PAULINAS 2...4 INFORMAÇÕES DA DISCIPLINA Curso: Panorama Bíblico Disciplina: Paulinas 2...
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PAULINAS 2 EFÉSIOS, FILIPENSES, COLOSSENSES E TESSALONICENSES
Sapiranga
2020
SUMÁRIO
INFORMAÇÕES DA DISCIPLINA .................................................................................................. 4
INTRODUÇÃO ÀS EPÍSTOLAS PAULINAS .................................................................................. 5
1 EPÍSTOLA AOS EFÉSIOS .............................................................................................................. 6
1.1 Tema ................................................................................................................................................ 6
1.2 Autor ............................................................................................................................................... 6
1.3 Esboço ............................................................................................................................................. 6
1.4 Contexto Histórico.......................................................................................................................... 6
1.5 Destaques e Curiosidades............................................................................................................... 7
1.6 Principais Aspectos de Efésios ....................................................................................................... 7
2 EPÍSTOLA AOS FILIPENSES ....................................................................................................... 9
2.1 Tema ................................................................................................................................................ 9
2.2 Autor ............................................................................................................................................... 9
2.3 Esboço ............................................................................................................................................. 9
2.4 Contexto Histórico.......................................................................................................................... 9
2.5 Destaques e Curiosidades............................................................................................................... 9
2.6 Principais Aspectos de Filipenses ................................................................................................ 10
3 EPÍSTOLA AOS COLOSSENSES ................................................................................................ 12
3.1 Tema .............................................................................................................................................. 12
3.2 Autor ............................................................................................................................................. 12
3.3 Esboço ........................................................................................................................................... 12
3.4 Contexto Histórico........................................................................................................................ 12
3.5 Destaques e Curiosidades............................................................................................................. 13
3.6 Principais Aspectos de Colossenses ............................................................................................. 13
4 PRIMEIRA EPÍSTOLA AOS TESSALONICENSES ................................................................. 16
4.1 Tema .............................................................................................................................................. 16
4.2 Autor ............................................................................................................................................. 16
4.3 Esboço ........................................................................................................................................... 16
4.4 Contexto Histórico........................................................................................................................ 16
4.5 Destaques e Curiosidades............................................................................................................. 17
4.6 Principais Aspectos de 1 Tessalonicenses ................................................................................... 17
5 SEGUNDA EPÍSTOLA AOS TESSALONICENSES .................................................................. 19
5.1 Tema .............................................................................................................................................. 19
5.2 Autor ............................................................................................................................................. 19
5.3 Esboço ........................................................................................................................................... 19
5.4 Contexto Histórico........................................................................................................................ 19
5.5 Destaques e Curiosidades............................................................................................................. 20
5.6 Principais Aspectos de 2 Tessalonicenses ................................................................................... 20
REFERÊNCIAS ................................................................................................................................. 22
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INFORMAÇÕES DA DISCIPLINA
Curso: Panorama Bíblico
Disciplina: Paulinas 2
Categoria: Presencial
Carga Horária: 08h
Polo e Local: Polo 1/Sapiranga - Igreja Assembleia de Deus Vida Nova
Data de início: 16 de março de 2020.
Dia e Horário: Segundas-feiras, das 19h30 às 21h30.
Investimento: Mensalidade - individual R$ 35,00; casal R$ 60,00.
Método Avaliativo: Aplicação de no mínimo uma atividade avaliativa que poderá ter caráter
objetivo ou dissertativo (prova, trabalho ou apresentação – individual ou em grupo). O
Professor Responsável pela disciplina tem autonomia para utilizar de critérios como:
participação, pontualidade, presença e outros, para aumento ou diminuição do Grau Final.
Composição do Grau Final: A nota final é descrita de zero (0.0) a dez (10), sendo a média
mínima para aprovação a nota seis (6.0).
Assiduidade: Presença mínima de 06h.
Ementa: Exame historiográfico e temático do conteúdo canônico das Epístolas aos Efésios,
Filipenses, Colossenses, Tessalonicenses (1 e 2), com ênfase na abordagem expositiva e
exegética do texto, destacando pontos como autoria, conteúdo, datação, homilética, teologia,
etc.
Professor Responsável: Anderson Müller
Equipe Pedagógica
IBS - Instituto Bíblico Sapiranguense
5
INTRODUÇÃO ÀS EPÍSTOLAS PAULINAS
Dos vinte e sete livros que compõem o Cânon do Novo Testamento, vinte e um são
espécies de “cartas” escritas as Igrejas (e.g., Romanos, Filipenses, etc.) ou a indivíduos
específicos (e.g., Timóteo, Tito e Filemom), fazendo deste modo com que a Nova Aliança fosse
majoritariamente registrada através de um modelo literário que já era consagrado no mundo
greco-romano.
Esse estilo literário que foi utilizado amplamente pelos escritores bíblicos do Novo
Testamento, também por meio destes, passou por algumas modificações que visavam readaptar
esse sistema de escrita as novas funções e convenções que o cristianismo com sua Boa-Nova
procurava anunciar. Esse tipo e formato de escrita, também chamada de epistolar/epístola (gr.
ἐπιστολή) – uma forma de carta estruturada, que normalmente apresentava uma abertura
(saudante), um corpo (assunto geral ou especifico) e uma conclusão (despedimento e votos) –,
veio a ser uma “marca” do cenário cristão, tornando-se um vocábulo que na contemporaneidade
se configura como uma terminologia de uso quase que exclusivamente do meio bíblico-
teológico.
Quando tratamos especificamente sobre as Epístolas escritas pelo Apóstolo Paulo,
abordamos sobre aquele (autor) que é o escritor epistolar por excelência do Novo Testamento;
Paulo, utiliza-se apenas desse modelo literário, são treze obras escritas, treze Epístolas – oito
locais, uma regional e três pessoais.
Quando analisamos o ministério apostólico de Paulo compreendemos que devido ao
seu trabalho missionário, houve a necessidade de se manter um serviço de apoio, ensino e
supervisão junto as comunidades que por ele foram geradas. Diante desta realidade, Paulo opta
por escrever “cartas” a estas congregações, na tentativa de estabelecer e manter esse
relacionamento de fé.
Deste modo, as Epístolas Paulinas nos permitem concluir que cada um destes escritos
procurava estabelecer junto as novas comunidades, os critérios e elementos da doutrina de
Cristo. Suas “cartas” não eram simplesmente uma forma de contato entre amigos ou iguais, mas
muito mais do que isto, eram escritos motivados por questões específicas e pertinentes que
necessitavam à total atenção do Apóstolo, suas “cartas” não apenas serviam a Igreja como um
modelo sobre o pensamento de Paulo, mas também representavam à própria presença do
Apóstolo (2 Ts 2:15) quando este não podia estar pessoalmente com eles.
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1 EPÍSTOLA AOS EFÉSIOS
1.1 Tema
A unidade da Igreja e de toda a criação sob o governo de Cristo ressuscitado (1:20-
22a), pois vão “convergir nele, na dispensação da plenitude dos tempos, todas as coisas, tanto
as do céu como as da terra” (1:10). Este é o propósito de Deus, mantido no oculto da sua
sabedoria (3:10), o qual agora há de ser revelado universalmente por meio da Igreja (3:10-11).
1.2 Autor
Conforme toda a tradição cristã sustenta, Paulo é o autor desta Epístola. Acredita-se
que foi escrita em 62 d.C.
1.3 Esboço
• Introdução (1:1,2);
• A Unidade de todas as coisas em Cristo (1:3 a 3:21);
• Exortações Práticas (4:1 a 6:20);
• Conclusão (6:21,22);
• Bênção (6:23,24).
1.4 Contexto Histórico
Paulo, ao escrever esta Epístola estava em Roma, prisioneiro por amor de Cristo (3:1;
4:1; 6:20). Efésios tem muita afinidade com Colossenses, talvez tenha sido escrita logo após
esta. As cartas podem ter sido simultaneamente entregues ao seu destino por um discípulo
chamado Tíquico (6:21; Cl 4:7). É crença geral que Paulo escreveu Efésios também para outras
congregações da região.
Desde o ano 133 a.C., com uma população próxima a meio milhão de pessoas, Éfeso
era a capital da província romana da Ásia e residência oficial do Governador. Estava situada
em um lugar privilegiado da Costa do Mediterrâneo, com um porto de muito tráfego, e uma
importante via de comunicação com o interior da Ásia Menor.
Contribuía para aumentar o prestígio da cidade o culto à deusa Diana, em cuja honra
se havia erigido um templo em Éfeso, ao qual devotos de “toda Ásia e o mundo” (At 19:23-40)
acudiam em peregrinação.
7
1.5 Destaques e Curiosidades
Efésios é um dos picos elevados da revelação bíblica, ocupando lugar único entre as
Epístolas Paulinas.
Ela não foi elaborada no árduo trabalho da “bigorna” da controvérsia doutrinária ou
dos problemas pastorais (como algumas das outras Cartas de Paulo). Ao contrário, Efésios
transmite a impressão de um rico transbordar da revelação Divina brotando da vida de oração
do Apóstolo Paulo.
Efésios é conhecida como a mais austera revelação do Novo Testamento, conhecida
no meio eclesiástico como a “Epístola da Maturidade Espiritual”.
O Livro de Atos faz referência a duas visitas de Paulo a Éfeso. A primeira foi breve
(At 18:19-21), mas a segunda se prolongou por três anos (At 19:1-20), um período cuja duração
indica a importância da obra missionária realizada ali.
As frequentes alusões que o Apóstolo faz em outras Epístolas a Éfeso ou a pessoas
relacionadas com essa cidade revelam estreitos laços de trabalho e afeto que o uniam à
comunidade cristã estabelecida ali (1 Co 15:32; 16:8; 1 Tm 1:3; 2 Tm 1:18; 4:12).
1.6 Principais Aspectos de Efésios
O texto da carta é formado por duas seções principais. A primeira (1:3 a 3:21), de
caráter doutrinário, se apresenta após algumas palavras iniciais de saudação (1:1-2). A segunda
(4:1 a 6:20) contém uma série de exortações para se viver de acordo com a vocação e a fé cristã.
Por último, um breve epílogo põe ponto final à carta (6:21-24).
A seção doutrinária começa com um louvor a Deus (1:3-14), que nos escolheu em
Cristo “antes da fundação do mundo” (1:4) e “nos predestinou para ele, para a adoção de
filhos, por meio de Jesus Cristo” (1:5). Essa eleição e destino pertencem ao “mistério da
vontade” divina, agora manifestado, de que tanto judeus como gentios são chamados a
participar dos benefícios da redenção (1:9; 2:11-22).
Em uma oração de gratidão e súplica pela fé e pelo amor dos Efésios (1:15-23), Paulo
evoca a grandeza do poder de Deus (1:19) e o senhorio único e definitivo de Jesus Cristo, cabeça
da “Igreja [...] plenitude daquele que a tudo enche em todas as coisas” (1:22-23). O capítulo
dois recorda aos leitores que, ainda que antes estivessem mortos nos seus “delitos e pecados”
(2:1-3), agora são salvos pela graça e fazem parte de um povo único, no qual não há diferenças
de classe nem inimizade de raça (2:14-16), pois todos nele pertencem à família de Deus (2:19-
22). O mistério da salvação dos não-judeus foi revelado pelo Espírito aos Santos Apóstolos e
8
Profetas de Cristo (3:5), como também o foi a Paulo (3:3), ministro como eles, escolhido por
Deus para anunciar o Evangelho aos gentios (3:8).
Na segunda seção, o Apóstolo exorta a “preservar a unidade do Espírito no vínculo
da paz” (4:3-6), o que em nada se opõe à diversidade dos Dons Espirituais que devem estar
sempre presentes na Igreja (4:7-16). A vocação cristã há de manifestar-se na renovação
profunda da pessoa, com o abandono dos antigos hábitos perniciosos e fazendo conciliar
pensamentos, palavras e atitudes com a realidade da Nova Vida em Cristo (4:22-24). Os
princípios do Espírito: “bondade, justiça e verdade” (5:9) devem governar o coração dos
crentes e dirigir todos os seus relacionamentos humanos: de esposas e esposos, de pais e filhos
e inclusive de senhores e escravos (5:21 a 6:9). Particularmente importante é a passagem de
5:21-33, onde o autor estabelece um paralelismo entre a unidade essencial de Cristo e a sua
Igreja e a figura do matrimônio. A seção conclui com uma exortação a lutar contra o mal (“as
astutas ciladas do Diabo” e as “hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais”). A
indumentária e as armas dos soldados Romanos possivelmente serviram de modelo a Paulo em
sua descrição da figura militar que achamos em 6:10-20, seguida de uma última nota de
despedida, pondo fim ao corpo central da Epístola.
Há quatro características predominantes nesta carta:
I. A revelação da grande verdade teológica dos capítulos 1 a 3 é interrompida por
duas grandiosas orações apostólicas. Na primeira o Apóstolo pede por sabedoria e revelação no
conhecimento de Deus (1:15-23); na segunda, roga que possam conhecer o amor, o poder e a
glória de Deus (3:14-21);
II. “Em Cristo”, uma expressão paulina de peso (106 vezes utilizada em suas
Epístolas), sobressai grandemente em Efésios (cerca de 36 vezes). Ou seja, toda benção
espiritual e todo assunto prático da vida relaciona-se em estar “em Cristo”;
III. Efésios salienta o Propósito Eterno de Deus para a Igreja;
IV. Há um realce multifacetado do papel do Espírito Santo na vida cristã
(1:13,14,17; 2:18; 4: 3,4,30; 5:18; 6:18).
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2 EPÍSTOLA AOS FILIPENSES
2.1 Tema
A ênfase desta carta está no gozo que o crente em Cristo encontra em todas as
circunstâncias da vida.
2.2 Autor
Conforme toda a tradição cristã sustenta, praticamente sem contradições, Paulo é o
autor desta Epístola. A menção da “guarda pretoriana” (1:13) é interpretada como uma
referência a estrutura imperial, onde se localiza a prisão/detenção de Paulo em Roma (At 28:16-
31). Nesse caso, a carta entregue por um cooperador de Paulo, chamado Epafrodito, teria sido
escrita nessa cidade no ano 63 d.C.
2.3 Esboço
• Paulo ora pelos Filipenses (1:1-11);
• As cadeias de Paulo fazem com que o Evangelho avance (1:12-26);
• Cristo é modelo de Humildade (1:27 a 2:18);
• Paulo louva a Timóteo e Epafrodito (2:19-30);
• Exortação ao Conhecimento e à Paz de Cristo Jesus (3:1 a 4:20);
• Saudações Finais (4:21-23).
2.4 Contexto Histórico
Paulo durante sua segunda viagem missionária, depois de ter percorrido o interior da
Ásia Menor, acompanhado de Silas, Timóteo e seguramente também de Lucas, embarcou em
obediência a uma visão celestial (At 16:9) rumo a Neápolis, porto do Norte da Grécia. Dali
dirigiu-se a Filipos, onde não se deteve muito tempo, ainda que o suficiente para fundar uma
Igreja, a primeira nascida em solo europeu. Essa comunidade cristã era formada na sua maior
parte por pessoas que haviam passado do paganismo ao Judaísmo (o caso de Lídia, de Tiatira,
At 16:14,15), as quais se reuniam para o culto fora da cidade, junto ao rio, onde estava o seu
“lugar de oração” (At 16:13).
2.5 Destaques e Curiosidades
10
A primeira menção que o Novo Testamento faz de Filipos se encontra em Atos 16:12.
Nesse texto, lemos que se tratava de uma importante “cidade desse distrito da Macedônia, e
colônia romana”. O seu nome primitivo havia sido Krênides, que significa “Lugar das Fontes”,
mas, quando em 360 a.C., o pai de Alexandre Magno, o rei Filipe II da Macedônia, conquistou
a cidade, trocou aquele antigo nome pelo seu próprio.
A Epístola aos Filipenses, junto com a dirigida a Filemom, é a mais pessoal das que
possuímos do Apóstolo Paulo. É também o testemunho de um sentimento de alegria e de mútua
gratidão: de Paulo para com os Filipenses, que o haviam socorrido em momentos muito difíceis
para ele; e dos Filipenses para com Paulo, agradecidos pelo trabalho que havia realizado entre
eles.
Filipenses também celebra com afinco uma das características vitais da essência do
Reino de Deus, “a alegria de Viver por Cristo”.
2.6 Principais Aspectos de Filipenses
Paulo escreve aos Filipenses com detalhes básicos, mas visando salientar alguns
valores significativos do Evangelho, os quais estavam sendo honrados pela prática da Igreja de
Filipos.
Ele escreve para agradecer-lhes pela sua oferta generosa, cujo portador foi Epafrodito
(4:14-19); para assegurar a congregação que o mensageiro por ela enviado (Epafrodito)
cumprira fielmente sua tarefa e que não estava voltando antes do tempo enviado (2:25-30);
escreve para transmitir a comunidade da fé a certeza do triunfo do Propósito de Deus na sua
prisão (1:12-30) e para levar os membros da congregação a se esforçarem para conhecerem
melhor o Senhor, conservando a unidade, a humildade, a comunhão e a paz.
A Epístola não tem uma clara estrutura doutrinária. Mais parece responder a fortes
sentimentos pessoais do que ao propósito de oferecer um texto bem planejado e teologicamente
articulado. Não obstante, há nela profundos pensamentos junto a conselhos e ensinamentos
práticos para a vida dos cristãos e para a marcha da Igreja em conjunto.
A partir do capítulo 1:12-26, Paulo dá testemunho de que inclusive a prisão oferece
oportunidades de anunciar o Evangelho (1:12-14). E reflete sobre o seu ministério Apostólico,
ao qual continuará consagrado “quer pela vida, quer pela morte” (1:20), enquanto não chegar
a hora “de partir e estar com Cristo, o que é incomparavelmente melhor”, porque para Paulo
“o viver é Cristo, e o morrer é lucro” (1:21,23).
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Em 1:27 a 2:18, há uma declaração fundamental da fé cristã: um hino dedicado ao
Filho de Deus pré-existente e eterno, Cristo Jesus. Reconhecendo-o e adorando-o
universalmente como Senhor.
Em 2:19-30, segue uma referência pessoal a Timóteo e Epafrodito, colaboradores do
Apóstolo. Ao primeiro, espera enviar logo a Filipos e, sobre o segundo, explica o porquê de tê-
lo enviado já (2:19,25-30). Além do mais, ele também acredita estar logo em condições de
visitar os crentes da cidade (1:19; 2:24).
Em 3:1 a 4:1, faz também uma enérgica chamada à presença de “muitos... que são
inimigos da cruz de Cristo”. Parece certo que mestres judaizantes haviam chegado à Macedônia.
Em 4:2-9, salienta que a alegria da salvação há de ser uma constante na vida do cristão.
Exorta-os a confiar plenamente no Senhor, que está perto e a pensar e atuar de maneira sempre
digna de louvor.
Em 4:10-20, insiste em manifestar o seu agradecimento pela solicitude com que os
Filipenses o haviam atendido em diversas ocasiões de dificuldade no seu ministério.
Três são os destaques principais desta carta:
I. Ela é a mais afetuosa e pessoal das Epístolas eclesiológicas de Paulo;
II. É altamente cristocêntrica, contendo uma das mais profundas declarações
cristológicas da Bíblia (2:5-11);
III. Apresenta um modelo de vida cristã dinâmica e resignada, como, viver
humildemente e como servo (2:1-8); prosseguir com firmeza para o alvo (3:13,14); alegrar-se
sempre no Senhor (4:4); libertar-se da ansiedade (4:6); contentar-se em todas as circunstâncias
(4:11) e fazer todas as coisas mediante a potente graça de Cristo (4:13).Fazermos todas as coisas
para a Glória de Deus.
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3 EPÍSTOLA AOS COLOSSENSES
3.1 Tema
Nesta carta o Apóstolo Paulo diz aos cristãos de Colossos que abandonem suas
superstições e que Cristo seja o centro de suas vidas.
3.2 Autor
Paulo é o autor desta Epístola. Foi escrita aproximadamente entre 60 e 62 d.C., durante
a primeira prisão do Apóstolo em Roma. Para Paulo, era uma congregação pessoalmente
desconhecida na data em que escreveu esta Epístola (1:4; 2:1). Algumas vezes havia passado
pela região de Frígia (At 16:6; 18:23), mas sem visitar a cidade.
3.3 Esboço
• Introdução (1:1-8);
• Oração pelos Colossenses (1:9-12);
• A excelência da Pessoa e da Obra de Cristo (1:13-23);
• Trabalhos, Sofrimentos e Cuidado de Paulo pelos Colossenses (1:24 a 2:7);
• Exortação contra Filosofias e Heresias (2:8-23);
• Exortação à Santidade e ao Amor Fraternal (3:1-17);
• Exortação quanto aos Deveres Domésticos, à Oração, e às Relações Sociais (3:18
a 4:6);
• Conclusão e Saudações (4:7-18).
3.4 Contexto Histórico
A informação que atualmente possuímos da cidade de Colossos é escassa. Sabemos
que se erguia às margens do Rio Lico a uns 175 km a leste de Éfeso. Houve uma época em que
gozou de certo prestígio comercial, mas a partir do ano 61 d.C., depois de um violento
terremoto, entrou em processo de tanta decadência, que logo chegou quase ao desaparecimento
total.
Onésimo é Tíquico são os enviados do Apóstolo Paulo com a missão de entregar uma
carta dele dirigida aos “irmãos fiéis em união com Cristo, em Colossos”. Pelo que sabemos,
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Paulo nunca visitou Colossos. A congregação, que consiste principalmente em não judeus, foi
provavelmente fundada por Epafras, que labutou entre eles e se acha agora em Roma com Paulo
(1:2, 7; 4:12).
3.5 Destaques e Curiosidades
Não se têm muitas notícias da Igreja de Colossos no Livro dos Atos dos Apóstolos. A
pregação do Evangelho naquela região da Ásia Menor havia sido confiada a Epafras, residente
em Colossos (4:12) e talvez o fundador da Igreja. A ele, o Apóstolo se refere com claro afeto,
chamando-o de “amado conservo” (1:7; Fm 23) e relacionando-o com as comunidades cristãs
de outras duas cidades: Laodiceia, onde possivelmente a Igreja tenha chegado a ter certa
importância, e Hierápolis (2:1; 4:13,15,16; Ap 1:11; 3:14-22).
Os crentes que se reuniam em Colossos constituíam um grupo principalmente de
procedência gentílica, composto por pessoas que, na sua maioria, se não na sua totalidade,
haviam antes professado alguma forma de culto pagão.
Esta Epístola também oferece uma especial coincidência de nomes próprios com a
dirigida a Filemom. Mas o paralelismo mais notável se dá entre Colossenses e Efésios.
3.6 Principais Aspectos de Colossenses
Apesar da sua curta existência, a Igreja de Colossos já havia começado a acusar a
infiltração de doutrinas que se desviavam do Evangelho. Essa notícia, recebida por meio de
Epafras, alarmou a Paulo que se achava preso, possivelmente em Roma. Ao compreender os
perigos que espreitavam a fé ainda recente dos Colossenses (1:23; 2:4-8,16-23), lhes escreveu
para alertá-los. Depois, encarregou “Tíquico, irmão amado, e fiel ministro, e conservo no
Senhor” (4:7), de levar a carta ao seu destino.
Paulo escreve esta carta, visando por primeiro combater os falsos ensinos em Colossos,
que estavam suplantando a centralidade e supremacia de Jesus Cristo na criação, na revelação,
na redenção e na Igreja. Neste documento, se revela a influência de alguns hábitos residuais das
suas antigas crenças religiosas, e costumes pagãos, que ainda se exerciam entre os crentes de
Colossos (2:8,14-17). Eram formas de vida e de cultura difíceis de desarraigar, unidas a
permanente pressão do meio social de Colossos e à incessante insistência dos judaizantes acerca
da sujeição à Lei Mosaica (2:11-13,16) que causavam confusão e inquietude na Igreja. Em
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segundo lugar, o Apóstolo procura ressaltar a verdadeira natureza da nova vida em Cristo e suas
exigências para o crente.
Em Colossenses existem quatro divisões principais. Na primeira seção (1:9-23), Paulo
dá graças ao Senhor pela fé dos “santos e fiéis irmãos em Cristo que se encontram em
Colossos”, aos quais dá garantias a respeito da ação salvadora de Deus. Com um hino de
elevada inspiração e beleza, proclama a soberania de Cristo sobre toda a criação (1:15-20):
Cristo, “a cabeça do corpo, da Igreja” (Ef 1:22-23), “é antes de todas as coisas. Nele, tudo
subsiste” (1:17). Mediante o seu sacrifício na cruz, redimiu o pecador e o reconciliou e o
colocou em paz com Deus (1:14,20-22).
Na segunda seção (1:24 a 2:5), a Epístola se refere ao ministério de Paulo, mais
especificamente a sua pregação do Evangelho entre os gentios, aos que ele dá a conhecer os
desígnios de Deus, antes secretos, mas agora revelados em Jesus Cristo que é a esperança
gloriosa para todos quantos creem nele.
Na terceira seção (2:6 a 4:6), instrui sobre os valores do Evangelho da Graça. Em
Cristo “habita, corporalmente, toda a plenitude da Divindade” (2:9), e nele os crentes
alcançam a sua própria plenitude (2:10-15); em consequência, devem abandonar atitudes e
preceitos que não estão de acordo com a nova vida em Cristo (2:13-17,20-22) e buscar “as
coisas lá do alto, onde Cristo vive” (3:1). Essa nova vida há de ajustar-se aos princípios da
nova humanidade criada em Cristo: tanto no estritamente pessoal (3:5,8-9) como no que afeta
a convivência na Igreja, na família, entre as amizades ou no trabalho (3:5 a 4:1). O Evangelho
proclama a superação em Cristo de tudo o que conduz para o estabelecimento de diferenças
hostis entre as pessoas, porque “Cristo é tudo em todos” (3:11). Em consequência, aqueles a
quem Deus quis escolher têm o dever indesculpável de viver em recíproca disposição de
humildade, perdão, paz e “amor, que é o vínculo da perfeição” (3:12-14).
No Epílogo (4:7-18) inclui uma relação de saudações na qual são mencionados vários
colaboradores de Paulo. Entre outros, Tíquico, portador da carta; Onésimo, “que é do vosso
meio” (4:9), Lucas, “o médico amado” (4:14).
Três são os destaques principais desta Epístola:
I. Mais do que qualquer outro escrito do Novo Testamento, Colossenses focaliza a
dupla verdade da preeminência de Cristo e da perfeição do crente nele;
II. Afirma com plena intensidade a divindade de Cristo (2:9) e contém um dos
trechos mais sublimes do Novo Testamento a respeito de Sua glória (1:15-23);
15
III. Colossenses, as vezes é entendida como uma “Epístola Gêmea” de Efésios,
porque as duas têm certas semelhanças de conteúdo e foram escritas provavelmente na mesma
época.
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4 PRIMEIRA EPÍSTOLA AOS TESSALONICENSES
4.1 Tema
Orientações aos cristãos de Tessalônica a respeito da volta de Jesus ao mundo.
4.2 Autor
Conforme toda a tradição cristã sustenta, Paulo é o autor desta Epístola. Foi escrita
aproximadamente entre 50 e 51 d.C.
4.3 Esboço
• Introdução (1:1);
• Lembrança do ministério de Paulo (1:2 a 3:13);
• A espera da Volta de Cristo (4:1 a 5:11);
• Conselhos Finais (5:12-28).
4.4 Contexto Histórico
Após fundar a Igreja de Tessalônica, na sua segunda viagem missionária, Paulo se
dirigiu a Beréia (At 17:10), em seguida a Atenas (At 17.15) e, finalmente, a Corinto (At 18.1),
onde redigiu esta Primeira Epístola aos Tessalonicenses (I Ts 3:6; At 18:5).
A população Tessalonicense era numerosa (aproximadamente 200.000 habitantes).
Era formada por uma mistura de residentes nativos e estrangeiros, estes últimos agrupados em
colônias das mais diversas nacionalidades, entre as quais se encontrava a judaica, que devia ser
importante, visto ter a sua própria sinagoga (At 17:1).
A congregação à qual Primeira Tessalonicenses foi dirigida sofreu perseguição
praticamente desde o início. Um considerável número de pessoas tornara-se crentes, e formou-
se uma congregação; porém, judeus fanáticos provocaram violento motim. Quando não
encontraram Paulo e Silas na casa de Jasão, a turba arrastou Jasão e outros irmãos até os
governantes da cidade, acusando-os de sedição. Apenas depois de terem “recebido fiança” é
que Jasão e os outros foram libertados. Isto moveu os irmãos a enviar Paulo e Silas para Beréia,
à noite, evidentemente para o bem da congregação e para a segurança dos dois (At 17:1-10).
Depois disso, além de contínua perseguição (2:14), a congregação pelo visto sentiu
grande tristeza com a perda de um, ou mais, de seus membros na morte (4:13). Ciente da pressão
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que se exercia sobre a nova congregação e muitíssimo preocupado com o efeito que isto teria,
Paulo enviou Timóteo para confortar e fortalecer os Tessalonicenses. Antes disso, o Apóstolo
tentara duas vezes visitá-los, mas “Satanás se interpusera em seu caminho” (2:17 a 3:3).
4.5 Destaques e Curiosidades
Paulo e os seus colaboradores foram os primeiros a levar à Europa o Evangelho de
Jesus Cristo. Tendo zarpado do porto de Trôade, desembarcaram em Neápolis e logo se
dirigiram a Filipos (At 16:11-12), de onde, “tendo passado por Anfípolis e Apolônia, chegaram
a Tessalônica” (At 17:1; 1 Ts 2:1-2).
A atividade de Paulo na cidade teve como fruto a conversão de alguns judeus, uma
“numerosa multidão de gregos piedosos e muitas distintas mulheres” (At 17:4). Mas também
provocou inveja de judeus, que “alvoroçaram a cidade” até ao ponto de obrigá-lo a abandoná-
la precipitadamente (At 17:5-10).
É a carta mais antiga das que conhecemos do Apóstolo e provavelmente também o
documento mais antigo do Novo Testamento.
4.6 Principais Aspectos de 1 Tessalonicenses
Por ter sido Paulo forçado pela perseguição a sair de Tessalônica, os novos convertidos
receberam um mínimo de ensino sobre a vida cristã. Ao saber Paulo, por meio de Timóteo, das
reais circunstâncias, escreveu esta Epístola: primeiro, para expressar sua alegria pela fé e
perseverança dos Tessalonicenses em meio a perseguição; segundo, para instruí-los na
santidade e na vida piedosa; terceiro, para elucidar certas doutrinas, especialmente no tocante à
situação dos crentes que morrem antes da volta de Cristo.
A primeira das três seções principais em que se divide o texto (2:1 a 3:13; 4:1 a 5:11;
5:12-28) é precedida por uma saudação (1:1) e uma ação de graças (1:2-10). Depois dessa
introdução, o Apóstolo lembra o seu ministério na Macedônia (2:1-16), expõe as razões que o
moveram a enviar Timóteo ao invés de voltar ele mesmo a Tessalônica (2:17 a 3:5) e dá graças
a Deus pelas boas notícias das quais Timóteo, ao regressar, havia sido portador (3:6-13).
A segunda seção contém uma exortação para viver em paz e em fidelidade a Deus (4:1-
12). O retorno do Senhor, diz ele, é iminente; mas o momento, desconhecido. Portanto, é
necessário que estejam atentos e vigilantes (4:13 a 5:11), visto que “o Dia do Senhor vem como
ladrão de noite” (5:2). Este tema em destaque, a Volta de Cristo para livrar o Seu povo da Ira
de Deus sobre a terra, é apresentado como solução para uma profunda interrogação dos
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Tessalonicenses. Parece que alguns irmãos já haviam morrido, provocando preocupação para
os demais sobre sua salvação final. Por isso Paulo explica o Plano de Deus, dizendo-nos que,
“os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro” (4:13); e depois destes, “nós, os que
ficarmos vivos seremos arrebatados juntamente com eles, nas nuvens, ao encontro do Senhor
nos ares, e assim estaremos para sempre com o Senhor” (4:17).
A carta é concluída com uma exortação a todos os crentes (5:25-28), para que cumpram
com solicitude as suas responsabilidades como membros da Igreja de Jesus Cristo (5:12-24).
Três são os destaques principais desta Epístola:
I. Contém textos chaves do Novo Testamento sobre a ressurreição dos santos
falecidos por ocasião do arrebatamento da Igreja (4:13-18) e, a respeito do “Dia do Senhor”
(5:1-11);
II. Todos os cincos capítulos fazem referência a Parusia de Cristo e à relevância
deste evento para os salvos (1:10; 2:19; 3:13; 4:13-18; 5:1-11,23);
III. Oferece uma visão única do estado da Igreja zelosa, mas imatura, no começo da
década de 50 d.C. e das características do ministério de Paulo como pioneiro do Evangelho.
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5 SEGUNDA EPÍSTOLA AOS TESSALONICENSES
5.1 Tema
Como em sua Primeira Epístola, o Apóstolo Paulo fala do retorno de Jesus ao mundo.
Também trata de preparar os cristãos para a vinda do Senhor.
5.2 Autor
Paulo é o autor desta Epístola. Conseguimos compreender claramente isso por meio
da afirmação encontrada em seu epílogo, de que a “saudação é de próprio punho, de Paulo, o
que é o sinal em cada Epístola; assim escrevo. A graça de nosso Senhor Jesus Cristo seja com
todos vós” (3:17,18). 2 Tessalonicenses foi escrita aproximadamente no ano 51 d.C.
5.3 Esboço
• Introdução (1:1,2);
• O alívio virá na Revelação de Cristo (1:3-12);
• O Homem da Iniquidade será revelado antes da presença de Cristo (2:1-12);
• Ação de Graças, Pedido de Oração e Exortações (2:13 a 3:16);
• Conclusão (3:17,18).
5.4 Contexto Histórico
É provável que esta carta tenha sido escrita poucos meses depois da Primeira, quando
Paulo ainda se encontrava trabalhando em Corinto com Silas e Timóteo (2 Ts 1:1; At 18:5).
Tudo indica que Paulo, ao ser informado do acolhimento de sua Primeira Carta e do progresso
dos crentes Tessalonicenses, foi “inspirado” a escrever esta Segunda Carta.
A fé dos cristãos em Tessalônica crescia sobremaneira, seu amor mútuo aumentava, e
eles continuavam a suportar fielmente perseguição e tribulação. Portanto, o Apóstolo Paulo,
como em sua Primeira Carta, elogiou-os e incentivou-os a continuar firmes (1:3-12; 2:13-17).
No entanto, havia na congregação alguns que diziam erroneamente que a presença de
Jesus Cristo era iminente. É até possível que uma carta, erroneamente atribuída a Paulo, tenha
sido interpretada como indicando que “o dia do Senhor estivesse já perto” (2:2b). Pode ter sido
esta a razão pela qual o Apóstolo frisou a genuinidade da sua segunda carta, ao dizer: “Esta
saudação é de próprio punho, de Paulo, o que é o sinal em cada Epístola; assim escrevo”
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(3:17). Não desejando que os irmãos fossem seduzidos a aceitar um ensino errôneo, Paulo
mostrou que outros eventos tinham de preceder à vinda do Senhor. Ele escreveu: “porque isto
não sucederá sem que venha primeiro a apostasia e seja revelado o homem do pecado, o filho
da perdição” (2:3).
5.5 Destaques e Curiosidades
A Segunda Epístola aos Tessalonicenses desenvolve com maior amplitude o tema do
retorno de Cristo, já tratado em 1 Tessalonicenses. No entanto, o motivo imediato da sua
redação foi a aparição na cidade de algumas pessoas que estavam semeando inquietações entre
os membros daquela Igreja fundada por Paulo. Vemos com clareza esse caso nas palavras do
Apóstolo quando diz: “Ora, quanto à vinda de nosso Senhor Jesus Cristo e à nossa reunião
com ele, rogamos-vos, irmãos, [...] Ninguém de modo algum vos engane” (2 Ts 2:1,3a).
5.6 Principais Aspectos de 2 Tessalonicenses
O propósito desta Segunda Carta é semelhante ao da Primeira. Inicialmente, o
Apóstolo busca animar seus novos convertidos a não se desmotivarem da fé em Cristo por causa
da perseguição. Posteriormente, busca exortá-los a dar bom testemunho como cristãos e a
trabalhar cada um pelo seu sustento. Por último, visa corrigir certos erros doutrinários sobre
eventos dos tempos do fim, ligados ao Dia do Senhor, (2 Ts 2:1-3).
O tom da Primeira Carta de Paulo aos Tessalonicenses é a de uma ama que cria seus
filhos (1 Ts 2:7). Na Segunda, o tom é, primeiramente, o de um pai que disciplina os filhos
desobedientes para corrigir seus caminhos (3:6-16; 1 Ts 2:11). Elogia-os, porém, pela sua fé
perseverante e volta a encorajá-los a permanecer fiéis em todas as perseguições.
A situação da Igreja de Tessalônica não era fácil, segundo o que se conclui das
expressões: “em todas as vossas perseguições e nas tribulações que suportais” (1:4) e “a vós
outros, que sois atribulados” (1:7). Mas o Apóstolo dá graças a Deus porque, apesar de tudo,
os crentes progridem na fé e no amor e na paciência com que suportam os padecimentos (1:3,4).
A sua firmeza será recompensada e aqueles que os perseguem receberão o justo castigo, sendo
”banidos da face do Senhor e da glória do seu poder, quando naquele dia ele vier para ser
glorificado nos seus santos e para ser admirado em todos os que tiverem crido” (1:9b,10).
Quanto à segunda “vinda de nosso Senhor Jesus Cristo e à nossa reunião com ele”
(2:1), o Apóstolo afirma que não é um acontecimento imediato, mas que antes, deve aparecer o
“iníquo”, que é “segundo a eficácia de Satanás” (2:3,9). É certo que esse “mistério da
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iniquidade” já está atuando (2:7) e que um dia chegará a ser plenamente manifesto; mas o
Senhor o destruirá (2:8), quando trouxer o seu juízo e a sua vitória sobre “todos quantos não
derem crédito à verdade; antes, pelo contrário, deleitaram-se com a injustiça” (2:12).
Esta exposição é seguida por uma ação de graças e algumas breves exortações (2:13 a
3:5). E o corpo central da carta termina com um chamado a se manter a disciplina e o trabalho
honrado para a melhor convivência de todos na congregação (3:6-15).
Três são os destaques principais desta Epístola:
I. Ela contém um dos trechos mais completos do Novo Testamento a respeito da
iniquidade e da impostura desenfreada no final dos tempos (2:3-12);
II. O justo Juízo de Deus, vinculada a segunda vinda de Cristo é descrito aqui em
termos apocalípticos como no Livro de Apocalipse (1:6-10; 2:8);
III. Emprega termos descritivos do Anticristo que não se acham em outras partes da
Bíblia. Transformando a carta em uma obra escatológica (2:3,4,8).
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REFERÊNCIAS
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eletrônica. Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 2005.
______. Português. Bíblia de Estudo de Genebra. Tradução de João Ferreira de Almeida. São
Paulo: Cultura Cristã; Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 2010.
______. Português. Bíblia de Estudo NTLH. Versão eletrônica. Barueri: Sociedade Bíblica do
Brasil, 2007.
______. Português. Bíblia de Referência Thompson – com versículos em cadeia temática.
14.ed. São Paulo: Vida, 2002.
______. Português. Bíblia Sagrada Antigo e Novo Testamentos. Tradução de João Ferreira de
Almeida (RA). 2.ed. São Paulo: Sociedade Bíblica do Brasil, 1993.
DOUGLAS, J. D. O Novo Dicionário da Bíblia. São Paulo: Vida Nova, 1997.
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Janeiro: CPAD, 2006.
RADMACHER, Earl D., ALLEN, Ronald B., HOUSE, H. Wayne. O Novo Comentário
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UNGER, Merril Frederick. Manual Bíblico Unger. São Paulo: Vida Nova, 2006.
VINE, W. E. Dicionário Vine. Rio de Janeiro: CPAD, 2009.