício contempla todos os funcionários da Entidade.

Implantação da Avaliação de Desempenho O modelo de gestão por de-sempenho, que tem por ob-jetivo o desenvolvimento das competências individuais, o reconhecimento pessoal e profissional e a manutenção do poder de competitivida-de da Capef, é pautado no diálogo entre cada funcioná-rio e seu superior imediato, abordando, principalmente, as contribuições e os resul-tados alcançados, os aspec-tos a serem aprimorados e as competências necessárias ao desempenho da função.

Com base nos resultados do programa, os funcionários

poderão ter seu desenvolvimento técnico e desempenho reconhecidos, através de promoção horizontal; ou aperfeiçoados, por meio do plano de desenvolvimento individual e corporativo.

Capacitação e desenvolvimento Com o objetivo de promover o conhecimento e proporcionar o desenvolvimento profissional do seu corpo funcional, buscando sempre o aperfeiçoamento dos processos e o alcance de melhores resultados, dirigentes, gestores e funcionários da Capef participaram de vários encontros, congressos e seminários, totalizando mais de 4.000 horas de treinamento em 2008.

Ressalte-se que desde 2005, a Capef vem implementando a Política de Treinamento – Módulo de Formação Profissional, mediante cobertura das despesas relativas a cursos de graduação, pós-graduação e mestrado realizados por seus colaboradores, destacando-se em 2008 a inclusão do curso de inglês para executivos.

Escolaridade dos funcionáriosGrau Quantidade

Mestrado 9

Pós-graduação 14

Superior Completo 16

Superior incompleto 14

Segundo grau 01

Total 54

Horas de treinamento por funcionárioO gráfico abaixo apresenta o número de horas de treinamento por funcionário da Entidade, comparado com outras instituições de previdência complementar.

Amostra: 11 entidades.

Menor(25,14)

Capef(77,24)

Média(77,57)

Maior(222,50)

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Relatório Anual 2008

Campanhas internas promovidas pelos colaboradores arrecadaram roupas, brinquedos, leite em pó e notas fiscais, doados ao Lar São Francisco de Assis e ao Iprede.

Para encerrar o ano, a Árvore de Natal foi enfeitada com cartas en-viadas pela Casa Abrigo do Piram-bu. A participação dos diversos colaboradores da Capef tornou possível a entrega de lençóis, ves-tuário infantil e artigos de higiene pessoal àquela ONG que abri-ga jovens abandonados ou vítimas de violência.

resPonsabilidade social

Consciente de que a solidariedade deve ser excerci-tada por todos, em 2008 a equipe de colaboradores da Capef engajou-se em projetos que beneficiaram o Instituto Nordeste Cidadania (Inec), o Lar São Fran-cisco de Assis, o Instituto de Prevenção à Desnutri-ção e à Excepcionalidade (Iprede) e a Casa Abrigo do Pirambu.

A parceria da Capef com o Inec na Campanha Natal Sem Fome dos Sonhos possibilitou a arrecadação de livros e brinquedos para crianças de diversos municí-pios do Ceará. Além disso, mensalmente a Capef doa ao Inec papéis para reciclagem, demonstrando, as-sim, preocupação com a preservação ambiental.

Fran Bezerra recebe troféu de reconhecimento do Inec.

Amostra: 11 entidades.

gestão do Plano Previdenciário

SuperávitEmbora 2008 tenha sido um ano de perdas em vários setores da economia, o Plano de Benefícios da Capef apresentou um bom desempenho, por meio de eficiente administração dos recursos e também devido às regras definidas no Regulamento vigente a partir do Acordo firmado em 2003, com os Participantes Ativos e Assistidos. Essa solidez está refletida no Balanço Atuarial de 2008, que demonstra o resultado atuarial com superávit acumulado de R$ 22 milhões, o qual representa 1,17% das Reservas Matemáticas (o valor presente dos compromissos futuros do plano, líquidos de contribuições, de R$ 1.874 milhões).

Quantidade de participantes e assistidos

2008

ativos* 2.427

BNB 2.378

Camed 37

Capef 12

assistidos 4.478

aposentados 3.524

Tempo de Contribuição 3.311

Invalidez 213

Beneficiários 954**

*Contribuintes e Não Contribuintes; **Grupo familiar

Devido à maturidade do Plano de Benefícios, mais uma vez a Capef encerrou o exercício com o montante dos benefícios excedendo o das receitas de contribuições. Mesmo assim, o patrimônio líquido acumulado de R$1.896 milhões será suficiente para garantir o pagamento dos benefícios aos atuais e futuros aposentados e beneficiários, comprovando-se, desse modo, a atual condição superavitária.

Previdência em númerosComo já mencionado, o Plano de Benefícios da Capef atingiu a maturidade, registrando maior quantidade de Aposentados e Beneficiários do que de Participantes Ativos.

Com relação ao perfil dos benefícios de aposentadoria concedidos pela Capef, destaca-se que a maioria dos

Participantes, 93,96% aposentou-se por tempo de contribuição enquanto que 6,04% aposentaram-se por invalidez.

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Relatório Anual 2008

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Dentre os Aposentados, a maioria dos homens está na faixa etária entre 65 e 74 anos e a maioria das mulheres está na faixa etária entre 55 e 64 anos.

Os Pensionistas apresentam um equilíbrio em relação ao sexo quando são comparados os beneficiários na faixa etária até 24 anos, sendo a maioria do sexo feminino entre 55 e 74 anos de idade.

No ano 2008, foram pagos R$ 209,07 milhões em benefícios de aposentadoria, distribuídos entre 42.438 pagamentos, com valor médio de R$ 4.926,51. Em relação aos benefícios de pensão, foram pagos R$ 17,42 milhões distribuídos em 9.857 pagamentos, com valor médio de R$1.767,96.

Quantidades de benefícios de aposentadoria e pensão pagos em 2008

Valores médios de benefícios de aposentadoria e pensão pagos em 2008 (R$)

42.438

9.857

Aposentadoria

Pensão

4.926,51

1.767,96

Aposentadoria

Pensão

Quanto aos Participantes Ativos contribuintes a maioria é do sexo feminino entre 35 e 54 anos de idade.

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Relatório Anual 2008

No total, em 2008 a Capef efetuou pagamentos no montante de R$ 226,49 milhões em benefícios de aposentadoria e pensão.

RecadastramentoCumprindo determinação da Secretaria de Previdência Complementar (SPC), a Capef realizou no período de abril a novembro, a atualização dos dados cadastrais dos Participantes Ativos, Assistidos e Beneficiários de Pensão.

O recadastramento tem como objetivos conferir segurança à folha de pagamento dos benefícios e garantir a correta previsão das obrigações previdenciais. Nesse processo, 89% dos Participantes realizaram o recadastramento, conforme gráfico a seguir:

Melhorias no Plano BDA partir da consolidação do Acordo firmado em 2003, ratificado por mais de 95% dos Participantes e consagrado no Estatuto e Regulamento Geral de 2003, ambos aprovados pela SPC, a Capef busca melhorias para o Plano de Benefícios Definidos (Plano BD) de modo a atender às expectativas dos Participantes.

Em decorrência das alterações introduzidas no Regulamento Geral, aprovadas pela SPC (ofício 3178/SPC/DETEC/CGAT de 12/09/2008) e publicadas no Diário Oficial da União de 15/09/2008, foi igualmente alterada a base de cálculo das contribuições dos Participantes Ativos regidos pelo Regulamento de 2003, notadamente na progressão salarial considerada na atualização dos salários de contribuição.

Até então, a progressão salarial considerada no cálculo da contribuição evoluía sem limitação à data de aposentadoria do Participante. Entretanto, a progressão utilizada no cálculo do benefício de aposentadoria era limitada à data em que o

Participante implementava as condições para concessão do benefício de aposentadoria pela Capef ou junto à Previdência Social.

Após a mudança, a progressão salarial considerada para atualização do salário de contribuição tornou-se compatível com a evolução considerada para o cálculo dos benefícios.

Além disso, a retirada do Plano de Custeio do Regulamento, aprovada por meio da Portaria Nº 2.688, de 23/12/2008, possibilitou a redução no nível das contribuições dos Participantes Ativos a partir de janeiro de 2009 sem impacto nos benefícios previstos, válida para os associados regidos pelo Regulamento aprovado em 2003.

Plano CVO trâmite de aprovação de um plano de previdência complementar inclui a autorização dos seguintes órgãos: Conselho Deliberativo da Entidade, Diretoria e Conselho de Administração dos Patrocinadores, Ministério da Fazenda, Departamento de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (DEST) e Secretaria de Previdência Complementar (SPC).

Cumprindo essa sequência de etapas, o Plano de Contribuição Variável (Plano CV), a ser ofertado aos funcionários do BNB, da Camed e da própria Capef, tem sido o projeto de maior empenho dos profissionais da Entidade nos últimos anos.

Durante todo o exercício, a equipe da Capef despendeu grande esforço na elaboração do site, simulador, extratos e material explicativo do Plano, além de implementar os ajustes no Regulamento, em atendimento a recomendações dos citados órgãos.

Todo esse empenho resultou na aprovação do Plano CV pelo DEST, em dezembro de 2008, restando apenas a aprovação da SPC, última instância governamental na análise e aprovação de planos de previdência complementar.

Tão logo o Plano CV seja aprovado pela SPC, cada colaborador do BNB receberá via e-mail uma carta de apresentação, folder explicativo e extrato simulado com os seus dados pessoais. Além da divulgação via e-mail, a aprovação, o processo de adesão e todas as demais informações pertinentes serão disponibilizadas nos veículos de comunicação da Capef, incluindo o site da Entidade www.capef.com.br.

100%90%80%70%60%50%40%30%20%10%00%

Aposentados Pensionistas Ativos Total Recad.

96%86%

81%89%

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Relatório Anual 2008

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O ano 2008 foi marcado por uma grave crise no sistema financeiro, com sérias repercussões na economia mundial.

Referida crise teve origem no setor hipotecário norte-americano, mas rapidamente disseminou-se entre os bancos e seguradoras, gerando elevados prejuízos e ocasionando a falência de algumas renomadas instituições financeiras internacionais.

InternacionalA crise no sistema financeiro agravou-se através da perda de confiança e colapso no crédito. A economia rapidamente sofreu seus impactos, ocorrendo recessão

Apesar da crise mundial, na comparação com os demais fundos de pensão, a Capef alcançou um resultado que pode ser considerado positivo. Esse desempenho,

gestão de investimentos

cenário econÔmico

gestão dos recursos

nos EUA, Europa e Japão e intensa redução da atividade nos países emergentes – Brasil, Rússia, Índia e China.

NacionalEmbora o Brasil não esteja diretamente ligado às causas da crise, a sua economia também sofreu sérios impactos, na redução do crédito, da atividade e do emprego.

O mercado de renda variável no país, através da Bolsa de Valores de São Paulo, sofreu uma significativa fuga de recursos estrangeiros, registrando uma desvalorização de 41,22% em 2008, a pior queda anual desde 1972, quando o índice Ibovespa caiu 44,42%.

RentabilidadeEm decorrência da crise financeira internacional e seus impactos nos diversos mercados financeiros, as EFPCs encerraram o exercício com rentabilidade média negativa (-1,62%), segundo estudo envolvendo 280 fundos de pensão, publicado no Diário da Abrapp – Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar.

Embora diante do instável cenário financeiro, a Carteira de Renda Variável do Plano BD obteve melhor performance do que o índice IBrX e bom desempenho nos segmentos de renda fixa, imóveis e empréstimos, alcançando um superávit de R$ 21.909,18 mil (posição 31/12/2008) e uma rentabilidade de 6,17%, resultado inferior à meta estabelecida de 12,87%, porém superior à média dos fundos de pensão.

Para garantir a liquidez e a rentabilidade necessárias à maturidade do Plano BD, a Capef mantém uma postura conservadora na aplicação dos seus recursos. No final de 2008, suas carteiras de investimentos apresentavam a seguinte distribuição: R$ 1.486.996,31 mil em Renda Fixa, especialmente em títulos do governo de longo prazo, de baixo risco de crédito e com taxa de juros real

todavia, não foi suficiente para a concessão de reajuste dos benefícios com base na variação plena do INPC.

média de 8,15%, superior à taxa de juros atuarial de 6%; R$ 145.484,17 mil em Renda Variável; R$ 76.178,23 mil em um Fundo Multimercado; e R$ 257.641,57 mil na Carteira de Imóveis e Operações com Participantes. Melhorias na Política de EmpréstimosEm atendimento a reivindicações recebidas dos Participantes, em fevereiro de 2008, a Capef elevou o limite individual de endividamento por faixa etária, dando continuidade à implementação de melhorias na Política de Empréstimos, iniciadas no final de 2007 com a ampliação da margem de financiamento para valor correspondente a sete benefícios.

Apesar do aumento da demanda por empréstimos, sendo registradas, em média, 200 liberações mensais de EAP somente no primeiro semestre, a medida, que tinha por objetivo facilitar o acesso à linha de crédito, não comprometeu a rentabilidade exigida para a carteira e seus indicadores de risco. No ano 2008, o segmento de Operações com Participantes superou a meta atuarial exigível de 12,87% com uma rentabilidade de 16,86%, fechando ainda o ano com saldo da ordem de R$ 618 mil no fundo garantidor de empréstimo.

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Relatório Anual 2008

A crise financeira mundial impactou negativamente a performance dos investimentos da Capef. Influenciado pelo comportamento do mercado de ações brasileiro, o resultado alcançado em 2008 (6,17%) não foi suficiente para atingir a meta atuarial de 12,87% (INPC + 6% a.a.). Até o final do ano o total dos investimentos alcançou um montante de R$ 1,966 bilhão. O quadro abaixo apresenta o desempenho dos investimentos nos últimos cinco anos.

Destaque-se que, mesmo com o resultado negativo dos investimentos apresentado em 2008, nos últimos cinco exercícios anuais, a média aritmética simples dos retornos médios reais obtidos pela Capef em seus investimentos situou-se em 8,49% ao ano, superior, portanto, à taxa de juros atuarial anual utilizada nos cálculos das obrigações futuras da Entidade, de 6% ao ano.

demonstrativo de investimentos

ReNtaBiLiDaDe Dos iNvestiMeNtos NosÚLtiMos ciNco aNos (%)

DescRiÇÃo 2008 2007 2006 2005 2004

Rentabilidade Nominal

6,17 21,34 13,86 12,55 16,17

INPC 6,48 5,16 2,81 5,05 6,13

Rentabilidade Real

-0,29 15,39 10,75 7,14 9,46

R e s u l t a d o ac ima/abaixo da taxa de juros atuarial de 6%

-6,29 9,39 4,75 1,14 3,46

Renda Fixa Ao final de 2008, o segmento de Renda Fixa apresentou rentabilidade de 14,75%, superando a meta atuarial em 1,88 ponto percentual. Na Carteira de Renda Fixa estão alocados 79,50% dos recursos do Plano de Benefícios. O Fundo de Investimento em Renda Fixa encerrou o ano com a seguinte composição: 28,86% em títulos indexados pelo IGPM; 66,41% em títulos atrelados ao IPCA; 4,15% em títulos corrigidos pela Selic (taxa básica de juros do Bacen); e 0,58% em títulos privados.

Respeitando o disposto na Resolução CGPC nº 15, de 23 de agosto de 2005, a Capef alongou parte da carteira de Renda Fixa, procedimento este justificado pelos seguintes fatores: a) casamento dos investimentos com as obrigações do plano de benefícios (ALM); b) perspectiva de retorno, com base em cenários internos e de mercado, relativo à evolução da taxa de

juros reais; e c) mitigação do risco de reaplicação dos investimentos de Renda Fixa. O valor da negociação foi de R$ 55.629 mil, cujo efeito positivo de R$ 2.027 mil refletiu no valor da quota do Fundo de Investimento em Renda Fixa e no resultado do Plano. A parcela de Renda Fixa permaneceu alocada em fundo de investimento exclusivo, administrado pelo BNB, cuja gestão é compartilhada com a equipe da Capef.

Renda VariávelA crise financeira afetou fortemente a performance do segmento de renda variável. A Carteira de Ações, que representava 12,43% do patrimonio da Capef no inicio de 2008 , mesmo superando o benchmark (IBX-50) em 4,24 pontos percentuais, apresentou uma performance negativa de 38,90% no ano. A gestão do Fundo de Investimentos em Ações, alocado no BNB, é compartilhada com a equipe da Capef. No final de 2008, a Entidade tinha como gestores externos as seguintes instituições financeiras: Itaú, Unibanco e Schorders.

FI MultimercadoA gestão própria do Fundo de Investimentos em Multimercados tem como meta INPC + 8%, sempre respeitando os limites determinados na política de investimentos e as regras da Resolução nº 3.456 do Conselho Monetário Nacional. A gestão própria de parte dos recursos do Plano BD é realizada atualmente por um Fundo de Investimentos em Multimercados cujas atividades tiveram início em 7 de fevereiro de 2006. Na posição de 31 de dezembro, o fundo registrou a seguinte composição: 77,83% em ativos de renda fixa e 22,17% em ativos de renda variável. O desempenho do fundo em 2008, foi de -6,28%. O desempenho negativo deveu-se à performance da carteira de ações, correspondente a 19% do fundo no início de 2008, afetada pela forte desvalorização das ações do Ibovespa.

Investimentos ImobiliáriosA rentabilidade da carteira de imóveis, calculada em 12,84% a.a., margeou a meta atuarial de 12,87% a.a. Esse resultado é atribuído basicamente a eventos como reavaliação positiva de imóveis, aumento do quantitativo de imóveis ocupados e lucros auferidos com a comercialização de imóveis desocupados: houve a efetivação de dois processos de venda de três unidades (2 salas e 1 vaga) do Beira Mar Trade Center, em Fortaleza. O índice global de vacância decresceu

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Relatório Anual 2008

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31%, reduzindo-se de 14% para 9,64%. Nesse indicador está computado o Centro Empresarial Apolônio Sales, em Recife, no qual foram concluídas intervenções civis relacionadas às instalações e à adaptação de unidades aos locatários BNB e Medial Saúde. O prédio continua sendo foco de ações para a eliminação da vacância, destacando-se no exercício o crescimento do índice de ocupação do empreendimento de 30% para 56%.

A carteira de imóveis edificados do Plano BD, administrada pela Capef, experimentou ainda modificações patrimoniais positivas, decorrentes de aportes de reformas, novas construções e reavaliações positivas de ativos, resultando no incremento de 9,76% para o segmento de edificações. Assim, o crescimento do valor patrimonial da carteira imobiliária em 2008 foi influenciado, essencialmente, pelos seguintes eventos: (1) reavaliação de quatro diferentes endereços imobiliários, com resultado positivo de R$ 8.128,62 mil; (2) reformas gerais de cinco diferentes endereços imobiliários; (3) aportes para a construção da nova sede da Capef; (4) benfeitorias aprovadas pelo Conselho Deliberativo para investimento em Salvador e em Recife. Houve, no exercício, resultado líquido positivo com as vendas realizadas, totalizando R$ 55,47 mil.

O ano foi marcado pelo término da construção da nova sede da Capef (Edifício Paulo Aguiar Frota), que implicou aporte de R$ 1.412,89 mil no período, contabilizando-se ao final de 2008 a importância de R$ 5.390,89 mil. A Entidade obteve o Habite-se da edificação em outubro de 2008. Em 2009 o prédio será vendido para o ativo permanente da Capef, desonerando-a do custo administrativo mensal de aluguel do prédio anteriormente ocupado pela sede.

Operações com ParticipantesO segmento de Operações com Participantes, no qual estão alocados 5,09% dos recursos do plano de benefícios, compreende empréstimos assistenciais e financiamentos imobiliários. Durante o exercício, o segmento alcançou rentabilidade de 16,31%, bem superior, portanto, à meta atuarial de 12,87%.

EmpréstimosEm 2008, a Capef disponibilizou linhas de empréstimos aos Participantes e aos Beneficiários Assistidos. O ano foi marcado pela expressiva demanda, resultante do aumento da margem de empréstimo para o correspondente a sete remunerações, ao final do ano anterior. Durante o exercício, foram realizadas 1.662 liberações, registrando-se, ao seu final, 7.111 contratos ativos, totalizando saldo de R$ 92.062,97 mil, líquido de provisões por inadimplência, correspondente a

apenas 0,7% do portfólio.

Para garantia dos empréstimos contratados, a Capef manteve o fundo garantidor de empréstimo unificado, com o objetivo de assegurar a quitação de dívidas nos casos de falecimento, com adesão obrigatória e custeio pelo próprio mutuário. Ao final de 2008, o fundo registrava saldo superavitário de R$ 618 mil.

A meta atuarial do segmento de empréstimos, de 12,87%, foi confortavelmente alcançada, atingindo em que pesem os efeitos da adoção da prática de provisão contábil por inadimplência, na forma da legislação aplicável, que acarretou despesa da ordem de R$ 111,75 mil no período.

Financiamentos ImobiliáriosA linha de financiamento imobiliário encontra-se desativada desde 1991, remanescendo, ao final de 2008, 98 contratos ativos, no valor total de R$ 8.089,77 mil, líquido de provisões, todos eles segurados por apólice de seguro prestamista.

Desde 2003, a Capef vem implementando sua política de reestruturação, com significativa ampliação das possibilidades de regularização dos financiamentos imobiliários, detentores de crônico problema de ampliação do saldo elevador em decorrência de reajuste das prestações pelo regime de equivalência salarial. As opções mantidas em 2008 contemplam: (1) programa de deságios (à vista ou mediante refinanciamento); (2) dação em pagamento; e (3) quitação ou recontratação baseada no valor de mercado e no resultado do fluxo de caixa atribuível a cada contrato, pela ótica da Capef.

No ano 2008, em função da política de reestruturação, foram regularizados 17 contratos, com a captação de R$341mil.

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Relatório Anual 2008

comParação com o segmento de PrevidÊncia

Pelo quinto ano consecutivo, a Capef vem comparando os resultados dos seus investimentos em Renda Fixa, Renda Variável e Investimentos Imobiliários com aqueles registrados por todo o segmento de fundos de pensão.

O comparativo é disponibilizado pela Comissão Técnica Nacional Abrapp de Qualidade, por meio do IDG (Indicadores de Desempenho de Gestão).

Confira, a seguir, o desempenho da Capef comparado com o das Entidades Fechadas de Previdência que participaram da pesquisa.

Investimentos ImobiliáriosDe acordo com o gráfico, o desempenho da Carteira Imobiliária da Capef (12,84% a.a.), apesar de pouco abaixo da média do segmento, de acordo com a pesquisa IDG/ABRAPP, margeou a rentabilidade atuarial mínima exigível (12,87% a.a.) para o segmento.

Como já mencionado, o resultado alcançado pela Capef deveu-se, principalmente, à valorização de imóveis integrantes do seu portfólio; à contínua minimização do índice de vacância, reduzida à taxa de 9,6% dos recursos; e aos resultados das vendas realizadas.

Renda FixaNo gráfico a seguir, verifica-se que o desempenho da Capef em Renda Fixa foi de 14,75%, representado pela linha azul, superando a média do mercado, além de performar 119,16% do CDI. Esse resultado deveu-se ao desempenho dos títulos atrelados aos índices de inflação (IPCA e IGPM), que representam em torno de 73% do total dos investimentos e obtiveram valorizações expressivas. Outro fator que contribuiu positivamente para o alcance desse resultado foi a

Menor(-2,61%)

Média(6,16%)

Maior(19,30%)

Capef(14,75%)

Amostra: 30 entidades

Média(-23,79%)

Maior(3,56%)

Capef(-38,90%)Menor

(-89,88%)

Amostra: 28 entidadesMenor

(-1,76%)

Capef(12,84%)

Amostra: 22 entidades

Maior(56,07%)

Média(15,29%)

estratégia de alongamento da carteira obtida em 2008, mediante substituição de títulos de curto prazo por títulos de vencimentos mais longos, aproveitando os momentos de estresse na curva de juros.

Renda VariávelO segmento de Renda Variável da Capef registrou rentabilidade negativa (-38,90%), ficando abaixo da média do mercado, devido principalmente a um maior posicionamento em ações ligadas a preços de commodities, que sofreram mais que os demais setores da bolsa.

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Relatório Anual 2008

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Participação Percentual dos Investimentos por Segmento

segmento2008 2007 política de

investimentos (intervalos) (%) Dez. (R$ Mil) % Dez. (R$ Mil) %

Renda Fixa 1.563.174,54 79,50 1.446.585,07 75,14 66 - 100

Renda Variável 145.484,17 7,40 239.286,11 12,43 0 - 15

Imóveis 157.488,84 8,01 151.521,74 7,87 0 - 9

Operações com Participantes 100.152,74 5,09 87.738,12 4,56 0 - 10

Empréstimos 92.062,97 4,68 79.730,26 4,14 0 - 10

Financiamentos Imobiliários

8.089,77 0,41 8.007,86 0,42 0 - 1

Impostos a Compensar 70,94 0,00 9.788,49 0,51

Total de Investimentos (Sem imposto a Compensar)

1.966.300,29 100,00 1.925.131,03 100,00 -

Total de Investimentos 1.966.371,23 - 1.934.919,52 - -

0,41 4,68 8,01 7,4079,50

Impostos a compensar (0,00%)

Financiamento Imobiliários a Participantes (0,41%)

Empréstimos a Participantes (4,68%)

Imóveis (8,01%)

Renda Variável (7,40%)

Renda Fixa (79,50%)

Rentabilidade dos Investimentos

rentabilidade

segmento2008 2007

Dez. (R$ Mil) Rentabilidade (%) Dez. (R$ Mil) Rentabilidade

(%)

Renda Fixa 1.563.174,54 14,75 1.446.585,07 15,16

Renda Variável 145.484,17 (38,90) 239.286,11 53,22

Imóveis 157.488,84 12,84 151.521,74 19,46

Operações com Participantes 100.152,74 16,31 87.738,12 11,56

Empréstimos 92.062,97 16,87 79.730,26 12,82

Financiamentos Imobiliários 8.089,77 10,39 8.007,86 0,52

Impostos a Compensar 70,94 - 9.788,49 -

Meta Atuarial ( INPC + 6% a.a.) 12,87 11,47

Total Investimentos (Sem imposto a Compensar) 1.966.300,29 - 1.925.131,03 -

Total Investimentos 1.966.371,23 6,17 1.934.919,52 21,34

CDI ( Benchmark Renda Fixa ) 12,38 11,82

IBrX ( Benchmark Renda Variável ) (43,14) 51,52

total de investimentos da caPeF

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Relatório Anual 2008

Consultoria de InvestimentosA Capef não mantém contrato de Consultoria de Investimentos. Custódia Custo anual foi de 0,02% sobre as prestações dos serviços de custódia e controladoria. Auditoria Não existe contrato específico para Auditoria de Gestão dos Investimentos.

custos com investimentos incorridos em 2008

gestão terceirizada

Taxas de Administração e Devolução de Corretagem Taxa de Administração do Fundo de Investimento em Renda Fixa: 0,04% a.a. Taxa de Administração do Fundo de Investimento em Renda Variável: 0,30% a 0,60% a.a. A Devolução de Corretagem sobre a tabela da Bovespa foi, em média, 90%. Administrador Responsável José Jurandir Bastos Mesquita E-mail: [email protected] Telefone: (85) 4008 - 5813

Do total dos investimentos da Capef, 82,63% estão sob a administração de terceiros. Desse montante, 95,72% representam uma gestão compartilhada entre a Capef e o BNB. O quadro abaixo resume a posição dos investimentos que são geridos por administradores contratados pela Entidade.

GestoR (R$ mil) % Gestão terceirizada % do investimento total

Banco do Nordeste 1.555.068,77 95,72 79,09

Unibanco Asset Management 17.635,39 1,09 0,90

Itaú 33.810,83 2,08 1,72

Schroders* 17.139,31 1,05 0,87

SulAmérica 1.003,10 0,06 0,05

Total 1.624.657,38 100,00 82,63

*Em 18/03/2008 a gestão dos recursos passou do Bradesco para o Schroders

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Relatório Anual 2008

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demonstrativo dos investimentos

INVESTIMENTOS DE RENDA FIXA 1.563.174.542,53

Fundos de investimentos 1.563.174.542,53

Quotas de FiF - Renda Fixa 1.486.996.313,87

Quotas de Fi - Multimercado 76.178.228,66

INVESTIMENTOS DE RENDA VARIÁVEL 145.484.172,70

Mercado de ações 145.484.172,70

carteira própria 14.357.451,00

Fundos de investimentos 131.126.721,70

INVESTIMENTOS IMOBILIÁRIOS 157.488.836,18

Comerciais 127.504.478,66

Shopping Centers 9.904.602,35

Terrenos -

Apartamentos Residenciais 84.929,97

Direitos Sobre Alienação de Imóveis 18.588.909,58

Outros (Direitos, Garagens, Galpões, etc.) 1.405.915,62

EMPRÉSTIMOS AOS PARTICIPANTES 92.062.970,28

Empréstimos 92.062.970,28

FINANCIAMENTOS AOS PARTICIPANTES 8.089.766,15

Financiamentos Imobiliários 8.089.766,15

RELACIONADOS COM TRIBUTOS 70.939,20

Impostos a Compensar 70.939,20

totaL Dos iNvestiMeNtos Da capeF 1.966.371.227,04

Valor em R$

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demonstrações contábeis

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Relatório Anual 2008

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Demonstração Patrimonial e de Resultados de Plano de Benefícios de Natureza Previdencial em 31 de dezembro (plano único) em R$mil.

Fortaleza, 20 de janeiro de 2009

RÔMULO PEREIRA AMARODiretor de Previdência

CPF 168.311.793-04

FRANCISCO JOSÉ ARAÚJO BEZERRADiretor-Presidente

CPF 166.111.283-87

JOSÉ JURANDIR BASTOS MESQUITADiretor de Administração e Investimentos

CPF 204.279.643-34

LILIAM RODRIGUES DE OLIVEIRAContadora - CRC - 015237/0-2

CPF 687.475.273-15

DeMoNstRaÇÃo patRiMoNiaL

ativo 2008 2007 passivo 2008 2007

ativo 1.970.317 1.937.939 passivo 1.970.317 1.937.939

DISPONÍVEL 552 420 CONTAS A PAGAR 15.815 2.604

CONTAS A RECEBER 1.510 1.505 VALORES EM LITÍGIO 38.053 41.340

APLICAÇÕES 1.966.371 1.934.920 COMPROMISSOS COM PARTICIPANTES E ASSISTIDOS

1.873.969 1.537.272

Renda Fixa 1.486.996 1.365.820

Renda Variável 145.484 239.286

Imóveis 157.489 151.522 FUNDOS 20.571 8.690

Empréstimos/Financiamentos

100.153 87.738

Outros Realizáveis 76.249 90.554

EQUILÍBRIO TÉCNICO 21.909 348.033

BENS DE USO PRÓPRIO 1.884 1.094 Resultados Realizados 21.909 348.033

Superávit Técnico Acumulado 21.909 348.033

DeMoNstRaÇÃo De ResULtaDos

Descrição 2008 2007

(+) Contribuições 135.433 127.218

(-) Benefícios (228.048) (217.542)

(+/-) Rendimentos das Aplicações 127.385 331.467

(=) Recursos Líquidos 34.770 241.143

(-) Despesas com Administração (7.273) (6.490)

(-/+) Formação (utilização) de valores em litígio (5.044) (15.091)

(-/+) Formação (utilização) de compromissos com participantes e assistidos (336.696) (52.713)

(-/+) Formação (utilização) de fundos para riscos futuros (11.881) (3.269)

(+/-) Incorporação (dissolução) de plano(s) - -

(=) Superávit (déficit) técnico do exercício (326.124) 163.580

comentários sobre a rentabilidade do plano

A rentabilidade auferida no ano de 2008 pelos investimentos do Plano de Benefícios foi de 6,17%, influenciada negativamente pela rentabilidade da Carteira de Renda Variável ( -38,90 %). A Carteira de Operações com Participantes ( 16,32% ) foi a que obteve o melhor desempenho, seguida pela Carteira de Renda Fixa ( 14,75 %) e Imóveis ( 12,84 %). A rentabilidade em 2007 foi de 21,34%.

comentários sobre o custeio administrativo do plano

No exercício de 2008, a Capef fez incidir sobre todas as receitas previdenciais relativas às contribuições patronais e laborais de ativos e assistidos, a taxa de custeio administrativo de 5,64% (2007 - 7,11%).As despesas e as constituições de contingências administrativas representaram 5,67% das receitas previdenciais no exercício de 2008 (5,53% em 2007). Com o recebimento de R$ 13 mil de receitas administrativas (R$ 46 mil em 2007) e R$ 485 mil de rentabilidade (R$ 1.054 mil em 2007) foi constituído ao final R$ 452 mil de fundo administrativo (R$ 3.104 mil em 2007). No final do exercício, o saldo da rubrica Fundos - Programa Administrativo estava em R$ 8.726 mil (R$ 8.274 mil, em 2007).

demonstrações contábeis

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LILIAM RODRIGUES DE OLIVEIRAContadora - CRC - 015237/0-2

CPF 687.475.273-15

Pareceres

Page 34: Patrocinadores - CAPEF

Relatório Anual 2008

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1- Considerações IniciaisParecer Atuarial relativo à Avaliação Atuarial Anual do Plano de Benefícios Definidos, doravante denominado Plano BD, da Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Nordeste do Brasil (Capef) avaliado na posição de 31/12/2008.O Plano BD da Capef, estruturado na modalidade “Benefício Definido”, de acordo com a Resolução CGPC nº 16, de 22/11/2005, para todos os benefícios, foi avaliado com o objetivo de identificar sua situação financeiro-atuarial e propor um plano de custeio para o exercício de 2009. A Avaliação Atuarial, posicionada em 31/12/2008, foi realizada com dados e informações fornecidos pela Capef na posição de 31/12/2008.

2- Qualidade do CadastroO cadastro da Entidade é atualizado continuamente por força daqueles eventos que repercutem na gestão de benefícios. Contudo, visando corrigir eventuais desvios, a Capef revê periodicamente seu cadastro de participantes, assistidos e beneficiários. Assim sendo, pode-se considerar o seu cadastro na data da avaliação adequado à realização da presente avaliação atuarial.Todos os dados e informações cadastrais utilizados nesta avaliação atuarial foram fornecidos pela Capef em mídia magnética e são de sua inteira responsabilidade, não sendo de responsabilidade desta Empresa a auditoria dos dados de participantes e beneficiários.

A posição da base cadastral utilizada nesta avaliação é a de 31/12/2008.

3- Plano de Custeio3.1- assistidos

Parecer atuarial

Quadro 1

Rentabilidade Real dos investimentos e Hipótese de taxa de Juros Real, apósimplantação do Regulamento de 2003

ano Rentabilidade Real acumulada (a)

Rentabilidade Real esperada (B) (a)/(B)

2004 9,46% 6,00% 157,70%

2005 17,27% 12,36% 139,75%

2006 29,88% 19,10% 156,42%

2007 49,86% 26,25% 189,98%

2008 49,43% 33,82% 146,14%

O Quadro nº 2 traz um histórico da situação atuarial do Plano BD da CAPEF desde a data de implementação do

Fonte: Capef/Probus

As atuais contribuições extraordinárias dos participantes e beneficiários assistidos do Plano BD da Capef e respectivas contribuições do patrocinador, foram estabelecidas por ocasião do Acordo pactuado entre o Banco do Nordeste do Brasil, a Capef e seus participantes no final do ano de 2003, que visava à resolução do desequilíbrio atuarial do Plano então verificado e do passivo contingencial decorrente de demandas judiciais dos participantes.

Naquela ocasião foi acordada uma elevação da taxa de contribuição extraordinária dos assistidos (aposentados e pensionistas), então em 20% do valor da respectiva suplementação, para 25% dessa mesma base até dezembro de 2004, mantida a obrigação do patrocinador de pagar contribuição de valor igual à do assistido. A partir de janeiro de 2005, o referido Acordo previa também um acréscimo anual de 1% na taxa de contribuição, até que se chegasse ao percentual de 30% em janeiro de 2009.

Essas taxas de contribuição crescentes eram na época necessárias, em conjunto com as outras medidas adotadas, para garantir o equilíbrio atuarial e financeiro do Plano. As medidas estipuladas no Acordo foram consignadas no Regulamento do Plano no final do exercício de 2003.

Entretanto, desde o exercício de 2004 a Capef vem acumulando sucessivos resultados atuariais positivos, decorrentes sobretudo de rentabilidades obtidas em seus investimentos acima da meta atuarial do Plano. Conforme Quadro nº 1, abaixo, a rentabilidade real acumulada obtida pela Capef, a partir da implementação do Regulamento aprovado em 30/12/2003, foi de 49,43% enquanto a rentabilidade esperada no mesmo período foi de 33,82%, obtendo a Capef ganhos de mercado 46,14% superiores aos ganhos esperados pela meta atuarial.

Acordo de 2003, até o mês imediatamente anterior a esta avaliação.

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35

Relatório Anual 2008

Quadro 2

Resultados(1) atuariais verificados na capeF ao Final de cada exercício anual

exercício ativo Líquido Reservas Matemáticas Resultados atuariais positivos

2003 R$ 1.373.317.067,77 R$ 1.272.780.629,57 R$ 100.536.438,20

2004 R$ 1.472.356.813,28 R$ 1.358.994.786,22 R$ 113.362.027,06

2005 R$ 1.557.774.007,15 R$ 1.411.554.055,15 R$ 146.219.952,00

2006 R$ 1.669.012.936,02 R$ 1.484.559.902,47 R$ 184.453.033,55

2007 R$ 1.885.305.487,63 R$ 1.537.272.599,50 R$ 348.032.888,13

2008 (2) R$ 1.911.324.609,67 R$ 1.544.829.515,00 R$ 366.495.094,67

Fonte: CAPEF/Probus.Nota: (1) Valores nominais em moeda da data de cada avaliação. (2) Posição de novembro de 2008.

Assim, o atual resultado atuarial do Plano permite um repactuamento do nível das contribuições extraordinárias de participantes assistidos, bem como das correspondentes contribuições do patrocinador, sem comprometimento de seu equilíbrio financeiro e atuarial.

Ademais, com o objetivo de aumentar a segurança e o equilíbrio atuarial do Plano, está sendo criado, na posição de dezembro de 2008, o Fundo para Perdas Atuariais, que será detalhado no item 8 deste Parecer.Por todo o exposto e considerando-se, ainda:

i) o disposto no art. 18 da Lei Complementar nº 109, de 29 de maio de 2001, que determina que o plano de custeio deverá ser anual e estabelecer o nível de contribuição necessário à constituição das reservas garantidoras de benefícios, fundos e demais provisões do Plano;ii) a retirada do plano de custeio do texto do Regulamento do Plano de Benefícios Definidos da Capef, aprovada pela Secretaria de Previdência Complementar – SPC através da Portaria nº 2.688 de 23/12/2008;iii) as orientações prestadas por representantes da SPC em reunião ocorrida em 14/05/2008 para tratar da redução das contribuições de participantes assistidos da Capef; eiv) a manifestação da Entidade, consignada na Carta DIREX 2008/0011265 dirigida à Probus, no sentido de se reduzir o custeio do Plano BD, preservando-se o seu equilíbrio financeiro e atuarial; este Plano de Custeio do Plano BD da Capef, para o exercício de 2009, prevê uma taxa de contribuição extraordinária de participantes assistidos e de beneficiários assistidos, estes com benefícios vigentes a partir de 03/08/1998, e respectivas contribuições de patrocinador, de 25% (vinte e cinco por cento) do valor do benefício de suplementação.

3.2- participantes ativosDe acordo com os resultados da avaliação atuarial de 31/12/2008, os Valores Presentes Atuariais dos incrementos de benefícios decorrentes da acumulação de todos os créditos futuros para os atuais participantes ativos, a serem pagos pela Capef, após deduzidas as referidas contribuições

incidentes sobre os benefícios vertidas pelos patrocinadores e assistidos, alcançaram R$ 19.668.972,78 (dezenove milhões, seiscentos e sessenta e oito mil, novecentos e setenta e dois reais e setenta e oito centavos).

Por sua vez, na mesma posição, o Valor Presente Atuarial dos salários de contribuição futuros ascenderam a R$ 170.193.822,84 (cento e setenta milhões, cento e noventa e três mil, oitocentos e vinte e dois reais e oitenta e quatro centavos), o que conduz a um custo normal agregado de 11,56% (onze vírgula cinquenta e seis por cento) sobre salários de contribuição, ainda sem considerar as despesas administrativas, como mostrado a seguir:

A = VPA dos salários de contribuição futuros = R$ 170.193.822,84;B = VPA dos créditos de benefícios futuros, líquidos das correspondentes contribuições de assistidos = R$ 19.668.972,78 ;Custo Normal Total sem despesa administrativa = B / A == (R$ 19.668.972,78 ) / (R$ 170.193.822,84) = 11,56%

Considerando-se o percentual de despesas administrativas de curto prazo, de 7,63% das contribuições totais (conforme mencionado no item 3.3 deste documento), tem-se um custo normal com despesas administrativas de 12,51% (doze vírgula cinquenta e um por cento) dos salários de contribuição:Custo Normal Total com despesa administrativa = 11,56% / (1 – 7,63%) = 12,51%

O custo normal considerando-se apenas os benefícios de risco, necessário para o cálculo dos “resgates de contribuição”, foi obtido da seguinte forma:A = VP dos salários de contribuição futuros = R$ 170.193.822,84;C = VPA dos créditos de benefícios de risco futuros, líquidos das correspondentes contribuições de assistidos = R$ 874.809,06;Custo Normal dos Benefícios de Risco, sem despesa administrativa = C / A == (R$ 874.809,06)/ (R$ 170.193.822,84) = 0,51%Assim, o Custo Normal dos Benefícios de Risco representa

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Relatório Anual 2008

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4,45% (quatro vírgula quarenta e cinco por cento) do Custo Normal Total, excluindo-se as despesas administrativas.

A taxa média de contribuição normal dos participantes ativos em 31/12/2008, considerando-se a tabela de contribuição atualmente em vigor e o novo valor da Unidade Básica de Contribuição, válido a partir de janeiro de 2009, seria de 16,10%.

Dessa forma, considerando-se que as contribuições normais não estão mais fixadas no referido Regulamento do Plano e que o plano de custeio deve estabelecer o nível de contribuição necessário à constituição das reservas garantidoras do Plano, faz-se necessário ajustar a tabela de contribuições normais de participantes ativos. Adota-se, assim, a seguinte tabela de contribuições, cuja aplicação ao atual grupo de participantes ativos do Plano BD da Capef produz uma taxa média de contribuição normal de 12,92%, ligeiramente superior ao Custo Normal Total com despesa administrativa de 12,51%, antes referido, tendo em vista o agrupamento dos participantes ativos nas faixas de contribuição e os arredondamentos efetuados nos percentuais de contribuição de cada faixa.

administrativa sobre as contribuições mensais ao Plano para o exercício de 2009 perfez 7,63% (sete vírgula sessenta e três por cento).Uma provisão adicional para as “despesas administrativas de longo prazo”, na expectativa desse grupo fechado e declinante, foi estimada, na Avaliação Atuarial de 31/12/2008, em R$ 110.219.554,34 (cento e dez milhões, duzentos e dezenove mil, quinhentos e cinquenta e quatro reais e trinta e quatro centavos), e foi incluída nas Reservas Matemáticas do Plano, sendo alocada proporcionalmente ao valor presente das contribuições entre reservas de benefícios concedidos e a conceder.

4- Taxa de Juros Atuarial e Rentabilidade Efetiva dos Ativos do Plano em Passado RecenteOs retornos dos investimentos garantidores das obrigações previdenciais da Entidade foram previstos em 6% ao ano, real e líquido de todas as perdas, custos e despesas de mercado, taxa esta representativa dos juros atuariais empregados nesta avaliação.

A taxa de rentabilidade nominal dos investimentos é calculada pela Capef utilizando-se o método de variação de valor de cotas das carteiras de investimentos do Patrimônio da Entidade. A rentabilidade nominal e real da Capef nos últimos cinco anos está retratada no quadro abaixo.

Quadro 4

Rentabilidade dos investimentos e Índice de inflação, nos últimos 5 anos

Descrição 2004 2005 2006 2007 2008

Rentabili-dade No-minal(1)

16,172% 12,546 % 13,861% 21,342% 6,170%

INPC 6,13% 5,05 % 2,81 % 5,16 % 6,48%

Rentabili-dade Real

9,462% 7,136 % 10,749 % 15,388% -0,291%

Fonte: Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Nordeste do Brasil - CAPEF e Conjuntura Econômica.Nota: (1) líquida de encargos inerentes aos investimentos.Destaque-se, ainda, que o método de cálculo adotado

tende a gerar custos normais crescentes, na perspectiva individual de um dado participante do Plano. Esse efeito, porém, pode vir a não se verificar em nível coletivo, pois depende da massa de participantes ativos existente na data de cada avaliação.

3.3- custeio administrativoCom o objetivo de apurar o percentual da “despesa administrativa de curto prazo” para o orçamento da Capef referente ao exercício de 2009, percentual este a ser aplicado sobre todas as contribuições ao Plano, tomou-se por base o fluxo de contribuições atuarialmente projetadas e as despesas administrativas orçadas pela Entidade para o referido exercício. Dessa forma, o percentual resultante da despesa

Quadro 3

tabela de contribuições Normais de participantesativos para o exercício de 2009

salário de contribuição

taxa de contribuição parcela a deduzir

Até 0,5 UBC 2,5% -

Acima de 0,5 UBC até 1 UBC

4,0% 0,008 UBC

Acima de 1 UBC até 1,2 UBC

5,5% 0,023 UBC

Acima de 1,2 UBC 12,0% 0,101 UBC

Nota: UBC = Unidade Básica de Contribuição = R$ 1.622,33 para o exercício de 2009.

Destaque-se que, mesmo com o resultado negativo dos investimentos apresentado em 2008, nos últimos cinco exercícios anuais, a média aritmética simples dos retornos médios reais obtidos pela Capef em seus investimentos situou-se em 8,49% ao ano, superior, portanto, à taxa de juros atuarial anual utilizada nos cálculos das obrigações futuras da Entidade, de 6% ao ano.

Segundo o Regulamento do Plano BD, a atualização nominal dos salários de contribuição e dos benefícios é realizada a cada mês de janeiro pela aplicação da taxa de rentabilidade nominal dos investimentos da Entidade, relativa aos últimos 12 (doze) meses, descontada a taxa

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Relatório Anual 2008

anual de juros atuarial utilizada pela Capef, ficando estabelecido que o percentual de atualização desses valores não poderá ser inferior a 30% (trinta por cento) e nem superior a 100% (cem por cento) da variação acumulada no ano do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), calculado e divulgado pela Fundação IBGE para o mesmo período.

Dessa forma, o Regulamento do Plano BD possui regra de atualização de benefícios que cria uma salvaguarda para a Entidade nos casos de não alcançamento da meta atuarial. Esse procedimento de atualização dos valores dos benefícios do plano adotado pela Capef

Quadro 5

Hipóteses Utilizadas nas últimas avaliações atuariais

Hipótese (1) avaliação 2007 avaliação 2008

Tábua de Mortalidade Geral: AT 2000 - Masculina AT 2000 - Masculina

Tábua de Mortalidade de Inválidos: IAPC Fraca (2) IAPC Fraca (2)

Tábua de Entrada em Invalidez: Experiência CAPEF Experiência CAPEF Fraca (3)

Hipótese Familiar: Família Observada Família Observada

Rotatividade: Não Utilizada Não Utilizada

Taxa de Juros: 6% a.a. 6% a.a.

Inflação: 5% a.a. 5% a.a.

Crescimento Salarial: 1% a.a. 1% a.a.

Aposentadoria (4): na data da elegibilidade na data da elegibilidade

Notas: (1) este Parecer é parte integrante da avaliação atuarial anual, as informações e observações presentes neste Parecer são complementadas pelo DRAA da mesma posição;(2) resultante da aplicação do fator 0,5 sobre as taxas de mortalidade da tábua IAPC original;(3) resultante da aplicação do fator 0,5 sobre as taxas de entrada em invalidez da Experiência da CAPEF;(4) no 1º momento em que atinge condições para implementação do benefício.

tem por objetivo minorar a chance de surgimento de déficits fundacionais futuros.Considerando a taxa nominal de rentabilidade dos investimentos no exercício de 2008, de 6,170%, e a taxa de juros atuarial de 6% a.a. adotada nesta avaliação, o Regulamento determina que as variáveis salariais e previdenciais sejam reajustadas em janeiro/2009 pelo piso de 30% do INPC acumulado em 2008.

5- Mudanças de Hipóteses ou Métodos AtuariaisNo Quadro nº 5 abaixo são apresentadas as premissas utilizadas nas avaliações atuariais de 2007 e 2008.

Como se pode observar no Quadro acima, houve mudança apenas na hipótese biométrica de entrada em invalidez, onde aplicou-se o fator de 50% no vetor de taxas de entrada em invalidez da tábua originalmente construída para a Capef. Referida alteração foi necessária, pois os testes estatísticos não mais consideravam a hipótese anterior como adequada para representar o evento de entradas em invalidez.O Gráfico nº 1 apresenta a experiência dos últimos anos

para o número de entradas em invalidez ocorridas na Capef, onde verifica-se uma tendência de redução no número de entradas em invalidez. A partir da experiência observada utilizou-se para realizar o teste estatístico de aderência os eventos a partir do ano de 2005 onde se verificam quantitativos de entrada em invalidez bem inferiores à experiência passada. O resultado do teste de aderência por faixa etária é apresentado no Apêndice A integrante deste parecer.

entradas em invalidez observadas por anoGráfico 1

Fonte: Dados Capef/ Gráfico Probus

20

15

10

5

02002 2003 2004 2005 2006 2007 2008

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Relatório Anual 2008

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Para as demais hipóteses biométricas apresenta-se estudo biométrico por faixa etária, constante no Apêndice A, realizado com base no cadastro atualizado de expostos e de eventos ocorridos para os últimos cinco anos.Nesta Avaliação Atuarial de 31/12/2008 não ocorreram mudanças de métodos atuariais em relação à Avaliação de 31/12/2007.O método de custeio atuarial adotado pela Capef, em dezembro de 2008, é mais bem descrito por seus atributos:

cálculo agregado, por benefício e por »participante;alocação de custos, com contribuições expressas »por percentagem sobre o salário-de-participação mensal e também sobre os benefícios em fruição;idade individual de entrada; »não reconhecimento, por ocasião da inscrição de »participante, de seu tempo de serviço passado e, consequentemente, não geração de passivo atuarial inicial individual;reconhecimento implícito dos ganhos ou perdas »atuariais, cujo equacionamento se faz através de ajustes no plano de contribuições ou de benefícios;grupo fechado a novos entrados. »

Destaque-se, adicionalmente, que o Regime Financeiro aplicado consistentemente na avaliação atuarial da Entidade é o de Capitalização mensal para todos os benefícios do plano.

6- Hipóteses Atuariais: Discrepâncias Entre o Planejado e o RealizadoRegistram-se, a seguir, alguns resultados de natureza atuarial verificados no ano de 2008:1) a mortalidade na massa inicial de 5.790 ativos e aposentados programados previa pela AT-2000H a ocorrência de 58,94 óbitos, contra o observado de 41 óbitos, indicando uma discrepância para menor de 0,31 % sobre essa massa;2) a mortalidade no contingente inicial de 218 aposentados por invalidez estipulava 7,29 óbitos, face ao observado de 6 óbitos, resultando um afastamento para menor de 0,59% desse contingente;3) a invalidação no conjunto inicial de 2.461 laborativos estimava 14,93 entradas em invalidez permanente, contra o observado de 4 eventos da espécie, mostrando um afastamento para menor de 0,44% desse conjunto. Registre-se que o número de entradas em invalidez esperadas para 2008 ainda utilizava as taxas de entrada em invalidez da tábua Experiência Capef original.4) as taxas nominal e real de retorno dos haveres da Capef em 2008, esta última com base no INPC do IBGE, calculadas pela Entidade, foram, respectivamente, de 6,170% a.a. e de -0,291% a.a..

7- Resultado AtuarialO Ativo Líquido do Plano, na posição de 31/12/2008, foi obtido da seguinte forma:

Quadro 6

cálculo do ativo Líquido do plano (pos. Dez/2008)

(+) Ativo Total R$ 1.970.316.946,51

(-) Exigível Operacional - R$15.815.042,74

(-) Exigível Contingencial - R$38.053.242,60

(-) Fundo Administrativo - R$8.725.799,07

(-) Fundo de Investimentos - R$820.968,67

(-) Fundo para Perdas Atuariais - R$11.024.003,09

(=) Ativo Líquido R$1.895.877.890,34

Fonte: Probus para o Fundo para Perdas Atuariais e CAPEF para os demais itens.

Da comparação do Ativo Líquido do Plano, no valor de R$ 1.895.877.890,34 (um bilhão, oitocentos e noventa e cinco milhões, oitocentos e setenta e sete mil, oitocentos e noventa reais e trinta e quatro centavos) com as Reservas Matemáticas de R$ 1.873.968.710,98 (um bilhão, oitocentos e setenta e três milhões, novecentos e sessenta e oito mil, setecentos e dez reais e noventa e oito centavos), obtém-se o superávit atuarial do Plano, no valor de R$ 21.909.179,36 (vinte e um milhões, novecentos e nove mil, cento e setenta e nove reais e trinta e seis centavos), apurado na posição de 31/12/2008.O superávit atuarial acima foi calculado após a implementação das seguintes modificações efetuadas nos parâmetros do Plano:

I) Plano de Custeio (comentados no item 3 deste Parecer):

redução da contribuição extraordinária de »assistidos;ajuste na tabela de contribuições normais de »participantes ativos;ajuste no custeio das despesas administrativas »futuras do Plano.

II) Hipóteses Atuariais (comentado no item 5 deste Parecer):

alteração na tábua de entrada em invalidez; »III) Fundos e Provisões Atuariais (comentado no item 8 deste Parecer):

criação do Fundo para Perdas Atuariais. »

Esse superávit atuarial decorre sobretudo de rentabilidades financeiras acima da meta atuarial verificadas em exercícios anteriores, e representa 1,17% do total das Reservas Matemáticas do Plano, sendo considerado como Reserva de Contingência de Benefícios pelo art. 20 da Lei Complementar Nº 109, de 29/05/2001.

8- Fundos e Suas DestinaçõesNa posição de 31/12/2008, existem na Capef três

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Relatório Anual 2008

fundos com destinação específica.O primeiro deles, do Programa Administrativo, com saldo de R$ 8.725.799,07 (oito milhões, setecentos e vinte e cinco mil, setecentos e noventa e nove reais e sete centavos) em 31/12/2008, constitui um provisionamento dos gastos administrativos futuros da Entidade.

O segundo fundo, no montante de R$ 820.968,67 (oitocentos e vinte mil, novecentos e sessenta e oito reais e sessenta e sete centavos) em 31/12/2008, subdivide-se em duas parcelas: a primeira, de R$ 202.946,40 (duzentos e dois mil, novecentos e quarenta e seis reais e quarenta centavos), representa uma provisão inicial para perdas com financiamentos imobiliários aos participantes, que são também segurados fora da Entidade; a segunda parcela, de R$ 618.022,27 (seiscentos e dezoito mil, vinte e dois reais e vinte e sete centavos), tem por objetivo cobrir os riscos dos créditos relativos à carteira de empréstimos assistenciais concedidos aos participantes.

Essa segunda parcela representa o saldo em 31/12/2008 do fundo de reserva implantado a partir de 01/05/2006, destinado à garantia de cobertura do saldo devedor de empréstimos assistenciais em caso de morte do participante durante a vigência dos contratos de empréstimo. As contribuições individuais aplicadas sobre o saldo devedor mensal estão descritas no Quadro nº 7. Ressalte-se que o risco de inadimplência dessas contribuições é muito baixo, por tratar-se de amortização consignada em folha de salários ou de benefícios.

Quadro 7

cobertura de Risco dos empréstimos assistenciaiscontribuições por Faixa etária

Faixa Etária Contribuição s/ Saldo Devedor

Até 55 anos 0,045%

56 a 65 anos 0,090%

66 a 70 anos 0,250%

71 a 75 anos 0,388%

76 a 90 anos 0,550%

Fonte: CAPEF/Probus

A rentabilidade auferida com a carteira de empréstimos assistenciais apresentou em 2008 performance de 131,04% da meta atuarial. A participação percentual, em 31/12/2008, apenas da carteira de empréstimos assistenciais a participantes sobre o patrimônio foi de 4,68%. Os investimentos em empréstimos e financiamentos representam, em 31/12/2008, 5,09% do patrimônio da Capef, respeitando assim o limite legal estabelecido pela Resolução nº 3.456, de

10/06/2007, do Conselho Monetário Nacional.

O terceiro fundo da Entidade, denominado Fundo para Perdas Atuariais, foi constituído no final do exercício de 2008 com valor inicial de R$11.024.003,09 (onze milhões, vinte e quatro mil, três reais e nove centavos).

Referido fundo previdencial foi calculado para refletir a variabilidade das obrigações previdenciais da Entidade, de acordo com a metodologia disposta na Nota Técnica Atuarial, de forma a ampliar a probabilidade de solvência econômica desses portfólios passivos para um nível de confiança de aproximadamente 99%. Obtiveram-se, assim, as taxas de 0,48% e 0,64%, aplicadas, respectivamente, sobre as reservas de benefícios a conceder e de benefícios concedidos, sendo o fundo então constituído a partir dos valores resultantes desse cálculo.Este fundo será utilizado para absorver eventuais perdas atuariais mensais futuras que porventura venham a exceder as reservas de contingência do plano e será completamente revertido e recalculado por ocasião das reavaliações atuariais anuais do plano de benefícios.

9- Capacidade de Manutenção de Títulos até o VencimentoEsta seção pretende demonstrar que a Capef tem capacidade financeira de manutenção das aplicações constantes em sua carteira de renda fixa, referentes a “Notas do Tesouro Nacional - NTN”, classificadas como “títulos mantidos até o vencimento”, conforme Art. 1º, Inciso II, da Resolução CGPC Nº 04, de 30/01/2002, alterada pela Resolução CGPC Nº 22, de 25 /11/2006.No exercício de 2008 a Capef permutou parte dessas “Notas do Tesouro Nacional”, classificadas na categoria de “títulos mantidos até o vencimento” para alargar seus prazos de vencimento. O valor da negociação foi de R$ 55.628.976,00 (cinquenta e cinco milhões, seiscentos e vinte e oito mil, novecentos e setenta e seis reais), cujo efeito positivo de R$ 2.026.876,52 (dois milhões, vinte seis mil, oitocentos e setenta e seis reais e cinquenta e dois centavos) refletiu-se no valor da cota do Fundo de Investimento Renda Fixa Previdenciário e no resultado superavitário do plano em 2008.

O total acumulado aplicado nessas NTNs soma, até 31/12/2008, R$ 1.416.332.127,18 (um bilhão, quatrocentos e dezesseis milhões, trezentos e trinta e dois mil, cento e vinte e sete reais e dezoito centavos).

Consoante Art. 1º, § 3º, da resolução supracitada, deve-se evidenciar no Demonstrativo - DRAA que a Entidade tem capacidade financeira de manter até a maturidade

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Relatório Anual 2008

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os referidos títulos em carteira, considerando-se as necessidades de liquidez para honrar as obrigações tendo em vista o perfil do exigível atuarial do plano de benefícios.Apresentam-se no Apêndice B os fluxos previdenciais da Entidade, iniciando-se em dezembro/2008 e encerrando-se em 05/2045, data de vencimento das NTNs mais longas.Segundo informações fornecidas pela Entidade, a estrutura patrimonial em 31/12/2008 está disposta no Quadro nº 8, sendo que, do montante de R$ 1.486.996.313,87 (um bilhão, quatrocentos e oitenta e seis milhões, novecentos e noventa e seis mil, trezentos e treze reais e oitenta e sete centavos) aplicados pela Capef em títulos de Renda Fixa, R$ 61.634.525,55 (sessenta e um milhões, seiscentos e trinta e quatro mil, quinhentos e vinte e cinco reais e cinquenta e cinco centavos) estão alocados em Over/LFTs com liquidez imediata a preço de mercado.

R$1,00Quadro 8

estrutura patrimonial da capeF em 31/12/2008

Rubricas valor

Renda Fixa 1.486.996.313,87

Renda Variável 145.484.172,70

Imóveis 157.488.836,18

Empréstimos a Participantes 92.062.970,28

Financiamentos a Participantes 8.089.766,15

Fundo Fortaleza Multimercado 76.178.228,66

Outras (disponível + realizável -invest. + perman. - exigível - fundos + imp. a compensar)

-70.422.397,50

Total 1.895.877.890,34

Fonte: Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Nordeste do Brasil - CAPEF

A condição de solvência financeira se caracteriza quando, ao fim de cada prazo de vencimento das NTNs mais longas, se constata que o Ativo de Liquidez Imediata para Cobertura de Reservas Matemáticas, acrescido pelas entradas de contribuições previdenciais, pelos juros e resgates líquidos de despesas das NTNs, é sempre capaz de honrar todas as obrigações da Entidade, permanecendo sempre positivo no período em análise. Para a confirmação da solvência financeira em cada mês futuro de análise fizeram-se necessários desinvestimentos de ativos de menor liquidez ao longo do período em análise para garantir o pagamento dos benefícios do Plano, sendo que a Capef estimou como possível os desinvestimentos apresentados na coluna IV do Apêndice B, detalhados no Quadro nº 9.

Na coluna V do Apêndice B, pode-se ver que, com base na estrutura de liquidez imediata verificada em 31/12/2008, acrescida dos desinvestimentos de ativos de menor liquidez antes referidos, essa condição de solvência é atendida, atestando a viabilidade financeira da manutenção até o vencimento das NTNs hoje contidas em carteira.

10- CertificaçãoObservando-se as regras contidas no Regulamento do Plano BD, as Reservas Matemáticas da Capef em 31/12/2008 importam em R$ 1.873.968.710,98 (um bilhão, oitocentos e setenta e três milhões, novecentos e sessenta e oito mil, setecentos e dez reais e noventa e oito centavos), sendo R$ 1.268.095.797,81 (um bilhão, duzentos e sessenta e oito milhões, noventa e cinco mil, setecentos e noventa e sete reais e oitenta e um centavos) para benefícios concedidos e R$ 605.872.913,17 (seiscentos e cinco milhões, oitocentos e setenta e dois mil, novecentos e treze reais e dezessete centavos) para benefícios a conceder, montantes esses apurados de acordo com as normas em vigor e com base na teoria e na prática atuariais correntes, provisões essas que expressam satisfatoriamente a expectância das obrigações previdenciais líquidas da Entidade, ficando a certificação atuarial do seu estado de solvência econômica, aqui traduzido por um superávit de R$ 21.909.179,36 (vinte e um milhões, novecentos e nove mil, cento e setenta e nove reais e trinta e seis centavos), na dependência da certificação contábil pela Auditoria Independente do Ativo Líquido para Cobertura de Reservas Matemáticas do Plano BD da Capef, constituído por haveres totalizando R$1.895.877.890,34 (um bilhão, oitocentos e noventa e cinco milhões, oitocentos e setenta e sete mil, oitocentos e noventa reais e trinta e quatro centavos). É este o nosso parecer.

Fortaleza, 23 de janeiro de 2009

CHRISTIAN AGGENSTEINER CATUNDA

Atuário, MIBA Nº 1174Probus Consultoria Atuarial

Quadro 9

Desinvestimentos de ativos estimados pela capeF

Rubricas Data do Desinvestimento valor (1)

Imóveis fevereiro/2009 R$ 26 milhões

Renda Variável dezembro/2009 R$ 30 milhões

Renda Variável dezembro/2010 R$ 70 milhões

Imóveis e Fundo Fortaleza Multimercado

março/2014 R$ 57 milhões

Renda Variável outubro/2018 R$ 160 milhões

Fonte: Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Nordeste do Brasil - CAPEF.Nota: (1) em moeda da data do desinvestimento previsto.

EMÍLIO CAPELO JÚNIORDiretor Operacional

Probus Consultoria AtuarialCIBA Nº 37

R$1,00

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Relatório Anual 2008

Parecer dos auditores indePendentes

Ilmos. Srs.Conselheiros, Diretores e Participantes da Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Nordeste do Brasil - CapefFortaleza – CE

1) Examinamos o balanço patrimonial da CAIXA DE PREVIDÊNCIA DOS FUNCIONÁRIOS DO BANCO DO NORDESTE DO BRASIL - CAPEF, levantado em 31 de dezembro de 2008, e as respectivas demonstrações dos resultados e dos fluxos financeiros, correspondentes ao exercício findo naquela data, elaborados sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações contábeis.

2) Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil e compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e o sistema contábil e de controles internos da Entidade; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração da Entidade, bem como da apresentação das demonstrações contábeis tomadas em conjunto.

3) Em nossa opinião, as demonstrações contábeis referidas no parágrafo “1” representam, adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da CAIXA DE PREVIDÊNCIA DOS FUNCIONÁRIOS DO BANCO DO NORDESTE DO BRASIL - CAPEF, em 31 de dezembro de 2008, os resultados de suas operações e seus fluxos financeiros, correspondentes ao exercício findo naquela data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.

4) A Entidade tem diversas demandas judiciais por parte dos Participantes, Ativos e Assistidos, ainda não-transitadas em julgado. Essas demandas encontram-se provisionadas, conforme nota 3.c.2) Exigível Contingencial, que apresentam um montante de R$ 38.053 mil.

No exercício ocorreram diversas baixas por novas adesões ao acordo geral proposto aos Participantes a partir de 2004, por atualização do saldo remanescente do acordo geral e de passivos judiciais diferenciados, depósito judicial do processo nº 311/97 e constituída provisão para o processo nº 90.0001242-2, tendo o saldo dessa contingência variado de R$ 41.340 mil, em 2007, para R$ 38.053 mil, em 2008.

5) Em 2008, na gestão dos investimentos, a carteira do segmento de renda variável, administrada por fundos exclusivos de ações, sofreu uma rentabilidade negativa de 39%, com um montante atual de R$ 145.484 mil (R$ 239.286 mil, em 2007), afetada principalmente pela crise no mercado de ações.Conforme nota 6, letra “b”, a Capef não realizou nenhuma mudança de expressão na carteira de ações, mesmo com o impacto da crise internacional no mercado acionário, resolvendo manter a posição, dando continuidade à estratégia de longo prazo, acreditando na recuperação dos ativos desvalorizados. 6) Anteriormente, auditamos as demonstrações contábeis referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2007, compreendendo o balanço patrimonial, as demonstrações do resultado e seus fluxos financeiros, sobre as quais emitimos parecer sem ressalvas e ênfase quanto ao assunto tratado no parágrafo “4”, datado de 18 de janeiro de 2008. As práticas contábeis adotadas no Brasil foram alteradas a partir de 01 de janeiro de 2008. As demonstrações contábeis referente ao exercício findo em 31 de dezembro de 2007, apresentadas de forma conjunta com as demonstrações contábeis de 2008 foram elaboradas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil vigentes até 31 de dezembro de 2007 e, como permitido pelo Pronunciamento Técnico CPC 13 – Adoção Inicial da Lei nº 11.638/07 e da Medida Provisória nº 449/08, não estão sendo reapresentadas com os ajustes para fins de comparação entre exercícios.

NÉLSON CÂMARA DA SILVAContador CRC/RS-023584/O-8 S-CE

HLB AUDILINK & CIA. AUDITORESCRC/RS-003688/O-2 F-CE

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Relatório Anual 2008

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Parecer do conselho Fiscal

Em atendimento à Resolução MPS/CGPC número 05, de 30 de janeiro de 2002, alterada pela Resolução MPS/CGPC número 10, de 05 de julho de 2002, e após apreciadas as demonstrações contábeis da Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Nordeste do Brasil S/A (Capef ), encerradas em 31 de dezembro de 2008, e, ainda, levando em consideração o Parecer Atuarial sobre o Plano de Benefícios Definidos e o Parecer dos Auditores Independentes, relativos ao mesmo exercício, aprovamos, sem ressalvas, as referidas demonstrações.

Fortaleza (CE), 12 de fevereiro de 2009.

TARCÍLIO BATISTA DE MESQUITAPresidente de Conselho

JOSÉ ANDRADE COSTAConselheiro

TOMAZ DE AQUINO E SILVA FILHO Conselheiro

JOSÉ FERREIRA CHAGASConselheiro

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Relatório Anual 2008

Este Conselho reunido em 16 de fevereiro de 2009, consoante ao que determina a Resolução do MPS/CGPC Nº 05, de 30 de janeiro de 2002, alterada pela Resolução MPS/CGPC Nº 10, de 05 de julho de 2002, procedeu a análise das Demonstrações Contábeis de encerramento do exercício financeiro de 2008, consubstanciada nos seguintes pareceres: do Conselho Fiscal, do Atuário responsável pelo Plano de Benefício e do Auditor Independente e aprovou as referidas demonstrações sem ressalvas.

Em atendimento ao artigo 3º da Resolução MPS/CGPC Nº 23, de 06 de dezembro de 2006, determinamos a divulgação do Demonstrativo Patrimonial e de Resultado do Plano de Benefício Definido do encerramento do exercício financeiro de 2008, previsto pelo item 5 do Anexo “C” da Resolução do MPS/CGPC Nº 05, de 30 de janeiro de 2002, incluindo o Parecer Atuarial, dentro do prazo estabelecido pela Secretaria de Previdência Complementar – SPC/MPS, por meio do relatório anual da Diretoria Executiva.

As Demonstrações Contábeis consolidadas e os demais pareceres exigidos, previstos pelo item 19 do Anexo “E” da Resolução do MPS/CGPC Nº 05, de 30 de janeiro de 2002, ficarão disponíveis aos participantes ou assistidos, por meio eletrônico, ou serão encaminhados no prazo máximo de trinta dias, contados da data da formalização do pedido.

Fortaleza (Ce), 16 de fevereiro de 2009.

maniFestação do conselho deliberativo relativaÀs demonstrações contábeis de 2008

ROBÉRIO GRESS DO VALEPresidente

RAIMUNDO LOURIVAL DE LIMAConselheiro

EDGAR ARILO SALDANHA FONTENELEVice-presidente

AÍLTON CARVALHO DOS SANTOSConselheiro

CLÁUDIO VASCONCELOS FROTAConselheiro

MIGUEL NÓBREGA NETOConselheiro

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sumário da Políticade investimentos - 2009

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Relatório Anual 2008

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Atendendo à Instrução SPC nº 14, de 18 de janeiro de 2007, que trata do preenchimento, envio e divulgação de informações dos investimentos dos planos de benefícios administrados pelas EFPCs, a Capef elabora e divulga um sumário da sua Política de Investimentos, cuja aprovação é de responsabilidade do Conselho Deliberativo da Entidade, definindo as diretrizes da gestão dos recursos durante o período de 2009 a 2013. Em 30 de dezembro de 2008, o Conselho Deliberativo da Capef aprovou a Política de Investimentos da Entidade, objeto da ata nº 143-A.

A elaboração da Política de Investimentos é baseada em cenários apresentados por Instituições Financeiras, gestores terceirizados, gestores próprios e parceiros da Capef durante o Seminário Anual de Investimentos. A partir do evento, a Diretoria-Executiva, os membros dos Conselhos Deliberativo e Fiscal, a equipe de técnicos e gestores da Capef e do BNB elaboraram um cenário macroeconômico. A elaboração da Política de Investimentos da Capef tem como objetivos principais: a) nortear a aplicação dos recursos; b) manter um instrumento de planejamento que proporcione uma definição efetiva das metas de retorno, tolerância ao risco e restrições legais e de mercado para os investimentos; c) propiciar o claro entendimento por parte de todos os envolvidos, direta ou indiretamente, com as atividades da Entidade, dos mecanismos e critérios adotados na aplicação de recursos; e d) proporcionar a existência de critérios objetivos e racionais para a avaliação de classes de ativos, de gestores e de estratégias de investimentos empregadas na aplicação de recursos, conforme os parâmetros pré-estabelecidos.

Com base nesse cenário e nos critérios de segurança, liquidez, rentabilidade, grau de maturidade do plano de benefícios e respeitando os critérios da Resolução nº 3.456, o Conselho Deliberativo da Capef aprovou

ativos

Dezembro/ 2008 No ano Limites

posição (R$mil) participação % Rentabilidade % Legais Máximos %

política de investimentos

Lim. inf % Lim. sup %

Total Investimentos 1.966.371,23 - 6,170 - - -

Subtotal Investimentos (sem impostos a compensar)

1.966.300,29 - - - - -

Renda Fixa 1.563.174,54 79,50 14,752 100,00 67,00 100,00

Renda Variável 145.484,17 7,40 (38,900) 50,00 0,00 15,00

Imóveis 157.488,84 8,01 12,840 8,00 0,00 8,00

Empréstimos e Financiamentos

100.152,74 5,09 16,312 15,00 0,00 10,00

Empréstimos 92.062,97 4,68 16,865 - 0,00 10,00

os limites de aplicação em cada segmento. A Capef continua com a maior parcela de seus recursos alocada no segmento de Renda Fixa. O limite máximo para alocação em Renda Variável e em Operação com Participantes não foi alterado; já para o segmento de imóvel; houve uma redução em seu percentual máximo, que passou de 9% para 8% do total do patrimônio líquido da Entidade.

Cenários MacroeconômicosO cenário econômico mundial passou por profundas alterações ao longo de 2008. A economia americana deverá passar por uma profunda desaceleração nos próximos anos, motivada, principalmente, pela forte retração do crédito. A desaceleração econômica mundial impactará de forma negativa o ritmo de expansão da atividade brasileira nos próximos anos. Em 2009, a economia brasileira será caracterizada, basicamente, por um menor crescimento na demanda doméstica. As projeções apontam para um crescimento da economia brasileira em torno de 5,2% em 2008 e de 2,17% e 3,93% em 2009 e 2010, respectivamente.

As expectativas para o cenário de inflação medida pelo IPCA, para os anos 2009 e 2010 são de 5,60% e 4,50%, respectivamente. Para os anos 2009 e 2010, as projeções para o IGP-M são de 6,6% e 6,8% e, para o IGP-DI, 4,72% e 4,88% , respectivamente. No tocante à SELIC, as projeções para os anos 2009 e 2010 são de 13,00% e 11,40%, respectivamente.

MacrocarteiraA Macrocarteira da Capef atingiu, no ano 2008, uma rentabilidade de 6,170%, ficando abaixo da meta atuarial de 12,870% referente a (INPC + 6,0% a.a.). Seguem na tabela abaixo os limites de enquadramento definidos pela política de investimentos para o ano 2009:

sumário da Política de investimentos - 2009

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Relatório Anual 2008

DiversificaçãoRenda Fixaa) não aplicar em fundos de investimentos com derivativos que elevem o risco da carteira; b) a carteira de Renda Fixa tem como referencial de rentabilidade superar a meta atuarial acrescida dos custos administrativos; c) limitar em 1,5% as aplicações do patrimônio do Plano BD da Capef em Fundo de Investimentos em Direitos Creditórios (FIDC), observando-se a limitação dessas aplicações a 10% do patrimônio do FIDC; d) limitar em 2,5% as aplicações do total dos investimentos do Plano BD da Capef em títulos privados com avaliação de baixo risco de crédito feita pela Capef. Para aquisição de créditos privados, será permitido um limite máximo de 5% do Patrimônio Liquido (PL) de uma mesma instituição financeira; e) utilização de derivativos apenas para proteção; f ) não adquirir títulos públicos estaduais e municipais, inclusive através de fundos de investimentos.

Renda variávela) não aplicar em fundos de investimentos com derivativos que elevem o risco da carteira; b) buscar como referencial dos investimentos a rentabilidade do IbrX-50; c) limitar em até 1,5% do total dos investimentos do Plano BD da Capef as aplicações na carteira de participações (na forma definida na Resolução nº 3456);d) utilização de derivativos apenas para proteção.

Multimercadoa) limitar em até 6% dos recursos do Plano BD da Entidade para aplicação no fundo Fortaleza Multimercado;b) não comprar cotas de fundos alavancados;c) utilização de derivativos apenas para proteção.

imóveisNão serão feitas novas aplicações nesse segmento, exceto: permutas; dação em pagamento; eventuais aportes finais para construção da nova Sede da Capef; manutenção da estrutura predial existente; benfeitorias e reformas são

limitadas a 10% do valor do ativo; nos demais casos que extrapolem essas condições, os aportes seriam efetuados somente após apreciação e anuência do Conselho Deliberativo da Capef. Há também restrições de definição do percentual máximo de 25% para a participação em empreendimentos em desenvolvimento e fundos imobiliários, não podendo haver registros de participação em único empreendimento com participação superior a 4% dos recursos totais da Entidade. Na Carteira de Imóveis atual da Capef, não há qualquer registro de desenquadramento dessa ordem.

empréstimo e FinanciamentoCom relação às operações com participantes, não será permitido contratar financiamentos imobiliários, exceto nos casos de refinanciamento derivado da política de reestruturação desse segmento.

Controle do RiscoPara a manutenção da saúde financeira das entidades fechadas de previdência complementar são necessários controles internos eficazes, que garantam níveis de risco e qualidade adequados aos resultados desejados. Esse gerenciamento é importante para dar segurança aos participantes e subsidiar o processo decisório, garantindo o alcance da meta atuarial e o aumento do patrimônio. Dessa forma, a correta precificação de produtos, a eliminação de ineficiências nos processos e a eficácia na aplicação de recursos passam a ser diferenciais na gestão do patrimônio.

A Gestão de Risco de forma integrada tem a missão de garantir a otimização da relação risco/retorno/liquidez, por meio da mensuração dessa relação nas estratégias de investimentos adotadas e de proteger o patrimônio do Plano BD da Capef e minimizar a probabilidade de insolvência.

Para fazer frente a essa demanda e atendendo a recomendações de seu Conselho Fiscal, a Capef criou uma área específica para proporcionar a gestão integrada de riscos, sejam operacionais, de mercado e de descasamento

Continuação

ativos

Dezembro/ 2008 No ano Limites

posição (R$mil) participação % Rentabilidade % Legais Máximos %

política de investimentos

Lim. inf % Lim. sup %

Financiamentos 8.089,77 0,41 10,394 - - 1,00

Impostos a Compensar 70,94 - - - - -

INPC + 6%aa - - 12,870 - - -

CDI - - 12,380 - - -

IBRX50 Fechamento - - (43,141) - - -

Ibovespa Fechamento - - (41,223) - - -

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Relatório Anual 2008

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Fundos taxa de administração paga em 2008 (em R$) taxas de administração que vigorarão em 2009 (%a.a.)

BNB - RF 567.238,00 0,04%

BNB - RV 518.076,53 0,30%

BNB - Fundo de Cotas de Fundo de Ações FIC 28.372,50 0,025%

Itaú 211.288,01 0,50%

Schroders (*) 113.451,36 0,50%

Unibanco 78.566,02 0,30%

FI Multimercados 68.123,08 0,10%

TOTAL 1.585.115,50 -

(*) Em 18/03/2008 a gestão dos recursos passou do Bradesco para o Schroders

de passivos. Essa área foi estruturada através da junção das atividades de gestão de riscos e controles internos, formando a atual Assessoria de Gestão de Riscos e Controles Internos (Asger).

Controles InternosA Secretaria de Previdência Complementar, através da Resolução n° 13, de 1º de outubro de 2004, estabeleceu princípios, regras e práticas de governança, gestão e controles internos a serem observados pelas entidades fechadas de previdência complementar.

A implementação de controles internos pelas entidades fechadas de previdência complementar deve ser feita visando garantir a segurança da situação econômico-financeira e atuarial dos planos de benefícios, salvaguardar seus ativos, promover a eficiência operacional, encorajar a aderência às políticas definidas pela Diretoria e Conselhos, proteger os interesses dos participantes e assistidos e assegurar que eles tenham acesso às informações referentes à administração dos planos.

Visando à adoção de melhores práticas e para atender a recomendações de seu Conselho Fiscal, a Capef criou uma área específica para proporcionar a gestão integrada de riscos, sejam operacionais, de mercado e/ou de descasamento de passivos. Essa área foi estruturada através da junção das atividades de gestão de riscos e controles internos, formando a atual Assessoria de Gestão de Riscos e Controles Internos (Asger).Ao final de 2008, as exigências emanadas da Resolução n° 13, relacionadas à adoção de Controles Internos para a mitigação ou diminuição dos riscos inerentes aos processos da Entidade, foram em grande parte atendidas pelas práticas já adotadas pela Capef, através da avaliação constante das rotinas desenvolvidas pelas áreas.Por fim, é importante registrar que a Entidade está

continuamente buscando melhorar seus processos internos a fim de alcançar níveis ainda maiores de excelência na administração da Previdência Complementar.

Código de ÉticaO novo Código de Ética direcionado a todos os profissionais da Capef foi aprovado em reunião do Conselho Deliberativo realizada em 14/12/2005 e está disponível para todos os participantes e funcionários através da página eletrônica da Entidade e através da Central de Atendimento. A adesão a princípios éticos comuns tem sido parâmetro para a adaptação do mercado e das regras locais aos preceitos internacionais relativos à redução do risco. O Fundo Fortaleza Multimercado aderiu ao código de ética e operacional de mercado da Andima (Associação Nacional das Instituições do Mercado Financeiro).

Gestão CompartilhadaA Capef vem adotando um modelo de gestão compartilhada, com a realização de comitês semanais, da qual participam os gestores da Capef, do BNB e analistas de mercado, com a finalidade de analisar, discutir e sugerir decisões que envolvem as movimentações dos segmentos de renda fixa e, principalmente, renda variável.

CustosNo ano 2008, houve redução nas taxas de administração dos fundos de investimentos da Capef. O Fundo de Cotas de Fundo de Ações – FIC passou de uma taxa de 0,05% a.a para 0,025% a.a. e o Fundo de Investimentos em Ações Previdenciário Exclusivo passou de 0,59% a.a. para 0,30% a.a. No que diz respeito às despesas de corretagem pagas nas operações de renda variável, a Capef obteve uma devolução média de 90% das referidas despesas. Na tabela seguinte, apresentamos os valores das taxas de administração pagas durante o ano 2008, assim como o percentual das taxas que vigorarão para o ano 2009.

Gestão PrópriaA gestão própria via fundo Fortaleza Multimercado tem como objetivo superar INPC + 8% ao ano, sempre respeitando os limites determinados na política de investimentos e as regras da Resolução nº 3.456 do

Conselho Monetário Nacional - CMN. Dessa forma, o foco da atuação concentra-se na disciplina na tomada de decisão e rígido controle de risco, de forma a permitir a consistência de resultado ao longo do tempo.

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Relatório Anual 2008

A gestão própria de parte dos recursos do Plano BD é realizada atualmente por um fundo de investimentos - o Fortaleza Multimercado - que teve suas atividades iniciadas em 07 de fevereiro de 2006.

Na posição de 28 de novembro, o fundo possuía a seguinte composição: 78,22% em ativos de renda fixa e 21,78% de renda variável. Em 2008, com a forte desvalorização do mercado de ações, o fundo encerrou o ano com uma rentabilidade de -6,28%, que corresponde a -56,06% do CDI e -53,09% da meta atuarial projetada.

Contratação dos Administradores da Carteira de Renda VariávelEm março de 2008, a Capef, baseada em metodologia desenvolvida internamente, levando em conta aspectos quantitativos e qualitativos, substituiu o Bradesco pelo Schroders. Para o período de 2009 e 2013 a metodologia de seleção e avaliação de gestores de renda variável continuará sendo desenvolvida internamente. A metodologia de seleção pressupõe a revisão anual ou a qualquer tempo, caso necessário. Atualmente, na gestão terceirizada, a Caixa possui três administradores de renda variável: Schroders, Itaú e Unibanco e na gestão compartilhada, o BNB.

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PRODUÇÃO EDITORIALCapef - Gerência de Desenvolvimento Institucional

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IMPRESSÃOExpressão Gráfica

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