paulino B. Fernandes Director-Adjunto: Carlos Fernandes • Sub … · pão, fabrico de biscoitos,...

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CORRESPONDENTES FIXOS EM TODAS AS SEDES DE CONCELHO DO DISTRITO DE CASTELO BRANCO E FREGUESIAS DE OLEIROS INFLUENTE NA REGIÃO DO PINHAL INTERIOR SUL, BEIRA INTERIOR SUL E COVA DA BEIRA Paulo Campos em exclusivo ao Jornal de Oleiros elucida sobre matérias de extrema importância e actualidade PÁGINA 2 Editorial Paulino B. Fernandes PÁGINA 5 “De olho na Educação” Dra. Manuela Marques O Farol António Graça PÁGINA 6 António D’Orey Capucho ao nosso jornal PÁGINA 8 Potencialidades Inês Martins PÁGINA 13 Página Castelo Branco PÁGINA 9 Página Proença-a-Nova PÁGINA 8 www.jornaldeoleiros.com · Ano 4, Nº 24, Janeiro/Fevereiro de 2013 Preço: 0,01€ (inclui IVA) Edição Bi-Mensal Director e Fundador: Paulino B. Fernandes Director-Adjunto: Carlos Fernandes • Sub-Director (USA): Eliane Brick João Freire é o novo Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Álvaro Feira do Pinhal em Oleiros A importante Feira do Pinhal em Oleiros realiza-se de 7 a 11 de Agosto. Lá estaremos e esperamos receber os Amigos. Não perca este importante acontecimento. PÁGINA 2 Turismo Sustentável e o Concelho de Oleiros, Fernando Carvalho PÁGINA12 “Sustenta- bilidade, Insustentável” Carlos Fernandes PÁGINA 13 PÁGINA 2

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Correspondentes fixos em todas as sedes de ConCelho do distrito de Castelo BranCo e freguesias de oleiros

influente na região do pinhal interior sul, Beira interior sul e Cova da Beira

paulo Campos em exclusivo ao Jornal de oleiros elucida sobre matérias de extrema importância e actualidade

página 2

EditorialPaulino B. Fernandes

página 5

“De olho na Educação”Dra. Manuela Marques

O FarolAntónio Graça

página 6

António D’Orey Capucho ao nosso jornal

página 8

PotencialidadesInês Martins

página 13

Página Castelo Branco

página 9

Página Proença-a-Nova

página 8

www.jornaldeoleiros.com · Ano 4, Nº 24, Janeiro/Fevereiro de 2013 • Preço: 0,01€ (inclui IVA) • Edição Bi-Mensal

Director e Fundador: paulino B. FernandesDirector-Adjunto: Carlos Fernandes • Sub-Director (USA): Eliane Brick

João Freire é o novo Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Álvaro

feira do pinhal em oleirosA importante Feira do Pinhal em Oleiros realiza-se de 7 a 11 de Agosto. Lá estaremos e esperamos receber os Amigos.Não perca este importante acontecimento.

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Turismo Sustentável e o Concelho de Oleiros, Fernando Carvalho

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“Sustenta-bilidade, Insustentável” Carlos Fernandes

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2 Jornal de OLEiROS 2013 JanEiRO / FEVEREiRO

EDITORIAL

Questionar o Regime

Na encruzilhada em que Portugal se encontra, chegou a hora de questionar o tipo de Regime.

Que nos interessa um Regime Semi-Presidencial? Em nossa opinião, nada. Trata-se de pura perda de tempo, escamotear de responsabilidades, adicionar cargos funções e custos.

Não seria preferível um Regime Presidencial, com um Presi-dente bem preparado, capacitado, responsabilizado pessoal-mente pela governação? Era, sem dúvida. Vejam-se os exemplos da França, dos EUA para não citar outros.

Chegou essa hora num momento em que nos parecia bem mais adequado um Regime Monárquico de tipo Constitucional. Deixamos este ponto para oportunidades futuras, breves, dese-jamos.

Um Parlamento redimensionado

Em Portugal a nível de poderes decisórios tudo é grande. Pre-sidentes, Primeiros-Ministros e muitos Deputados.

Para quê tantos Deputados?Para estarem “entretidos“ a discutir coisas sem sentido? Não

seria preferível menos Deputados, melhor escolhidos e prepara-dos de forma a serem um verdadeiro contra-poder?

Era. Já não falamos de custos, inadmissíveis para um país como Portugal.

A oportunidade das Autárquicas

É o momento de os portugueses nos seus concelhos não teme-rem e votarem em consciência. Alguns dos chamados “dinossau-ros” vão embora por excesso de tempo no poder.

Alguns aceitaram, outros, como Luís Filipe Menezes (de Gaia para o Porto) “inventam” processos obscuros para não saírem e pretendem trocar de câmara.

O nosso voto vai no sentido de que além das máquinas parti-dárias que em Democracia são decisivas, os Independentes (como Rui Moreira no Porto) qualificados, que se sintam mobilizados pela sua terra, avancem. ■

Paulino B. Fernandes Director Email: [email protected]

Instabilidade, depressão, re-cessão, falências, desemprego, miséria e fome, fazem parte do quotidiano dos portugueses nes-tes tempos de adversidade.

O governo continua apostado em aplicar a reforma do estado social, nesse sentido encomen-dou ao FMI o relatório sobre a reforma do estado, uma vez mais, errou, sinceramente já nem sei se por ignorância, impreparação ou fazendo jus á sua política ultrali-beral, ao bom exemplo das dita-duras.

Mas este estudo, caso seja apli-cado pelo executivo, será o des-calabro total, mais que o fim da linha, o descarrilamento. Deste relatório destacam-se três medi-das: uma redução de 10 a 20% no numero de funcionários públicos (coisa pouca, cerca de 100 mil empregos em risco),um corte de 3 a 7%aos salários, uma diminui-ção de 20% nas pensões da Cai-

xa Geral de Aposentações e uma redução de 15% nas reformas da segurança social acima das pen-sões mínimas, sem duvida uma catástrofe.

A terreiro o parceiro da coliga-ção, avisou ontem o chefe de exe-cutivo que estas propostas não são aceitáveis, a coesão esfuma-se, a crise política vem a caminho.

No entanto convém ressalvar que após aprovação do pior orça-mento de estado, que há memória, já o ilustre presidente da republi-ca, optando pela posição intermé-dia, quiçá agradando a gregos e a troianos, ou seja promulgar o orçamento, mas solicitando a sua fiscalização sucessiva pelo Tri-bunal Constitucional, caiu num erro crasso, já que caso seja con-siderado inconstitucional, como a maioria da sociedade politica e social considera, o executivo terá de arranjar 1.7 mil milhões , pre-vistos como receita por essas me-didas sob pena de não conseguir cumprir o seu programa, afinal a formula que tem permitido o fi-nanciamento do país, decorrente

do memorando assinado pela Troika. Melhor dizendo as famo-sas tranches por cuja chegada as finanças suspiram e que tantas dores de cabeça e olheiras dão ao Gaspar.

Será este momento que o che-fe do executivo anseia, só pode a fazerem tantas asneiras, aí sim poderá afirmar não fiz porque não me deixaram, e apresentará a demissão.

E Portugal? É este o paradig-ma, sem governo sem alternati-vas credíveis, com os mais capa-zes a fugirem deste filme, com o presidente a morrer na praia. Ai Portugal!! Ai Portugal, nem se en-terram os mortos nem se cuidam dos vivos .

Ás vezes pergunto-me, que raio porque se poupa sempre os lobos e se sacrifica sempre as ovelhas, isto há cada coisa?

Bem hajam ■

Carlos Fernandes Director-Adjunto

“sustentabilidade, insustentável”

Carlos Fernandes

A quem já cumpriu a sua mis-são e aos que agora se aprestam para a cumprir, o Jornal de Oleiros apresenta saudações e congratula-se pelas escolhas criteriosas que fizeram. Bom trabalho. Direcção do Jornal de Oleiros. ■

Santa Casa da Misericórdia de Álvaro

nova direcção já tomou posse

Centro do mundo, pilar da vida, é esta a viagem que nos conduz do ilusório ao real, das trevas à luz, da morte à imorta-lidade.

Mais que a ausência, a verda-deira questão é o esquecimento, esse que apaga a memória que nos deixa sem luz, que nos trans-porta às trevas, que nos desper-sonaliza, que nos faz efémeros.

Se existe povo valente e imor-tal, a alma lusitana é sem dúvida a referência, um povo pioneiro na globalização, que deu novos mundos ao mundo, que levou a diáspora portuguesa aos quatro cantos do mundo, que deu um

contributo à humanidade que vai muito além das nossas capa-cidades, é esse legado que urge evidenciar, urge preservar e res-peitar.

Hoje, mais que deprimidos, injustiçados e esquecidos por esse mundo, temos que continu-ar a escrever a história, a elevar bem alto o Axis Mundi e dizer ao mundo, que uma vez mais iremos transformar o Cabo das Tormen-tas em Cabo da Boa Esperança, que a nossa Pátria é a língua por-tuguesa.

Que o verdadeiro vencedor é aquele que vence e ajuda os ou-tros a vencer, que desistir não

faz parte da nossa alma, que hoje como sempre nos levará da mor-te à imortalidade, do ilusório ao real, esse é o nosso desígnio

Bem hajam ■

Carlos Fernandes

“axis mundi”

Jornal de OLEiROS 32013 JanEiRO / FEVEREiRO

CULTURA

“As memórias de um carteiro“, da autoria de Célia Chamiça, esteve em cena nesta noite de sábado dia 29 de Dezembro no Auditório da Santa Casa da Mi-sericórdia de Oleiros, completa-mente cheio.

Célia Chamiça, natural da região, é uma técnica superior de relações internacionais que trabalhou no MAI e 25 anos no Ministério da Educação, tendo já recebido uma Menção Honrosa nos jogos Florais do Algarve, enquadrou e desen-volveu a importância dos carteiros, centrando a trama nos anos 70, na região de Oleiros , concretamente entre a Silvosa e o Roqueiro.

A importância dos carteiros, nes-ta época era decisiva. Levavam as cartas, liam as cartas e escreviam as respostas, pois, na generalidade, os agricultores não tinham condições para o fazer. Destaca-se aqui uma imagem que sempre retivémos e aqui esteve em evidência, para além da importância - a confiança nestes homens indispensáveis -.

Autor: Dra. Célia ChamiçaEncenação: Dras. Ana Lúzia e

Manuela MarquesIntérpretes: Carteiro Henrique –

José (Carteiro);Joaquina – Tela Veríssimo;António Santos – Dra Ana Lúzia;Jacinta – Sara Luis;Laurinda Muda – Humberto Gra-

ça;

Zé – Sofia LuisAmérico Alves declamou um Po-

ema alusivo a Oleiros.Cumpre-nos destacar a qualidade

evidenciada e a boa preparação que redundou no sucesso fortemen-te aplaudido e a incentivar novos acontecimentos para breve.■

PF

teatro em oleiros: “patilhas e ventoinhas” apresentaram “as memórias de um carteiro”

Castelo Branco já foi considerado pela DECO um dos distritos que melhor qualidade de vida oferece em Portugal.

A gastronomia é um dos pontos fortes: se nunca provou cabrito estonado, maranhos ou tigeladas, aproveite a ocasião! Também há que mencionar os vários licores e a aguardente de medronho.

No entanto, a comida não é a única atracção: através do patri-mónio histórico e cultural ou da envolvente natural (os seus rios e as serras), a região demonstra ser um excelente cartão de visita, quer para quem nos visite do exterior, como para quem faça planos de “ir para fora cá dentro”.

Assim, se quiser partir à desco-berta do distrito, a Toprural.pt su-gere 5 casas rurais para uma visita a Castelo Branco.

Casa de Castelo Novo - Castelo Novo

Casa seiscentista na aldeia do mesmo nome, aloja um máximo de 8 visitantes. Há acesso à Internet e todos os quartos, além de casa de banho e televisão, possuem ar con-dicionado e aquecimento. Se ainda não conhece a Serra da Gardunha e a Aldeia Histórica de Castelo Novo, aproveite!

Casa do FoRNo - salvateRRa do extReMoAté 16 pessoas podem alojar-se

na encosta do Vale do Cávado (são-vários quartos e quatro casas inde-pendentes). Há uma sala de jogos e de convívio. O forno centenário ainda faz pão por métodos ances-trais, e que poderá saborear com doces caseiros, e aqui também se

produz vinho e azeite.Encontrará ainda uma oliveira com mais de 1000 anos... ena Casa Senhorial há uma passagem secreta, que os do-nos convidam a descobrir.

Casa da ladeiRa - aMeixoeiRa

Rodeada por várias serras e ao lado do Zêzere, esta casa recebe um máximo de 8 hóspedes, brindando-os com diversas actividades: cultu-rais (visitas a teares), agrícolas con-soante a época (apanha da azeitona, castanha, medronho e cogumelos)

ou mais tradicionais (cozedura de pão, fabrico de biscoitos, broas de mel, etc.).

Casa do CiMo - aldeia Nova do Cabo

Edificada em 1576, é uma casa histórica e que ainda pertence à mesma família. As instalações in-cluem nove quartos com casa de banho e uma suite (total máximo de 20 pessoas), sala/bar com larei-ra, salas de estar (com biblioteca) e de jogos e aquecimento central.

Casa da Meia eNCosta

- Foz do CobRãoNa aldeia da Foz do Cobrão (Vila

Velha do Ródão), esta casa tem dois quartos (com aquecimento), alojando um máximo de 4 pessoas. Dispõe de uma cozinha equipa-da, uma sala com lareira, casa de banho e uma esplanada com vista para o Vale do Ocreza. Conta tam-bém com um serviço de entrega de refeições caseiras. ■

Cooperação com toPRURal.

turismo rural: 5 alojamentos no distrito de Castelo Branco

4 Jornal de OLEiROS 2013 JanEiRO / FEVEREiRO

António Justo [email protected] www.antonio-justo.eu

Os donos dos interesses econó-micos internacionais encontram-se, a caminho, à procura de ni-chos e cúmplices que os sirvam nas administrações públicas.

Portugal precisa de dinheiro e os Dinossauros financeiros ron-dam como abutres sobre ele na procura de carne para lhe deixar os ossos. A privatização da água é um assunto muito delicado, não podendo ser promovida pela calada da noite. A água é vida e por isso exige condições de trata-mento que não devem estar de-pendentes apenas do critério do lucro. O que se apresenta como um negócio para os municípios revela-se como um roubo aos ci-dadãos. É um facto que nas priva-tizações de grande alcance se en-contram sempre abutres nacionais e estrangeiros com recursos de lavagem de responsabilidade para a parceria e de responsabilização para o cidadão através de acordos

do Estado. Assistimos a um actu-ar contraditório do Estado portu-guês: por um lado privatização dos abastecimentos de águas que se encontram nas mãos das comu-nas e por outro carregar com con-tribuições os poços que cidadãos possuam nas sua propriedades. O Estado quer que se proceda com a água como se faz com a electrici-dade, petróleo, gás, etc.

Segundo o que a prestigiosa emissão televisiva alemã “Moni-tor Nr. 642 Informou, sob o título “Água operação secreta: Como a Comissão da EU transforma a água numa mercadoria”, a Co-missão Europeia prepara uma directriz de concessão para a privatização da água na Europa. A Troica quer que o Estado por-tuguês privatize o que dá lucro e o coloque à disposição de con-sórcios internacionais especula-dores.

“Bruxelas solicitou que Por-

tugal vendesse o abastecimento de águas e que fosse promovida a privatização das empresas na-cionais de água “Águas de Portu-gal”. Quer transformar um bem comum, em objeto de especula-ção das multinacionais. Em Paços de Ferreira já se deu a privatiza-ção da água, contra a vontade dos cidadãos… que “agora têm de pa-gar quatro vezes mais pelo preço da água”.

Humberto de Brito presidente da freguesia de Paços de Ferrei-ra resume: “As consequências da privatização, aqui em Paços de Ferreira, foram devastadoras. Ti-vemos aumento de preço de 400% em poucos anos. E, novamente, um aumento de preço ao ano de 6%. Isto é um desastre. “

Na Alemanha há iniciativas contra o intento da Comissão Eu-ropeia. Em Berlim as iniciativas de cidadãos conseguiram obrigar a cidade a recuperar parte do que

tinha privatizado no que respeita a águas.

A promessa de que a privatiza-ção tornará o preço da água mais barato é uma falácia atrevida. A prática mostra que as grandes empresas sob a pressão dos accio-nistas e através de cartéis aumen-tam os preços, como fazem com o gás e muitos outros produtos.

É notória e escandalosa a ma-neira como Portugal concretiza intenções da União Europeia en-volvendo nelas interesses de ne-potismo e protecção de interesses pessoais à custa dos impostos e contribuições dos cidadãos. Isto constitui prática constante, como se observa nas concessionárias das autoestradas, no negócio da ANA com o grupo francês Vinci e suas implicações com a Lusopon-te, a Mota-Engil e o futuro aero-porto de Alcochete, etc.

“Agora cada vez se fecham mais fontes públicas e observa-

se que fontanários públicos, sem qualquer explicação, são conside-rados impróprios para beber.

O acesso à água foi declarado direito humano pela Organização das Nações Unidas para os Direi-tos Humanos. Na realidade, po-rém, domina a lei da selva.

A política salva os seus interes-ses no mercado. A corrupção eco-nómica e a corrupção política são solidárias entre si e asseguram a limpeza das suas mãos tal como fez pilatos. A corrupção tem um lugar garantido nas caves do Es-tado. Por isso o povo tem de dei-xar de viver na paz da confiança e do “isso não é comigo” para acor-dar para uma realidade selvagem que o rodeia. Só podemos exigir políticos e elites responsáveis se assumirmos a nossa parte de responsabilidade. Confiança sem controlo revela estupidez.

Diz o ditado: “Queres conhecer o vilão mete-lhe a vara na mão”. ■

Privatização da Água – Mais um Golpe contra o Povo

portugal é a Cobaia dos lóbis da união europeia

um negócio do futuro como o do petróleo?

Regional - Snack-BaR . ReStauRantePraça do Município, 6160 oleiros

tel. 272 682 309

Largo do Município - 6160-213 OleirosTelf.: 272 682 261 / Telemóvel 963 089 542

Arrancados à força dos lares de terceira idade pelos familiares, com o intuito de lhes sugarem as reformas; os nossos idosos vivem no términos das suas vidas, um drama inimaginável; este sofri-mento, passa ao lado da socieda-de, porque eles não se queixam; porque apesar de tudo, o amor que têm aos seus, ainda é supe-rior ao que estão sujeitos, por familiares sem escrúpulos, que apenas querem viver, à custa das suas miseráveis reformas.

A crise em que Portugal mergu-lhou, veio agravar aquele que é, o maior drama português dos tem-pos recentes. Vítimas de maus tratos psicológicos e agressões fí-sicas, perpetradas por familiares mais próximos, viram-se obriga-dos a entregar as suas reformas, que na sua grande maioria, nem cobrem o salário mínimo, a lares de terceira idade, alguns clandes-tinos e sem escrúpulos, que os tra-tam como se de gado se tratasse.

Os filhos, para além de nada contribuirem, nem sequer os vão visitar; muitos deles que ali dão entrada, nunca mais vêm os fami-

liares. Os meios tecnológicos co-locados à disposição dos jovens, afastam do ambiente familiar muitos deles, levando a que não tenham qualquer afecto pelos mais próximos. As dificuldades económicas dos familiares, leva-os a juntarem-se a grupos, que em nada irá melhorar o seu com-portamento; esta situação com-portamental começou há 25 anos atrás, foi neste período que os pais, lhes davam tudo o que po-diam, muitas vezes através do en-dividamento; eles nunca criaram verdadeiras raízes familiares, por isso alguns tratam os pais abaixo de lixo; sem qualquer sentimento de afecto, apenas querem deitar a mão às suas reformas; assim vão-os retirar dos lares de terceira ida-de, para que eles ajudem a cuidar dos filhos, e alimentar vícios, que não têm coragem de suprimir.

Existe uma minoria, a quem devo uma ressalva; são aqueles que recentemente perderam os seus empregos, não podem pagar os empréstimos que contrairam, para dar condições de estabili-dade à família, de quem nunca se afastaram, estavam a ajudar a pagar os lares aos seus pais, a que juntavam às suas reformas; nestes casos os pais, voltaram vo-luntariamente a casa, para cuidar

dos netos, e com o valor das refor-mas, assegurar a sustentabilidade da família; estes são a fina flôr, da nossa sociedade.

Todos nós gostamos de ir, o mais longe possível nas nossas vi-das, por isso o comportamento de alguns, não faz sentido; os filhos vão certamente ter conhecimento, do que os seus pais fizeram aos seus avós; alguns vão devolver-lhes a moeda de troca, outros a providência, se encarregará de o fazer, possivelmente a dobrar.

O exposto não retira, a respon-sabilidade a quem governa, des-ta terrível e dramática situação; porque estes governantes atuais, foram os mais insensíveis, de que há memória em Portugal; que em grande parte contribuiram, para esta vergonhosa e inaceitá-vel situação. Muitos portugueses, foram apanhados na teia do endi-vidamento, e incentivados a con-trair as dívidas, por aqueles que agora, não lhes dão as condições, para as poder pagar; lançando o país num caos social, nunca vis-to numa sociedade, que todos os políticos atuais, chamam de mo-derna. ■

* Joaquim Vitorino (Vermelha), Cor-respondente zona Oeste de Portugal

paredesdo silêncio

Joaquim Vitorino

TAU CETIDoçaria Fina

Caseira e Regional

Rua Tristão vaz, 8-C (ao Restelo)1400-351 LISBOA

Telem.. 936 747 384

Jornal de OLEiROS 52013 JanEiRO / FEVEREiRO

CRÓNICAS DE LISBOA

Serafim Marques Economista

Está a circular na Internet uma petição contra o abate do cão, arraçado de pitbull, que há dias, em Beja, atacou um menino de 18 meses e que acabou por falecer, no hospital em Lisboa, devido aos ferimentos. O menino foi ata-cado em casa, pelo cão chamado Zico e que pertencia a um tio da criança que vivia na mesma casa com os pais e os avós da vítima. O avô do menino disse que não encontra explicação para o su-cedido, porque o cão era meigo e sempre conviveu com crianças e acrescentou que, em nove anos de vida, o animal nunca tinha ata-cado ou feito mal a alguém. Dis-seram algumas pessoas conhece-doras do caso, o avô já teria sido atacado, pelo menos duas vezes, pelo cão, com necessidades de as-sistência médica.

A lei obriga ao abate do animal, mas algumas dezenas de milha-res de portugueses estão contra o cumprimento da lei: “Contra o

abate do pitbull ‘Zico’ e de todos os outros ‘Zicos’”, é o nome da petição dirigida ao canil de Beja e respectiva veterinária municipal. “Se não se abatem pessoas por cometerem erros, por roubarem, por matarem, etc, então também não o façam com os animais. Eles também merecem uma segunda oportunidade”, acrescentam os promotores da petição.Perante as notícias deste triste aconteci-mento, com a perda duma crian-ça, bem como o destaque dado pela imprensa (incluindo a TV), a subsequente petição veio por a nu algumas das “loucuras” desta era digital e das “redes sociais”, e cada vez mais sem “tino”, que usa e abusa das petições públicas, descredibilizando um meio de-mocrático que deveria ser utiliza-do em situações de verdadeiro in-teresse colectivo, mesmo que seja restrito a um universo local ou de classe. Mais uma vez me lembrei dum lema que muita gente gosta de citar: “Quanto mais conheço os humanos, mais gosto dos ani-mais”. É uma “queixa” que fazem muitos daqueles que “amam” os animais mais do que os humanos.

Mas, se estivermos atentos aos “queixosos” não teremos dificul-dades em verificar que poderá haver algo de “bicho” em muitos daqueles que se refugiam neste lema para “justificarem” as suas dificuldades no relacionamento com pessoas. Comparar os huma-nos com os animais pode indiciar alguma forma de “doença”, por-que um animal, por muito útil e amoroso que seja e há exemplos inacreditáveis nos caninos e nou-tras espécies, é sempre um ani-mal.

Confesso que fico muito preo-cupado com esta “onda peticio-nária”, em torno dum cão que terá (digo terá, porque parece que a morte do menino poderá ter outras causas) atacado, com efeitos mortais, uma criança ino-cente, mas sem paralelo em mui-tas situações “inacreditáveis” que existem na nossa sociedade, por exemplo, os sem-abrigo, droga, violência e maus tratos nas crian-ças, abandono de idosos pelos próprios familiares, etc, etc. Estas sim são “vergonhas” que nos de-veriam mobilizar para a sua de-núncia e o seu combate e priorita-

riamente em relação aos animais. Se repararmos, e apesar do abate de cães que utilizaram contra hu-manos a sua verdadeira e genuína agressividade, por mais domesti-cados e socializados que estejam, há muitos humanos no nosso país que “têm uma vida abaixo de cão”, aqui com o significado de indignidade humana. Triste e que me leva a adoptar aquele lema (“Quanto mais conheço os hu-manos, mais gosto dos animais”) mas com significado inverso, isto é, animais que serão mais “hu-manos” do que os “bichos” seus donos. Exemplos? Permito-me citar apenas alguns que presen-ciei ou participei em que os cães são “humanos” e os humanos são “cães”. Desde: i) um cão-guia dum vizinho e a sua nobre e ab-negada dedicação; ii) um cão que “ferrou” os dentes no meu filho, então adolescente, e lhe rasgou, apenas felizmente, os calções na coxa quando ele ia apanhar a bola no jardim e cuja dona respondeu que o cão teria “pensado” que o rapaz a iria atacar! iii) um vizinho com quem me cruzei no jardim, quando ele passeava os seus dois

“canitos” e indagando-me sobre o meu estado de saúde, me disse: “ah, este também tem problemas de estômago” - referia-se a um dos dos seus cães comparando-o comigo! iv) ou ainda muita gen-te, alguns de “mau aspecto”, que se passeiam e ostentam um “cão da moda”, isto é, cães de “raça perigosa”. Aliás, ter um “cão de marca” é hoje uma forma de os-tentação e, em muitas situações, uma alternativa aos humanos. Diria até que são uma “alternati-va” à maternidade e paternidade. Milhares sabem o nome do cão (Zico), mas muito poucos o nome da criança (Dinis). Sintomático e na linha de que a vítima é sempre secundária!

Independentemente da neces-sidade de reforçar a legislação apropriada para “bichos” e “hu-manos” e que facilite a coabitação e convivência, é preocupante que muita gente sinta e faça mais pe-los animais do que sente e faz pe-las pessoas. Doença? Os “experts” que analisem estes comportamen-tos, porque, pessoalmente, me fico pelos factos constatados e de que este é apenas mais um. ■

os humanos e os “Bichos”

Num mundo tão preenchido de gente (7 biliões de pessoas, onde já escasseia alimento para todos) pare-ce tontice referir-me somente à Eu-ropa, esse velhinho pedaço de terra que se mostra, atualmente, tão de-sorientada e confusa, carecendo de valores sociais e sobretudo valores políticos. Não é tudo isto verdade? Ainda mal!(relembrando esse sábio da retórica António Vieira).

No decorrer de muitas décadas que marcaram o aparecimento da educação formal na sociedade, as que mais modificaram o cenário mundial estão relacionadas com a implementação do modelo capita-lista na maioria dos países ociden-tais. A passagem de uma prática pedagógica tradicional, centrada na ordem e disciplina acima de tudo, para uma Escola nova que fomenta a criatividade, a liberdade do aluno (a educação liberalista) mostrou-se uma revolução im-portantíssima e assaz necessária, já que a promessa de ascensão la-boral e social numa sociedade em constante movimento é necessária, de modo a promover na população a realização de novos interesses para garantir a movimentação do mercado. Mas, não é isto que está a acontecer neste momento da nossa

história, não há ascensão laboral, antes pelo contrário, digamos que a batalha pela educação, está per-dida à partida, pelo sentimento de que estudar não traz melhoria de vida, nem sequer um empre-go seguro. E é esta a sensação que perpassa na maioria das pessoas… Mas se antes a Educação centrava o seu poder na ordem e disciplina, passámos do oito ao oitenta, passa-se de uma certa ausência para um certo exagero e os exageros, como em tudo, pagam-se caro, mais cedo ou mais tarde.

Dizem alguns entendidos na matéria educativa (e, hoje em dia, a liberdade de expressão é quase sinónimo de – entendido na maté-ria- pois todos gostam de opinar, mesmo que não opinem nada que jeito tenha) que a situação escolar em Portugal é catastrófica, caótica e coisas que tais, culpando os agen-tes da educação desse caos, através dos estudos internacionais sobre o desempenho escolar do nosso país. Os alunos não sabem ler (entenda-se aqui ler como leitura interpre-tativa e compreensiva) não sabem Matemática, Ciências….etc e estão muito abaixo dos outros países con-correntes a esses magníficos estu-dos. Ora bem, se em Portugal, cada vez que muda a banda, temos de to-car uma música diferente, os alunos nunca chegam a aprender uma par-titura que seja, e os músicos de cada vez que muda o maestro também sentem a dificuldade de adaptação

ao “toque”. Assim, uma adminis-tração deficiente, uma visão ideoló-gica muito particular ou demasiado generalista, políticas educacionais irresponsáveis que não procuram a cultura de um povo, mas sim expe-rimentalismos tolos inconsequentes, são um cocktail magnífico para esta visão catastrófica. Por um lado, os agentes educativos (docentes) sen-tem a frustração de não consegui-rem, temporalmente, aplicar medi-das certas para o sucesso, por outro a inatividade dos parceiros (os pais e encarregados de educação cuja crise económica lhes leva parte da atenção e interesse para solucionar situações financeiras e conseguir superá-las – pôr o pão na mesa aos filhos e conseguir fazer face às des-pesas mensais) e finalmente os de-sinteressados (os alunos) que cada vez mais se desmotivam do estudo porque este já não lhe garante um futuro risonho no seu país e são mesmo aconselhados a não investir na sua nação, pelos altos represen-tantes do governo… “Tão alheia cousa é, não só da razão, mas da mesma natureza, que sendo todos criados no mesmo elemento, todos cidadãos da mesma pátria e todos finalmente irmãos…” (parafrase-ando António Vieira) tenham uns de partir em busca do velo de ouro, quais argonautas, largando famílias e deixando este país a parecer um verdadeiro “lar de idosos”, porque não há condições….que riquezas nos deixaram os nossos antepassa-

dos, que miséria lançamos nós aos nossos descendentes, começando logo pelos valores perdidos…

Perder a razão é lançar com os jovens para fora da nação! Será que ninguém entende que a Educação é a base fundamental da riqueza da pátria? Pois, se calhar não veem. Se olharmos de cá, do povo, para lá para a classe política, logo vemos que não entendem, nem educados são quanto mais formados com honra e valor, nem experiência po-lítica… Sim, porque tudo aquilo são truques leves de retórica e falsa oratória.

Se a educação tradicional pecava pelo exagero disciplinar, esta peca pelas políticas liberalistas irrespon-sáveis que já não se preocupam com a ordem e disciplina mas sim com ideologias de passerelle (cur-sos tirados como quem vai ao su-permercado comprar um quilinho de açúcar ou farinha e outras coisi-ces parecidas…).

É tudo isto a crise na Escola? É! Mas há mais, há outra crise – a crise económica e a forma como ela afe-ta o rendimento escolar dos alunos. Tudo consequência de situações já referenciadas. Se, em Portugal, a vontade de estudar nunca foi um ponto primordial, então agora isso se verifica e vem acentuando, cada vez mais. Estamos a cair numa cultura do estudar não serve para nada…Antigamente, se estudáva-mos, tínhamos acesso à tal ascensão social e laboral, porém, agora, a cri-

se gera desemprego a níveis incom-portáveis e, deste modo, frustração, desalento e passividade se geram uns aos outros.

Na nossa história já fomos gran-des, já sonhámos com um Quinto Império! Vão, parece-me… Ah! Quanto gostaria de ter vivido na época dos grandes sábios, dos grandes portugueses, gente forte, admirável e capaz, competente e lutadora que deu novos mundos ao mundo!

Precisamos urgentemente de dei-tar as unhas a isto, como se diz na gíria popular, e fazer como sabia-mente o Padre António Vieira nos aconselha através do seu Sermão de Santo António aos Peixes , quan-do se refere metaforicamente ao sal que impede a corrupção e nos diz que se o sal não impedir a corrup-ção e perder a sua substância, o seu conteúdo, o seu valor e virtude é lançá-lo fora como um inútil. Pois lancemo-lo fora e desenhemos um novo futuro, onde a educação tenha uma identidade e um valor portu-gueses, seja uma educação própria da nossa cultura, que nos identifi-que como nação, para que deixemos de ser catastróficos.

O pensamento, a arte, a educação são deveres da família e do estado, inspirados em princípios de liber-dade responsável e consciente e nos ideais de solidariedade que têm por finalidade, ou devem ter, a prepara-ção para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho. ■

a crise e a escola

DE “OLhO” NA EDUCAçãO

Manuela Marques

6 Jornal de OLEiROS 2013 JanEiRO / FEVEREiRO

O FAROL

António Graça

Nota: O autor de “O Farol” não reconhece as regras do novo acordo ortográfico

roupa velha

Passada a quadra festiva, 2012 foi-se embora, e, aí está 2013, ano que, segundo muitas opiniões, sobretudo as menos optimistas, não deveria ter chegado, pois a sua chegada arrasta uma série de factos indesejáveis, derivados, so-bretudo, da entrada em vigor do já mal-amado Orçamento de Es-tado 2013.

Até ao último momento, a opi-nião pública em geral e as forças políticas da oposição, aguarda-ram que o Presidente da Repú-blica tomasse visivelmente uma iniciativa política que pudesse de alguma forma alterar o rumo dos acontecimentos e levasse o governo a ter o bom senso neces-sário para corrigir os atropelos à lei fundamental do país contidos no documento orçamental. Mas, depois de várias evasivas, o P.R. limitou-se a, na sua mensagem de fim-de-ano, a anunciar a sua decisão de enviar o documento para fiscalização em sede do Tri-bunal Constitucional. Cavaco Sil-va, pesem embora os elogios cir-cunstanciais que, nesta matéria, lhe têm sido feitos pelos que lhe estão próximos, parece ter agido, neste caso, como Pôncio Pilatos, lavando as suas mãos e passando a “batata quente” para os juízes do Tribunal Constitucional, trans-formando-os em protagonistas de um palco político para o qual não foram eleitos.

Ou seja, dando razão a muitas vozes que o acusam disso, o Pre-sidente da República, assumiu a postura de um reformado que de-sempenha um cargo público para ocupar o seu tempo. Parece-nos que o Presidente, uma vez que foi eleito pelo voto directo e maio-ritário dos cidadãos, teria, mais do que os restantes detentores de cargos públicos, toda a legitimi-dade para, em conjunto com as restantes forças políticas, procu-rar atempadamente soluções que

evitassem a situação a que se che-gou de ter um Orçamento de Es-tado que atropela grosseiramente os direitos e princípios estabeleci-dos pela lei fundamental do país e que, como muito bem afirmou recentemente o Presidente, não se encontra suspensa.

Cavaco Silva tem decerto a consciência, quanto mais não seja pela sua condição de profes-sor de finanças, que o o.e. 2013 é uma arma de destruição maci-ça da economia, que terá como efeito um autêntico genocídio fiscal, sabe também decerto que, com a orientação política actual, o chamado ajustamento dificil-mente será atingido e que o país se tornará num inferno fiscal e económico, entrando na tal espi-ral recessiva que já se antevia há bastante tempo e da qual agora parece ser moda falar . Sabemos todos também que, aquilo que se está a destruir hoje na economia, dificilmente será reposto.

Um governo sério, competen-te e interessado no progresso do seu país, deveria saber que a sua acção, tenha ele uma maioria de apoio, ou não, é limitada, para o bem e para o mal, pela Constitui-ção do país. Deveria igualmente saber que, à semelhança de uma ditadurazeca de uma qualquer república das bananas, não pode comportar-se como se ela não existisse, ou interpretá-la confor-me lhe der jeito.

Muito menos pode, nesta fase, tentar pressionar desonestamen-te o Tribunal Constitucional, ace-nando, com o habitual interesse nacional, ou com cenários catas-tróficos, pelos quais, a concretiza-rem-se, será ele, governo, o único responsável, já que, mesmo com a sua multidão de assessores, consultores e especialistas pagos generosamente com o nosso di-nheiro, não conseguiu fazer o que lhe competia.

Aliás, é interessante ver ago-ra o primeiro-ministro invocar o interesse nacional, ainda por de-finir com seriedade e rigor, para

justificar o desrespeito do gover-no pela Constituição, quando já podia e devia ter invocado esse mesmo interesse para liquidar esse autêntico tumor maligno das finanças públicas que são os ruinosos contratos das Parcerias Público Privadas. Nesses, o dueto Passos-Gaspar não toca, ou me-lhor, não passa das promessas de renegociação.

Um governo sério, competente, interessado no progresso do seu país e preocupado em defender de facto o interesse nacional e não apenas os de alguns nacionais, deveria já estar a negociar com os credores um ajustamento das con-dições em que estão a ser concedi-dos os empréstimos a Portugal. E, quando falamos em ajustamento das condições, isso não significa forçosamente o perdão de dívi-da, mas sim a revisão dos juros e, eventualmente dos prazos. Por exemplo, os nossos “amigos” da União(?) Europeia concedem-nos empréstimos a taxas pouco inte-ressantes, comparativamente às praticadas para outros estados da UE, por isso elogiam o comporta-mento de Portugal e dos portu-gueses que, com o dinheiro dos seus impostos lhes enchem os co-fres. Com “amigos” destes os ini-migos são dispensáveis. Coelho e Gaspar deliram com estes elogios que os fazem sentir parolamente importantes.

O primeiro-ministro que, nesta matéria, será tão ignorante como em tantas outras segue cegamente as ordens do contabilista Gaspar.

A simples renegociação das ta-xas de juro, que se justifica, quan-to mais não seja, pelo tão elogiado bom comportamento de Portugal, permitiria ao país a poupança de umas largas centenas de milhões de euros anualmente.

Mas, o governo continua a pre-ferir afrontar os cidadãos, espe-cial mente quem trabalha e quem vive da sua reforma, em vez de optar por uma negociação séria e consistente com os credores e vai aplicando medidas contra as

quais fez a sua campanha eleito-ral.

No meio deste cenário existem, no entanto, alguns protegidos;

Os bancos1, a quem o governo continua a disponibilizar, com o dinheiro dos nossos impostos, o capital que deveria ser disponibi-lizado pelos accionistas,

As concessionárias das PPP, Os garotelhos, que continuam

a ser nomeados para tachos e que, embora não tenham qualificações, são pagos como se as tivessem,

Os burlões, nomeadamente os do caso BPN,

Os corruptos de colarinho bran-co, que continuam a colher os benefícios de uma justiça lenta e ineficaz nestes casos, e que pros-seguem despreocupadamente no uso fruto do produto dos seus crimes

Alguns grandes grupos econó-micos, que continuam a ser bem sucedidos na evasão fiscal ( de cerca de 552 milhões de euros de obrigações fiscais detectadas em falta, só foram liquidados cerca de 63 milhões)

Institutos, observatórios, mis-sões de acompanhamento, em-presas municipais, etc..

E toda uma série de parasitas que vivem alapados aos cofres da nação.

Apontamentos finais

Como que a provar a sua inca-pacidade para governar, o gover-no encomendou ao FMI um estu-do sobre a reforma do Estado.

Não se percebe porque razão, e como já referimos anteriormente, os ministérios estão superlotados de assessores, consultores e es-pecialistas( não se sabe em quê), quando é necessário encomendar estes trabalhos a entidades exte-riores-

Tudo indica que estes estudos são mesmo “encomendados” para dar cobertura a mais uma sé-rie de barbaridades que Passos & Cia se preparam para infligir aos

portugueses, nomeadamente o roubo nas pensões e a desrespon-sabilização do estado das obriga-ções sociais a que está vinculado.

Já agora, permitam-me que es-clareça o contabilista Gaspar do seguinte:

Disse o sujeito, mais ou menos que “os portugueses não estão disponíveis para pagar o estado social que querem”.

A resposta adequada a esta de-claração é a seguinte:

Senhor Gaspar,se o estado fosse, como devia, uma pessoa de bem, e fosse governado com seriedade, permitiria, nesse caso, e dentro do princípio avançado por si, que os cidadãos optassem pelos siste-mas de saúde e de reformas que melhor entendessem, deduzindo os custos dessas opções, nos des-contos para a segurança social.

Mas, tal não é possível, porque o estado não gere com o necessá-rio zelo o dinheiro que saca aos contribuintes sob o pretexto de ser uma contribuição para a co-bertura das suas obrigações so-ciais.

Solidariedade

Num gesto de solidariedade com os portugueses, face aos sa-crifícios que lhes são impostos, o Relvas foi passar o fim-de-ano num dos hotéis mais caros do Rio de Janeiro, e, nem mais nem me-nos, que na companhia de Dias Loureiro, o qual, segundo cons-ta, terá sido o responsável por alguns dos desastrosos negócios do BPN.

Moral da história:A ética e a moral não se adqui-

rem por equivalência

Até breve ■

1 O caso dos bancos, merece uma análise mais extensa e detalhada, que efectuaremos noutra oportu-nidade

Informações e pormenores através de: Manuel Mateus Alvesemail: [email protected]: 0041-76-3476787

Vende-se casa em Oleiros

PRETENDE COMERCIAIS (Concelho de Oleiros)

(M/F) Requisitos:

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Jornal de OLEiROS 72013 JanEiRO / FEVEREiRO

Gonçalves Real & Associado, Lda.Engenheiros

Dispomos de uma equipa profissional apta a apoiá-lo, quer se trate do projecto de alterações de legalização ou de uma construção nova, poderá contar com todo o acompanhamento, desde:

Estamos ao seu dispor através dos contactos: 929172442 – Nuno Real (Engº) 938804793 – Maria Clara Real (Engª) [email protected] - Rua Monteiro de Lima, 7 – 2200 Abrantes

• Direcção Técnica de Obra• Direcção de Fiscalização• Coordenação de Segurança• Ficha Técnica de Habitação• Processo IMI• Peritagens

• Projecto de Arquitectura• Projecto de Especialidades• Legalizações• Topografia• Planos de Segurança e Saúde

Em pleno Ano Novo visitámos o que designamos de atelier provi-sório, do que consideramos ser ” A Roda da Aldeia“, provávelmen-te de forma abusiva, mas não in-tencional, baseando-nos nas rodas de madeira que o Bruno utiliza em muitos dos seus trabalhos.

Encontrámos imensas peças, umas acabadas, outras por acabar e uma enorme vontade de seguir em frente, gesto que aplaudimos e incentivamos, destacando a enorme quantidade de peças já produzidas e a merecer uma visi-ta ou consulta, pois o autor envia cvaracterísticas e fotos por email se pedir.

O Bruno merece esta divulgação

e, desejamos que a mesma contri-bua para ultrapassar alguma inde-cisão pessoal a que não será estra-nho o actual panorama do país.

O Bruno é contactável pelo email: [email protected] e pelo telemóvel (00351) 939 356 668 e vale a pena conhecer os seus trabalhos.■

Bruno pereira da silva é um artesão fixado no estreito em oleiros que

importa conhecer

FREGUESIAS DE OLIEROS

Realiza-se no próximo dia 23 de fevereiro, em Oleiros, a sex-ta edição do passeio turístico de todo-o-terreno promovido pela associação Pinhal Total.

Este ano o tema será alusivo à celebração de 2013 – Ano In-ternacional para a Cooperação pela Água, ou não derivasse etimologicamente o nome Olei-ros, muito provavelmente, de “olleiros”, “olheiros” ou “olhos d´água”.

Os interessados em obter mais informações sobre o pas-seio, deverão consultar o site da associação em www.pinhal-total.com. ■

6.º passeio turístico tt

pinhal total dia 23 de fevereiro

Até ao dia 31 de janeiro, a nova exposição deste profissional mui-to qualificado no Lounge Spot do Fórum de Castelo Branco arrastou imensos admiradores e amigos, num momento muito alto da car-reira de Alberto Ladeira.

São 25 anos intensos, dedicados ao levantamento da região, à vida do pôvo, à sua história.

Parabéns Amigo. ■

PF

alberto ladeira vê continuadamente reconhecida a sua capacidade profissional

Exposição

Alberto Ladeira

Direcção Técnica: Dra Maria Odete da Conceição Guerra

Rua dos Bombeiros Voluntários - OleirosTelefone 272 681 015 . Fax 272 681 016

. Editamos livros, revistas e E-Books

. Apoiamos novos autores

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ConsultE-nos

Páginas de Motivação, Editora de Jornais, Unipessoal, Lda

Rua Dr. Barata lima, 29, 6100 oleirostelemóvel: (00351) 922 013 273

email: [email protected]: [email protected]

8 Jornal de OLEiROS 2013 JanEiRO / FEVEREiRO

PROENçA-A-NOVA

Magda Ribeiro

Cerca de 60 produtores e em-presários do concelho de Proen-ça-a-Nova participaram, ontem à tarde, na sessão de esclareci-mento sobre a marca “Proença-a-Nova Origem”, que certifica a qualidade de produtos e serviços locais. Na sessão, que decorreu no auditório municipal, foi apresen-tado o manual desenvolvido com os requisitos necessários para que cada produto possa usar este selo e beneficiar das vantagens asso-ciadas, como a possibilidade de

venda numa loja online.Registada no Instituto Nacio-

nal da Propriedade Industrial, a marca contempla uma gama de produtos alimentares e não ali-mentares (incluindo artesanato), assim como serviços. A qualquer momento podem ser adicionados novos itens, em função das solici-tações que venham a surgir. Mais de duas dezenas de operadores já se inscreveram para solicitar a adesão à marca.

Além de destacar o objetivo

de apoiar os produtores e “de-senvolver a economia local”, o presidente da Câmara, João Pau-lo Catarino, focou a importância de recorrer à loja online como montra dos produtos locais, re-ferindo ainda a prioridade dada às matérias-primas do concelho. Esse é um dos requisitos para os produtos alimentares.

Além da apresentação da mar-ca e das vantagens associadas, a sessão de esclarecimento privi-legiou a apresentação detalhada

do manual, que procura apresen-tar de forma simplificada os re-quisitos legais para os diferentes produtos. Disponível online, o manual é um instrumento dinâ-mico, sujeito a permanentes atu-alizações. Todos os interessados em esclarecer dúvidas sobre as respetivas áreas de atividade ou em solicitar apoio na adaptação de espaços de produção poderão dirigir-se ao Balcão Único ou ao Gabinete de Apoio ao Empresário e Agricultor. ■

Marca única apresentada a produtores

lançado manual de apoio com requisitos de acesso à marca “proença-a-nova origem”

O concurso do comércio lo-cal registou um total de 28.206 raspadinhas, tendo sido atribu-ídos 8.545 euros em prémios. Recorde-se que a elevada adesão à iniciativa levou o Município a aumentar a verba disponível – de seis para nove mil euros –, lan-çando um lote adicional de 10 mil bilhetes, a juntar aos 20 mil

iniciais. Ficaram por entregar apenas 455 euros em prémios de 5 e 15 euros, tendo sido atribuí-dos todos os valores de 30, 50 e 250 euros.

Por freguesias, como seria na-tural Proença-a-Nova concen-tra o maior número de bilhetes e montante global em prémios (4.900 euros), seguindo-se So-

breira Formosa (1.270 euros). A lista completa de estabelecimen-tos aderentes e prémios atribuí-dos pode ser consultada online.

O concurso de atribuição de raspadinhas por compras no comércio local iniciou-se a 7 de novembro e terminou no final do ano, abrangendo além do comér-cio os estabelecimentos de hote-

laria, restauração e bebidas. Fo-ram criados cinco patamares de prémios (5, 15, 30, 50 e 250 euros) e as pessoas contempladas usu-fruíram dos valores em compras no próprio estabelecimento em que saiu o bilhete premiado.

O regulamento permitia a atri-buição de raspadinhas em com-pras superiores a 10 euros, em

número variável consoante o montante, sendo as únicas exce-ções a restauração – com um mí-nimo de 30 euros – e as médias superfícies, em que foi estabele-cido o patamar mínimo de 80 eu-ros. Para controlo da distribuição de bilhetes, era obrigatório asso-ciar a cada raspadinha o respeti-vo talão de compras. ■

Concurso do comércio com mais de 28 mil raspadinhas

foram atribuídos 8.545 euros em compras nos estabelecimentos aderentes

Presidente de Proença-a- Nova

Antes de analisarmos o relató-riodo FMI, importa recordarmos que o Governo considera neces-sário cortar €4.000 milhõesna despesa do Estado, a título per-manente.

Ora, está por esclarecer a neces-sidade destes cortes gigantescos. Provavelmentecorrespondem à necessidade de baixarmos o dé-fice de 5% do PIB em 2013 para 2,5% em 2014.

Como não acredito ser pos-sível em democracia cortar os tais €4.000milhões em tão curto espaço de tempo e nas áreas vi-tais previstas, defendo que seria mais indicado procurar negociar com a troika a suavização das

medidas de austeridade, prolon-gando-as por mais um ou dois anos, atenuando assim as metas do défice. Isto para além da re-negociação das condições exor-bitantes do empréstimo que nos foi concedido.

Por outro lado, não é sério nem viável que o debate nacional que sepretende fomentar a propósito da reforma do Estado se possa realizar em menos de dois me-ses!

Ainda por compreender está o facto de o Governo pretender-circunscrever os cortes às despe-sas inerentes ao funcionalismo público, à educação, à saúde e à segurança social, o que signifi-caria a destruição do Estado So-cial. Obviamente que ninguém conscientepode negar a neces-sidade de reformas profundas mas equilibradas e de promover poupanças nestas áreas, que re-presentam cerca de 60% do total do orçamento do Estado. E as demais áreas, não são atingidas? Por exemplo, a Defesa, a Segu-rança, a Justiça, a Política Exter-na, as Empresas Municipais, as Parcerias Público-Privadas, são intocáveis?

Também por explicar está a

relutância do Governo em pro-por cortes, porventura de valor menos significativo, mas muito emblemáticos e exemplares, para além de justificados, em despesas da própria máquina dos órgãos do Estado, a começar na Assem-bleia da República, através da re-dução do número de Deputados de250 para 180 (mínimo previsto na Constituição). O Governo está à espera de quê para avançar com a competente Proposta de Lei? Vai desistir desta reforma tal como sucedeu inexplicavelmen-te quanto à Lei Eleitoral para as Autarquias Locais?

Voltando ao relatório defronto-me com nada menos de quatro perplexidades:

1. A primeira respeita à opção pelo FMI, entidade muito impo-pular entre os portugueses, facto que se sabia condicionar negati-vamente a receptividade que o estudo poderia merecer. Diferen-te seria a situação se o relatório tivesse origem seja noutra enti-dade internacional sem envolvi-mento no memorando da troika, como seja a OCDE, seja preferen-cialmente nas nossas Universi-dades, até porque algumas delas desfrutam de grande prestígio

aquém e além fronteiras. 2. A segunda resulta do rela-

tório não conter uma só palavra sobre a necessidade de dinami-zação da economia (em absur-da contradição com as recentes posições da Presidente do FMI) e estar eivado de erros e impre-cisões, apesar de ter merecido a colaboração dosmembros do Go-verno.

3. A terceira deriva do facto de o relatório propor medidas que representam quantitativamente cerca de €10.000 a 12.000 milhões, ou seja, o triplo do total dos cortes previstos pelo Governo. Poderia presumir-se que a intenção seria proporcionar uma ampla escolha aoGoverno de entre as diversas medidas propostas, mas a verda-de é que o Secretário de Estado a quem foi cometida a ingrata tarefa de anunciar publicamente este relatório e de o elogiar (!), nada disse sobre tal disparidade. Aquela omissão permitiu que muitos a interpretassem como sendo deliberada, visando criar a convicção de que os “maus da fita” seriam os analistas do FMI que nos querem cortar €12.000 milhões, valor que o Governo re-pudia e “apenas” vai cortar um

terço desse montante “para bem dosportugueses”.

4. A quarta assenta precisamen-te na escolha de um Secretário de Estado para anunciar o relatório, quando seria obviamente mais indicado o próprio Primeiro Mi-nistro ou o Ministro das Finan-ças assumirem esse protagonista perante o País. Talvez assim se preocupassem emarticular e sin-tonizar previamente as reacções de todos os membros do Gover-no, evitando o triste espectáculo de os Ministros dizerem coisas diferentes uns dos outros...

De qualquer modo, pelo que an-tecede, é imperativo que o Gover-no esclareça previamente todas as dúvidas e perplexidades que este processo levanta, antes de prosse-guir o debate que se impõe sobre as questões de fundo, o qual deve assentar numa proposta concreta apresentada e publicitada pelo Primeiro Ministro.

Se assim não suceder o debate será infrutífero e a abertura dos portugueses para as reformas propostas pelo Governo será nula. ■

António d’Orey Capucho

sobre o relatório do fmi

Jornal de OLEiROS 92013 JanEiRO / FEVEREiRO

CASTELO BRANCO

José Lagiosa

Por pouco não se perdia defini-tivamente a viola beiroa ou viola de Castelo Branco.

Em boa hora, julho de 2012, o Inatel lançou um desafio no senti-do de se fazer um curso para ensi-nar a tocar a viola beiroa, dirigido fundamentalmente, a elementos de ranchos folclóricos filiados na-quela instituição.

Foi assim que Inatel Cultura,

Associação Cultural e Recreativa As Palmeiras, mestre Alísio Sarai-va e o músico e professor da Esco-la Superior de Artes Aplicadas de Castelo Branco (ESART), Miguel Carvalhinho, lançaram mãos à obra fazendo ressuscitar a viola beiroa.

Miguel Carvalhinho, depois de durante um mês ter estudado profundamente a viola beiroa, ter feito ensaios com o mestre Alísio Saraiva, aceitou o desafio e eis que o curso sobre a viola beiroa arran-cou em Outubro com oito alunos. Esta iniciativa que se desenvolve entre a Biblioteca Municipal de Castelo Branco e as instalações do rancho Folclórico da Boidobra decorreu até ao final de janeiro de 2013.

Na mesma altura os dois mú-sicos fizeram uma apresentação pública na sessão de encerra-mento do 1º Festival Literário de Castelo Branco, realizada no Cine -Teatro, que se revestiu de um enorme êxito, junto de alguns dos autores presentes na sessão, nomeadamente Mário Zambujal,

que nitidamente emocionado não se cansava de referir que “só para ter tido a oportunidade de ouvir este magnífico som da viola bei-roa, já teria valido a pena ter vin-do a Castelo Branco”.

Deste grupo de primeiros alu-nos surgiu, entretanto, uma or-questra que também já se encon-tra em funcionamento e começou a realizar concertos no mês de janeiro, com os arranjos a serem da responsabilidade de Miguel Carvalhinho.

O objetivo é agora, segundo Miguel Carvalhinho, “criar um espaço on-line e outro físico, de-dicados a tudo o que tem a ver com a viola de Castelo Branco”. Refira-se ainda que este proje-to implica uma parceria com a ESART ao nível da criação desta plataforma e que inclui a grava-ção de um CD que conta com já com o apoio da Câmara Munici-pal albicastrense.

Mas as boas novas não se ficam por aqui. Já existem outros mu-nicípios interessados em desen-volver parcerias com o Inatel no

sentido de assegurar a aprendiza-gem deste instrumento musical, nomeadamente, a Câmara Mu-nicipal de Idanha-a-Nova, onde a viola beiroa tem também uma

enorme tradição.Está já assegurada, entretanto,

outra ação de formação que irá arrancar entre fevereiro e março de 2013. ■

viola beiroa renasce através do inatel

Trinta anos após a aprovação da Constituição portuguesa, saí-da dos trabalhos da Assembleia Constituinte eleita em 1975, que consignava desde logo o princí-pio do semipresidencialismo no universo político português, ainda se discute, muitas das vezes sem saber do que se fala, os poderes presidenciais e aquilo que são, ou devem ser, as funções de um Pre-sidente da República.

O sistema político português consigna, entre outros, o voto se-creto e universal para a eleição do seu presidente.

Essa eleição é pois da respon-sabilidade dos cidadãos eleitores, mas importa perceber para que é eleito o presidente.

À luz da Constituição, o presi-dente tem poderes para nomear o primeiro -ministro após a análise dos resultados das eleições para a Assembleia da República. Dar posse ao respetivo governo indica-do pelo primeiro -ministro, vetar alguns diplomas emanados quer da Assembleia da República, quer do governo, representar o país no estrangeiro seguindo as políticas aprovadas pelo governo em ma-téria de relações exteriores, para além de ser o comandante – chefe das Forças Armadas portuguesas.

E tem, talvez, o seu maior po-

der, que é exatamente o poder de dissolver a Assembleia da Repú-blica, convocando novas eleições, à imagem aliás do que fez Jorge Sampaio por alturas do governo de Santana Lopes.

É óbvio que em função da pes-soa que ocupa o cargo, a leitura destes poderes pode variar, e nem todos têm tido a mesma interpre-tação dos poderes que lhes estão confiados.

O que de maneira nenhuma, se pode esperar, é que um qualquer presidente venha a ter a uma ação preponderante em matéria de le-gislação, porquanto a Constitui-ção remete para a Assembleia da

República e para o governo essa competência.

Querer transformar a eleição presidencial num ato sebastianista

em que um qualquer cidadão seria a salvação ou a solução de todos os problemas é demagógico e ma-nifestamente atentatório da Cons-tituição da República.

O sistema político português tem funcionado bem com esta Constituição.

Não se queira agora perverter essa realidade.

O Presidente da República tem que ser isento, independente do poder económico, para evitar tor-nar-se refém desse mesmo poder, salvaguardando a democracia, de interesses económicos que visam acima de tudo o lucro fácil que pode ser arma perigosa para a de-

mocracia.Não se transforme a função pre-

sidencial em qualquer coisa me-nor. Porque não o é. Não o pode ser.

Cada coisa no seu sítio. O presi-dente não pode, à luz da lei das leis, substituir-se ao governo, legislar ou perverter o nosso sistema político. Deve ser, isso sim, um árbitro na sociedade portuguesa, contri-buindo para um equilíbrio entre os vários sectores que participam ativa, política, económica e sindi-calmente na sociedade, nunca es-quecendo que tem de ser o último garante das liberdades e garantias dos cidadãos. ■

a função presidencial

OPINIãO

10 Jornal de OLEiROS 2013 JanEiRO / FEVEREiRO

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Os equipamentos culturais e desportivos Vilarregenses volta-ram, uma vez mais, a receber mi-lhares de visitantes neste último ano.

A Biblioteca Municipal José Cardoso Pires continua, com su-cesso, a sua missão de promover e apoiar a leitura no Concelho, ao receber 8.724 visitantes.

O Museu da Geodesia, situado no Centro Geodésico de Portugal, voltou a ser a infra-estrutura que mais visitantes recebeu, contabili-zando um total de 20.182 pessoas, durante o ano de 2012, afirman-do-se, uma vez mais, como um ponto de referência para todos os que visitam o Concelho. Este Mu-seu conseguiu ainda atingir um novo número máximo mensal, ao receber 4.061 pessoas durante o mês de Agosto.

O Museu Municipal de Vila de Rei, que pretende recriar uma casa agrícola típica do início do século XX, voltou a bater o seu recorde de visitantes. No ano de 2011 havia sido fixado em 1.918 pessoas, tendo agora alcançado, em 2012, um total de 2.512.

As Piscinas Municipais e o Gi-násio Municipal quebraram, tam-

bém eles, os seus recordes de utili-zadores, comprovando o sucesso da aposta da Autarquia em dotar o Concelho com as melhores con-dições desportivas possíveis.

A Piscina Coberta de Apren-dizagem e a Piscina Descober-ta contabilizaram, no seu total, 11.250 pessoas que usufruíram destes espaços, ultrapassando o recorde do ano anterior que ha-via sido de 10.347, traduzindo-se num aumento bastante significa-tivo de mais de 900 pessoas.

O Ginásio Municipal, situado no edifício da Piscina Coberta de Aprendizagem, atingiu também o número máximo de utilizadores,

contabilizando 3.712 usuários em 2012. No ano anterior o número tinha sido de 2.303 pessoas, con-tabilizado um aumento de mais de 1.400 pessoas.

Para a Presidente da Câmara Municipal, Irene Barata, “Vila de Rei oferece aos seus habitantes e aos seus visitantes excelentes in-fra-estruturas culturais e despor-tivas de que todos podem desfru-tar. Os números apresentados no final de 2012 vêm comprovar que a aposta realizada nestas duas áreas tem dado bastantes frutos e esperamos ainda, nos próximos anos, continuar a quebrar estes recordes de utilizadores.” ■

infra-estruturas culturais e desportivas de vila de rei recebem milhares de pessoas em 2012

Faltam só 8 meses para as pró-ximas eleições autárquicas o que dada a sua importância no actual contexto político nacional é como se fossem já amanhã.

No que respeita ao Pinhal Inte-rior sul e mais concretamente aos concelhos de Oleiros, Vila de Rei, Proença-a-Nova e Sertã, prevê-se uma evolução na continuidade considerando o facto de nos dois primeiros ser quase certo que os novos autarcas sairão dos actuais executivos e de que nos outros dois é muito provável uma recondução. Porém a situação do país vai obri-gar a uma reformulação da prática política pois os desafios com que se irão confrontar nunca foram antes imaginados. Com efeito as dificuldades com que se vão de-frontar nomeadamente no plano financeiro vão exigir uma enorme capacidade criativa.

A verdade é que por muitas razões, em Outubro próximo encerra-se um ciclo (aliás ele já terminou muito antes, em 2008) e começa agora um novo ciclo. Por tudo isto, os pretendentes à próxima governação concelhia bem podem desde já pensar na reciclagem de algumas práticas e conceitos.

Não é objecto deste artigo tecer

considerações sobre a bondade dos exercícios anteriores os quais apesar dos condicionalismos a que a zona esteve sempre sujei-ta, fizeram o que puderam, e não foi pouco, considerando que em muitos casos tiveram de resolver situações que se arrastavam do passado designadamente as rela-cionadas com o envelhecimento das populações, deficientes aces-sibilidades, ausência de estruturas no campo da saúde, ensino, pro-tecção civil e outras. Essas ques-tões estão quase todas resolvidas e por essa razão espera-se que seja possível dedicar mais atenção a outros temas, e nessa linha as Co-munidades Intermunicipais serão uma importante alavanca que permitirá uma nova visão para a resolução das questões dos próxi-mos tempos.

Historicamente, até há bem pou-co tempo, cada concelho ignorou os benefícios da inter-municipa-lidade. Há razões para este facto patentes nalgumas rivalidades, diga-se, muitas vezes pouco sau-dáveis. Mas os tempos são outros e o sentimento “da minha terra” terá de dar lugar ao”sentimento da minha região”. Repare-se que o conjunto dos quatro concelhos não ultrapassa as 40.000 almas ou

seja o equivalente a uma pequena cidade. Exigem-se pois práticas políticas que coloquem este ter-ritório e as suas populações num mapa de Portugal que parece só compreender o litoral, conferindo-lhes verdadeira cidadania e poder reivindicativo. Referimos concre-tamente a existência de um desíg-nio colectivo em que seja possível a convivência das especificidades de cada um. Referimos uma chamada de todos os cidadãos para um pro-jecto e finalmente a capacidade de mobilizar e motivar as forças vivas para esse projecto.

O novo ciclo e o respectivo pro-jecto deverão ter como horizonte temporal o período do próximo mandato dos autarcas que agora venham a ser eleitos, mas atenção: não estamos sós. Os desafios que se colocam são os mesmos que se colocam a quase dois terços do ter-ritório nacional. A competitividade de que tanto se fala vai pôr todos na mesma luta. Os desafios são os mesmos que a Europa defronta perante um Mundo globalizado, um mundo cruel para os distraí-dos, esquecidos e ausentes. ■

* Eduardo Lyon de Castro, Colabora-dor (Vila de Rei)

as autárquicas no pinhal - 1

Jornal de OLEiROS 112013 JanEiRO / FEVEREiRO

No âmbito do Projeto inter-nacional Comenius, alguns ele-mentos da Escola Tecnológica e Profissional da Zona do Pinhal (ETPZP) viajaram, até à Alema-nha para representar Portugal. Entre muitos outros objetivos, de 9 a 14 de Dezembro, o grupo de trabalho pretendeu sensibili-zar os jovens e o pessoal docente para a diversidade das culturas europeias.

No âmbito da aprovação da can-didatura da Escola Tecnológica e Profissional da Zona do Pinhal enquanto entidade coordenadora do Projeto Comenius 2012/2014, no início do mês de Dezembro, a ETPZP viajou até à Alemanha para a segunda reunião de traba-lho com os parceiros do projeto. Desta forma, de 9 a 14 de Dezem-bro, Portugal, Polónia, Turquia, Inglaterra, Grécia, Itália, Lituânia, Latvia e Alemanha reuniram-se nas instalações da escola Städtis-ches Mädchengymnasium (Essen) no sentido desenvolver um proje-to de trabalho e de aprendizagem que visava o intercâmbio de sabe-res entre escolas da UE.

Com o objetivo de ser produ-zido um e-book, alunos e profes-sores realizaram, após a partici-pação em workshops e de uma visita guiada à cidade de Essen, o segundo capítulo do livro. Este segundo capitulo teve como te-mática jogos e desporto.

Segundo Cristela Bairrada, co-

ordenadora do curso de Técnico de Comunicação, Marketing, Re-lações Públicas e Publicidade da ETPZP, “este tipo de iniciativa é de extrema relevância uma vez que possibilita desenvolver o conhe-cimento e o trabalho colaborativo entre as várias comunidades edu-cativas no que respeita a diversida-de de culturas, línguas e valores.” Para além destes aspetos destaca-se por fim o facto de esta iniciativa promover a mobilidade dos alu-nos entre os estados membros da UE, estreitar parcerias entre esco-las em projetos comuns, incentivar a aprendizagem/ ensino das lín-guas, ajudar os jovens a adquirir as aptidões e as competências básicas de vida, necessárias ao seu desenvolvimento pessoal, à sua futura vida profissional e a uma cidadania europeia ativa, bem como melhorar práticas de ensino.

Para além do diretor da Es-cola, Dr. António Figueira e da coordenadora do curso de Co-municação, Cristela Bairrada, participaram nesta iniciativa dois alunos da ETPZP do curso de Comunicação e do curso de Restauração.

No próximo mês de Março, a ETPZP rumará à Inglaterra, mais especificamente a Lordshill no distrito de Southampton, no sen-tido de desenvolver o terceiro capítulo do e-book e reforçar as relações com os seus parceiros de trabalho. ■

Etpzp viajou até à Alemanha

“A Casa da Comarca da Sertã (CCS) foi palco de mais uma edi-ção do Baile de Reis, iniciativa que reuniu dia 6 de Janeiro mais de centena e meia de convivas e se prolongou até à noite.

Já na a3ª edição, a iniciativa teve entrada livre e foi co-organizada com a Tradballs - Associação para Promoção e Divulgação de Arte & Cultura Tradicional, sócio co-lectivo da CCS responsável pelas

aulas de danças tradicionais eu-ropeias e de música que se rea-lizam semanalmente nas nossas instalações. Do programa fez par-te um baile com Gonçalo Barata, acordeonista com ascendência familiar no município de Oleiros e que lançou recentemente o seu 1º CD de música popular, intitu-lado “Ouvir Portugal”. Seguiu-se a tão esperada actuação dos String Fling, duo de guitarristas

composto por David Rodrigues e Pedro Prata, muito aplaudida pelos presentes.

Foi também a última oportu-nidade para ver a exposição de fotografia “Viva a Bandalheira”, da autoria João Nuno Reis, Pre-sidente da Direcção da Liga de Amigos da Freguesia da Isna (Oleiros) e sócio da Casa da Co-marca da Sertã, inaugurada no início de Dezembro. ■

os reis na Casa da Comarca da sertã

Após cerca de quinze dias de encerramento para obras de reno-vação, o Telheiro Restaurante Ma-risqueira, situado na Rua do Ter-minal nº 20, em Castelo Branco, está novamente ao dispor da sua clientela com uma nova imagem e uma nova entrada para os clientes diretamente para a sala principal, com o horário das 10 horas à meia-noite. Uma outra novidade, após as obras que permitiram melhorar as condições de atendimento, foi o desaparecimento do telheiro exis-tente na sala de snack-bar que du-rante anos foi a imagem de marca e que continua a dar o nome ao estabelecimento. Esta sala está agora mais airosa, acolhedora e luminosa.

Mas se a nível de infraestrutu-ras houve mudanças, o mesmo já não se pode dizer da ementa que se mantém rica, em pratos de pei-xe e mariscos, para já não falar de uma especialidade da casa, a sua já famosa sopa de peixe. A garra-feira continua a te uma oferta di-versificada.

O Telheiro continua a encerrar às terças-feiras, para descanso do pessoal, que continua a prestar um atendimento personalizado, afável e simpático. ■

Em Castelo Branco com imagem renovada

o telheiro reabre depois de obras de remodelação

12 Jornal de OLEiROS 2013 JanEiRO / FEVEREiRO

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Temos vindo a debater o tema do Turis-mo em anteriores publicações deste jornal, nomeadamente na sua vertente “sustentá-vel” e sua aplicação prática ao concelho de Oleiros.

Defendeu-se nestas páginas que aquela vertente assenta no conceito de desenvolvi-mento sustentável em que “produzir local e consumir local” é um dos princípios bási-cos. Vem este tema a propósito da experiên-cia prática que hoje vivemos na gestão do Hotel Santa Margarida e das dificuldades que sentimos em aplicar aquele conceito.

Com efeito, é extremamente difícil, de acordo com as condicionantes legais apli-cáveis à actividade, consumir a produção local se os produtores não estiverem pre-parados e organizados para esse efeito. No entanto, dado que o nosso compromisso de gestão assentava nessa ideia, é um proble-ma que tentaremos resolver e estamos con-victos que o conseguiremos.

O hotel Santa Margarida e o conceito

Quando nos envolvemos no processo de candidatura à exploração do hotel Santa Margarida, conscientes da sua importân-cia para Oleiros e do conceito que sempre defendemos, estabelecemos determinados objectivos que nos servem de guia e que nos permitimos partilhar neste espaço:

“O Hotel “Santa Margarida” terá como objectivo fundamental assumir-se como um factor de desenvolvimento local, numa perspectiva de sustentabilidade económi-ca e social.

Assim, poderemos enumerar alguns dos principais contributos do hotel, que deverão constituir a sua “Missão”:

- Potenciar o aumento do número de vi-sitantes do concelho;

- Fomentar a criação de emprego, num espírito de iniciativa empreendedora e geradora de riqueza, com incidência nas actividades ligadas à natureza, ao lazer e à aventura, através de parcerias com agen-tes locais;

- Incentivar à renovação de produtos já existentes, adaptando-os às novas tendên-cias da procura;

- Promover a criação de produtos locais, contribuindo para processos de certifica-ção, integrados na estratégia Oleiros/Geo-park e no conceito de sustentabilidade;

- Criar ou promover a realização de eventos de índole gastronómica, cultural e musical que se assumam como motivação de visita;

- Contribuir para a qualidade da oferta gastronómica cultural (tradicional) basea-do num serviço de excelência;

- Abertura à comunidade local, colocan-do o hotel ao serviço dos munícipes, por via da realização de workshops temáticos, de exposições ou de acções de formação, como complementaridade às estruturas já existentes;

- Desenvolver parcerias locais, com ser-viços de referência, que permitam uma ocupação permanente e atractiva dos vi-sitantes;

- Promover a divulgação do hotel e do concelho no exterior.”

Passados cerca de tês meses após a aber-tura do hotel, é com satisfação que consta-tamos que estes objectivos têm vindo a ser atingidos, o que reforça a nossa motivação em manter a mesma estratégia.

Poderemos, a título de exemplo, enu-merar aspectos da actividade do hotel durante este período:

- Ao nível do emprego, o hotel gerou di-rectamente trabalho para 14 pessoas, que constituem uma equipa jovem, a maioria com formação académica de nível supe-rior ou com qualificação técnica relaciona-da com a actividade. Há ainda colabora-dores provenientes do centro de emprego, com uma excelente experiência na activi-dade, muito importante para consolidar a qualidade do serviço;

- A aposta na gastronomia e nos pro-dutos regionais está bem encaminhada e mantém-se como principal objectivo do projecto. É uma área que requer tempo

para se consolidar, pelas dificuldades já referidas, mas que irá obter resultados;

- Apesar de se terem conjugado vários factores negativos (abertura no início da época baixa, pouco tempo para divulga-ção nos canais de distribuição, Oleiros não ser um local de passagem e a instabilidade económica que se vive) tem sido possível garantir níveis de ocupação aceitáveis, com aproximadamente 800 dormidas du-rante aqueles três meses;

- Em termos de marketing, têm sido re-alizadas várias campanhas, assim como a deslocação a Oleiros de diversos operado-res turisticos e jornalistas, que têm propor-cionado uma excelente notoriedade para o Hotel e para Oleiros;

- A adesão à rede “Aldeias de Xisto”, a inclusão do hotel no projecto da “Geopa-rk/Naturtejo” e no “Turismo do Centro” são também determinantes na mesma es-tratégia de notoriedade;

- As diversas iniciativas de índole cul-tural (músical, exposições, colóquios, etc.) têm sido um sucesso assinalável;

- O restaurante “Callum” demonstrou já estar à altura das necessidades do Conce-lho que se refere à realização de eventos e comemorações, prestando um serviço de qualidade que dignifica Oleiros.

Estamos hoje, mais do que nunca, em condições de reafirmar o nosso compro-misso de “missão” com que iniciámos o projecto e em aplicar, na prática, os con-ceitos de turismo sustentável que antes defendemos. O percurso é longo, é difícil, mas é possível! ■

Fernando Carvalho

turismo sustentável e o Concelho de oleiros

Jornal de OLEiROS 132013 JanEiRO / FEVEREiRO

POTENCIALIDADES

Inês Martins Engenheira Agrónoma

A conjuntura económica e finan-ceira que temos vindo a enfrentar e as recentes crises alimentares que se começam a verificar, a par da crescente preocupação com as mudanças climáticas globais, têm colocado a agricultura novamente no topo da agenda internacional, enquanto setor estratégico.

Governos, organizações inter-nacionais e grupos da sociedade civil, começam a reconhecer a con-vergência entre as metas de erradi-cação da fome e a difusão de uma agricultura sustentável. Tal exige, contudo, não apenas aumentos significativos no investimento agrícola mas também, a melhoria da qualidade desse investimen-

to. Para isso, são necessários mais esforços e maior disponibilização de recursos para a produção de alimentos, assim como a garantia de abastecimento das populações através da existência de canais de escoamento no local e momento adequados, a preços razoáveis e qualidade reconhecida. Só assim se melhoram os fluxos entre o agricul-tor e o consumidor e nesse sentido, os pequenos produtores podem ter um papel fundamental.

A Organização das Nações Uni-das para a Agricultura e Alimen-tação (FAO), criada para conscien-cializar a opinião pública sobre a nutrição e a alimentação mundial, dando um enfoque especial para a luta contra a fome, comemorou em 16 de outubro de 2012 o Dia Mundial da Alimentação. Segun-do esta organização, até 2050 se-rão os pequenos agricultores – e os produtos oriundos da agricultura

familiar – que fornecerão grande parte dos bens necessários para alimentar mais de nove biliões de habitantes no mundo.

Para tal, é necessário investir e apoiar o trabalho desenvolvido por cooperativas, organizações e associações de produtores. Só des-ta forma se consegue fomentar o aumento da produção e comercia-lização de alimentos, assim como a criação de emprego, tendo como consequências: o aumento do ali-mento assegurado às populações, a redução da pobreza (principal-mente em meios agrícolas), o com-bate à desertificação humana, a redução da migração para zonas urbanas e a preservação da paisa-gem rural.

Outro aspeto importante, pren-de-se com a existência de redes e cadeias de valor agroalimentares, as quais se revelam de grande uti-lidade. A tendência atual exige que

o abastecimento alimentar seja re-gular, de qualidade, acessível e que compreenda um determinado nível de serviços associados, os quais deverão ser diferenciadores e conferir notoriedade e visibilida-de à produção.

Investir na agricultura é assim essencial para reduzir a fome e promover uma produção agrícola sustentável. Em países como Por-tugal, onde há pelo menos 380 mil pessoas a passar fome, a produção agrícola não assegura a soberania alimentar e verifica-se uma es-tagnação no capital investido em fatores de produção essenciais, nomeadamente em trabalhadores agrícolas.

O crescimento da procura nas próximas décadas vai colocar uma pressão crescente sobre os recur-sos naturais. Erradicar a fome de forma sustentável irá exigir um aumento significativo dos inves-

timentos agrícolas, mas também uma melhoria na sua eficácia. Os agricultores, agentes primordiais de toda a ação, devem ser esti-mulados e colocados no centro de qualquer estratégia que aumente o investimento num setor que tantos benefícios acrescidos traz, sejam eles sociais ou ambientais.

Os pequenos produtores, em particular, deverão ser incentiva-dos a otimizar a sua produção, superando obstáculos e ganhando escala. Este deverá ser um esforço coletivo e sustentável em prol de premissas tão urgentes como a preservação dos recursos naturais ou a complexa e abrangente tarefa de abastecimento da Humanida-de. É assim requerida a participa-ção de todos, entre agricultores e consumidores, num envolvimento perfeitamente integrado, tecnica-mente eficiente e socialmente res-ponsável. ■

o papel dos pequenos produtores

Jornal de Oleiros - Como sabe oleiros é um concelho da zona do Pinhal interior,de há 20 anos a esta parte muito se transformou, hoje temos infraestruturas e recursos humanos de excelência , todavia deparamo-nos com problemas de sempre , como seja o despovoa-mento, isolamento, e devotados ao ostracismo, em sua opinião quais as variáveis mais relevantes para o sucedido?

Paulo Campos: A estratégia que desenvolvemos durante 6 anos visava justamente contrariar esse problema estrutural. Fizemos um grande esforço para promover a igualdade de oportunidades, para dar aos territórios e populações do interior as mesmas condições que o litoral já dispunha. É uma acto de justiça, pois durante muitos anos as populações do interior contribuíram com os seus impostos para os fortes investimentos no litoral. Aquilo que se fez no interior, na moderni-zação das escolas, na promoção de barragens e parques eólicos, nas acessibilidades e nas tecnologias de informação, com a generaliza-ção do uso de computadores, nas escolas e famílias e com a rede de banda larga foi um grande passo para que o interior ganhe compe-titividade. Recordo, por exemplo o justo investimento com a estrada 238 Oleiros-Sertã, ou com a 351 Isna de Oleiros-Ic8, ou as obras da PPP Pinhal Interior, que incluíam a be-neficiação da ligação a Pampilhosa, da ligação Sertã a Ferreira ou ainda as obras do IC8. Infelizmente a crise internacional e a ganância da actual maioria em chegar ao poder, recu-sando o PEC IV para promover as dezenas de PEC’s que apresentam permanentemente ao país, vieram deitar por terra esse grande esforço. Hoje não é o interior que está a ser despovoado e que sofre o isolamen-to, é todo o país!

JO - as PPP têm estado no centro da polémica nacional nos últimos tempos e o dr Paulo Campos tem sido o alvo de todas as atenções. o que correu mal? o que teria feito de

forma diferente?PC: Tenho muita honra e orgu-

lho nos projectos que lançámos e concretizamos nos dois governos a que pertenci. Todos esses projectos foram realizados com concursos públicos, vencidos pela proposta com mais baixo preço, ao contrário das PPP promovidas pelo actual governo, como no caso dos aero-portos, que foram feitos através de “negociações particulares” e não por concurso público. Essas PPP foram investimento e estradas para desenvolver o interior, assegurar coesão territorial, combater a sinis-tralidade e promover a igualdade de oportunidades. São obras, são estradas que existem, que servem as populações e as empresas. Não houve derrapagens, nem atrasos na construção, enquanto fomos gover-no…

Apenas me compete transmitir a verdade factual para que cada português possa fazer a sua avalia-ção. O que é hoje claro é que as PPP rodoviárias foram utilizadas pela governação como o alibi para o seu falhanço. Mentiram, deturparam e omitiram a informação correcta sobre a matéria e fizeram com que muitos cidadãos, por não terem tido a informação correcta, sejam críticos dos projectos. A minha missão é fornecer os dados oficiais, para que todos possam tirar as suas ilações.

Disseram que todas as PPP, feitas por todos os governos desde Cava-co Silva, eram 150, quando são 36. Em todos os sectores! Propalaram que os encargos são 2.5 Mil Mi-lhões/ano, durante os próximos 25 anos, há declarações do Dr. Passos a dizer isso, quando os encargos médios são entre 300 a 400 Milhões/ano, nos próximos 30! No sector ro-doviário, o mais atacado, falou-se em rentabilidade dos privados na ordem dos 20%, quando são de 6 a 10%. As PPP rodoviárias são 22 no total e apenas 8 foram feitas no últi-mo governo, representando apenas 17% do total das auto-estradas fei-tas em Portugal. Sim, 83% das céle-

bres auto-estradas foram feitas nas governações anteriores. E mais! Os encargos com as Parcerias Público-Privadas são hoje inferiores aos en-cargos que tinhamos herdado em 2005. Sim, tendo desenvolvido 8 novas concessões, conseguimos di-minuir a contribuição pública por via das alterações ao modelo rodo-viário que realizamos. Por incrível que lhe possa parecer a EP. Estradas de Portugal, foi a empresa pública portuguesa que mais lucro deu ao estado em 2011!

JO - Com o encerramento de escolas , centros de saúde, jun-tas de freguesias, CTT , finanças e tribunais,que fazer ?

PC: Esse é o resultado de uma governação que, até hoje, não falou uma única vez do interior. Não tem uma política, uma ideia, para ate-nuar o abandono a que estamos su-jeitos. A austeridade, a recessão, o corte absurdo, o aumento de impos-tos, o desemprego e o decréscimo abrupto do crescimento, acarretam essa realidade. O mais surpreen-dente é que não existe coordenação no Governo e as consequências são óbvias. Cada Ministro decide cortar onde é mais fácil. Onde há menos votos. Por isso, em simultâneo, to-dos cortam no interior, são as obras nas escolas do interior que param, são os tribunais do interior que encerram, são as juntas do interior que se extinguem, são os centros de saúde do interior que perdem va-lências e encerram, são os postos de correios do interior que fecham... É o estado a abandonar o interior, a abandonar coesão territorial e a igualdade de oportunidades.

Oleiros e o Distrito de Castelo Branco não precisam de ver encer-rados os serviços. Precisam, isso sim, de atrair empresas, precisam de atrair pessoas, vida, desenvolvi-mento e esperança.

JO - Qual a sua opinião do de-sempenho deste executivo,quais as alternativas?

PC: Trata-se na verdade de um desgoverno. Temos mais recessão, mais pobreza, mais desemprego,

mais dívida, menos investimento, menos consumo, menos crescimen-to das exportações e mais deficit do que o previsto no Orçamento de Es-tado. Não temos um único indica-dor positivo. Temos mais impostos, mais falências, menos criação de empresas e menos rendimento dis-ponível nas famílias. Os sacrifícios que foram pedidos e entregues pe-los portugueses estão a ser desbara-tados. Afinal quem mentiu, durante a última campanha eleitoral? Quem estava a mentir no célebre debate na televisão, em que o Dr. Passos jura-va a pés juntos que não aumentava impostos, que não poria em causa as funções essenciais do estado? Foi José Sócrates, ou o Dr. Passos que mentiu? Penso que hoje ninguém tem dúvidas!

Prometeram que resolviam o problema cortando nas famosas “gorduras do estado”, nas rendas excessivas e nas fundações. O que fizeram? Aumentaram impostos, cortaram os subsídios de férias, abandonaram o interior e cortaram nas funções sociais. As “gorduras” mantêm-se, as rendas nem tocaram e extinguiram 4 fundações! É o des-crédito total desta forma de fazer política.

JO - Neste tempo de depressão, descrédito, onde a confiança na classe política anda pelas ruas da amargura, que mensagem gostaria

de deixar ?PC: Esta maioria chegou ao po-

der através da desinformação, do ataque pessoal e difamatório. É pois natural que sejam vítimas dessa própria forma de fazer política. É preciso voltar a estabelecer uma re-lação de confiança com as pessoas. É preciso dignificar o discurso e a intervenção política! É preciso cum-prir o que se promete e não prome-ter o que não se pode cumprir.

É preciso é que os melhores, os mais bem preparados técnica e po-liticamente, voltem a ter a respon-sabilidade de conduzir o país para a saída desta situação. E que sejam executadas as políticas necessárias, a favor dos cidadãos e não as que beneficiam a banca e os especula-dores.

Portugal deve exigir as mesmas condições que estão a ser dadas a outros países. A Espanha resolveu o problema com a sua banca priva-da com muito menos juros que os que estão a ser exigidos ao estado português. Repare: se Portugal ti-vesse o mesmo juro que Espanha, imediatamente recuperávamos os famosos 4 Mil Milhões que a go-vernação pretende cobrar ao povo. Faz-nos pensar, não faz? ■

* Entrevista exclusiva ao nosso jor-nal conduzida por Carlos Fernandes, Director Adjunto.

paulo Campos em entrevista ao Jornal de oleiros

14 Jornal de OLEiROS 2013 JanEiRO / FEVEREiRO

PERFUMARIA PRESTÍGIO

Rua Dr José de Carvalho, 3, 6160 OleirosTelemóvel 963 259 827

O Grupo de Amigos do Jornal de Oleiros, actualmente com cerca de 22 elementos, desde a primeira hora luta por intenção e decisão do fundador, pela institucionalização. Constituir uma Associação era o desejo.

Infelizmente, o ainda reduzido número de partipantes e ainda o fac-to de muitos não desejarem pelas mais diversas razões integrar Orgãos Sociais, tem vindo a dificultar a evolução e impedir a constituição des-tes membros obrigatórios por Lei.

Por uma questão de clareza e abertura, foram publicados em edição anterior, os nomes dos Membros deste Grupo de Amigos do Jornal de Oleiros.

É intenção (e sempre foi) do Fundador ir além disso.Por isso, solicitei a um conceituado Advogado da nossa região o es-

tudo de uma solução que a todos possa mobilizar e interessar mais.Também agradeço as contribuições que entendam enviar através

do email: [email protected] ou por escrito para a Rua Dr. Barata Lima, 29, 6160 Oleiros.

Bem Hajam e um abraçoPresidente do Grupo de Amigos do Jornal de Oleiros

grupo dos amigos do

Jornal de oleiros

amigos assinantes do

Jornal de oleirosPor razões várias, muitos dos nossos assinantes não regularizam

atempadamente as suas assinaturas. O Jornal de Oleiros, como todos os jornais que desejam ser INDEPENDENTES e LIVRES, carecem do apoio dos seus assinantes. Se o não fizerem, ou “morremos” ou, por cedência (que nunca será o nosso), ficaremos à mercê de interesses, muitas vezes indefensáveis.

Por isso, apelo aos que o possam fazer e até angariar novos assinan-tes, para não deixarem de o fazer.

Podem renovar com as transferências que se indicam na ficha apro-priado publicada em todos os jornais, ou enviando para a Sede, na Rua Dr. Barata Lima, 29, 6160 Oleiros os valôres das renovações em cheque ou Vale dos CTT’s ou por transferência indicando-nos que o fizeram. Bom Ano para todos

ANÚNCIO – VENDA POR PROPOSTA EM CARTA FECHADA

Proc. 1270/12.7TBVCT – Liquidação – Tribunal Judicial de Viana do Castelo – 3º Juízo Cível In-solvente: Alfredo Lopes Moreira – NIF 206.322.283 Nos Autos acima identificados foi designado o dia 22/02/2013, pelas 15h00m, nos escritórios do Sr. Administrador de Insolvência, para ab-ertura de propostas que sejam entregues até às 17h00m do dia 21/02/2013, no escritório do Sr. Administrador de Insolvência, sito na Rua Gabriel Pereira de Castro nº 77, 4700-385 Braga, pelos interessados na aquisição do(s) seguinte(s) lote(s):

Lote n.º 1 (Verba nº 5 do Auto de Apreensão) Meação no prédio rústico inscrito na matriz sob o n.º 26990, sito em Cormangaz, freguesia e concelho de Proença-a-Nova, descrito na CRP sob o n.º 7039 pelo valor base de ------- €430,00

Lote n.º 2 (Verba nº 6 do Auto de Apreensão) Meação no prédio rústico inscrito na matriz sob o n.º 28885, sito em Pombeiro, freguesia e con-celho de Proença-a-Nova, descrito na CRP sob o n.º 7022 pelo valor base de --------- €2.710,00

Lote n.º 3 (Verba nº 7 do Auto de Apreensão) Meação no prédio rústico inscrito na matriz sob o n.º 29271, sito em Corga da Chã, freguesia e concelho de Proença-a-Nova, descrito na CRP sob o n.º 7023, pelo valor base de -------- €90,00

Lote n.º 4 (Verba nº 8 do Auto de Apreensão) Meação no prédio rústico inscrito na matriz sob o n.º 29315, sito em Alcaria, freguesia e concelho de Proença-a-Nova, descrito na CRP sob o n.º 7024, pelo valor base de ----------------- €110,00

Lote n.º 5 (Verba nº 9 do Auto de Apreensão) Meação no prédio rústico inscrito na matriz sob o n.º 29461, sito em Costa do S. Miguel, freguesia e concelho de Proença-a-Nova, descrito na CRP sob o n.º 7025, pelo valor base de ---- €490,00

Lote n.º 6 (Verba nº 10 do Auto de Apreensão) Meação no prédio rústico inscrito na matriz sob o n.º 29585, sito em Funfum, freguesia e con-celho de Proença-a-Nova, descrito na CRP sob o n.º 7026, pelo valor base de -------- €1.260,00

Lote n.º 7 (Verba nº 11 do Auto de Apreensão) Meação no prédio rústico inscrito na matriz sob o n.º 29777, sito em Corbolo, freguesia e con-celho de Proença-a-Nova, descrito na CRP sob o n.º 7027, pelo valor base de ---------- €980,00

Lote n.º 8 (Verba nº 12 do Auto de Apreensão)Meação no prédio rústico inscrito na matriz sob o n.º 29795, sito em Carbolo, freguesia e con-celho de Proença-a-Nova, descrito na CRP sob o n.º 7028, pelo valor base de ---------- €370,00

Lote n.º 9 (Verba nº 13 do Auto de Apreensão) Meação no prédio rústico inscrito na matriz sob o n.º 29848, sito em Carbolo, freguesia e con-celho de Proença-a-Nova, descrito na CRP sob o n.º 7029, pelo valor base de ---------- €440,00

Lote n.º 10 (Verba nº 14 do Auto de Apreensão) Meação no prédio rústico inscrito na matriz sob o n.º 29849, sito em Carbolo, freguesia e con-celho de Proença-a-Nova, descrito na CRP sob o n.º 7030, pelo valor base de ---------- €670,00

Lote n.º 11 (Verba nº 15 do Auto de Apreensão) Meação no prédio rústico inscrito na matriz sob o n.º 29892, sito em Fonte Velha, freguesia e concelho de Proença-a-Nova, descrito na CRP sob o n.º 7031, pelo valor base de ------ €250,00

Lote n.º 12 (Verba nº 16 do Auto de Apreensão) Meação no prédio rústico inscrito na matriz sob o n.º 29970, sito em Cambodelho, freguesia e concelho de Proença-a-Nova, descrito na CRP sob o n.º 7032, pelo valor base de - €110,00

Lote n.º 13 (Verba nº 17 do Auto de Apreensão) Meação no prédio rústico inscrito na matriz sob o n.º 30688, sito em Maraveia, freguesia e concelho de Proença-a-Nova, descrito na CRP sob o n.º 7033, pelo valor base de --- €500,00

Lote n.º 14 (Verba nº 18 do Auto de Apreensão) Meação no prédio rústico inscrito na matriz sob o n.º 30694, sito em Maraveia, freguesia e concelho de Proença-a-Nova, descrito na CRP sob o n.º 7034, pelo valor base de --- €140,00

Lote n.º 15 (Verba nº 19 do Auto de Apreensão) Meação no prédio rústico inscrito na matriz sob o n.º 30697, sito em Maraveia, freguesia e con-celho de Proença-a-Nova, descrito na CRP sob o n.º 7035, pelo valor base de ------------ €90,00

Lote n.º 16 (Verba nº 20 do Auto de Apreensão) Meação no prédio rústico inscrito na matriz sob o n.º 30701, sito em Maraveia, freguesia e con-celho de Proença-a-Nova, descrito na CRP sob o n.º 7036, pelo valor base de ---------- €190,00

Lote n.º 17 (Verba nº 21 do Auto de Apreensão) Meação no prédio rústico inscrito na matriz sob o n.º 30711, sito em Barroco dos Tojos, freguesia e concelho de Proença-a-Nova, descrito na CRP sob o n.º 7037, pelo valor base de ---- €260,00

Lote n.º 18 (Verba nº 22 do Auto de Apreensão)Meação no prédio rústico inscrito na matriz sob o n.º 31050, sito em Alcaria, freguesia e concelho de Proença-a-Nova, descrito na CRP sob o n.º 7038, pelo valor base de ----------------- €200,00

Valor Base: €9.290,00 (nove mil duzentos e noventa euros). 1. Os bens são vendidos no estado físico e jurídico em que se encontram. Todas as despesas com a escritura de compra e venda, registos e impostos devidos correm por conta do adquirente. 2. Os bens serão mostrados mediante marcação prévia com o Administrador de Insolvência, a efetuar através do telefone 253 272 385/6, fax 253 272 387, email: [email protected], estipulando-se o dia 20/02/2013 para a mostra; 3. Os proponentes devem juntar à sua proposta, como sinal e princípio de pagamento, um cheque, numerário ou garantia bancária à ordem da Massa Insolvente, no montante correspon-dente a 20% do valor base; 4. Os interessados deverão enviar/entregar as suas propostas em carta fechada para os es-critórios do Sr. Administrador de Insolvência, sito na Rua Gabriel Pereira de Castro nº 77, 4700-385 Braga, devendo mencionar no exterior do envelope “Contém Proposta”, identificar o nº do Processo de Insolvência, e vir acompanhada dos elementos identificativos do Proponente (nome completo, endereço, fotocópia do Bilhete de Identidade ou NIPC, e contactos); 5. Não são aceites propostas abaixo de 85% do valor base (N.º 3 do Artigo 894º do CPC).

O Administrador de Insolvência Domingos Lopes de Miranda

Jornal de OLEiROS 152013 JanEiRO / FEVEREiRO

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/201

2

semáforo

inglaterra acrescenta incerteza

pirotecnia oleirense amplia sucessos continuados

A notável equipa da PIROTEC-NIA OLEIRENSE consegue sem-pre surpreender quem vê os seus inenarráveis espectáculos.

Agora foi em DAKAR, LISBOA, OLEIROS, etc.

É uma EQUIPA notável.Mas uma equipa tem um Capi-

tão. João Paulo Ribeiro.

De João Paulo Ribeiro esperamos sempre mais como se os limites, mesmo técnicos não existissem. E existem.

Apreciamos a sua paixão pela terra, a dedicação, o orgulho pro-fissional e a humildade de destacar sempre as suas equipas.

Este não é um artigo técnico,

trata-se apenas e muito justamente de dar valor a uma empresa e a um líder que desejamos encontre sem-pre formas de reforçar a ligação à terra.

Um aplauso pelas brilhantes actuações, por levar OLEIROS ao mundo. ■

João Paulo Ribeiro Equipa da Pirotecnia em DAKAR

A decisão de David Camerom de avançar com um Referendo sobre a permanência da Inglaterra na União é um golpe de mi-sericórdia. Sabe-se que 65% dos ingleses querem sair...por isso, preparemo-nos. ■